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4.2. Achados microbiológicos
Os níveis médios, proporções e prevalência das 40 espécies bacterianas
avaliadas nos três grupos terapêuticos não diferiram significantemente no início do
estudo.
A Figura 14 apresenta a média de contagem (x10
5
± desvio padrão) das 40
espécies subgengivais no início do estudo e aos 90 dias pós-terapia para os 3 grupos
terapêuticos. As espécies foram agrupadas de acordo com os complexos descritos por
Socransky et al. (1998). De um modo geral, todas as terapias utilizadas levaram a uma
redução na contagem dos 3 patógenos do complexo vermelho, porém, apenas o grupo
que recebeu a combinação dos 2 antibióticos reduziu significativamente as 3 espécies
deste complexo. Os níveis (contagem x10
5
± desvio padrão) de T. forsythia passaram
de 3,4±2,5 para 1,1±1,2 (p>0,05) no grupo C; de 2,9±2,5 para 0,1±0,1 (p<0,05) no
grupo T
1
, e de 3,64±2,01 para 0,26±0,73 (p<0,05) no grupo T
2
; P. gingivalis passaram
de 2,4±2,7 para 0,6±0,9 (p>0,05) no grupo C, de 2,2±1,4 para 0,2±0,3 (p<0,05) no
grupo T
1
e de 3,32±2,21 para 0,13±0,29 (p<0,05) no grupo T
2
; e T. denticola passaram
de 1,8±1,4 para 0,4±0,5 (p>0,05) no grupo C, de 1,5±1,3 para 0,3±0,7 (p>0,05) no
grupo T
1
e de 1,12±1,31 e 0,10±0,33 (p<0,05) no grupo T
2
. A contagem de 3 espécies
do complexo laranja foram significativamente reduzidas nos grupos T
1
(C. rectus, E.
nodatum e P. micros) e T
2
(E. nodatum, F. nucleatum ssp polymorphum e P. micros).
Apesar da raspagem e alisamento radicular somente (grupo C) também ter levado a
redução de algumas espécies do complexo laranja, essas alterações não foram
significantes. As contagens da maioria das espécies consideradas benéficas dos
grupos roxo, amarelo, verde, e espécies de Actinomyces foram pouco afetadas após às
terapias.
A média da proporção das sondas de DNA das 40 espécies subgengivais no
início do estudo e 90 dias pós-terapia está apresentada na Figura 15. Mudanças
substanciais ocorreram nas proporções das 3 espécies do complexo vermelho no grupo
que associou metronidazol e amoxicilina, seguido pelo grupo que recebeu apenas
metronidazol e pelo grupo controle. As variações entre o início do estudo e 90 dias pós-
terapia foram as seguintes: T. forsythia passou de 18,4±9,9% para 4,6±5,6% (p<0,05)
no grupo C; de 11,2±9,2% para 1,1±1,0% (p<0,05) no grupo T
1
, e de 15,0±8,6 para