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A dominância em espécies é das Lauraceae, que estão representadas por inúmeras
espécies dos gêneros (Aiouea, Aniba, Cryptocarya, Endlicheria, Licaria, Nectandra,
Ocotea, Persea, Phyllostemodaphne, Urbanodendron) , destacando-se, entre elas, o
tapinhoã (Mezilaurus navalium). Outras espécies que fazem parte da floresta Montana são
o cedro (Cedrela angustifolia - Meliaceae), o louro-pardo (Cordia trichotoma -
Boraginaceae), o vinhático (Plathymenia foliolosa - Leguminosae) e o guaperê
(Lamanonia ternata - Cunoniaceae). No sub-bosque, aparecem a guaricanga (Geonoma sp.
- Palmae) e os fetos arborescentes ou samambaias-gigantes: Trichopteris sp. (Cyatheacae)
e Dicksonia sellowiana (Dicksoniaceae).
O interior dessas matas, sempre sombrio, é ocupado por plantas herbáceas de
pequeno porte, como Besleria spp. (Gesneriaceae), Coccocypselum spp. (Rubiaceae),
Dichorisandra spp.. (Commelinaceae), Dorstenia dolichocaula (Moraceae), Pilea spp.
(Urticaceae) e uma série de gêneros de Pteridophyta (Blechnum, Didymochlaena,
Dryopteris, Lygodium, Marattia, Polybotria, Sellaginella). Cipós e escandentes são,
também, numerosos: Bauhinia spp. (Leguminosae), Cissus spp. (Vitaceae), Davilla rugosa
(Dilleniaceae), Pithecoctenium spp. (Bignoniaceae), Serjania spp. (Sapindaceae) e Smilax
spp. (Smilacaceae), entre outros.
Troncos e galhos das árvores são literalmente cobertos de epífitos, que vão desde
liquens, hepáticas e musgos, passando por várias Pteridophyta (Hymenophyllum,
Microgramma, Trichomanes); Dicotyledoneae, como Begoniaceae (Begonia), Cactaceae
(Hariota, Ripsalis, Schlumbergera), Gesneriaceae (Codonanthe, Nematanthus),
Marcgraviaceae (Marcgravia), Piperaceae (Peperomia) e Monocotyledoneae, como
Bromeliaceae (Vriesea, Tillandsia), Cyclanthaceae (Carludovica) e Orchidaceae
(Bifrenaria, Catasetum, Cattleya, Miltonia, Oncidium, Pleurothalis).
3 - Floresta Alto-Montana
Ocupa os ambientes situados acima dos 1500 m. É nela que existe o maior
ocorrência de endemismos, sendo Itatiaia um das regiões notáveis nesse sentido. Suas