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Universidade Federal do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza
Instituto de Química
Departamento de Química Orgânica
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Rio de Janeiro
Agosto, 2006
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ESTUDOS DE OTIMIZAÇÃO DO PROTÓTIPO
ANTIINFLAMATÓRIO LASSBio-259
Débora Faoro
TESE DE DOUTORADO REALIZADA NO LABORATÓRIO DE AVALIAÇÃO E
SÍNTESE DE SUBSTÂNCIAS BIOATIVAS (LASSBio) – FACULDADE DE
FARMÁCIA – UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO, SOB A
ORIENTAÇÃO DE:
PROF. DR. ELIEZER J. BARREIRO
PROF. DR. CARLOS ALBERTO MANSSOUR FRAGA
Rio de Janeiro
Agosto, 2006
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ii
ESTUDOS DE OTIMIZAÇÃO DO -PROTÓTIPO
AINTIINFLAMATÓRIO LASSBio-259
Débora Faoro
Tese submetida ao Departamento de Química Orgânica do Instituto de Química da
Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ, como parte dos requisitos
necessários à obtenção do grau de Doutor em Ciências.
Aprovada por:
Eliezer J. Barreiro (LASSBio – FF – UFRJ) – Presidente
Carlos Alberto Manssour Fraga (LASSBio – FF – UFRJ)
Hugo Cerecetto (Universidad de la Republica - Uruguai)
Nilo Zanatta (DQ - UFSM)
Vitor Francisco Ferreira (IQ - UFF)
Lídia Moreira Lima (LASSBio – FF – UFRJ)
Ângelo da Cunha Pinto (DQO – IQ - UFRJ)
Carlos R. Kaiser (DQO - IQ - UFRJ)
iii
Tese apresentada como um dos requisitos para a obtenção do grau de Doutor
em Ciências, junto ao Instituto de Química da Universidade Federal do Rio de
Janeiro
iv
FICHA CATALOGRÁFICA
FAORO, Débora.
Estudos de Otimização do Protótipo Antiinflamatório
LASSBio-259/
Débora Faoro. Rio de Janeiro: UFRJ/
Instituto de Química, 2006.
xxxi, 149 p.; ANEXO, 114 p.
(Tese) - Universidade Federal do Rio de Janeiro,
Instituto de Química, 2006.
1. Benzofenonas. 2. Antiinflamatórios.
3. Analgésicos. 4. Otimização estrutural.
5. Tese (Dout. – IQ-UFRJ).
I. Universidade Federal do Rio de Janeiro
II. Título.
v
AGRADECIMENTOS
Aos Professores Doutores Eliezer J. Barreiro e Carlos Alberto Manssour
Fraga, pelas discussões científicas e pela oportunidade de realizar o
trabalho no Laboratório de Avaliação e Síntese de Substâncias Bioativas
(LASSBio), Faculdade de Farmácia, UFRJ.
À Profª. Dra. Ana Luísa Palhares de Miranda e seus orientados de inicição
cinetífica Cléverton Kleiton Freitas de Lima, Daniel F. Schulz e Milla Fumian
do LASSBio, Faculdade de Farmácia, UFRJ, pelo trabalho em colaboração
referente aos ensaios farmacológicos in vivo e in vitro, pelas discussões,
pela convivência diária no laboratório e pela amizade.
Aos colegas e amigos Alexandra B. Lopes, Aline Fraga, Ana Paula
Rodrigues, André de Paula, Angélica Lima, Anna Benite, Arthur Kümmerle,
Bruno Andrade, Carolina de Mattos Duarte, Célia Correa, Cínthia Luna
Torreão, Cléverton Kleiton Freitas de Lima, Daniel Schulz, Danilo
Sant’anna, Débora Faoro, Fernanda Brito, Fernanda Oliveira, Fernando
Rodrigues, Gilberto Silva, Heleno Bezerra-Netto, Ibelza Melo, Jean Santos,
Leandro Silva, Luiz Romeiro, Mariana Duarte, Mariana Vilella, Márcia
Veloso, Milla Fumian, Monique Brito, Nelilma Romeiro, Ramon Leite,
Renata Lacerda, Ricardo Menegatti, Rodrigo Peres, Vagner Pinho, Valter
Gonçalves, do LASSBio, com os quais convivi durante a realização deste
trabalho.
Ao grande amigo Jorge L. M. Tributino, pela amizade, convivência e apoio.
Aos meus familiares Anete Terezinha Faoro, José Adilir Faoro, Gisele Faoro
e Leandro Faoro pelo total e incondicional apoio.
vi
Aos velhos e novos amigos gaúchos, mineiros e cariocas Ana Paula
Queiroz, Danilo, Edinéia Franz, Eduardo Costa Pinto, Evandro Goulart,
Fernanda Grave, Joel Franz, Maíra Refatti, Majulaine Copetti, Roberto
Queiroz, Rodrigo Rigon, Rodrigo Peres, Rogério Lourega, Simone Silva,
Shan Santo, Thiago, Wilson Cúnico, pela amizade e pelo suporte.
À Rodrigo Correa, por todos os ótimos momentos e pelo grande incentivo
na etapa de redação da tese.
À Central Analítica do IQ-UFRJ pelos espectros de ressonância magnética
nuclear e de infravermelho.
Aos órgãos CNPq, CAPES, FUJB, FAPERJ e ao programa PRONEX, pelo
apoio financeiro.
Antecipadamente, aos membros da banca examinadora pelo aceite do
convite.
vii
SUMÁRIO
RESUMO xi
ABSTRACT xiii
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS xiv
ÍNDICE DE FIGURAS xvi
ÍNDICE DE ESQUEMAS xx
ÍNDICE DE TABELAS xxi
ÍNDICE DE GRÁFICOS xxiv
LISTA DE ESPECTROS xxvi
1. INTRODUÇÃO 1
1.1. COMPOSTO-PROTÓTIPO 1
1.2. OTIMIZAÇÃO DO COMPOSTO-PROTÓTIPO 9
1.2.1 SIMPLIFICAÇÃO MOLECULAR 11
1.2.2 RESTRIÇÃO CONFORMACIONAL 15
1.2.3 BIOISOSTERISMO 19
1.2.4 ESTRATÉGIAS DE OTIMIZAÇÃO UTILIZANDO MODELAGEM
MOLECULAR
26
1.3 A DESCOBERTA DE NOVO CANDIDATO A PROTÓTIPO DE
FÁRMACO ANTIINFLAMATÓRIO (LASSBio-259)
35
2. OBJETIVOS E PLANEJAMENTO ESTRUTURAL 45
2.1 PLANEJAMENTO ESTRUTURAL DOS NOVOS COMPOSTOS 91-
95 A PARTIR DO COMPOSTO-PROTÓTIPO ANTIINFLAMATÓRIO E
ANALGÉSICO LASSBio-259
45
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO 48
viii
3.1. SÍNTESE DOS NOVOS COMPOSTOS PLANEJADOS 48
3.1.1 SÍNTESE DOS COMPOSTOS DAS SÉRIES 91 E 92,
PLANEJADOS ESTRUTURALMENTE A PARTIR DO COMPOSTO-
PROTÓTIPO ANTIINFLAMATÓRIO E ANALGÉSICO LASSBio-259
(85a)
48
3.1.2 SÍNTESE DOS NOVOS DERIVADOS DAS SÉRIES 93, 94 E 92,
PLANEJADOS ESTRUTURALMENTE A PARTIR DO COMPOSTO-
PROTÓTIPO ANTIINFLAMATÓRIO E ANALGÉSICO LASSBio-259
(85a)
56
3.2. AVALIAÇÃO FARMACOLÓGICA DOS NOVOS COMPOSTOS
SINTETIZADOS
62
3.2.1. AVALIAÇÃO DO PERFIL ANTIINFLAMATÓRIO, ANALGÉSICO E
ANTIAGREGANTE PLAQUETÁRIO DOS COMPOSTOS DAS SÉRIES
91 E 92
62
3.2.2. AVALIAÇÃO DO PERFIL ANTIINFLAMATÓRIO, ANALGÉSICO E
ANTIAGREGANTE PLAQUETÁRIO DOS COMPOSTOS DAS SÉRIES
93, 94 E 95
72
4. CONCLUSÕES E PERSPECTIVAS 88
5. PARTE EXPERIMENTAL 90
5.1. SÍNTESE DOS COMPOSTOS DAS SÉRIES (91-95) 90
5.1.1 OBTENÇÃO DO DERIVADO (1,3-BENZODIOXOL-5-
IL)(FENIL)METANOL (97) (LAGES et al, 1998)
91
5.1.2 OBTENÇÃO DO DERIVADO 5-BENZIL-1,3-BENZODIOXOLA (99)
(LAGES et al, 1998)
93
5.1.3 OBTENÇÃO DO DERIVADO 5-BENZIL-6-NITRO-1,3- 95
ix
BENZODIOXOLA (LASSBio-1067) (91a)
5.1.4 OBTENÇÃO DO DERIVADO 6-AMINO-5-BENZIL-1,3-
BENZODIOXOLA (LASSBio-1068) (91b) (LAGES et al, 1998)
97
5.1.5 OBTENÇÃO DO DERIVADO N-(6-BENZIL-1,3-BENZODIOXOL-5-
IL)ACETAMIDA (LASSBIO-1069) (91c) (LAGES et al, 1998)
99
5.1.6 OBTENÇÃO DO DERIVADO (1,3-BENZODIOXOL-5-
IL)(FENIL)METANONA (100) (QUICI e REGEN, 1979)
101
5.1.7 OBTENÇÃO DO DERIVADO (6-NITRO-1,3-BENZODIOXOL-5-
IL)(FENIL)METANONA (LASSBiO-1045) (92a)
103
5.1.8 OBTENÇÃO DO DERIVADO (6-AMINO-1,3-BENZODIOXOL-5-
IL)(FENIL)METANONA (LASSBio-1046) (92b) (LAGES et al., 1998)
105
5.1.9 OBTENÇÃO DOS DERIVADOS N-(6-BENZOIL-1,3-
BENZODIOXOL-5-IL)METANOSULFONAMIDA (LASSBio-1065) (92c) e
N-(6-BENZOIL-1,3-BENZODIOXOL-5-IL)ACETAMIDA(LASSBio-1066)
(92d) (LAGES et al., 1998)
107
5.1.10 OBTENÇÃO DOS DERIVADOS 6-METIL-1,3-BENZODIOXOL-5-
IL(FENIL)METANONA SUBSTITUÍDAS (93a-c e 93h) (GRASSO et al.,
2000)
110
5.1.11 OBTENÇÃO DO DERIVADO (4-AMINOFENIL)(6-METIL-1,3-
BENZODIOXOL-5-IL)METANONA (LASSBio-976) (93d )(LAGES et al.,
1998)
114
5.1.12 OBTENÇÃO DOS DERIVADOS N-{4-[(6-METIL-1,3-
BENZODIOXOL-5-IL)CARBONIL]FENIL}METANOSULFONAMIDA
(93e), N-{4-[(6-METIL-1,3-BENZODIOXOL-5-
IL)CARBONIL]FENIL}ACETAMIDA (93f) e N-{4-[(6-METIL-1,3-
116
x
BENZODIOXOL-5-IL)CARBONIL]FENIL}BENZAMIDA (93g) (LAGES et
al., 1998)
5.1.13 OBTENÇÃO DO DERIVADO ÁCIDO 4-[(6-METIL-1,3-
BENZODIOXOL-5-IL)CARBONIL]BENZOICO (LASSBio-1042) (93i)
119
5.1.14 OBTENÇÃO DO DERIVADO 4-[(6-METIL-1,3-BENZODIOXOL-5-
IL)CARBONIL]BENZOIDRAZIDA (LASSBio-1043) (93j)
121
5.1.15 OBTENÇÃO DOS DERIVADOS (6-METIL-1,3-BENZODIOXOL-5-
IL)[4-(METILSULFONIL)FENIL]METANOL (LASSBio-974) (94a) e (6-
METIL-1,3-BENZODIOXOL-5-IL)(4-NITROFENIL)METANOL (LASSBio-
1040) (94b) (BARREIRO, et al., 1985)
123
5.1.16 OBTENÇÃO DOS DERIVADOS 5-METIL-6-[4-
METILSULFONIL)BENZIL]-1,3-BENZODIOXOLA (LASSBio-975) (95a)
E 5-METIL-6-(4-NITROFENIL)-1,3-BENZODIOXOLA (LASSBio-1041)
(95b) (LAGES et al., 1998)
126
5.2 AVALIAÇÃO FARMACOLÓGICA DOS COMPOSTOS (91-95) 129
5.2.1 ENSAIO DE EDEMA DE PATA DE RATO INDUZIDO POR
CARRAGENINA (FERREIRA,1979)
129
5.2.2 POTENCIAL ULCEROGÊNICO (CHAN et al., 1995)
130
5.2.3 ENSAIO DE CONTORÇÃO ABDOMINAL INDUZIDA POR ÁCIDO
ACÉTICO (WHITTLE, 1964; COOLIER et al., 1968)
131
5.2.4 ENSAIO DA PLACA QUENTE EM CAMUNDONGOS (KURAISHI
et.al., 1983)
132
5.2.5 ENSAIO DE AGREGAÇÃO PLAQUETÁRIA INDUZIDA POR
ÁCIDO ARAQUIDÔNICO, COLÁGENO E ADP (BORN & CROSS, 1968)
133
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 134
xi
RESUMO
O presente trabalho descreve o planejamento, a síntese e a
avaliação das propriedades farmacológicas de novos derivados 1,3-
benzodioxólicos funcionalizados (91 - 95), planejados estruturalmente como
análogos otimizados do protótipo LASSBio-259 (85a), candidatos a protótipos
de fármacos analgésicos e antiinflamatórios.
Os novos derivados sintetizados (91 - 95) foram submetidos a
ensaios in vivo em protocolos clássicos de inflamação e analgesia,
identificando-se os derivados N-(6-benzoil-1,3-benzodioxol-5-
il)metanosulfonamida (LASSBio-1065) (92c), (6-metil-1,3-benzodioxol-5-il)(4-
nitrofenil)metanona (LASSBio-973) e N-{4-[(6-metil-1,3-benzodioxol-5-
il)carbonil]fenil}acetamida (LASSBio-986) (93f) como candidatos mais
promissores.
O derivado LASSBio-1065 (92c) foi capaz de inibir o edema de pata
de rato induzido por carragenina em 32,5% (100 µmol/kg, p.o.) e as contorções
abdominais induzidas pro ácido acético em camundongos em 36,7% (100
µmol/kg, p.o.). Em contraste, os derivados da série 93 apresentaram um perfil
analgésico predominante. Os compostos LASSBio (973) (93c) e LASSBio-986
(93f) apresentaram importantes efeitos analgésicos centrais e periféricos (ED
50
= 20,54 µmol/kg e 54,94 µmol/kg, respectivamente).
Desta forma, constatou-se que os estudos de otimização estrutural
do composto-protótipo antiinflamatório e analgésico LASSBio-259 (85a)
resultou na obtenção de novos compostos-protótipos, i.e. LASSBio-1065 (92c),
LASSBio-973 (93c) e LASSBio-986 (93f), demonstrando a importância das
xii
estratégias de modificação molecular da Química Medicinal para o
planejamento racional de novos candidatos a fármacos.
xiii
ABSTRACT
We describe herein the design, synthesis and pharmacological
evaluation of new functionalized 1,3-benzodioxole derivatives (91 - 95),
structurally designed as novel optimized analogs of lead LASSBio-259 (85a),
candidates to anti-inflammatory and analgesic lead-compounds.
The new synthesized derivatives (91 - 95) were submitted to in vivo
classical inflammation and analgesic assays, in which N-(6-benzoyl-1,3-
benzodioxol-5-yl)methanesulfonamide (LASSBio-1065) (92c), (6-methyl-1,3-
benzodioxol-5-yl)(4-nitrophenyl)methanone (LASSBio-973) (93c) and N-{4-[(6-
methyl-1,3-benzodioxol-5-yl)carbonyl]phenyl}acetamide (LASSBio-986) (93f)
derivatives as the most promising candidates.
LASSBio-1065 (92c) was able to reduce the carragenaan-induced rat
paw edema in 32.5% (100 µmol/kg, p.o.) and the acetic acid solution-induced
constrictions in mouse in 36.7% (100 µmol/kg, p.o.). While the new derivatives
93 presented very important analgesic activity profile. LASSBio-973 (93c) and
LASSBio-986 (93f) have presented important central and peripheral (ED
50
=
20.54 µmol/kg and 54.94 µmol/kg, respectively).analgesics profiles.
Finally, the rational basis adopted for the optimization of anti-
inflammatory and analgesic properties of the lead-compound LASSBio-259
(85a) was successful, resulting in the identification of novel lead-compounds,
i.e. LASSBio-1065 (92c), LASSBio-973 (93c) and LASSBio-986 (93f), showing
the importance of molecular modification strategies of Medicinal Chemistry for
rational design of new candidates of drugs.
xiv
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
δ - deslocamento químico
AA - ácido araquidônico
ADME – absorção, distribuição, metabolização e excreção
ADMET – absorção, distribuição, metabolização, excreção e propriedades
toxicológicas
ADP – dofsfato de adenosina
AINEs – antiinlamatórios não-esteroidais
Cat-G – catepsina-G
CCF - cromatografia em camada fina
CoMFA – Comparative Molecular Field Analysis
CoMSIA - Comparative Molecular Similarity Indices Analysis
COX -ciclooxigenase
DE
50
- dose efetiva para alcançar 50% do efeito máximo
GPVI – glicoproteína VI
Hz - Hertz
IC
50
- concentração inibitória de 50% da atividade máxima
IGF – interconversão de grupos funcionais
IV - infravermelho
J - constante de acoplamento
ligação-H - ligação de hidrogênio
PD – fase farmacodinâmica
PDB – Protein Data Bank
PRP – plasma rico em plaquetas
xv
ppm - partes por milhão
RMN - ressonância magnética nuclear
QSAR – relação quantitativa entre a estrutura química e a atividade
SAR – relação estrutura química e atividade
SNC - sistema nervoso central
TNFα – fator de necrose tumoral alfa
TXA
2
- tromboxana A
2
TXS – tromboxana sintase
UV - ultravioleta
xvi
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1 Exemplos de interações fármacos-biorreceptores (adaptado de
SILVERMAN, 2004).............................................................................................9
Figura 2 Estudos de relação entre a estrutura-química e a atividade biológica
(SAR) de derivados da morfina (15) (adaptado de MCCURDY, 2006).............11
Figura 3 - Simplificações moleculares sucessivas (representadas em vermelho)
do protótipo natural morfina (15)........................................................................13
Figura 4 – Simplificação molecular da quinina (31)..........................................14
Figura 5 Simplificação molecular da guanosina (36), originando o fámaco
aciclovir (37) (ELION, 1977)..............................................................................15
Figura 6 Restrição conformacional na gênese do remoxiprida (42) a partir
das benzamidas (adaptado de BARREIRO e FRAGA, 2001)...........................17
Figura 7 – Restrição conformacional da morfina (15).......................................18
Figura 8 Gênese dos fármacos frovatriptano (47) e naratriptano (48) por
anelação da triptamida (45) e sumatriptano (46), respectivamente (adaptado de
BARREIRO e FRAGA, 2001; SANDERS-BUSH e MAYER, 2003)...................19
Figura 9 Bioisosterismo entre hidroxila fenólica em (50) pela subunidade
metilsulfonilamino em (51), antagonistas de receptores GNRh (LIN et al.,
2001)..................................................................................................................22
Figura 10 Troca isostérica da hidroxila fenólica em (52) pela subunidade
metilsulfonilamino em (53) resultando num decréscimo de afinidade..............22
Figura 11 - Utilização do bioisosterismo clássico de átomos divalentes na
otimização do protótipo talidomida (54) (adaptado de ZHU et al., 2003)..........23
xvii
Figura 12 Bioisosterismo clássico de anéis na gênese de antiinflamatórios
não-esteroidais de segunda geração.................................................................24
Figura 13 Gênese de novos derivados ativadores de canais de K
ATP
(64) e
(65) pela troca bioisostérica da subunidade N-cianoguanidina presente no
pinavidil (63) (adaptado de BUTERA et al., 2000; LIMA e BARREIRO,
2005)..................................................................................................................25
Figura 14 – (A) Representação do composto (66) no sítio ativo da catepsina G;
(B) Interações de ligação de hidrogênio do composto (66) no sítio ativo
representadas pelas linhas pontilhadas vermelhas; (C) Representação
esquemática das interações do composto (66) no sítio ativo da catepsina G
(adaptado de GRECO et al, 2002; MARYANOFF, 2004)..................................27
Figura 15 Estrutura e atividade dos novos derivados obtidos de inibidores de
catepsina-G e a representação do composto mais potente (72) no sítio ativo da
enzima obtida através de estudos de docking (adaptado GRECO et al, 2002;
MARYANOFF, 2004).........................................................................................29
Figura 16 Banco de dados utilizado para os estudos de QSAR 3D e docking
flexível (SHENG et al., 2006).............................................................................30
Figura 17 (A) Mapa de contorno do campo eletrostático do CoMFA áreas
favoráveis a substituintes positivamente carregados em vermelho; (B) Mapa de
contorno do campo estérico do CoMFA - áreas estericamente favorecidas em
verde; (C) Mapa de contorno do campo hidrofóbico do CoMSIA – regiões
favorecidas com substituintes hidrofóbicos em verde; (D) Resultado do docking
flexível do composto (72) no sítio ativo da CACYP51 (adaptado de SHENG et
al., 2006)............................................................................................................31
xviii
Figura 18 - Modelo farmacofórico baseado no biorreceptor-alvo e gênese das
novas séries de agentes antifúngicos planejadas racionalmente (adaptado
SHENG et al., 2006)..........................................................................................34
Figura 19 Índice de seletividade (IS = IC
50
COX-1/IC
50
COX-2) dos AINESs:
indometacina (79), celecoxib (60) e etoricoxib (62) no modelo de sangue total
(RIENDEAU et al.,2001)....................................................................................35
Figura 20 Índice de seletividade (IS = IC
50
COX-1/IC
50
COX-2) dos sulidos:
nimesulido (80), NS-398 (81), flosulido (82) e L-745,337 (83). (A) Inibição de
COX-1 e COX-2 no modelo de sangue total (DANNHARDT e KIEFER, 2001;
RIENDEAU et al.,2001); (B) Inibição da produção de PGE
2
em células CHO
trasfectadas com COX-1 e COX-2 humanas (LI et al., 1995; RIENDEAU et
al.,1997).............................................................................................................36
Figura 21 Planejamento estrutural dos safrosulidos 85 a partir do flosulido
(82) (LAGES et al., 1998)..................................................................................37
Figura 22 Estudos de dinâmica molecular dos derivados (85). (A)
Sobreposição dos complexos entre os retroisósteros (85a, LASSBio-259) e
(85c) e os resíduos do sítio ativo da COX-2; (B) Representação do complexo
entre (85d) e os resíduos do sítio ativo da COX-2 (RODRIGUES et al.,
1998)..................................................................................................................40
Figura 23 Planejamento estrutural das novas séries de derivados 91 - 95 a
partir do composto-protótipo antiinflamatório e analgésico LASSBio-259
(85a)...................................................................................................................47
Figura 24 – Espectro de ultra-violeta da benzofenona (100)............................53
xix
Figura 25 – Principais bandas de absorção nos espectros de IV dos compostos
(100), (91c), (92c) e (92d) caracterizando a participação de ligação-H
intramolecular em (92c) e (92d)........................................................................55
xx
ÍNDICE DE ESQUEMAS
Esquema 1 Análise retrossintética dos novos compostos das ries 91 e 92
planejados estruturalmente a partir do composto-protótipo antiinflamatório e
analgésico LASSBIO-259 (85a).........................................................................49
Esquema 2 Rota sintética para a obtenção dos derivados das séries 91 e 92
a partir do safrol (84)..........................................................................................52
Esquema 3 Análise retrossintética dos compostos das séries 94, 95 e 96
planejados estruturalmente a partir do composto-protótipo antiinflamatório e
analgésico LASSBio-259 (85a)..........................................................................56
Esquema 4 Rota sintética para a obtenção dos compostos da rie 93 a
partir do safrol (84).............................................................................................58
Esquema 5 – Rota sintética para a obtenção dos compostos das séries 94 e 95
a partir das benzofenonas 93, correspondentes................................................60
xxi
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1 - Processo de otimização de compostos-protótipos a fármacos, com
aumento do peso molecular e da lipofilicidade(TEAGUE, et al., 1999)...............5
Tabela 2 - Comparação estatística das propriedades moleculares* de rmacos
de diferentes bancos de dados com biodisponibilidade oral versus paclitaxel
(18).......................................................................................................................7
Tabela 3 - Ensaio de pleurisia induzido por carragenina em camundongos dos
derivados (85a-d) e nimesulido (80) (LAGES et al., 1998)...............................38
Tabela 4 IC
50
COX-1 e COX-2 dos derivados benzofenônicos (87) (adaptado
de DANHARDT et al., 2002)..............................................................................42
Tabela 5 Inibição da COX-1 e COX-2 dos derivados 88 e 89 no ensaio de
sangue total humano (HWB) (KHANAPURE et al., 2003).................................44
Tabela 6 – Fórmula molecular, peso molecular, ponto de fusão, aspecto físico e
rendimento global da síntese dos compostos (91a-c) e (91a-
d)........................................................................................................................55
Tabela 7 – Fórmula molecular, peso molecular, ponto de fusão, aspecto físico e
rendimento global da síntese dos novos compostos da série
93.......................................................................................................................59
Tabela 8 – Fórmula molecular, peso molecular, ponto de fusão, aspecto físico e
rendimento global da síntese dos compostos (94a), (94b) (95a) e
(95b)..................................................................................................................61
Tabela 9 Efeitos antiedematogênicos dos derivados (91a-c) e (92a-d) no
ensaio de edema de pata de rato induzido por carragenina..............................63
xxii
Tabela 10 Efeitos antinociceptivos dos novos derivados (91a-c) e (92a-d) no
ensaio de contorções abdominais induzidas por ácido acético.........................67
Tabela 11 Propriedades antiagregantes plaquetárias dos compostos
LASSBio-1069 (91c), LASSBio-1065 (92c) e LASSBio-1066 (92d) em plasma
rico em plaquetas (PRP) de coelho induzido por ácido araquidônico (AA).......70
Tabela 12 Propriedades antiagregantes plaquetárias dos compostos
LASSBio-1069 (91c), LASSBio-1065 (92c) e LASSBio-1066 (92d) em plasma
rico em plaquetas (PRP) de coelho induzido por colágeno...............................70
Tabela 13 Propriedades antiagregantes plaquetárias dos compostos
LASSBio-1069 (91c), LASSBio-1065 (92c) e LASSBio-1066 (92d) em plasma
rico em plaquetas (PRP) de coelho induzido por ADP......................................71
Tabela 14 Efeitos antiedematogênicos dos derivados (93a-j), (94a-b) e (95a-
b) no ensaio de edema de pata de rato induzido por carragenina....................73
Tabela 15 Efeitos antiedematogênicos do derivado LASSBio-973 (93c) no
ensaio de edema de pata de rato induzido por carragenina nas doses de 10
600 µmol/kg.......................................................................................................75
Tabela 16 Efeitos antinociceptivos dos derivados (93a-j), (94a-b) e (95a-b)
no ensaio de contorções abdominais induzidas por ácido acético em
camundongos....................................................................................................77
Tabela 17 Propriedades antiagregantes plaquetárias dos compostos
LASSBio-971 (93a), LASSBio-973 (93c), LASSBio-976 (93d) e LASSBio-986
(93f) em plasma rico em plaquetas (PRP) de coelho induzido por ácido
araquidônico (AA)..............................................................................................85
xxiii
Tabela 18 Propriedades antiagregantes plaquetárias dos compostos LASSBio-
971 (93a), LASSBio-973 (93c), LASSBio-976 (93d) e LASSBio-986 (93f) em
plasma rico em plaquetas (PRP) de coelho induzido por colágeno..................86
Tabela 19 Propriedades antiagregantes plaquetárias dos compostos
LASSBio-971 (93a), LASSBio-973 (93c), LASSBio-976 (93d) e LASSBio-986
(93f) em plasma rico em plaquetas (PRP) de coelho induzido por ADP..........86
xxiv
ÍNDICE DE GRÁFICOS
Gráfico 1 - Atividade antiinflamatória no modelo de edema de pata de rato
induzido por carragenina dos compostos (91a e c) e (92a-d), administrados por
via oral na dose de 100 µmol/kg........................................................................64
Gráfico 2 - Atividade antiinflamatória no modelo de edema de pata de rato
induzido por carragenina do composto (91b), administrado por via oral na dose
de 100 µmol/kg..................................................................................................65
Gráfico 3 - Atividade antinociceptiva no modelo de contorções abdominais
induzidas por ácido acético em camundongos dos compostos (91a e c) e (92a-
d), administrados por via oral na dose de 100 µmol/kg.....................................68
Gráfico 4- Atividade antinociceptiva no modelo de contorções abdominais
induzidas por ácido acético em camundongos do composto (91b), administrado
por via oral na dose de 100 µmol/kg..................................................................68
Gráfico 5- Atividade antiinflamatória no modelo de edema de pata de rato
induzido por carragenina dos compostos das séries 93, 94 e 95, administrados
por via oral na dose de 100 µmol/kg..................................................................72
Gráfico 6 - Atividade antiedematogênica no modelo d edema de pata de rato
induzido por carragenina do composto LASSBio-973 (93c), administrado via
oral e via intraperitoneal (IP) na dose de 300 µmol/kg......................................76
Gráfico 7 - Atividade antinociceptiva no modelo de contorções abdominais
induzidas por ácido acético em camundongos dos compostos das ries 93, 94
e 95, administrados por via oral na dose de 100 µmol/kg.................................78
xxv
Gráfico 8 Curva dose-resposta no modelo de contorções abdominais
induzidas por ácido acético em camundongos do derivado LASSBio-973
(93c)...................................................................................................................80
Gráfico 9 Curva dose-resposta no modelo de contorções abdominais
induzidas por ácido acético em camundongos do derivado LASSBio-986
(93f)...................................................................................................................81
Gráfico 10Efeito analgésico dos derivados LASSBio-971 (93a) e LASSBio-
976 (93d) (100 µmol/kg) e acetaminofeno (90) (300 µmol/kg) no ensaio da
placa quente, doses administradas por via oral.................................................83
Gráfico 11 Efeito analgésico do derivado LASSBio-973 (93c) (100 µmol/kg e
300 µmol/kg) e acetaminofeno (90) (300 µmol/kg) no ensaio da placa quente,
doses administradas por via oral.......................................................................83
Gráfico 12Efeito analgésico do derivado LASSBio-986 (93f) (100 µmol/kg e
300 µmol/kg) e acetaminofeno (90) (300 µmol/kg) no ensaio da placa quente,
doses administradas por via oral.......................................................................84
xxvi
LISTA DE ESPECTROS
Espectro 1 – Ressonância Magnética Nuclear de
1
H do derivado (97).
Espectro 2 – Ressonância Magnética Nuclear de
13
C do derivado (97).
Espectro 3 – Experimento de DEPT-135 do derivado (97).
Espectro 4 – Ressonância Magnética Nuclear de
1
H do derivado (99).
Espectro 5 – Ressonância Magnética Nuclear de
13
C do derivado (99).
Espectro 6 – Experimento de DEPT-135 do derivado (99).
Espectro 7 – Ressonância Magnética Nuclear de
1
H do derivado (91a).
Espectro 8 – Ressonância Magnética Nuclear de
13
C do derivado (91a).
Espectro 9 – Experimento de DEPT-135 do derivado (91a).
Espectro 10 Experimento de infravermelho em pastilha de KBr do derivado
(91a).
Espectro 11 – Ressonância Magnética Nuclear de
1
H do derivado (91b).
Espectro 12 – Ressonância Magnética Nuclear de
13
C do derivado (91b).
Espectro 13 – Experimento de DEPT-135 do derivado (91b).
Espectro 14 – Ressonância Magnética Nuclear de
1
H do derivado (91c).
Espectro 15 – Ressonância Magnética Nuclear de
13
C do derivado (91c).
Espectro 16 – Experimento de DEPT-135 do derivado (91c).
Espectro 17 – Experimento de HMBC para o derivado (91c).
Espectro 18 – Experimento de HMBC para o derivado (91c).
Espectro 19 – Experimento de HMBC para o derivado (91c).
Espectro 20 Experimento de infravermelho em pastilha de KBr do derivado
(91c).
Espectro 21 – Ressonância Magnética Nuclear de
1
H do derivado (100).
xxvii
Espectro 21 – Ressonância Magnética Nuclear de
13
C do derivado (100).
Espectro 23 – Experimento de DEPT-135do derivado (100).
Espectro 24 Experimento de infravermelho em pastilha de KBr do derivado
(100).
Espectro 25 – Ressonância Magnética Nuclear de
1
H do derivado (92a).
Espectro 26 Expansão do espectro de Ressonância Magnética Nuclear de
1H do derivado (92a).
Espectro 27 – Ressonância Magnética Nuclear de
13
C do derivado (92a).
Espectro 28 – Experimento de DEPT-135 do derivado (92a).
Espectro 29 – Experimento de HMBC para o derivado (92a).
Espectro 30 – Experimento de HMBC para o derivado (92a).
Espectro 31 Experimento de infravermelho em pastilha de KBr para o
derivado (92a).
Espectro 32 – Ressonância Magnética Nuclear de
1
H do derivado (92b).
Espectro 33 – Ressonância Magnética Nuclear de
13
C do derivado (92b).
Espectro 34 – Experimento de DEPT-135 para o derivado (92b).
Espectro 35 – Experimento de HMBC para o derivado (92b).
Espectro 36 – Experimento de HMBC para o derivado (92b).
Espectro 37 Experimento de infravermelho em pastilha de KBr para o
derivado (92b).
Espectro 38 – Ressonância Magnética Nuclear de 1H do derivado (92c).
Espectro 39 Expansão do espectro Ressonância Magnética Nuclear de 1H
do derivado (92c).
Espectro 40 - Ressonância Magnética Nuclear de 13C do derivado (92c).
Espectro 41 – Experimento de DEPT-135 do derivado (92c).
xxviii
Espectro 42 Experimento de infravermelho em pastilha de KBr para o
derivado (92c).
Espectro 43 – Ressonância Magnética Nuclear de
1
H do derivado (92d).
Espectro 44 – Ressonância Magnética Nuclear de
13
C do derivado (92d).
Espectro 45 – Experimento de DEPT-135 do derivado (92d).
Espectro 46 Experimento de infravermelho em pastilha de KBr do derivado
(92d).
Espectro 47 – Ressonância Magnética Nuclear de
1
H do derivado (93a).
Espectro 48 – Ressonância Magnética Nuclear de
13
C do derivado (93a).
Espectro 49 – Experimento de DEPT-135 do derivado (93a).
Espectro 50 Experimento de infravermelho em pastilha de KBr do derivado
(93a).
Espectro 51 – Ressonância Magnética Nuclear de
1
H do derivado (93b).
Espectro 52 – Ressonância Magnética Nuclear de
13
C do derivado (93b).
Espectro 53 Experimento de infravermelho em pastilha de KBr do derivado
(93b).
Espectro 54 – Ressonância Magnética Nuclear de
1
H do derivado (93c).
Espectro 55 – Ressonância Magnética Nuclear de
13
C do derivado (93c).
Espectro 56 – Experimento de DEPT-135 do derivado (93c).
