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Gerenciamento da tecnologia da
informação para tomada de
decisão em supermercados.
Maria Conceição Melo Silva*
Rivanda Meira Teixeira**
Resumo
O presente artigo focaliza a utilização da
tecnologia da informação como ferramenta de
apoio à tomada de decisão pelo gerente/pro-
prietário dos supermercados de Aracaju. Os
objetivos do estudo são: analisar o estágio
de informatização dos supermercados, o ní-
vel de automação comercial, as característi-
cas da informação gerada pelo sistema de in-
formação, o fluxo das informações e a avali-
ação/percepção desse processo pelos geren-
tes. Foi verificado que, apesar do uso da
tecnologia da informação ser um instrumento
básico para o apoio aos dirigentes no pro-
cesso de tomada de decisão, essa tecnologia
não representa ainda, na maioria dos estabe-
lecimentos pesquisados, um instrumento es-
tratégico e de diferencial competitivo.
Palavras-Chave
Sistemas de informação gerencial, tecnologia
da informação, varejo
Abstract
This article focus on the use of information
technology as a support tool in the decision
making process by mangers/owners of
supermarkets in Aracaju. The objectives of
this study are to analyse the use of computers,
the levei of commercial automation, the
characteristics of the information generated
but the system, the information flux and the
evaluation/perception of this process by the
managers/owners. It was seen that despite the
use of information technology is fundamental
for the decision making process this
technology do not represent yet, in the
majority of the supermarkets of the study, a
strategic ora differential competitive tool.
Key Words
Management information systems, information
technology, retal
* Mestre. Professora do Departamento de
Administração da Universidade Federal do
Sergipe - UFS.
* Doutora. Professora do Departamento de
Administração da Universidade Federal de
Sergipe - UFS.
REVISTA DE CIÊNCIAS DA ADMINISTRAÇÃO, Florianópolis, v.4, n.6, p.69-80, jan./jum.2002
4111CCAliD1110
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70 Maria Conceição Melo Silva e Rivanda Meira Teixeira
1 Introdução
Ainformação tem um papel crescente no pie-
sente eno futuro das empresas. Ela se tomou o prin-
cipal
input do
processo decisório do qual emanam
decisões para os níveis estratégicos, táticos e
operacionais que permitem atingir os objetivos da
empresa e a dinamização de suas atividades. Com
isto, as empresas devem ficar atentas àintegração de
suas partes, para que a informação flua em todos os
níveis de decisão, adequando-se às tecnologias de
informação existentes para melhor dispor de infor-
mações qualificadas e rápidas. A utilização da
tecnologia da informação pelas empresas amplia o
máximo de informações transmitidas e diminui ao
mínimo os erros quepossam acontecercom as trans-
missões. Do mesmo modo, as decisões se tomam
mais precisas devido ao acessocom facilidade aum
núrneromaiordeinformações. Sistemas deinforma-
ção sempre existiram de uma ou de outra forma nas
empresas. O fato é que o termo passou a ser sinôni-
mo de computação. O progresso na área de
tecnologiadainformação
.
—a sinergiados computa-
dores com as telecomunicações e os recursos de in-
formação —originounovoconceito sobre sistemade
informação, integrado e de apoio atomada de deci-
são anível gerencial. São os sistemas de informação
gerencial, segundo Eduardo (1990,p.71), que "re-
presentamaintegraçãodetodas as informações para
que as funções da instituição sejam desempenhadas,
no planejamento, na organização e no controle dos
vários níveis administrativos. No que se refere à ad-
ministração em geral, abarcam sistemas orçamentá-
rios/financeiros, controledeestoque de materiais, fo-
lha de pagarnento/recursos humanos, pesquisas de
mercado^vendas, dentre outros".
0 objetivo geral deste estudo é analisar o
uso da tecnologia da informação como ferramenta
de apoio à tomada de decisão pelo diretor/pro-
prietário dos supermercados de Aracaju. A es-
colha do foco de estudo, voltado para o setor de
varejo, especificamente supermercados, pode ser
explicado pelos seguintes fatores:1) 0 crescimen-
to do setor de serviços no Brasil. Segundo Silveira
e Lespch (1997), a partir da década de 90 é que
se observa crescimento substancial do setor, pois
REVISTA DE CIÊNCIAS DA ADMINISTRAÇÃO, Florianópolis, v.4, n.6, p.69-80, jan./jum.2002
+11CCI=1,
.10
tomou-se responsável por cerca de 50% do pro-
duto econômico do país, cabendo ao setor se-
cundário 40% e ao setor primário 10%. 2) A
crescente importância do varejo na economiabra-
sileira. Segundo dados do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística - IBGE (1994), no setor
de serviços destaca-se o comércio e, neste, o
varejo, cujas atividades representam 10% do Pro-
duto Interno Bruto - PIB. 3) A posição de des-
taque do supermercado entre os ramos de vare-
jo. Segundo Menezes e Santos (1997), o setor
supermercadista reúne mais de 30 mil lojas, res-
pondendo por cerca de 5% do PIB nacional.
