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ATRIBUTOS AGRONÔMICOS DO SORGO FORRAGEIRO EM LATOSSOLOS DA
AMAZÔNIA EM FUNÇÃO DA ADUBAÇÃO FOSFATADA, NITROGENADA E
CALAGEM
ANDREOS RAMIRO PINTO LEITE
Belém
2007
Pará – Brasil
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ATRIBUTOS AGRONÔMICOS DO SORGO FORRAGEIRO EM LATOSSOLOS DA
AMAZÔNIA EM FUNÇÃO DA ADUBAÇÃO FOSFATADA, NITROGENADA E
CALAGEM
ANDREOS RAMIRO PINTO LEITE
Dissertação apresentada à Universidade
Federal Rural da Amazônia, como parte
das exigências do curso de Mestrado em
Agronomia, área de concentração em
Solos e Nutrição de Plantas, para a
obtenção do título de “Mestre”.
BANCA EXAMINADORA
Engenheiro Agrônomo Professor Dr. Antonio Rodrigues Fernandes
Orientador
Universidade Federal Rural da Amazônia - UFRA
Engenheira Agrônoma Pesquisadora Dra. Mônica Abreu de Gusmão
Universidade Estadual do Pará - UEPA
Engenheiro Agrônomo Professor Dr.Eduardo do Valle Lima
Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA
Unidade Descentralizada de Parauapebas (UFRA-Carajás)
Engenheiro Agrônomo Professor Dr. Almir Vieira Silva
Universidade Federal Rural da Amazônia - UFRA
Belém
Pará – Brasil
“É nas batalhas que surge a alma”
(Autor Desconhecido)
AGRADEÇO E OFEREÇO
A Deus.
- Ao meu filho Cauê Leite
- Aos meus pais
- À minha família
- A meus amigos leais
DEDICO
Agradecimentos
A Deus acima de tudo, pois jamais me desamparou e me iluminou em todos os
momentos da minha vida.
A Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA que se tornou um local de
muitos ensinamentos profissionais e pessoais.
Ao meu orientador Antonio Rodrigues Fernandes, por além de orientação ter me
oferecido amizade leal, conselhos profissionais e pessoais, os quais foram importantíssimos
para minha vida e por ter me acolhido como um filho.
Ao meu co-orientador Almir Vieira da Silva, entusiasta desse projeto e por quem
tenho uma admiração muito grande, agradeço pela atenção e oportunidade de trabalho.
Aos meus fieis escudeiros Tatiana Gazel Soares e Júlio César Gomes Costa, que se
tornaram base da minha fortaleza e que são pessoas de raro caráter.
Ao Max Adolf Sarrazin que com sua generosidade esteve sempre disposto a
colaborar e ensinar.
Aos meus companheiros de batalha como o incansável Hugo Leonardo Santos de
Souza, Válber Santos, Mariano Queiroz Junior, Aparecida , Ricarth de Souza Vieira, Roberto
Ramos, Mauro, Elaine Maria Silva Guedes e Patrícia Ribeiro Maia Lobo guerreiros que
nunca estremeceram diante dos desafios desse projeto e sem os quais não seria possível a
vitória.
A minhas amigas Rosigrêde Lima da Silva, e Rita de Cassia Zacarielo Tofoli,
pessoas encantadoramente doces.
Aos meus amigos do barracão Doquinha, João, Levi e Batista pela valiosa ajuda em
momentos cruciais e pelo companheirismo a mim destinado.
Ao meu filho Cauê Vinícius Leite por ser minha eterna inspiração.
Ao meu pai Moacir Bernardino Leite e a minha mãe Marilena Pinto Leite por terem
me dado apoio, carinho e cobrança sempre na medida certa além de ter deixado princípios e
ideais para minha personalidade como legado.
Ao professor Mario Lopes da Silva Junior, por me orientar no início da caminhada
ainda por ocasião da graduação
Ao professor George Rodrigues da Silva que foi muito importante no início do
mestrado e aos professores do Curso, Francisco Ilton de Oliveira Morais, Tarcisio Ewerton
Rodrigues, Waldenei Travassos de Queiroz,
Francisco de Assis Oliveira e Ana Regina
Araújo Martins, Paulo Fernando da Silva Martins e
Jose Henrique Cattanio.
A secretária do mestrado em agronomia Gracy Monteiro sempre prestativa e eficiente
quando desta precisei.
Aos colegas do mestrado Brenda Guimarães, Cândido Neto, Carla Vanessa Borges
Castro, Clévea Rossana Ferreira da Silva, Danielle Pegado, Dionilson Cardoso da Cunha,
Elineuza Faria da Silva Trindade, , Emerson do Nasciento, Érica Rodrigues, Iulla Naiff
Rabelo de Souza Reis,, Jessivaldo Rodrigues Galvão, Jisele Brito, Jorge Pinheiro de
Oliveira (PIVO), Kassyus Clay Franco do Rosario Silva, Márcio Gerdhanes Martins Guedes,
Michelle do Nascimento, Milena Fonseca, Paulo Lobato, Paulo Oliveira, Roberta Pinheiro,
Ronilson Santos, Sandra Ferreira, Vanderson Rossato e Vicenzo Henrique de Figueiredo
Irino.
Biografia
Andreos Ramiro Pinto Leite, filho de Moacir Bernardino Leite e de Marilena
Pinto Leite, nasceu em Nilópolis, Rio de Janeiro, aos 26 dias do mês de
Janeiro de 1982.
Em março de 2000 iniciou o curso de Agronomia na Universidade Federal
Rural da Amazônia.
Em novembro de 2004, graduou-se em Agronomia na Universidade Federal
Rural da Amazônia.
Em março de 2005, iniciou o curso de Pós-Graduação em nível de Mestrado
em Agronomia, na área de Solos e Nutrição de Plantas, para obtenção do
título de Mestre, na Universidade Federal Rural do Pará - UFRA.
SUMÁRIO
LISTA DE TABELAS ..........................................................................................
10
LISTA DE FIGURAS ...........................................................................................
11
CAPÍTULO 1: CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DO SORGO
FORRAGEIRO CULTIVADO EM SOLOS DA AMAZÔNIA, EM
FUNÇÃO DA ADUBAÇÃO FOSFATADA, NITROGENADA E
CALAGEM ............................................................................................................
13
RESUMO................................................................................................................
14
ABSTRACT ........................................................................................................
15
1.1 INTRODUÇÃO ..............................................................................................
16
1.2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ....................................................................
18
1.2.1 A SILAGEM DE SORGO ..........................................................................
17
1.2.2 A CULTURA DO SORGO ........................................................................
18
1.2.3 ADUBAÇÃO DO SORGO ........................................................................
19
1.2.4 ADUBAÇÃO NITROGENADA .................................................................
20
1.2.5 ADUBAÇÃO FOSFATADA .....................................................................
20
CAPÍTULO 2: EFEITO DE DOSES CRESCENTES DE FÓSFORO E
NITROGÊNIO NO CRESCIMENTO E PRODUÇÃO SORGO
FORRAGEIRO EM LATOSSOLO DA AMAZÔNIA .....................................
21
RESUMO .............................................................................................................
22
ABSTRACT...........................................................................................................
22
2.1. INTRODUÇÃO .............................................................................................
23
2.2 MATERIAL E MÉTODOS ...........................................................................
24
2.2.1 CARACTERÍSTICA DA ÁREA E ATRIBUTOS DO SOLO .................
24
2.2.2 DELINEAMENTO EXPERIMENTAL E TRATAMENTOS ................
25
2.2.3 CONDUÇÃO DO EXPERIMENTO .........................................................
25
2.2.4 ANÁLISE ESTATÍSTICA .........................................................................
26
2.3 RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................
27
2.3.1 CRESCIMENTO ........................................................................................
27
2.3.3 RELAÇÃO FOLHA:PARTE AÉREA, RELAÇÃO COLMO:PARTE
AÉREA E RELAÇÃO PANÍCULA:PARTE AÉREA ........................................
36
2.4 CONCLUSÕES ...........................................................................................
38
CAPÍTULO 3: CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DO SORGO
FORRAGEIRO, EM FUNÇÃO DE FONTES FÓSFORO E
SATURAÇÕES POR BASES, EM UM LATOSSOLO AMARELO DE
TEXTURA MUITO ARGILOSA .........................................................................
39
RESUMO ..............................................................................................................
40
ABSTRACT
40
3.1 INTRODUÇÃO ............................................................................................
41
3.2 MATERIAL E MÉTODOS ...........................................................................
41
3.2.1 LOCALIZAÇÃO DA ÁREA E COLETA DO SOLO ...............................
41
3.2.3 CONDUÇÃO DO EXPERIMENTO .........................................................
43
3.2.4 ANÁLISE ESTATÍSTICA .........................................................................
44
3.3 RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................
45
3.3.1 CRESCIMENTO ........................................................................................
45
3.3.2 PRODUÇÃO DE MASSA VERDE E MASSA SECA ...........................
47
3.3.3 RELAÇÃO RAIZ : PARTE AÉREA .........................................................
54
3.4 CONCLUSÕES .............................................................................................
55
4 BIBLIOGRAFIA ...............................................................................................
56
LISTA DE TABELAS
Tabela Pagina
1 Atributos químicos e granulométricos de um LATOSSOLO
AMARELO distrófico, textura média (camada de 0 a 20 cm) ..........
25
2 Atributos químicos e granulométricos de um LATOSSOLO
AMARELO muito argiloso (camada de 0 a 20 cm) .........................
42
3 Doses de corretivo utilizadas conforme os níveis estabelecidos
nos tratamentos de calagem. ........................ .................................
43
4
LISTA DE FIGURAS
Figura Pagina
1
Diâmetro do colmo do sorgo forrageiro, cultivado em um Latossolo
Amarelo, em função de doses de fósforo e de nitrogênio. UFRA,
Belém-PA, 2007. ..............
27
2 Altura de plantas do sorgo forrageiro, cultivado em um Latossolo
Amarelo, em função de doses de fósforo e de nitrogênio. UFRA,
Belém-PA, 2007. ..............
29
3 Massa verde (MV) de panícula do sorgo forrageiro, cultivado em
um Latossolo Amarelo, em função de doses de fósforo e de
nitrogênio. UFRA, Belém-PA, 2007. ...
....................................................................................
30
4 massa seca (MS) de panícula do sorgo forrageiro, cultivado em
um Latossolo Amarelo, em função de doses de fósforo e de
nitrogênio. UFRA, Belém-PA, 2007. ....
...................................................................................
30
5 Massa verde (MV) de panícula do sorgo forrageiro, cultivado em
um Latossolo Amarelo, em função de doses de fósforo e de
nitrogênio. UFRA, Belém-PA, 2007. ..
.....................................................................................
31
6 Massa seca (MS) de panícula do sorgo forrageiro, cultivado em
um Latossolo Amarelo, em função de doses de fósforo e de
nitrogênio. UFRA, Belém-PA, 2007. .....
..................................................................................
32
7 Massa verde (MV) de folhas do sorgo forrageiro, cultivado em um
Latossolo Amarelo, em função de doses de fósforo e de
nitrogênio. UFRA, Belém-PA, 2007. ....
...................................................................................
33
8 Massa seca (MS) de folhas do sorgo forrageiro, cultivado em um
Latossolo Amarelo, em função de doses de fósforo e de
nitrogênio. UFRA, Belém-PA, 2007. ..
.....................................................................................
33
9 Massa verde (MV) da parte aérea do sorgo forrageiro, cultivado
em um Latossolo Amarelo, em função de doses de fósforo e de
nitrogênio. UFRA, Belém-PA, 2007.
........................................................................................
35
10 Massa seca (MS) da parte aérea do sorgo forrageiro, cultivado em
um Latossolo Amarelo, em função de doses de fósforo e de
nitrogênio. UFRA, Belém-PA, 2007.
........................................................................................
35
11 Relação folha : parte aérea do sorgo forrageiro, cultivado em um
Latossolo Amarelo, em função de doses de fósforo e de
nitrogênio. UFRA, Belém-PA, 2007. ..
....................................................................................
37
12 Relação colmo : parte aérea do sorgo forrageiro, cultivado em um
Latossolo Amarelo, em função de doses de fósforo e de
nitrogênio. UFRA, Belém-PA, 2007. .....
..................................................................................
37
13 Relação folha : parte aérea do sorgo forrageiro, cultivado em um
Latossolo Amarelo, em função de doses de fósforo e de
nitrogênio. ..... ..................................................................................
38
14 Diâmetro de colmo sorgo forrageiro, cultivado em um Latossolo
Amarelo de textura muito argilosa, em função de fontes de fósforo.
UFRA, Belém-PA,
2007..............................................................................................
45
15 Altura de plantas de sorgo forrageiro, cultivado em um Latossolo
Amarelo de textura muito argilosa Amarelo, em função de fontes
de fósforo e saturações por base. UFRA, Belém-PA, 2007.
...................................................
47
16
Massa verde (MV) de panícula de sorgo forrageiro, cultivado em
um Latossolo Amarelo de textura muito argilosa Amarelo, em
função de fontes de fósforo e saturações por base. UFRA, Belém-
PA, 2007. ........................
48
17 Massa seca (MS) de panícula de sorgo forrageiro, cultivado em
um Latossolo Amarelo de textura muito argilosa Amarelo, em
função de fontes de fósforo e saturações por base.....................
49
18 Massa seca (MV) de colmo do sorgo forrageiro, cultivado em um
Latossolo Amarelo de textura muito argilosa, em função de fontes
de fósforo. ........................................................................................
50
19 Massa seca (MS) de colmo de sorgo forrageiro, cultivado em um
Latossolo Amarelo de textura muito argilosa Amarelo, em função
de fontes de fósforo e saturações por base. UFRA, Belém-PA,
2007. ...................................
50
20 Massa verde (MV) de folhas de sorgo forrageiro, cultivado em um
Latossolo Amarelo de textura muito argilosa Amarelo, em função
de fontes de fósforo e saturações por base. UFRA, Belém-PA,
2007. ...................................
51
21 Massa seca (MS) de folhas de sorgo forrageiro, cultivado em um
Latossolo Amarelo de textura muito argilosa Amarelo, em função
de fontes de fósforo e saturações por base. UFRA, Belém-PA,
2007. ...................................
52
22 Massa verde (MV) da parte aérea de sorgo forrageiro, cultivado
em um Latossolo Amarelo de textura muito argilosa
Amarelo, em função de fontes de fósforo e saturações
por base. ............................................................. ............................
53
23 Massa seca (MS) da parte aérea de sorgo forrageiro, cultivado
em um Latossolo Amarelo de textura muito argilosa
Amarelo, em função de fontes de fósforo e saturações por
base. .............................. ................................................................
53
24 Massa seca (MS) da parte aérea de sorgo forrageiro, cultivado
em um Latossolo Amarelo de textura muito argilosa, em função de
fontes de fósforo e saturações por base. ........................................
54
25 Relação raiz:parte aérea de sorgo forrageiro, cultivado em um
Latossolo Amarelo de textura muito argilosa, em função de
fontes de fósforo e saturações por
base............................................................ .....................................