Espectro 57 – Experimento de HMBC para o derivado (93c).
Espectro 58 – Experimento de HMBC para o derivado (93c).
Espectro 59 – Experimento de HMBC para o derivado (93c).
Espectro 60 – Experimento de HMBC para o derivado (93c).
Espectro 61 Experimento de infravermelho em pastilha de KBr do derivado
(93c).
xxix
Espectro 62 – Ressonância Magnética Nuclear de
1
H do derivado (93d).
Espectro 63 – Ressonância Magnética Nuclear de
13
C do derivado (93d).
Espectro 64 – Experimento de DEPT-135 do derivado (93d).
Espectro 65 – Experimento de HMBC para o derivado (93d).
Espectro 66 – Experimento de HMBC para o derivado (93d).
Espectro 67 Experimento de infravermelho em pastilha de KBr do derivado
(93d).
Espectro 68 – Ressonância Magnética Nuclear de
1
H do derivado (93e).
Espectro 69 Expansão do espectro Ressonância Magnética Nuclear de 1H
do derivado (93e).
Espectro 70 – Ressonância Magnética Nuclear de
13
C do derivado (93e).
Espectro 71 – Experimento de DEPT-135 do derivado (93e).
Espectro 72 Experimento de infravermelho em pastilha de KBr do derivado
(93e).
Espectro 73 – Ressonância Magnética Nuclear de
1
H do derivado (94f).
Espectro 74 – Ressonância Magnética Nuclear de
13
C do derivado (94f).
Espectro 75 – Experimento de DEPT-135 do derivado (94f).
Espectro 76 Experimento de infravermelho em pastilha de KBr do derivado
(94f).
Espectro 77 – Ressonância Magnética Nuclear de 1H do derivado (93g).
Espectro 78 Expansão do espectro de Ressonância Magnética Nuclear de
1H do derivado (93g).
Espectro 79 – Ressonância Magnética Nuclear de 13C do derivado (93g).
Espectro 80 – Ressonância Magnética Nuclear de DEPT-135 do derivado
(93g).
xxx
Espectro 81 Experimento de infravermelho em pastilha de KBr do derivado
(93g).
Espectro 82 – Ressonância Magnética Nuclear de 1H do derivado (93h).
Espectro 83 – Ressonância Magnética Nuclear de 13C do derivado (93h).
Espectro 84 – Experimento de DEPT-135 do derivado (93h).
Espectro 85 Experimento de infravermelho em pastilha de KBr do derivado
(93h).
Espectro 86 – Ressonância Magnética Nuclear de 1H do derivado (93i).
Espectro 87 – Ressonância Magnética Nuclear de 1H do derivado (93i).
Espectro 88 – Ressonância Magnética Nuclear de 13C do derivado (93i).
Espectro 89 – Ressonância Magnética Nuclear de DEPT-135 do derivado
(93i).
Espectro 90 Experimento de infravermelho em pastilha de KBr do derivado
(93i).
Espectro 91 – Ressonância Magnética Nuclear de 1H do derivado (93j).
Espectro 92 – Ressonância Magnética Nuclear de 13C do derivado (93j).
Espectro 93 – Ressonância Magnética Nuclear de DEPT-135 do derivado
(93j).
Espectro 94 Experimento de infravermelho em pastilha de KBr do derivado
(93j).
Espectro 95 – Ressonância Magnética Nuclear de 1H do derivado (94a).
Espectro 96 – Ressonância Magnética Nuclear de 13C do derivado (94a).
Espectro 97 – Experimento de DEPT-135 do derivado (94a).
Espectro 98 Experimento de infravermelho em pastilha de KBr do derivado
(94a).
xxxi
Espectro 99 – Ressonância Magnética Nuclear de 1H do derivado (94b).
Espectro 100 Expansão do espectro de Ressonância Magnética Nuclear de
1H do derivado (94b).
Espectro 101 – Ressonância Magnética Nuclear de 13C do derivado (94b).
Espectro 102 – Experimento de DEPT-135 para o derivado (94b).
Espectro 103 Experimento de infravermelho em pastilha de KBr do derivado
(94b).
Espectro 104 – Ressonância Magnética Nuclear de 1H do derivado (95a).
Espectro 105 – Ressonância Magnética Nuclear de 13C do derivado (95a).
Espectro 106 – Experimento de DEPT-135 do derivado (95a).
Espectro 107 Experimento de infravermelho em pastilha de KBr do derivado
(95a).
Espectro 108 – Ressonância Magnética Nuclear de 1H do derivado (95b).
Espectro 109 – Ressonância Magnética Nuclear de 13C do derivado (95b).
Espectro 110 – Experimento de HMBC para o derivado (95b).
Espectro 111 – Experimento de HMBC para o derivado (95b).
Espectro 112 – Experimento de HMBC para o derivado (95b).
Espectro 113 – Experimento de HMBC para o derivado (95b).
Espectro 114 Experimento de infravermelho em pastilha de KBr do derivado
(95b).
1
1
1
.
.
I
I
n
n
t
t
r
r
o
o
d
d
u
u
ç
ç
ã
ã
o
o
1.1 COMPOSTO-PROTÓTIPO:
A Química Medicinal se dedica a estudar as razões moleculares da
ação dos fármacos, a relação entre a estrutura química e a atividade
farmacológica, incluindo o planejamento e o desenho estrutural de novas
substâncias, sua síntese e a otimização de seu perfil farmacoterapêutico
(BUSSE et al., 1996; WERMUTH et al., 1998). É uma tarefa complexa que
envolve uma multiplicidade de fatores responsáveis pela resposta biológica de
um fármaco que precisa apresentar elevada eficácia, reflexo das propriedades
farmacodinâmicas e farmacocinéticas, além de possuir reduzida toxicidade
(BARREIRO e FRAGA, 2001; BARREIRO e FRAGA, 2005).
Dentre as diversas estratégias modernas de planejamento racional
de novos rmacos disponíveis, a principal se baseia no mecanismo de ação
farmacológico pretendido e se denomina abordagem fisiológica (GANELLIN,
1993). Esta estratégia fundamenta-se no prévio conhecimento do processo
fisiopatológico, com a conseqüente eleição do alvo-terapêutico mais adequado
para seu tratamento e a partir deste, o planejamento de novos padrões
estruturais bioativos in vivo, que correspondem a novos candidatos a
compostos-protótipos de rmacos (LINDSAY, 2003; BARREIRO e FRAGA,
2005).
Muitos esforços têm sido feitos para definir as propriedades que
melhor caracterizam um composto-protótipo. Primeiramente, o composto-
protótipo deve apresentar alguma atividade farmacológica, podendo ser baixa
2
ou não-seletiva, mas detectada em modelos in vivo. Deve ser parte de uma
série congênere, de modo a permitir identificar-se quais modificações
estruturais irão modular a atividade farmacológica (SAR Structure-Activity
Relationships). O prévio conhecimento das distintas contribuições
farmacofóricas de diferentes subunidades estruturais da molécula do
composto-protótipo é extremamente importante, uma vez que as modificações
moleculares devem ser introduzidas de maneira a preservá-las, assegurando,
assim, seu reconhecimento molecular pelo biorreceptor e em conseqüência seu
perfil de atividade farmacológica.
O composto-protótipo o deve apresentar características
extremamente polares ou lipofílicas, as quais podem representar limitações em
termos de biodisponibilidade e, certamente, não deve conter grupamentos
toxicofóricos ou capazes de produzir metabólitos reativos. Não é desejável,
também, que o farmacóforo interaja irreversivelmente com a biomacromolécula
alvo, apesar da existência de fármacos de reconhecido sucesso terapêutico,
tais como, o ácido acetilsalicílico (1) (AMANN e PESKAR, 2002), a penicilina
(2) (BULYCHEV et al., 1997) e o omeprazol (3) (SHAMBUREK e SHUBERT,
1993) que atuam como inibidores enzimáticos pseudo-irreversíveis e
irreversíveis, respectivamente, i.e., ligando-se ao sítio receptor através de
ligações covalentes.
3
N
S
O
CH
3
N
N
OCH
3
H
3
C
OCH
3
H
O
OH
O
CH
3
O
S
N
CH
3
CH
3
O
H
H
N
H
O
COOH
(1)
Ácido acetilsalicílico
(2)
Penicilina G
(3)
Omeprazol
Uma vez descoberto o novo composto-protótipo, a etapa seguinte
consiste em sua otimização estrutural. Esta etapa se caracteriza por uma
seqüência hierárquica de decisões, onde o aprimoramento de certas
propriedades do protótipo, leva a novo análogo, que por sua vez, é otimizado
seqüencialmente até que o candidato final com todas as propriedades
farmacocinéticas e farmacodinâmicas desejadas seja eleito para o início das
investigações clínicas (SILVERMAN, 2004).
O processo de otimização estrutural de compostos-protótipos gera
novos derivados, geralmente, de peso molecular superior e mais lipofílicos que
o original, como ilustrado na Tabela 1 (TEAGUE et al., 1999; OPREA et al.,
2001; HANN et al., 2001; CARR e HANN, 2002; OPREA, 2002; PROUDFOOT,
2002; RISHTON, 2003). Observa-se, pela Tabela 1, alguns exemplos de
compostos-protótipos de origem endógena ou sintética que apresentam pesos
moleculares inferiores a 350 unidades de massa atômica (u.m.a) e lipofilicidade
expressa pelo log P (P = coeficiente de partição n-octanol / água), inferior a 3 e
4
os fármacos originados através de sua otimização estrutural, apresentando um
aumento nestas propriedades (TEAGUE et al., 1999).
Por outro lado, a “regra dos cinco”, postulada por Lipinski (LIPINSKI
et al., 1997; LIPINSKI, 2004), demanda que os compostos candidatos a
fármacos devam ter o peso molecular ca. 500 u.m.a e lipofilicidade <5, com no
máximo 5 pontos doadores de ligação de hidrogênio (ligação-H) e não mais
que 10 aceptores de ligação-H em sua estrutura, sendo que, a violação de dois
ou mais desses ítens aumenta, significativamente, segundo o autor, o risco dos
compostos-protótipos apresentarem baixa biodisponibilidade oral.
5
Tabela 1 - Processo de otimização de compostos-protótipos a fármacos, com aumento
do peso molecular e da lipofilicidade (adaptado de TEAGUE, et al., 1999).
N
CH
3
CH
3
N
Cl
PM = 103
log P = -0,64
PM = 213
log P = 1,56
PM = 103
log P = -0,64
PM = 213
log P = 1,56
N
N
NH
2
H
PM = 111
log P = -0,84
PM = 274
log P = 3,39
PM = 111
log P = -0,84
PM = 274
log P = 3,39
(4)
Histamina
(5)
Clorfeniramina
N
N
NH
2
H
PM = 111
log P = -0,84
PM =252
log P = 0,36
(4)
Histamina
N
N
NH
2
H
PM = 111
log P = -0,84
PM =252
log P = 0,36
PM = 111
log P = -0,84
PM =252
log P = 0,36
(4)
Histamina
H
N
N
CH
3
S
N N
NH
CN
H
3
C
H
H1
H2
(6)
Cimetidina
H
2
N
OH
O
H
2
N
OH
O
Cl
(7)
GABA
GABA
(8)
Baclofeno
(9)
Sulfanilamida
PM = 172
log P = -0,72
PM = 295
log P = -0,03
PM = 172
log P = -0,72
PM = 295
log P = -0,03
S
H
2
N
NH
2
OO
Canais de Cl
-
S
N
NH
2
OO
Cl
HN
S
OO
(10)
Clorotiazida
S
N
NH
2
OO
Cl
HN
S
OO
(11)
Clorotiazida
PM = 295
log P = -0,03
PM = 330
log P = 2,92
PM = 295
log P = -0,03
PM = 330
log P = 2,92
Canais de Cl
-
S
N
NH
2
OO
Cl
OH
O
O
H
(12)
Furosemida
N
N
H
3
C
OH
Cl
O
2
N
O
PM = 351
log P = 3,18
PM = 422
log P = 3,5
PM = 351
log P = 3,18
PM = 422
log P = 3,5
Ang II
(13)
S-8307
N
N
H
3
C
OH
Cl
N
N
N
N
H
(14)
Losartano
Composto-
protótipo*
protótipo* Fármaco
Antialérgico
Anti-úlcera
Antiespasmódico
Diurético
Diurético
Anti-hipertensivo
Alvo terapêutico
*
Composto-protótipo de origem endógena ou sintética.
6
Em contraste, variações estruturais de produtos naturais complexos,
tais como a morfina (15), quinina (16) ou tubocurarina (17), permitiram a
obtenção de análogos mais simples que apresentaram potentes propriedades
farmacológicas, comparáveis ao composto-protótipo natural (BARREIRO, 1990;
BARREIRO, 2002).
O
N
N
CH
3
H
3
C
H
3
C
H
3
C
O
HO
OCH
3
O
OHHO
N
H
3
C
N
HO
N
H
3
CO
(15)
Morfina
(16)
Quinina
(17)
Tubocurarina
Alguns grupos de pesquisa têm relacionado a área de superfície
polar de substâncias bioativas (KELDER et al,. 1999; BERGSTRÖM et al.,
2003), bem como sua flexibilidade (VEBER et al., 2002), avaliada em função do
número de graus de liberdade torsional, como os principais fatores
determinantes à sua biodisponibilidade.
As propriedades moleculares de alguns fármacos e de protótipos
candidatos a fármacos m sido investigadas por diversos grupos de pesquisa
(OPREA, 2002; WENLOCK et al., 2003; BLAKE, 2003; LEESON e DAVIS,
7
2004; VIETH et al., 2004; PROUDFOOT, 2005; PROUDFOOT, 2006). A Tabela
2 ilustra o resultado obtido nestas análises, utilizando-se diferentes bancos de
dados de fármacos, com o perfil de biodisponibilidade por via oral, para alguns
parâmetros moleculares contidos na “regra dos cinco”, como peso molecular,
log P, número de pontos doadores e aceptores de ligação-H. Os valores
obtidos foram comparados com correspondentes obtidos para o paclitaxel (18)
(Taxol), fármaco antineoplásico administrado na forma de infusão venosa.
O
OH
O
A
c
O
AcO
O
O
HO
NH
O
O
O
OH
(18)
Paclitaxel
Tabela 2 - Comparação estatística das propriedades moleculares* de fármacos de
diferentes bancos de dados com biodisponibilidade oral versus paclitaxel (18):
Parâmetros Lipinski
a
Wenlock
b
Vieth
c
Proudfoot
d
Paclitaxel (18)
e
Número de fármacos orais 2245 594 1193 1791 -
PM 500 473 475 469 839,96
Log P 5 5,5 5,2 4,8 6,93
Sítio doador de H 5 4 3 3 4
Sítio aceptor de H 10 7 9 9 14
* As propriedades se referem a uma distribuição de 90% do espaço molecular analisado.
(a) LIPINSKI et al., 1997; (b) WENLOCK et al., 2003; (c) VIETH et al., 2004; (d) PROUDFOOT,
2005; (e) ISLAM et al., 2003
8
Estima-se que, em média, 25% dos candidatos a fármacos em fase
clínica não entram no mercado devido a limitações quanto às propriedades
farmacocinéticos, i.e., relacionados aos processos de absorção, distribuição,
metabolização e excreção (ADME) (BUGRIM, 2004), além disso, ca. 50% dos
fármacos que estão no mercado apresentam alguma limitação em termos de
suas propriedades ADME e toxicológicas (ADMET) (HODGSON, 2001). A
investigação precoce das propriedades ADMET, já nas fases iniciais do
processo da descoberta de fármacos, representa ponto muito importante para a
redução dos riscos de insucesso em termos de otimização dos compostos-
protótipos. A determinação das propriedades físico-químicas dos novos
compostos-protótipos, tais como, constante de ionização (pKa), lipofilicidade
(log P) e estudos metabólicos in vitro e in silico, utilizando-se enzimas CYPs
clonadas ou aplicando-se programas computacionais capazes de preverem as
propriedades ADMET, são recursos importantes e amplamente empregados na
previsão do comportamento farmacocinético dos novos protótipos candidatos a
fármacos (HODGSON, 2001).
A Química Medicinal oferece diversos métodos de modificação
estrutural para a otimização de potência e seletividade de um composto-
protótipo, que compreendem aproximações racionais e intuitivas (WERMUTH,
1996) ou aquelas baseadas no mecanismo de ação e identificação do
farmacóforo, empregando ferramentas da modelagem molecular (computer
assisted drug design, CADD, computer assisted molecular design, CAMD,
computer-aided ligand design, CALD) (COHEN et al., 1990; WONG e
McCAMMON, 2003; KITCHEN et al, 2004; LEWIS, 2005).
9
1.2 OTIMIZAÇÃO DO COMPOSTO-PROTÓTIPO:
As interações envolvidas no complexo fármaco-biorreceptor são da
mesma natureza que as interações usuais entre moléculas orgânicas e podem
incluir ligações covalentes, interações iônicas (eletrostáticas), íon-dipolo e
dipolo-dipolo, além de ligações de hidrogênio e interações por transferência de
carga, hidrofóbicas ou de van der Waals (SILVERMAN, 2004). A Figura 1
ilustra exemplos dessas interações rmaco-biorreceptor envolvendo os
fármacos ácido acetilsalicílico (1), omeprazol (3), pivagabina (21), zaleplon (22)
e butamben (23).
N
N
N
C
N
NH
3
C
O
CH
3
O
O
-
HO
(22)
Zaleplon
δ
δδ
δ
+
δ
δδ
δ
+
δ
δδ
δ
-
δ
δδ
δ
-
δ
δδ
δ
-
N
N
N
C
N
NH
3
C
O
CH
3
O
O
-
HO
(22)
Zaleplon
δ
δδ
δ
+
δ
δδ
δ
+
δ
δδ
δ
-
δ
δδ
δ
-
δ
δδ
δ
-
N
N
N
C
N
NH
3
C
O
CH
3
O
O
-
HO
(22)
Zaleplon
δ
δδ
δ
+
δ
δδ
δ
+
δ
δδ
δ
-
δ
δδ
δ
-
δ
δδ
δ
-
Interão íon-dipolo e
dipolo-dipolo
1 a 7 kcal/mol
(21)
Pivagabina
Interão iônica
5 a 10 kcal/mol
O
O
-
O
O
H
3
C
O
H
O
O
-
O
O
H
3
C
O
H
N
O
O
O
H
H
2
N
H
2
N
NH
(1)
Ácido acetilsalicílico
H
2
N
O
O CH
3
CH
3
Ligação de hidrogênio
1 a 7 kcal/mol
Hidrofóbica
1 kcal/mol
(23)
Butamben
N
CH
3
H
3
C
OCH
3
S
ON
N
OCH
3
H
+ H
+
,- H
2
O
N
CH
3
H
3
C
OCH
3
S
NN
OCH
3
+
-
S
+H
+
(3)
Omeprazol
(19)
(20)
Ligão covalente
40 a 100 kcal/mol
(S-S = 50 kcal/mol)
N
CH
3
H
3
C
OCH
3
S
NHN
OCH
3
S
= Superfície do biorreceptor
Figura 1 - Exemplos de interações fármacos-biorreceptores (adaptado de
SILVERMAN, 2004).
10
As interações dos rmacos com seus biorreceptores, característica
da fase farmacodinâmica (PD), podem ser específicas, como exemplificadas na
Figura 1, dependendo das subunidades estruturais presentes. Os grupamentos
relevantes para o reconhecimento molecular primário do fármaco pelo sítio
receptor e principais responsáveis pela energia de interação favorável à
atividade biológica, são denominados como grupamentos farmacofóricos
(SILVERMAN, 2004). Estas subunidades podem ser representadas por
grupamento(s) funcional(is) ou um arranjo estrutural que modificado reduz, se
não elimina a atividade observada (BARREIRO e FRAGA, 2001).
As demais subunidades presentes no composto-protótipo,
conhecidas como grupos auxofóricos, podem ser excluídas ou modificadas
sem redução de potência, quando o essenciais para manter a integridade da
molécula e do grupo farmacofórico em conformação adequada à interação com
o biorreceptor (SILVERMAN, 2004).
Para a completa identificação dos grupos farmacofóricos e
auxofóricos de um composto-protótipo, é necessária a obtenção de análogos
estruturalmente modificados que componham uma série congênere e sua
caracterização farmacológica, de modo a obterem-se as relações entre sua
estrutura-química e a atividade biológica (SAR). A Figura 2 ilustra o estudo de
modificações estruturais da morfina (15), potente hipnoanalgésico, onde as
subunidades em destaque (azul) ilustram o principal grupo farmacofórico.
11
1
2
3
4 5
6
7
8
10
17
14
HO
O
OH
H
N
CH
3
N-CH
2
CH
2
Ph aumenta a atividade;
N-CH
2
CH=CH
2
é antagonista;
A introdução de
uma OH aumenta
a atividade;
A redução
aumenta a
atividade;
A remoção da OH ou sua acetilação
aumenta a atividade;
A oxidação à cetona reduz a atividade;
A oxidação em C-6 acoplada com
redução em C-7,C-8 aumenta a
atividade;
A remoção
aumenta a
atividade;
A remoção da OH ou
troca isostérica reduz a
atividade;
Metilação ou acetilação
reduz a atividade;
(15)
Morfina
Figura 2 – Estudos de relação entre a estrutura-química e a atividade biológica (SAR)
de derivados da morfina (15) (adaptado de MCCURDY, 2006).
Com o conhecimento prévio das subunidades estruturais importantes
para atividade identificadas no composto-protótipo (SAR), rias estratégias de
modificações estruturais têm sido empregadas para melhorar o perfil
terapêutico de um candidato a fármaco (SILVERMAN, 2004). A seguir,
ilustram-se, sumariamente, algumas destas estratégias de modificação
molecular.
1.2.1 SIMPLIFICAÇÃO MOLECULAR:
A simplificação molecular foi originalmente empregada na obtenção
de compostos estruturalmente mais simples, a partir de protótipos naturais
ativos, estruturalmente mais complexos. Inúmeros alcalóides originaram
fármacos importantes, de diferentes categorias terapêuticas, através do uso
desta importante ferramenta empregada de forma empírica nos primórdios da
Química Medicinal (PATRICK, 2001; BARREIRO, 2002).
12
Um exemplo clássico é a morfina (15), alcalóide isolado, em 1803,
pelo farmacêutico alemão Friedrich W. A. Setürner de Papaver somniferum,
(BARREIRO, 1990). A Figura 3 ilustra a gênese da classe de fármacos
hipnoanalgésicos, importantes ligantes de receptores opióides centrais, como a
meperidina (28), pertencente à classe das 4-fenilpiperidinas e da metadona
(30), ilustrando o sucesso da estratégia de simplificação molecular, sucessiva,
de protótipos naturais.
Primeiramente, a retirada do átomo de oxigênio do anel
diidrofurânico (A, Figura 3), levou ao levorfanol (25), análogo hidroxilado com
propriedades analgésicas quatro vezes mais potentes que a morfina (15), mas
que reteve o potencial de dependência química indesejado desta classe.
Possivelmente, o aumento da liberdade conformacional introduzida em (25),
resultante desta simplificação, permitiu à molécula uma melhor aproximação à
conformação bioativa, àquela responsável pelo reconhecimento do
biorreceptor-alvo. A posterior remoção da metade do anel cicloexênico (B,
Figura 3), permanecendo, assim, somente as subunidades metilas como
substituintes, levou a metazocina (26a, R = CH
3
) que começou a apresentar
uma separação entre os efeitos analgésicos e causadores de dependência. A
pentazocina (26b, R = CH
2
CH=C(CH
3
)
2
) foi o rmaco oriundo desta
simplificação que mostrou-se menos potente que a morfina, mas com
significativa redução do potencial indutor de dependência. A remoção do grupo
metilênico (C, Figura 3), que liga os dois anéis cicloexânicos fundidos do
levorfanol (25), levou ao composto (27), que manteve o efeito nociceptivo em
modelos in vivo. A retirada de todos os anéis fundidos (D, Figura 3), levou a
13
obtenção de análogos estruturalmente muito mais simples e menos rígidos, as
4-fenilpiperidinas, representadas na Figura 3 pela meperidina (28), classe
terapêutica que é amplamente empregada. Os fármacos propoxifeno (29) e
metadona (30), análogos acíclicos de (15), são potentes analgésicos,
empregados também no tratamento da síndrome de abstinência em
dependentes de heroína (GUDSTEIN e AKIL, 2003; SILVERMAN, 2004).
N
H
3
C
OCH
2
CH
3
O
N
H
3
C
O
CH
3
H
3
C
O
CH
3
N
H
3
C
CH
3
H
3
C
O
CH
3
Simplificação Molecular
Simplificação
Molecular
Simplificação
Molecular
(15) Morfina (R = H)
(24) Heroína (R = COCH
3
)
N
H
3
C
OH
Simplificação
Molecular
Simplificação
Molecular
(25)
Levorfanol
(26a) Metazocina R = CH
3
(26b) Pentazocina R = CH
2
CH=(CH
3
)
2
N
CH
3
CH
3
R
OH
(27)
(28)
Meperidina
(29)
Propoxifeno
(30)
Metadona
N
H
3
C
OH
OH
HO
N
H
3
C
OH
OH
HO
N
O
H
3
C
OR
OR
CH
3
O
N
H
3
C
H
3
C
CH
3
B
C
A
D
(26)
N
H
3
C
OCH
2
CH
3
O
N
H
3
C
O
CH
3
H
3
C
O
CH
3
N
H
3
C
CH
3
H
3
C
O
CH
3
Simplificação Molecular
Simplificação
Molecular
Simplificação
Molecular
(15) Morfina (R = H)
(24) Heroína (R = COCH
3
)
N
H
3
C
OH
Simplificação
Molecular
Simplificação
Molecular
(25)
Levorfanol
(26a) Metazocina R = CH
3
(26b) Pentazocina R = CH
2
CH=(CH
3
)
2
N
CH
3
CH
3
R
OH
(27)
(28)
Meperidina
(29)
Propoxifeno
(30)
Metadona
N
H
3
C
OH
OH
HO
N
H
3
C
OH
OH
HO
N
O
H
3
C
OR
OR
CH
3
O
N
H
3
C
H
3
C
CH
3
B
C
A
D
(26)
Figura 3 - Simplificações moleculares sucessivas (representadas em vermelho) do
protótipo natural morfina (15).
A quinina (31), um dos principais componentes químicos da casca
de Cinchona officialis, contitui-se de outro exemplo clássico. Este alcalóide
pode ser considerado como responsável pelo desenvolvimento dos
antimalários sintéticos da classe das hidroximetilquinolínicas, 9-
aminoacridinas e 4- e 8-aminoquinolinas, representados na Figura 4 pela
14
mefloquina (32), mepacrina (33), cloroquina (34) e primacrina (35),
respectivamente (BARREIRO, 1990).
O processo de simplificação molecular que originou a mefloquina
(32), compreende, basicamente, a modificação do anel rubânico da quinina
(31) para o sistema piperidínico, correspondente. A simplificação molecular
da mepraquina (33) resultou na obtenção da cloroquina (34), que através da
estratégia de transposição de grupo farmacofórico gerou a primaquina (35)
(BARREIRO, 2002).
N
HN
CH
3
N
CH
3
CH
3
Cl
OCH
3
N
HO
N
H
CF
3
CF
3
N
HN
CH
3
N
CH
3
CH
3
Cl
(31)
Quinina
(32)
Mefloquina
(33)
Mepracrina
(34)
Cloroquina
Simplificação
Molecular
Simplificação
Molecular
N
HO
N
H
3
CO
Simplificação
Molecular
Simplificação
Molecular
N
HN
CH
3
O
CH
3
NH
2
(35)
Primaquina
Transposição de
Grupo
Farmacofórico
9 4
8
Figura 4 – Simplificação molecular da quinina (31).
Outro exemplo importante da aplicação desta estratégia está
relacionado à nese do aciclovir (37), descoberto em 1977, por Gertrude
Elion e colaboradores nos laboratórios da Welcome, EUA (ELION, 1977).
15
Este fármaco é um derivado purínico sintético, obtido por simplificação
molecular do anel ribosídico da guanosina (36) (Figura 5) e empregado no
tratamento do Herpes sp.
HN
N
N
N
O
H
2
N
O
OH
OH
OH
Simplificação
Molecular
Simplificação
Molecular
HN
N
N
N
O
H
2
N
O
OH
(36)
Guanosina
(37)
Aciclovir
Figura 5 – Simplificação molecular da guanosina (36), originando o fámaco
aciclovir (37) (ELION, 1977).
Atualmente, os avanços observados em cnicas associadas aos
estudos de SAR permitiram que a estratégia de simplificação molecular
passasse a ser empregada de forma racional, com a preservação das
subunidades farmacofóricas, previamente identificadas no composto-
protótipo eleito, natural ou sintético (SETTI e MICETICH, 1996).
1.2.2 RESTRIÇÃO CONFORMACIONAL:
Entre as estratégias de modificação molecular do composto-
protótipo, visando sua otimização, a restrição conformacional tem sido
amplamente empregada, visando o aumento de afinidade e ou seletividade de
um determinado ligante por uma enzima / receptor (BARREIRO & FRAGA,
2001).
A restrição conformacional de moléculas bioativas flexíveis pode ser
conseguida de maneiras diversas: a) introdução de um grupamento alquila
16
capaz de restringir a rotação de determinada ligação; b) introdução de
grupamentos funcionais que promovam a formação de ligações-H
intramoleculares; c) introdução de insaturação, capaz de fixar a posição relativa
de substituintes terminais ou geminais; d) construção de um ciclo, processo
denominado de anelação molecular, que provoca rigidez conformacional em
determinado arranjo molecular (BARREIRO e FRAGA, 2001).
Modificações estruturais deste tipo foram introduzidas na
procainamida (38) (Figura 6), representante dos anestésicos benzamídicos, de
forma a induzir modificações conformacionais na cadeia lateral
dietilaminoetilamida e investigar sua eventual contribuição farmacofórica. A
introdução de um grupamento orto-metoxila em C-6 do anel fenílico de (38),
conduziu à obtenção do fármaco antiemético triaprida (39), com sua
conformação restrita devido à possibilidade de formação de ligações-H
envolvendo o átomo de oxigênio do orto-substituinte e o NH amídico da cadeia
lateral. Este novo fármaco foi posteriormente modificado estruturalmente pelo
aumento da restrição conformacional da cadeia lateral amídica de (39) por
anelação, envolvendo a construção do ciclo pirrolidínico terminal, o que levou
ao primeiro derivado antiemético com a subunidade N-etilpirrolidinilmetila,
denominado sultoprida (40). Modificações moleculares subseqüentes puderam
ser realizadas sobre (40), com o objetivo de otimizar seu padrão hidrofóbico e,
conseqüentemente, seu perfil farmacológico (JENNER et al., 1980). A
modificação estrutural posterior de (40) levou à descoberta de sulpirida (41) e
remoxiprida (42), o qual foi caracterizado como o derivado antiemético mais
potente desta classe atuando seletivamente nos receptores dopaminérgicos D
2
.
17
Cabe registrar que a introdução do padrão 2,6-dimetoxibenzamida em (42)
provocou maior restrição conformacional devido ao efeito orto cumulativo
(JENNER et al., 1980).
A importância da ligação-H, restringindo a flexibilidade
conformacional da cadeia lateral do fármaco remoxiprida (42), foi
posteriormente evidenciada pela segunda anelação, feita pela introdução do
anel indanonamídico, mimetizando o efeito da ligação-H. O novo análogo
cíclico (43) apresentou a mesma potência do fármaco protótipo remoxiprida
(42) nos receptores dopaminérgicos D
2
, confirmando a relevância da parcial
restrição conformacional da cadeia alquilamídica lateral na atividade
farmacológica para esta classe de agentes antieméticos (Figura 6) (NORMAN
et al., 1993).
H
2
N
O
N
H
N
CH
3
CH
3
O
N
N
CH
3
CH
3
O
CH
3
S
H
3
C
OO
H
O
N
N
CH
3
O
CH
3
S
OO
H
H
3
C
O
N
N
CH
3
O
CH
3
S
OO
H
H
3
C
O
N
N
CH
3
O
CH
3
S
OO
H
H
2
N
O
N
N
CH
3
O
CH
3
S
OO
H
H
2
N
O
N
N
CH
3
O
CH
3
Br
H
OCH
3
O
N
N
CH
3
O
CH
3
Br
H
OCH
3
N
N
CH
3
O
Cl
N
N
CH
3
O
Cl
(38)
Procainamida
(39)
Triaprida
(41)
Sulpirida
(40)
Sultoprida
(42)
Remoxiprida
(43)
Indanonamida
Restrição
Conformacional
Restrição
Conformacional
(anelação)
Restrição
Conformacional
(anelação)
Figura 6 – Restrição conformacional na gênese do remoxiprida (42) a partir das
benzamidas (adaptado de BARREIRO e FRAGA, 2001).
18
Recentemente, novos análogos mais rígidos da morfina (15) foram
planejados estruturalmente utilizando-se a estratégia de anelação
(SILVERMAN, 2004). A Figura 7 ilustra o planejamento estrutural da
buprenorfina (44), fármaco mais lipofílico que o composto-protótipo natural
(15), 25-50 vezes mais potente e empregado como analgésico de eficácia
comprovada no tratamento dos pacientes dependentes de opióides
(GUDSTEIN e AKIL, 2003).
Restrão
Conformacional
(anelação)
(15)
Morfina
(44)
Buprenorfina
O
OHHO
N
C
H
3
O
OCH
3
HO
N
CH
3
OH
CH
3
CH
3
CH
3
Figura 7 – Restrição conformacional da morfina (15).
Outra aplicação importante da restrição conformacional como
estratégia de modificação molecular do composto-protótipo, visando o
aumento da afinidade em agonistas do subtipo 1D de receptor
serotoninérgicos centrais, foi realizada no desenho estrutural de análogos
dos compostos triptamida (45) e sumatriptano (47), fármacos recomendados
para o tratamento da enxaqueca, resultando na obtenção de frovatriptano
(47) e naratriptano (48), respectivamente, que apresentaram, de fato, maior
afinidade pelo receptor-alvo (Figura 8) (KING et al., 1993; BARREIRO e
FRAGA, 2001; SANDERS-BUSH e MAYER, 2003).
19
N
H
N
H
2
H
2
N
O
N
H
N(CH
3
)
2
S
H
N
H
3
C
O O
S
N
H
H
3
C
O O
N
H
NHCH
3
N
H
NHCH
3
H
2
N
O
Restrição
Conformacional
(anelação)
Restrição
Conformacional
(anelação)
(45)
(46)
Sumatriptano
(47)
Frovatriptano
(48)
Naratriptano
Figura 8 – Gênese dos fármacos frovatriptano (47) e naratriptano (48) por anelação da
triptamida (45) e sumatriptano (46), respectivamente (adaptado de BARREIRO e
FRAGA, 2001; SANDERS-BUSH e MAYER, 2003).
1.2.3 BIOISOSTERISMO:
Dentre as estratégias conhecidas para se introduzir modificações
moleculares em um composto-protótipo, objetivando a otimização, seja por
razões farmacocinéticas ou farmacodinâmicas, aquela fundamentada no
bioisosterismo tem permitido a identificação de inúmeros derivados
terapeuticamente úteis, de distintas classes terapêuticas. Esta estratégia é
amplamente utilizada nos laboratórios de pesquisa da indústria farmacêutica na
descoberta de novos fármacos análogos de compostos que representem
inovações terapêuticas recentes e comercialmente atrativas (me-too) (LIMA e
BARREIRO, 2005).