2 A informação e a tomada de decisão
Para Simon (1979, p.162), "as informações
e o conhecimento que se relacionam com as de-
cisões surgem em vários pontos da organização".
Esse ponto de vista é defendido por Forrester
(1961)
apudBratz (1971), ao relatar que:
Decisões são tomadas em vários pon-
tos do sistema. Cada ação resultante
gera informação que pode ser usada
em vários, mas não em todos os pon-
tos de decisão. Essa estrutura de la-
ços com realimentação de informa-
ções, em cascata e interligados, quan-
do tomada em conjunto descreve o
sistema da empresa.
A empresa é um conjunto de partes
interagindo por meio da informação. Assim,
os vários setores que a compõem exigem in-
formações seguras, que fluam de forma a al-
cançar os diversos centros de decisão no tem-
po requerido. Para tanto, faz-se necessário
conhecer suas origens e a ação resultante
da tomada de decisão. A figura 1, é uma
clara representação da interação da informa-
ção como processo decisório.
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Tipos de Entrada de i
sistema
Informação agregada
e (edema
PracesaamentO
4
:
interna
Gráficos, simuiaçaes,
tinteratvos
Saída
Projeções, respostas .a
consultas
SM
POUCO
volume de
inïo
rmaç modelos
ar Ricos
interativos, análiseS,
.slroulações
Análises de dedsões,
repostas a consultas
Gr
e
áreas
Informação
resumidas de
operacAes, Mn
volume de
informaçÕes, modelos
simples
Relatórios rO
tinerros,
baixo nivel de
análise, modelos
simples
Separação
e
atualização das
informações
Relatórios reunidos
Relatórios detalhados
Transações
Gerenciamento da tecnologia da informação para tomada de decisão em supermercados 71
Figura 1:
Interação da informação com o processo decisório
Quadro 1: Caract
(1998:45)
3
Sistemas de informação
Embora a literatura existente mostre a
classificação dos sistemas em diversos tipos,
alguns foram destacados como os mais rele-
vantes para a compreensão dos sistemas de
informação e para os propósitos deste estu-
do. Os tipos de sistemas selecionados foram:
os de processamento operacional, os de in-
formação gerencial, os de apoio à decisão e
os de informação estratégica.
a) Sistemas de processamento
operacional - SPO:
são os tradicionais sistemas
de processamento de dados ou, como também
são chamados, sistemas transacionais. O próprio
nome o define: cuida das transações básicas da
organização. O início do processo de
informatização de qualquer empresa
é
baseado
no desenvolvimento e na implantação desses sis-
temas, que realizam e registram as operações di-
árias de rotina, necessárias à operação da em-
presa. Os exemplos típicos são os sistemas de
folha de pagamento, compras, contas a receber,
controle de estoque etc. Segundo Chaves e
Falsarella (1995,p.26), as principais funções e
características desses sistemas são: coletar, via
digitação, os dados existentes nos documentos
operacionais das organizações, validando-os;
armazenar esses dados em meio magnético; per-
mitir consultas
online
ou em
batch
aos dados,
detalhados ou agregados, que permitam retra-
tar diferentes aspectos
das
operações; gerar re-
latórios que possam ser distribuídos a outras pes-
soas que não são os usuários diretos dos siste-
mas operacionais.
b) Sistemas de informação gerencial
-
SIG: são sistemas que fornecem informações in-
tegradas e sumarizadas, provenientes de diver-
sos sistemas transacionais que possibilitam aos
gerentes do nível médio
visualizar
o desempenho
de seu departamento e, mesmo, da organização
como um todo. De acordo com Chaves e
Falsarella (1995,p.26), as principais funções e
características desses sistemas são: integrar da-
dos
das
diversas aplicações e transformá-los em
informação; suprir gerentes com informações para
que estes possam comparar o desempenho atual
da organização com o que foi planejado; produ-
zirrelatórios que auxiliem os gerentes na tomada
de decisões. Laudon e Laudon (1998) descre-
vem, ainda, as seguintes características dos sis-
temas de informação gerencial: dão suporte às
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01CÕA,111.
