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Dissertação de Mestrado em Saúde e Ambiente
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15,1% faziam uso de preservativos e 44,1% versus 44,3% foram submetidas à laqueadura
tubária.
Quanto ao ambiente social, 89,5% versus 94,7% residem em casas de alvenaria,
com até seis cômodos (63,2% versus 56,1%), com abastecimento de água de rede pública
(87,7% versus 90,6%), e acesso a energia elétrica (98,2% versus 98,8%). A grande maioria
(93% versus 91,2%) tem saneamento domiciliar por meio de fossa séptica, enquanto que o
destino do lixo, 80,7% versus 87,1% relata coleta pública. Houve significância estatística
apenas em relação ao saneamento domiciliar (p=0,019) (Tabela 3).
A razão de chance de acometimento das lesões precursoras foi duas vezes
maior em mulheres que residem em moradias não adequadas, com até seis cômodos, que
não tem acesso à água potável e destino inadequado do lixo, quando comparadas com
mulheres que não residem em ambiente com características semelhantes.
Tabela 3. Características do ambiente social das mulheres com lesão intra-epitelial cervical
nos grupos de casos e controle. Ilha de Santa Luzia - SE, 2007.
Grupos
Variáveis
Casos (N=57) Controles (N=171)
OR IC p
N=228 N (%) N (%) 95%
MORADIA ADEQUADA P = 0,28
Sim 51 89,5 162 94,7 0,47 0,16 - 1,39
Não 6 10,5 9 5,3 2,12 0,72 – 6,24
Nº. DE CÔMODOS P = 0,44
≤ 6 36 63,2 96 56,1 1,34 0,72 – 2,48
≥ 7 21 36,8 75 43,9 0,75 0,40 – 1,38
ACESSO A ENERGIA ELETRICA P = 0,74
Sim 56 98,2 169 98,8 0,66 0,06 – 7,45
Não 1 1,8 2 1,2 1,51 0,13 – 16,96
DESTINO ADEQUADO DO LIXO P = 0,61
Sim 46 80,7 149 87,1 0,75 0,34 – 1,65
Não 11 12,3 22 12,9 0,03 0,01 – 0,06
ACESSO À ÁGUA POTÁVEL P = 0,70
Sim 50 87,7 155 90,6 0,74 0,20 – 1,89
Não 7 12,3 16 9,4 1,36 0,53 – 3,48
SANEAMENTO DOMICILIAR P = 0,19
Sim 53 93 156 91,2 1,27 0,40 – 4,01
Não 4 7 15 8,8 0,78 0,25 – 2,47
OR = odds ratio. IC95% = intervalo de confiança. p = qui-quadrado.
Com relação ao teste de Papanicolaou, as características do acesso, freqüência
e intervalo da realização do preventivo de Papanicolaou associadas aos casos e controles
podem ser observadas na tabela 4. Evidencia-se uma maior freqüência em relação às
mulheres (casos) que informaram não apresentar rotina à realização do preventivo (63,3%
versus 18,7%), p= 0,0.