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ATUALIZAÇÃO DAS RECOMENDAÇÕES PARA TRATAMENTO DA CO-INFECÇÃO
HIV-TUBERCULOSE EM ADULTOS E ADOLESCENTES
(Ministério da Saúde, 2000)
Em maio de 2000, a Coordenação Nacional de DST e Aids e a Coordenação Nacional de Pneumologia Sanitária
do Ministério da Saúde reuniram novamente o Comitê Assessor para Co-Infecção HIV-Tuberculose, com o objetivo de
rever as recomendações estabelecidas em 1998 e discutir os principais avanços na tratamento e prevenção dessa
importante interação infecciosa em indivíduos adultos e adolescentes co-infectados pelo HIV e pelo M. tuberculosis. Por
decisão conjunta de ambas as Coordenações, essas orientações técnicas estão sendo incorporadas à nova versão do
Manual de Normas de Tuberculose do Ministério da Saúde, que atualmente encontra-se em fase final de impressão. As
recomendações sugeridas por esse Comitê continuarão a ser revisadas periodicamente, a medida que novos
conhecimentos sobre a co-infecção HIV-Tuberculose forem sendo gerados em estudos clínicos e epidemiológicos.
Esperamos que essas informações continuem sendo instrumento importante para o atendimento com qualidade do
paciente portador da infecção pelo HIV na rede pública de saúde do País.
PAULO R. TEIXEIRA ANTÔNIO RUFFINO NETTO
COORDENADOR NACIONAL DE DST E AIDS-MS COORDENADOR NACIONAL DE PNEUMOLOGIA SANITÁRIA-MS
CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE O TRATAMENTO DA CO-INFECÇÃO HIV/TUBERCULOSE:
Como o uso disseminado da terapia anti-retroviral combinada potente, após o advento dos inibidores da protease (IP) e
inibidores da transcriptase reversa não nucleosídeos (ITRNN), a morbimortalidade relacionada ao HIV sofreu profundas
transformações, com mudança radical na ocorrência e prognóstico das complicações oportunistas mais comuns. A
rifampicina é atualmente considerada como uma das principais drogas no tratamento da tuberculose, sendo que os
esquemas que utilizam essa droga apresentam taxa de sucesso terapêutico da ordem de 90% a 95% quando
adequadamente utilizados. Entretanto, a utilização concomitante da rifampicina (RMP) com a maioria dos IP e/ou ITRNN
promove importante interação farmacológica no sistema microssomal hepático, podendo provocar redução significativa
dos níveis séricos desses anti-retrovirais, e, conseqüentemente, aumentando o risco de desenvolvimento de resistência
do HIV ao esquema anti-retroviral em uso. O uso de esquemas alternativos para o tratamento da tuberculose sem
rifampicina, apesar de eficaz do ponto de vista bacteriológico, tem se mostrado com efetividade terapêutica global
reduzida pela maior complexidade do esquema, maior dificuldade de adesão ao uso de medicação injetável
(estreptomicina) e o tempo mais prolongado de tratamento. Em ambas as situações acima expostas, pode existir
prejuízo para o paciente co-infectado, tanto pela não utilização de IP e/ou ITRNN no esquema anti-retroviral, como pela
não inclusão da rifampicina no esquema antituberculose.
Entretanto, estudos farmacocinéticos recentes sugerem que a RMP pode ser utilizada concomitantemente com alguns
anti-retrovirais em pacientes HIV+ com tuberculose, desde que os mesmos sejam tratados com esquemas que
contenham efavirenz ou ritonavir associado ao saquinavir, sem necessidade de ajuste nas dosagens habituais.
Recomenda-se que o uso dessas associações em pacientes com co-infecção HIV-tuberculose seja feita de forma
criteriosa, com a orientação e/ou supervisão de profissional médico com experiência no tratamento de ambas as
doenças e com cuidadoso acompanhamento clínico-laboratorial. Deve-se ter especial atenção para a possibilidade de
falha no tratamento da tuberculose, falha no tratamento anti-retroviral, reações paradoxais da tuberculose e efeitos
colaterais e/ou tóxicos, específicos ou sinérgicos, causado pela associação das drogas anti-retrovirais e tuberculostáticas
utilizadas nessa situação.