55
CAPÍTULO 1 -
CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DO SORGO FORRAGEIRO
CULTIVADO EM SOLOS DA AMAZÔNIA, EM FUNÇÃO DA ADUBAÇÃO
FOSFATADA, NITROGENADA E CALAGEM
Resumo
A pecuária na Amazônia experimenta um extraordinário crescimento em sua
produtividade, porém ainda existem fatores limitantes como o período de baixa
produção de forragem por ocasião da estiagem de chuvas. A silagem surge como
boa alternativa para amenizar este problema e a cultura do sorgo é considerada uma
das culturas mais indicadas para esta prática sendo que o manejo adequado desta
cultura é fundamental para a obtenção de um material adequado para uma silagem
de boa qualidade. Diante disso as práticas da calagem e adubações fosfatada e
nitrogenada assumem importante papel para um bom desenvolvimento e produção
da cultura do sorgo. Este trabalho teve por objetivo avaliar o crescimento e produção
do sorgo forrageiro em função da adubação fosfatada e nitrogenada e calagem em
Latossolos Amarelo. Foram conduzidos dois experimentos, um em condições de
campo e outro em casa de vegetação, ambos nas dependências do Instituto de
ciências agrárias (ICA) da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA). No
experimento de campo utilizou-se o delineamento experimental em blocos ao acaso
em um arranjo fatorial 4x3, sendo quatro doses de fósforo e três doses de nitrogênio.
No experimento de casa de vegetação utilizou-se o delineamento experimental
utilizado foi o inteiramente casualizado em esquema fatorial 4 x 4, com quatro
repetições, sendo os tratamentos constituídos de níveis de saturação por bases:
original do solo - 39%, 60%, 80% e 100%, e quatro fontes de fósforo: sem P (P0),
fosfato natural de ARAD, superfosfato triplo (SFT) e fosfato natural de Arad +
superfosfato triplo (ARAD+SFT). Os resultados do experimento do campo mostraram
que a interação das doses de P com as doses de N influenciaram significativamente
o crescimento e a produção do sorgo forrageiro. Nas doses de 100 e 140 kg ha
-1
de
N combinada com a dose de 150 kg ha
-1
de P
2
O
5
foram obtidas as maiores
produções de massa seca e massa verde da parte aérea. A produção máxima
estimada de massa verde e massa seca da parte aérea foi de 53.760 e 17.572 kg
ha
-1
, sendo que a produção correspondente a 90% da máxima foi de 48.384 e
15.436 kg ha
-1
, para doses máximas de 122 e 136 kg ha
-1
P
2
O
5
e doses críticas de
65 e 81 kg ha
-1
P
2
O
5
, associado às doses de 140 e 100 kg ha
-1
de N,
respectivamente. Os resultados do experimento em casa de vegetação mostraram
que as fontes de P e a calagem influenciaram positivamente o crescimento e a
produção do sorgo forrageiro. A fonte ARAD+SFT combinada com a saturação por
bases de 60% foi a que promoveu maiores produções de massa seca e massa verde
da parte aérea. Sob a fonte SFT e a saturação por bases natural do solo foi
encontrada a maior relação raiz e parte aérea
ABSTRACT
The cattle one in the Amazon tries an extraordinary growth in its productivity,
however still there are limiting factors exist as low the production of fodder plant for
occasion of the period of scarcity of rains. The ensilage appears as good alternative
to brighten up this problem and sorghum is considered one of the indicated cultures
for this practical, having been that the adequate handling is basic for the attainment
of a material of good quality. Ahead of this practical of the liming and the fertilization
with phosphorous and nitrogen they assume important role for a good development
and production of the sorghum.This work had for objective to evaluate the growth
and production of sorghum in function of the fertilization with phosphorous and
nitrogen and liming in Latossolos Amarelos Two experiments, one in conditions of
field and another one in vegetation house had been lead, both in the dependences of
the Instituto de ciências agrárias (ICA) da Universidade Federal Rural da Amazônia
(UFRA). In experiment of field the objective was evaluated the green leaf mass
production and the height of plants of the sorghum in function of different levels of
fertilization with nitrogen and phosphorous in a randomized block experimental
design, four phosphorous levels fertilization: 50, 100, 150 and 200 kg ha
-1
of P
2
O
5
and three nitrogen level fertilization: 60, 100 e 140 kg ha
-1
de N. In the experiment
The objective was to evaluate the effect of different phosphorous sources and
saturations of bases in leaf evaluate the growth and production of the Sorghum. The
experimental design was a completely randomized in factorial scheme 4x4, with 4
replications. Four phosphorous sources: 1) Control (P0), 2) Phosfate Reative(ARAD),
3) triple superphosphate (TSF) and 4) mixed of ARAD and triple superphosphate
(ARAD+TSF) at 50:50 relation and four differents levels of soil base saturation
distribuited as 1) 39% of natural soil base saturation, 2) 60% of soil base saturation,
3) 80% of soil base saturation, and 4) 100% of soil base saturation. The results of the
experiment of the field had shown that the interaction of the doses of P with the
doses of N had significantly influenced the growth and the production of sorghum. In
the levels of 100 and 140 kg ha
-1
of N combined with the level of 150 kg ha
-1
of P
2
O
5
had been gotten the biggest productions of dry mass and green mass of the aerial
part, respectively. The maximum production esteem of green mass and dry mass of
17.572 the aerial part was of 53.760 kg ha
-1
, being that the corresponding production
90% of the 15.436 principle was of 48.384 kg ha
-1
, to levels maxims of 122 and 136
kg ha
-1
P
2
O
5
and critical levels of 65 and 81 kg ha
-1
P
2
O
5
, associate to the levels of
100 and 140 kg ha
-1
of N, respectively. The results of the experiment in green house
had shown that the sources of P and the liming had positively influenced the growth
and the production of sorghum. Source ARAD+SFT combined with the saturation for
60% bases was the one that promoted greaters productions of dry mass and green
mass of the aerial part. Under source SFT and the natural saturation for bases of the
ground the biggest relation was found root and aerial part.
Key-words: Sorghum bicolor, silage, phosphorous sources, levels of N, levels of P
16
1.1 INTRODUÇÃO
O Brasil tem o maior rebanho bovino comercial do planeta, correspondendo a
15% do total mundial e é o segundo maior produtor de carne bovina (EMBRAPA,
2003), tendo ainda a sexta maior produção nacional de leite do mundo, cujo
crescimento atinge uma taxa anual de 4%, superior à de todos os demais países
grandes produtores (MICHELS, 2003).
O Estado do Pará possui o quarto maior rebanho bovino do país, com um
crescimento de 16% ao ano, sendo que o estado com o segundo maior rebanho
cresce apenas 8%. A pecuária desponta como principal atividade econômica em
51% dos municípios do estado e destaca-se como o quinto estado que mais abate
no Brasil (GOVERNO DO PARÁ, 2005).
Apesar de todo o crescimento e os benefícios econômico e social que a
bovinocultura vem proporcionando nos últimos anos ao estado do Pará e a região
amazônica, a pecuária ainda enfrenta grandes desafios para atingir toda sua
potencialidade, sem causar danos ao ambiente e apresentando uma longevidade
produtiva.
A observação de períodos de baixa pluviosidade agrava os problemas
supracitados apresentando áreas com produtividade comprometida ou até mesmo
degradadas, devido ao manejo inadequado dos recursos do ambiente físico, e a
baixa utilização de insumos, notadamente adubação de reposição dos nutrientes
extraídos pelas forrageiras e exportados na forma de carne e leite, têm resultado em
significativos prejuízos aos empresários que atuam no universo pecuário tradicional,
já que resulta em baixa oferta de alimentos volumosos de qualidade, desde a
redução do seu valor nutritivo e baixa taxa de utilização de alimentos conservados
assim como de dietas selecionadas.
Diante dessa realidade a demanda por fontes de alimentos volumosos
suplementares deixou de ser utopia e é aceita como essencial por quem tem uma
visão empresarial do setor produtivo. Mais do que isto, a necessidade de intensificar
a produção de modo racional, e por conseqüência econômica, é muito importante
para reduzir a necessidade de abertura de novas áreas de floresta para pastejo, o
que resultaria em sérios danos sócio-ambientais.
17
Dentre as alternativas para minimizar tais problemas e desafios, destaca-se a
prática da ensilagem, pois quando conservada adequadamente tem o seu valor
nutritivo semelhante ao da forragem verde.
As culturas de milho (Zea mays L.) e do sorgo (Sorghum bicolor L. Moench)
destacam-se para a prática de silagem, devido às suas elevadas produções de
massa verde e seca e excelente qualidade (RENIUS MELLO, 2004).
Segundo Zago (1997), o sorgo é uma cultura que tem apresentado produção
de matéria seca superiores aquelas obtidas para o milho, especialmente em solos
com fertilidade natural baixa, se destacando ainda por apresentar a vantagem da
rebrota, o que eleva ainda mais a sua produtividade por área.
Apesar do alto potencial produtivo, seja da cultura do milho ou do sorgo, o
que pode se observar é que quando não utilizado um sistema de manejo do solo
eficiente, a produção de abas espécies são insatisfatórias e irregulares, fato esse
que encarece o custo do volumoso produzido. Segundo Vitti e Nussio (1991) a
fertilidade do solo é um dos principais fatores que acarreta na baixa produtividade
das áreas destinadas à produção de silagem.
Quando da produção da silagem, ocorre a retirada de todo material disponível
na área, através da colheita da planta integral, exportando grande quantidade de
nutrientes. Além disso, devem-se estabelecer conceitos relativos à correção do solo
e a adubação dessas plantas para ensilagem, diferentes daqueles desenvolvidos
para produção de grãos em que existe maior reciclagem no sistema.
A produção animal na região Norte do Brasil ocorre em muitas localidades
com predomínio em solos de baixa fertilidade natural, que apresenta elevada acidez
e baixo teor de matéria orgânica, o que impõe uma baixa disponibilidade de fósforo e
de nitrogênio. Nestas condições a reposição desses nutrientes, bem como a
correção da acidez dos solos se faz extremamente necessária. Segundo França et
al. (1986), o nitrogênio e o fósforo são os dois nutrientes, em condições naturais,
que mais limitam a produção das gramíneas, o que demonstra a importância do
manejo correto da adubação, em especial, com esses nutrientes. Embora grande
parte dos pecuaristas tenha consciência da necessidade da realização dessas
técnicas como forma de manter e/ou melhorar a fertilidade dos solos, poucos são
aqueles que fazem uso destas práticas de manejo das forragens. Isto se deve aos
elevados custos dos insumos na região e a baixa eficiência de uso destes insumos.
18
Portanto, diante dessa realidade se faz importante o conhecimento de doses
eficientes de calcário e de adubos fosfatados e nitrogenados a serem empregados,
de modo a atender a exigência nutricional do sorgo, bem como maximização do
benefício de seu uso em detrimento da viabilidade econômica por parte do produtor,
além de preconizar fontes de fertilização que melhor atenda a esses fatores.
A escolha da fonte de adubação fosfatada está relacionada tanto à eficiência
em suprir as necessidades das plantas, quanto ao custo do fertilizante. Como os
fosfatos solúveis, embora com resultados eficientes especialmente em curto prazo,
são de custos mais elevados, torna-se fundamental o conhecimento de fontes
alternativas de fósforo, como os fosfatos naturais.
Este trabalho teve como objetivo avaliar o desenvolvimento do sorgo
forrageiro, cultivado em Latossolos da Amazônia, em função de fontes de fósforo, da
adubação fosfatada, da adubação nitrogenada e da calagem.
1.2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
1.2.1 A CULTURA DO SORGO
O sorgo é uma planta herbácea, pertencente à família Gramineae, que possui
espículas hermafroditas, misturadas com masculinas e uma panícula terminal, sendo
as glumas das espículas ovóides, tridentadas na ponta. Esta espécie é geralmente
anual, raras vezes perenes, têm colmos altos e espessos, cheios de uma seiva
doce. As folhas lineares são compridas e largas, semelhantes às do milho
(PEREIRA, CARDOSO, 1987).
A origem dessa gramínea é meio obscura, mas supõe-se que ela seja
proveniente da Ásia e África. Sabe-se, porém, que, na Índia e na China, o sorgo é
cultivado desde a remota antigüidade e, dali se espalhou para os outros continentes
(PEREIRA, CARDOSO, 1987).
Linneu classificou o sorgo no gênero Holcus, distinguindo com o nome de
Holcus sorghum a espécie indiana e Holcus saccharatum a chinesa. Persoon, depois
de um estudo detalhado, separou essas plantas do gênero Holcus, constituindo com
elas um gênero próprio ao qual ele determinou Sorghum, palavra derivada de serghi,
o nome indiano do sorgo continental (PEREIRA, CARDOSO, 1987).
19
A utilização desta planta é variadíssima, indo desde a alimentação (tanto
humana quanto animal) até à produção de álcool. No tocante à alimentação
humana, países como a Índia, China e vários outros da África têm o sorgo como um
dos principais alimentos. Nos países ocidentais é também utilizado na produção de
açúcar, xaropes e álcool, sendo, a Itália, a pioneira no plantio em grande escala para
esse fim.
Atualmente no Brasil, o sorgo também vem sendo bastante utilizado como
planta produtora de cobertura em sistemas de plantio direto, produzindo “palhada”
em quantidade e qualidade, no período de entressafra da cultura principal. Lima
(2004) destaca a importância de se estudar variedades ou espécies desconhecidas,
que apresentam potencial para servir como cobertura vegetal do solo, como por
exemplo o sorgo de Guiné vermelho e o sorgo de Guiné preto, vulgarmente
conhecidos como sorgo gigante, e do sorgo de Guiné branco, conhecido como sorgo
anão. Segundo Mateus (2003) o sorgo de Guiné vem se destacando com alta
produção de matéria seca e, além disso, apresentando importantes características
para utilização em sistema de plantio direto.
Teixeira e Teixeira (2004) destacam que existe no mercado brasileiro, uma
grande gama de materiais geneticamente melhorados, de alto índice de
produtividade, tanto no que diz respeito a sorgo granífero, como forrageiro, para
silagem e de duplo propósito, ou seja, para pastejo e silagem.
Agronomicamente os sorgos são classificados em quatro grupos: granífero;
forrageiro para pastejo/corte verde/fenação/cobertura morta; vassoura; forrageiro
para silagem e/ou sacarino.
O primeiro grupo inclui tipos de porte baixo adaptados à colheita mecânica. Já
o segundo grupo inclui tipos utilizados, principalmente para pastejo, corte verde,
fenação e cobertura morta (variedades de capim sudão ou híbridos inter específicos
de Sorghum bicolor X Sorghum sudanense). O terceiro grupo inclui tipos de cujas
panículas são confeccionadas vassouras. O quarto grupo inclui tipos de porte alto
apropriados para confecção de silagem, sendo a espécie desse grupo utilizada o
experimento.
20
1.2.2 A SILAGEM DE SORGO
Denominamos de silagem a forragem verde, suculenta, conservada por meio
de um processo de fermentação anaeróbica e armazenada em silos. Chama-se
ensilagem o processo de cortar a forragem, colocá-la no silo, compactá-la e protegê-
la com a vedação do silo para que haja a fermentação.