O bioisosterismo, termo introduzido por Friedman em 1951, resultou da
aplicação do princípio de isosterismo, desenvolvido por Langmuir em 1919, em
moléculas bioativas (BARREIRO e FRAGA, 2001). Em 1970, Alfred Burger
classificou e subdividiu os bioisósteros em duas grandes categorias (LIMA e
BARREIRO, 2005):
20
a) Bioisósteros clássicos:
Átomos e grupos monovalentes;
Átomos e grupos divalentes;
Átomos e grupos trivalentes;
Átomos tetravalentes;
Anéis equivalentes;
b) Bioisósteros não clássicos:
Grupos funcionais;
Ciclos versus não-cíclicos;
Retroisósteros;
O emprego adequado do bioisosterismo exige que parâmetros
estruturais relativos às propriedades físico-químicas, eletrônicas, reatividade
química e aspectos conformacionais envolvidos, sejam considerados na
substituição bioisostérica planejada, de maneira a antecipar, ainda que
teoricamente, as eventuais e possíveis alterações em termos das propriedades
terapêuticas que a nova substância bioisostérica apresentará (BARREIRO e
FRAGA, 2001; LIMA e BARREIRO, 2005).
Os principais fatores a serem considerados para uma proposta de
substituição bioisostérica são:
a) tamanho, volume e distribuição eletrônica dos átomos ou as considerações
sobre o grau de hibridização, polarizabilidade, ângulos de ligação e efeitos
indutivos e mesoméricos, quando couberem;
b) grau de solubilidade lipídica e aquosa, de maneira a permitir a previsão da
alteração dos propriedades físico-químicas, tais como pKa e log P.
21
c) reatividade química dos grupos funcionais ou subunidades estruturais
bioisostéricas, objetivando, principalmente, antecipar as principais alterações
nos processos de biotransformação, e inclusive quanto à eventual alteração do
perfil de toxicidade relativa dos principais metabólitos.
d) fatores conformacionais, incluindo a capacidade diferencial de formação de
ligação de hidrogênio inter e intramoleculares (BARREIRO e FRAGA, 2001;
LIMA e BARREIRO, 2005).
É importante ressaltar, que uma substituição bioisostérica quando
efetuada com sucesso em compostos que atuam em determinado tipo de
biorreceptor, o obrigatoriamente, terá o mesmo êxito quando empregada
em compostos planejados como moduladores de outra biomacromolécula
(Figura 9) (BARREIRO e FRAGA, 2001; LIMA e BARREIRO, 2005).
A otimização do composto-protótipo (50), um antagonista do
receptor de hormônio de liberação das gonadotropinas (GnRH), foi realizada
através da substituição bioisostérica da hidroxila fenólica pela subunidade
metilsulfonilamino, grupamentos funcionais com pKa semelhante, levando a
gênese do composto (51), o qual apresentou maior afinidade pelo receptor-
alvo (IC
50
= 50 e 7 nM, respectivamente) (Figura 9) (LIN et al., 2001, CHU et
al., 2001).
22
N
H
H
N
OH
CH
3
CH
3
N
H
H
N
N
H
CH
3
CH
3
S
CH
3
O
O
N
H
H
N
N
H
CH
3
CH
3
S
CH
3
O
O
Bioisosterismo
(50)
(51)
IC
50
= 50 nM
(GnRH)
IC
50
= 7 nM
(GnRH)
Figura 9 Bioisosterismo entre hidroxila fenólica em (50) pela subunidade
metilsulfonilamino em (51), antagonistas de receptores GNRh (LIN et al., 2001).
Em contraste, esta mesma substituição isostérica realizada na
naltrexona (52), resultou no composto (53), sem afinidade pelo receptor
opióide (MCCURDY et al, 2000, CHEN e WANG, 2003).
(52)
Naltrexona
O
HO
N
O
OH
O
N
H
N
O
OH
S
H
3
C
O
O
(53)
K
i
= 0,74 nM
(Opióide µ)
K
i
> 1 µM
(Opióide µ)
Isosterismo
Figura 10 – Troca isostérica da hidroxila fenólica em (52) pela subunidade
metilsulfonil amino em (53) resultando num decréscimo de afinidade.
Existem muitos exemplos na literatura sobre a utilização do
bioisosterismo para a otimização de um composto-protótipo. A Figura 11 ilustra
a utilização desta ferramenta por Zhu e colaboradores (ZHU et al., 2003) na
otimização estrutural do protótipo talidomida (54), quanto à atividade inibitória
23
dos efeitos do TNFα (fator de necrose tumoral alfa), utilizando o bioisosterismo
clássico de átomos divalentes. O TNFα tem um papel importante numa
variedade de processos fisiológicos e patológicos, que incluem proliferação e
diferenciação celular, apoptose, modulação da resposta imune e indução da
inflamação (ZHU et al., 2003).
R
1
R
2
R
3
IC
5O
(µ
µµ
µM)*
(54) O O O ~ 200
(55) O O S ~30
(56) S O O ~30
(57) O S S 20
(58) S O O 11
(59) S S S 6
N
H
N
O
O
O
O
N
H
N
R
1
O
R
2
R
3
Bioisosterismo
(54)
Talidomida
(55-59)
* Inibição da produção de TNFα induzido por LPS
R
1
R
2
R
3
IC
5O
(µ
µµ
µM)*
(54) O O O ~ 200
(55) O O S ~30
(56) S O O ~30
(57) O S S 20
(58) S O O 11
(59) S S S 6
N
H
N
O
O
O
O
N
H
N
R
1
O
R
2
R
3
Bioisosterismo
(54)
Talidomida
(55-59)
* Inibição da produção de TNFα induzido por LPS
Figura 11 - Utilização do bioisosterismo clássico de átomos divalentes na
otimização do protótipo talidomida (54) (adaptado de ZHU et al., 2003).
O bioisosterismo de anel pode ser considerado como o tipo mais
utilizado na busca de novos compostos bioativos (LIMA e BARREIRO,
2005). Esta estratégia foi aplicada com sucesso na descoberta de novos
fármacos me-too da classe dos antiinflamatórios não esteroidais de
segunda geração (NSAIDs). Conforme descrito na Figura 12, o anel
pirazólico (A) do celecoxib (60) foi isostericamente substituído pelo anel
isoxazólico no valdecoxib (61) e pelo anel piridínico no etoricoxib (62). Por
outro lado, o anel fenílico (B, Figura 12) presente no celecoxib (60) e no
valdecoxib (61) foi modificado pelo bioisóstero piridínico (B, Figura 12)
presente no etoricoxib (62) (LIMA e BARREIRO, 2005).
24
N
N
H
3
C
CF
3
S
NH
2
O
O
N
O
H
3
C S
NH
2
CH
3
O
O
N
N
CH
3
S N
H
CH
3
O
O
Cl
(60)
Celecoxib
(61)
Valdecoxib
(62)
Etoricoxib
A
A
A
B B
B
Figura 12 – Bioisosterismo clássico de anéis na gênese de antiinflamatórios não-
esteroidais de segunda geração.
A Figura 13 representa o bioisosterismo não-clássico utilizado por
Butera e colaboradores (BUTERA et al., 2000) para modificação estrutural do
anti-hipertensivo pinacidil (63), ativador de canais de potássio. Os autores
descrevem a troca do grupamento N-cianoguanidina de (63) pela subunidade
1,2-diaminociclobuten-3,4-diona, gerando uma nova série de potentes
ativadores de canais de K
ATP
, exemplificados, na Figura 13, pelos compostos
(64) e (65), sendo este um novo candidato a fármaco para o tratamento da
incontinência urinária (BUTERA et al., 2000; CHEN e WANG, 2003; LIMA e
BARREIRO, 2005).
25
N
N
H
N
H
N CH
3
CH
3
CH
3
CH
3
CN
N
H
CH
3
CH
3
CH
3
CH
3
N
N
H
OO
N
H
CH
3
CH
3
CH
3
CH
3
N
H
OO
H
3
C
NC
Bioisosterismo
(63)
Pinacidil
(64)
(65)
IC
50
= 0,63 µM
IC
50
= 1,3 µM
IC
50
= 0,09 µM
ED
50
= 0,13 mg/kg (incontinência urinária)
ED
50
= 17,7 mg/kg (efeito hipotensor)
Figura 13 – Gênese de novos derivados ativadores de canais de K
ATP
(64) e (65) pela
troca bioisostérica da subunidade N-cianoguanidina presente no pinavidil (63)
(adaptado de BUTERA et al., 2000; LIMA e BARREIRO, 2005).
Vários métodos computacionais têm sido descritos para identificar
relações bioisostéricas in silico (WAGENER e LOMMERSE, 2005). O banco de
dados BIOSTER desenvolvido por István Ujváry (Hungarian Academy of
Sciences) contém 10957 pares de bioisósteros com 29443 exemplos de
moléculas bioativas extraídas de 17557 referências publicadas até 2002
3
.
3
(http://www.accelrys.com/reference/cases/studies/bioster.html acessada em 10/10/2006)
26
1.2.4 ESTRATÉGIAS DE OTIMIZAÇÃO UTILIZANDO MODELAGEM
MOLECULAR:
A modelagem molecular é uma ferramenta muito importante para a
Química Medicinal não no planejamento de novos candidatos a protótipos
de rmacos, como também na sua otimização estrutural. Podem ser usadas
abordagens “estáticas”, centradas principalmente nos “ligantes” (fármacos e
compostos-protótipos), onde os exemplos clássicos são as metodologias de
SAR e QSAR (relação quantitativa entre a estrutura química e a atividade
biológica). Estas estratégias de construção de modelos em química
computacional, sem a consideração direta dos sítios receptores foram
delimitadas, tanto pela pequena disponibilidade de estruturas tridimensionais
dos biorreceptores, quanto pelo elevado custo computacional necessário para
se gerar relações quantitativas entre a estrutura química e a atividade
biológica, utilizando-se modelos dinâmicos. Entretanto, este quadro vem se
modificando com uso de metodologias capazes de produzirem estes modelos
como QSAR-4D, docking flexível, dinâmica molecular e o método de Monte
Carlo (VERLI e BARREIRO, 2005).
Maryanoff e colaboradores (GRECO et al, 2002; MARYANOFF,
2004) descreveram a otimização do composto (66) (Figura 14), identificado
como inibidor da catepsina-G (Cat-G), serina-protease envolvida em processos
inflamatórios associados a diversas patologias, como asma, psoríase, enfisema
e artrite reumatóide. Através da cristalografia de raios-X do complexo entre a
Cat-G e (66), os autores puderam identificar que o eutômero apresenta a
configuração absoluta R, onde o grupamento 2-naftila do composto encontra-se
27
numa região hidrofóbica S1 do sítio ativo da enzima e a subunidade 1-naftila
está envolvida numa interação do tipo empilhamento π-π com o anel
imidazólico da His-57 na região S2 (A e B. Figura 14). Os átomos de oxigênio
da subunidade ácido fosfórico e da carbonila cetônica participam em interações
de ligação-H com His-57, Gly-193 e Lys-192 (B e C, Figura 14). Os autores
identificaram, ainda, duas regiões não ocupadas no sítio ativo, as regiões S3 e
S4, as quais poderiam ser exploradas através de pequenas modificações na
estrutura do composto (66), que levariam a novos compostos com interações
complementares e um provável aumento na afinidade.
(66)
(66)
(66)
(A)
(B) (C)
Figura 14 – (A) Representação do composto (66) no sítio ativo da catepsina G; (B)
Interações de ligação de hidrogênio do composto (66) no sítio ativo representadas
pelas linhas pontilhadas vermelhas; (C) Representação esquemática das interações
do composto (66) no sítio ativo da catepsina G (adaptado de GRECO et al, 2002;
MARYANOFF, 2004).
28
Através do uso de modelagem molecular, empregando a metodologia
de docking flexível (ROSENFELD et al., 1995), os autores identificaram que
substituições na posição 3 da subunidade 2-naftila, assegurariam um acesso
ao sítio S3. rios compostos congêneres foram sintetizados e bioensaiados
(Figura 15). Os compostos (67) e (68) exibiram uma afinidade três vezes maior
pelo receptor que o protótipo (66), enquanto (69) oito vezes maior, indicando
que a adição de substituintes hidrofóbicos pode aumentar a afinidade. O
composto (70), que possuiu o substituinte aromático ligado através de um anel
piperidínico como espaçador, exibiu uma afinidade 80 vezes maior que (66).
Provavelmente, a restrição conformacional gerada pelo espaçador piperidinila
orienta favoravelmente a subunidade fenila no sítio ativo da Cat-G. Suposição
esta comprovada pela diminuição da afinidade quando o espaçador piperidinila
foi substituído pelo grupo propilamino em (71) (Figura 15) (GRECO et al, 2002;
MARYANOFF, 2004). As interações de (70) no sítio ativo da Cat-G, obtidas
através de estudos de docking flexível, foram as mesmas de (66) nas regiões
S1 e S2, porém, com interações adicionais hidrofóbicas em S3 com Phe-172,
Tyr-215 e Ile-99 (Figura 15) (GRECO et al, 2002; MARYANOFF, 2004).
O composto (70) mostrou-se ativo em modelos de inflamação in vivo,
o que validou a utilização da modelagem molecular na otimização de um
bioligante à composto-protótipo (MARYANOFF, 2004).
29
P
O
O
N
H
3
C
R
OH
O
OH
0,80 ±
±±
± 0,20
-(CH
2
)
3
NHC(O)Ph71
0,053 ±
±±
± 0,012
70
0,50 ±
±±
± 0,10
-CH
2
C(O)NHCH
2
CHPh
2
69
1,3 ±
±±
± 0,2
-CH
2
C(O)NHCH
2
CH
2
Ph68
1,0 ±
±±
± 0,2
-CH
2
Ph67
4,1 ±
±±
± 0,3
66
IC
50
±
±±
± SEM M)
R
0,80 ±
±±
± 0,20
-(CH
2
)
3
NHC(O)Ph71
0,053 ±
±±
± 0,012
70
0,50 ±
±±
± 0,10
-CH
2
C(O)NHCH
2
CHPh
2
69
1,3 ±
±±
± 0,2
-CH
2
C(O)NHCH
2
CH
2
Ph68
1,0 ±
±±
± 0,2
-CH
2
Ph67
4,1 ±
±±
± 0,3
66
IC
50
±
±±
± SEM M)
R
NC(O)Ph
(67-68)
(70)
Figura 15 – Estrutura e atividade dos novos derivados obtidos de inibidores de
catepsina-G e a representação do composto mais potente (72) no sítio ativo da enzima
obtida através de estudos de docking (adaptado GRECO et al, 2002; MARYANOFF,
2004).
Sheng e colaboradores (SHENG et al., 2006), com o objetivo de
aumentar a afinidade de agentes antifúngicos azólicos, utilizaram as
metodologias de QSAR-3D (relação quantitativa entre a estrutura química e a
atividade tridimensional), CoMFA (Comparative Molecular Field Analysis)
(CRAMER et al., 1988) e CoMSIA (Comparative Molecular Similarity Indices
Analysis) (KLEBE et al., 1994), utilizando uma série de 40 compostos
congêneres (72-75) previamente sintetizados e avaliados biologicamente como
banco de dados (Figura 16) (SHENG et al., 2003; SHENG, et al., 2004) e
30
estudaram o modo de ligação dos mesmos, através da metodologia de docking
flexível (ROSENFELD et al., 1995).
N N N
N
N
OH
F
F
R
N N N
N
N
O
H
R
F
F
N N N
N
N
OH
F
F
O
R
N N N
N
N
OH
F
F
R
(72)
R = 4-COCH
3
, 4-CHO,
4-CN, 3-CF
3
, 4-C(CH
3
)
3
(73)
R = 4-piridina, 2-piridina,
4-CF
3
-6-Cl-2-piridina
R = H, 4-F, 4-Cl, 2-Cl, 4-NO
2
, 3-
NO
2
, 4 -CH
3
, 3-CH
3
, 2-CH
3
, 4-
OCH
3
, 2-OCH
3
, 4-NH
2
,
4-C(CH
3
)
3
(74)
R = 4-F, 2-F, 4-Cl, 3-Cl, 2-Cl, 4-Br, 4-
I, 3-I, 2,4-Cl, 2-F-4-Br, 2-Br-4-F, 2-Br-
5-F, 2-Cl-5-NO
2
, 2-NO
2
, 4 CH
3
, 3-
CH
3
, 4 –CH
2
CH
3
, 4-CN, 4-C(CH
3
)
3
(75)
Figura 16 – Banco de dados utilizado para os estudos de QSAR 3D e docking
flexível (SHENG et al., 2006).
A Figura 17 (A, B, e C) ilustra os resultados dos mapas de contorno
eletrostático (A), estérico (B) e hidrofóbico (C) dos modelos tridimensionais
gerados nestes estudos e os resultados do docking de (75) no sítio ativo da
enzima lanosterol 14-α-desmetilase (P450
14DM
, CYP51) (D, Figura 17), obtida
por homologia a partir da esterol 14-α-desmetilase de Mycobacterium
tuberculosis (MTCYP51), que é o único cristal da família CYP51 conhecido
(SHENG et al., 2002). Antifúngicos azólicos agem por inibição competitiva da
enzima lanosterol 14-α-desmetilase (P450
14DM
, CYP51), enzima que catalisa a
remoção oxidativa do grupo 14α-metila do lanosterol. Sua inibição leva a um
acúmulo de lonasterol e outros esteróis 14-metilados promovendo a redução do
crescimento dos fungos (SHENG et al., 2006).
31
F
F
OH
NN
N
N
N
O
Cl
F
F
OH
NN
N
N
N
CH
3
CH
3
CH
3
(A) (B) (C)
(D)
(74)
(74)
(74)(74)
(75)
(75)
S2
Heme
Ligação-H
π
ππ
π- π
ππ
π
Hidrofóbicas
S1
Hidrofóbicas
Figura 17 – (A) Mapa de contorno do campo eletrostático do CoMFA – áreas
favoráveis a substituintes positivamente carregados em vermelho; (B) Mapa de
contorno do campo estérico do CoMFA - áreas estericamente favorecidas em verde;
(C) Mapa de contorno do campo hidrofóbico do CoMSIA – regiões favorecidas com
substituintes hidrofóbicos em verde; (D) Resultado do docking flexível do composto
(72) no sítio ativo da CACYP51 (adaptado de SHENG et al., 2006).
32
A partir dos resultados mostrados na Figura 17, os autores
construíram um modelo farmacofórico baseado no biorreceptor, para orientar
a etapa de otimização dos agentes antifúngicos azólicos, de modo racional
(Figura 18). Neste modelo, primeiramente, foi estudado a substituição do
espaçador, de modo a restringir a cadeia lateral numa conformação ideal
para maior interação ligante-biorreceptor. Ligado a este espaçador foi
incluído um grupamento fenila capaz de formar interações do tipo
empilhamento π - π com a Tyr 118, presente no sítio ativo da CACYP51. Na
posição para deste anel fenílico foi incluído um grupamento aceptor de
ligação-H, capaz de formar interações adicionais deste tipo com a Ser 378.
Finalmente, com o intuito de formar interações de van der Waals e
hidrofóbicas com os resíduos presentes na região S2 da enzima (Figura 17,
Leu 87, Leu 88, Leu 121, Pro230, Ile 231, Phe 233, Val 234 e Met 508),
foram introduzidos grupamentos hidrofóbicos e volumosos ligados ao
grupamento aceptor de ligações-H (SHENG et al., 2006).
Com base no modelo farmacofórico descrito na Figura 18, os
autores trocaram o espaçador piperazinila da série protótipo (72-75) pelo
grupo N-CH
3
, modificação que, de acordo com os estudos de docking
flexível realizados concomitantemente, permitiu ao grupamento fenila ligado,
fazer interações do tipo empilhamento π - π com Tyr 118, levando aos
compostos da série A (76) (Figura 18). Esta nova série foi avaliada in vitro
quanto a sua atividade antifúngica e se mostrou mais potente e de mais
amplo espectro (SHENG et al., 2006).
33
A rie B (77) (Figura 18) foi planejada e sintetizada introduzindo
um grupamento amídico (aceptor de ligação-H) na posição para do
grupamento fenila, de forma a viabilizar a interação com a Ser 378 do
biorreceptor-alvo. Da mesma maneira que na série anterior, grupamentos
hidrofóbicos e volumosos foram introduzidos produzindo uma série mais
ativa que a série inicial (SHENG et al., 2006).
Finalmente, os autores trocaram o grupamento amida da série (B)
(77) pela subunidade triazolona na série C (78) (Figura 18), considerando
que esta subunidade além de poder participar das interações do tipo de
ligações-H com a Ser 378, pode também, ajustar as propriedades físico-
químicas das substâncias, adequando seu perfil de lipossolubilidade. Os
derivados desta série se mostraram os mais ativos quanto ao seu perfil
antifúngico in vitro e estão sendo avaliados quanto aos seus perfis
farmacológicos e toxicológicos, exemplificando a utilização da modelagem
molecular na otimização de bioligantes (SHENG et al., 2006).
34
F
F
OH
N
N
N
N CH
2
CH
3
N
N
N X
O
R
F
F
OH
NN
N
N
N CH
2
R
R
F
F
OH
N
N
N
N CH
2
CH
3
R
F
F
OH
N
N
N
N CH
2
CH
3
NHCO
(75)
Série protótipo
(76)
Série A
(77)
Série B
Coordenação com
heme
F
F
OH
N
N
N
Espaçador
Aceptor de
ligação H
Grupos hidrofóbicos
e volumosos
S1 - Interação hidrofóbica
Ala 114, Phe 126, Leu 139, Met 140,
Phe 145, Ile 304 E Met 306
S2
Ligação-H
Ser 378
Tyr 118
Interação π
ππ
π - π
ππ
π
Interação hidrofóbica e Van der Waals
Leu 87, Leu 88, Leu 121, Pro230, Ile 231,
Phe 233, Val 234 e Met 508
(78)
Série C
Figura 18 - Modelo farmacofórico baseado no biorreceptor-alvo e gênese das novas
séries de agentes antifúngicos planejadas racionalmente (adaptado SHENG et al.,
2006).
35
1.3 A DESCOBERTA DE NOVO CANDIDATO A PROTÓTIPO DE FÁRMACO
ANTIINFLAMATÓRIO (LASSBio-259):
O emprego dos antiinflamatórios não esteroidais (AINEs) de segunda
geração (Figura 19) visa a inibição seletiva da isoenzima ciclooxigenase-2
(COX-2) em relação a COX-1, com o objetivo de reduzir os efeitos
gastroirritantes causados pelos AINEs clássicos, não-seletivos, como por
exemplo a indometacina (79) (SCHWAB, et al., 2003).
N
CH
3
O
C
O
O
H
CH
3
O
Cl
(79)
Indometacina
N
N
H
3
C
CF
3
SO
2
NH
2
N
N
CH
3
SO
2
NHCH
3
Cl
(60)
Celecoxib
(62)
Etoricoxib
IC
50
COX-1 = 0,19 µM
IC
50
COX-2 = 0,44 µM
IS= 0,4
IC
50
COX-1 = 6,7 µM
IC
50
COX-2 = 0,87 µM
IS = 7,6
IC
50
COX-1 = 116 µM
IC
50
COX-2 = 1,1 µM
IS = 106
Figura 19 – Índice de seletividade (IS = IC
50
COX-1/IC
50
COX-2) dos AINEs:
indometacina (79), celecoxib (60) e etoricoxib (62) no modelo de sangue total
(RIENDEAU et al.,2001)
O nimesulido (80) (SWINGLE et al., 1976) é empregado como agente
antiinflamatório desde 1985, i.e. antes da descoberta da COX-2, ocorrida em
1991 (XIE et al., 1991), e por não apresentar a função ácido carboxílico, típica
dos derivados AINEs clássicos, seus efeitos antiinflamatórios foram
inicialmente atribuídos às propriedades antioxidantes, decorrentes da presença
36
em sua estrutura da subunidade para-nitrofenila acoplada à função
sulfonilamina (RABASSEDA, 1996; BARREIRO e FRAGA, 2001).
A identificação do nimesulido (80) como inibidor seletivo da COX-2,
levou à busca de novos análogos possuindo em suas estruturas a subunidade
metilsulfonilamino, grupo farmacofórico que caracteriza a classe dos sulidos
exemplificada por NS-398 (81) (FUTAKI et al., 1993), flosulido (82) (KLEIN et
al., 1994; KLEIN, et al., 1995) e L-745,337 (83) (LI et al., 1995) (Figura 20).
O
N
O
2
NHSO
2
CH
3
O
N
O
2
NHSO
2
CH
3
O
NHSO
2
CH
3
F
F
O
S
NHSO
2
CH
3
F
F
O
(80)
Nimesulido
IC
50
COX-1 = 4,1 µM
IC
50
COX-2 = 0,56 µM
IS= 7,3
(83)
L-745,337
(81)
NS-398
(82)
Flosulido
IC
50
COX-1 = 4,81 µM
IC
50
COX-2 = 0,47 µM
IS= 10,2
IC
50
COX-1 = >100 µM
IC
50
COX-2 = 9,67 µM
IS >10,3
IC
50
COX-1 = 780 nM
IC
50
COX-2 = 9 nM
IS= 90
IC
50
COX-1 = 1900 nM
IC
50
COX-2 = 9 nM
IS= 300
IC
50
COX-1 = >50000 nM
IC
50
COX-2 = 9 nM
IS >300
IC
50
COX-1 = >50000 nM
IC
50
COX-2 = 21 nM
IS >200
(A)
(A)
-
(B)
(B)
Figura 20 – Índice de seletividade (IS = IC
50
COX-1/IC
50
COX-2) dos sulidos:
nimesulido (80), NS-398 (81), flosulido (82) e L-745,337 (83). (A) Inibição de COX-1 e
COX-2 no modelo de sangue total (DANNHARDT e KIEFER, 2001; RIENDEAU et
al.,2001); (B) Inibição da produção de PGE
2
em células CHO trasfectadas com COX-1
e COX-2 humanas (LI et al., 1995; RIENDEAU et al.,1997).
37
Na busca de novos candidatos a protótipos de fármacos
antiinflamatórios, explorando as ferramentas da Química Medicinal, Barreiro e
colaboradores (LAGES et al., 1998) descreveram o planejamento, a síntese e a
avaliação farmacológica de novos análogos do flosulido (82) desenhados a
partir do safrol (84), produto natural brasileiro abundante (Figura 21).
Admitindo que, a exemplo da carbonila do sistema indanônico
presente no protótipo flosulido (82), um dos átomos de oxigênio do sistema 1,3-
benzodioxola, mantido em posição para ao grupamento farmacofórico
metilsulfonilamino, poderia interagir com o sítio enzimático da enzima COX-2
como um aceptor de ligação-H, os autores desenharam os novos candidatos à
agentes antiinflamatórios apresentando a estrutura geral 85, explorando esta
nova relação bioisostérica (LAGES et al., 1998; BARREIRO e FRAGA, 2001;
LIMA e BARREIRO, 2005). Adicionalmente, a partir do bioisosterismo clássico
entre -O- e -CH
2
-, os autores planejaram a substituição da subunidade
difeniléter de (82) pela unidade difenilmetano nos novos derivados 1,3-
benzodioxólicos 85 (Figura 21) (LAGES et al., 1998; BARREIRO e FRAGA,
2001).
O
O
NHSO
2
CH
3
F
F
O
O
(82)
Flosulido
(84)
Safrol
(85)
(85a) W = H, R = -NHSO
2
CH
3
(85b) W = CF
3
, R = -NHSO
2
CH
3
(85c) W = H, R = -SO
2
NHCH
3
(85d) W = H, R = -SO
2
NHPh
Bioisosterismo
clássico
Bioisosterismo
de anéis
Retroisósteros
O
O
R
W
Figura 21 – Planejamento estrutural dos safrosulidos 85 a partir do flosulido (82)
(LAGES et al., 1998)
38
A atividade antiinflamatória dos novos compostos 85 foi determinada
in vivo utilizando o modelo de pleurisia induzido por carragenina em
camundongos (OTTERNESS e BLIVEN, 1985) (Tabela 3). Os compostos foram
testados por via oral na dose de 100 µmol/kg, empregando o nimesulido (80),
como substância de referência na mesma dose (LAGES et al., 1998).
Tabela 3 - Ensaio de pleurisia induzido por carragenina em camundongos
dos derivados (85a-d) e nimesulido (80) (LAGES et al., 1998).
Composto
Dose
a
(µ
µµ
µmol/kg)
n
Número de células
(1 x 10
6
células / cavidade)
Inibição
(%)
Goma 5% - 16 34,1 ± 1,6 -
Salina - 5 10,6 ± 1,4 -
(80)
Nimesulido
100 10 23,9 ± 1,5 29,9*
85a
100 8 19,4 ± 2,4 43,1*
85b
100 5 24,7 ± 1,2 24,6*
85c
100 5 18,4 ± 3,2 46,0*
85d
100 5 25,7 ± 2,9 24,6*
a
Todos os compostos foram administrados por via oral; * p<5 (teste t de Student); Resultados expressos
expressa em média ± erro padrão da média.
Os retroisósteros (85a) e (85c) foram capazes de promover
significativa redução do número de células por cavidade, 43,1% e 46,0 %,
respectivamente, atividade superior ao nimesulido (80). Ao contrário de (85c),
(85a), denominado LASSBio-259, foi capaz de inibir significativamente o edema
de pata de rato induzido por carragenina na quarta hora (LAGES et al., 1998).
Os compostos testados não provocaram lesões na mucosa gástrica dos
animais estudados, quando administrados por via oral em doses seis vezes
superiores àquelas utilizadas nos ensaios de inflamação (BARREIRO e
FRAGA, 2001).
39
Visando a racionalização estrutural da diferença de atividade
observada entre os derivados (85a-d) e com o objetivo de otimizar esta
atividade dos novos candidatos de fármacos antiinflamatórios, Barreiro e
colaboradores, a partir da disponibilidade da estrutura cristalográfica da COX-2
(1CX2) no Protein Data Bank (PDB), criaram um modelo preditivo do sítio ativo
da COX-2 e estudaram o provável modo de ligação destes derivados
empregando dinâmica molecular (RODRIGUES et al., 2002). A Figura 22
evidencia que a presença do anel fenila na subunidade farmacofórica de (85d)
provoca interações desfavoráveis no sítio ativo da COX-2, afastando o
grupamento farmacofórico dos principais sítios de interação (B, Figura 22), o
que não ocorre com os derivados metilados (85a
e 85c) (A, Figura 22)
(BARREIRO e FRAGA, 2001; RODRIGUES et al., 2002).
40
OO
NS
HH
3
C
O
O
(85a)
OO
NS
HH
3
C
O
O
(85a)
OO
SN
H
3
C
H
O
O
(85c)
OO
SN
H
3
C
H
O
O
(85c)
OO
SN
H
O
O
(85d)
OO
SN
H
O
O
(85d)
A
B
Figura 22 – Estudos de dinâmica molecular dos derivados (85). (A) Sobreposição dos
complexos entre os retroisósteros (85a, LASSBio-259) e (85c) e os resíduos do sítio
ativo da COX-2; (B) Representação do complexo entre (85d) e os resíduos do sítio
ativo da COX-2 (RODRIGUES et al., 1998).
Estudos posteriores de dinâmica molecular indicaram a presença do
resíduo Tyr-385 no sítio ativo da enzima COX-2, distante ca. 4,3 Å dos
grupamentos fenilas de LASSBio-259 (85a) e de (85c), capaz de interagir por
empilhamento π - π (VERLI, 2002; BARREIRO e FRAGA, 2001). Estas
observações anteciparam a possibilidade da introdução de novas modificações
41
estruturais nos compostos-protótipos, visando maximizar estas novas
interações. Com base nestas observações, os derivados 86, oxa-homólogos,
foram estruturalmente planejados visando a otimização estrutural de 85.
Entretanto, os novos derivados 86 não apresentaram atividade nos modelos de
edema de pata de rato e pleurisia em camundongos induzidos por carragenina
nas doses de 100 µmol/kg e 300 µmol/kg por via oral (SILVA et al., 2000),
sugerindo que o aumento do grau de liberdade conformacional introduzido em
86, em relação à 85, pode ter sido deletério à atividade pretendida.
O
O
O
R
(86a) W = H, R = -NHSO
2
CH
3
(86c) W = H, R = -SO
2
NHCH
3
(86)
Estes resultados, inesperados, poderão ser úteis no planejamento
estrutural de novas ries congêneres de 85, capazes de representarem nova
tentativa de otimização.
Recentemente, Danhardt e colaboradores (DANHARDT et al., 2002)
estudaram a importância da presença da função carbonila como espaçador em
classe de compostos estruturalmente relacionados ao derivado LASSBio-259
(85a) e investigaram, ainda, a contribuição dos grupamentos sulfonilamina e
acetilamina em diferentes posições do anel fenila de 87 em relação à
seletividade in vitro entre as enzimas COX-1 e COX-2 (Tabela 4). De modo
geral, os compostos obtidos pelos autores apresentaram uma maior
seletividade pela COX-1, tendo os derivados amídicos (87f-h) maior afinidade
por ambas isoenzimas do que os derivados sulfonilamínicos correspondentes
42
(87a-d) (DANHARDT et al., 2002). Os autores evidenciaram, ainda, maior
afinidade para os compostos contendo como grupamento espaçador a função
carbonila (87a-j) em relação aos derivados mais flexíveis (87l e 87m) e mesmo
aqueles mais rígidos (87n) (DANHARDT et al., 2002).
Tabela 4 – IC
50
COX-1
a
e COX-2
b
dos derivados benzofenônicos (87) (adaptado de
DANHARDT et al., 2002).
N
H
X
R''
R'
R
(87)
RR’ = O;
R = OH, R = H;
RR’ = H
R’ = arila, CH
3
;
X = SO
2
, CO;
2
3
4
Posição R
R
R
R
R
X
IC
50
COX-1
(µ
µµ
µM)
IC
50
COX-2
(µ
µµ
µM)
Indometacina
(79)
- - - - 0,0005 0,0043
87a
2 O CH
3
SO
2
1,12 13,7
87b
2 O Ph SO
2
0,40 -
87c
2 O
4-CH
3
-Ph
SO
2
0,35 -
87d
2 O
4-Cl-Ph
SO
2
0,58 9%
c
87e
2 O
CH
3
CO >10 -
87f
2 O Ph CO 2,09 2,55
87g
2 O 4-CH
3
-Ph CO 0,32 0,61
87h
2 O 4-Cl-Ph CO 0,18 0,24
87i
3 O CH
3
SO
2
0,25 -
87j
4 O CH
3
SO
2
4,11 -
87l
2 OH H CH
3
SO
2
>10 -
87m
2 H H CH
3
SO
2
>10 -
87n
O
NHSO
2
CH
3
>10 -
a) ensaio de inibição da COX-2 em células intactas (DANHARDT et al., 1998) b) Inibição da
COX-2 induzida por LPS em monócitos (Fiebich et al., 1996) c)% de inibição na concentração
de 10µM.