Apesar de ser considerada uma doença oportunista, freqüentemente resultando de reativação endógena, a ocorrência
de tuberculose com padrão clínico-radiológico típico (acometimento apical) não caracteriza necessariamente
comprometimento significativo da imunidade ou falha da terapia anti-retroviral. Assim, um paciente em uso de esquema
anti-retroviral não compatível com RMP poderá ter esse esquema modificado para possibilitar o tratamento da
tuberculose e da infecção pelo HIV com esquemas antituberculose e anti-retroviral potentes, não caracterizando essa
mudança uma falha terapêutica ao esquema ARV anteriormente em uso, e sim uma adequação deste último ao esquema
antituberculose. Essa substituição do esquema não invalida a reintrodução ou o uso futuro do esquema anti-retroviral
anteriormente em uso após o término do tratamento para tuberculose. Pacientes com tuberculose com indicação de uso
do esquema I (R+H+Z por seis meses), mas que não possam utilizar algum dos esquemas anti-retrovirais compatíveis
com RMP, deverão ser tratados para tuberculose durante 12 meses com esquema alternativo de tratamento da
tuberculose para pacientes com intolerância ou contra-indicação para uso da RMP, recomendado pela Coordenação
Nacional de Pneumologia Sanitária/Ministério da Saúde, e iniciar ou substituir o tratamento anti-retroviral pelo esquema
considerado mais adequado do ponto de vista imunológico e virológico.
O uso concomitante de abacavir e outros inibidores da transcriptase reversa nucleosídeos (ITRN) com RMP não está
contra-indicado pois não existe nenhuma interação entre as drogas desse grupo farmacológico com a RMP, não
necessitando, portanto, de nenhum ajuste posológico.
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É importante considerar que a adesão adequada aos esquemas tuberculostáticos e anti-retrovirais tomados de forma
concomitante é um grande desafio para o paciente, devido a elevada quantidade de comprimidos/cápsulas a serem
tomadas ao dia e a ocorrência de efeitos colaterais, particularmente nas primeiras semanas de tratamento. Portanto,
deve-se considerar, sempre que possível, a possibilidade de postergar o início de tratamento anti-retroviral em pacientes
com co-infecção HIV-tuberculose, particularmente naqueles apresentem quadros de imunodeficiência menos graves do
ponto de vista clínico-laboratorial. Entretanto, pacientes HIV+ com formas graves de tuberculose (ex:
meningoencefalite, formas disseminadas) poderão iniciar terapia anti-retroviral potente (com uso de esquemas triplos
com IP e/ou ITRNN) concomitante ao tratamento antituberculose, mesmo sem o resultado dos parâmetros laboratoriais
(contagem de células CD4+ e carga viral), observando-se a compatibilidade farmacológica entre os esquemas propostos.
QUADRO I: RECOMENDAÇÕES TERAPÊUTICAS PARA PACIENTES HIV+ COM TUBERCULOSE
CARACTERÍSTICA DA SITUAÇÃO
RECOMENDAÇÃO
Paciente HIV+ virgem de tratamento para
tuberculose com contagem de células T-CD4+
e carga viral não disponíveis.
Tratar a tuberculose durante seis meses, utilizando o Esquema I (E-1)
(1)
recomendado pelo Ministério da Saúde e aguardar estabilidade clínica para
realização de contagem de células T-CD4 e carga viral para avaliação da
necessidade de terapia anti-retroviral
(2)
.
Paciente HIV+ já em acompanhamento clínico
anterior, virgem de tratamento para
tuberculose e com contagem de células T-
CD4+ acima de 500 células/mm
3
.