Quando bem feita, o valor nutritivo da silagem é semelhante ao da forragem
verde. A ensilagem não melhora a qualidade das forragens, apenas conserva a
qualidade original. Portanto, uma silagem feita a partir de uma lavoura ou “capineira”
bem manejada terá sua qualidade maximizada (CARDOZO; SILVA, 1995).
Dantas et al. (2004) destacam que o processo de silagem tem sido estudado
para evitar que o ciclo de produção no sistema de produção a pasto se prolongue,
ajustando assim a alimentação de modo a atender a demanda nutricional do animal,
reduzindo custos com a utilização de concentrados e otimizando a eficiência
produtiva dos animais.
A silagem vem atender aos interesses dos produtores em manter uma maior
uniformidade anual na produção de leite bem como atender de forma geral a
produção intensiva de carne bovina.
A utilização da prática da conservação de forragem em forma de silagem tem
sido crescente. Dentre os fatores que têm determinado esse crescimento, podem ser
citados: possibilidade de obtenção de um alimento conservado de bom valor
nutritivo; operações de preparo e utilização podem ser totalmente mecanizadas;
baixo custo da maquinaria e instalações, quando comparada com o feno; custos
relativamente fixos por unidade produzida, para grandes ou pequenas explorações;
possibilidade de obtenção de grandes volumes de alimentos além de uso intensivo
da terra. (ZAGO, 1997).
Existem várias gramíneas e leguminosas que podem ser utilizadas para a
produção de silagens. Entretanto, entre as diversas espécies de gramíneas que se
prestam para ensilagem, o milho (Zea mays L.) e o sorgo (Sorghum bicolor (L.)
Moench.) são as que melhor se adaptam para tal finalidade, pela facilidade de
cultivo, altos rendimentos de massa verde e grãos e especialmente pela qualidade
da silagem produzida, sem necessidade de adição de qualquer aditivo químico ou
biológico (ZAGO, 1997).
21
De modo geral, considera-se que o valor nutritivo da silagem de sorgo
equivale em torno de 90% a do milho. Ultimamente poucos são os trabalhos que
procuram estabelecer essa relação qualitativa, mas são realizados alguns ensaios
de competição de cultivares relativos a produtividade de matéria seca ou massa
verde, no ponto de ensilagem. Nesse sentido, tem sido constatada uma produção de
matéria seca bastante ampla (26,0 a 28,7 t ha-1), ressaltando que, em média os
rendimentos de matéria seca do sorgo obtidos superam os obtidos pela cultura do
milho (EMBRAPA, 1997) característica também citada por Zago (1997). Nussio
(1995) destaca ainda a relevância do sorgo no que se refere ao seu potencial para
ensilagem, dada à presença de características (teor de carboidratos solúveis,
acúmulo de matéria seca, dentre outros) essenciais à conservação sob anaerobiose.
Em locais e/ou épocas em que existam restrições hídricas o sorgo também se
mostra mais adequado por ser uma espécie mais tolerante à seca (MIRANDA,
PEREIRA, 2000). Essa informação corrobora com citação de Stone et al. (1996), que
destaca essa característica em relação a cultura do milho ressaltando a capacidade
do sorgo em explorar um maior volume de solo por apresentar um sistema radicular
abundante e profundo. De acordo com Fancelli (1986), a cultura de milho não
suporta condições de encharcamento, já o sorgo, tem tolerado condições de má
drenagem até por 10 dias.
No que se refere à presença de ventos, é fato que o sorgo tolera mais que o
milho períodos de vento fortes (NUSSIO, 1995).
A cultura do sorgo apresenta ainda um menor custo, necessitando de menos
tecnologia para implantação e um maior potencial de produção por hectare, inclusive
devido a rebrota que pode chegar de 30 a 70% da produção do primeiro corte,
característica não apresentada pelo milho. Possui uma colheita mais fácil e uniforme,
melhor facilidade de compactação no processo de ensilagem, o que indica um
grande potencial dessa gramínea para elevar o desempenho animal em sistemas
produtivos de exploração intensiva (MIRANDA, PEREIRA, 2000).
Silva (2001) em trabalho sobre populações em plantas de milho e sorgo,
produtos da fermentação e desempenho de bovinos de corte, suplementados com
suas silagens, tratadas com inoculantes microbianos, concluiu que a silagem de
sorgo possui melhor conservação alimentar que a de milho, apesar desta última ter
sido consumida em maior quantidade pelos bovinos.
22
Foi observado também o maior percentual de serrote na carcaça de animais
alimentados com silagem de sorgo forrageiro em relação aos alimentados com dieta
a base de silagem de milho (SILVA et al., 1991). Outro motivo para a escolha do
sorgo em relação ao milho é que este não é consumido de forma direta pelo ser
humano o que evita a ação de roubos pelo homem no campo e a cultura do milho
pode ter melhor cotação para venda junto ao mercado de monogástricos ou da
própria indústria alimentícia humana. A cultura do sorgo pode ser ainda pode ser
cultivada em áreas marginais ao milho, e desta forma nem mesmo compete com
essa cultura e sim passa ser um item complementar na propriedade do produtor.
1.2.3 ADUBAÇÃO DO SORGO
Existem poucas informações relativas à nutrição e adubação do sorgo
forrageiro e com relação à extração e acúmulo de nutrientes quando a massa é
destinada à produção de silagem. Por isso, as recomendações de fertilizantes
devem ser reajustadas ao longo do tempo, para que se tenha um adequado
balanceamento entre as quantidades de nutrientes requeridas para a máxima
produção econômica. As recomendações atualmente fundamentam-se em trabalhos
de pesquisa com o sorgo granífero (PITTA et al., 1997). Quanto a recomendação
para o sorgo forrageiro, um dos melhores boletins é o do instituto agronômico de
campinas (Raij et al., 1997) que além de levar em conta a análise de fertilidade do
solo, leva também em conta a produtividade esperada pelo produtor em função do
sistema de produção adotado.
Nussio (1995) destaca que apesar do alto potencial produtivo da cultura do
sorgo o que se observa na prática é que sua produção ainda é baixa e irregular, fato
que encarece sobremaneira o custo do volumoso.
Como já ressaltado, considera-se que a baixa fertilidade natural dos solos
seja um dos principais responsáveis por essa baixa produtividade das áreas
destinadas à produção de silagem. Este fato não se deve apenas aos baixos níveis
de nutrientes presentes originalmente no solo, mas também a alta capacidade
extrativa dessa cultura (ZAGO, 1997). Deve-se ressaltar que essa cultura, por
ocasião da ensilagem, sofre a retirada de todo o material disponível na área, através
da colheita da planta integral. Assim, inicialmente é importante estabelecer uma
filosofia que preconize a alta produtividade com base na reposição de nutrientes ao
23
solo, mantendo o potencial produtivo dessas glebas. Além disso, deve-se
estabelecer conceitos relativos à adubação dessas plantas para ensilagem,
diferentes daqueles desenvolvidos para a produção de grãos em que existe uma
maior reciclagem no sistema (VITTI; NUSSIO, 1991), apesar de ainda ineficiente,
necessitando também de no mínimo, uma adubação de reposição do que será
exportado.
A silagem é destinada à alimentação do gado e desta forma quanto melhor for
o estado nutritivo da planta melhor será a possibilidade de uma alimentação de
qualidade aos animais. Portanto, a adubação se faz importante de sorte a maximizar
o melhor estado nutritivo do volumoso e manter, em termos de fertilidade,
capacidade produtiva dos solos cultivados.
Ponchio e Nussio (2003) ressaltam que na produção do sorgo para silagem a
adubação constitui o item mais elevado em termos de custo de produção. Portanto,
o conhecimento da melhor dosagem da adubação é importantíssimo para o melhor
aproveitamento deste insumo e, desta forma, minimizar os custos no orçamento do
produtor.
As quantidades de N e P extraídas são elevadas e não se alteram
significativamente com a produtividade. Isso evidencia que o manejo desses dois
elementos pode ser limitante nos sistemas que visam a produção de silagem
(PITTA et al., 2001).
1.2.4 ADUBAÇÃO NITROGENADA
A medida que crescem, as plantas aumentam em biomassa e energia. O
carbono e a energia são obtidos a partir da fotossíntese, enquanto que os nutrientes
minerais são absorvidos a partir da solução do solo. Os nutrientes minerais
acumulam-se nos diferentes compartimentos celulares podendo atuar como
reguladores do metabolismo. Podem ainda serem armazenados até o momento de
incorporação ao metabolismo celular, quando potencialmente podem vir a integrar
cerca de 10
5
tipos de moléculas orgânicas
O nitrogênio representa o elemento mineral exigido em maiores quantidades,
sendo a sua disponibilidade freqüentemente limitante ao crescimento de plantas
cultivadas. Este elemento faz parte da estrutura de um grande número de moléculas
importantes para as células. Exemplos importantes são os aminoácidos, as
24
proteínas estruturais e enzimáticas, ácidos nucléicos (DNA, RNA) e clorofilas. O
próprio processo fotossintético é significativamente afetado pela deficiência de N
uma vez que o seu funcionamento depende de proteínas como a Rubisco, dos
fotossistemas complexos e de grande quantidade de clorofilas
(http://www.homestead.com/fisiologiavegetal/files/Metabolismo_do_nitrogenio.htm,
2006).
Vários trabalhos têm mostrado a ação efetiva do N no aumento da
produtividade de massa. Os altos índices de produtividade encontrados em países
desenvolvidos, como regra, estão relacionados ao emprego de N nas culturas
(NUSSIO, 1995).
O N é essencial na melhoria do desempenho dos animais. Alem de favorecer
o crescimento das forrageiras, desempenha papel importante na melhoria da
qualidade da forragem, aumentando o teor de proteína bruta, principalmente nos
períodos secos. Vários trabalhos têm demonstrado o efeito positivo da adubação
nitrogenada sobre gramíneas forrageiras medido através de parâmetros, como
matéria seca e proteína bruta (ALVIM et al., 1990).
Em condições edafo-climáticas normais e mediante a não ocorrência de outra
limitação, o suprimento de N é o fator de maior impacto na produtividade da planta
forrageira bem estabelecida e dos animais que a utilizam. A pratica da adubação
nitrogenada deve ser acompanhada de cuidados no manejo da pastagem de tal
forma a aproveitar a forrageira disponível, convertendo-a em produto animal
(TOFOLLI, 2005).
1.2.5 ADUBAÇÃO FOSFATADA
O fósforo é crucial no metabolismo das plantas, desempenhando papel
importante na transferência de energia a célula, na respiração e na fotossíntese. É
também componente estrutural dos ácidos nucléicos de genes e cromossomos,
assim como de muitas coenzimas, fosfoproteínas e fosfolipídios. As limitações na
disponibilidade de P no início do ciclo vegetativo podem resultar em restrições no
desenvolvimento, das quais a planta não se recupera posteriormente, mesmo
25
aumentando o suprimento de P a níveis adequados. O suprimento adequado de P é,
pois, essencial desde os estádios iniciais de crescimento da planta.
O fósforo mesmo aparecendo nas plantas em menor quantidade que os
outros nutrientes, é muito importante na transformação e no uso da energia pelos
vegetais. Os nossos solos da região Norte em sua maioria são muito pobres em
fósforo, sendo indispensável à aplicação deste nutriente via fertilização
(FERNANDES, LEITE, 2004).
O fósforo tem grande importância no estabelecimento e desenvolvimento das
plantas forrageiras (LUCAS, BLUE, 1973). De acordo com Fenster e Leon (1982),
para aumentar a produção de forragem no solo de baixa fertilidade dos trópicos,
deve-se adicionar fertilizantes fosfatados em quantidades adequadas.
1.2.6 CALAGEM
A acidez do solo promove o aparecimento de elementos tóxicos para as
plantas, afetando negativamente a lavoura e dificultando o aproveitamento, pelas
plantas, dos elementos nutritivos que existem no solo. As conseqüências são os
prejuízos causados pelo baixo rendimento produtivo das culturas. Portanto, a
correção da acidez dos solos, através da calagem, é fundamental para uma
agropecuária de alta produtividade (SCHERER; FRÖHLIC, 2006).
A grande maioria dos solos da Amazônia são ácidos, ou seja, apresentam
grande concentração de íons hidrogênio e/ou alumínio no solo. A acidez dos solos
promove o aparecimento de elementos tóxicos para as plantas (Al, Fe e Mn) além de
causar a diminuição da presença de nutrientes para as mesmas. As conseqüências
são os prejuízos causados pelo baixo rendimento produtivo das culturas. Portanto, a
correção é considerada como uma das práticas que mais contribui para o aumento
da eficiência dos adubos e conseqüentemente, da produtividade e da rentabilidade
agropecuária.
A calagem tem efeitos diretos e indiretos sobre as plantas, os primeiros,
geralmente dependentes do tempo e umidade disponível no solo, em associação
com algumas características físicas do corretivo (Ex.: relação entre o tamanho da
partícula e sua superfície) e químicas (valor do poder neutralizante – PN) expressam
as mudanças em algumas das características químicas do solo como, por exemplo,
na redução da concentração do alumínio e do manganês, elevação nas
26
concentrações do cálcio e do magnésio, elevação do pH, aumento na
disponibilidade do fósforo e, dependendo da quantidade aplicada não há alteração
significativa nos valores da concentração do potássio. A atividade biológica também
é favorecida pela ação do calcário.
Os efeitos indiretos podem se manifestar de algumas características
fenológicas das plantas, como a distribuição do sistema radicular em profundidade e
sua relação com a maior resistência aos déficits hídricos (veranicos). Em ambos os
casos, os efeitos do calcário estão estreitamente ligados a aumentos da produção e
da qualidade do grão ou, no caso do sorgo forrageiro, de toda a biomassa da parte
aérea colhida (PITTA et al., 2001).
O desenvolvimento ou adaptação de cultivares mais tolerantes à acidez do
solo via melhoramento genético, não elimina o uso do calcário na agricultura, pelos
seus efeitos e sua importância nos diferentes níveis tecnológicos dos diversos
sistemas de produção usados no Brasil. A recomendação de calagem não é um
procedimento simples, por pressupor o conhecimento de um número razoável de
informações adicionais, como por exemplo: características da propriedade agrícola
(caracterização da área, da cultura, tipo de solo, histórico da área, expectativa de
rendimento etc... ), conhecimento tecnológico e por último informações oriundas das
condições do mercado principalmente àquelas relacionadas a preços de insumos e
também disponibilidade de crédito, e que são independentes das duas anteriores
(PITTA et al., 2001).
Trabalhando com doses crescentes de CaCO
3
, aplicadas sobre um Latossolo
Vermelho Amarelo álico, Siqueira et al. (1980) constataram um aumento significativo
na produção de matéria seca de três gramíneas forrageira com a dose de 0,8 t ha
-1
.