43
Em trabalho posterior, Khanapure e colaboradores (KHANAPURE et
al., 2003) descreveram a síntese e avaliação famacológica de derivados 1,3-
benzodioxólicos (88), inibidores seletivos da COX-2, estruturalmente
relacionados ao LASSBio-259 (85a) (Tabela 5). Os autores estudaram
compostos com o grupo farmacofórico separado por um anel fenílico na
posição 6 do anel 1,3-benzodioxólico (anel central) e obtiveram uma série de
compostos alquílicos (88a-b) e arílicos (88c-f) com espaçadores do anel central
representados pelos grupos metilideno (88a), metileno (88b-d) e carbonila
(88e-f) (Tabela 5) (KHANAPURE et al., 2003). Entre os derivados alquílicos
(88a-b), a introdução da dupla ligação em (88a) entre o substituinte cicloalquila
e o anel central melhorou o perfil de inibição da COX-2, enquanto que dentre
os derivados arílicos (88c-f), os compostos substituídos com o grupamento
flúor em meta (88d e 88f) apresentaram maior inibição da COX-2. Os autores
evidenciaram que o anel 1,3-dioxolano contribuiu significativamente para
inibição da COX-2, como pode ser evidenciado pela comparação com o perfil
de atividade dos derivados 89, sem o anel (Tabela 5) (KHANAPURE et al.,
2003).
44
Tabela 5 – Inibição da COX-1 e COX-2 dos derivados 88 e 89 no ensaio de sangue
total humano (HWB) (KHANAPURE et al., 2003).
O
O
R
SO
2
CH
3
R
SO
2
CH
3
(88) (89)
R
COX-1
(100µ
µµ
µM)
COX-2
(10µ
µµ
µM)
COX-2
(1µ
µµ
µM)
88ª
50%
90% 40%
88b
50%
75% 20%
88c
65% 50% 10%
88d
F
25% 90% 40%
88e
O
75% 65% 25%
88f
F
O
50% 95% 50%
89a
60% 90% 50%
89b
F
35% 10% 0
89c
F
O
45% 40% 10%
Celecoxib
(60)
- - 100 75%
45
2
2
.
.
O
O
b
b
j
j
e
e
t
t
i
i
v
v
o
o
s
s
e
e
P
P
l
l
a
a
n
n
e
e
j
j
a
a
m
m
e
e
n
n
t
t
o
o
E
E
s
s
t
t
r
r
u
u
t
t
u
u
r
r
a
a
l
l
No âmbito de um programa de pesquisas que visa o planejamento
estrutural, a síntese e a avaliação das propriedades farmacológicas de novos
candidatos a protótipos de fármacos, este trabalho visa a otimização do perfil
antiinflamatório e analgésico do derivado LASSBio-259 (85a)(LAGES et al.,
1998). Neste contexto, tem-se por objetivo a construção de nova série
congênere de derivados 1,3-benzodioxólicos funcionalizados, planejados
através de modificações moleculares utilizando as ferramentas da Química
Medicinal e a sua avaliação farmacológica (Figura 23).
2.1 PLANEJAMENTO ESTRUTURAL DOS NOVOS COMPOSTOS 91 - 95 A
PARTIR DO COMPOSTO-PROTÓTIPO ANTIINFLAMATÓRIO E
ANALGÉSICO LASSBio-259 (85a):
Aplicando-se a estratégia do bioisosterismo (BARREIRO e FRAGA,
2001), o desenho estrutural do novo composto N-(6-(fenilmetil)-1,3-
benzodioxol-5il)acetamida (91, LASSBio-1069) da série proposta inspirou-se na
troca isostérica do grupamento N-mesila de (85a) pela subunidade N-acetila
presente no fármaco analgésico e antipirético acetaminofeno (90) (Figura 23).
A série dos compostos 92, por sua vez, foi planejada a partir da restrição
conformacional (BARREIRO e FRAGA, 2001) promovida pela troca do grupo
metileno, presente no protótipo (85a), por uma carbonila cetônica, capaz de
promover, através de ligação-H intramolecular com os substituintes orto, a
restrição conformacional desejada envolvendo o oxigênio carbonílico e o NH do
46
grupo farmacofórico presente na posição 6. Aplicando-se a estratégia de
transposição de grupo farmacofórico, planejou-se a rie dos compostos 93
pela troca do grupamento R (grupo farmacofórico) da posição 6 do anel A de
(92) para a posição 4 do anel B, adicionando-se na posição 6 o substituinte
metila, que visa manter a restrição estérica da série anterior (92) (Figura 23).
Os grupamentos R eleitos na série 93 são grupamentos farmacofóricos
característicos da classe dos antiinflamatórios não esteroidais clássicos e de
segunda geração ou seus isósteros, isto é, ácido carboxílico e seu isóstero
nitro, metilsulfona, metilsulfonilamino e acetilamino e hidrazida, este último
identificado no LASSBio como um novo ponto farmacofórico relevante para
compostos aniinflamatórios não-esteroidais de segunda geração
4
. Com o
objetivo de se verificar a importância da carbonila cetônica na rie dos
compostos 93, os derivados hidroxilados 94 e metilênico 95 correspondentes,
foram preparados e avaliados farmacologicamente (Figura 23). Ademais, os
novos derivados planejados 91 - 95 contemplam o perfil farmacocinético
preconizado por Lipinski no que se refere à regra dos cinco (LIPINSKI et al.,
1997; LIPINSKI, 2004).
4
LIMA, L. M., resultados não publicados.
47
O
NHSO
2
CH
3
F
F
O
O
NHSO
2
CH
3
F
F
O
O
O
NHSO
2
CH
3
O
O
NHSO
2
CH
3
R = -NHSO
2
CH
3
(92c)
-NHCOCH
3
(92d)
O
O
R
O
O
O
R
O
O
O
NHCOCH
3
O
O
NHCOCH
3
Bioisosterismo
Bioisosterismo
Restrição
Conformacional
Transposição de
Grupo
Farmacofórico
R = -SO
2
CH
3
(93b)
-NO
2
(93c)
-NHSO
2
CH
3
(93e)
-NHCOCH
3
(93f)
-CO
2
H (93i)
-CONHNH
2
(93j)
O
O
O
CH
3
R
O
O
O
CH
3
R
O
O
OH
CH
3
R
O
O
OH
CH
3
R
O
O
CH
3
R
O
O
CH
3
R
Antinociceptivo e
antiinflamatório
(LAGES et al., 1998)
(82)
Flosulido
(85a)
LASSBio-259
(91)
LASSBio-1069
(92)
(93)(94)
(95)
A
B
B
A
6
6
4
(84)
Safrol
O
O
(84)
Safrol
O
O
H
O
NHCOCH
3
(90)
Acetaminofeno
H
O
NHCOCH
3
4
Figura 23 – Planejamento estrutural das novas séries de derivados 91 - 95 a partir do
composto-protótipo antiinflamatório e analgésico LASSBio-259 (85a).
48
3
3
.
.
R
R
e
e
s
s
u
u
l
l
t
t
a
a
d
d
o
o
s
s
e
e
D
D
i
i
s
s
c
c
u
u
s
s
s
s
ã
ã
o
o
3.1 SÍNTESE DOS NOVOS COMPOSTOS PLANEJADOS:
3.1.1 SÍNTESE DOS COMPOSTOS DAS SÉRIES 91 E 92 PLANEJADOS
ESTRUTURALMENTE A PARTIR DO COMPOSTO-PROTÓTIPO
ANTIINFLAMATÓRIO E ANALGÉSICO LASSBio-259 (85a):
A síntese dos novos compostos das séries 91 e 92 foi baseada na
análise retrossintética ilustrada no Esquema 1.
O composto (97) foi identificado como intermediário-chave das séries
91 e 92 e pode ser obtido a partir do piperonal (96), através da construção de
ligação C-C, explorando reação de adição à carbonila do reagente de Grignard
correspondente. O piperonal (96) pode ser obtido a partir do safrol (84), através
de uma desconexão C-C e interconverção de grupos funcionais (IGF),
explorando a isomerização da dupla ligação e cisão oxidativa, conforme
descrito por Barreiro e colaboradores em 1985 (BARREIRO et al., 1985)
(Esquema 1).
O derivado difenil-metano (99), precursor da série 91, pode ser
obtido a partir do intermediário-chave (97), por interconversão clássica de
grupos funcionais envolvendo etapa de redução do álcool secundário a
metileno.
Por desconexão da ligação N-C (etapa a, Equema 1) do derivado
acetilamino (91c), pode-se identificar o composto 6-amino correspondente
(91b) como seu precursor, através de uma reação de N-acilação. O derivado 6-
49
amino (91b) pode ser obtido a partir do derivado 6-nitro (91a), através da
interconversão de grupos funcionais (redução) e finalmente, o derivado 6-nitro
(91a) pode ser obtido a partir do derivado difenil-metano (99), explorando uma
reação de substituição eletrofílica aromática da posição 6 do anel 1,3-
benzodioxola (Esquema 1).
IGF
C-C
(92b) R = -H
(92c) R = -SO
2
CH
3
(92d) R = -COCH
3
O
O
OH
O
O
O
O
H
O
O
O
IGF
N-C ou N-S
IGF
(84)
Safrol
(96)
Piperonal
(97)
(91)
(92)
O
O
O
IGF
IGF
O
O
NO
2
(99)
(100)
C-N
C-N
O
O
O
NO
2
C-C
C-C
IGF
N-C
(91a)
(92a)
O
O
NHR
O
O
O
NHR
(91b) R = -H
(91c) R = -COCH
3
Intermediário
chave
etapa a
etapa b’
etapa a’
Esquema 1 – Análise retrossintética dos novos compostos das séries 91 e 92
planejados estruturalmente a partir do composto-protótipo antiinflamatório e analgésico
LASSBIO-259 (85a).
O derivado benzofenônico (100), precursor da série 92, pode ser
obtido a partir do intermediário-chave (97), através da interconversão de grupos
funcionais (oxidação). Por desconexões da ligação N-C (etapa a’, Esquema 1)
50
do derivado acetilamino (92d) e da ligação N-S (etapa b’, Esquema 1) do
derivado metilsulfonilamino (92c), pode-se identificar o composto 6-amino
correspondente (92b) como seu precursor, explorando reações de N-acilação.
O derivado 6-amino (92b) pode ser obtido a partir do derivado 6-nitro (92a),
através da interconversão de grupos funcionais (redução) e finalmente, o
derivado 6-nitro (92a) pode ser obtido a partir do derivado benzofenônico (100),
explorando uma reação de substituição eletrofílica aromática na posição 6 do
anel 1,3-benzodioxola (Esquema 1).
A metodologia sintética empregada na obtenção dos compostos das
séries 91 e 92 partiu do piperonal (96), que pode ser obtido a partir clivagem
oxidativa do isosafrol (98), por sua vez obtido a partir da isomerização do safrol
(84), em três etapas, com 75% de rendimento (Esquema 2) (BARREIRO et al.,
1985; BARREIRO e FRAGA, 1999). O piperonal (96) foi submetido às
condições da reação de Grignard, utilizando-se bromobenzeno, magnésio
metálico e iodo em THF, levando ao composto (97) com 80% de rendimento,
intermediário-chave de ambas as séries (Esquema 2) (FURNISS et al., 1991;
LAGES et al. , 1998).
Uma vez obtido e caracterizado estruturalmente, o composto (97),
previamente descrito por Barreiro e colaboradores (LAGES et al., 1998), foi
reduzido ao derivado difenil-metano (99) com 90% de rendimento, utilizando-se
borohidreto de sódio, ácido trifluoracético em diclorometano à temperatura
ambiente e foi subseqüentemente submetido à funcionalização regiosseletiva
da posição 6 do anel 1,3-benzodioxólico, através da reação de nitração,
empregando-se ácido nítrico concentrado em ácido acético glacial à
51
temperatura ambiente, levando ao composto LASSBio-1067 (91a) em 90% de
rendimento (Esquema 2) (LAGES et al., 1998). A análise do espectro de
infravermelho (IV) de LASSBio-1067 (91a) revelou a presença do grupamento
nitro, pela presença das bandas de absorção em 1520 e 1319 cm
-1
e
adicionalmente, a presença de dois singletes em 7,46 e 6,60 ppm na região de
hidrogênios aromáticos do espectro de RMN
1
H deste composto, confirmou a
presença do padrão AB deste anel 1,2,4,5-tetrassubstituído.
Uma vez caracterizado estruturalmente, o composto LASSBio-1067
(91a) foi submetido à redução do grupamento nitro, empregando-se ferro
metálico em meio ácido (LAGES et al., 1998), o que forneceu a anilina
correspondente (91b) em 73% de rendimento. Em seguida, a acetilação de
LASSBio-1068 (91b) (LAGES et al., 1998) forneceu o derivado N-acetilado
LASSBio-1069 (91c) em 80% de rendimento (Esquema 2). As bandas de
absorção em 3293 e 3026 cm
-1
observadas no espectro de IV de LASSBio-
1069 (91c), referem-se à deformação axial do grupo N-H, enquanto a banda
em 1653 cm
-1
caracteriza a deformação da carbonila.
52
O
O
O
O
O
O
O
H
O
(96)
Piperonal
O
O
OH
O
O
R
(99)
(91)
O
O
(84)
Safrol
O
O
a
(98)
O
O
(84)
Safrol
O
O
aa
(98)
(97)
(90) R = H
(91a) LASSBio-1067 R = -NO
2
(91b) LASSBio-1068 R = -NH
2
(91c) LASSBio-1069 R = -NHCOCH
3
h
i
g
(90) R = H
(91a) LASSBio-1067 R = -NO
2
(91b) LASSBio-1068 R = -NH
2
(91c) LASSBio-1069 R = -NHCOCH
3
h
i
g
(100)
(92)
O
O
R
O
(91) R = H
(92a) LASSBio-1045 R = -NO
2
(92b) LASSBio-1046 R = -NH
2
(92c) LASSBio-1065 R = -NHSO
2
CH
3
(92d) LASSBio-1066 R = -NHCOCH
3
h
g
i
(91) R = H
(92a) LASSBio-1045 R = -NO
2
(92b) LASSBio-1046 R = -NH
2
(92c) LASSBio-1065 R = -NHSO
2
CH
3
(92d) LASSBio-1066 R = -NHCOCH
3
h
g
ii
b, cb, c
e
d
f
a) KOH aq. 3 N, n-BuOH, t.a., 3 h; b) O
3
/O
2
, AcOH, 0 °C, 1 h; c) Znº, AcOH (75%, 3 etapas) (BARREIRO
et al., 1985); d) Mg
0
, I
2
, THF, PhBr (80%) (LAGES et al. , 1998); e) NaBH
4
, CF
3
CO
2
H, CH
2
Cl
2
, 0
o
C. (90%)
(LAGES et al. , 1998); f) KMnO
4
, Al
2
O
3
, CH
2
Cl
2
, t.a.
(80%) (QUICI e REGEN , 1969); g) HNO
3
65%,
AcOH, t.a. (70% - 90%); h) Fe
0
, NH
4
Cl, EtOH:H
2
O(1:1), refluxo, 5h. (73-81%) (LAGES et al., 1998); i) AcCl
ou MsCl, Py, CH
2
Cl
2
, t.a. (80-86%) (LAGES et al., 1998);
Esquema 2 – Rota sintética para a obtenção dos derivados das séries 91 e 92 a partir
do safrol (84).
Para a obtenção dos derivados da série 92, o intermediário-chave
(97) foi oxidado ao derivado benzofenônico (100) em 80% de rendimento,
utilizando-se permanganato de potássio, alumina em diclorometano (QUICI e
REGEN, 1979). A análise do espectro de infravermelho (IV) de (91) apresentou
uma banda de deformação axial da carbonila em 1643 cm
-1
, característica de
cetonas conjugadas com sistemas aromáticos (SILVERSTEIN et al., 1994). A
conjugação da carbonila com o sistema aromático pôde ser confirmada através
do espectro de ultravioleta (UV), onde se observou a banda de transição
53
eletrônica π-π* em sistemas conjugados do tipo benzofenona λ
máx
= 238 nm e
de ε
máx
= 18007 (SILVERSTEIN et al., 1994). Além disso, a presença da banda
n-π*em λ = 316 nm, característica da função cetona, foi observada (Figura 24).
Figura 24 – Espectro de ultra-violeta da benzofenona (100).
Uma vez caracterizada estruturalmente, a benzofenona (100) foi
submetida à funcionalização regiosseletiva da posição 6 do anel 1,3-
benzodioxólico, através da reação de nitração, empregando-se ácido nítrico
concentrado em ácido acético glacial à temperatura ambiente, levando ao
composto LASSBio-1045 (92a) em 70% de rendimento. A análise do espectro
de infravermelho (IV) de LASSBio-1045 (92a) revelou a presença do
grupamento nitro, pela presença das bandas de absorção em 1516 e 1329 cm
-1
e adicionalmente, a presença de dois singletes em 7,66 e 6,82 ppm na região
dos hidrogênios aromáticos do espectro de RMN
1
H deste composto, confirmou
a presença do padrão AB deste anel aromático 1,2,4,5-tetrassubstituído.
O composto LASSBio-1045 (92a) foi submetido à redução
quimiosseletiva do grupamento nitro, empregando-se ferro metálico em meio
ácido (LAGES et al., 1998), o que forneceu a anilina correspondente LASSBio-
54
1046 (92b), em 81% de rendimento. Em seguida, a mesilação e a acetilação de
LASSBio-1046 (92b) (LAGES et al., 1998) forneceram os derivados N-mesilado
LASSBio-1065 (92c) e N-acetilado LASSBio-1066 (92d) em 84% e 86% de
rendimento, respectivamente (Esquema 2). A presença de uma ligação-H
intramolecular nos compostos LASSBio-1065 (92c) e LASSBio-1066 (92d)
pôde ser evidenciada pela análise dos espectros de infravermelho devido ao
alargamento das bandas correspondentes à deformação axial do grupo N-H e a
diminuição da sua frequência (3015 cm
-1
) quando comparadas ao composto
(91c) (3293 cm
-1
), derivado não benzofenônico (Figura 25) (SILVERSTEIN et
al., 1994). A diminuição da freqüência das bandas que caracterizam a
deformação axial da carbonila benzofenônica nos espectros dos compostos
LASSBio-1065 (92c) e LASSBio-1066 (92d) (1627 cm
-1
), em relação ao
composto não substituído (100) (1643 cm
-1
) e o aumento da freqüência da
banda que caracteriza a deformação axial da carbonila do grupamento amida
de LASSBio-1066 (92d) (1691 cm
-1
), comparada com LASSBio-1069 (91c)
(1653 cm
-1
), indicaram a formação de ligação-H intramolecular entre o oxigênio
da carbonila cetônica e o hidrogênio amídico dos substituintes em orto dos
compostos LASSBio-1065 (92c) e LASSBio-1066 (92d) (Figura 25)
(SILVERSTEIN et al., 1994).
55
O
O
O
(100)
O
O
N
O
H
OH
3
C
O
O
N
H
OH
3
C
O
O
N
O
S
H
H
3
C
O
O
(92c)
LASSBio-1065
(92d)
LASSBio-1066
(91c)
LASSBio-1069
1643 cm
-1
1653 cm
-1
3293 cm
-1
3026 cm
-1
1627 cm
-1
1627 cm
-1
3015 cm
-1
3116 cm
-1
3060 cm
-1
1691cm
-1
Figura 25 – Principais bandas de absorção nos espectros de IV dos compostos (100),
(91c), (92c) e (92d) caracterizando a participação de ligação-H intramolecular em
(92c) e (92d).
A Tabela 6 apresenta a fórmula molecular, peso molecular, o ponto
de fusão, aspecto físico e o rendimento global da síntese dos novos derivados
das séries 91 e 92.
Tabela 6 – Fórmula molecular, peso molecular, ponto de fusão, aspecto físico e
rendimento global da síntese dos compostos (91a-c) e (91a-d):
X
O
O
R
Composto X
R
R
Fórmula
molecular
Peso
molecular
Rendimento
global
a
(%)
Ponto de
Fusão (°C)
Aspecto
físico
91a
LASSBio-1067
-CH
2
- -NO
2
C
14
H
11
NO
4
257,25 64
61-63
b
Sólido
amarelo
91b
LASSBio-1068
-CH
2
- -NH
2
C
14
H
13
NO
2
227,26 47
Óleo
b
Óleo
marrom
91c
LASSBio-1069
-CH
2
- -NHCOCH
3
C
16
H
15
NO
3
269,39 38 177-179
Sólido
branco
92a
LASSBio-1045
C=O -NO
2
C
14
H
9
NO
5
271,23 56 152-155
Sólido
amarelo-
claro
92b
LASSBio-1046
C=O -NH
2
C
14
H
11
NO
3
241,25 39 163-166
Sólido
amarelo
92c
LASSBio-1065
C=O -NHSO
2
CH
3
C
15
H
13
NO
5
S
319,33 33 173-176
Sólido
amarelo-
claro
92d
LASSBio-1066
C=O -NHCOCH
3
C
16
H
13
NO
4
283,28 39 160-163
Sólido
branco
(a) Calculado a partir do piperonal (96); (b) Compostos descritos por LAGES et al., 1998;
56
3.1.2 SÍNTESE DOS NOVOS DERIVADOS DAS SÉRIES 93, 94 E 95
PLANEJADOS ESTRUTURALMENTE A PARTIR DO COMPOSTO-
PROTÓTIPO ANTIINFLAMATÓRIO E ANALGÉSICO LASSBio-259 (85a):
A síntese dos novos compostos das séries 93, 94 e 95 foi baseada
na análise retrossintética ilustrada no Esquema 3.
O composto 3,4-metilenodioxitolueno (101) foi identificado como
precursor das ries 93, 94 e 95 e pode ser obtido a partir safrol (84), através
de uma desconexão C-C e interconversão de grupos funcionais (IGF), usando
o piperonal (96) como intermediário (Esquema 3) (Lima et al., 1999).
A rie 93 pode ser obtida a partir do precursor 3,4-
metilenodioxitolueno (101), pela construção de ligação C-C, explorando reação
de Friedel-Crafts. A série 93, por sua vez, foi identificada como precursora das
séries de compostos 94 e 95, através de interconversão de grupos funcionais
(IGF), utilizando-se reações de redução da carbonila cetônica ao álcool e
metileno, correspondentes (Esquema 3).
O
O
O
O
H
O
C-C
IGF
(84)
Safrol
(96)
Piperonal
O
O
CH
3
IGF
(101)
(93)
C-C
IGF
O
O
O
CH
3
R
O
O
OH
R
CH
3
IGF
IGF
O
O
R
CH
3
(94)(95)
Esquema 3 – Análise retrossintética dos compostos das séries 94, 95 e 96 planejados
estruturalmente a partir do composto-protótipo antiinflamatório e analgésico LASSBio-
259 (85a).
57
A metodologia sintética empregada na obtenção dos compostos das
séries 93, 94 e 95 explorou o piperonal (96), preparado a partir do safrol (84),
conforme descrito por Barreiro e colaboradores (BARREIRO et al., 1985), como
precursor do 3,4-metilenodioxitolueno (101), obtido pela metodologia de Wolff-
Kishner em 55% de rendimento (4 etapas) (Esquema 4) (LIMA, et al., 1999;
BARREIRO e FRAGA, 1999). O derivado (101), também disponível
comercialmente, foi submetido às condições de reação de Friedel-Crafts,
utilizando-se como agente acilante uma mistura do ácido carboxílico
correspondente (para-RPhCO
2
H, sendo R = H, -SO
2
CH
3
, CO
2
CH
3
e NO
2
),
pentóxido de fósforo em 1,2-dicloro-etano, durante 16 horas à temperatura
ambiente (Esquema 4) (GRASSO et al., 2000). Esta reação ocorreu de forma
regiosseletiva na posição 6 da subunidade 3,4-metilenodioxitolueno (101),
como pôde ser evidenciado através da análise dos espectros de RMN
1
H
destes compostos que indicaram a presença de dois singletes, correspondendo
aos hidrogênios do padrão AB do sistema 1,2,4,5-tetrassubstituído deste anel
aromático.
Uma vez caracterizado estruturalmente, o composto LASSBio-973
(93c) foi submetido à redução quimiosseletiva do grupamento nitro,
empregando-se ferro metálico em meio ácido (LAGES et al., 1998), o que
forneceu a anilina correspondente LASSBio-976 (93d), em 95% de rendimento
(Esquema 4). Em seguida, reações de acilação de LASSBio-976 (93d),
empregando-se cloreto de mesila, cloreto de acetila ou cloreto de benzoíla na
presença de piridina em diclorometano (LAGES et al., 1998), forneceram os
derivado N-mesilado LASSBio-977 (93e), N-acetilado LASSBio-986 (93f) e N-
58
benzoíla LASSBio-1044 (93g) em 82%, 87% e 83% de rendimento,
respectivamente (Esquema 4). A banda de absorção em 3242 cm
-1
identificada
no espectro de IV do composto LASSBio-977 (93e) refere-se à deformação
axial do grupo N-H, enquanto as bandas em 1640 cm
-1
, 1340 cm
-1
e 1159 cm
-1
caracterizam a deformação da carbonila e as deformações assimétrica e
simétrica do grupo -SO
2
, respectivamente.
O
O
O
O
H
O
(84)
Safrol
(96)
Piperonal
a, b, c d
ee
O
O
CH
3
(101)
(93)
O
O
O
CH
3
R
(93a) LASSBio-971 R = H
(93b) LASSBio-944 R = -SO
2
CH
3
(93c) LASSBio-973 R = -NO
2
(93d) LASSBio-976 R = -NH
2
(93e) LASSBio-977 R = -NHSO
2
CH
3
(93f) LASSBio-986 R = -NHCOCH
3
(93g) LASSBio-1044 R = -NHCOPh
(93h) LASSBio-972 R = -CO
2
CH
3
(93i) LASSBio-1042 R = -CO
2
H
(93j) LASSBio-1043 R = -CONHNH
2
h
g
f
i
(93a) LASSBio-971 R = H
(93b) LASSBio-944 R = -SO
2
CH
3
(93c) LASSBio-973 R = -NO
2
(93d) LASSBio-976 R = -NH
2
(93e) LASSBio-977 R = -NHSO
2
CH
3
(93f) LASSBio-986 R = -NHCOCH
3
(93g) LASSBio-1044 R = -NHCOPh
(93h) LASSBio-972 R = -CO
2
CH
3
(93i) LASSBio-1042 R = -CO
2
H
(93j) LASSBio-1043 R = -CONHNH
2
hh
gg
ff
ii
a) KOH aq. 3 N, n-BuOH, t.a., 3 h; b) O
3
/O
2
, AcOH, 0 °C, 1 h; c) Znº, AcOH; d) KOH, N
2
H
4
.H
2
O 80%,
etilenoglicol, refluxo, 4h. (55%, 4 etapas) (LIMA et al., 1999); e) 4-RPhCO
2
H, P
2
O
5
, Cl
2
(CH
2
)
2
, t.a, 16h.
(65-85%) (GRASSO et al., 2000); f) Fe
o
, NH
4
Cl, EtOH:H
2
O(1:1), refluxo, 5h. (95%) (LAGES et al. , 1998);
g) ou MsCl ou BzCl, Py, CH
2
Cl
2
, t.a. (82-87%) (LAGES et al. , 1998); h) NaOH, H
2
O, EtOH, refluxo (97%);
i) NH
2
NH
2
.H
2
O, EtOH, 1h, t.a (70%);
Esquema 4 – Rota sintética para a obtenção dos compostos da série 93 a partir do
safrol (84).
Para a obtenção dos derivados LASSBio-1042 (93i) e LASSBio-1043
(93j), o composto LASSBio-972 (93h) foi submetido às condições de hidrólise
básica e hidrazinólise quimiosseletiva fornecendo-os em 97% e 70% de
rendimento, respectivamente. A quimiosseletividade da etapa da hidrazinólise
pôde ser evidenciada pela presença do carbono da carbonila cetônica em 196
ppm no espectro de RMN
13
C, enquanto que a eventual hidrazona
59
correspondente apresentaria este carbono deslocado para campo mais alto
(ca.150 ppm) (SILVERSTEIN et al., 1994).
A Tabela 7 apresenta a fórmula molecular, peso molecular, o ponto
de fusão, o aspecto físico e o rendimento global da síntese dos novos
derivados das séries 93.
Tabela 7 – Fórmula molecular, peso molecular, ponto de fusão, aspecto físico e
rendimento global da síntese dos novos compostos da série 93.
O
O
CH
3
R
O
Composto R
Fórmula
molecular
Peso
molecular
Rendimento
global
a
(%)
Ponto de
Fusão (°C)
Aspecto
físico
93a
LASSBio-971
H
C
15
H
12
O
3
240,26 85
58-60
b
Sólido
branco
93b
LASSBio-944
-SO
2
CH
3
C
16
H
14
O
5
S 318,54 65 138-140
Sólido
branco
93c
LASSBio-973
-NO
2
C
15
H
11
NO
5
285,26 75
121-124
b
Sólido
amarelo
93d
LASSBio-976
-NH
2
C
15
H
13
NO
3
255,28 71
182-185
c
Sólido
branco
93e
LASSBio-977
-NHSO
2
CH
3
C
16
H
15
NO
5
S 333,37 58 174-177
Sólido
amarelo-
claro
93f
LASSBio-986
-NHCOCH
3
C
17
H
15
NO
4
297,31 62 157-160 Sólido bege
93g
LASSBio-1044
-NHCOPh C
22
H
17
NO
4
359,38 59 189-190 Sólido bege
93h
LASSBio-972
-CO
2
CH
3
C
17
H
14
O
5
298,30 80 134-136
Sólido
amarelo-
claro
93i
LASSBio-1042
-CO
2
H C
16
H
12
O
5
284,27 77 200-202 Sólido bege
93j
LASSBio-1043
-CONHNH
2
C
16
H
14
N
2
O
4
298,30 56 204-206
Sólido
amarelo
(a) Rendimento glopal calculado a partir do 3,4-metilenodioxitolueno (101); (b) Compostos descritos por
Grasso et al., 2000; (c) Composto descrito por Micale et al., 2002;
Para obtenção da série 94, os compostos LASSBio-944 (93b) e
LASSBio-973 (93c) foram submetidos à reação de redução da carbonila,
60
utilizando-se borohidreto de sódio em metanol a 0
o
C, o que forneceu os álcoois
correspondentes em rendimentos de 95% e 85%, respectivamente (Esquema
5) (BARREIRO, et al., 1985). A análise dos espectros de infravermelho (IV) dos
compostos LASSBio-975 (94a) e LASSBio-1040 (94b) revelou a presença da
hidroxila pela presença das bandas de absorção em 3500 e 3517 cm
-1
e
adicionalmente, a presença dos sinais em 69,5 ppm e 72,1 ppm referentes ao
carbono ligado à hidroxila nos espectros de RMN
13
C de LASSBio-975 (94a) e
LASSBio-1040 (94b), respectivamente.
a
b
(93)
O
O
O
CH
3
R
O
O
OH
R
CH
3
(94)
O
O
R
CH
3
(95)
(94a e 95a) LASSBio-974 e LASSBio-975 R = -SO
2
CH
3
(94b e 95b) LASSBio-1040 e LASSBio-1041 R = -NO
2
a) NaBH
4
, MeOH, 0
o
C, 30 min. (85-95%) (BARREIRO, et al., 1985); b) NaBH
4
, CF
3
CO
2
H, CH
2
Cl
2
, 0
o
C.
(72-75%) (LAGES et al., 1998);
Esquema 5 – Rota sintética para a obtenção dos compostos das séries 94 e 95 a
partir das benzofenonas 93, correspondentes.
Para obtenção da série 95, os compostos LASSBio-975 (94a) e
LASSBio-1040 (94b) foram submetidos à reação de redução ao metileno
correspondente, utilizando-se borohidreto de sódio, ácido trifluoracético em
diclorometano a 0
o
C com rendimentos de 72% e 75%, respectivamente
(Esquema 5) (LAGES et al., 1998). A análise dos espectros de RMN
1
H dos
compostos LASSBio-975 (95a) e LASSBio-1041 (95b) revelou a presença dos
singletes correspondentes aos metilenos em 3,89 ppm e 3,98 ppm,
respectivamente.
61
A Tabela 8 apresenta a fórmula molecular, peso molecular, o ponto
de fusão, o aspecto físico e rendimento global da síntese dos novos derivados
das séries 94 e 95.
Tabela 8 – Fórmula molecular, peso molecular, ponto de fusão e rendimento global da
síntese dos compostos (94a), (94b) (95a) e (95b):
O
O
X
CH
3
R
Composto
X
X
R
Fórmula
molecular
Peso
molecular
Rendimento
global
a
(%)
Ponto de
Fusão (°C)
Aspecto
físico
94a
LASSBio-974
-
CHOH
-SO
2
CH
3
C
16
H
16
O
5
S
320,37 62 146-148
Sólido
branco
94b
LASSBio-1040
-
CHOH
-NO
2
C
15
H
13
NO
5
287,27 64 115-118
Sólido
amarelo
95a
LASSBio-975
-CH
2
- -SO
2
CH
3
C
16
H
16
O
4
S
304,37 44 125-127
Sólido
branco
95b
c
LASSBio-1041
-CH
2
- -NO
2
C
15
H
13
NO
4
271,27 48 84-85
Sólido
amarelo
(a) Rendimento calculado a partir do 3,4-metilenodioxitolueno(101)
62
3.2. AVALIAÇÃO FARMACOLÓGICA DOS NOVOS COMPOSTOS
SINTETIZADOS:
3.2.1. AVALIAÇÃO DO PERFIL ANTIINFLAMATÓRIO, ANALGÉSICO E
ANTIAGREGANTE PLAQUETÁRIO DOS COMPOSTOS DAS SÉRIES 91 E
92:
5
O processo inflamatório envolve uma rie de eventos que podem
ser desencadeados por numerosos estímulos, isto é, agentes infecciosos,
isquemia, interações antígeno-anticorpo e lesões térmicas ou físicas. Em nível
macroscópico, a resposta é habitualmente acompanhada dos sinais clínicos
bem conhecidos de eritema, edema, hipersensibilidade e dor. A capacidade de
desencadear uma resposta inflamatória é essencial para a sobrevida em vista
de patógenos e das lesões ambientais, embora em algumas situações e
doenças, a resposta inflamatória possa ser exagerada e duradoura, sem
qualquer razão benéfica aparente, o que caracteriza o estado crônico do
processo fisiopatológico (ROBERTS II e MORROW, 2003).
Primeiramente, o perfil antiinflamatório in vivo dos compostos das
séries 91 e 92 foi investigado no modelo de edema de pata de rato induzido por
carragenina (WINTER et al., 1962; FERREIRA, 1979), com o intuito de avaliar
os derivados com melhor perfil de bioatividade.
O processo inflamatório induzido por carragenina apresenta duas
fases: a fase inicial que tem duração de 60 minutos após a injeção do agente
flogístico e está associada com a liberação da histamina, serotonina e
bradicinina (VINEGER et al.,1969; SÜLEYMAN et al., 2004) e a fase tardia que
3
Estudo realizado pelos alunos de iniciação científica Cléverton Kleiton Freitas de Lima, Daniel
Filisberto Schulz e Milla Fumian do LASSBio / Departamento de Farmacologia sica e Clínica ICB
UFRJ.
63
ocorre depois dos 60 minutos com duração de 3 horas e está associada com a
produção de radicais livres a partir dos neutrófilos (peróxido de hidrogênio,
superóxido e radicais hidroxilas) e, também, depende da produção de
prostaglandinas nos tecidos (DI ROSA et al., 1971; MAZZON, et al., 2001;
SÜLEYMAN et al., 2004). Resultados previamente descritos na literatura
indicam que os inibidores seletivos de COX-2 atuam neste modelo na fase
tardia, reduzindo a formação de edema, sem provocar irritação gástrica
(SIEBERT et al., 1994; CHAN et al., 1995; ZHANG et al., 1997).