Tratar a tuberculose durante seis meses, utilizando o Esquema I (E-1)
(1)
recomendado pelo Ministério da Saúde e não iniciar terapia anti-retroviral
(3)
Paciente HIV+ já em acompanhamento clínico
anterior, virgem de tratamento para
tuberculose, com contagem de células T-
CD4+ entre 350 e 500 células/mm
3
e carga
viral para HIV <100.000 cópias/ml .
Tratar a tuberculose durante seis meses, utilizando o Esquema I (E-1)
(1)
recomendado pelo Ministério da Saúde e iniciar ou substituir o tratamento anti-
retroviral por um dos seguintes esquemas compatíveis com uso concomitante de
RMP
(4)
:
2 ITRN
(5)
ZDV + 3TC + ABC
(6,9)
2 ITRN + EFZ
(7,9)
2 ITRN + RTV/SQV
(7)
Paciente HIV+ já em tratamento clínico
anterior,virgem de tratamento para
tuberculose, com contagem de células T-
CD4+ entre 350 e 500 células/mm
3
e carga
viral para HIV 100.000 cópias/ml .
Tratar a tuberculose durante seis meses, utilizando o Esquema I (E-1)
(1)
recomendado pelo Ministério da Saúde e iniciar ou substituir o tratamento anti-
retroviral por um dos seguintes esquemas compatíveis com uso concomitante de
RMP
(4)
:
2 ITRN + EFZ
(7,9)
2 ITRN + RTV/SQV
(7)
Paciente HIV+ virgem de tratamento para
tuberculose e com contagem de células T-
CD4+ abaixo de 350 células/mm
3
Tratar a tuberculose durante seis meses, utilizando o Esquema I (E-1)
(1)
recomendado pelo Ministério da Saúde e iniciar ou substituir o tratamento anti-
retroviral por um dos seguintes esquemas compatíveis com uso concomitante de
RMP
(4)
:
2 ITRN + EFZ
(7,9)
2 ITRN + RTV/SQV
(7)
Paciente HIV+ com meninigoencefalite
tuberculosa.
Tratar a tuberculose durante nove meses, utilizando o Esquema II (E-2)
(8)
recomendado pelo Ministério da Saúde e iniciar ou substituir a terapia anti-
retroviral com esquemas compatíveis com uso concomitante de RMP, a serem
escolhidos conforme parâmetros de contagem de células T-CD4+ e carga viral
para pacientes HIV+ virgens de tratamento para tuberculose
(4,6,7,9)
.
Paciente HIV+ em situação de retratamento
para tuberculose.
Tratar a tuberculose durante seis meses, utilizando o Esquema I Reforçado IR
(E-1R)
(10)
, recomendado pelo Ministério da Saúde e iniciar ou substituir a terapia
anti-retroviral com esquemas compatíveis com uso concomitante de RMP, a serem
escolhidos conforme parâmetros de contagem de células T-CD4+ e carga viral
para pacientes HIV+ virgens de tratamento para tuberculose
(4,6,7,9,11)
.
Paciente HIV + em situação de falha a
tratamento anterior para tuberculose.
Tratar a tuberculose durante 12 meses, utilizando o Esquema III (E-3)
(12)
recomendado pelo Ministério da Saúde e iniciar ou substituir o tratamento anti-
retroviral pelo esquema considerado mais adequado do ponto de vista imunológico
e virológico
(4,6,7,9,11)
.
Paciente HIV+ com tuberculose multidroga-
resistente.
Encaminhar aos serviços de referência em tuberculose para avaliação de
especialista e uso de esquemas especiais.