Já Pereira (1986) e Sanznowick et al. (1987) constataram aumento na mataria seca
quando utilizaram as doses de calcário de 2,5 t ha
-1
em um Latossolo Vermelho e de
3,0 t ha
-1
em um Latossolo Vermelho Escuro distrófico.
Resultados de trabalhos por Soares (1975) em Latossolo Vermelho Escuro sob
vegetação de serrado mostraram que 5t.ha
-1
de calcário aumentou a produção de
sorgo em 139%.
Vitti e Nussio (1991), observaram acréscimo acentuado na acumulação de
massa seca de sorgo forrageiro em Latossolo Roxo com adição de até 5t.ha
-1
de
calcário.
27
CAPÍTULO 2 – DESENVOLVIMENTO DO SORGO FORRAGEIRO EM FUNÇÃO
DE DOSES DE FÓSFORO E DE NITROGÊNIO, CULTIVADO EM UM LATOSSOLO
AMARELO
28
RESUMO
Nitrogênio e fósforo são elementos essenciais para o desenvolvimento do sorgo e
tem grandes quantidades extraídas e exportadas pelas plantas de sorgo,
demonstrando que a não reposição desses dois elementos ao solo pode ser
limitante nos sistemas de produção de silagem. O objetivo do estudo foi avaliar
crescimento e produção do sorgo forrageiro, em função de diferentes doses de
fósforo e de nitrogênio, cultivado em um Latossolo Amarelo da Amazônia. O
delineamento utilizado foi de blocos ao acaso em esquema fatorial 4x3, em 3 blocos.
Sendo quatro níveis de adubação fosfatada, 50, 100, 150 e 200 kg ha
-1
de P
2
O
5
e
três níveis de adubação nitrogenada. 60, 100 e 140 kg ha
-1
de N. A fonte de fósforo
utilizada foi o superfosfato simples e a de nitrogênio foram sulfato de amônio e uréia.
A interação das doses de P com as doses de N influenciaram significativamente o
crescimento e a produção do sorgo forrageiro. Nas doses de 100 e 140 kg ha
-1
de N
combinada com a dose de 150 kg ha
-1
de P
2
O
5
foram obtidas as maiores produções
de massa seca e massa seca e massa verde da parte aérea. A produção máxima
estimada de massa verde e massa seca da parte aérea foi de 53.760 e 17.572 kg
ha
-1
, sendo que a produção correspondente a 90% da máxima foi de 48.384 e
15.436 kg ha
-1
, para doses máximas de 122 e 136 kg ha
-1
P
2
O
5
e doses críticas de
65 e 81 kg ha
-1
P
2
O
5
, associado às doses de 140 e 100 kg ha
-1
de N,
respectivamente.
Palavras-chave: sulfato de amônio, superfosfato simples, uréia
ABSTRACT
Nitrogen and phosphorous are essential elements for the development of sorghum
and have great amounts extracted and exported by the plants demonstrating that the
replacement of these two elements to the ground cannot be limiting in the systems of
ensilage production.The objective of this study was evaluated the growth and
production of the sorghum in function of different levels of fertilization with nitrogen
and phosphorous in a randomized block experimental design, four phosphorous
levels fertilization: 50, 100, 150 and 200 kg ha
-1
of P
2
O
5
and three nitrogen level
fertilization: 60, 100 e 140 kg ha
-1
de N. The source of phosphorous used was single
superphosphate, and the source of nitrogen was ammonium sulfate and urea.The
interaction of the levels of P with the doses of N had significantly influenced the
growth and the production of sorghum. In the levels of 100 and 140 kg ha
-1
of N
29
combined with the level of 150 kg ha
-1
of P
2
O
5
had been gotten the biggest
productions of dry mass and green mass of the aerial part. The esteem maximum
production of green mass was of 53.760 kg ha
-1
and dry mass of was of 17.572 kg
ha
-1
of the aerial part, being that the corresponding production 90% of the principle
was of 48.384, to levels maxims of 122 and 136 kg ha
-1
P
2
O
5
and critical levels of 65
and 81 kg ha
-1
P
2
O
5
, associate to the levels of 100 and 140 kg ha
-1
of N,
respectively.
Keywords: ammonium sulfate, single superphosphate, urea
2.1. INTRODUÇÃO
A qualidade da silagem está diretamente relacionada ao bom manejo das
plantas no campo, sendo importante salientar que a adubação correta constitui em
importante elemento de maximização dessa qualidade. Porém há a necessidade de
informações precisas para que seja desenvolvido um bom programa de fertilização
que alie boa produção e minimização dos custos.
Nitrogênio e fósforo são elementos essenciais para o desenvolvimento do
sorgo e têm grandes quantidades extraídas e exportadas pelas plantas de sorgo,
demonstrando que a não reposição desses dois elementos ao solo pode ser
limitante nos sistemas de produção de silagem.
O nitrogênio tem grande importância no cultivo de forrageiras, pois além de ser
essencial é um dos nutrientes mais exigidos e exportado em quantidade e,
normalmente, melhora a qualidade da forragem. Quando expresso em termos de
proteína bruta, sua concentração é um dos indicadores de valor nutritivo da
forragem, o qual é menor com a idade ou a maturidade da planta forrageira,
podendo, também, ser incrementado pelas adubações nitrogenadas.
Quanto à modulação da produtividade, vários trabalhos têm mostrado a ação
efetiva do N. Os altos índices de produtividade encontrados em países
desenvolvidos, como via de regra, estão relacionados ao emprego de altas doses de
N nas culturas (SANTOS et al., 1995). Vitti e Nussio (1991) destacam que boas
produções de sorgo têm sido obtidas com níveis de N superiores a 100 kg ha
-1
,
enquanto Cantarella e Raij (1986) mostraram que, em geral, de 70 a 90% dos
ensaios com a cultura do milho responderam à aplicação de N.
A deficiência do fósforo tem limitado a produtividade de várias culturas,
principalmente aquelas mais exigentes por ocasião do desenvolvimento inicial, como
30
é o caso do sorgo, que também apresenta grande exigência por ocasião da
formação da panícula, sendo determinante para a formação dos grãos.
A deficiência de P tem sido apontada como o principal fator limitante para
forragens cultivadas no Brasil, em função da baixa disponibilidade do nutriente no
solo. Desta forma a correção das deficiências de fósforo torna-se imprescindível
para o alcance de boas produtividades.
Embora as plantas necessitem de pequenas quantidades de fósforo, quando
comparada às necessidades de nitrogênio e potássio, o suprimento adequado só
tem sido atingido com o uso de grandes quantidades de adubo fosfatado,
aumentando bastante o custo de produção. Tal fato se deve a elevada capacidade
de retenção de P, em formas não disponíveis às plantas, em função dos baixos
valores de pH e, conseqüentemente, altas concentrações de óxidos de ferro e
alumínio nos solos.
O manejo adequado da adubação fosfatada e nitrogenada, que passa pela
determinação de doses e/ou da combinação de doses mais eficientes, além de
contribuir para uma maior produção, proporcionará uma redução de custos,
possibilitando o uso mais freqüente dessa prática pelos produtores.
O objetivo do presente trabalho foi avaliar o crescimento e a produção do sorgo
forrageiro, em função de diferentes doses de fósforo e de nitrogênio, cultivado em
um Latossolo Amarelo da Amazônia.
2.2 MATERIAL E MÉTODOS
2.2.1 CARACTERÍSTICA DA ÁREA E ATRIBUTOS DO SOLO
O experimento foi desenvolvido no período de 16 de Dezembro de 2005 a 2
de Março de 2006. em área do Instituto de Ciências Agrárias (ICA), da Universidade
Federal Rural da Amazônia (UFRA), localizada no município de Belém, cujas
coordenadas são: latitude de 1°28’ S, longitude de 48°30’ W e altitude média de 9 m.
O clima é Afi segundo classificação de Köpen e temperatura média anual de 26°C.
Apresenta precipitação pluviométrica com comportamento típico de áreas tropicais
de alta pluviosidade, sendo a média de 2.754,4 mm, apresentando uma estação
chuvosa de dezembro a maio e uma estação seca, ou menos chuvosa, de junho a
novembro. (Nechet, 1993).
31
Foi utilizado o sorgo [Sorghum bicolor (L.) Moench] forrageiro, variedade BR-
700. De acordo com a EMBRAPA Milho e Sorgo (2006) o sorgo BR 700 é um híbrido
forrageiro desenvolvido por esta instituição de pesquisa para atender à crescente
demanda dos produtores por maior eficiência na alimentação de bovinos. Esse
híbrido produz de 30 a 40 toneladas de massa verde por hectare, e de 4 a 5 t/ha de
grãos. Essa relação grãos/forragem do BR 700 resulta numa silagem de Alta
qualidade. O BR 700 possui ainda uma característica única: a tolerância à acidez do
solo. Além disso, apresenta resistência ao acamamento e maior estabilidade de
produção. O BR 700 é um híbrido precoce e seu ponto ideal para silagem é quando
os grãos apresentam-se em estádio leitoso/pastoso e a planta contém em média
torno de 30% de matéria seca. O material ensilado possui 60% de digestibilidade (in
vitro) da matéria seca e 8,5% de proteína bruta. A massa verde do BR 700 tem, em
média, 30% de panículas, 10% de folhas e 60% de colmos, com alta sanidade de
folhas e grãos. Suas plantas apresentam colmos secos, panículas semi-abertas,
grãos de cor castanha, com endosperma semiduro, peso médio de 30 gramas em
1.000 grãos e alcança rendimento de rebrota de até 60% ao do obtido no primeiro
corte.
A área do experimento vem sendo cultivada há vários anos com culturas
anuais, sendo que anteriormente a esse experimento foi utilizada para o plantio de
feijão caupi.
Inicialmente foram coletadas 20 subamostras simples que constituíram 3
amostras compostas, do solo na camada 0-20 cm de profundidade para caracterizar
os atributos granulométricos e químicos por meio de análises efetuadas em
laboratórios do Instituto de Ciências Agrárias/UFRA, segundo metodologia descrita
pela Embrapa (1997), cujos resultados podem ser observados na Tabela 1.
2.2.2 DELINEAMENTO EXPERIMENTAL E TRATAMENTOS
O delineamento experimental adotado foi em blocos ao acaso, em um arranjo
fatorial 4 x 3, sendo quatro doses de fósforo (50, 100, 150 e 200 kg ha
-1
de P
2
O
5
)
e
três doses de nitrogênio em cobertura (60, 100 e 140 kg ha
-1
de N), totalizando 12
tratamentos, com três repetições, perfazendo um total de 36 parcelas. A fonte de
fósforo utilizada foi o superfosfato simples e a de nitrogênio o sulfato de amônio e a
uréia
32
Tabela 1 – Atributos químicos e granulométricos de um Latossolo Amarelo distrófico,
textura média (camada de 0 a 20 cm).
pH P K Ca Mg H + Al V MO Areia grossa Areia fina Silte Argila
H
2
O (mg dm
-3
) cmol
c
dm
-3
% (g kg
-1
)
5,71 1,60 0,08 1,21 1,28 6,35 28,8 31,0 26,8 41,73 17,79 13,68
2.2.3 CONDUÇÃO DO EXPERIMENTO
Foi efetuada na área uma roçagem 30 dias antes do plantio e aplicado
herbicida Glyfosate sobre a rebrota, quando faltavam 20 dias para o plantio e após 3
dias foi efetuada uma gradagem. A área foi subdividida em parcela de 7,68 m
2
(2,4 x
3,2m) e foi composta de quatro linhas de 3,2 m de comprimento com espaçamento
de 0,80 m entre linhas e 0,20 m entre plantas.
No dia 26 de novembro 2005 foi efetuada a abertura dos sulcos e nestes foi
realizada a adubação fosfatada total, de acordo com os tratamentos, 20 kg ha
-1
de
N, e 22,22 kg ha
-1
de FTE BR-12 como fonte de micronutrientes.
No dia 6 de dezembro de 2005 foram plantadas 17 mudas de sorgo por linha
resultando em 68 plantas por parcela.
Aos 30 dias após o plantio foi efetuada a primeira adubação de cobertura com
25 kg ha
-1
de N (para os tratamentos que receberam 60 kg ha
-1
de N até o fim do
experimento), com 45 kg ha
-1
de N (para os tratamentos que receberam 100 kg ha
-1
de N até o fim do experimento) e com 65 kg ha
-1
de N (para os tratamentos que
receberam 140 kg ha
-1
de N até o fim do experimento). Também foi efetuada a
primeira adubação de cobertura com potássio com 50 kg ha
-1
de KCl.
Aos 55 dias após o plantio foi efetuada a segunda adubação de cobertura
com 15 kg ha
-1
de N (para os tratamentos que receberam 60 kg ha
-1
), com 35 kg ha
-1
de N (para os tratamentos que receberam 100 kg ha
-1
) e com 55 kg ha
-1
de N (para
os tratamentos que receberam 160 kg ha
-1
). Também foi efetuada a segunda
adubação de cobertura com potássio com 50 kg ha
-1
de KCl.
Aos 75 dias após o plantio, quando os grãos se encontravam em estádio
leitoso/pastoso, foram efetuadas as mensurações de diâmetros de colmo com a
utilização de paquímetro e mensurações de alturas de plantas com utilização de fita
33
métrica. Aos 76 dias após o plantio foi efetuada a colheita das plantas de sorgo de
toda a área útil da parcela, constituída de duas linhas centrais, e em seguida
realizou-se a pesagem da massa verde do colmo, das folhas e das panículas.
Amostras do material verde foram coletadas, tomando-se o cuidado de ser bem
representativo, e estas foram devidamente lavadas em água corrente e depois em
água destilada, sendo posteriormente colocadas em sacos de papel e secas em
estufa, com circulação forçada de ar a 65-70ºC até peso constante, determinando-se
assim o massa seca das amostras. A partir do peso seco das amostras em relação
ao peso verde, calculou-se o peso seco da parcela e, por conseguinte por hectare.
Para avaliação, tomou-se como variáveis: diâmetro de colmo, altura de
plantas, produção de massa verde e seca de panícula, colmo, folha e parte aérea,
relação folha-parte aérea, relação colmo-parte aérea, relação panícula-parte aérea.
2.2.4 ANÁLISE ESTATÍSTICA
Os resultados foram submetidos à análise de variância e de regressão,
ajustando-se as equações para expressar adequadamente o comportamento dos
resultados, sendo escolhidos as de melhor ajuste, usando o programa estatístico
SANEST (ZONTA; MACHADO, 1991).
2.3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
2.3.1 CRESCIMENTO
Para o diâmetro do colmo ocorreu uma interação significativa entre a dose de
60 kg ha
-1
de N e as doses de P (Figura 1). O maior diâmetro de colmo do sorgo
encontrado foi de 15,77 mm obtido na combinação de 60 kg ha
-1
de N e 50 kg ha
-1
de
P
2
O
5
(Figura 1). Com esta dose de adubo nitrogenado ocorreu uma diminuição
significativa no valor do diâmetro, quando combinado com 100 kg ha
-1
de P
2
O
5
,
seguida de uma elevação gradativa nas doses de 150 e 200 kg ha
-1
de P
2
O
5
,
respectivamente, mesmo assim caracterizando um ajuste quadrático decrescente.