72 Maria Conceição Melo Silva e Rivanda Meira Teixeira
decisões estruturadas e semi-estruturadas dos
níveis operativos e de controle administrativo;
possuem pouca capacidade analítica, tais como
resumos e comparações; ajudam na tomada de
decisão, valendo-se de informação do presente
e do passado, contendo somente dados
corporativos internos. A evolução da
informatização nas organizações faz com que al-
guns autores empreguem o termo SIG para se
referir a todos sistemas de informação que dão
suporte a todas áreas funcionais da empresa.
Para os fins deste estudo, o sistema de informa-
ção gerencial representa aquele especificamente
desenhado para as funções no âmbito gerencial.
c) Sistemas de apoio à decisão -
SAD:
"são sistemas de informações ou mo-
delos analíticos projetados para ajudar a ge-
rentes e profissionais a tomar decisões mais
eficazes". (Keen, 1996,p.249). Segundo Cha-
ves e Falsarella (1995), para desenvolver um
SAD é necessário construir um ambiente de
apoio à decisão. Em alguns casos, isso não
significa construir um novo sistema de infor-
mação, mas, sim, incorporar aos sistemas
existentes ambientes aplicativos (que façam
análise de alternativas e forneçam soluções
aos problemas) e/ou ferramentas de apoio à
decisão (que auxiliam na simulação de situa-
ções, na representação gráfica das informa-
ções etc) que forneçam informações e subsí-
dios para o processo de tomada de decisão.
Dessa forma, percebe-se a importância des-
ses sistemas para auxiliar e não para substi-
tuir o julgamento dos executivos. Pechuán
(1997) deixa claro essa visão, ao afirmar que
o objetivo de um SAD será complementar a
capacidade de decisão do ser humano, va-
lendo-se da potência que possuem os com-
putadores para o processamento dos dados.
Para cumprir esse objetivo, vale ressaltar
alguns requisitos do SAD adaptados de Laudon
e Laudon (1998), Pechuán (1997) e Chaves e
Falsarela (1995). O sistema deve: a) ser usado
diretamente pelos diretores; b) empregar fer-
ramentas sofisticadas de análise; c) permitir fle-
xibilidade na busca e manipulação
das
informa-
ções; d) ser interativo na sua utilização.
A evolução do SAD permite a utilização
dos sistemas de apoio à decisão em grupo (GDSS
— Gmup Decision Support Systems)
que dá
apoio a uma ou várias equipes de pessoas envol-
vidas
no processo de tomada de decisões e dos
sistemas especialistas
(expeli systems),
que re-
tratam o raciocínio/conhecimento de especialis-
tas, para auxiliar futuras decisões.
d) Sistema de informação executiva -
SIE:
é um sistema de informação desenhado
para facilitar a tomada de decisões dos execu-
tivos ou da alta direção. Na literatura, alguns
autores utilizam o termo SIE e outros o termo
SSE (Sistemas de Suporte a Executivos). Para
Laudon e Laudon (1998), SIE é um termo tra-
dicional, referindo-se somente ao SSE. Já
Pechuán (1997) considera que, quando se cita
o termo SIE, na realidade se fala de um SSE,
ou seja, os dois são sinônimos. Segundo Cha-
ves e Falsarella (1995:27), as principais carac-
terísticas e funções desses sistemas são: gerar
mapas, gráficos e dados que possam ser sub-
metidos à análise estatística para suprir os exe-
cutivos com informações comparativas, fáceis
de entender; permitir que o executivo se comu-
nique com o mundo interno e externo, através
de interfaces amigáveis (correio eletrônico,
teleconferência etc); oferecer ao executivo fer-
ramentas de organização pessoal e de
gerenciamento de projetos, tarefas e pessoas.