Os novos compostos (91a-c) e (92a-d), além do nimesulido (80) e do
LASSBio-259 (85a), utilizados como referência, foram administrados em ratos
por via oral na dose de 100 µmol/kg. Os resultados obtidos estão apresentados
na Tabela 9 e nos Gráficos 1 e 2.
Tabela 9 – Efeitos antiedematogênicos dos derivados (91a-c) e (92a-d) no ensaio de
edema de pata de rato induzido por carragenina.
a
Composto n
Variação de volume
(µ
µµ
µL)
% de inibição
Controle
Goma 5%
10
520,8 ± 17,8
---
80
Nimesulido
8
268,4 ± 42,6
49,7*
85a
LASSBio-259
8
279,6 ± 33,29
46,3*
91a
LASSBio-1067
8
420,0 ± 30,3
19,3 n.s.
91c
LASSBio-1069
8
395,9 ± 50,0
24,0*
92a
LASSBio-1045
8
559,5 ± 16,9
-7,4 n.s.
92b
LASSBio-1046
8
571,7 ± 16,0
-9,7 n.s.
92c
LASSBio-1065
8
351,5 ± 37,8
32,5*
92d
LASSBio-1066
8
393,9 ± 50,0
24,4*
Controle
Tween+etanol+
água
8
541,8 ± 26,7
---
91b
LASSBio-1068
8
441,3 ± 77,1
18,5 n.s.
Variação de volume expressa em média ± erro padrão da média. *p<0,05, Teste t de Student.
a) Administração por via oral na dose de 100 µmol/kg.
64
Controle
Nimesulido
LASSBio-259
LASSBio-1045
LASSBio-1046
LASSBIO-1065
LASSBIO-1066
LASSBIO-1067
LASSBIO-1069
0
100
200
300
400
500
600
*
*
*
49,7%
32,5%
24,4%
*
24,0%
*
46,3%
Varião de volume (
µ
µ
µ
µ
L)
100 µmol/kg v.o.; n=5-10 animais; *p<0,05 teste t de Student em relação ao controle de goma 5%.
Gráfico 1 - Atividade antiinflamatória no modelo de edema de pata de rato induzido
por carragenina dos compostos (91a e c) e (92a-d), administrados por via oral na dose
de 100 µmol/kg.
O
O
NHCOCH
3
O
O
NHCOCH
3
O
O
O
NHSO
2
CH
3
O
(92d)
LASSBio-1066
(91c)
LASSBio-1069
(92c)
LASSBio-1065
O composto LASSBio-1068 (91b) por ser oleoso foi administrado por
via oral utilizando-se como veículo uma mistura de tween, etanol e água para a
obtenção de uma mistura homogênea. O resultado está ilustrado na Tabela 9 e
no Gráfico 2.
65
Controle
LASSBio-1068
0
100
200
300
400
500
600
Varião de volume
(
µ
µ
µ
µ
L)
100 µmol/kg v.o.; n=5-10 animais; *p<0,05 teste t de Student em relação ao controle de Tween, etanol e água.
Gráfico 2 - Atividade antiinflamatória no modelo de edema de pata de rato induzido
por carragenina do composto (91b), administrado por via oral na dose de 100 µmol/kg.
Os resultados obtidos indicaram que dentre os compostos testados
neste modelo, destacaram-se os derivados LASSBio-1069 (91c) (X = CH
2
, R =
NHCOCH
3
), LASSBio-1065 (92c) (X = C=O, R = NHSO
2
CH
3
) e LASSBio-1066
(92d) (X = C=O, R = NHCOCH
3
), que foram capazes de inibir
significativamente o edema de pata na dose de 100 µmol/kg, quando
administrados por via oral em ratos, na ordem de 24,0%, 32,5% e 24,4%,
respectivamente, enquanto que os padrões nimesulido (80) e LASSBio-259
(85a) apresentaram efeitos na ordem de 49,7% e 46,3%, respectivamente, na
mesma dose e via de administração.
Os derivados das séries 91 e 92 e os padrões não provocaram
irritação na mucosa gástrica, na dose testada, conforme observou-se após
sacrifício, dissecação e avaliação macroscópica da mucosa gástrica dos
estômagos dos animais utilizados no ensaio, buscando a identificação de
66
lesões pontuais ou lesões hemorrágicas de maior tamanho (CHAN et al.,
1995).
A análise preliminar dos resultados obtidos neste bioensaio para os
derivados das séries 91 e 92, indicou que a presença do grupo
metilsulfonilamina em C-6 do sistema 1,3-benzodioxola destes compostos
parece favorecer a atividade antiinflamatória em relação ao grupamento
acetilamina na mesma posição, já que os compostos mesilados LASSBio-259
(85a) e LASSBio-1065 (92c) foram mais ativos, com 46,3% e 32,5% de
inibição, respectivamente, que os derivados acetilados correspondentes
LASSBio-1069 (91b) e LASSBio-1066 (92d), que apresentaram inibição de
24,0% e 24,4%, respectivamente.
Uma nova modificação estrutural introduzida foi planejada pela troca
do espaçador metilênico presente em 91 por uma carbonila cetônica, visando a
introdução de um certo grau de restrição conformacional e um novo sítio
aceptor de ligação-H, com a possibilidade de formação de ligações-H
intramoleculares entre os substituintes orto-orientados nos novos derivados
propostos 92, assim como o nimesulido (80). Nestes compostos, verificou-se
uma diminuição na atividade antiedematogênica observada, na dose de 100
µmol/kg, sugerindo que este novo ponto farmacofórico não estaria acessível à
uma possível interação devido a eventual efeito estérico ou, ainda, a
diminuição do grau de liberdade dos anéis devido a carbonila cetônica pode ter
sido deletéria à atividade pretendida.
A etapa seguinte da avaliação farmacológica dos novos derivados 91
e 92 foi realizada considerando que os NSAIs possuem atividade analgésica
intrínseca. Desta forma, decidiu-se avaliar os derivados das séries 91 e 92 e os
67
compostos de referência, quanto a atividade antinociceptiva periférica in vivo,
utilizando-se o ensaio de contorções abdominais induzidas por ácido acético,
em camundongos (COOLIER et al., 1968), na dose de 100 µmol/kg,
administrada por via oral. Os resultados obtidos estão apresentados na Tabela
10 e nos Gráficos 3 e 4.
Tabela 10 – Efeitos antinociceptivos dos novos derivados (91a-c) e (92a-d) no ensaio
de contorções abdominais induzidas por ácido acético.
a
Composto
Dose
(µ
µµ
µmol/Kg)
n Número de contorções
% de
inibição
Controle
Goma 5%
--- 10
59,2 ± 1,33
---
80
Nimesulido
100 5
29,8 ± 4,52
58,2*
85a
LASSBio-259
100 8
31,2 ± 1,88
47,3*
91a
LASSBio-1067
100 8
49,0 ± 1,90
17,2 n.s.
91c
LASSBio-1069
100 8
53,3 ± 2,19
9,9 n.s.
92a
LASSBio-1045
100 7
59,4 ± 2,80
-0,3 n.s.
92b
LASSBio-1046
100 8
53,1 ± 3,08
10,3 n.s.
92c
LASSBio-1065
100 8
37,5 ± 1,77
36,7*
92d
LASSBio-1066
100 8
41,1 ± 2,64
30,6*
Controle
Tween+etanol+
água
--- 10
52,4 ± 1,72
---
91b
LASSBio-1068
100 5
44,7 ± 1,77
14,7 n.s.
Número de contorções abdominais em média ± erro padrão da média. *p<0,05, Teste t de Student.
a) Administração por via oral na dose de 100 µmol/Kg.
O
O
NHCOCH
3
O
O
O
NHSO
2
CH
3
O
(92d)
LASSBio-1066
(92c)
LASSBio-1065
68
Controle
Nimesulido
LASSBio-259
LASSBio-1045
LASSBio-1046
LASSBio-1065
LASSBio-1066
LASSBio-1067
LASSBio-1069
0
10
20
30
40
50
60
*
*
*
*
58,2%
47,3%
36,7%
30,6%
Número de contorções
100 µmol/kg v.o.; n=7-10 animais; *p<0,05 teste t de Student em relação ao controle de Tween, etanol e água.
Gráfico 3 - Atividade antinociceptiva no modelo de contorções abdominais induzidas
por ácido acético em camundongos dos compostos (91a e c) e (92a-d), administrados
por via oral na dose de 100 µmol/kg.
Controle
LASSBio-1068
0
10
20
30
40
50
Número de contorções
100 µmol/kg v.o.; n=8-10 animais; *p<0,05 teste t de Student em relação ao controle de Tween, etanol e água.
Gráfico 4- Atividade antinociceptiva no modelo de contorções abdominais induzidas
por ácido acético em camundongos do composto (91b), administrado por via oral na
dose de 100 µmol/kg.
69
Os resultados obtidos indicaram que dentre os compostos testados
neste modelo, destacaram-se os derivados LASSBio-1065 (92c) (X = C=O, R =
NHSO
2
CH
3
) e LASSBio-1066 (92d) (X = C=O, R = NHCOCH
3
), que foram
capazes de inibir significativamente na ordem de 36,7% e 30,6%,
respectivamente, as contorções abdominais induzidas por ácido acético na
dose de 100 µmol/Kg, quando administrados por via oral em camundongos,
enquanto que os padrões nimesulido (80) e LASSBio-259 (85a) apresentaram
efeitos na ordem de 58,2% e 47,3%, respectivamente, na mesma dose e via de
administração.
A etapa de avaliação farmacológica previa a análise do perfil
antiagregante plaquetário in vitro dos compostos LASSBio-1065 (92c),
LASSBio-1066 (92d) e LASSBio-1069 (91c), investigando-se no modelo
agregação plaquetária em plasma rico em plaquetas de coelho, utilizando-se os
agonistas: ácido araquidônico (AA), colágeno e difosfato de adenosina (ADP)
(BORN e CROSS, 1963), na concentração de 100 µM. Os resultados obtidos
estão ilustrados nas Tabelas 11, 12 e 13.
Fármacos antiagregantes plaquetários capazes de atuar na cascata
do ácido araquidônico (AA) por inibição da COX-1, ou por inibição da enzima
tromboxana sintase (TXS), são capazes de inibir significativamente a
agregação plaquetária induzida por colágeno e AA, sem, contudo,
apresentarem qualquer efeito sobre a via do ADP. A ausência de atividade no
ADP em plaquetas de coelho descarta a ação de uma substância sobre a via
de sinalização acoplada à ativação dos receptores purinérgicos de ADP.
O AA exógeno é capaz de penetrar livremente a membrana da
plaqueta, sendo metabolizado pela COX-1 e dando origem a TXA
2
, induzindo a
70
ativação plaquetária (SIESS, 1989). O colágeno, via ligação com receptores
específicos na superfície da plaqueta, muito provavelmente o receptor GP VI,
ativa vias de sinalização intracelulares que também promovem a mobilização
dos estoques intracelulares de Ca
+2
e a liberação de AA, levando a uma
produção maciça de TXA
2
e à ativação plaquetária (SAVAGE, 2001,
CLEMETSON & CLEMETSON, 2001). O ADP em plaquetas de coelho induz
uma agregação monofásica reversível, independente da produção de TXA
2
(MIRANDA, 1988, COLMAN, 1994).
Tabela 11 – Propriedades antiagregantes plaquetárias dos compostos LASSBio-1069
(91c), LASSBio-1065 (92c) e LASSBio-1066 (92d) em plasma rico em plaquetas
(PRP) de coelho induzido por ácido araquidônico (AA).
Composto
Concentração (µ
µµ
µM)
% de agregação % de inibição
Controle --- 86,1 ± 8,66 ---
DMSO --- 67,5 ± 0,50 ---
80
Nimesulido
50
0,0 ± 0,0
100*
80
Nimesulido
100
0,0 ± 0,0
100*
85a
LASSBio-259
100
0,0 ± 0,0
100*
91c
LASSBio-1069
100 15,0 ± 5,0 82,6*
92c
LASSBio-1065
100 0,0 ± 0,0 100*
92d
LASSBio-1066
100 0,0 ± 0,0 100*
* p<0,05 teste t de Student
Tabela 12 – Propriedades antiagregantes plaquetárias dos compostos LASSBio-1069
(91c), LASSBio-1065 (92c) e LASSBio-1066 (92d) em plasma rico em plaquetas
(PRP) de coelho induzido por colágeno.
* p<0,05 teste t de Student
Composto
Concentração (µ
µµ
µM)
Inclinação (cm) % de inibição
Controle --- 13,3 ± 0,65 ---
DMSO --- 11,5 ± 1,05
---
85a
LASSBio-259
100
0,3 ± 0,33
97,7*
91c
LASSBio-1069
100 0,0 ± 0,0 100*
92c
LASSBio-1065
100 0,0 ± 0,0 100*
92d
LASSBio-1066
100 3,9 ± 0,27 70,7*
71
Tabela 13 – Propriedades antiagregantes plaquetárias dos compostos LASSBio-1069
(91c), LASSBio-1065 (92c) e LASSBio-1066 (92d) em plasma rico em plaquetas
(PRP) de coelho induzido por ADP.
Composto
Concentração (µ
µµ
µM)
% de agregação % de inibição
Controle --- 74,3 ± 9,67 ---
DMSO --- 53,0 ± 0,00
---
85a
LASSBio-259
100
57,5 ± 1,50
22,6 n.s
91c
LASSBio-1069
100 52,5 ± 0,50 29,3 n.s.
92c
LASSBio-1065
100 61,0 ± 1,00 17,9 n.s.
92d
LASSBio-1066
100 57,50 ± 4,50 22,6 n.s.
* p<0,05 teste t de Student
Os compostos LASSBio-1065 (92c), LASSBio-1066 (92d) e
LASSBio-1069 (91c), assim como o composto-protótipo LASSBio 259 (85a) e o
nimesulido (80), foram capazes de inibir a agregação plaquetária induzidas por
AA e colágeno na concentração de 100µM, sem, contudo, inibirem a agregação
plaquetária induzida por ADP, indicando que sua atuação se na cascata do
ácido araquidônico.
Os resultados farmacológicos descritos para as ries 91 e 92
sugerem que LASSBio-1069 (91c), LASSBio-1065 (92c) e LASSBio-1066 (92d)
estão exercendo suas atividades analgésicas e antiinflamatórias in vivo através
da inibição das enzimas COX (1 e 2). Contudo, a despeito destes resultados
preliminares encorajadores, são necessários estudos quanto a potência
antiinflamatória e analgésica in vivo e o perfil de seletividade frente as
isoformas da COX (1 e 2) (PATRIGNANI et al., 1994) destes compostos.
6
6
Estudos em andamento no LASSBio / Departamento de Farmacologia Básica e Clínica – ICB – UFRJ.
72
3.2.1. AVALIAÇÃO DO PERFIL ANTIINFLAMATÓRIO, ANALGÉSICO E
ANTIAGREGANTE PLAQUETÁRIO DOS COMPOSTOS DAS SÉRIES 93, 94 e
95:
5
O perfil antiinflamatório in vivo dos compostos das séries 93, 94 e 95
foi investigado no modelo de edema de pata de rato induzido por carragenina
(WINTER et al., 1962; FERREIRA, 1979), na dose de 100 µmol/kg
administrada por via oral, juntamente com os compostos de referência
LASSBio-259 (85a) e nimesulido (80). Os resultados obtidos estão
apresentados na Tabela 14 e no Gráfico 5.
Controle
Nimesulido
LASSBio-259
LASSBio-971
LASSBio -944
LASSBio-973
LASSBio-976
LASSBio-977
LASSBio-986
LASSBio-1044
LASSBio-972
LASSBio-1042
LASSBio-1043
LASSBio-974
LASSBio-1040
LASSBio-975
LASSBio-1041
0
100
200
300
400
500
600
700
*
*
*
26,1%
48,5%
46,3%
Varião de volume (
µ
µ
µ
µ
L)
100 µmol/kg v.o.; n=5-10 animais; *p<0,05 teste t de Student em relação ao controle de goma 5%.
Gráfico 5- Atividade antiinflamatória no modelo de edema de pata de rato induzido por
carragenina dos compostos das séries 93, 94 e 95, administrados por via oral na dose
de 100 µmol/kg.
5
Estudo realizado pelos alunos de iniciação científica Cléverton Kleiton Freitas de Lima, Daniel
Filisberto Schulz e Milla Fumian do LASSBio / Departamento de Farmacologia Básica e Clínica – ICB –
UFRJ.
73
Tabela 14 – Efeitos antiedematogênicos dos derivados (93a-j), (94a-b) e (95a-b) no
ensaio de edema de pata de rato induzido por carragenina.
a
Composto n
Variação de volume
(µ
µµ
µL)
% de inibição
Controle
Goma 5%
10 533,6 ± 13,0 ---
80
Nimesulido
8
268,4 ± 42,6
49,7*
85a
LASSBio-259
5
279,6 ± 33,3
46,3*
93a
LASSBio 971
8 551,2 ± 45,6 -3,2 n.s.
93b
LASSBio 944
10 467,0 ± 33,9 12,5 n.s.
93c
LASSBio 973
10 394,3 ± 33,0 26,1*
93d
LASSBio 976
8 540,5 ± 19,0 -1,29 n.s.
93e
LASSBio 977
10 661,4 ± 51,3 -23,9 n.s.
93f
LASSBio 986
8
508,7 ± 30,0
4,7 n.s.
93g
LASSBio 1044
8
568,0 ± 39,3
-6,4 n.s.
93h
LASSBio 972
10 490,1 ± 67,7 8,1 n.s.
93i
LASSBio 1042
8
543,8 ± 29,7
-1,9 n.s.
93j
LASSBio 1043
8
539,1 ± 29,0
-1,0 n.s.
94a
LASSBio 974
8 561,8 ± 43,7 -5,2 n.s.
94b
LASSBio 1040
9 561,1 ± 29,2 -5,1 n.s.
95a
LASSBio 975
10 507,9 ± 55,5 4,8 n.s.
95b
LASSBio 1041
8
490,6 ± 47,0
8,5 n.s.
Variação de volume expressa em média ± Erro Padrão da Média. *p<0,05, Teste t de Student.
a) Administração por via oral na dose de 100 µmol/Kg.
Os resultados obtidos indicaram que dentre os compostos testados
neste modelo, destacou-se o derivado LASSBio-973 (93c) (R = NO
2
), que foi
capaz de inibir significativamente o edema de pata na dose de 100 µmol/kg,
administrada por via oral, em 26,1%, enquanto que os padrões nimesulido (80)
e LASSBio-259 (85a) apresentaram efeitos na ordem de 49,7% e 46,3%,
respectivamente, na mesma dose e via de administração.
74
Os derivados da série 93 e os padrões não foram capazes de induzir
ulcerações, na dose testada, conforme observou-se após sacrifício, dissecação
e avaliação macroscópica da mucosa gástrica dos estômagos dos animais
utilizados no ensaio, buscando a identificação de lesões pontuais ou lesões
hemorrágicas de maior tamanho (CHAN et al., 1995).
A análise preliminar dos resultados obtidos para os derivados das
séries 93, 94 e 95, indicou que a transposição do grupo farmacofórico de C-6
do anel 1,3-benzodioxola A das séries 91 e 92 para C-4 do anel fenila B,
parece reduzir significativamente a atividade antiinflamatória, que o
composto C-6 substituido LASSBio-1065 (92c) (R = NHSO
2
CH
3
) inibiu o edema
na ordem de 32,5%, na dose de 100 µmol/kg, administrada por via oral,
contrastando com o derivado C-4 substituido LASSBio-977 (93e) (R =
NHSO
2
CH
3
), que não apresentou inibição significativa na mesma dose e via de
administração, sugerindo que o aumento do volume estérico da molécula pela
introdução de substituintes na posição para do anel fenila, pode ter sido
deletério à atividade pretendida.
A Tabela 15 ilustra os resultados obtidos nos estudos de
determinação da dose efetiva para alcançar 50% do efeito máximo (DE
50
) do
derivado LASSBio-973 (93c), no modelo de edema de pata de rato induzido por
carragenina. O efeito máximo alcançado foi de 26,1% de inibição, na dose de
100 µmol/kg, enquanto que, em doses de 300 µmol/kg foi observada inibição
na mesma ordem de grandeza (24,9%) e na dose de 600 µmol/kg a inibição
75
observada foi não significativa, sem provocar irritação gástrica nos animais
utilizados nestes ensaios, nestas doses.
Tabela 15 – Efeitos antiedematogênicos do derivado LASSBio-973 (93c) no ensaio de
edema de pata de rato induzido por carragenina nas doses de 10 – 600 µmol/kg.
Dose
(µ
µµ
µmol/Kg)
n
Variação de volume (µ
µµ
µL)
% de inibição
Goma 5% 10
533,6 ± 13,3
---
10 6 531,7 ± 3,83 0,3 n.s.
100 10
394,2 ± 42,5
26,1*
300 10
408,0 ± 27,4
24,9*
600 7 472,3 ± 28,2 11,5 n.s.
Variação de volume expressa em média ± erro padrão da média. *p<0,05, Teste t de Student.
O
O
CH
3
O
NO
2
(93c)
LASSBio-973
Estes resultados sugeriram que esta limitação pudesse resultar de
problemas de absorção desta substância. Desta forma, o composto LASSBio-
973 (93c) foi avaliado no modelo de edema de pata de rato induzido por
carragenina, na dose de 300 µmol/kg, adiministrada por via intraperitoneal. O
Gráfico 6 ilustra os resultados deste estudo, indicando significativa perda de
atividade antiedematogênica quando LASSBio-973 (93c) foi administrado via
oral (24,9%), em contraste com a administração pela via intraperitoneal
(37,9%). Estes resultados indicaram que, provavelmente, este derivado pode
apresentar limitações de caráter farmacocinético.
76
Controle
LASSBio 973
LASSBio 973
0
100
200
300
400
500
*
*
24,9%
37,9%
300 µmol/kg
Via oral
Via IP
Variação de volume (
µ
µ
µ
µ
L)
Via oral
Via ip
n=8-10 animais; *p<0,05 teste t de Student em relação ao controle de goma 5%.
Gráfico 6 - Atividade antiedematogênica no modelo de edema de pata de rato
induzido por carragenina do composto LASSBio-973 (93c), administrado via oral e via
intraperitoneal (IP) na dose de 300 µmol/kg.
Considerando que os fármacos AINEs possuem atividade analgésica
intrínseca, decidiu-se avaliar os derivados das séries
93, 94
e
95
e os
compostos de referência quanto a atividade antinociceptiva periférica
in vivo,
utilizando-se o ensaio de contorções abdominais induzidas por ácido acético,
em camundongos (COOLIER
et al.
, 1968) na dose de 100
µ
mol/kg, por via oral.
Os resultados obtidos estão apresentados na Tabela 16 e no Gráfico 7.
77
Tabela 16 – Efeitos antinociceptivos dos derivados (93a-j), (94a-b) e (95a-b) no
ensaio de contorções abdominais induzidas por ácido acético em camundongos.
a
Composto n Numero de contorções
% de
inibição
Goma 5% 10 71,4 ± 3,83 ---
80
Nimesulido
8
29,8 ± 4,52
58,2*
85ª
LASSBio-259
10
37,6 ± 1,88
47,3*
93ª
LASSBio 971
8 38,6 ± 3,72 45,9*
93b
LASSBio 944
10 48,5± 4,11 32,1*
93c
LASSBio 973
10 40,0 ± 2,95 43,9*
93d
LASSBio 976
8 42,4 ± 4,18 40,6*.
93e
LASSBio 977
7 52,7 ± 3,77 26,2*
93f
LASSBio 986
8
31,4 ± 3,23
56,0*.
93g
LASSBio 1044
8
71,0 ± 2,67
0,2 n.s.
93h
LASSBio 972
10 59,1 ± 5,97 17,2 n.s.
93i
LASSBio 1042
8
66,9 ± 2,37
6,2 n.s.
93j
LASSBio 1043
8
56,1 ± 1,71
21,4*
94ª
LASSBio 974
8 59,7 ± 2,53 16,4 n.s.
94b
LASSBio 1040
8 74,2 ± 1,46 -3,9 n.s.
95ª
LASSBio 975
8 66,4 ± 3,35 7,0 n.s.
95b
LASSBio 1041
8
75,1 ± 2,04
-5,1 n.s.
Número de contorções em média ± erro padrão da média. *p<0,05, Teste t de Student
a) Administração por via oral na dose de 100 µmol/Kg.
78
Controle
Nimesulido
LASSBio-259
LASSBio-971
LASSBio-944
LASSBio-973
LASSBio-976
LASSBio-977
LASSBio-986
LASSBio-1044
LASSBio-972
LASSBio-1042
LASSBio-1043
LASSBio-974
LASSBio-1040
LASSBio-975
LASSBio-1041
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
58,3%
*
*
*
*
*
*
*
*
*
47,3%
43,9%
45,9%
32,1%
40,6%
26,2%
56,0%
21,4%
Número de contorções
100 µmol/kg v.o.; n=7-10 animais; *p<0,05 teste t de Student em relação ao controle de goma 5%.
Gráfico 7 - Atividade antinociceptiva no modelo de contorções abdominais induzidas
por ácido acético em camundongos dos compostos das séries 93, 94 e 95,
administrados por via oral na dose de 100 µmol/kg.
Os resultados obtidos indicaram que dentre os compostos testados
neste modelo, os derivados benzofenônicos LASSBio-971 (
93a
) (R = H),
LASSBio-944 (
93b
) (R = SO
2
CH
3
), LASSBio-973 (
93c
) (R = NO
2
), LASSBio-
976 (
93d
) (R = NH
2
), LASSBio-977 (
93e
) (R = NHSO
2
CH
3
), LASSBio-986 (
93f
)
(R = NHCOCH
3
) e LASSBio-1043 (R = CONHNH
2
) (
93j
) foram capazes de
inibir significativamente as contorções abdominais induzidas por ácido acético
na dose de 100
µ
mol/kg, quando administradas por via oral, com destaque para
os derivados LASSBio-971 (
93a
), LASSBio-973 (
93c
), LASSBio-976 (
93d
) e
LASSBio-986 (
93f
) que apresentaram inibições na ordem de 45,9%, 43,9%,
40,6% e 56,0%, respectivamente.
A análise preliminar dos resultados obtidos para os derivados da
série
93
neste bioensaio, indicou que a transposição do grupo farmacofórico de
C-6 do anel 1,3-benzodioxola A das ries
91
e
92
para C-4 do anel fenila B
79
em
93
parece aumentar significativamente a atividade analgésica, ao contrário
da atividade antiinflamatória, já que os compostos funcionalizados em C-4
LASSBio-973 (
93c
) (R = NO
2
), LASSBio-976 (
93d
) (R = NH
2
) e LASSBio-986
(
93f
) (NHCOCH
3
) apresentaram inibições na ordem de 43,9%, 40,6% e 56,0%,
respectivamente, enquanto que, dos derivados C-6 substituídos
correspondentes LASSBio-1045 (
92a
) (R = NO
2
), LASSBio-1046 (
92b
) (R =
NH
2
) e LASSBio-1066 (
92d
) (NHCOCH
3
), somente o composto LASSBio-1066
(
92d
) apresentou inibição significativa de 30,6%.
A presença do grupo acetilamina em C-4 do anel fenila parece
favorecer a atividade analgésica em relação aos grupamentos
metilsulfonilamina e benzoilamina, como pôde ser evidenciado comparando-se
o derivado acetilado LASSBio-986 (
93f
) (R = NHCOCH
3
), que apresentou
56,0% de inibição neste modelo, com os derivados LASSBio-977 (
93e
) (R =
NHSO
2
CH
3
), que apresentou 26,2% de inibição e LASSBio-1044 (
93g
) (R =
NHCOPh), que não apresentou inibição estatisticamente significativa.
Os derivados benzofenônicos LASSBio-944 (
93b
) (R = SO
2
CH
3
, X =
C=O) e LASSBio-973 (
93c
) (R = NO
2
, X = C=O) apresentaram atividade na
ordem de 32,1% e 43,9%, respectivamente, contrastando com os derivados
hidroxilados LASSBio-974 (
94a
) (R = SO
2
CH
3
, X = CHOH) e LASSBio-1040
(
94b
) (R = NO
2
, X = CHOH) e os derivados metilênicos LASSBio-975 (
95a
) (R
= SO
2
CH
3
, X = CH
2
) e LASSBio-1041 (
95B
) (R = NO
2
, X = CH
2
)
correspondentes, que o apresentaram atividade estatisticamente
significativa, na dose de 100
µ
mol/kg, p.o., sugerindo que, a subunidade
carbonila como espaçador entre os dois anéis fenilas permite uma orientação
80
ótima entre eles e em adição deve funcionar como aceptor de ligação-H, com
resíduos do biorreceptor alvo.
A determinação da dose efetiva para alcançar 50% do efeito máximo
(DE
50
) dos derivados LASSBio-973 (
93c
) (Gráfico 8) e LASSBio-986 (
93f
)
(Gráfico 9), neste modelo, foi de 20,54
µ
mol/kg e 54,94
µ
mol/kg,
respectivamente. Estes compostos mostraram-se mais potentes que a dipirona
e o acetaminofeno, que apresentaram DE
50
de 144
µ
mol/kg e 506
µ
mol/kg,
respectivamente. O derivado LASSBio-973 (
93c
) mostrou-se equipotente ao
nimesulido (
80
), que apresentaou DE
50
de 20,47
µ
mol/kg.
-1 0 1 2 3
10
20
30
40
50
60
70
Log Dose (mmols/kg)
% de inibição
LASSBio-973
DE
50
= 20,54 µ
µµ
µmol/kg
v.o.; n=7-10 animais;
Gráfico 8 – Curva dose-resposta no modelo de contorções abdominais induzidas por
ácido acético em camundongos do derivado LASSBio-973 (93c).
O
O
CH
3
O
NO
2
(93c)
LASSBio-973
81
0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0
0
10
20
30
40
50
60
Dose (µ
µµ
µmol/kg)
% de inibição
LASSBio-986
DE
50
= 54,94 µ
µµ
µmol/kg
v.o.; n=7-10 animais;
Gráfico 9 – Curva dose-resposta no modelo de contorções abdominais induzidas por
ácido acético em camundongos do derivado LASSBio-986 (93f).
O
O
CH
3
NHCOCH
3
O
(93f)
LASSBio-986
De acordo com os resultados descritos, foi possível constatar um
perfil diferente de propriedades farmacológicas entre as séries de compostos
92 e 93. Os compostos da rie 92, representados pelos derivados LASSBio-
1065 (92c) e LASSBio-1066 (92d), foram capazes de promover efeitos
antiinflamatórios no modelo de edema de pata de rato induzido por
carragenina, além dos efeitos analgésicos periféricos e antiagregantes
plaquetários, indicando uma ação na cascata do ácido araquidônico por
inibição da COX (1 e 2), contrastando com os derivados da série 93,
representados pelos derivados LASSBio-971 (93a), LASSBio-973 (93c),
LASSBio-976 (93d) e LASSBio-986 (93f), que apresentaram um perfil
analgésico mais acentuado do que antiinflamatório, com expressiva atividade
82
no modelo inespecífico de nocicepção periférica de contorções abdominais
induzidas por ácido acético em camundongos.
Recentemente, foi descrita uma terceira isoforma da enzima
ciclooxigenase, a COX-3, que é uma variante da COX-1, localizada
predominantemente no sistema nervoso central (SNC) e no coração
(CHANDRASEKARAN et al., 2002). Estudos demonstraram, que o
acetaminofeno, rmaco antipirético, analgésico, com fraca atividade
antiinflamatória e que penetra facilmente no SNC, exerce suas ações
farmacológicas inibindo a COX-3 (CHANDRASEKARAN et al., 2002; BOTTING
e AYOUB, 2005; AYOUB
et al.,
2006).
Com o intuito de se verificar uma eventual ação analgésica central,
os compostos LASSBio-971 (93a), LASSBio-973 (93c), LASSBio-976 (93d) e
LASSBio-986 (93f) foram submetidos ao ensaio da placa quente em
camundongos, juntamente com o padrão acetaminofeno (90) (KURAISHI
et al.
,
1983). Neste modelo, as substâncias com atividade analgésica central,
e.g.
morfina, o capazes de aumentar o tempo de latência do animal na placa
quente. Os resultados obtidos estão apresentados nos Gráficos 10, 11 e 12.
83
0 25 50 75 100 125 150
4
5
6
7
8
9
10
LASSBio-971 (100µmol/kg)
LASSBio-976 (100µmol/kg)
Morfina (5 mg/kg)
Controle
*
*
*
*
Acetaminofeno (300µmol/kg)
Tempo(min)
Tempo de Permanência (s)
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
v.o.; * p<0,05 teste t de Student. Cada ponto representa a média ± erro padrão da média de 7-10 animais por grupo.
Gráfico 10– Efeito analgésico dos derivados LASSBio-971 (93a) e
LASSBio-976 (93d) (100 µmol/kg) e acetaminofeno (90) (300 µmol/kg) no ensaio da
placa quente, doses administradas por via oral.
Os resultados ilustrados no Gráfico 10 demonstraram que os
compostos LASSBio-971 (93a) e LASSBio-976 (93f ) foram capazes de induzir
analgesia central neste modelo, na dose de 100 µmol/kg, indicando que apesar
das diferenças de lipofilicidade entre estes compostos, ambos conseguem
atravessar a barreira hematoencefálica e atuar ao nível do SNC.
0 25 50 75 100 125 150
4
5
6
7
8
9
10
LASSBio-973 (300 µmol/kg)
LASSBio-973(100 µmol/kg)
Controle
Morfina (5 mg/kg)
*
*
* *
Acetaminofeno (300µmol/kg)
Tempo (min)
Tempo de permanência (s)
*
*
*
*
*
*
*
v.o.; * p<0,05 teste t de Student. Cada ponto representa a média ± erro padrão da média de 7-10 animais por grupo
.
Gráfico 11 – Efeito analgésico do derivado LASSBio-973 (93c) (100 µmol/kg e 300
µmol/kg) e acetaminofeno (90) (300 µmol/kg) no ensaio da placa quente, doses
administradas por via oral.
84
Os resultados ilustrados no Gráfico-10 demonstraram que, assim
como LASSBio-971 (93a) e LASSBio-976 (93f ), o composto LASSBio-973
(93c) foi capaz de induzir analgesia central no modelo da placa quente em
camundongos, nas doses de 100 µmol/kg e 300 µmol/kg, nos tempos de 30
minutos e 1 hora. Observou-se sensível redução do efeito analgésico tempo-
dependente na dose de 300 µmol/kg, indicando, provavelmente, que este
derivado pode apresentar limitações de caráter farmacocinético.
0 25 50 75 100 125 150
4
5
6
7
8
9
10
Controle
Morfina (5 mg/kg)
LASSBio-986(300µmol/kg)
LASSBio-986(100 µmol/kg)
*
*
*
*
Acetaminofeno (300µmol/kg)
Tempo(min)
Tempo de Permanência (s)
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
v.o.; * p<0,05 teste t de Student. Cada ponto representa a média ± erro padrão da média de 7-10 animais por grupo.
Gráfico 12– Efeito analgésico do derivado LASSBio-986 (93f) (100 µmol/kg e 300
µmol/kg) e acetaminofeno (90) (300 µmol/kg) no ensaio da placa quente, doses
administradas por via oral.
Os resultados ilustrados no Gráfico 12 demonstraram que o
composto LASSBio-986 (93f) foi capaz de induzir analgesia central no modelo
da placa quente em camundongos, nas doses de 100 µmol/kg e 300 µmol/kg,
administradas por via oral, de maneira significativa e com um perfil muito
85
semelhante ao padrão acetaminofeno (90), quando administrado por via oral na
dose de 300 µmol/kg.