Nas doses de 100 e 140 kg ha
-1
de N não apresentaram interação significativa
para o diâmetro de colmo em nenhuma das combinações com as doses de fósforo,
resultados que concordam com os de Lucena et al. (2000) que em experimento com
34
milho não encontrou influência significativa para diâmetro caulinar em doses de 120
e 180 kg ha
-1
de N combinados com doses crescentes de P
2
O
5
.
■Ŷ = 13,37
●Ŷ = 19,775 -0,1049X +0,0004X
2
R
2
= 0,84*
▲Ŷ = 12,88
-
5,00
10,00
15,00
20,00
50 100 150 200
Doses de P
2
O
5
, Kg ha
-1
Diâmetro de Colmo, mm
N60 N100 N140
Figura 1 – Diâmetro do colmo do sorgo forrageiro, cultivado em um Latossolo
Amarelo, em função de doses de fósforo e de nitrogênio. UFRA, Belém-PA, 2007.
Para altura de plantas ocorreu interação significativa entre as combinações
das doses de N e P
2
O
5
com as curvas se ajustando a funções quadráticas
decrescentes (Figura 2). Belarmino et al. (2003), trabalhando com capim-tanzânia e
doses crescentes de superfosfato simples e sulfato de amônio não encontrou efeito
significativo para interação entre as combinações de N e P
2
O
5
.
De um modo geral, os valores de altura das plantas de sorgo deste
experimento podem ser considerados baixos quando comparados aos dados obtidos
por Costa et al. (2001), citado por Teixeira e Teixeira (2004) para a variedade BR
700, que segundo este autor fica em torno de 239 cm contra 167,5 cm que foi a
maior altura encontrada neste trabalho (Figura 2).
A altura máxima foi encontrada na combinação das doses 60 kg ha
-1
de N e
100 kg ha
-1
de P
2
O
5
, sendo que, com este nível de adubação de N há uma queda
nos valores da altura de sorgo com o aumento das doses de P
2
O
5
. Oliveira e Caíres
(2003) que trabalhando com milho encontrou maior altura de planta na maior dose
nitrogenada de 120 kg ha
-1
de N combinada com 87 kg ha
-1
de P
2
O
5
, ressaltando-se
a ausência de interação com as doses de fósforo. Tal resultado pode ser justificado
pela maior exigência do milho em N. Este resultado não concorda com a citação de
35
Leite (2006), que destaca que a altura de plantas na cultura do sorgo é uma variável
de crescimento importante por ser uma característica normalmente correlacionada
positivamente com as características de produção, pois nesse experimento a maior
altura não foi encontrada sob as doses que promoveram maiores produções.
●Ŷ = 158,96 0,1535X - 0,0008X
2
R
2
= 0,94**
■Ŷ = 151,08 + 0,2497X - 0,0012X
2
+ R
2
= 0,87**
▲Ŷ = 142 + 0,1697X - 0,0006X
2
R
2
= 0,76**
145
150
155
160
165
170
50 100 150 200
Doses de P
2
O
5
, kg ha-1
Altura de Planta, cm
N60 N100 N140
Figura 2 – Altura de plantas do sorgo forrageiro, cultivado em um Latossolo Amarelo,
em função de doses de fósforo e de nitrogênio. UFRA, Belém-PA, 2007.
Nas combinações das doses de fósforo com o maior nível de nitrogênio, ou
seja, 140 de kg ha
-1
, observou-se os menores valores de altura em comparação com
as demais combinações de doses menores de nitrogênio. Este resultado é
semelhante ao encontrado por Prado et al. (2006) que trabalhando com aveia preta
encontrou efeito prejudicial ao crescimento desta gramínea na utilização da maior
dose de nitrogênio, combinado com crescentes doses de fósforo. Segundo Marmaril
e Miller (1970) alguns autores procuram explicar os resultados de influência de
nutrientes nos parâmetros agronômicos por meio da relação de absorção desses
com outros macros e micronutrientes. Sabe-se que altos níveis de nitrogênio podem
comprometer a absorção do fósforo pela planta (Imoseli et al, 2001).
A produção de massa verde e seca de panícula foi influenciada
significativamente pela interação das doses de N e de P
2
O
5
, se ajustando a funções
quadráticas. Diferentemente do que ocorreu com a altura das plantas, a maior
produção ocorreu na combinação das doses de 140 de N e 100 kg ha
-1
de P
2
O
5
.
(Figuras 3 e 4).
36
Enquanto que para a massa verde, obteve-se uma curva decrescente em
função das doses de P (Figura 3) a menor produção de massa seca de panícula foi
observada quando se utilizou a dose de 60 kg ha
-1
de N, independente da dose de P
sendo inicialmente (na dose de 50 kg ha
-1
de P
2
O
5
) foi a maior produção (Figura 4).
Almeida (1988) em experimento com doses de P em sorgo encontrou menor
produção sob a dose de 150 kg ha
-1
de P.
●Ŷ = 13227 +10,939X -0,2092X
2
R
2
= 0,99*
▲Ŷ= 10518 + 60,721X - 0,2663X
2
R
2
= 0,69*
■Ŷ = 6956,2 + 81,455X- 0,2792X
2
R
2
= 0,77**
0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
14000
16000
50 100 150 200
Doses de P
2
O
5
, kg ha
-1
MV Panícula, kg ha
-1
N60 N100 N140
Figura 3 – Massa verde (MV) de panícula do sorgo forrageiro, cultivado em um
Latossolo Amarelo, em função de doses de fósforo e de nitrogênio. UFRA, Belém-
PA, 2007.
37
●Ŷ = 1390,2 +36,921X -0,1765X
2
R
2
= 0,90**
▲Ŷ = 4304,8 +1,8383X - 0,0399X
2
R
2
= 0,87**
■Ŷ = 1906,1 + 24,34X - 0,0752X
2
R
2
= 0,73*
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
4500
5000
50 100 150 200
Doses de P
2
O
5
, kg ha
-1
MS Panícula, kg ha
-1
N60 N100 N140
Figura 4 – Massa seca (MS) de panícula do sorgo forrageiro, cultivado em um
Latossolo Amarelo, em função de doses de fósforo e de nitrogênio. UFRA, Belém-
PA, 2007.
Para a produção de massa verde e seca de colmo ocorreu interação
significativa entre as doses de fósforo e de nitrogênio, com ajustes a funções
quadráticas (Figuras 5 e 6). Nas doses de 140 e 100 kg ha
-1
de N, quando
combinadas com a dose 150 kg ha
-1
de P
2
O
5
, obteve-se as maiores produções
massa verde, de 31.602,1 e de 31.238,6 kg ha
-1
, respectivamente. Com essas
mesmas combinações constatou-se o inverso na produção de massa seca, 10.524 e
9.320,76 kg ha
-1
(Figura 6). Tal resultado sugere que na doses mais elevada de N as
plantas acumularam mais água. Martinez (1980) em trabalho com capim-colonião
encontrou aumento na matéria seca do caule com a melhoria no suprimento de
fósforo (Figura 5 e 6).
Na dose de 60 kg ha
-1
de N observou-se a menor produção de massa verde e
massa seca do colmo (Figura 5 e 6).
38
■Ŷ = 9140 +326,53X -1,2356X
2
R
2
= 0,96**
▲Ŷ = -0,9587x
2
+ 248,74x + 13635R
2
= 0,69*
●Ŷ= 14442 + 136,29X- 0,5459X
2
R
2
= 0,73**
5000
10000
15000
20000
25000
30000
35000
50 100 150 200
Doses de P
2
O
5
, kg ha
-1
MV Colmo, kg ha
-1
N60 N100 N140
Figura 5 – Massa verde (MV) do colmo do sorgo forrageiro, cultivado em um
Latossolo Amarelo, em função de doses de fósforo e de nitrogênio. UFRA, Belém-
PA, 2007.
■Ŷ = 2593,6 +108,22X -0,3916X
2
R
2
= 0,90**
●Ŷ = 3365 +61,652X -0,2564X
2
R
2
= 0,83**
▲Ŷ = 5559,7 + 59,091X - 0,2479X
2
R
2
= 0,77**
2000
3000
4000
5000
6000
7000
8000
9000
10000
11000
50 100 150 200
Doses de P
2
O
5
, kg ha
-1
MS Colmo, kg ha
-1
N60 N100 N140
Figura 6 – Massa seca (MS) do colmo do sorgo forrageiro, cultivado em um
Latossolo Amarelo, em função de doses de fósforo e de nitrogênio. UFRA, Belém-
PA, 2007.
Na utilização da dose de 60 kg ha
-1
de N combinada com as doses de fósforo
foram encontradas curvas quadráticas, verificando-se também os menores valores
para massa verde e seca de folhas(Figuras 7 e 8). Segundo Fancelli e Dourado Neto
(2000) o nitrogênio está associado ao crescimento vegetativo das plantas, então
esta menor dose de adubação nitrogenada provavelmente não foi suficiente para
39
atender as necessidades da planta de sorgo em relação a uma produção de
biomassa de folhas satisfatória e por isso apresentando valores abaixo das demais
doses com maior quantidade de N.
A utilização da dose nitrogenada de 140 kg ha
-1
de N combinada com a dose
de 150 kg ha
-1
de P
2
O
5
apresentou a maior produção de massa verde de folhas
(Figura 7), já na utilização da mesma dose nitrogenada combinada com a dose de
50 kg ha
-1
de P
2
O
5
pode-se observar a maior produção de massa seca de folhas
sofrendo uma queda gradativa conforme o aumento das doses de fósforo. Resultado
diferente do que ocorreu com a massa seca de colmo, que na maior dose de N
obteve-se a maior produção de massa verde (Figura 5), que por sua vez não
resultou em maior produção de massa seca (Figura 6). Tal resultado sugere que
para maior produção de massa de folhas no sorgo forrageiro a dose de 140 kg ha
-1
de N foi a que proporcionou melhor resultado, diferentemente da massa de colmo,
cuja massa seca foi mais elevada com a dose de 100 kg ha
-1
de N. Martinez (1980)
em experimento com capim-colonião constatou o aumento da produção de matéria
seca de folhas com a melhoria no suprimento de fósforo.
A produção máxima estimada de massa verde de folhas foi de 9.874 kg ha
-1
,
sendo que a correspondente a 90% da máxima foi de 8.886 kg ha
-1
, para uma dose
máxima de 109 kg ha
-1
de P
2
O
5
e uma dose crítica de 59 kg ha
-1
P
2
O
5
, associado a
uma dose de 140 kg ha
-1
de N (Figura 7), sendo que a maior quantidade de massa
seca foi atingida com a dose de 50 kg ha
-1
de P
2
O
5
(Figura 8).
●Ŷ = 5586,6 +5,0708X -0,0159X
2
R
2
= 0,96**
▲Ŷ =5232,9 + 85,413x - 0,393x
2
R
2
= 0,86**
■Ŷ = 4052 + 51,178X - 0,1725X
2
R
2
= 0,76**
2000
4000
6000
8000
10000
12000
50 100 150 200
Doses de P
2
O
5
, kg ha
-1
MV Folhas,kg ha
-1
N60 N100 N140
40
Figura 7 – Massa verde (MV) de folhas do sorgo forrageiro, cultivado em um
Latossolo Amarelo, em função de doses de fósforo e de nitrogênio. UFRA, Belém-
PA, 2007.
●Ŷ = 833,99 +13,899X -0,0578X
2
R
2
= 0,77*
▲Ŷ = 2279,9 +11,838X -0,0773X
2
R
2
= 0,96*
■Ŷ = -0,053X
2
+ 16,6X + 923,34 R
2
= 0,83**
500
1000
1500
2000
2500
3000
50 100 150 200
Doses de P
2
O
5
, kg ha
-1
MS Folhas, kg ha
-1
N60 N100 N140
Figura 8 – Massa seca (MS) de folhas do sorgo forrageiro, cultivado em um
Latossolo Amarelo, em função de doses de fósforo e de nitrogênio. UFRA, Belém-
PA, 2007.
A interação das doses de N com as doses de P influenciaram
significativamente a produção de massa verde e seca da parte aérea e se ajustaram
a funções quadráticas (Figuras 9 e 10).
A menor dose de N (60 kg ha
-1
), independente da dose de P, provocou a
menor produção de massa da parte aérea, exceto quando utilizou-se 50 de N e 100
kg ha
-1
de P
2
O
5
, que apresentaram produções estatisticamente iguais, enquanto que
a maior produção de massa verde foi verificada na dose de 100 kg ha
-1
de N (não
havendo diferença significativa para a dose de 140 kg ha
-1
de N) com a dose de 150
kg ha
-1
de P
2
O
5
(Figura 9), sendo que a maior massa seca também foi atingida com
a dose de 100 kg ha
-1
de N, na mesma dose de P. Belarmino et al. (2003),
trabalhando com diferentes doses de N e P, na produção de massa seca do capim-
tanzânia observaram maior produção na utilização da dose de 100 kg ha
-1
de N
associada a 150 kg ha
-1
de P
2
O
5
, resultado semelhante ao deste trabalho. O
resultado deste trabalho também foi semelhante ao encontrado por Oliveira et al.
41
(2000) que constataram maiores valores de massa verde para o capim-tanzânia com
a mesma dose de adubação fosfatada, 150 kg ha
-1
de P
2
O
5
.
■Ŷ = 20523 + 447,66X - 1,6373X
2
R
2
= 0,88**
●Ŷ = 35505 + 121,3X - 0,671X
2
R
2
= 0,93**
▲Ŷ= 29011 + 406,37X - 1,6681X
2
R
2
= 0,89**
10000
20000
30000
40000
50000
60000
50 100 150 200
Doses de P
2
O
5
, kg ha
-1
MV Parte Aérea, kg ha
-1
N60 N100 N140
Figura 9 – Massa verde (MV) da parte aérea do sorgo forrageiro, cultivado em um
Latossolo Amarelo, em função de doses de fósforo e de nitrogênio. UFRA, Belém-
PA, 2007.
Por outro lado, Pedreira (1995) testou diferentes doses de N e P e relacionou
a interação positiva do N e do P na produção das forrageiras à formação de raízes
proporcionada pelo fósforo e o incremento da produção de biomassa da parte aérea
proporcionado pelo N.
Prado et al. (2006) trabalhando com aveia preta encontraram resultados
diferentes, isto é, o maior rendimento de massa seca esteve associado a maior dose
de fósforo (300 mg dm
-3
de P), assim como Primavesi et al. (2004) que também
encontraram resposta positiva à crescente aplicação de fósforo. Resultado diferente
também foi encontrado por Lajús et al. (1996) que em experimento com forragem
encontraram maior produção de matéria seca quanto maior foi a dose de N.
42
●Ŷ = 5589,2 +112,47X -0,4907X
2
R
2
= 0,85*
▲Ŷ = 12294 +68,167X -0,3451X
2
R
2
= 0,94*
■Ŷ = 3923 + 195,16X - 0,7198X
2
R
2
= 0,99**
2000
6000
10000
14000
18000
50 100 150 200
Doses de P
2
O
5
, kg ha
-1
MS Parte Aérea, kg ha
-1
N60 N100 N140
Figura 10 – Massa seca (MS) da parte aérea do sorgo forrageiro, cultivado em um
Latossolo Amarelo, em função de doses de fósforo e de nitrogênio. UFRA, Belém-
PA, 2007.