As características do SIE revelam dois
pontos importantes. Primeiro, a flexibilidade na
capacidade de analisar e comparar tendênci-
as, ou seja, os executivos ficam liberados para
fazer análises mais criativas e tomar decisões
em seus cargos de trabalho. Segundo, o fato
de a diferença do SAD para o SIE ser mínima:
encontra-se na interface com o usuário, atra-
vés de um fácil acesso às informações internas
e externas que influenciam nos fatores de êxi-
to da empresa. Para Keen (1996), os siste-
mas de informações executivos são um passo
à frente do SAD, concentrando-se na captura
REVISTA DE CIÊNCIAS DA ADMINISTRAÇÃO, Florianópolis, v.4, n.6, p.69-80, jan./jum.2002
Gerenciamento da tecnologia da informação para tomada de decisão em supermercados 73
e manipulação dos dados mais relevantes para
os altos executivos como, por exemplo, da-
dos externos sobre a concorrência e os prin-
cipais indicadores operacionais.
Apesar de cada sistema abastecer cada
nível da organização, os mesmos não operam
de maneira independente, mas se relacionam
entre si. Os sistemas operacionais são os prin-
cipais geradores de informação para outros
sistemas e o sistema de informação executiva
é o maior receptor de informação dos níveis
inferiores. Dessa forma, satisfaz a necessida-
de de informação de cada nível e da organiza-
ção como um todo. Contudo, essa integração
não ocorre de forma imediata. Muitos siste-
mas se constróem isolados de outros sistemas;
os laços entre os sistemas evoluem no tempo
de acordo com a necessidade para operar o
negócio. Essas características demonstram que
os sistemas de informação afetam as organi-
zações e vice-versa. Figura 2 resume as prin-
cipais características dos quatro tipos de sis-
temas de informação apresentados.
4 Automação comercial
A noção de automação comercial é bas-
tante abrangente, envolvendo todos os siste-
mas que ofereçam assistência na tomada de
decisão e promovam a racionalização de pro-
cedimentos nas empresas comerciais. Para
Almeida e Crosseti (1995,p.198), "os recur-
sos teleinformáticos também fazem parte da
automação comercial, particularmente em sua
dimensão de promover a interligação eletrô-
nica intra e interfirma".
A influência de meios eletrônicos de con-
trole das atividades e de meios eletrônicos de
comunicação dentro e fora
das
empresas vem
redefinindo o mmo do varejo.
Nas
últimas
duns
décadas, o varejo tornou-se um líder na ino-
vação gerencial e no uso das tecnologias da
informação, sendo que os grandes supermer-
cados destacam-se como os usuários mais
avançados. Segundo Uhlman (1997,p.200),
"em 1995, o ramo de atividade que investiu
mais pesadamente em tecnologia e
informatização foi o supermercado, conseguin-
Figura
2:
Características dos sistemas de processamento de informação
Figura 1: Interação da informação com o processo decisório
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41111,11,110■
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Fonte: ~nato (1994:19)
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°ruça.. du ckackut
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ereeteçee a wee,s
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"."71.querne
74 Maria Conceição Melo Silva e Rivanda Meira Teixeira
do uma margem de mais de 40% sobre os
demais ramos de investimento dessa área".
A razão do avanço da automação comer-
cial nos supermercados, em comparação a
outros setores, é justificada por Almeida e
Crossetti (1995:199) pelas características bá-
sicas que esse setor possui. Essas caracterís-
ticas, segundo os citados autores, são "alta
concorrência, grande volume de vendas, alto
grau de concentração e grande variedade de
fatores concorrenciais". Tais características
revelam a existência de numerosas práticas de
trabalho empresariais que precisam da
tecnologia da informação para o dia — a — dia
das organizações e sobrevivência nos negóci-
os. Assim, em função da competição no mer-
cado, as empresas adotam procedimentos e
meios tecnológicos que as tomam mais e mais
automatizadas, dentre eles, destacam-se: o
Ponto de Venda (PDV); a Transferência Ele-
trônica de Fundos (TEF); o
scanner,
o siste-
ma
EDI;
as balanças eletrônicas para produ-
tos que são vendidos por peso; as etiquetas
eletrônicas de gôndolas; o São Tomé (tira-tei-
ma), equipamento para a consulta do consu-
midor; as impressoras de etiquetas codifica-
das e as impressoras de etiqueta de gôndola.
A figura 3. ilustra uma instalação típica de um
supermercado automatizado, descrevendo os
diversos equipamentos e suas conexões.
Esse sistema mostra a integração das
tecnologias no dia-a-dia do supermercado. O
concentrador administra a rede local das partes
integrantes da linha de frente
(front office),
PDV,
scanners,
impressoras de cheques, terminais '1
(aplicados nos caixas), terminais de informações
aos consumidores, impressoras de etiquetas e
balanças eletrônicas (suporte ao serviço do cai-
xa), além de "alimenta?' arede de suporte deno-
minada retaguarda (back room):
área comercial,
estoques, contabilidade, compras e
marketing,
através do contato direto com as informações
do concentrador da loja.
