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Bocaina, no município paulista de Cunha, situação considerada ambientalmente
estratégica (SÃO PAULO/SMA, 2006).
A unidade de conservação, objeto deste estudo, pertence à categoria de
Parque Estadual, que, segundo o SNUC – Sistema Nacional de Unidades de
Conservação, tem por objetivo a preservação de ecossistemas naturais de grande
relevância ecológica e beleza cênica, possibilitando a realização de pesquisas
científicas e o desenvolvimento de atividades de educação e interpretação
ambiental, recreação e ecoturismo (BRASIL, 2004).
Em suas regiões limítrofes podemos encontrar toda monta de ecossistemas
associados a Mata Atlântica, de manguezais, restingas e marismas comportando até
a ocorrência de espécie de vegetação típica de campos de altitude em seus diversos
pontos culminantes.
O Parque Estadual da Serra do Mar (PESM), gerenciado pela Fundação
Florestal, abrange uma área de aproximadamente 315.000 hectares. Situa-se na
região da encosta e planalto Atlântico Paulista, sendo a maior Unidade de
Conservação criada no remanescente do Bioma Mata Atlântica no Brasil. Criado em
30 de agosto de 1977, através do Decreto Estadual n°. 10.251 (SÃO PAULO, 1977),
está localizado em áreas de 23 municípios e organizado em 8 Núcleos
administrativos: Cunha, Santa Virgínia, Itariru, Picinguaba, Caraguatatuba, São
Sebastião, Itutinga-Pilões e Curucutu (VILLANI et al, 2009).
Devido á sua localização, o PESM constitui um verdadeiro corredor ecológico,
conectando os mais significativos remanescentes de Mata Atlântica do país. O
Parque é hoje um pólo de concentração das atenções de toda comunidade
científica, OSCIP, governos, empresas privadas e demais setores da sociedade, em
função da preocupação com a preservação da Mata Atlântica e da necessidade de
aprofundamento dos conhecimentos sobre a fauna e a flora regionais (SÃO
PAULO/SMA, 2006).
Até o momento, considerando dados primários e secundários, foram
registradas 1265 espécies de plantas vasculares na área do Parque. Quanto à
fauna, registrou-se neste bioma um total de 1523 espécies de anfíbios, répteis, aves
e mamíferos. O Parque contribui para a conservação de 46% do total de espécies
destes vertebrados, apresentando 53% das aves, 39% dos anfíbios, 40% dos
mamíferos e 23% dos répteis registrados na Mata Atlântica. Nos âmbitos nacional,
estadual e regional, a contribuição do Parque é também contundente,