De acordo com Costa et al. (2001) citado por Teixeira e Teixeira (2004) o
valor médio de produção de massa verde do sorgo variedade BR 700 fica em torno
de 39 mil kg ha
-1
, portanto os valores encontrados neste experimento, de uma forma
geral, ficaram acima deste valor, com destaque para a produção de 54.435,4 kg ha
-1
,
de massa verde alcançada neste trabalho.
Vale ressaltar ainda que, ao comparar os valores de massa seca da parte
aérea do experimento com os de Costa et al. (2001), citado por Teixeira e Teixeira
(2004), para a variedade BR 700, de 16 mil kg ha
-1
, os valores são próximos aos
obtidos na dosagem de nitrogênio de 100 kg ha
-1
combinada com as doses de 150 e
200 kg ha
-1
de P
2
O
5
e na dosagem 140 kg ha
-1
de nitrogênio combinada com as
doses de 100 e 150 kg ha
-1
de P
2
O
5
(Figura 10).
A produção máxima estimada de massa verde e massa seca da parte aérea
foi de 53.760 e 17.572 kg ha
-1
, sendo que a produção correspondente a 90% da
máxima foi de 48.384 e 15.436 kg ha
-1
(Figura 9 e 10), para doses máximas de 122 e
136 kg ha
-1
P
2
O
5
e doses críticas de 65 e 81 kg ha
-1
P
2
O
5
, associado às doses de
140 e 100 kg ha
-1
de N, respectivamente. Vale salientar que para uma dose de 100
kg ha
-1
de N a produção máxima de massa verde atingiu 51.122 kg ha
-1
e 48.009 kg
ha
-1
para 90% da máxima, com uma dose de 137 kg ha
-1
de P
2
O
5
, tais valores não
diferiram estatisticamente.
43
2.3.3 RELAÇÃO FOLHA:PARTE AÉREA, RELAÇÃO COLMO:PARTE AÉREA E
RELAÇÃO PANÍCULA:PARTE AÉREA
Todas as equações relativas às combinações de doses de N x doses de P
para as relações folha:parte aérea, colmo:parte aérea e panícula:parte aérea se
ajustaram a funções quadráticas (Figuras 11, 12 e 13).
A máxima relação folha:parte aérea (%) esteve associada à combinação de
140 kg ha
-1
de N e 50 kg ha
-1
de P
2
O
5
havendo um decréscimo significativo nessa
relação conforme o aumento das dosagens de P
2
O
5
. Nas menores doses de N
observa-se que o maior valor de relação folha:parte aérea encontrado foi quando
combinado com 200 kg ha
-1
de P
2
O
5
(Figura 11). Esta relação assume grande
importância tendo em vista que as folhas apresentam maior valor nutritivo,
principalmente, maior concentração de proteína conforme destaca Dias (1997).
■Ŷ = 16,06 -0,058X +0,0003X
2
R
2
= 0,72*
●Ŷ = 14,744 -0,0239X +0,0001X
2
R
2
= 0,99*
▲Ŷ= 17,591 +0,0187X -0,0002X
2
R
2
= 0,97*
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
14,00
16,00
18,00
20,00
50 100 150 200
Doses de P
2
O
5
, kg ha
-1
Folha : Parte Aérea, %
N60 N100 N140
Figura 11 – Relação folha : parte aérea do sorgo forrageiro, cultivado em um
Latossolo Amarelo, em função de doses de fósforo e de nitrogênio. UFRA,
Belém-PA, 2007.
A maior relação colmo:parte aérea foi de 64,71% encontrada na combinação
de 60 kg ha
-1
de N e 200 kg ha
-1
de P. No nível de 140 kg ha
-1
de N combinado com
44
as doses de 50, 100, 150 e 200 kg ha
-1
de P
2
O
5
as relações colmo:parte aérea
encontradas foram respectivamente 53,72%, 54,66%, 61,31%, e 61%, sugerindo
que a melhor relação esteve associada a dose de 100 kg ha
-1
de P
2
O
5
, tendo em
vista que o colmo é a parte da planta com menor valor nutritivo (Figura 12).
●Ŷ = 60,598 -0,0694X+0,0004X
2
R
2
= 0,95*
■Ŷ= 55,281 +0,1409X -0,0006X
2
R
2
= 0,84*
▲Ŷ = 48,994 +0,0882X -0,0001X
2
R
2
= 0,84*
0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
70,00
50 100 150 200
Doses de P
2
O
5
, kg ha
-1
Colmo : Parte Aérea, %
N60 N100 N140
Figura 12 – Relação colmo : parte aérea do sorgo forrageiro, cultivado em um
Latossolo Amarelo, em função de doses de fósforo e de nitrogênio. UFRA, Belém-
PA, 2007.
A dose de 60 kg ha
-1
de N apresentou maior relação panícula:parte aérea
quando combinado com a dose de 50 kg ha
-1
de P
2
O
5
,
apresentando um decréscimo
altamente significativo em suas médias relacionadas com o aumento das doses de
P
2
O
5
(Figura 13). Na utilização de 100 kg ha
-1
de N a maior relação panícula:parte
aérea encontrada foi na combinação com a dose de 200 kg ha
-1
de P
2
O
5
.
Quando
utilizado o nível de N de 140 kg ha
-1
, obteve-se uma função quadrática decrescente,
com o aumento das doses de P.
45
■Ŷ = 28,659 - 0,0829X + 0,0003X
2
R
2
= 0,93**
▲Ŷ= 35,665 - 0,1759X + 0,0006X
2
R
2
= 0,86**
●Ŷ = 24,658 + 0,0933X - 0,0006X
2
R
2
= 0,97**
0
5
10
15
20
25
30
50 100 150 200
Doses de P
2
O
5
, kg ha
-1
Panicula:Parte aérea
N60 N100 N140
Figura 13 – Relação panícula:parte aérea do sorgo forrageiro, cultivado em um
Latossolo Amarelo, em função de doses de fósforo e de nitrogênio. UFRA, Belém-
PA, 2007.
2.4 CONCLUSÕES
A interação das doses de P com as doses de N influenciaram
significativamente o crescimento e a produção do sorgo forrageiro.
Nas doses de 100 e 140 kg ha
-1
de N combinada com a dose de 150 kg ha
-1
de P
2
O
5
foram obtidas as maiores produções de massa seca e massa seca e
massa verde da parte aérea.
A produção máxima estimada de massa verde e massa seca da parte aérea
foi de 53.760 e 17.572 kg ha
-1
, sendo que a produção correspondente a 90%
da máxima foi de 48.384 e 15.436 kg ha
-1
, para doses máximas de 122 e 136
kg ha
-1
P
2
O
5
e doses críticas de 65 e 81 kg ha
-1
P
2
O
5
, associado às doses de
140 e 100 kg ha
-1
de N, respectivamente.
46
CAPÍTULO 3 - CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DO SORGO FORRAGEIRO, EM
FUNÇÃO DE FONTES DE FÓSFORO E SATURAÇÕES POR BASES, EM UM
LATOSSOLO AMARELO DE TEXTURA MUITO ARGILOSA
47
RESUMO
A calagem é uma prática necessária em solos com elevada acidez, como a maioria
dos solos amazônicos, para uma boa produção de plantas como é o caso do sorgo.
A escolha da fonte de P adequada para melhor suprimento deste nutriente às
plantas e obter uma produção satisfatória bem como uma boa relação custo-
produção é de fundamental importância. Objetivou-se avaliar o efeito de diferentes
fontes de fósforo e saturações por base sobre o crescimento e produção de massa
seca do sorgo forrageiro. O delineamento utilizado foi inteiramente casualizado em
esquema fatorial 4x4, com 4 repetições. Os tratamentos diferiram de acordo com a
saturação por base (saturação natural do solo de 39%, 60%, 80% e 100%) e quatro
fontes de fósforo: sem aplicação de fonte de fósforo (P0), com aplicação do fosfato
natural ARAD, com aplicação de Superfosfato Triplo (SFT) e com um misto de ARAD
e Superfosfato Triplo (ARAD+SFT). As fontes de P e a calagem influenciaram
positivamente o crescimento e a produção do sorgo forrageiro. A fonte ARAD+SFT
combinada com a saturação por bases de 60% foi a que promoveu maiores
produções de massa seca e massa verde da parte aérea. Sob a fonte SFT e a
saturação por bases natural do solo foi encontrada a maior relação raiz e parte
aérea.
PALAVRAS CHAVES: calagem, fosfato natural, fosfato solúvel
ABSTRACT
The liming and the fertilization with phosphorous are practical necessary in ground
with raised acidity, that normally present low match concentration. As the majority of
Amazon ground it presents such characteristics, a good productivity of the plants, as
it is the case of sorghum, is dependent of the use of such practical. The choice of the
source of P adjusted for better suppliment of this nutrient to the plants and attainment
of a satisfactory production, as well as a good relation cost-production, also becomes
necessary. The objective was to evaluate the effect of different phosphorous sources
and saturations of bases in leaf evaluate the growth and production of the Sorghum.
The experimental design was a completely randomized in factorial scheme 4x4, with
4 replications. Four phosphorous sources: 1) Control (P0), 2) Phosfate
Reative(ARAD), 3) triple superphosphate (TSF) and 4) mixed of ARAD and triple
superphosphate (ARAD+TSF) at 50:50 relation and four differents levels of soil base
saturation distribuited as 1) 39% of natural soil base saturation, 2) 60% of soil base
saturation, 3) 80% of soil base saturation, and 4) 100% of soil base saturation.The
sources of P and the liming had positively influenced the growth and the production
of sorghum. The source ARAD+SFT combined with the saturation for 60% bases
was the one that promoted greaters productions of dry mass and green mass of the
aerial part. Under source SFT and the natural saturation for bases of the ground the
biggest relation was found root and aerial part.
Keywords: liming, natural phosphate, soluble phosphate
48
3.1 INTRODUÇÃO
A acidez dos solos é um dos principais problemas da agricultura nos trópicos,
característica da maioria das áreas agricultáveis do Brasil, acarretando em baixa
quantidade de bases trocáveis e alta saturação por Al, que dificultam as altas
produtividades das culturas anuais. Essas propriedades químicas podem ser
alteradas com a calagem, que é a prática utilizada , tanto para correção do solo e
eliminação da toxidez do Al, quanto para o fornecimento de Ca e Mg (LIMA, 2004).
A escolha da fonte de fósforo está relacionada tanto à eficiência em suprir as
necessidades das plantas, quanto ao custo do fertilizante.
Os fosfatos solúveis têm apresentado bons resultados, embora possuam
custo mais elevado, ao passo que os fosfatos naturais apresentam baixa
solubilidade e menor eficiência agronômica, especialmente para culturas anuais.
Apesar dos numerosos estudos existentes sobre o manejo da adubação
fosfatada, ainda permanecem dúvidas, principalmente quanto à aplicação direta dos
fosfatos naturais, importados e nacionais, sendo esse aspecto motivo de
controvérsias entre pesquisadores
Uma das alternativas para reduzir custos da adubação fosfatada pode ser a
utilização de fosfatos naturais para aplicação direta em forragens. Ao contrário dos
fosfatos solúveis, os fosfatos naturais apresentam uma solubilização mais lenta,
podendo ocorrer um aumento gradativo da disponibilidade de P. Assim sendo, os
fosfatos naturais têm sua eficiência melhorada quando aplicados a lanço e
incorporados a solos ácidos, argilosos, com baixos níveis de Ca trocável e P solúvel
e em culturas de ciclo longo ou perene, tolerantes à acidez e eficientes na utilização
de fósforo.
O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de diferentes fontes fósforo e
saturações por bases no crescimento e produção de sorgo forrageiro em Latossolo
Amarelo de textura muito argilosa.
3.2 MATERIAL E MÉTODOS
3.2.1 LOCALIZAÇÃO DA ÁREA E COLETA DO SOLO
49
O experimento foi realizado no período de 5 de janeiro a 16 de março de 2006
em casa de vegetação do Instituto de Ciências Agrárias (ICA), da Universidade
Federal Rural da Amazônia (UFRA), Belém/PA, cujas coordenadas são: latitude de
1°28’ S, longitude de 48°30’ W e altitude média de 9 m. O clima é Afi segundo
classificação de Köpen e temperatura média anual de 26°C. Apresenta precipitação
pluviométrica com comportamento típico de áreas tropicais de alta pluviosidade,
sendo a média de 2.754,4 mm, apresentando uma estação chuvosa de dezembro a
maio e uma estação seca, ou menos chuvosa, de junho a novembro. (Nechet, 1993).
. Coletou-se amostras do solo na camada superficial de 0 a 20 cm de
profundidade, no município de Paragominas-PA removendo-se os restos vegetais,.
Foram tomadas subamostras para as determinações químicas e físicas do solo
(Tabela 2), de acordo com a metodologia descrita pela Embrapa (1997).
Tabela 2 – Atributos químicos e granulométricos de um Latossolo Amarelo muito
argiloso (camada de 0 a 20 cm)
pH P K Ca Mg H + Al V MO Areia grossa Areia fina Silte Argila
H
2
O (mg dm
-3
) cmol
c
dm
-3
% (g kg
-1
)
4,4 2,2 0,09 1,4 0,8 8,32 39 27,0 13 5 17 65
3.2.2 DELINEAMENTO EXPERIMENTAL E TRATAMENTOS
O delineamento utilizado foi o inteiramente casualizado em esquema fatorial 4
x 4, com quatro repetições, sendo os tratamentos constituídos de quatro níveis de
saturação por bases: 39% (natural), 60%, 80% e 100%, e quatro de fósforo: sem P
(P0), fosfato natural ARAD, superfosfato triplo (SFT) e fosfato natural de Arad +
superfosfato triplo (ARAD+SFT). Os tratamentos com adubação fosfatada foram
igualados na quantidade de 100 mg de P dm
-3
de solo, perfazendo um total de 64
parcelas experimentais, constituídas de vasos plásticos contendo 5 dm
-3
de solo.
As doses de corretivo necessárias para elevar a porcentagem de saturação
por bases do solo (V%) para 60, 80 e 100% foram de 2,71 t/ha, 4,04 t/ha e 5,37 t/ha,
respectivamente, calculadas de acordo com Raij (1981). Utilizou-se uma mistura de
carbonato de cálcio (CaCO
3
) e carbonato de magnésio (MgCO3), ambos puros pró-
análise (P.A.), numa relação de 3:1. A quantidade da mistura em g/vaso pode ser
50
observada na Tabela 3.
Tabela 3 - Doses de corretivo utilizadas conforme os níveis estabelecidos nos
tratamentos de calagem.