O perfil antiagregante plaquetário
in vitro
dos compostos LASSBio-
971 (93a), LASSBio-973 (93c), LASSBio-976 (93a) e LASSBio-986 (93f) foi
investigado no modelo agregação plaquetária em plasma rico em plaquetas de
coelho, utilizando-se os agonistas: ácido araquidônico (AA), colágeno e ADP
(BORN e CROSS, 1963), nas concentrações de 100 µM e 300 µM Os
resultados obtidos estão apresentados na Tabela 17, 18 e 19.
Tabela 17 – Propriedades antiagregantes plaquetárias dos compostos LASSBio-971
(93a), LASSBio-973 (93c), LASSBio-976 (93d) e LASSBio-986 (93f) em plasma rico
em plaquetas (PRP) de coelho induzido por ácido araquidônico (AA).
Composto
Concentração
(µ
µµ
µM)
% de agregação % de inibição
Controle --- 65,7 ± 2,35 ---
DMSO --- 64,3 ± 1,20 ---
80
Nimesulido
50
0,0 ±0,0
100*
80
Nimesulido
100
0,0 ± 0,0
100*
85a
LASSBio-259
100
0,0 ± 0,0
100*
93a
LASSBio 971
100 0,0 ± 0,0 100*
93c
LASSBio 973
100 59,7± 2,03 9,1 n.s.
93c
LASSBio 973
300
0,0 ± 0,0
100*
93d
LASSBio 976
100 0,0 ± 0,0 100*
93f
LASSBio 986
100 52,7 ± 3,55 19,7 n.s.
93f
LASSBio 986
300 0,0 ± 0,0 100*
* p<0,05 teste t de Student
86
Tabela 18 Propriedades antiagregantes plaquetárias dos compostos LASSBio-971
(93a), LASSBio-973 (93c), LASSBio-976 (93d) e LASSBio-986 (93f) em plasma rico
em plaquetas (PRP) de coelho induzido por colágeno.
Composto
Concentração
(µ
µµ
µM)
Slope (cm) % de inibição
Controle --- 11,5 ± 0,97 ---
DMSO --- 9,9,0 ± 0,56
85a
LASSBio-259
100
0,3 ± 0,33
99,8*
93a
LASSBio 971
100 0 ± 0 100*
93c
LASSBio 973
100 8,1 ± 1,44 29,5 n.s.
93d
LASSBio 976
100 4,2 ± 1,34 63,6*
93f
LASSBio 986
100 9,2 ± 1,27 20,0 n.s.
* p<0,05 teste t de Student
Tabela 19 – Propriedades antiagregantes plaquetárias dos compostos LASSBio-971
(93a), LASSBio-973 (93c), LASSBio-976 (93d) e LASSBio-986 (93f) em plasma rico
em plaquetas (PRP) de coelho induzido por ADP.
Composto
Concentração
(µ
µµ
µM)
% de agregação % de inibição
Controle --- 77,5 ± 4,65 ---
DMSO --- 53,0 ± 4,74 ---
85a
LASSBio-259
100
59,7 ± 1,50
22,9 n.s.
93a
LASSBio 971
100 58,4 ± 1,38 24,5 n.s.
93c
LASSBio 973
100 69,8 ± 1,61 9,9 n.s.
93d
LASSBio 976
100 64,8 ± 1,09 16,4 n.s.
93f
LASSBio 986
100 59,5 ± 1,50 22,9 n.s.
* p<0,05 teste t de Student
Os compostos LASSBio-971 (93a) e LASSBio-976 (93d), assim
como o composto-protótipo LASSBio-259 (85a) e o nimesulido (80), foram
capazes de inibir a agregação plaquetária induzidas por AA e colágeno na
concentração de 100 µM sem, contudo, inibirem a agregação plaquetária
induzida por ADP, indicando que a atuação destes compostos pode se dar na
cascata do ácido araquidônico. Os compostos LASSBio-973 (93c) e LASSBio-
87
986 (93f) inibiram a agregação plaquetária induzida por AA em 100% na
concentração de 300 µM e o inibiram significativamente a agregação
plaquetária induzida pelos agonistas colágeno e ADP na concentração de 100
µM, mostrando um perfil um distinto dos compostos LASSBio-971 (93a) e
LASSBio-976 (93d).
Os resultados farmacológicos descritos para a série 93, sugerem que
os derivados LASSBio-971 (93a) e LASSBio-976 (93d) podem estar exercendo
suas atividades analgésicas
in vivo
e antiagregantes plaquetárias
in vitro
através da inibição da enzima COX-1 e os derivados LASSBio-973 (93c) e
LASSBio-986 (93f) via inibição da COX-3. Contudo, a despeito destes
resultados preliminares encorajadores, são necessários estudos
farmacológicos mais apurados para a determinação do mecanismo de ação
destes compostos.
88
4
4
.
.
C
C
o
o
n
n
c
c
l
l
u
u
s
s
õ
õ
e
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s
e
e
P
P
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e
r
r
s
s
p
p
e
e
c
c
t
t
i
i
v
v
a
a
s
s
Os resultados obtidos neste trabalho permitem concluir-se que a
estratégia adotada para o planejamento estrutural dos compostos 91 - 95 foi
exitosa, visto que logrou a descoberta de novos protótipos de fármacos
analgésicos e antiinflamatórios ativos em modelos
in vivo,
quando
administrados por via oral. A metodologia empregada na obtenção dos
compostos das séries de novos derivados 91 - 95 se mostrou adequada,
representando métodos clássicos, tendo sido os compostos desejados
sintetizados em rendimentos globais que variaram de 33 a 85%, a partir do
piperonal.
A avaliação farmacológica permitiu a descoberta de dois perfis
distintos entre as séries 92 e 93. Evidenciou-se que o derivado LASSBio-1065
(92c) apresentou importante efeito analgésico e antiinflamatório
in vivo
, com
perfil de ação semelhante àqueles de rmacos analgésicos e antiinflamatórios
que atuam inibindo seletivamente a COX-2. Estes resultados demonstraram a
importância da subunidade farmacofórica
N
-metilssulfonilamina na posição C-6
do anel 1,3-benzodioxola, presente em inibidores seletivos de COX-2, como
nimesulido (80), contudo, cabe ressaltar que o mecanismo de ação deste novo
composto-protótipo está sendo investigado no LASSBio
6
.
Os resultados obtidos para série de novos derivados 93
demonstraram que a transposição do grupamento farmacofórico da posição C-
6 do anel 1,3-benzodioxola (A) para a posição C-4 do anel fenila (B) levou a
6
Estudos em andamento no LASSBio / Departamento de Farmacologia Básica e Clínica – ICB – UFRJ
pelo aluno de iniciação científica Cléverton K. F de Lima.
89
compostos com predominantes efeitos analgésicos, onde destacaram-se os
derivados LASSBio-973 (93c) e LASSBio-986 (93f), que mostraram
importantes efeitos analgésicos centrais e periféricos, com DE
50
de 20,54
µmol/kg e 54,94 µmol/kg, respectivamente. Os mecanismos de ação destas
substâncias estão sendo investigados no LASSBio.
7
Finalmente, conclui-se que os estudos de otimização estrutural do
composto-protótipo antiinflamatório e analgésico LASSBio-259 (85a) resultou
na obtenção de novos compostos-protótipos originais,
i.e.
LASSBio-1065 (92c),
LASSBio-973 (93c) e LASSBio-986 (93f), demonstrando a importância das
estratégias de modificação molecular da Química Medicinal para o
planejamento racional de novos candidatos a fármacos.
7
Estudos em andamento no LASSBio / Departamento de Farmacologia Básica e Clínica – ICB – UFRJ
pelo aluno de iniciação científica Cléverton K. F de Lima.
90
5
5
.
.
P
P
a
a
r
r
t
t
e
e
E
E
x
x
p
p
e
e
r
r
i
i
m
m
e
e
n
n
t
t
a
a
l
l
5.1. SÍNTESE DOS COMPOSTOS DAS SÉRIES (91-95):
As reações foram rotineiramente monitoradas por cromatografia em
camada fina (CCF) em silica gel (placas F245 Merck) e os produtos
visualizados com iodo ou luz ultravioleta (254 and 365 nm). Espectros de
ressonância magnética nuclear (RMN) de
1
H e
13
C foram determinados em
soluções de DMSO-
d
6
ou CDCl
3
com um espectrômetro Bruker AC-200. Os
deslocamentos químicos (
δ
) são dados em partes por milhão (ppm) a partir do
tetrametilsilano como padrão interno, e os valores de constante de
acoplamento (
J
)
são dados em Hz. Os espectros da região do infravermelho
(IV) foram obtidos em um espectrômetro Nicolet Magna IR 760, utilizando-se
pastilhas de brometo de potássio (KBr). As amostras foram examinadas sob a
forma de pastilhas de brometo de potássio. Os espectros na região do
ultravioleta (UV) foram obtidos em um espectrofotômetro Shimadzu UV-1601,
utilizando-se metanol (MeOH) como solvente. Os pontos de fusão foram
determinados em um aparelho Quimis e o estão corrigidos. As purificações
por cromatografia em coluna foram realizadas utilizando-se silica gel Merck
230–400 mesh. Todos os produtos descritos mostraram espectros de RMN de
1
H e
13
C de acordo com as estruturas assinaladas. As soluções orgânicas
foram secas sobre sulfato de sódio anidro e os solventes orgânicos foram
removidos sob pressão reduzida em evaporador rotatório.
91
5.1.1 OBTENÇÃO DO DERIVADO (1,3-BENZODIOXOL-5-
IL)(FENIL)METANOL (97) (LAGES
et al,
1998):
Mg
0
, I
2
THF, PhBr
80%
O
O
O
H
(96)
Piperonal
O
O
OH
(97)
Em um balão de 50 mL, acoplado a um condensador de refluxo e sob
atmosfera de N
2
, foram adicionados 6 mL de THF anidro, 0,97 g (0,04 mmol )
de Mg previamente ativado em estufa, 0,02 g de I
2
e 4,2 mL (0,04 mmol) de
bromobenzeno. Esta solução do reagente de Grignard foi mantida sob agitação
magnética e à temperatura ambiente até observar-se o consumo completo de
Mg. Resfriou-se a solução a 0
o
C e adicionou-se, lentamente, uma solução 2,0
g de piperonal (96) em 9 mL de THF anidro. Após 30 min, quando foi
observado o consumo total do aldeído de partida, neutralizou-se o meio com
solução saturada de cloreto de amônio e a solução foi extraída com acetato de
etila (3 x 30 mL). A fase orgânica foi seca com NaSO
4
anidro e evaporada sob
pressão reduzida. O produto final foi obtido em 80% de rendimento, como um
óleo amarelo claro, após purificação por cromatografia em coluna, utilizando-se
gradiente de acetato de etila:hexano como eluente.
92
5
4
3a
1a
7
6
2
O
O
OH
(1,3-benzodioxol-5-il)(fenil)metanol (97). Óleo amarelo claro. RMN
1
H (200
MHz, CDCl
3
, TMS)
δ
(ppm): 2,53 (s, 1H, OH); 5,67 (s, 1H, CHOH); 5,87 (s, 2H,
H2); 6,70-6,82 (m, 3H, H4, H6 e H7); 7,23-7,32 (m, 5H, Ph). RMN
13
C (50 MHz,
CDCl
3
, TMS)
δ
(ppm): 75,8 (CHOH); 101,9 (C2); 107,1 (C7); 107,9 (C4); 119,9
(C6); 126,2 (CH, Ph); 127,4 (CH, Ph); 128,4 (CH, Ph); 137,9 (C5); 143,7(Ph);
146,8 (C1a); 147,7 (C3a).
93
5.1.2 OBTENÇÃO DO DERIVADO 5-BENZIL-1,3-BENZODIOXOLA (99)
(LAGES
et al,
1998):
NaBH
4
, CH
2
Cl
2
CF
3
CO
2
H, 0
o
C
90%
O
O
OH
(97)
O
O
(99)
Em um balão de 50 mL, em banho de gelo, contendo 22 mL de ácido
trifluoracético, adicionou-se 0,88g (0,23 mmol) de NaBH
4
em pequenas
quantidades. Sobre esta mistura, sob agitação magnética, adicionou-se gota-a-
gota, por um período de 30 min, uma solução contendo 1g (4,38 mmol) do
álcool (97) em 11 mL de diclorometano. Observou-se o aparecimento de uma
coloração avermelhada quando cada gota atinge a mistura reacional com
rápido desaparecimento. Após o término da adição, neutralizou-se o meio com
solução aquosa de NaOH 50% (p/v), separou-se a fase orgânica e extraiu-se a
fase aquosa com diclorometano (4 x 30 mL). As fases orgânicas foram
reunidas e lavadas com solução saturada de NaCl (2 x 30 mL) e água (2 x 30
mL). Secou-se a fase orgânica com NaSO
4
, filtrou-se e destilou-se o solvente
em evaporador rotatório. O resíduo obtido foi purificado por cromatografia em
coluna, utilizando-se gradiente de acetato de etila:hexano como eluente e o
produto foi obtido como um óleo incolor em 90 % de rendimento.
94
5
4
3a
1a
7
6
2
O
O
5-benzil-1,3-benzodioxola (99): Óleo incolor. RMN
1
H (200 MHz, CDCl
3
, TMS)
δ
(ppm): 3,87 (s, 2H, CH
2
); 5,878 (s, 2H, H2); 6,62-6,74 (m, 3H, H4, H6 e H7);
7,14-7,31 (m, 5H, Ph). RMN
13
C (50 MHz, CDCl
3
, TMS)
δ
(ppm): 41,6 (CH
2
);
100,7 (C2); 108,1 (C7); 109,4 (C4); 121,7 (C6); 126,0 (CH, Ph); 128,4 (CH, Ph);
128,7 (CH, Ph); 134,9 (C5); 141,2 (Ph); 145,8 (C1a); 147,7 (C3a).
95
5.1.3 OBTENÇÃO DO DERIVADO 5-BENZIL-6-NITRO-1,3-BENZODIOXOLA
(LASSBio-1067) (91a):
HNO
3
65%, AcOH
CH
2
Cl
2
, t.a.
90%
O
O
(99)
O
O
NO
2
(91a)
LASSBio-1067
A uma solução de 0,30 g (1,41 mmol) de (99) em 3 mL de ácido
acético glacial foi adicionado 0,4 mL de HNO
3
concentrado. A mistura foi
mantida sob agitação à temperatura ambiente por 30 minutos, quando foi
observado o consumo total do material de partida. Após o término da reação a
mistura foi resfriada em banho de gelo e adicionou-se 10 mL de água destilada
gelada, observando-se a intensa precipitação de um lido amarelo-claro, que
foi filtrado sob vácuo e lavado com
ca.
20 mL de água destilada gelada. O
produto foi obtido em 90% de rendimento, após recristalização com
etanol/água.
5
4
3a
1a
7
6
2
O
O
NO
2
5-benzil-6-nitro-1,3-benzodioxola (LASSBio-1067) (91a): Sólido amarelo; p.f.
61-63 °C. RMN
1
H (200 MHz, CDCl
3
, TMS)
δ
(ppm): 4,24 (s, 2H, CH
2
); 6,01 (s,
2H, H2); 6,60 (s, 1H, H4); 7,11-7,30 (m, 5H, Ph); 7,46 (s, 1H, H7). RMN
13
C (50
96
MHz, CDCl
3
, TMS)
δ
(ppm): 38,7 (CH
2
); 102,7 (C2); 105,5 (C7); 110,8 (C4);
126,5 (CH, Ph); 128,5 (CH, Ph); 128,8 (CH, Ph); 132,91 (C5); 138,7 (Ph); 142,7
(C6); 143,4 (C1a); 151,5 (C3a). IV (KBr, cm
-1
): 3126,9; 3060,0; 3035,0 (υ C-H
aromático); 2916,3 (υ C-H alifático); 1519,7; 1318, 7 (υ NO
2
).
97
5.1.4 OBTENÇÃO DO DERIVADO 6-AMINO-5-BENZIL-1,3-BENZODIOXOLA
(LASSBio-1068) (91b) (LAGES
et al,
1998):
O
O
NO
2
(91a)
Fe
0
, NH
4
Cl
EtOH:H
2
O (1:1), refluxo
73%
O
O
NH
2
(91b)
LASSBio-1068
Uma solução contendo 0,50 g (1,94 mmol) de (91a), 0,61 g (10,86
mmol) de ferro metálico e 0,06 g (1,16 mmol) de cloreto de amônio suspensos
em 65 mL de etanol:água (2:1) em um balão de 125 mL, foi refluxada por 5h,
quando foi detectado o consumo total do material de partida. Esta mistura foi
filtrada sobre celite, ainda quente, e o filtrado foi concentrado sob vácuo. O
resíduo foi diluído em água destilada e extraído com acetato de etila (3 x 30
mL). Secou-se a fase orgânica com NaSO
4
, filtrou-se e destilou-se o solvente
em evaporador rotatório. O resíduo obtido foi purificado por cromatografia em
coluna, utilizando-se gradiente de acetato de etila:hexano como eluente e o
produto foi obtido como um óleo marrom em 73 % de rendimento.
5
4
3a
1a
7
6
2
O
O
NH
2
98
6-amino-5-benzil-1,3-benzodioxola (LASSBio-1068) (91b): Óleo marrom.
RMN
1
H (200 MHz, CDCl
3
, TMS)
δ
(ppm): 3,19 (s, 2H, NH
2
); 3,73 (s, 2H, CH
2
);
5,75 (s, 2H, H2); 6,19 (s, 1H, H4); 6,52 (s, 1H, H7); 7,10-7,28 (m, 5H, Ph). RMN
13
C (50 MHz, CDCl
3
, TMS)
δ
(ppm): 37,6 (CH
2
); 98,2 (C7); 100,4 (C2); 110,6
(C4); 117,1 (C6); 126,2 (CH, Ph); 128,3 (CH, Ph); 128,6 (CH, Ph); 139,0 (C5);
139,6 (Ph); 140,2 (C1a); 146,6 (C3a).
99
5.1.5 OBTENÇÃO DO DERIVADO
N
-(6-BENZIL-1,3-BENZODIOXOL-5-
IL)ACETAMIDA (LASSBIO-1069) (91c) (LAGES
et al,
1998):
O
O
NH
2
(91b) AcCl, Py
CH
2
Cl
2
, t.a.
80%
O
O
NHCOCH
3
(91c)
LASSBio-1069
Em um balão contendo 0,42 g (1,84 mmol) de (91b), foram
adicionados 15 mL de CH
2
Cl
2
, 0,6 mL de piridina e 0,6 mL de cloreto de acetila.
Após agitação por 1h à temperatura ambiente, detectou-se o consumo total do
material de partida. A mistura reacional foi lavada com HCl 10% (3 x 20 mL),
solução saturada de CuSO
4
(2 x 20 mL) e H
2
O (2 x 20 mL). A fase orgânica foi
evaporada, fornecendo um sólido branco em 80% de rendimento após
purificação por cromatografia em coluna, utilizando gradiente de acetato de
etila:hexano como eluente.
5
4
3a
1a
7
6
2
O
O
NHCOCH
3
N
-(6-benzil-1,3-benzodioxol-5-il)acetamida (LASSBIO-1069) (91c): Sólido
branco; p.f. 177-179 °C. RMN
1
H (200 MHz, DMSO-
d
6
, TMS)
δ
(ppm): 1,98 (s,
3H, CH
3
); 3,85 (s, 2H, CH
2
); 6,80 (s, 1H, NH); 5,98 (s, 2H, H2); 6,88 (s, 1H, H7);
7,14-7,34 (m, 6H, H4e Ph). RMN
13
C (50 MHz, CDCl
3
, TMS)
δ
(ppm): 23,8
100
(CH
3
); 38,3 (CH
2
); 101,4 (C2); 106,8 C7); 110,2 (C4); 126,6 (CH, Ph); 126,7
(C6); 128,3 (CH, Ph); 128,8 (CH, Ph); 129,2 (Ph); 139,5 (C5); 145,5 (C1a);
146,5 (C3a); 168,6 (C=O). IV (KBr, cm
-1
): 3293,3 (υ N-H); 3026,5 (υ C-H
aromático); 2915,1 (υ C-H alifático); 1653,7 (υ C=O). UV (MeOH): λ
máx
= 242
nm (ε
máx
= 6620).
101
5.1.6 OBTENÇÃO DO DERIVADO (1,3-BENZODIOXOL-5-
IL)(FENIL)METANONA (100) (QUICI e REGEN, 1979):
KMnO
4
, CH
2
Cl
2
Al
2
O
3
, t.a.
80%
O
O
OH
(97)
O
O
O
(100)
Em um balão de 50 mL contendo 0,95 g (4,15 mmol) de (97), 1,06 g
(10,38 mmol) de alumina neutra em 25 mL de CH
2
Cl
2
foi adicionado 1,64 g
(10,38 mmol) de permanganato de potássio. Após agitação por 20h à
temperatura ambiente, detectou-se o consumo total do material de partida. O
dióxido de manganês formado foi retirado por filtração e o filtrado foi lavado
com solução saturada de NaCl (2 x 20 mL), água destilada (3 x 20 mL), seco
com Na
2
SO
4
e evaporado, fornecendo um sólido branco em 80% de
rendimento.
5
4
3a
1a
7
6
2
O
O
O
(1,3-benzodioxol-5-il)(fenil)metanona (100): Sólido branco; p.f. 51-53 °C.
RMN
1
H (200 MHz, CDCl
3
, TMS)
δ
(ppm): 6,06 (s, 2H, H2); 6,85 (d, 1H, H7,
3
J
= 10 Hz); 7,36-7,56 (m, 2H, H4, H6 e Ph); 7,74 (dd, 2H, Ph,
3
J
= 8 Hz,
4
J
= 1,5
Hz). RMN
13
C (50 MHz, CDCl
3
, TMS)
δ
(ppm): 101,9 (C2); 107,7 (C7); 109,1
(C4); 126,9 (C6); 128,2 (CH, Ph); 129,7 (CH, Ph); 131,4 (CH, Ph); 138,2 (Ph);
102
148,0 (C1a); 151,6 (C3a); 195,2 (C=O). IV (KBr, cm
-1
): 3099; 3053; 3020 (υ C-H
aromático); 2921(υ C-H alifático); 1643 (υ C=O). UV (MeOH): λ
máx
= 238 nm
(ε
máx
= 18007).
103
5.1.7 OBTENÇÃO DO DERIVADO (6-NITRO-1,3-BENZODIOXOL-5-
IL)(FENIL)METANONA (LASSBiO-1045) (92a):
HNO
3
65%, AcOH
CH
2
Cl
2
, t.a.
70%
(92a)
LASSBio-1045
O
O
O
(100)
O
O
O
NO
2
A uma solução de 0,80 g (1,41 mmol) de (100) em 10 mL de ácido
acético glacial foi adicionado 2,0 mL de HNO
3
concentrado. A mistura foi
mantida sob agitação à temperatura ambiente por 3 horas, quando foi
observado o consumo total do mateiral de partida. Após o término da reação a
mistura foi resfriada em banho de gelo e adicionou-se 30 mL de água destilada
gelada, observando-se a intensa precipitação de um lido amarelo-claro, que
foi filtrado sob vácuo e lavado com
ca.
50 mL de água destilada gelada. O
produto foi obtido em 70% de rendimento, após recristalização com
etanol/água.
5
4
3a
1a
7
6
2
O
O
O
NO
2
(6-nitro-1,3-benzodioxol-5-il)(fenil)metanona (LASSBiO-1045) (92a): Sólido
amarelo-claro; p.f. 152-155 °C. RMN
1
H (200 MHz, CDCl
3
, TMS)
δ
(ppm): 6,20
(s, 2H, H2); 6,81 (s, 1H, H2); 7,39-7,60 (m, 3H, H4, Ph); 7,64 (s, 1H, H7); 7,73
104
(dd, 2H, Ph,
3
J
= 7,1 Hz,
4
J
= 1,6 Hz). RMN
13
C (50MHz, CDCl
3
, TMS)
δ
(ppm):
103,6 (C2); 104,8 (C7); 107,6 (C4); 128,7(CH, Ph); 129,0 (CH, Ph); 132,8 (Ph);
133,6 (CH, Ph); 135,8 (C5); 141,1 (C6); 148,9 (C1a); 152,6 (C3a); 192,6 (C=O).
IV (KBr, cm
-1
): 3123; 3111; 3063 (υ C-H aromático); 2917 (υ C-H alifático); 1669
(υ C=O); 1516; 1329 (υ NO
2
). UV (MeOH): λ
máx
= 248 nm (ε
máx
= 25484).
105
5.1.8 OBTENÇÃO DO DERIVADO (6-AMINO-1,3-BENZODIOXOL-5-
IL)(FENIL)METANONA (LASSBio-1046) (92b) (LAGES
et al.,
1998):
(92b)
LASSBio-1046
O
O
O
NO
2
Fe
0
, NH
4
Cl
EtOH:H
2
O (1:1), refluxo
81%
O
O
O
NH
2
(92a)
Uma solução contendo 0,52 g (1,92 mmol) de (92a), 0,60 g (10,74
mmol) de ferro metálico e 0,06 g (1,16 mmol) de cloreto de amônio suspensos
em 65 ml de etanol:água (2:1) em um balão de 125 mL, foi refluxada por 5h,
quando foi detectado o consumo total do material de partida. Esta mistura foi
filtrada sobre celite, ainda quente, e o filtrado foi concentrado sob vácuo,
observando-se a precipitação de um sólido amarelo escuro, que após filtração
e recristalização em etanol/água forneceu o produto desejado em 81% de
rendimento.
5
4
3a
1a
7
6
2
O
O
O
NH
2
(6-amino-1,3-benzodioxol-5-il)(fenil)metanona (LASSBio-1046) (92b): Sólido
amarelo; p.f. 163-166 °C. RMN
1
H (200 MHz, DMSO-
d
6
, TMS)
δ
(ppm): 5,87 (s,
2H, H2); 6,22 (s, 1H, H7); 6,84 (s, 1H, H4); 7,41-7,58 (m, 5H, Ph). RMN
13
C
(50MHz, CDCl
3
, TMS)
δ
(ppm): 96,8 (C7); 101,2 (C2); 110,4 (C6); 111,5 (C4);
106
128,0 (CH, Ph); 128,4 (CH, Ph); 130,3 (CH, Ph); 138,3 (C1a); 140,6 (C5); 150,1
(Ph); 153,0 (C3a); 196,9 (C=O). IV (KBr, cm
-1
): 3432; 3297 (υ N-H); 3071; 3025;
2973 (υ C-H aromático); 2909 (υ C-H alifático); 1627 (υ C=O). UV (MeOH): λ
máx
= 246 nm (ε
máx
= 19518).
107
5.1.9 OBTENÇÃO DOS DERIVADOS
N
-(6-BENZOIL-1,3-BENZODIOXOL-5-
IL)METANOSULFONAMIDA (LASSBio-1065) (92c) e
N
-(6-BENZOIL-1,3-
BENZODIOXOL-5-IL)ACETAMIDA(LASSBio-1066) (92d) (LAGES
et al.,
1998):
AcCl ou MsCl, Py
CH
2
Cl
2
, t.a.
84-86%
O
O
O
NH
2
O
O
O
NHR
(92b)
R = Ms (92c) LASSBio-1065
R = Ac (92d) LASSBio-1066
Em um balão contendo 0,30 g (1,24 mmol) de (92b), 15 mL de
CH
2
Cl
2
e 0,4 mL de piridina, foi adicionado 0,4 mL de cloreto de mesila ou 0,4
mL de cloreto de acetila. Após agitação por 1h à temperatura ambiente,
detectou-se o consumo total do material de partida. A mistura reacional foi
lavada com solução aquosa de HCl 10% (3 x 20 mL), solução saturada de
CuSO
4
(2 x 20 mL) e água destilada (2 x 20 mL). A fase orgânica foi
evaporada, fornecendo (92c) como um sólido amarelo-claro e (92d) como um
sólido branco após purificação por cromatografia em coluna, utilizando-se
gradiente de acetato de etila:hexano como eluente em 84% e 86% de
rendimento, respectivamente.
108
O
O
O
NHSO
2
CH
3
5
4
3a
1a
7
6
2
N
-(6-benzoil-1,3-benzodioxol-5-il)metanosulfonamida (LASSBio-1065)
(92c): Sólido amarelo-claro; p.f. 173-176 °C. RMN
1
H (200 MHz, CDCl
3
, TMS)
δ
(ppm): 3,02 (s, 3H, CH
3
); 6,06 (s, 2H, H2); 7,02 (s, 1H, H7); 7,37 (s, 1H, H4);
7,45-7,65 (m, 6H, H2 e Ph); 10,79 (s, 1H, NH).. RMN
13
C (50 MHz, CDCl
3
,
TMS)
δ
(ppm): 39,8 (CH
3
); 101,4 (C7); 102,4 (C2); 112,4 (C4); 116,8 (C6);
128,3 (CH, Ph); 129,2 (Ph); 132,1 (CH, Ph); 137,9 (C5); 138,5 (C1a); 143,0
(Ph); 152,7 (C3a); 197,8(C=O). IV (KBr, cm
-1
): 3105 (υ N-H); 2909 (υ C-H
alifático); 1627 (υ C=O); 1351; 1135 (υ SO
2
). UV (MeOH): λ
máx
= 247 nm (ε
máx
=
21400).
5
4
3a
1a
7
6
2
O
O
O
NHCOCH
3
N
-(6-benzoil-1,3-benzodioxol-5-il)acetamida (LASSBio-1046) (92d): Sólido
branco; p.f. 160-163 °C. RMN
1
H (200MHz, CDCl
3
, TMS)
δ
(ppm): . 2,22 (s, 3H,
CH
3
); 6,02(s, 2H, H2); 6,97 (s, 1H, H7); 7,43-7,65 (m, 5H, Ph); 8,29 (s, 1H, H4);
11,44 (s, 1H, NH). RMN
13
C (50MHz, CDCl
3
, TMS)
δ
(ppm): 25,4 (CH
3
); 102,1
(C2); 102,5 (C7); 112,2 (C4); 116,1 (C6); 128,4 (CH, Ph); 129,3 (CH, Ph); 132,0
(CH, Ph); 139,0 (C5); 139,3 (C1a); 142,1 (Ph); 152,6 (C3a); 169,3 (NHC=O);
109
198,5(C=O). IV (KBr, cm
-1
): 3116; 3060 (υ N-H); 2921 (υ C-H alifático); 1691 (υ
C=O amida); 1629 (υ C=O). UV (MeOH): λ
máx
= 251 nm (ε
máx
= 26720).
110
5.1.10 OBTENÇÃO DOS DERIVADOS 6-METIL-1,3-BENZODIOXOL-5-
IL(FENIL)METANONA SUBSTITUÍDAS (93a-c e 93h) (GRASSO
et al
., 2000):
p-RPhCOOH, P
2
O
5
ClCH
2
CH
2
Cl, t.a.
65-85%
O
O
CH
3
(101)
O
O
O
CH
3
R
R = -H (93a) LASSBio-971
R = -SO
2
CH
3
(93b) LASSBio-944
R = -NO
2
(93c) LASSBio-973
R = -CO
2
CH
3
(93h) LASSBio-972
Em um balão contendo 1,132 g (1 mL, 8,34 mmol) de 3,4-
metilenodioxi-tolueno (101) e 10,83 mmol do ácido carboxílico correspondente
(
para
-RPhCO
2
H, R = H, -SO
2
CH
3
, -NO
2
e –CO
2
CH
3
) solubilizados em 60 mL de
1,2-dicloroetano, foi adicionado 58,38 mmol de pentóxido de sforo e a
solução foi mantida sob agitação à temperatura ambiente por 16h, quando
detectou-se o término da reação. O isolamento foi feito por adição de água
destilada vagarosamente à reação, separação da fase orgânica e extração com
acetato de etila (3 x de 30 mL). As fases orgânicas foram reunidas e lavadas
com uma solução de hidróxido de sódio 20% até pH ~13 e água destilada (3 x
30 mL). Secou-se a fase orgânica com NaSO
4
, filtrou-se e destilou-se o
solvente em evaporador rotatório. Os produtos (93a), (93b) e (93h) foram
obtidos após recristalização com etanol/água em rendimentos de 85%, 65% e
80%, respectivamente. O produto (93c) foi obtido após coluna cromatográfica
utilizando acetato de etila/hexano (05:95) como eluente e recristalização em
isopropanol/hexano, em 75% de rendimento.
111
O
O
CH
3
O
5
4
3a
1a
7
6
1’
6’
2’
5’ 3’
4’
2
(6-metil-1,3-benzodioxol-5-il)(fenil)metanona (LASSBio-971) (93a). Sólido
branco; p.f. 58-60 °C. RMN
1
H (200MHz, CDCl
3
, TMS)
δ
(ppm): 2,30 (s, 3H,
CH
3
); 5,99 (s, 2H, H2); 6,76 (s, 1H, H4); 6,83 (s, 1H, H7); 7,42-7,81 (m, 5H,
Ph). RMN
13
C (50MHz, CDCl
3
, TMS)
δ
(ppm): 20,4 (CH
3
); 101,6 (C2); 109,6
(C4); 111,3 (C7); 128,5 (C3’ e C5’); 129,0 (C6); 130,1 (C2’ e C6’); 130,7 (Ph);
132,9 (C4’); 138,4 (C5); 145,2 (C1a); 149,4 (C3a); 197,6 (C=O). IV (KBr, cm
-1
):
3045; 3003; 2975 (υ C-H aromático); 2890 (υ C-H alifático); 1656 (υ C=O). UV
(MeOH): λ
máx
= 246 nm (ε
máx
= 18680).
7
O
O
CH
3
O
SO
2
CH
3
5
4
3a
1a
6
1’
6’
2’
5’ 3’
4’
2
O
O
CH
3
O
SO
2
CH
3
5
4
3a
1a
6
1’
6’
2’
5’ 3’
4’
2
(6-metil-1,3-benzodioxol-5-il)[4-(metilsulfonil)fenil]metanona (LASSBio-944)
(93b). Sólido branco; p.f. 138-140 °C. RMN
1
H (200 MHz, CDCl
3
, TMS)
δ
(ppm): 2,35 (s, 3H, CH
3
); 3,10 (s, 3H, SO
2
CH
3
); 6,02 (s, 2H, H2); 6,79 (s, 2H,
H4 e H7); 7,93 (d, 2H, H2’ e H6’,
3
J
= 8,4 Hz); 8,04 (d, 2H, H3’ e H5’,
3
J
= 8,4
Hz). RMN
13
C (50 MHz, CDCl
3
, TMS)
δ
(ppm): 20,8 (CH
3
); 44,4 (SO
2
CH
3
);
101,9 (C2); 110,0 (C4); 111,8 (C7); 127,6 (C3’ e C5’); 129,9 (C6); 130,7 (C2’ e
C6’); 134,5 (C5); 143,2 (C4’); 143,8 (C1a); 145,4 (C1’); 150,4 (C3a); 195,7
112
(C=O). IV (KBr, cm
-1
): 3075; 3055; 3020 (υ C-H aromático); 2921; 2911 (υ C-H
alifático); 1656 (υ C=O); 1369; 1153 (υ SO
2
). UV (MeOH): λ
máx
= 244 nm (ε
máx
=
21634).