5 Características e métodos do estudo
Este estudo tem como objetivo analisar o
uso da tecnologia da informação como ferra-
menta de apoio à tomada de decisão e, em fun-
ção disso, pode ser caracterizado como
exploratório e descritivo. É exploratório devido
à escassez de estudos sobre o tema no Brasil e,
especificamente, em Sergipe, tornando-se difí-
cil formular hipóteses mais precisas e
operacionais. É descritivo pois visa relatar o
estágio de informatização das empresas
pesquisadas, as características das informações,
seu fluxo e como essas informações são utiliza-
das pelos gerentes na tomada de decisões, a
partir do uso da tecnologia da informação.
Figura
3.
Supermercado Automatizado
Fonte: Novaes (1994:19)
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01111CCAPIO
Gerenciamento da tecnologia da informação para tomada de decisão em supermercados 75
O estudo pretende responder as seguin-
tes questões de pesquisa:
Qual o estágio de informatização
dos supermercados em Aracaju?
Qual o nível de automação co-
mercial dos supermercados de Aracaju?
Como são utilizadas as
tecnologias da informação nas empresas?
Quais as características das infor-
mações geradas pelo sistema de informação?
Como se dá o fluxo de informa-
ção na empresa?
Como os gerentes/proprietários
avaliam o sistema de informação utilizado?
Para a definição do universo deste estu-
do, fez-se uma pesquisa documental na Asso-
ciação de Supermercados de Sergipe - ASES,
em que foram considerados como parte inte-
grante do mesmo os supermercados de
Aracaju registrados nessa Associação.
A partir dos dados da ASES e da visita
aos estabelecimentos, verificou-se que, ape-
sar de estes serem registrados na Associação
dos Supermercados, alguns deles têm um porte
de armazém, armarinho, mercearia e/ou loja
de representação, fugindo das características
de supermercados tais como: auto-serviço,
layout
e arrumação da loja, produtos ofereci-
dos, volume de operações e preços.
Assim, dos 15 estabelecimentos de Aracaju,
registrados na ASES, restaram 10 que têm um
porte de supermercado e atendem
às
caracterís-
ticas definidas anteriormente. Destes, um não era
informatizado e, por isso, foi excluído da pesqui-
sa. Dessa forma, foram considerados 9 super-
mercados como universo deste estudo.
Este trabalho utilizou uma combinação de
métodos de pesquisa. Foi realizado inicialmen-
te um levantamento bibliográfico em livros, re-
vistas de administração, revistas de informática,
revistas do segmento de supermercado, anais e
dissertações de mestrado relacionadas com o
tema objeto do estudo (maiores detalhe
sobre
a organização e a bibliografia utilizada nesse tra-
balho
pode ser vista em Silva
(2000)). A seguir,
foi realizada uma coleta de dados primários, por
intermédio de entrevista pessoal, utilizando um
questionário estruturado de acordo com as se-
guintes variáveis da pesquisa: caracterização da
empresa; perfil do entrevistado; estágio de
informatização; nível de automação comercial;
utilização da tecnologia da informação; carac-
terísticas da informação geradas pelos sistemas
de informação; fluxo de informação e avaliação
dos diretores/gerentes.
6 Conclusões
As conclusões do estudo serão apresen-
tadas a partir das respostas às questões de pes-
quisa definidas anteriormente. A primeira delas
procurou identificar o estágio de informatização
dos supermercados, tomando-se como base o
estudo de Mosca Neto e Ramos (1997).
A análise dos dados mostrou que as em-
presas pesquisadas passaram a utilizar a
informática com maior predominância nos anos
90, principalmente na área administrativa
(back
room
ou retaguarda), onde o processo de
informatização foi iniciado por meio da utiliza-
ção dos sistemas transacionais para
operacionalização das tarefas repetitivas. A
maioria das empresas possui um setor de
informática específico; os programas são ad-
quiridos de terceiros na forma de pacote, ob-
servando-se fatores como o custo e a quali-
dade, com base nas informações dos próprios
fornecedores de produtos de informática.
Quanto às redes de comunicação, ob-
servou-se que os supermercados de Aracaju
não aproveitam as vantagens no aprimora-
mento das informações e dos serviços que a
maior rede do mundo,
Internet,
oferece. Do
mesmo modo, é inexistente o uso da
Intranet
pelas empresas estudadas.