1. Dois meses iniciais com R+H+Z, seguido de quatro meses com R+H (2RHZ/4RH).
2. O adoecimento por tuberculose freqüentemente promove a elevação da carga viral e redução concomitante da
contagem de células T-CD4+ em pacientes HIV+. Sugere-se aguardar pelo menos 30 dias após início da terapia
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antituberculose e a estabilização clínica do quadro de tuberculose para se utilizar esses parâmetros na indicação de
terapia anti-retroviral. Pacientes com formas graves de tuberculose (ex: meningoencefalite, formas disseminadas)
poderão iniciar terapia anti-retroviral potente (com uso de esquemas com IP e/ou ITRNN) concomitante ao
tratamento antituberculose, mesmo sem esses parâmetros laboratoriais, observando-se a compatibilidade
farmacológica entre os esquemas propostos. Para a escolha da opção de tratamento, deve-se também avaliar o
risco de toxicidade e capacidade de adesão do paciente aos tratamentos, considerando a possibilidade de utilizar
esquemas anti-retrovirais menos complexos (2 ITRN) ou mesmo postergar o início do tratamento anti-retroviral
naqueles com quadros de imunodeficiência menos graves.
3. Em caso de carga viral elevada (100.000 cópias/ml), pode-se considerar a possibilidade de iniciar tratamento anti-
retroviral, pois há risco de progressão mais rápida da imunodeficiência causada pelo HIV, devendo ser avaliados os
parâmetros clínicos e laboratoriais específicos (contagem de células T-CD4+ e carga viral) com maior freqüência. É
importante considerar a motivação do paciente e a probabilidade de adesão, antes de iniciar o tratamento.
4. Pacientes com tuberculose com indicação de uso do esquema I (E-1), mas que não possam utilizar algum dos
esquemas anti-retrovirais compatíveis com rifampicina, deverão ser tratados para tuberculose durante 12 meses
com esquema para pacientes com intolerância ou contra-indicação para uso de rifampicina, recomendado pelo
Ministério da Saúde (dois meses iniciais com H+Z+S+E, seguidos de 10 meses com H+E 2HEZS/10HE).
5. O uso de terapia dupla (2 ITRN) está indicado como uma das opções para pacientes HIV+ com contagem de células
T-CD4+ entre 350 e 500 células/mm
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e carga viral < 30.000 cópias/ml. Entretanto, pacientes com intolerância
significativa aos IP e/ou ITRNN, independente dos parâmetros laboratoriais, também poderão considerar a
possibilidade de usar terapia dupla.
6. A experiência clínica com o uso do abacavir em indivíduos HIV+ com tuberculose é limitada. Atualmente o seu uso
está restrito para pacientes em terapia anti-retroviral inicial, não devendo ser utilizado naqueles com carga viral
elevada e/ou comprometimento significativo da imunidade celular. Nesses casos, deve-se utilizar esquemas anti-
retrovirais sabidamente mais potentes contendo ITRNN e/ou IP. O uso concomitante de abacavir e outros inibidores
da transcriptase reversa nucleosídeos (ITRN) com RMP não estão contra-indicados, pois não existe nenhuma
interação farmacológica com tuberculostáticos descrita até o momento.
7. Não há dados que permitam escolher entre esquemas com ITRNN ou IP nessas situações. Entretanto, o uso de
ritonavir associado a drogas antituberculose utilizadas no esquema I (E-1) apresenta risco aumentado de
hepatotoxicidade. Sugere-se monitoramento cuidadoso das transaminases e de outras provas de função hepática
do paciente durante o tratamento e não iniciar o uso de esquema com esse anti-retroviral associado ao esquema I
(E-1), caso os níveis basais dessas enzimas hepáticas estejam três vezes acima dos valores de referência.
8. Dois meses iniciais com R+H+Z, seguido de sete meses com R+H (2RHZ/7RH). Observar que doses mais elevadas
de rifampicina e isoniazida são recomendadas nessa situação.
9. Abacavir e efavirenz são drogas contra-indicadas durante a gravidez.
10. Dois meses iniciais com R+H+Z+ E, seguido de quatro meses com R+H+E (2RHZE/4RHE).
11. Recomenda-se monitorar rigorosamente a adesão (tratamento supervisionado) e colher material para teste de
sensibilidade aos medicamentos antituberculose.