O
O
CH
3
O
NO
2
5
4
3a
1a
7
6
1’
6’
2’
5’ 3’
4’
2
O
O
CH
3
O
NO
2
5
4
3a
1a
7
6
1’
6’
2’
5’ 3’
4’
2
(6-metil-1,3-benzodioxol-5-il)(4-nitrofenil)metanona (LASSBio-973) (93c) -
Sólido amarelo ; p.f. 121-124 °C. RMN
1
H (200 MHz, CDCl
3
, TMS)
δ
(ppm):
2,35 (s, 3H, CH
3
); 6,03 (s, 2H, H2); 6,79 (s, 2H, H4 e H7); 7,91 (d, 2H, H2’ e
H6’,
3
J
= 8,7 Hz); 8,30 (d, 2H, H3’ e H5’,
3
J
= 8,7 Hz). RMN
13
C (50 MHz,
CDCl
3
, TMS)
δ
(ppm): 20,7 (CH
3
); 101,7 (C2); 109,8 (C4); 111,6 (C7); 123,6
(C3’ e C5’); 129,7 (C6); 130,6 (C2’ e C6’); 134,4 (C5); 143,6 (C4’); 145,3 (C1a);
149,9 (C1’); 150,2 (C3a); 195,1 (C=O). IV (KBr, cm
-1
): 3101; 3075 (υ C-H
aromático); 2918 (υ C-H alifático); 1651 (υ C=O); 1516; 1349 (υ NO
2
). UV
(MeOH): λ
máx
= 268 (ε
máx
= 18880).
O
O
CH
3
O
CO
2
CH
3
5
4
3a
1a
7
6
1’
6’
2’
5’ 3’
4’
2
O
O
CH
3
O
CO
2
CH
3
5
4
3a
1a
7
6
1’
6’
2’
5’ 3’
4’
2
113
4-[(6-metil-1,3-benzodioxol-5-il)carbonil)benzoato de metila (LASSBio-972)
(93h) - Sólido amarelo-claro; p.f. 134-136 °C. RMN
1
H (200 MHz, CDCl
3
, TMS)
δ
(ppm): 2,29 (s, 3H, CH
3
); 3,93 (s, 3H, OCH
3
); 5,98 (s, 2H, H2); 6,74 (s, 1H,
H4); 6,78 (s, 1H, H7); 7,79 (d, 2H, H2’ e H6’,
3
J
= 8,6 Hz); 8,08 (d, 2H, H3’ e
H5’,
3
J
= 8,6 Hz). RMN
13
C (50 MHz, CDCl
3
, TMS)
δ
(ppm): 20,5 (CH
3
); 52,4
(OCH
3
); 101,5 (C2); 109,7 (C4); 111,3 (C7); 129,5 (C3’ e C5’); 129,7 (C2’ e
C6’); 130,5 (C6); 133,4 (C5) 133,6 (C4’); 141,9 (C1a); 145,1 (C1’); 149,7 (C3a);
166,2 (C=O); 196,5 (C=O). IV (KBr, cm
-1
): 2955 (υ C-H aromático); 2920; 2901
(υ C-H alifático); 1712 ((υ C=O éster); 1652 (υ C=O). UV (MeOH): λ
máx
= 254
nm (ε
máx
= 2297).
114
5.1.11 OBTENÇÃO DO DERIVADO (4-AMINOFENIL)(6-METIL-1,3-
BENZODIOXOL-5-IL)METANONA (LASSBio-976) (93d )(LAGES
et al
., 1998):
Fe
0
, NH
4
Cl
EtOH:H
2
O (1:1), refluxo
95%
O
O
CH
3
O
NO
2
(93c)
O
O
CH
3
O
NH
2
(93d) LASSBio-976
Uma mistura contendo 0,60 g (2,10 mmol) de (93c), 0,658 g (11,78
mmol) de ferro metálico e 0,067 g (1,26 mmol) de cloreto de amônio suspensos
em 45 mL de etanol:água (2:1) em um balão de 100 mL, foi refluxada por 5h,
quando foi detectado o consumo total do material de partida. Esta mistura foi
filtrada sobre celite, ainda quente, e o filtrado foi então evaporado, observando-
se a precipitação de um sólido rosado, que após filtração e recristalização em
etanol/água forneceu o produto desejado em 95% de rendimento.
O
O
CH
3
O
NH
2
5
4
3a
1a
7
6
1’
6’
2’
5’ 3’
4’
2
(4-aminofenil)(6-metil-1,3-benzodioxol-5-il)metanona (LASSBio-976) (93d) -
Sólido branco ; p.f. 182-185 °C. RMN
1
H (200 MHz, DMSO
d6
, TMS)
δ
(ppm):
2,05 (s, 3H, CH
3
), 6,01 (s, 2H, H2); 6,16 (2H, NH
2
); 6,55 (d, 2H, H3’ e H5’,
3
J
=
8,6 Hz); 6,72 (s, 1H, H4); 6,85 (s, 1H, H7); 7,42 (d, 2H, H2’ e H6’,
3
J
= 8,6 Hz).
RMN
13
C (50 MHz, DMSO
d6
, TMS)
δ
(ppm): 19,2 (CH
3
); 101,2 (C2); 107,6 (C5);
115
110,5 (C7); 112,7 (C3’ e C5’); 124,6 (C4); 129,4 (C5); 132,3 (C2’ e C6’); 133,1
(C6); 144,7 (C1a); 147,8 (C3a); 154,1 (C1’); 194,4 (C=O). IV (KBr, cm
-1
): 3456;
3352 (υ N-H); 2917; 2902 (υ C-H alifático); 1630 (υ C=O). UV (MeOH): λ
máx
=
326 nm (ε
máx
= 24120).
116
5.1.12 OBTENÇÃO DOS DERIVADOS
N
-{4-[(6-METIL-1,3-BENZODIOXOL-5-
IL)CARBONIL]FENIL}METANOSULFONAMIDA (93e),
N
-{4-[(6-METIL-1,3-
BENZODIOXOL-5-IL)CARBONIL]FENIL}ACETAMIDA (93f) e
N
-{4-[(6-METIL-
1,3-BENZODIOXOL-5-IL)CARBONIL]FENIL}BENZAMIDA (93g) (LAGES
et al
.,
1998):
AcCl ou MsCl ou BzCl, Py
CH
2
Cl
2
, t.a.
82-87%
R = Ms (93e) LASSBio-977
R = Ac (93f) LASSBio-986
R = Bz (93g) LASSBio-1044
O
O
CH
3
O
NH
2
(93d)
O
O
CH
3
O
NHR
Em um balão contendo 0,25 g (1,0 mmol) de (93d), 15 mL de CH
2
Cl
2
e 0,2 mL de piridina, foi adicionado 0,2 mL de cloreto de mesila ou 0,2 mL de
cloreto de acetila ou 0,2 mL de cloreto de benzoila. Após agitação por 1h à
temperatura ambiente, detectou-se o consumo total do material de partida. A
mistura reacional foi lavada com solução aquosa de HCl 10% (2 x 20 mL),
solução saturada de CuSO
4
(2 x 20 mL) e H
2
O (2 x 20 mL). A fase orgânica foi
evaporada, fornecendo (93e) como um sólido amarelo-claro, (93f) como um
sólido beje e (92g) como um sólido bege após purificação por cromatografia em
coluna, utilizando-se gradiente de acetato de etila:hexano como eluente em
82%, 87% e 83% de rendimento, respectivamente.
117
5
4
3a
1a
7
6
2
6’
2’
5’ 3’
4’
1’
O
O
CH
3
NHSO
2
CH
3
O
N
-{4-[(6-metil-1,3-benzodioxol-5-il)carbonil]fenil}metanosulfonamida
(LASSBio-977) (93e) - lido amarelo-claro ; p.f. 174-177 °C. RMN
1
H (200
MHz, DMSO
d6
, TMS)
δ
(ppm): 2,13 (s, 3H, CH
3
); 3,11 (s, 3H, SO
2
CH
3
); 6,05 (s,
2H, H2); 6,83 (s, 1H, H4); 6,90 (s, 1H, H7); 7,28 (d, 2H, H3’ e H5’,
3
J
= 8,6 Hz);
7,66 (d, 2H, H2’ e H6’,
3
J
= 8,6 Hz); 10,38 (s, 1H, NH). RMN
13
C (50 MHz,
DMSO
d6
, TMS)
δ
(ppm): 19,4 (CH
3
); 39,9 (SO
2
CH
3
); 101,4 (C2); 108,3 (C4);
110,8 (C7); 117,5 (C3’ e C5’); 130,9 (C5); 131,4 (C2’ e C6’); 131,9 (C6);143,1
(C1a); 144,8 (C3a); 148,6 (C1’); 195,3 (C=O). IV (KBr, cm
-1
): 3242 (υ N-H);
2925 (υ C-H alifático); 1640 (υ C=O); 1340; 1147 (υ SO
2
). UV (MeOH): λ
máx
=
285 nm (ε
máx
= 18060).
O
O
CH
3
NHCOCH
3
O
5
4
3a
1a
7
6
2
6’
2’
5’
3’
4’
1’
N
-{4-[(6-metil-1,3-benzodioxol-5-il)carbonil]fenil}acetamida (LASSBio-986)
(93f) - Sólido bege ; p.f. 157-160 °C. RMN
1
H (200 MHz, CDCl
3
, TMS)
δ
(ppm):
2,19 (s, 3H, CH
3
); 2,24 (s, 3H, COCH
3
); 5,98 (s, 2H, H2); 6,73 (s, 1H, H4); 6,78
(s, 1H, H7); 7,62 (d, 2H, H3’ e H5’,
3
J
= 8,8 Hz); 7,74 (d, 2H, H2’ e H6’,
3
J
= 8,8
118
Hz); 8,32 (s, 1H, NH). RMN
13
C (50 MHz, CDCl
3
, TMS)
δ
(ppm): 20,1 (CH
3
);
24,6 (COCH
3
); 101,4 (C2); 108,9 (C4); 111,0 (C7); 118,8 (C3’ e C5’); 131,4 (C2’
e C6’); 132,1 (C5); 133,3 (C6); 142,5 (C1a); 145,0 (C3a); 149,1 (C1’); 168,9
(C=O); 196,7 (C=O). IV (KBr, cm
-1
): 3320 (υ N-H); 2909 (υ C-H alifático); 1667
(υ C=O amida); 1655 (C=O). UV (MeOH): λ
máx
= 296 nm (ε
máx
= 21760).
5
4
3a
1a
7
6
2
6’
2’
5’
3’
4’
1’
O
O
CH
3
NHCOPh
O
N
-{4-[(6-metil-1,3-benzodioxol-5-il)carbonil]fenil}benzamida (LASSBio-
1044) (93g) - Sólido bege ; p.f. 189-190 °C. RMN
1
H (200 MHz, DMSO
d6
, TMS)
δ
(ppm): 2,13 (s, 3H, CH
3
); 6,06 (s, 2H, H2); 6,85 (s, 1H, H4); 6,91 (s, 1H, H7);
7,52-7,73 (m, 5H, Ph); 7,95 (d, 4H, Ph,
3
J
= 8,8 Hz); 10,59 (s, 1H, NH). RMN
13
C (50 MHz, DMSO
d6
, TMS)
δ
(ppm): 19,4 (CH
3
); 101,4 (C2); 108,3 (C4); 110,8
(C7); 119,5 (CH, Ph); 127,8 (CH, Ph); 128,4 (CH, Ph); 130,7 (CH, Ph); 131,5
(Ph); 131,8 (CH, Ph); 132,4 (Ph); 134,5 (Ph); 143,7 (C1a); 144,8 (C3a); 148,6
(C1’); 165,9 (C=O); 195,4 (C=O). IV (KBr, cm
-1
): 3346 (υ N-H); 2906 (υ C-H
alifático); 1658 (υ C=O). UV (MeOH): λ
máx
= 303 nm (ε
máx
= 25540).
119
5.1.13 OBTENÇÃO DO DERIVADO ÁCIDO 4-[(6-METIL-1,3-BENZODIOXOL-
5-IL)CARBONIL]BENZOICO (LASSBio-1042) (93i):
O
O
CH
3
O
CO
2
CH
3
O
O
CH
3
CO
2
H
O
NaOH, EtOH
H
2
O, refluxo
97%
(93h)
(93i) LASSBio-1042
Uma mistura contendo 0,50 g (1,78 mmol) de (93h) e 0,34 g (8,40
mmol) de hidróxido de sódio suspensos em 30 mL de etanol:água (1:1) em um
balão de 50 mL, foi refluxada por 6h, quando foi detectado o consumo total do
material de partida. Após o rmino da reação a mistura foi resfriada em banho
de gelo e adicionou-se solução de ácido clorídrico 10% até pH 6, observando-
se a intensa precipitação de um sólido bege, que foi filtrado sob vácuo e lavado
com
ca.
50 mL de água destilada gelada. O produto foi obtido em 97% de
rendimento, após recristalização com etanol/água.
5
4
3a
1a
7
6
2
6’
2’
5’
3’
4’
1’
O
O
CH
3
CO
2
H
O
120
ácido 4-[(6-metil-1,3-benzodioxol-5-il)carbonil]benzoico (LASSBio-1042)
(93i) - Sólido bege ; p.f. 200-202 °C. RMN
1
H (200 MHz, DMSO
d6
, TMS)
δ
(ppm): 2,17 (s, 3H, CH
3
); 6,07 (s, 2H, H2); 6,86 (s, 1H, H4); 6,93 (s, 1H, H7);
7,75 (d, 2H, H2’ e H6’,
3
J
= 8,4 Hz); 8,05 (d, 2H, H3’ e H5’,
3
J
= 8,4 Hz). RMN
13
C (50 MHz, DMSO
d6
, TMS)
δ
(ppm): 19,8 (CH
3
); 101,7 (C2); 109,1 (C4); 111,1
(C7); 129,5 (C2’, C3’, C5’e C6’); 130,4 (C6); 132,3 (C5); 134,4 (C4’); 141,1
(C1a); 144,9 (C1’); 149,3 (C3a); 166,6 (C=O); 196,0 (C=O). IV (KBr, cm
-1
): 3300
- 2500 (larga, υ O-H); 1692 (υ C=O, ácido carboxílico); 1660 (υ C=O).
121
5.1.14 OBTENÇÃO DO DERIVADO 4-[(6-METIL-1,3-BENZODIOXOL-5-
IL)CARBONIL]BENZOIDRAZIDA (LASSBio-1043) (93j):
O
O
O
CH
3
CONHNH
2
O
O
CH
3
O
CO
2
CH
3
(93h)
(93j) LASSBio-1043
NH
2
NH
2
.H
2
O,
EtOH, t.a., 1h
70%
Em um balão de 25 ml contendo 0,36 g (1,21 mmol) de (93h)
suspensos em 10 mL de etanol, foi adicionado 1,2 mL de hidrato de hidrazina
100%. A mistura reacional permaneceu em refluxo, sob agitação durante 1h,
quando se observou o consumo total do éster de partida (93h). Após o término
da reação a mistura foi concentrada sob pressão reduzida, adicionou-se água
destilada gelada e observou-se a precipitação de um sólido amarelo, que foi
intensificada com um banho de gelo. O lido foi filtrado, obtendo-se o produto
desejado em 70% de rendimento após recristalização em etanol/água.
5
4
3a
1a
7
6
2
6’
2’
5’
3’
4’
1’
O
O
O
CH
3
CONHNH
2
122
4-[(6-metil-1,3-benzodioxol-5-il)carbonil]benzoidrazida (93j) - Sólido
amarelo ; p.f. 204-206 °C. RMN
1
H (200 MHz, DMSO
d6
, TMS)
δ
(ppm): 2,17 (s,
3H, CH
3
); 4,58 (s, 2H, NH
2
); 6,07 (s, 2H, H2); 6,86 (s, 1H, H4); 6,94 (s, 1H, H7);
7,72 (d, 2H, H2’ e H6’,
3
J
= 7,8 Hz); 7,93 (d, 2H, H3’ e H5’,
3
J
= 7,8 Hz); 9,96 (s,
2H, NH). RMN
13
C (50 MHz, DMSO
d6
, TMS)
δ
(ppm): 19,7 (CH
3
); 101,6 (C2);
108,9 (C4); 111,0 (C7); 127,2 (C3’ e C5’); 129,4 (C2’ e C6’); 130,6 (C6); 132,0
(C5); 137,0 (C4’); 139,6 (C1a); 144,8 (C1’); 149,1 (C3a); 164,9 (C=O); 196,0
(C=O). IV (KBr, cm
-1
): 3329; 3324 (υ N-H); 2913 (υ C-H alifático); 1883 (υ C=O,
hidrazida); 1627 (υ C=O). UV (MeOH): λ
máx
= 254 nm (ε
máx
= 19380).
123
5.1.15 OBTENÇÃO DOS DERIVADOS (6-METIL-1,3-BENZODIOXOL-5-IL)[4-
(METILSULFONIL)FENIL]METANOL (LASSBio-974) (94a) e (6-METIL-1,3-
BENZODIOXOL-5-IL)(4-NITROFENIL)METANOL (LASSBio-1040) (94b)
(BARREIRO,
et al.,
1985):
NaBH
4
, MeOH,
30’, 0
o
C
85-95%
O
O
CH
3
O
R
(93b ou 93c)
O
O
OH
R
CH
3
R = -SO
2
CH
3
(94a) LASSBio-974
R = -NO
2
(94b) LASSBio-1040
Em um balão, mantido a 0
o
C, contendo 0,334 g (1,05 mmol) de
(93b) ou 0,30 g (1,05 mmol) de (93c) solubilizados em 10 mL de metanol, foi
adicionado, aos poucos, 0,080 g (2,10 mmol) de borohidreto de sódio. A
mistura foi mantida sob agitação em banho de gelo por 1h, quando se observou
o consumo total do material de partida. O isolamento foi feito por adição de 10
mL de diclorometano e 10 mL de solução de fosfato monobásico 10%,
separação da fase orgânica e extração com diclorometano (3 x de 10 mL). As
fases orgânicas foram reunidas e lavadas água destilada (3 x 10 mL). Secou-se
a fase orgânica com NaSO
4
, filtrou-se e destilou-se o solvente em evaporador
rotatório. Os produtos (94a) e (94b) foram obtidos após purificação por coluna
cromatográfica em sílica, utilizando-se gradiente de acetato de etila:hexano
como eluente e recristalizados em etanol/água com rendimentos de 95% e
85%, respectivamente.
124
5
4
3a
1a
7
6
2
6’
2’
5’
3’
4’
1’
O
O
CH
3
SO
2
CH
3
OH
(6-metil-1,3-benzodioxol-5-il)[4-(metilsulfonil)fenil]metanol (LASSBio-974)
(94a) - Sólido branco ; p.f. 146-148 °C. RMN
1
H (200 MHz, DMSO
d6
, TMS)
δ
(ppm): 2,17 (s, 3H, CH
3
); 3,17 (s, 3H, SO
2
CH
3
); 5,86-6,03 (m, 4H, H2 e CHOH);
6,72 (s, 1H, H7); 6,91 (s, 1H, H4); 7,55 (d, 2H, H2’ e H6’,
3
J
= 8,0 Hz); 7,86 (d,
2H, H3’ e H5’,
3
J
= 8,0 Hz). RMN
13
C (50 MHz, DMSO
d6
, TMS)
δ
(ppm): 18,9
(CH
3
); 43,6 (SO
2
CH
3
); 70,4 (CHOH); 100,6 (C2); 106,9 (C4); 110,2 (C7); 126,8
(C3’ e C5’); 127,4 (C2’ e C6’); 128,0 (C5); 135,7 (C6); 139,1 (C4’); 145,3 (C1a);
145,9 (C3a); 150,5 (C1’). IV (KBr, cm
-1
): 3500 (υ O-H); 2926; 2892 (υ C-H
alifático); 1300; 1140 (υ SO
2
). UV (MeOH): λ
máx
= 292 nm (ε
máx
= 5240).
5
4
3a
1a
7
6
2
6’
2’
5’
3’
4’
1’
O
O
CH
3
NO
2
OH
(6-metil-1,3-benzodioxol-5-il)(4-nitrofenil)metanol (LASSBio-1040) (94b) -
amarelo ; p.f. 115-118 °C. RMN
1
H (200 MHz, CDCl
3
, TMS)
δ
(ppm): 2,25 (s,
3H, CH
3
); 2,51 (s, 1H, OH,
2
J
= 3,0 Hz); 5,89 e 5,90 (2d, 2H, H2,
2
J
= 1,35 Hz);
6,01 (d, 1H, CHOH,
2
J
= 2,2 Hz); 6,64 (s, 1H, H7); 6,75 (s, 1H, H4); 7,49 (d, 2H,
H2’ e H6’,
3
J
= 8,8 Hz); 8,15 (d, 2H, H3’ e H5’,
3
J
= 8,8 Hz). RMN
13
C (50 MHz,
125
CDCl
3
, TMS)
δ
(ppm): 19,2 (CH
3
); 71,9 (CHOH); 101,0 (C2); 107,2 (C4); 110,7
(C7); 123,6 (C3e C5’); 127,3 (C2’ e C6’); 129,0 (C5); 133,6 (C6); 146,2 (C4’);
147,1 (C1a); 147,2 (C3a); 150,3 (C1’). IV (KBr, cm
-1
): 3517 (υ O-H); 3104; 3075
(υ C-H aromático); 2876 (υ C-H alifático); 1510; 1343 (υ NO
2
). UV (MeOH): λ
máx
= 283 nm (ε
máx
= 21634).
126
5.1.16 OBTENÇÃO DOS DERIVADOS 5-METIL-6-[4-
METILSULFONIL)BENZIL]-1,3-BENZODIOXOLA (LASSBio-975) (95a) E 5-
METIL-6-(4-NITROFENIL)-1,3-BENZODIOXOLA (LASSBio-1041) (95b)
(LAGES
et al
., 1998):
NaBH
4
, CF
3
CO
2
H,
CH
2
Cl
2
, 0
o
C
72-75%
(94a ou 94b)
O
O
OH
R
CH
3
O
O
R
CH
3
R = -SO
2
CH
3
(95a) LASSBio-975
R = -NO
2
(95b) LASSBio-1041
Em um balão de 25 mL, em banho de gelo, contendo 5 mL de ácido
trifluoracético, adicionou-se 0,25 g (6,36 mmol) de NaBH
4
em pequenas
quantidades. Sobre esta mistura, sob agitação magnética, adicionou-se gota-a-
gota, por um período de 30 min, uma solução contendo 0,30 g (0,93 mmol) do
álcool (94a) ou 0,27 g (0,93 mmol) do álcool (94b) solubilizados em 4 mL de
diclorometano. Observou-se o aparecimento de coloração azulada para (94a) e
avermelhada para (94b) quando cada gota atinge a mistura reacional com
rápido desaparecimento. Após o término da adição, neutralizou-se o meio com
solução aquosa de NaOH 50% (p/v), separou-se a fase orgânica e extraiu-se a
fase aquosa com diclorometano (3 x 20 mL). As fases orgânicas foram
reunidas e lavadas com solução saturada de NaCl (2 x 20 mL) e água (2 x 20
mL). Secou-se a fase orgânica com NaSO
4
, filtrou-se e destilou-se o solvente
em evaporador rotatório Os produtos (95a) e (95b) foram recristalizados em
etanol/água. em rendimentos de 72% e 75%, respectivamente.,
127
O
O
CH
3
SO
2
CH
3
5
4
3a
1a
7
6
2
6’
2’
5’
3’
4’
1’
5-metil-6-[4-metilsulfonil)benzil]-1,3-benzodioxola (LASSBio-975) (95a) -
Sólido branco ; p.f. 125-127 °C. RMN
1
H (200 MHz, CDCl
3
, TMS)
δ
(ppm): 2,05
(s, 3H, CH
3
); 2,95 (s, 3H, SO
2
CH
3
); 3,89 (s, 2H, CH
2
); 5,83 (s, 2H, H2); 6,51 (s,
1H, H7); 6,60 (s, 1H, H4); 7,22 (d, 2H, H2’e H6’,
3
J
= 8,0 Hz); 7,75 (d, 2H, H3’ e
H5’,
3
J
= 8,0 Hz). RMN
13
C (50 MHz, DMSO
d6
, TMS)
δ
(ppm): 19,5 (CH
3
); 39,0
(CH
2
); 44,5 (SO
2
CH
3
); 100,8 (C2); 110,1 (C4); 110,6 (C7); 127,5 (C3’ e C5’);
129,3 (C2’ e C6’); 129,5 (C5); 129,9 (C6); 138,2(C4’); 145,8 (C1a); 146,2 (C3a);
147,2 (C1’). IV: 3025; 3004 (υ C-H aromático); 2924 (υ C-H alifático); 1304;
1142 (υ SO
2
). UV (MeOH): λ
máx
= 293 nm (ε
máx
= 7460).
O
O
CH
3
NO
2
5
4
3a
1a
7
6
2
6’
2’
5’
3’
4’
1’
5-METIL-6-(4-NITROFENIL)-1,3-BENZODIOXOLA (LASSBio-1041) (95b) -
Sólido amarelo ; p.f. 84-85 °C. RMN
1
H (400 MHz, CDCl
3
, TMS)
δ
(ppm): 2,12
(s, 3H, CH
3
); 3,98 (s, 2H, CH
2
) 5,91 (s, 2H, H2); 6,59 (s, 1H, H7); 6,68 (s, 1H,
128
H4); 7,25 (d, 2H, H2’ e H6’,
3
J
= 8,8 Hz); 8,11 (d, 2H, H3’ e H5’,
3
J
= 8,8 Hz).
RMN
13
C (100 MHz, CDCl
3
, TMS)
δ
(ppm): 19,4 (CH
3
); 39,9 (CH
2
); 100,8 (C2);
110,1 (C4); 110,6 (C7); 123,6 (C3’ e C5’); 129,1 (C2’ e C6’); 129,5(C5); 129,7
(C6); 145,8 (C1a); 146,3 (C3a); 148,4 (c1’). IV: 3103; 3076 (υ C-H aromático);
2903 (υ C-H alifático); 1510; 1342 (υ NO
2
).
129
5.2 AVALIAÇÃO FARMACOLÓGICA DOS COMPOSTOS (91-95):
5.2.1 ENSAIO DE EDEMA DE PATA DE RATO INDUZIDO POR
CARRAGENINA (FERREIRA,1979):
Os compostos testados foram administrados por via oral, na dose de
100 µmol/Kg, utilizando-se como veículo uma solução de goma arábica 5%.
Uma hora após a administração, foi realizada a indução do edema pela
administração subplantar de carragenina 1% (1000 µg/pata). Na pata
contralateral foi feita a administração de solução de NaCl 0,9% (0,1 mL/pata). A
leitura foi realizada 3 horas após a administração subplantar de carragenina,
utilizando-se um pletismógrafo acoplado a uma bomba peristáltica de fluxo
contínuo. O edema foi expresso pela variação de volume das patas, obtida pela
diferença entre as patas com carragenina e salina. Após o ensaio, os
estômagos foram retirados, abertos ao longo da curvatura maior e examinados
macroscopicamente para avaliar o índice de ulcerogeneicidade dos compostos
testados. AINES clássicos como a indometacina e a aspirina induzem
ulcerações difusas na mucosa dos animais, o que não é observado para os
inibidores seletivos de COX-2 (CHAN
et al.
, 1995).
130
5.2.2 POTENCIAL ULCEROGÊNICO (CHAN et al., 1995):
O potencial ulcerogênico dos compostos foi avaliado através da
dissecação dos estômagos dos animais utilizados no ensaio de edema de pata
de rato induzido por carragenina. Os estômagos foram abertos ao longo de sua
curvatura maior e após a sua lavagem com solução fisiológica, a mucosa
gástrica foi examinada macroscopicamente buscando a identificação de lesões
pontuais ou lesões hemorrágicas de maior tamanho. Às lesões pontuais foi
atribuído grau 2, e às de maior comprimento atribuiu-se grau 5. O grau de
ulcerogenicidade dos compostos foi então calculado multiplicando-se o mero
de lesões observadas pelo valor do grau na qual essas lesões se
enquadravam dividido pelo mero de estômagos observados (CHAN et al.,
1995).
131
5.2.3 ENSAIO DE CONTORÇÃO ABDOMINAL INDUZIDA POR ÁCIDO
ACÉTICO (WHITTLE, 1964, COOLIER et al., 1968):
A atividade analgésica periférica foi avaliada pelo ensaio de
contorção abdominal induzida pelo ácido acético 0,1N (WHITTLE, 1964,
COOLIER et al., 1968), utilizando-se camundongos suíços de ambos os sexos
pesando entre 18 e 25g e deixados em jejum com água a vontade por um
período de 8 horas.
As substâncias foram administradas por via oral na dose de 100
µmol/kg (0,1 mL/20g de peso do animal), utilizando-se como veículo goma
arábica 5%. Uma hora após a administração foi feita a indução do estímulo
algésico injetando ácido acético 0,1N na cavidade peritonial dos animais (0,1
ml/10 g de peso do animal). Dez minutos após a injeção iniciou-se a contagem
das contorções abdominais, que foi realizada durante os vinte minutos
subseqüentes. As contorções dolorosas foram definidas pela extensão de uma
ou ambas as patas posteriores com contorções intermitentes dos músculos
abdominais e arqueamento do dorso que tocava o fundo do recipiente onde se
encontrava o animal.
A contagem de contorções abdominais foi realizada em grupos de
animais tratados com as substâncias testes e em grupos de animais controle,
nos quais se administrou somente o veículo (goma 5%) ou as substâncias de
referência . A atividade analgésica foi determinada pela comparação com o
grupo controle.
132
5.2.4. ENSAIO DA PLACA QUENTE EM CAMUNDONGOS (KURAISHI
et.al.
,
1983):
A atividade analgésica central dos compostos foi avaliada através do
teste da placa quente (55 ± 0,1)°C, utilizando-se camundongos suíços de
ambos os sexos com pesos entre 18-25g e mantidos em jejum por um período
de 8 h.
Os animais foram colocados sobre a placa aquecida e suas
respostas ao estímulo rmico (retirada e lambida da pata) foram
cronometrados. Foi realizada uma primeira leitura para a adaptação dos
animais e subseqüentemente foi realizada a leitura controle. Os animais que
permaneceram por mais de 10 segundos na placa sem responder ao estímulo
térmico foram descartados. Os derivados foram administrados por via oral nas
doses de100 e 300 µmol/kg. Foram feitas quatro leituras em intervalos de trinta
minutos após a administração oral dos compostos.
133
5.2.5 ENSAIO DE AGREGAÇÃO PLAQUETÁRIA INDUZIDA POR ÁCIDO
ARAQUIDÔNICO, COLÁGENO E ADP (BORN & CROSS, 1968):
Para a obtenção do sangue utilizaram-se coelhos albinos de ambos
os sexos pesando entre 2,5 e 3,5, kg. Realizou-se a retirada do sangue através
de punção da artéria central da orelha. O sangue foi coletado em tubos de
polipropileno contendo solução de citrato trissódico 3,8% na proporção de 1
parte de citrato para cada 9 partes de sangue. Realizou-se uma centrifugação a
500 x
g
por 10 minutos e uma centrifugação do sedimento a 2000 x
g
, por 10
minutos, em temperatura ambiente, para a obtenção do PRP. O PRP foi
utilizado dentro de no máximo 3 horas, tendo em vista que após esse período
as plaquetas perdem gradativamente a sua capacidade de agregação
(CAZENAVE et. al, 1979). Os compostos foram testados veiculados em DMSO
e pré-incubados por 5 minutos com as plaquetas. Adicionaram-se os agonistas
(200 µM) e acompanhou-se o registro de agragação por 5 minutos.
134
6
6
.
.
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9 8 7 6 5 4 3 2 1 0
5.17 3.07 2.00
0.00
2.53
5.67
5.87
6.70
6.74
6.78
6.80
6.82
7.23
7.25
7.27
7.30
7.32
5
4
3a
1a
7
6
2
(97)
SOLVENT = CDCl
3
TD = 32768
SF = 200,13 MHz
SW = 5592.841 Hz
AQ = 2.929 sec
TE = 300.0 K
NUC = 1H
Espectro 1 – Ressonância Magnética Nuclear de
1
H do derivado (97).
O
O
OH
1.00
160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0
75.84
76.37
77.00
77.63
100.92
107.14
107.97
119.94
126.24
127.42
128.38
137.95
143.73
146.85
147.68
5
4
3a
1a
7
6
2
(97)
O
O
OH
Espectro 2 – Ressonância Magnética Nuclear de
13
C do derivado (97).
SOLVENT = CDCl
3
TD = 65536
SF = 50,323 MHz
SW = 14124.294 Hz
AQ = 2.320 sec
TE = 300.0 K
NUC = 13C
150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0
75.84
100.92
107.14
107.97
119.94
126.24
127.42
128.38
SOLVENT = CDCl
3
TD = 65536
SF = 50,323 MHz
SW = 15060.241 Hz
AQ = 2.176 sec
TE = 300.0 K
NUC = 13C
Espectro 3 – Experimento de DEPT-135 do derivado (97).
5
4
3a
1a
7
6
2
(97)
O
O
OH
9 8 7 6 5 4 3 2 1 0
4.94 2.90 2.062.00
0.00
3.87
5.87
6.62
6.65
6.70
6.74
7.14
7.18
7.20
7.23
7.27
7.31
SOLVENT = CDCl
3
TD = 32768
SF = 200,13 MHz
SW = 5592.841 Hz
AQ = 2.929 sec
TE = 300.0 K
NUC = 1H
Espectro 4 – Ressonância Magnética Nuclear de
1
H do derivado (99).
5
4
3a
1a
7
6
2
(99)
O
O
160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0
41.58
76.37
77.00
77.63
100.77
108.11
109.37
121.67
126.06
128.42
128.74
134.95
141.23
145.82
147.67
Espectro 5 – Ressonância Magnética Nuclear de
13
C do derivado (99)
SOLVENT = CDCl
3
TD = 65536
SF = 50,323 MHz
SW = 14124.294 Hz
AQ = 2.320 sec
TE = 300.0 K
NUC = 13C
5
4
3a
1a
7
6
2
(99)
O
O
160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0
41.58
100.76
108.10
109.36
121.68
126.05
128.43
128.74
5
4
3a
1a
7
6
2
(99)
O
O
SOLVENT = CDCl
3
TD = 65536
SF = 50,323 MHz
SW = 15060.241 Hz
AQ = 2.176 sec
TE = 300.0 K
NUC = 13C
Espectro 6 – Experimento de DEPT-135 do derivado (99).
10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0
5.06 2.001.880.90
4.24
6.01
6.60
7.11
7.15
7.19
7.23
7.27
7.30
7.46
5
4
3a
1a
7
6
2
(91a)
LASSBio-1067
SOLVENT = CDCl
3
TD = 32768
SF = 200,13 MHz
SW = 5592.841 Hz
AQ = 2.929 sec
TE = 300.0 K
NUC = 1H
Espectro 7 – Ressonância Magnética Nuclear de
1
H do derivado (91a).
O
O
NO
2
160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0
38.68
76.37
77.00
77.63
102.73
105.51
110.82
126.47
128.49
128.79
132.89
138.73
142.73
146.37
151.55
5
4
3a
1a
7
6
2
(91a)
LASSBio-1067
O
O
NO
2
Espectro 8 – Ressonância Magnética Nuclear de
13
C do derivado (91a).
SOLVENT = CDCl
3
TD = 65536
SF = 50,323 MHz
SW = 14124.294 Hz
AQ = 2.320 sec
TE = 300.0 K
NUC = 13C
150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0
38.69
102.72
105.51
110.83
126.47
128.50
128.79
5
4
3a
1a
7
6
2
(91a)
LASSBio-1067
O
O
NO
2
SOLVENT = CDCl
3
TD = 65536
SF = 50,323 MHz
SW = 15060.241 Hz
AQ = 2.176 sec
TE = 300.0 K
NUC = 13C
Espectro 9 – Experimento de DEPT-135 para o derivado (91a).