A utilização da tecnologia, na maioria das
empresas do estudo, se dá de forma centrali-
zada, e somente nos supermercados de maior
porte se verifica seu uso de forma distribuída e
integrada: através de seus minis e micros. Essa
integração ocorre com maior ênfase nas
áreas
funcionais administrativas, onde predomina o
REVISTA DE CIÊNCIAS DA ADMINISTRAÇÃO, Florianópolis, v.4, n.6, p.69-80, jan./jum.2002
111111CÇAiD111►
76 Maria Conceição Melo Silva e Rivanda Meira Teixeira
processamento da informação em
batch.
So-
mente 22,2 % das empresas pesquisadas de-
monstraram maior integração com as lojas e
processamento
online.
Pode-se observar que os supermercados
de maior porte têm características tecnológicas
que diferem dos demais, encontrando-se as-
sim no estágio de administração de dados, no
qual segundo Mosca Neto e Ramos (1997), o
uso das informações é de moderado a alto para
fins estratégicos, gerenciais e operacionais. Por
sua vez, os demais supermercados estudados
estão no estágio de integração, com uso mo-
derado das informações para fins gerenciais e
alto uso para fins operacionais.
Na segunda questão de pesquisa, anali-
sou-se o nível de automação comercial dos su-
permercados de Aracaju. Os dados indicam que
os supermercados objeto do estudo, utilizam de
forma limitada as tecnologias de automação
comercial, predominando as balanças eletrôni-
cas e as caixas registradoras eletrônicas. Os sis-
temas sofisticados (caixa interligado ao com-
putador denominado de terminal Ponto de Ven-
da - PDV que tem como periférico o leitor de
código de barras) são raramente utilizados nes-
ses supermercados. Isso significa maiories res-
trições no controle dos preços, no atendimento
às necessidades dos clientes e no recebimento
de informações gerenciais, já que esses siste-
mas coletam os dados brutos sobre as vendas,
os armazenam no banco de dados e os
disponibilizam a outros sistemas para produção
dos relatórios gerenciais. Outra limitação tam-
bém ocorre nos armazéns/ depósitos das lojas
dos supermercados que não utilizam o
scanner,
o coletor de dados e o sistema integrado para
controlar o fluxo da mercadoria. Observou-se
que somente um supermercado utiliza o
EDI
para troca de informações com seus fornece-
dores e que os demais utilizam os sistemas tra-
dicionais de contato pessoal, telefônico e fax
para fazerem seus pedidos.
Uma das principais razões da limitação
na utilização dessas tecnologias, está em seu
custo para implantação e manutenção. Prado
(1995), no seu estudo com 11 dirigentes de
supermercados em Curitiba, verificou que ne-
nhum deles utilizava o
EDI
e que a maioria dos
que não estavam automatizados no ponto de
venda utilizava controles através de fichários
manuais de estoques e compras.
Pode-se concluir, a partir dos dados en-
contrados, que o nível de automação comer-
cial é incipiente, isto é, até mesmo uma das
empresas de grande porte possui sistemas so-
fisticados na maioria das lojas, mas ainda têm
lojas que não dispõem desses recursos. Do
mesmo modo, o nível de utilização dessa
tecnologia é ainda restrito.
A terceira questão de pesquisa se voltou
para a utilização da tecnologia da informação
na empresa. Os dados indicam que as razões
principais da utilização da
T.I.
nos supermer-
cados pesquisados é a agilidade e controle das
informações existentes. Os entrevistados, fos-
sem eles usuários diretos (acessam o compu-
tador na própria mesa de trabalho) ou indire-
tos (acessam o computador em outras locali-
dades da empresa ou no acompanhamento por
terceiros), alegaram não sentir qualquer difi-
culdade na utilização do sistema para a toma-
da de decisão, devido à rapidez e acesso fácil
da informação, servindo-se do sistema para
consultar arquivo de dados, gerar relatórios e
fazer análises estatísticas, com predominância
da freqüência diária.
Procurou-se saber na quarta questão de
pesquisa quais eram as características das in-
formações geradas pelos sistemas de infor-
mação. Pôde-se concluir que existe uma gran-
de satisfação por parte dos entrevistados
pelas informações geradas no sistema, devi-
do a estas corresponderem diretamente às
necessidades do usuário.
