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C.V. parcelas (%) 57,76 14,75 10,84 12,72 36,78 36,07 30,72
C.V. subparcelas (%) 36,55 14,81 10,53 15,66 29,16 24,99 20,03
ns- não significativo (P>0,05); *significativo no nível de 5% (P<0,05); **significativo no nível de 1% (P<0,01).
a, b – em cada coluna, para cada fator, médias seguidas de mesma letra não diferem (P>0,05).
Provavelmente, o metabolismo espermático dos zebuínos do presente estudo, mostrou-
se mais eficiente em relação aos taurinos da raça Limousin (CHACUR et al. 2006b) e em
Canchim, para o mesmo período do ano com idades similares (CHACUR et al. 2006a),
taurinos esses cujos ejaculados revelaram valores inferiores para a motilidade e vigor
espermáticos, e percentagens maiores para os defeitos dos espermatozóides.
Com relação ao espermiograma, todas as amostras de sêmen dos dois grupos
experimentais, revelaram as seguintes características macroscópicas: coloração branca
marmórea e aspecto viscoso, não sendo verificada qualquer variação entre as colheitas e
grupos. Houve diferença significativa (P<0,05) entre dias de coleta para os defeitos menores e
totais. O vigor espermático foi inferior à média de 4,3 foi relatada por CHACUR et al.
(2006c) em Nelores com cinco a seis anos de idade na primavera. Essa superioridade pode
estar relacionada à maior faixa etária, propiciando produção espermática plena.
O volume dos ejaculados foi superior ao descrito por SILVA et al. (2002) de 4,0 mL e
inferior aos 12 mL citado por MARTINEZ et al. (2000), estando esse aspecto quantitativo
sujeito a variação, principalmente frente ao método de coleta por meio da eletroejaculação,
onde os estímulos nas glândulas sexuais acessórias são de freqüência e intensidade variáveis .
As médias para a motilidade espermática foram inferiores às relatadas por SILVA
(1993) com 65,3%; SARREIRO (2002) obtendo 62,7% em touros zebuínos e CHACUR et al.
(2006c) com média de 75% em Nelores na pré-estação de monta. Para os defeitos maiores, as
médias foram superiores ao limite de 10%, preconizado pelo Colégio Brasileiro de
Reprodução Animal (CBRA, 1998), estando os defeitos menores e totais dentro dos padrões
recomendados. Sugere-se que a inatividade sexual dos touros possa ter influenciado na
percentagem de defeitos maiores (Tabela 3).
A morfologia espermática supostamente é influenciada pelos constituintes protéicos
do plasma seminal, os quais variam conforme a estação do ano, repercutindo na fertilidade de
touros Limousin, criados em regime semi-intensivo (RABESQUINE et al. 2003; CHACUR et
al., 2003, 2004 e CHACUR; MACHADO NETO, 2007); na raça Canchim aos 14 e 48 meses
de idade (CHACUR et al. 2006a) e na raça Nelore, criada extensivamente (SANCHEZ et al.,
2004; CHACUR et al., 2006c).