12. Três meses iniciais com S+Et+E+Z, seguidos de nove meses com Et+E (3SEtEZ/9EtE).
QUADRO II: DOSES DAS DROGAS ANTITUBERCULOSE UTILIZADAS NO TRATAMENTO
DE TUBERCULOSE EM PACIENTES ADULTOS E ADOLESCENTES HIV+
DOSE MÁXIMA POR PESO DO
PACIENTE (mg/dia)
MEDICAMENTO DOSE RECOMENDADA
(mg/kg/dia)
< 45 kg > 45 kg
RIFAMPICINA
(1)
10 450 600
ISONIAZIDA
(1)
10 300 400
PIRAZINAMIDA
(2)
25 - 35 1.500 2.000
ESTREPTOMICINA 20 1.000 1.000
ETAMBUTOL 25 800 1.200
ETIONAMIDA 12 500 750
(1) Pacientes com meningoencefalite tuberculosa deverão utilizar doses mais elevadas de rifampicina (20 mg/kg com dose máxima
de 600 mg/dia) e isoniazida (20 mg/kg com dose máxima de 400 mg/dia), mesmo com peso corporal abaixo de 45 kg.
4
(2) Devido ao uso freqüente e concomitante de outras drogas potencialmente hepatotóxicas (ex: sulfamídicos, imidazólicos,
inibidores de protease, etc), a dose de pirazinamida poderá ser reduzida em pacientes HIV+ até o limite mínimo de 25
mg/kg/dia, respeitando-se os limites máximos de dose diária estabelecidos conforme o peso corporal do paciente.
QUADRO III: QUIMIOPROFILAXIA PARA TUBERCULOSE EM PACIENTES HIV+
INDICAÇÕES
(1) (2)
Indivíduo sem sinais ou sintomas sugestivos de tuberculose:
A. Com radiografia de tórax normal e: 1) reação ao PPD maior ou igual a 5 mm
(3)
; 2)
contactantes intra-domiciliares ou institucionais de tuberculose bacilífera, ou 3) PPD
não reator ou com enduração entre 0-4 mm, com registro documental de ter sido reator
ao teste tuberculínico e não submetido à tratamento ou quimioprofilaxia na ocasião.
B. Com radiografia de tórax anormal: presença de cicatriz radiológica de TB sem
tratamento anterior (afastada possibilidade de TB ativa através de exames de escarro e
radiografias anteriores), independentemente do resultado do teste tuberculínico (PPD).
ESQUEMA
(4)
Isoniazida , VO, 5-10 mg/kg/dia (dose máxima: 300mg/dia) por seis meses consecutivos.
(1) O teste tuberculínico (PPD) deve ser sempre realizado na avaliação inicial do paciente HIV+, independentemente do seu estado
clínico ou laboratorial (contagem de células CD4+ e carga viral), devendo ser repetido anualmente nos indivíduos não
reatores. Nos pacientes não reatores e em uso de terapia anti-retroviral, recomenda-se fazer o teste a cada seis meses no
primeiro ano de tratamento, devido a possibilidade de restauração da resposta tuberculínica.
(2) A quimioprofilaxia com isoniazida (INH) reduz o risco de adoecimento a partir da reativação endógena do bacilo, mas não
protege contra exposição exógena após a sua suspensão. Portanto, em situações de possível re-exposição ao bacilo da
tuberculose, o paciente deverá ser reavaliado quanto a necessidade de prolongamento da quimioprofilaxia (caso esteja em uso
de INH) ou de instauração de nova quimioprofilaxia (caso esta já tenha sido suspensa).
(3) Pacientes com imunodeficiência moderada/grave e reação ao PPD >10 mm, sugere-se investigar cuidadosamente tuberculose
ativa (pulmonar ou extra-pulmonar) antes de se iniciar quimioprofilaxia.
(4) Indivíduos HIV+ contactantes de pacientes bacilíferos com tuberculose INH-resistente documentada e que não estão em uso
de IP ou ITTRN incompatíveis com uso de RMP, poderão fazer uso de quimioprofilaxia com esquema alternativo de
Rifampicina (600 mg/dia) + Pirazinamida (2 g/dia) por dois meses, preferencialmente sob a supervisão de um especialista.