A quinta questão de pesquisa buscou
identificar como se dá o fluxo de informação
da empresa. Para tal, observou-se como são
obtidas as informações externas e internas. Em
relação à obtenção de informações externas,
constatou-se uma predominância da utilização
REVISTA DE CIÊNCIAS DA ADMINISTRAÇÃO, Florianópolis, v.4, n.6, p.69-80, jan./jum.2002
41111CCA13D1110
Gerenciamento da tecnologia da informação para tomada de decisão em supermercados 77
de revistas especializadas e de empresas do
ramo, seguido dos fornecedores e empresas
de consultoria. Utilizaram-se como principais
meios de acesso os telefones, as visitas pes-
soais, seguido pelo fax e o computador.
Percebeu-se que os entrevistados não
deram muita importância ao cliente como fon-
te de informação externa e que a
Internet
não
vem sendo utilizada como meio de acesso às
informações pelos supermercados do estudo.
Em relação às fontes de informações in-
ternas, observou-se que os relatórios internos
e os dados que o sistema oferece foram as
fontes mais utilizadas, dando-se menor impor-
tância às comunicações informais e às redes
internas de comunicação. Como meio de aces-
so a essas fontes, predomina o telefone, se-
guido do computador, fax e malote.
Nota-se a utilização do computador para
o acesso ao banco de dados, mas não como
troca de informação por meio de uma rede in-
terna de comunicação. Este fato ocorre na mai-
oria dos supermercados pesquisados. Somen-
te um deles utiliza a
Novell
para se corresponder
com a sede e outras lojas. Verificou-se a utili-
zação do malote para troca de disquete, mapa
manual de estoque e fita detalhe do caixa, que é
uma evidência clara da não integração por um
computador central nas lojas.
Finalmente, na sexta e última questão de
pesquisa, buscou-se responder como os ge-
rentes/proprietários avaliam o sistema de in-
formação utilizado. Constatou-se que a gran-
de maioria dos gerentes/proprietários consi-
dera o sistema utilizado muito fácil de manu-
seio e de interpretação dos dados, atualizado
e que existe pouca necessidade de informa-
ção extra. Observou-se também que na visão
desses gerentes/proprietários as mudanças
ocasionadas pela utilização da tecnologia da
informação só trouxeram benefícios para a
empresa, principalmente no que diz respeito à
agilidade na tomada de decisões, à segurança
e ao controle da informação.
Outro fato observado é que 77,8% das
empresas ofereceram treinamentos em
informática aos seus funcionários. Notou-se a
predominância do treinamento interno pelos
próprios funcionários da organização ou pelos
consultores das empresas desenvolvedores de
software.
Pode-se inferir, a partir desses re-
sultados, que os entrevistados percebem que,
com a utilização da tecnologia da informação,
estão realizando suas tarefas com mais efici-
ência e velocidade e que consequentemente
tornarão suas empresas mais competitivas. No
entanto, deve-se considerar a constante ne-
cessidade de atualização dos operadores dos
sistemas. Sabe-se que não adianta realizar alto
investimento no ambiente computacional se não
investir nas pessoas que farão a interpretação,
seleção e integração das informações para sub-
sídio à tomada de decisão. Os entrevistados
percebem que o custo da utilização de siste-
mas informatizados é compensador e a maio-
ria deles está consciente da necessidade de
permanente atualização de seu pessoal.
7 Considerações finais e recomendações
A função dos gerentes ou diretores de
uma organização é basicamente decisória. As
decisões gerenciais dependem de informações
internas e externas, assim como afetam o meio
interno e externo. A busca de informações é
o caminho para se tomar uma decisão. E fun-
ção da tecnologia da informação, que vai dar
suporte a este processo, processar de forma
rápida, confiável e exibir as informações de
maneira compreensível.
De acordo com os resultados obtidos, a
tecnologia da informação existente nas empre-
sas pesquisadas atende a essas características,
facilitando a tomada de decisão. Contudo, com
relação a utilização de novas ferramentas dis-
poníveis nos sistemas de informação para o au-
xílio à tomada de decisão, percebeu-se que
apenas os supermercados de maior porte os
adotam e as vezes de forma parcial. O uso de
softwares
de gestão mais integrados e
compu-
tadores com maior capacidade de armazenar
dados permite categorizar seu sistema como de
REVISTA DE CIÊNCIAS DA ADMINISTRAÇÃO, Florianópolis, v.4, n.6, p.69-80, jan./jum.2002
0111CCAP:jill►
78 Maria Conceição Melo Silva e Rivanda Meira Teixeira
apoio à decisão, pois possibilita a utilização de
poderosos modelos de análise por área geo-
gráfica (cidades, lojas), por produto (fabrican-
te, itens de estoque), entre outros. Para os de-
mais supermercados, observou-se que o ambi-
ente tecnológico é centralizado e só permitem
acessos aos dados com baixo nível de análise.
