FÉ CRISTÃ E PRÁTICAS MEDIÚNICAS: U
MA BREVE REFLEXÃO REFORMADA SOBRE O ESPIRITISMO E OUTRAS CRENÇAS ESPIRITUALISTAS
que hoje poderíamos chamar de médiuns) e consulentes que buscavam orientações e informações
dadas, supostamente, pelos espíritos dos mortos.
Em resumo, todas as práticas religiosas do paganismo politeísta não deveriam jamais ser
adotadas pelo povo escolhido por Deus, pela Sua Igreja. Por quê?
Em primeiro lugar, porque Deus, que sabe o que é melhor para cada um dos Seus filhos e
filhas. Ele nos disse que essas práticas eram “abomináveis” e “nojentas”, por isso mesmo, o Senhor
estava expulsando todos esses pagãos da Palestina e entregando essa terra para a Igreja do Antigo
Testamento, o Israel étnico. Cremos em Deus, cremos que seus projetos são os melhores para as
nossas vidas, portanto, não iremos nos aproximar dessas práticas.
Em segundo lugar, somos o povo d’Ele, sua propriedade, portanto, devemos nos manter
santos, isto é, separados dessas práticas pagãs e não-bíblicas (ver em Isaías 19 como os egípcios –
antigos opressores do povo de Deus – eram especialistas nessas práticas ocultistas).
Santidade é “manter-se separado” de tudo aquilo que nos mancha ou nos polui
espiritualmente. O profeta traduziu isso com o contraste unicidade de Deus
versus
politeísmo
idólatra. Coisas desse tipo não podem se misturar, portanto, sejamos “puros”, i.e., adoremos
somente ao Senhor, o Deus único, o grande Jeová ou Yahweh, o Pai de Jesus Cristo, e “joguemos
fora” todos os outros deuses (em minúsculas!) ou ‘intermediários’
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Josué disse ao povo: — Vocês não podem servir o Senhor, pois ele é Deus Santo e não tolera aqueles que
adoram outros deuses. Ele não perdoará os pecados e as maldades de vocês. Se abandonarem a Deus, o
Senhor, e adorarem deuses estrangeiros, ele se voltará contra vocês e os castigará. Ele os destruirá,
embora antes tenha sido bom para vocês. O povo respondeu: — Que isso não aconteça! O que nós
queremos é servir a Deus, o Senhor. Então Josué disse: — Vocês mesmos são testemunhas de que
escolheram servir o Senhor. — Sim, somos testemunhas! — responderam eles. E Josué continuou: —
Então joguem fora os deuses estrangeiros que estão com vocês e prometam que serão fiéis ao Senhor, o
Deus de Israel. (Josué 24:19-23)
Todas essas recomendações de Deus foram gradativamente, e com muitas relutâncias e
embates psíquicos, me afastando da matriz mental do espiritismo kardecista e de diversas outras
práticas espiritualistas, entendendo cada dia mais que o Senhor Jeová (ou, no hebraico, Yahweh), o
Deus único, não gosta, não permite e não se agrada dessas práticas mediúnicas e adivinhatórias.
Os espíritas e espiritualistas têm o direito de fazer tais coisas, isso é indiscutível. Afinal,
vivemos numa democracia. Mas aqueles que seguem a Jesus Cristo e que tem a Bíblia como seu
maior referencial de fé e conduta, não podem tomar parte nestas coisas em nome de um pseudo-
ecumenismo pernicioso e anticristão.
O Deus bíblico
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é, de fato, um Deus que nos pede apartação/separação diante de certas
práticas e comportamentos, ainda que tenhamos amor, carinho e respeito pelas pessoas, todas elas
criadas por esse mesmo Deus.
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Ainda que eu seja muito protestante nesse assunto, tenho sensibilidade e respeito pelos “santos católicos” e pelos
belíssimos ícones ortodoxos. Sei que essas imagens, em tese, são veneradas e não idolatradas. Lamento profundamente
que, na prática, a Igreja Católica não haja com dureza diante dos excessos do ‘catolicismo popular’ que idolatra sim
essas imagens e ícones de uma maneira fanática e antibíblica (eu assisti a “carreata de São Jorge” a poucos dias...
misericórdia!). O que é pior. Na maioria das vezes essas idolatrias do romanismo e da ortodoxia conta com franco
apoio de padres e bispos que deveriam orientar biblicamente o povo de Deus e zelar pela sã doutrina.
Outro tema complicado é a fé popular que os santos e santas reconhecidos pela Igreja de Roma são “intermediários”
entre as bênçãos do céu e os seres humanos, ofuscando a Cristo e deturpando o ensino evangélico.
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Falo aqui no DEUS BÍBLICO, Aquele que é para nós cristãos o único Deus verdadeiro, porque hoje, o ser humano e
suas religiões criaram tantos deuses à sua própria imagem e semelhança que se faz necessário essa precisão na
linguagem.