Doses do Corretivo Saturação (V%)
CaCO3/MgCO3 (3:1)
(g/vaso)
(t/ha) (Esperada)
6,77 2,71 60
10,10 4,04 80
13,42 5,37 100
O Arad é obtido a partir da rocha fosfatada moída e concentrada. Raij (1991)
destaca que por ser um fosfato natural reativo de origem orgânica, o Arad possui
uma solubilização mais lenta quando comparado ao superfosfato triplo,
disponibilizando P para as plantas ao longo dos anos. Apresenta em sua
constituição 33% de P
2
O
5
total, 10% P
2
O
5
solúvel em ácido cítrico e 37% de Ca,
apresenta-se normalmente em forma farelada, pois o tamanho das partículas é um
fator que afeta acentuadamente a eficiência dos adubos fosfatados.
3.2.3 CONDUÇÃO DO EXPERIMENTO
Depois da coleta das amostras de solo foram homogeneizadas secas ao ar,
destorroadas e passadas em peneira com malha de 4 mm, pesadas e colocadas em
vasos com capacidade para 5 dm
-3
de solos (6,75 kg). Foi aplicado o calcário e
incorporado homogeneamente em cada vaso, nas quantidades de carbonatos
correspondentes a cada um dos três níveis de saturação por bases. A mistura solo e
carbonato permaneceu incubada com umidade correspondente a aproximadamente
70% do volume total de poros (VTP), por 90 dias, até a estabilização do pH do solo.
Após o período de incubação, e antes da aplicação das fontes fosfatadas, foi
efetuada uma adubação básica em todos os vasos, constando de 200 mg de N, 50
mg de S, 200 mg de K, 0,8 mg de B, 5 mg de Zn, 1,5 mg de Cu e 0,15 mg de Mo por
dm
-3
de solo, na forma de uréia, K
2
SO
4
e (NH
4
)
2
SO
4
, KCl, H
3
BO
3
, ZnCl
2
, FeCl
3
.6H
2
O,
MnCl
2
.4H
2
O, CuCl
2
.2H
2
O, (NH
4
)6Mo
7
O
24
.4H
2
O.
51
Após a adubação básica e incorporação do P, os vasos foram irrigados com a
quantidade necessária de água para atingir 70% do volume total de poros (VTP) e
pesados. No mesmo dia foi efetuada a semeadura, colocando-se em média, 4
sementes por vaso de sorgo forrageiro variedade BR-700. Três dias após o semeio
ocorreu a germinação. Foi realizado o desbaste no décimo dia após o semeio,
deixando-se apenas uma planta por vaso. Durante toda a condução do experimento
a umidade foi mantida a 70% do VTP mediante pesagens diárias dos vasos,
completando-se, quando necessário, com água destilada.
Aos 69 dias de experimento, quando os grãos se encontravam em estádio
leitoso/pastoso, foi efetuada a mensuração do diâmetro do colmo com utilização de
paquímetro; altura das plantas com utilização de fita métrica; colheita das plantas de
sorgo com divisão em panícula, colmo e folhas e efetuada a pesagem da massa
verde. Todo o material foi lavado em água corrente e depois em água destilada. O
solo de cada vaso, depois de seco, foi revolvido e o sistema radicular das plantas
retirado e lavado cuidadosamente para a retirada de resíduos de solo. O material
vegetal da parte aérea e das raízes do sorgo foi colocado em sacos de papel e seco
em estufa com circulação forçada de ar a 65 – 70ºC, até peso constante,
determinando-se, assim, a massa seca.
As variáveis utilizadas para avaliação foram: diâmetro de colmo, altura de
plantas, pesos de massa verde de colmo, folhas, panícula e parte aérea, pesos de
massa seca de colmo, folhas, panícula e parte aérea, raiz e relação raiz parte aérea.
3.2.4 ANÁLISE ESTATÍSTICA
Os resultados foram submetidos à análise de variância usando o programa
estatístico SANEST (ZONTA; MACHADO, 1991). Os dados foram submetidos à
regressão, ajustando-se as equações para expressar adequadamente o
comportamento dos resultados, sendo escolhidos os de melhor ajuste e as médias,
quando pertinente, comparadas pelo teste Tukey a 5%.
3.3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
3.3.1 CRESCIMENTO
52
Não houve interação significativa para diâmetro de colmo entre as fontes de
fósforo e saturações por bases (Figura 14). As diferentes saturações por bases
também não apresentaram diferenças significativas entre si. As diferentes fontes de
fósforo por sua vez apresentaram diferença estatística entre si, com incremento
positivo no diâmetro de colmo. Este resultado corrobora com os encontrados por
Leite (2006), que em trabalho com sorgo encontrou menor diâmetro de colmo
quando não utilizado o fósforo em trabalho com fertilização fosfatada.
A utilização do Arad como fonte fosfatada foi eficiente no aumento do
diâmetro das plantas de sorgo, porém o valor foi estatisticamente inferior aos obtidos
com o uso do superfosfato triplo (SFT) e do ARAD+SFT. Nestes dois tratamentos
(fontes) foram observados os maiores valores de diâmetro, 11,22 e 10,74 mm
respectivamente, sendo que não houve diferença estatística entre eles. Leite (2006)
também encontrou menores diâmetros de colmo em sorgo quando utilizado o fosfato
natural de Gafsa em comparação a utilização de superfosfato simples.
a
a
b
c
0
2
4
6
8
10
12
P0 ARAD SFT ARAD+SFT
FONTES DE FÓSFORO
Diâmetro de colmo, mm
Figura 14 – Diâmetro do colmo sorgo forrageiro, cultivado em um Latossolo Amarelo
de textura muito argilosa, em função de fontes de fósforo. UFRA, Belém-PA, 2007.
Letras distintas nas barras, indicam diferença significativa pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade.
Na variável altura de plantas houve interação entre fontes de fósforo e
saturações por bases (Figura 15). A altura de plantas na cultura do sorgo é uma
53
variável de crescimento importante por ser uma característica normalmente
correlacionada positivamente com as características de produção (LEITE, 2006).
A calagem proporcionou um aumento expressivo da altura de plantas, quando
na ausência de P, porém estes valores ainda foram bem inferiores quando interagiu
com a adubação fosfatada (ARAD, SFT e ARAD+SFT). Lucena (2000) em
experimento com milho obteve maiores alturas de plantas quando estas foram
submetidas à adubação fosfatada. Leite (2006) em trabalho com sorgo encontrou
menores alturas quando não utilizada adubação fosfatada em comparação com
fertilização com fosfato natural de Gafsa e fertilização com o fosfato super simples.
A maior altura de plantas foi obtida sob a fonte ARAD+SFT e 100% de
saturação por bases (Figura 15). Tanto na utilização desta fonte quanto na fonte
SFT, maior foi o incremento no crescimento das plantas de sorgo quanto maior a
saturação por bases. Resultados divergentes foram encontrados por Ferrari Neto
(1991) e Mitidieri (1995). Oliveira et al. (2000) em experimento com forrageira
tanzânia também obtiveram menores médias de altura de plantas com a elevação do
nível de calagem.
Já na utilização da fonte ARAD houve uma elevação na altura das plantas de
sorgo do nível de 39% para o nível de 60% de saturação por bases, havendo uma
queda dos valores desta variável no nível de 80% de saturação por bases, que por
sua vez, não apresentou diferença significativa para 100% de saturação por bases.
Resultado este corroborado por várias pesquisas, cuja eficiência do fosfato natural é
maior em solos mais ácidos.
54
Ŷ= -0,1827 +0,0139X R
2
= 0,95*
▲Ŷ = 1,5169 -0,0676X +0,0219X
2
R
2
= 0,99*
●Ŷ = 1,4267 +0,0809X -0,002X
2
R
2
= 0,98*
■Ŷ= 1,4438 +0,074X -0,015X
2
R
2
= 0,30*
-
0,50
1,00
1,50
2,00
20 40 60 80 100
SATURAÇÃO POR BASES, %
Altura de plantas, m
P0 ARAD SFT ARAD+SFT
Figura 15 – Altura de plantas de sorgo forrageiro, cultivado em um Latossolo
Amarelo de textura muito argilosa Amarelo, em função de fontes de fósforo e
saturações por base. UFRA, Belém-PA, 2007.
3.3.2 PRODUÇÃO DE MASSA VERDE E MASSA SECA
Os resultados para produção de massa verde e seca do sorgo apresentaram
interações significativas entre as fontes de fósforo e as saturações por bases, exceto
nas variáveis massa verde do colmo (Figura 18) e massa seca da raiz onde foram
encontradas apenas diferenças significativas entre as fontes de fósforo. Em todas
essas variáveis os valores apresentados quando utilizado a fonte P0 de fósforo
ficaram consideravelmente abaixo dos tratamentos, com adição de fósforo, sendo
que também apresentaram um incremento progressivo e linear na produção, em
relação à elevação dos níveis de saturação por bases.
A utilização da fonte ARAD+SFT combinado com a saturação por bases de
60% mostrou a maior produção de massa verde de panícula. Tanto sob esta fonte
quanto sob a fonte ARAD, as equações apresentadas foram quadráticas crescentes.
Quando a fonte foi SFT a equação apresentou efeito quadrático decrescente (Figura
16).
No tratamento sem P (P0) combinado com a saturação natural do solo de
39% não houve sequer formação de panícula (Figura 16). Tal resultado mostra a
importância da utilização do recurso da adubação fosfatada e da calagem, haja visto
que a panícula é a principal parte nutritiva da silagem do sorgo. Segundo Grant et al
55
(2001) um dos sintomas de deficiência de fósforo é a baixa ou nula produção de
sementes.
Na utilização do fosfato natural Arad na adubação do sorgo, tanto
individualmente (ARAD) quanto junto ao superfosfato triplo (ARAD+SFT), houve
elevação na produção de massa seca de panícula quando a saturação por bases foi
elevada para o nível de 60% e um comportamento regressivo ao se elevar o nível de
saturação por bases para 80 e 100%. Deve-se destacar que o maior valor desta
variável foi encontrado sob 60% de saturação por bases e tendo ARAD+SFT como
fonte fosfatada (Figura 17).
Na utilização da fonte SFT os valores encontrados foram de 19,46, 18,29,
21,76 e 21,55 g planta
-1
combinado com as saturações por bases de 39, 60, 80 e
100% respectivamente.
Ŷ = -2,6192 +0,0724X R
2
= 0,96*
■Ŷ = 5,0522 +0,6324X -0,0046X
2
R
2
= 0,86*
▲Ŷ = 64,125 -0,91X +0,0061X
2
R
2
= 0,82*
●Ŷ= -7,4292 +1,3545X -0,0097X
2
R
2
= 0,76*
-
15,00
30,00
45,00
20 40 60 80 100
SATURAÇÃO POR BASES, %
MV Panícula, g planta
-1
P0 ARAD SFT ARAD+SFT
Figura 16 – Massa verde (MV) de panícula de sorgo forrageiro, cultivado em um
Latossolo Amarelo de textura muito argilosa Amarelo, em função de fontes de
fósforo e saturações por base. UFRA, Belém-PA, 2007.
56
●Ŷ = -0,9529 +0,8014X -0,0057X
2
R
2
= 0,86*
Ŷ = -1,7793 +0,073X -0,0004X
2
R
2
= 0,92*
■Ŷ = 13,303 +0,2521X -0,0025X
2
R
2
= 0,98*
▲Ŷ = 20,313 -0,0632X +0,0008X
2
R
2
= 0,60*
-
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
20 40 60 80 100
SATURAÇAO POR BASES, %
MS Panícula, g panta
-1
P0 ARAD SFT ARAD+SFT
Figura 17 – Massa seca (MS) de panícula do sorgo forrageiro, cultivado em um
Latossolo Amarelo de textura muito argilosa, em função de fontes de fósforo e
saturações por base.
Na variável massa verde de colmo em relação às fontes de fósforo, houve
diferença significativa entre as três fontes de adubação fosfatada e a dose zero de
fósforo (P0), isto é, quando não houve incremento de fósforo as plantas de sorgo
apresentaram produção expressivamente abaixo das demais que por sua vez não
apresentaram diferença estatística entre si (Figura 18). Na produção de massa seca
de colmo sob a fonte P0 também se verificou valores abaixo dos apresentados com
a utilização de incremento de fósforo via fontes fosfatadas. Segundo Fancelli e Netto
(2000) a produção de colmos frágeis está relacionado a deficiência de fósforo, logo
isso pode explicar os baixos valores de produção de colmo.
Em relação à massa seca de colmo, o maior valor encontrado foi de 24,66 g
planta
-1
na utilização de SFT como fonte fosfatada e 39% de saturação por bases,
sendo que sob essa fonte os valores de produção decaíram gradativamente à
medida que se elevaram os níveis de saturação por bases (Figura 19).
Na utilização da fonte ARAD a maior produção de massa seca de colmo foi
obtida com a saturação natural do solo de 39% não havendo diferença estatística
significativa entre as saturações por bases de 60, 80 e 100%. Quando a fonte
fosfatada foi ARAD+SFT houve uma elevação da produção de massa seca de colmo
do nível de saturação por bases de 39% para o de 60% decaindo gradativamente
tais valores até 100% (Figura 19).
57
b
a
a
a
0
20
40
60
80
100
120
P0 ARAD SFT ARAD+SFT
FONTES DE FÓSFORO
MV Colmo, g planta
-1
Figura 18 – Massa verde (MV) de colmo do sorgo forrageiro, cultivado em um
Latossolo Amarelo de textura muito argilosa, em função de fontes de fósforo.
Letras distintas nas barras, indicam diferença significativa pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
Ŷ = -2,5582 +0,1229X -0,0007X
2
R
2
= 0,61*
■Ŷ = 41,493 -0,5981X +0,0037X
2
R
2
= 0,95*
●Ŷ = 10,421 +0,3568X -0,0029X
2
R
2
= 0,60*
▲Ŷ = 29,858 -0,119X R
2
= 0,94*
0
3
6
9
12
15
18
21
24
27
20 40 60 80 100
SATURAÇAO POR BASES, %
MS Colmo, g planta
-1
P0 ARAD SFT ARAD+SFT
Figura 19 – Massa seca (MS) de colmo de sorgo forrageiro, cultivado em um
Latossolo Amarelo de textura muito argilosa Amarelo, em função de fontes de
fósforo e saturações por base. UFRA, Belém-PA, 2007.
A massa verde de folhas, bem como massa seca de folhas, nas utilizações
das fontes ARAD, SFT e ARAD+SFT, apresentaram um ajuste quadrático de suas
respectivas equações em relação aos crescentes níveis de saturações por bases
(Figuras 20 e 21). Na utilização da fonte ARAD sob a saturação natural do solo
58
(39%) houve um incremento da produção em relação ao nível seguinte de 60%
havendo a partir daí uma queda gradativa conforme o aumento dos níveis de
calagem (Figura 20). A maior produção de massa seca de folhas, tal como massa
verde, foi maior ao nível de 60% de saturação por bases combinado com a fonte
ARAD sendo consideravelmente superior a todas as médias dessa variável no
experimento (Figuras 20 e 21). Kaminski e Peruzzo (1997) destacam que os
fosfatos naturais como o ARAD são fontes adequadas de fósforo em solos ácidos
devido a maior reatividade destas fontes sob essas circunstâncias e que o efeito
deletério da acidez do solo é compensado pela aplicação do fósforo. Isso pode
explicar a maior produção com ARAD e a saturação por bases intermediária de 60%.