ABREVIATURAS UTILIZADAS:
MEDICAMENTOS ANTITUBERCULOSE: MEDICAMENTOS ANTI-RETROVIRAIS
RMP (R) = Rifampicina ZDV = Zidovudina
INH (H) = Isoniazida 3TC = Lamivudina
PZA (Z) = Pirazinamida ABC = Abacavir
EMB (E) = Etambutol EFZ = Efavirenz
SM (S) = Estreptomicina RTV = Ritonavir
ETH (Et) = Etionamida SQV = Saquinavir
ITRN = Inibidor da Transcriptase Reversa Análogo de Nucleosídeo
ITRNN = Inibidor da Transcriptase Reversa Não-Análogo de Nucleosídeo
IP = Inibidores da Protease
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Este documento foi elaborado com a participação do:
COMITÊ ASSESSOR PARA CO-INFECÇÃO HIV-TUBERCULOSE:
Afrânio Lineu Kritski - Universidade Federal do Rio de Janeiro/RJ
Antônio Carlos Toledo Júnior - Secretaria Municipal de Saúde de Contagem/MG
Celso Ferreira Ramos Filho - Universidade Federal do Rio de Janeiro/RJ
Laede Rodrigues dos Santos - Div. de Tuberculose do Centro de Vigilância Epidemiológica - SES/SP
Leda Fátima Jamal - Centro de Referência e Treinamento de DST/AIDS - SES/SP
Margareth Dalcolmo - Centro de Referência Prof. Hélio Fraga/RJ
Miguel Auib Hijjai - Centro de Referência Prof. Hélio Fraga/RJ
Rosana Del Bianco - Instituto de Infectologia Emílio Ribas/SP
Solange Cavalcante - Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro e FIOCRUZ/RJ
COORDENAÇÃO NACIONAL DE DST/AIDS MINISTÉRIO DA SAÚDE:
Paulo Roberto Teixeira
Valdiléa Gonçalves Veloso dos Santos
Marco Antônio de Ávila Vitória
Elisa Cazue Sudo
COORDENAÇÃO NACIONAL DE PNEUMOLOGIA SANITÁRIA MINISTÉRIO DA SAÚDE:
Antônio Ruffino Netto
Ademir Albuquerque Gomes
Bibliografia consultada:
1. BENEDEK IH; JOSHI A; FISKE WD et al. Pharmacokinetic interaction between efavirenz and rifampin in
healthy volunteers [Abstract]. In: Program and abstracts of the 12
th
World AIDS Conference,
Geneva, Switzerland, 1998.
2. CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Notice to Readers: Updated Guidelines for the
use of rifabutin or rifampin for the treatment and prevention of tuberculosis among HIV-infected patients
taking protease inhibitors or nonucleoside reverse transcriptase inhibitors. MMWR, v .49; n.09, p 185-9,
2000.
3. GORDIN F; CHAISSON RE; MATTS JP et al. Rifampin and pyrazinamide vs isoniazid for prevention of
tuberculosis in HIV-infected persons. JAMA, v. 283, p. 1445-50, 2000.
4. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Recomendações para terapia anti-retroviral em adultos e adolescentes
infectados pelo HIV, 2000 (documento preliminar).
5. ROSE DN. Benefits of screening for latent Mycobacterium tuberculiosis infection. Arch Intern Med., v.
160, p. 1513-21, 2000.
6. TUSET M; MIRÓ JM; CODINA C et al. Interacciones entre los antirretrovirales y los fármacos utilizados
en tratamiento de la tuberculosis. Enfermidades Emergentes, v. 02, n. 01, p. 16-32, 2000.
7. VELDKAMP AI; HOETELMANS MW; BEINJINEN JH et al. Ritonavir enables combined therapy with
rifampin and saquinavir. Clin Inf Dis. v. 29, p.1586, 1999.
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