Observou-se também que o uso da
tecnologia da informação nas comunicações
não alterou os processos tradicionais de ne-
gociação e decisão e que ainda são limitadas
no uso da
Internet
e do
EDL
Pode-se dizer que mesmo reconhecen-
do que as empresas menores não comportari-
am ambiente tecnológico mais sofisticado, não
faz sentido permanecer em um ambiente
tecnológico atrasado, já que as empresas de
software
procuram cada vez mais criar siste-
mas adaptados às necessidades dessas em-
presas. Isso não significa dizer que a tecnologia
da informação por si só fornece sobrevivência
ao negócio. Seu valor está no julgamento do
seu uso. Segundo Stair (1999), se um novo
dispositivo de leitura de dados de pontos de
venda permitir a uma empresa obter dados
sobre as compras de clientes com maior pre-
cisão do que os métodos anteriores, então esse
dispositivo tem algum valor para essa empre-
sa. Porém, para que os empresários perce-
bam o valor que a T.I. pode trazer para seus
negócios
é
preciso que primeiro conheçam suas
necessidades de informação além da consci-
ência da necessidade da utilização da tecnologia
da informação para a tomada de decisões.
Assim, pôde-se inferir que, de forma ge-
ral, a tecnologia da informação é um instruinen-
to básico para o apoio aos diretores no pro-
cesso de tomada de decisão mas, no entanto,
essa ferramenta ainda não se constitui ainda em
instrumental estratégico e de diferencial com-
petitivo nos supermercados de Aracaju.
A título de sugestão, algumas recomen-
dações podem ser dadas às empresas
pesquisadas, com o objetivo de contribuir para
o aprimoramento da área estudada. Contudo,
como o custo é um fator presente em algumas
empresas, limitando seu desenvolvimento
tecnológico, acredita-se que essas recomen-
dações só se tornarão possíveis a partir da
existência de mecanismos de financiamento
adequados para o setor.
Devido à existência de diferentes ambi-
entes tecnológicos, as recomendações estão
divididas em dois grupos de empresas: as de
menor porte/ abrangência no mercado e as de
maior porte/abrangência.
Para as empresas de menor abrangência
formularam-se as seguintes recomendações:
Solicitar o apoio da ABRAS eASES para
realização de painéis sobre os custos, manuten-
ção e forma de aquisição de equipamentos de
automação comercial e de como a tecnologia da
informação está influenciando o varejo, especifi-
camente os supermercados, na busca de um me-
lhorposicionamento no mercado.
Buscar a melhor utilização da T.I, ou
seja, não somente para fazer as tarefas mais
rápido, mas que possam mudar a maneira de
fazê-las dando resultados perceptíveis.
Criarum centro de distribuição único com
computadores e rede de telecomunicações fun-
cionando via EDI, unificando a lista de produtos
a ser comprados em uma única relação de com-
pras, possibilitando compras de maiores volu-
mes e menor preço, tendo seu custo rateado en-
tre as redes de supermercados participantes.
Modernizar os sistemas de informa-
ções existentes para maior integração entre a
área administrativa
(back room)
e a frente de
loja
(front office).
5. Modernizar a frente de loja, particu-
larmente no que diz respeito à automação co-
mercial para enfrentar a concorrência das lo-
jas de auto-serviço.
Para as empresas de maior porte/
abrangência de mercado, pode-se sugerir:
a) Investir no
Delivery
através do comér-
cio eletrônico disponível via
Internet, assim
como atualizar a
home-page
para oferecer
mais informações aos clientes.
REVISTA DE CIÊNCIAS DA ADMINISTRAÇÃO, Florianópolis, v.4, n.6, p.69-80, jan./jum.2002
41111CÇAII:DIPI
Gerenclamento da tecnologia da informação para tomada de decisão em supermercados 79
Qualificar os gerentes das lojas para
tirar melhor proveito dos sistemas de informa-
ção da frente de loja para o gerenciamento dos
produtos e vendas.
Estimular maior participação dos for-
necedores via
EDL
d) Incentivar a inovação combinada no
uso de computadores e da comunicação em
rede com a necessidade de informação para
cada área da empresa.
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