Quando utilizada a adubação fosfatada, ou seja, quando incrementado P
através de uma das fontes fosfatadas, a menor produção de massa verde de folhas
foi encontrada sob o nível de 80% de saturação e sob ARAD+SFT (Figura 20). Já na
produção de massa seca, a menor produção foi verificada sob 100% de saturação e
a mesma fonte.
Ŷ = 1,5254 +0,0576X R
2
= 0,91*
■Ŷ= -39,369 +3,465X -0,0268X
2
R
2
= 0,57*
▲Ŷ = +48,22 +0,0388X +0,0004X
2
R
2
= 0,60*
●Ŷ = 39,892 +0,195X -0,0021X
2
R
2
= 0,36*
-
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
20 40 60 80 100
SATURAÇÃO POR BASES, %
MV Folhas, g planta
-1
P0 ARAD SFT ARAD+SFT
Figura 20 – Massa verde (MV) de folhas de sorgo forrageiro, cultivado em um
Latossolo Amarelo de textura muito argilosa Amarelo, em função de fontes de
fósforo e saturações por base. UFRA, Belém-PA, 2007.
59
●Ŷ= 0,6538 +0,0147X R
2
= 0,72*
■Ŷ =6,8406 +7,6656x -1,7594x
2
R
2
= 0,52*
▲Ŷ= 12,708 +0,0081X -0,0819X
2
R
2
= 0,88*
Ŷ = 8,5988 +2,573X -0,635X
2
R
2
= 0,75*
-
4
8
12
16
20
20 40 60 80 100
SATURAÇÃO POR BASES, %
MS Folhas, g planta
-1
P0 ARAD SFT ARAD+SFT
Figura 21 – Massa seca (MS) de folhas de sorgo forrageiro, cultivado em um
Latossolo Amarelo de textura muito argilosa Amarelo, em função de fontes de
fósforo e saturações por base.
A maior produção de massa verde da parte aérea encontrada foi na
combinação da fonte ARAD e 60% de saturação por bases (Figura 22) assim como
na produção de folhas isto pode ter ocorrido devido os fosfatos naturais como o
ARAD serem fontes adequadas de fósforo em solos com acidez elevada devido a
maior reatividade destas fontes sob essas circunstâncias e o efeito deletério da
acidez do solo é compensado pela aplicação do fósforo como definem Kaminski e
Peruzzo (1997).
Nas utilizações das fontes ARAD e ARAD+SFT para produção de massa
verde da parte aérea o comportamento foi semelhante em relação à combinação
com os crescentes níveis de saturação por bases, isto é, houve uma elevação nos
valores de produção quando a saturação por bases foi de 60% e partir desta houve
uma queda gradativa dos valores de produção conforme o aumento para 80 e 100%
de saturação por bases (Figura 22). Resultados diferentes foram encontrados por
Oliveira et al. (2000) em trabalho com Tanzânia no qual menor foi a produção de
massa verde dessa forrageira quanto maior foi a elevação na saturação por bases
assim como Ferrari Neto (1991) e Mitidieri (1995) também em trabalho com esta
gramínea.
Em relação à parte aérea, sob as fontes ARAD e ARAD+SFT mais uma vez
pode-se observar a elevação do acúmulo de matéria seca quando elevada de 39
60
para 60% a saturação por bases e, por conseguinte uma queda gradativa desses
valores quando aumentados os níveis de saturação por bases para 80 e 100%.Na
utilização do SFT, por sua vez, houve maior foi o acúmulo de massa seca da parte
aérea quanto menor os valores de saturação por bases (Figura 23).
A maior produção de massa seca da parte aérea foi encontrada quando
combinado a fonte ARAD+SFT e a saturação por bases de 60%.
Ŷ = -1,5674 +0,3134X R
2
= 0,98*
■Ŷ= 59,162 +4,7917X -0,0381X
2
R
2
= 0,77*
▲Ŷ = 203,83 -0,2517X +0,0005X
2
R
2
= 0,73*
●Ŷ = 45,005 +4,7447X -0,0381X
2
R
2
= 0,81*
-
50
100
150
200
250
20 40 60 80 100
SATURAÇAO POR BASES, %
MV Parte Aérea, g planta
-1
P0 ARAD SFT ARAD+SFT
Figura 22 – Massa verde (MV) da parte aérea de sorgo forrageiro, cultivado em
um Latossolo Amarelo de textura muito argilosa Amarelo, em função de fontes
de fósforo e saturações por base.
Ŷ = -7,4321 +0,3225X -0,0019X
2
R
2
= 0,80*
■Ŷ = 49,712 +0,2797X -0,0036X
2
R
2
= 0,93*
▲Ŷ = 59,021 -0,0518X -0,0003X
2
R
2
= 0,95*
●Ŷ = 2,6583 +1,6504X -0,012X
2
R
2
= 0,66*
-
10
20
30
40
50
60
70
20 40 60 80 100
SATURAÇÕES POR BASES, %
MS Parte Aérea, g planta
-1
P0 ARAD SFT ARAD+SFT
61
Figura 23 – Massa seca (MS) da parte aérea de sorgo forrageiro, cultivado em um
Latossolo Amarelo de textura muito argilosa Amarelo, em função de fontes de
fósforo e saturações por base.
A menor massa seca de raiz foi encontrada na ausência de adubação
fosfatada, ou seja, na fonte P0 com valores consideravelmente abaixo dos demais
tratamentos com adição de fósforo (Figura 24). Grant et al (2001) relatam que dentre
os efeitos dos sintomas de deficiência de fósforo encontram-se a redução de
brotação e desenvolvimento das raízes secundárias, o que pode explicar o resultado
deste trabalho.
b
a
a
a
-
1,00
2,00
3,00
Massa Seca de
4,00
6,00
7,00
P0 ARAD SFT ARAD+SFT
Rai
-1
Figura 24 – Massa seca (MS) da raiz do sorgo forrageiro, cultivado em um Latossolo
Amarelo de textura muito argilosa, em função de fontes de fósforo e saturações por
base.
Letras distintas nas barras, indicam diferença significativa pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
3.3.3 RELAÇÃO RAIZ E PARTE AÉREA
Todas as equações de regressão da variável relação raiz : parte aérea se
ajustaram a funções quadráticas decrescentes. O maior valor para esta variável foi
encontrado na combinação da fonte SFT e saturação natural do solo de 39%, no
valor de 31,28%. Esta foi a única variável estudada no presente trabalho em que os
valores sujeitos a fonte P0 não ficaram consideravelmente abaixo aos encontrados
sob as demais fontes fosfatadas (Figura 25).
5,00
z, g planta
62
Vários autores têm observado que o aumento da disponibilidade de P no solo
reduz a relação raiz/parte aérea, em virtude de maiores aumentos na produção de
matéria seca da parte aérea do que da raiz (Martinez et al., 1993). Porém, tal
comportamento não deve ser generalizado para todas as espécies de plantas.
s nutrientes limitam o crescimento das
plantas, principalmente P e N, as raíze renos relativamente mais fortes
Segundo Clarkson (1985), quando algun
s tornam-se d
para carboidratos em relação à parte aérea, ocorrendo com isso, redução desta
antes que as raízes sejam afetadas. Também a redução do crescimento da parte
aérea em condições de deficiência de P pode estar relacionada com o decréscimo
da produção de citocinina nas raízes e a redução da translocação desta para a parte
aérea (Sattelmacher; Marshner, 1978). A citocinina está envolvida na senescência
das folhas, e de forma indireta no fechamento dos estômatos.
.
Ŷ = 57,413 -1,101X +0,0067X
2
R
2
= 0,99*
■Ŷ = 40,725 -0,685X +0,0044X
2
R
2
= 0,37*
▲Ŷ = 79,019 -1,6634X +0,0107X
2
R
2
= 0,91 *
●Ŷ = 23,482 -0,4737X +0,0046X
2
R
2
= 0,99*
-
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
35,00
20 40 60 80
Raiz : Parte Aérea (%)
100
SATURAÇÃO POR BASES, %
P0 ARAD SFT ARAD+SFT
Figura 25 – Relação raiz:parte aérea de sorgo forrageiro, cultivado em um Latossolo
Amarelo de textura muito argilosa, em função de fontes de fósforo e saturações por
bases.
63
3.4 CONCLUSÕES
As fontes de P e a calagem influenciaram positivamente o crescimento e a
produção do sorgo forrageiro.
A fonte ARAD+SFT combinada com a saturação por bases de 60% foi a que
promoveu maiores produções de massa seca e massa verde da parte aérea
Sob a fonte SFT e a saturação por bases natural do solo foi encontrada a
maior relação raiz e parte aérea.
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67
ANEXO
ância para diâmetro do colmo (DC) e
Tabela 4 - Quadrado médio e níveis de signific
altura de planta (AP) do sorgo forrageiro, cultivado em um Latossolo Amarelo, em
função de doses de fósforo e de nitrogênio. UFRA, Belém-PA, 2007.
Variação G.L. DC AP
Fósforo
3 3,13 52,23
Nitrogênio
2 3,97 453,05
N*P
6 7,05 64,88
ral
13,97 157,4
* Significativo a 5% pelo teste F
Resíduo
24 7,43 453,58
C.V. (%)
19,51 13,53
Média Ge
abela 5 - Quadrado médio e níveis de significância para massa verde de colmo
VC), massa verde de folhas (MVF) , massa verde de panícula (MVP) e massa
erde da parte aérea (MVPA) do sorgo forrageiro, cultivado em um Latossolo
marelo, em função de doses de fósforo e de nitrogênio. UFRA, Belém-PA, 2007.
Fonte de G.L. Quadrado Médio
T
(M
v
A
Variação MVC MVF MVP MVPA
Fósforo
2 61495279,10 4521503,83 10041615,82 120211060,10
Nitrogênio
3 104364052,90 14454420,83 17898421,96 279570547,98
N*P
6 20072046,95 2457115,60 10223839,02 48354964,90
Resíduo
24 12186364,68 1560843,80 3802040,79 33962281,62
C.V. (%)
14,1 16,39 13,36
Média Geral
24593,4 11896,62 43615,72
* Significativo a 5% pelo teste F
9 17,71
9 7042,27
68
Tabela 6 - Quadrado médio e níveis de significância para massa seca de colmo
(MVC), massa s (MSF), m ssa seca d cula ( massa seca
da parte aérea ivado em um Latossolo Amarelo, em
função de doses de fósforo e de nitrogênio. UFRA, Belém-PA, 2007.
Fonte de G.L. Quadrado Médio
seca de folha a e paní MSP) e
(MSPA) do sorgo forrageiro, cult
Variação MSC MSF MSP MSPA
Fósforo
2 7139653,8 564249,97 1240627,85 16514374,26
Nit
N*
Re
C.V. (%)
13,56 16,41 15,17 11,82
al
7747,13 9 12980,08
ivo a 5% pelo te
rogênio
3 20811820,98 1757770,73 3184228,6 55483955,64
P
6 1964610,26 349315,29 1213154,33 6723393,43
síduo
24 1103635,86 93064,59 262074,39 2354497,32
Média Ger
1859,46 3373,4
* Significat ste F
Tabela 7 - Qu ado ei
colm :parte aérea (C panícula aérea do sorgo eiro,
m um Latosso , em e do foro e ênio.
Fonte de G.L. Quadrado Médio
adr médio e nív s de significância da relação folha:parte aérea
(F:PA), o :PA), :parte (P:PA) forrag
cultivado e lo Amarelo função d ses de fós de nitrog
UFRA, Belém-PA, 2007.
Variação F:PA C:PA P:PA
Fósforo
2
,20 43,86 39,69 6
Nitrogênio
3
48,33 15,81
N*P
6
,95 33,58 38,14
Resíduo
24
,74
10,97
7,85
C.V. (%)
11,20 5,87 10,25
Média Geral
16,12 56,37 27,32
* Significativo a 5% pelo teste F
11,39
7
3
69
Tabela 8 - Quadrado médio e níveis de significância do diâmetro de colmo (DC) e
altura de planta (AP) sorgo forrageiro, cultivado em um Latossolo Amarelo de textura
muito argilosa, em função de fontes de fósforo. UFRA, Belém-PA, 2007.
Fonte de G.L. Quadrado Médio
Variação DC AP
Calagem
3 3,3 0,25
Fonte de P
3
34
116,6 2,34
Cal X Fontes de P
,760,12
uo
1,69 0,03
(%)
13,44
ia Geral
9,1 1,35
ificativo 5% pelo t
Resíd
48
C.V.
14,22
Méd
3
* Sign a este F
Tabela 9 - Quadrado médio e níveis de significância para massa verde de colmo
(MVC), massa verde de folhas (MVF) , massa verde de panícula (MVP) e massa
erde da parte aérea (MVPA) do sorgo forrageiro, cultivado em um Latossolo
marelo de textura muito argilosa, em função de fontes de fósforo. UFRA, Belém-
PA, 2007.
Fonte de G.L. Quadrado Médio
v
A
Variação MVC MVF MVP MVPA
Calagem
3 341,72 456,59 24,23 1835,84
Fonte de P
3 32617,24 8983,33 3501,29 108024,4
Cal X Fontes de P
3
213,51
385,46
67,84 963,85
Resíduo
48 143,96 105,41
29,58 275,17
C.V. (%)
15,11 25,87 22,99 11,62
Média Geral
79,42 39,70 23,65 142,77
* Significativo a 5% pelo teste F
70
abela 10 - Quadrado médio e níveis de significância para massa seca de colmo
SC), massa seca de folhas (MSF) , massa seca de panícula (MSP) e massa seca
G.L. Quadrado Médio
T
(M
da parte aérea (MSPA) do sorgo forrageiro, cultivado em um Latossolo Amarelo de
textura muito argilosa, em função de fontes de fósforo. UFRA, Belém-PA, 2007.
Fonte de
Variação MSC MSF MSP MSPA
Calagem
3 41,08 5,65 191,0322,51 3
Fonte de P
3 1306,58 ,52 ,24 ,75
tes de P
9 8 3
2 8
16,03
ral
15,81
tivo a 5% lo te F
428 1472 8836
Cal X Fon
3
21,0 10,6 33,19 85,0
Resíduo
48
6,4
2,93
10,52 24,3
C.V. (%)
18,51 21,24 12,24
Média Ge
9,24 15,26 40,32
* Significa pe tes
Tabela 11 - Quadrado médio e níveis de significância para relação raiz:parte aérea
:PA) do sorgo forrageiro, cultivado em um Latossolo Amarelo de textura muito
rgilosa, em função de fontes de fósforo. UFRA, Belém-PA, 2007.
Fonte de G.L. Quadrado Médio
(R
a
Variação R:PA
Calagem
3 87,57
Fonte de P
3 240,31
Cal X Fontes de P.
3
90,07
Resíduo
48
12,66
C.V. (%)
20,43
Média Geral
17,41
* Significativo a 5% pelo teste F
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