5
4
3a
1a
7
6
2
(91a)
LASSBio-1067
O
O
NO
2
Espectro 10 – Experimento de infravermelho em pastilha de KBr do derivado (91a)
Wavenumbers (cm
-1
)
%
T
r
a
n
s
m
i
t
t
a
n
c
e
5
4
3a
1a
7
6
2
(91b)
LASSBio-1068
O
O
NH
2
0.0038
7.1068
7.1469
3.1942
3.7343
5.7518
6.5240
6.1954
7.1809
7.2041
7.2244
7.2717
7.2808
SOLVENT = CDCl
3
TD = 32768
SF = 200,13 MHz
SW = 5592.841 Hz
AQ = 2.929 sec
TE = 300.0 K
NUC = 1H
Espectro 11 – Ressonância Magnética Nuclear de
1
H do derivado (91b).
5
4
3a
1a
7
6
2
(91b)
LASSBio-1068
O
O
NH
2
137.580
176.470
177.107
177.744
198.223
100.430
110.578
117.152
126.252
128.319
128.584
139.028
139.578
140.238
146.662
Espectro 12 – Ressonância Magnética Nuclear de
13
C do derivado (91b).
SOLVENT = CDCl
3
TD = 65536
SF = 50,323 MHz
SW = 14124.294 Hz
AQ = 2.320 sec
TE = 300.0 K
NUC = 13C
5
4
3a
1a
7
6
2
(91b)
LASSBio-1068
O
O
NH
2
137.580
198.223
100.430
110.578
126.252
128.319
128.584
SOLVENT = CDCl
3
TD = 65536
SF = 50,323 MHz
SW = 15060.241 Hz
AQ = 2.176 sec
TE = 300.0 K
NUC = 13C
Espectro 13 – Experimento de DEPT-135 para o derivado (91b).
5
4
3a
1a
7
6
2
(91c)
LASSBio-1069
O
O
NHCOCH
3
Espectro 14 – Ressonância Magnética Nuclear de
1
H do derivado (93d).
SOLVENT = DMSO-d
6
TD = 65536
SF = 400,15 MHz
SW = 8278.146 Hz
AQ = 3.948 sec
TE = 300.0 K
NUC = 1H
5
4
3a
1a
7
6
2
(91c)
LASSBio-1069
O
O
NHCOCH
3
Espectro 15 – Ressonância Magnética Nuclear de
13
C do derivado (91c).
SOLVENT = DMSO-d6
TD = 32768
SF = 100.627 MHz
SW = 23980.814 Hz
AQ = 0.683 sec
TE = 300.0 K
NUC = 13C
5
4
3a
1a
7
6
2
(91c)
LASSBio-1069
O
O
NHCOCH
3
136.340
101.045
107.322
109.211
125.821
128.202
128.579
122.926
Espectro 16 – Experimento de DEPT-135 do derivado (91c).
SOLVENT = DMSO-d6
TD = 65536
SF = 50,323 MHz
SW = 15060.241 Hz
AQ = 2.176 sec
TE = 300.0 K
NUC = 13C
5
4
3a
1a
7
6
2
(91c)
LASSBio-1069
O
O
NHCOCH
3
SOLVENT = DMSO-d6
TD = 4096
SW = 5995.204 Hz
AQ = 0.341 sec
TE = 300.0 K
NUC = 1H
SF = 400.15 MHz
NUC = 13C
SF = 100.62 MHz
Espectro 17 – Experimento de HMBC para o derivado (91c).
5
4
3a
1a
7
6
2
(91c)
LASSBio-1069
O
O
NHCOCH
3
SOLVENT = DMSO-d6
TD = 4096
SW = 5995.204 Hz
AQ = 0.341 sec
TE = 300.0 K
NUC = 1H
SF = 400.15 MHz
NUC = 13C
SF = 100.62 MHz
Espectro 18 – Experimento de HMBC para o derivado (91c).
5
4
3a
1a
7
6
2
(91c)
LASSBio-1069
O
O
NHCOCH
3
SOLVENT = DMSO-d6
TD = 4096
SW = 5995.204 Hz
AQ = 0.341 sec
TE = 300.0 K
NUC = 1H
SF = 400.15 MHz
NUC = 13C
SF = 100.62 MHz
Espectro 19 – Experimento de HMBC para o derivado (91c).
5
4
3a
1a
7
6
2
(91c)
LASSBio-1069
O
O
NHCOCH
3
Espectro 20 – Experimento de infravermelho em pastilha de KBr do derivado (91c).
Wavenumbers (cm
-1
)
%Transmittance
5
4
3a
1a
7
6
2
(100)
O
O
O
SOLVENT = CDCl
3
TD = 32768
SF = 200,13 MHz
SW = 5592.841 Hz
AQ = 2.929 sec
TE = 300.0 K
NUC = 1H
Espectro 21 – Ressonância Magnética Nuclear de
1
H do derivado (100).
5
4
3a
1a
7
6
2
(100)
O
O
O
Espectro 22 – Ressonância Magnética Nuclear de
13
C do derivado (100).
SOLVENT = CDCl
3
TD = 65536
SF = 50,323 MHz
SW = 14124.294 Hz
AQ = 2.320 sec
TE = 300.0 K
NUC = 13C
5
4
3a
1a
7
6
2
(100)
O
O
O
SOLVENT = CDCl
3
TD = 65536
SF = 50,323 MHz
SW = 15060.241 Hz
AQ = 2.176 sec
TE = 300.0 K
NUC = 13C
Espectro 23 – Experimento de DEPT-135 do derivado (100).
5
4
3a
1a
7
6
2
(100)
O
O
O
Espectro 24 – Experimento de infravermelho em pastilha de KBr do derivado (100).
10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0
2.112.04 2.000.96
6.20
6.81
7.25
7.39
7.42
7.46
7.53
7.57
7.64
7.71
7.72
7.76
5
4
3a
1a
7
6
2
(92a)
LASSBio 1045
SOLVENT = CDCl
3
TD = 32768
SF = 200,13 MHz
SW = 5592.841 Hz
AQ = 2.929 sec
TE = 300.0 K
NUC = 1H
Espectro 25 – Ressonância Magnética Nuclear de
1
H do derivado (92a).
O
O
O
NO
2
8.0 7.5 7.0 6.5 6.0
2.112.04 2.001.10 0.960.93
6.20
6.81
7.25
7.39
7.42
7.46
7.53
7.57
7.60
7.64
7.71
7.72
7.76
5
4
3a
1a
7
6
2
(92a)
LASSBio 1045
SOLVENT = CDCl
3
TD = 32768
SF = 200,13 MHz
SW = 5592.841 Hz
AQ = 2.929 sec
TE = 300.0 K
NUC = 1H
Espectro 26 – Expansão do espectro de Ressonância Magnética Nuclear de
1
H do derivado (92a).
O
O
O
NO
2
200 150 100 50 0
76.36
77.00
77.63
103.65
104.85
107.60
128.71
129.01
132.83
133.68
135.81
148.94
152.66
192.63
Espectro 27 – Ressonância Magnética Nuclear de
13
C do derivado (92a).
SOLVENT = CDCl
3
TD = 65536
SF = 50,323 MHz
SW = 14124.294 Hz
AQ = 2.320 sec
TE = 300.0 K
NUC = 13C
5
4
3a
1a
7
6
2
(92a)
LASSBio 1045
O
O
O
NO
2
200 150 100 50 0
103.64
104.85
107.60
128.71
129.00
133.67
SOLVENT = CDCl
3
TD = 65536
SF = 50,323 MHz
SW = 15060.241 Hz
AQ = 2.176 sec
TE = 300.0 K
NUC = 13C
Espectro 28 – Experimento de DEPT-135 do derivado (92a).
5
4
3a
1a
7
6
2
(92a)
LASSBio 1045
O
O
O
NO
2
SOLVENT = DMSO-d6
TD = 2048
SW = 3004.808 Hz
AQ = 0.341 sec
TE = 300.0 K
NUC = 1H
SF = 300.13 MHz
NUC = 13C
SF = 75.46 MHz
Espectro 29 – Experimento de HMBC para o derivado (92a)
5
4
3a
1a
7
6
2
(92a)
LASSBio 1045
O
O
O
NO
2
SOLVENT = DMSO-d6
TD = 2048
SW = 3004.808 Hz
AQ = 0.341 sec
TE = 300.0 K
NUC = 1H
SF = 300.13 MHz
NUC = 13C
SF = 75.46 MHz
Espectro 30 – Experimento de HMBC para o derivado (92a).
5
4
3a
1a
7
6
2
(92a)
LASSBio 1045
O
O
O
NO
2
5
4
3a
1a
7
6
2
(92a)
LASSBio 1045
O
O
O
NO
2
Espectro 31 – Experimento de infravermelho em pastilha de KBr para o derivado (92a).
10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0
5.00 2.171.000.95
5.87
6.22
6.84
7.25
7.41
7.45
7.48
7.53
7.54
7.57
7.58
5
4
3a
1a
7
6
2
(92b)
LASSBio 1046
SOLVENT = CDCl
3
TD = 32768
SF = 200,13 MHz
SW = 5592.841 Hz
AQ = 2.929 sec
TE = 300.0 K
NUC = 1H
Espectro 32 – Ressonância Magnética Nuclear de
1
H do derivado (92b).
O
O
O
NH
2
200 150 100 50 0
76.37
77.00
77.63
96.83
101.27
110.46
111.58
128.05
128.47
130.38
138.39
140.67
150.13
153.09
196.96
Espectro 33 – Ressonância Magnética Nuclear de
13
C do derivado (92b).
SOLVENT = CDCl
3
TD = 65536
SF = 50,323 MHz
SW = 14124.294 Hz
AQ = 2.320 sec
TE = 300.0 K
NUC = 13C
5
4
3a
1a
7
6
2
(92b)
LASSBio 1046
O
O
O
NH
2
SOLVENT = CDCl
3
TD = 65536
SF = 50,323 MHz
SW = 15060.241 Hz
AQ = 2.176 sec
TE = 300.0 K
NUC = 13C
Espectro 34 – Experimento de DEPT-135 do derivado (92b).
5
4
3a
1a
7
6
2
(92b)
LASSBio 1046
O
O
O
NH
2
200 150 100 50 0
96.82
101.28
111.58
128.05
128.48
130.39
5
4
3a
1a
7
6
2
(92b)
LASSBio 1046
O
O
O
NH
2
SOLVENT = DMSO-d6
TD = 2048
SW = 3004.808 Hz
AQ = 0.341 sec
TE = 300.0 K
NUC = 1H
SF = 300.13 MHz
NUC = 13C
SF = 75.46 MHz
Espectro 35 – Experimento de HMBC para o derivado (92b).
5
4
3a
1a
7
6
2
(92b)
LASSBio 1046
O
O
O
NH
2
SOLVENT = DMSO-d6
TD = 2048
SW = 3004.808 Hz
AQ = 0.341 sec
TE = 300.0 K
NUC = 1H
SF = 300.13 MHz
NUC = 13C
SF = 75.46 MHz
Espectro 36 – Experimento de HMBC para o derivado (92b).
5
4
3a
1a
7
6
2
(92b)
LASSBio 1046
O
O
O
NH
2
Espectro 37 – Experimento de infravermelho em pastilha de KBr para o derivado (92b)
11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0
4.98 3.082.000.890.78
0.00
3.02
6.06
7.02
7.37
7.45
7.48
7.52
7.56
7.59
7.62
7.65
10.79
SOLVENT = CDCl
3
TD = 32768
SF = 200,13 MHz
SW = 5592.841 Hz
AQ = 2.929 sec
TE = 300.0 K
NUC = 1H
Espectro 38 – Ressonância Magnética Nuclear de
1
H do derivado (92c).
5
4
3a
1a
7
6
2
(92c)
LASSBio 1065
O
O
O
NHSO
2
CH
3
7.5 7.0 6.5 6.0
4.98 2.000.890.87
6.06
7.02
7.37
7.45
7.48
7.52
7.56
7.59
7.62
7.65
SOLVENT = CDCl
3
TD = 32768
SF = 200,13 MHz
SW = 5592.841 Hz
AQ = 2.929 sec
TE = 300.0 K
NUC = 1H
Espectro 39 – Expansão do espectro Ressonância Magnética Nuclear de
1
H do derivado (92c).
O
O
O
NHSO
2
CH
3
5
4
3a
1a
7
6
2
(92c)
LASSBio 1065
200 150 100 50 0
39.88
76.37
77.00
77.63
101.41
102.43
112.47
116.82
128.37
129.25
132.17
137.90
138.51
143.01
152.78
197.87
5
4
3a
1a
7
6
2
(92c)
LASSBio 1065
Espectro 40– Ressonância Magnética Nuclear de
13
C do derivado (92c).
SOLVENT = CDCl
3
TD = 65536
SF = 50,323 MHz
SW = 14124.294 Hz
AQ = 2.320 sec
TE = 300.0 K
NUC = 13C
O
O
O
NHSO
2
CH
3
200 150 100 50 0
39.88
101.40
102.42
112.46
128.37
129.24
132.16
5
4
3a
1a
7
6
2
(92c)
LASSBio 1065
SOLVENT = CDCl
3
TD = 65536
SF = 50,323 MHz
SW = 15060.241 Hz
AQ = 2.176 sec
TE = 300.0 K
NUC = 13C
Espectro 41 – Experimento de DEPT-135 para o derivado (92c).
O
O
O
NHSO
2
CH
3
5
4
3a
1a
7
6
2
(92c)
LASSBio 1065
O
O
O
NHSO
2
CH
3
Espectro 42 – Experimento de infravermelho em pastilha de KBr para o derivado (92c).
Wavenumber (cm
-1
)
%Transmittance
5
4
3a
1a
7
6
2
(92d)
LASSBio 1066
O
O
O
NHCOCH
3
SOLVENT = CDCl
3
TD = 32768
SF = 200,13 MHz
SW = 5592.841 Hz
AQ = 2.929 sec
TE = 300.0 K
NUC = 1H
Espectro 43 – Ressonância Magnética Nuclear de
1
H do derivado (92d).
5
4
3a
1a
7
6
2
(92d)
LASSBio 1066
O
O
O
NHCOCH
3
Espectro 44 – Ressonância Magnética Nuclear de
13
C do derivado (92d).
SOLVENT = CDCl
3
TD = 65536
SF = 50,323 MHz
SW = 14124.294 Hz
AQ = 2.320 sec
TE = 300.0 K
NUC = 13C
5
4
3a
1a
7
6
2
(92d)
LASSBio 1066
O
O
O
NHCOCH
3
SOLVENT = CDCl
3
TD = 65536
SF = 50,323 MHz
SW = 15060.241 Hz
AQ = 2.176 sec
TE = 300.0 K
NUC = 13C
Espectro 45 – Experimento de DEPT-135 do derivado (92d).
5
4
3a
1a
7
6
2
(92d)
LASSBio 1066
O
O
O
NHCOCH
3
Espectro 46 – Experimento de infravermelho em pastilha de KBr do derivado (92d).
Wavenumbers (cm
-1
)
%Transmittance
O
O
CH
3
O
5
4
3a
1a
7
6
2
6’
2’
5’ 3’
4’
1’
(93a)
LASSBio 971
Espectro 47 – Ressonância Magnética Nuclear de
1
H do derivado (93a)
SOLVENT = CDCl
3
TD = 32768
SF = 200,13 MHz
SW = 5592.841 Hz
AQ = 2.929 sec
TE = 300.0 K
NUC = 1H
O
O
CH
3
O
5
4
3a
1a
7
6
2
6’
2’
5’ 3’
4’
1’
(93a)
LASSBio 971
Espectro 48 – Ressonância Magnética Nuclear de
13
C do derivado (93a).
SOLVENT = CDCl
3
TD = 65536
SF = 50,323 MHz
SW = 14124.294 Hz
AQ = 2.320 sec
TE = 300.0 K
NUC = 13C
O
O
CH
3
O
5
4
3a
1a
7
6
2
6’
2’
5’ 3’
4’
1’
(93a)
LASSBio 971
SOLVENT = CDCl
3
TD = 65536
SF = 50,323 MHz
SW = 15060.241 Hz
AQ = 2.176 sec
TE = 300.0 K
NUC = 13C
Espectro 49 – Experimento de DEPT-135 para o derivado (93a).
O
O
CH
3
O
5
4
3a
1a
7
6
2
6’
2’
5’ 3’
4’
1’
(93a)
LASSBio 971
Espectro 50 – Experimento de infravermelho em pastilha de KBr do derivado (93a).
5
4
3a
1a
7
6
2
6’
2’
5’ 3’
4’
1’
(93b)
LASSBio 944
O
O
CH
3
SO
2
CH
3
O
SOLVENT = CDCl
3
TD = 32768
SF = 200,13 MHz
SW = 5592.841 Hz
AQ = 2.929 sec
TE = 300.0 K
NUC = 1H
Espectro 51 – Ressonância Magnética Nuclear de
1
H do derivado (93b).
5
4
3a
1a
7
6
2
6’
2’
5’ 3’
4’
1’
(93b)
LASSBio 944
O
O
CH
3
SO
2
CH
3
O
Espectro 52 – Ressonância Magnética Nuclear de
13
C do derivado (93b).
SOLVENT = CDCl
3
TD = 65536
SF = 50,323 MHz
SW = 14124.294 Hz
AQ = 2.320 sec
TE = 300.0 K
NUC = 13C
5
4
3a
1a
7
6
2
6’
2’
5’ 3’
4’
1’
(93b)
LASSBio 944
O
O
CH
3
SO
2
CH
3
O
Espectro 53 – Experimento de infravermelho em pastilha de KBr do derivado (93b).
10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0
0.150.10 0.100.10 0.10
0.00
2.35
6.03
6.79
7.28
7.89
7.93
8.28
8.32
5
4
3a
1a
7
6
2
6’
2’
5’ 3’
4’
1’
(93c)
LASSBio 973
SOLVENT = CDCl
3
TD = 32768
SF = 200,13 MHz
SW = 5592.841 Hz
AQ = 2.929 sec
TE = 300.0 K
NUC = 1H
Espectro 54 – Ressonância Magnética Nuclear de
1
H do derivado (93c).
O
O
CH
3
NO
2
O
200 150 100 50 0
20.65
76.37
77.00
77.63
101.72
109.80
111.61
123.56
129.65
130.64
134.40
143.58
145.30
149.93
150.25
195.13
Espectro 55 – Ressonância Magnética Nuclear de
13
C do derivado (93c).
SOLVENT = CDCl
3
TD = 65536
SF = 50,323 MHz
SW = 14124.294 Hz
AQ = 2.320 sec
TE = 300.0 K
NUC = 13C
5
4
3a
1a
7
6
2
6’
2’
5’ 3’
4’
1’
(93c)
LASSBio 973
O
O
CH
3
NO
2
O
SOLVENT = CDCl
3
TD = 65536
SF = 50,323 MHz
SW = 15060.241 Hz
AQ = 2.176 sec
TE = 300.0 K
NUC = 13C
Espectro 56 – Experimento de DEPT-135 do derivado (93c).
5
4
3a
1a
7
6
2
6’
2’
5’ 3’
4’
1’
(93c)
LASSBio 973
O
O
CH
3
NO
2
O
5
4
3a
1a
7
6
2
6’
2’
5’ 3’
4’
1’
(93c)
LASSBio 973
O
O
CH
3
NO
2
O
SOLVENT = DMSO-d6
TD = 2048
SW = 3004.808 Hz
AQ = 0.341 sec
TE = 300.0 K
NUC = 1H
SF = 300.13 MHz
NUC = 13C
SF = 75.46 MHz
Espectro 57 – Experimento de HMBC para o derivado (93c).
5
4
3a
1a
7
6
2
6’
2’
5’ 3’
4’
1’
(93c)
LASSBio 973
O
O
CH
3
NO
2
O
SOLVENT = DMSO-d6
TD = 2048
SW = 3004.808 Hz
AQ = 0.341 sec
TE = 300.0 K
NUC = 1H
SF = 300.13 MHz
NUC = 13C
SF = 75.46 MHz
Espectro 58 – Experimento de HMBC para o derivado (93c).
5
4
3a
1a
7
6
2
6’
2’
5’ 3’
4’
1’
(93c)
LASSBio 973
O
O
CH
3
NO
2
O
SOLVENT = DMSO-d6
TD = 2048
SW = 3004.808 Hz
AQ = 0.341 sec
TE = 300.0 K
NUC = 1H
SF = 300.13 MHz
NUC = 13C
SF = 75.46 MHz
Espectro 59 – Experimento de HMBC para o derivado (93c).
5
4
3a
1a
7
6
2
6’
2’
5’ 3’
4’
1’
(93c)
LASSBio 973
O
O
CH
3
NO
2
O
SOLVENT = DMSO-d6
TD = 2048
SW = 3004.808 Hz
AQ = 0.341 sec
TE = 300.0 K
NUC = 1H
SF = 300.13 MHz
NUC = 13C
SF = 75.46 MHz
Espectro 60 – Experimento de HMBC para o derivado (93c).
5
4
3a
1a
7
6
2
6’
2’
5’ 3’
4’
1’
(93c)
LASSBio 973
O
O
CH
3
NO
2
O
Espectro 61 – Experimento de infravermelho em pastilha de KBr do derivado (93c).
8.0 7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0.0
2.822.001.971.95 0.95
2.05
2.49
3.47
6.01
6.16
6.53
6.58
6.72
6.84
7.39
7.43
Espectro 62 – Ressonância Magnética Nuclear de
1
H do derivado (93d).
5
4
3a
1a
7
6
2
6’
2’
5’ 3’
4’
1’
(93d)
LASSBio 976
O
O
CH
3
O
NH
2
SOLVENT = DMSO-d
6
TD = 32768
SF = 200,13 MHz
SW = 5592.841 Hz
AQ = 2.929 sec
TE = 300.0 K
NUC = 1H
200 150 100 50 0
19.19
38.24
38.66
39.08
39.50
39.91
40.33
40.74
101.24
107.66
110.53
112.71
124.59
129.41
132.34
133.10
144.75
147.82
154.12
194.39
5
4
3a
1a
7
6
2
6’
2’
5’ 3’
4’
1’
(93d)
LASSBio 976
O
O
CH
3
O
NH
2
Espectro 63 – Ressonância Magnética Nuclear de
13
C do derivado (93d).
SOLVENT = DMSO-d6
TD = 65536
SF = 50,323 MHz
SW = 14124.294 Hz
AQ = 2.320 sec
TE = 300.0 K
NUC = 13C
150 100 50 0
19.19
101.23
107.65
110.52
112.70
132.33
5
4
3a
1a
7
6
2
6’
2’
5’ 3’
4’
1’
(93d)
LASSBio 976
O
O
CH
3
O
NH
2
Espectro 64 – Ressonância Magnética Nuclear de DEPT-135 do derivado (93d).
SOLVENT = DMSO-d6
TD = 65536
SF = 50,323 MHz
SW = 15060.241 Hz
AQ = 2.176 sec
TE = 300.0 K
NUC = 13C
5
4
3a
1a
7
6
2
6’
2’
5’ 3’
4’
1’
(93d)
LASSBio 976
O
O
CH
3
O
NH
2
Espectro 65 – Experimento de HMBC para o derivado (93d).
SOLVENT = DMSO-d6
TD = 4096
SW = 5995.204 Hz
AQ = 0.341 sec
TE = 300.0 K
NUC = 1H
SF = 400.15 MHz
NUC = 13C
SF = 100.62 MHz
5
4
3a
1a
7
6
2
6’
2’
5’ 3’
4’
1’
(93d)
LASSBio 976
O
O
CH
3
O
NH
2
Espectro 66 – Experimento de HMBC para o derivado (93d).
SOLVENT = DMSO-d6
TD = 4096
SW = 5995.204 Hz
AQ = 0.341 sec
TE = 300.0 K
NUC = 1H
SF = 400.15 MHz
NUC = 13C
SF = 100.62 MHz
5
4
3a
1a
7
6
2
6’
2’
5’ 3’
4’
1’
(93d)
LASSBio 976
O
O
CH
3
O
NH
2
Espectro 67 – Experimento de infravermelho em pastilha de KBr do derivado (93d).
11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0
2.96 2.962.092.07 2.001.04 1.00
2.13
2.49
3.11
3.35
6.05
6.83
6.90
7.26
7.31
7.65
7.69
10.38
5
4
3a
1a
7
6
2
6’
2’
5’ 3’
4’
1’
(93e)
LASSBio 977
SOLVENT = DMSO-d
6
TD = 32768
SF = 200,13 MHz
SW = 5592.841 Hz
AQ = 2.929 sec
TE = 300.0 K
NUC = 1H
Espectro 68 – Ressonância Magnética Nuclear de
1
H do derivado (93e).
O
O
CH
3
NHSO
2
CH
3
O
8.0 7.5 7.0 6.5 6.0
2.092.07 2.001.000.98
6.05
6.83
6.90
7.26
7.31
7.65
7.69
5
4
3a
1a
7
6
2
6’
2’
5’ 3’
4’
1’
(93e)
LASSBio 977
SOLVENT = DMSO-d
6
TD = 32768
SF = 200,13 MHz
SW = 5592.841 Hz
AQ = 2.929 sec
TE = 300.0 K
NUC = 1H
Espectro 69 – Expansão do espectro Ressonância Magnética Nuclear de
1
H do derivado (93e).
O
O
CH
3
NHSO
2
CH
3
O
200 150 100 50 0
19.46
38.26
38.67
39.09
39.50
39.93
40.34
40.76
101.45
108.36
110.84
117.54
130.95
131.41
131.97
143.15
144.80
148.64
195.28
Espectro 70 – Ressonância Magnética Nuclear de
13
C do derivado (93e).
SOLVENT = DMSO-d6
TD = 65536
SF = 50,323 MHz
SW = 14124.294 Hz
AQ = 2.320 sec
TE = 300.0 K
NUC = 13C
5
4
3a
1a
7
6
2
6’
2’
5’ 3’
4’
1’
(93e)
LASSBio 977
O
O
CH
3
NHSO
2
CH
3
O
Espectro 71 – Ressonância Magnética Nuclear de DEPT-135 do derivado (93e).
5
4
3a
1a
7
6
2
6’
2’
5’ 3’
4’
1’
(93e)
LASSBio 977
O
O
CH
3
NHSO
2
CH
3
O
SOLVENT = DMSO-d6
TD = 65536
SF = 50,323 MHz
SW = 15060.241 Hz
AQ = 2.176 sec
TE = 300.0 K
NUC = 13C
200 150 100 50 0
19.46
39.95
101.45
108.35
110.84
117.54
131.40
5
4
3a
1a
7
6
2
6’
2’
5’ 3’
4’
1’
(93e)
LASSBio 977
O
O
CH
3
NHSO
2
CH
3
O
Espectro 72 – Experimento de infravermelho em pastilha de KBr do derivado (93e).
5
4
3a
1a
7
6
2
6’
2’
5’ 3’
4’
1’
(93f)
LASSBio 986
SOLVENT = CDCl
3
TD = 32768
SF = 200,13 MHz
SW = 5592.841 Hz
AQ = 2.929 sec
TE = 300.0 K
NUC = 1H
Espectro 73 – Ressonância Magnética Nuclear de
1
H do derivado (93f).
O
O
CH
3
NHCOCH
3
O
9 8 7 6 5 4 3 2 1 0
6.044.26 2.03 2.000.82
0.00
2.19
2.24
5.98
6.73
6.78
7.27
7.60
7.64
7.72
7.77
8.32
Espectro 74 – Ressonância Magnética Nuclear de
13
C do derivado (93f).
SOLVENT = CDCl
3
TD = 65536
SF = 50,323 MHz
SW = 14124.294 Hz
AQ = 2.320 sec
TE = 300.0 K
NUC = 13C
5
4
3a
1a
7
6
2
6’
2’
5’ 3’
4’
1’
(93f)
LASSBio 986
O
O
CH
3
NHCOCH
3
O
200 150 100 50 0
20.06
24.57
76.36
77.00
77.63
101.38
108.98
111.04
118.86
131.41
132.11
133.36
142.50
145.06
149.17
168.98
196.67
200 150 100 50 0
20.06
24.57
101.37
108.98
111.04
118.85
131.40
SOLVENT = CDCl
3
TD = 65536
SF = 50,323 MHz
SW = 15060.241 Hz
AQ = 2.176 sec
TE = 300.0 K
NUC = 13C
Espectro 75 – Experimento de DEPT-135 do derivado (93f).
5
4
3a
1a
7
6
2
6’
2’
5’ 3’
4’
1’
(93f)
LASSBio 986
O
O
CH
3
NHCOCH
3
O
5
4
3a
1a
7
6
2
6’
2’
5’ 3’
4’
1’
(93f)
LASSBio 986
O
O
CH
3
NHCOCH
3
O
Espectro 76 – Experimento de infravermelho em pastilha de KBr do derivado (93f).
11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0
4.213.31 3.022.472.051.991.00
2.13
3.34
6.06
6.85
6.91
7.52
7.56
7.60
7.68
7.73
7.93
7.98
10.59
5
4
3a
1a
7
6
2
6’
2’
5’ 3’
4’
1’
(93g)
LASSBio 1044
SOLVENT = DMSO-d
6
TD = 32768
SF = 200,13 MHz
SW = 5592.841 Hz
AQ = 2.929 sec
TE = 300.0 K
NUC = 1H
Espectro 77 – Ressonância Magnética Nuclear de
1
H do derivado (93g).
O
O
CH
3
NHCOPh
O
8.5 8.0 7.5 7.0 6.5 6.0
4.21 3.312.10 2.051.99
6.06
6.85
6.91
7.52
7.56
7.60
7.68
7.73
7.93
7.98
5
4
3a
1a
7
6
2
6’
2’
5’ 3’
4’
1’
(93g)
LASSBio 1044
SOLVENT = DMSO-d
6
TD = 32768
SF = 200,13 MHz
SW = 5592.841 Hz
AQ = 2.929 sec
TE = 300.0 K
NUC = 1H
Espectro 78 – Expansão do espectro de Ressonância Magnética Nuclear de
1
H do derivado (93g).
O
O
CH
3
NHCOPh
O
200 150 100 50 0
19.45
38.24
38.66
39.08
39.50
39.91
40.33
40.74
101.41
108.31
110.78
119.51
127.78
128.39
130.71
131.53
131.85
132.37
134.50
143.73
144.80
148.59
165.98
195.39
5
4
3a
1a
7
6
2
6’
2’
5’ 3’
4’
1’
(93g)
LASSBio 1044
O
O
CH
3
NHCOPh
O
Espectro 79 – Ressonância Magnética Nuclear de
13
C do derivado (93g).
SOLVENT = DMSO-d6
TD = 65536
SF = 50,323 MHz
SW = 14124.294 Hz
AQ = 2.320 sec
TE = 300.0 K
NUC = 13C
200 150 100 50 0
19.45
101.41
108.32
110.79
119.52
127.78
128.39
130.72
131.86
5
4
3a
1a
7
6
2
6’
2’
5’ 3’
4’
1’
(93g)
LASSBio 1044
O
O
CH
3
NHCOPh
O
Espectro 80 – Ressonância Magnética Nuclear de DEPT-135 do derivado (93g).
SOLVENT = DMSO-d6
TD = 65536
SF = 50,323 MHz
SW = 15060.241 Hz
AQ = 2.176 sec
TE = 300.0 K
NUC = 13C
5
4
3a
1a
7
6
2
6’
2’
5’ 3’
4’
1’
(93g)
LASSBio 1044
O
O
CH
3
NHCOPh
O
Espectro 81 – Experimento de infravermelho em pastilha de KBr do derivado (93g).
9 8 7 6 5 4 3 2 1 0
3.153.132.052.002.00 1.93
2.29
3.93
5.98
6.74
6.78
7.25
7.77
7.81
8.06
8.11
5
4
3a
1a
7
6
2
6’
2’
5’ 3’
4’
1’
(93h)
LASSBio 972
SOLVENT = CDCl
3
TD = 32768
SF = 200,13 MHz
SW = 5592.841 Hz
AQ = 2.929 sec
TE = 300.0 K
NUC = 1H
Espectro 82 – Ressonância Magnética Nuclear de
1
H do derivado (93h).
O
O
CH
3
C
O
2
C
H
3
O
200 150 100 50 0
20.49
52.39
76.37
77.00
77.64
101.54
109.71
111.34
129.54
129.69
130.55
133.43
133.63
141.95
145.13
149.76
166.22
196.53
5
4
3a
1a
7
6
2
6’
2’
5’ 3’
4’
1’
(93h)
LASSBio 972
O
O
CH
3
C
O
2
C
H
3
O
Espectro 83 – Ressonância Magnética Nuclear de
13
C do derivado (93h).
SOLVENT = CDCl
3
TD = 65536
SF = 50,323 MHz
SW = 14124.294 Hz
AQ = 2.320 sec
TE = 300.0 K
NUC = 13C
200 150 100 50 0
20.49
52.40
101.54
109.71
111.35
129.54
129.69
5
4
3a
1a
7
6
2
6’
2’
5’ 3’
4’
1’
(93h)
LASSBio 972
O
O
CH
3
C
O
2
C
H
3
O
SOLVENT = CDCl
3
TD = 65536
SF = 50,323 MHz
SW = 15060.241 Hz
AQ = 2.176 sec
TE = 300.0 K
NUC = 13C
Espectro 84 – Experimento de DEPT-135 do derivado (93h).
5
4
3a
1a
7
6
2
6’
2’
5’ 3’
4’
1’
(93h)
LASSBio 972
O
O
CH
3
C
O
2
C
H
3
O
Espectro 85 – Experimento de infravermelho em pastilha de KBr do derivado (93h).
10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0
2.982.05 1.990.97
2.17
2.49
6.07
6.86
6.93
7.73
7.77
8.03
8.07
5
4
3a
1a
7
6
2
6’
2’
5’ 3’
4’
1’
(93i)
LASSBio 1042
SOLVENT = DMSO-d
6
TD = 32768
SF = 200,13 MHz
SW = 5592.841 Hz
AQ = 2.929 sec
TE = 300.0 K
NUC = 1H
Espectro 86– Ressonância Magnética Nuclear de
1
H do derivado (93i).
O
O
CH
3
CO
2
H
O
8.0 7.5 7.0 6.5 6.0
2.05 2.00 1.990.97
6.07
6.86
6.93
7.73
7.77
8.03
8.07
5
4
3a
1a
7
6
2
6’
2’
5’ 3’
4’
1’
(93i)
LASSBio 1042
SOLVENT = DMSO-d
6
TD = 32768
SF = 200,13 MHz
SW = 5592.841 Hz
AQ = 2.929 sec
TE = 300.0 K
NUC = 1H
Espectro 87 – Ressonância Magnética Nuclear de
1
H do derivado (93i).
O
O
CH
3
CO
2
H
O
200 150 100 50 0
19.84
38.25
38.67
39.08
39.50
39.92
40.33
40.75
101.67
109.07
111.10
129.54
130.42
132.34
134.38
141.10
144.91
149.33
166.64
196.03
Espectro 88 – Ressonância Magnética Nuclear de
13
C do derivado (93i).
SOLVENT = DMSO-d6
TD = 65536
SF = 50,323 MHz
SW = 14124.294 Hz
AQ = 2.320 sec
TE = 300.0 K
NUC = 13C
5
4
3a
1a
7
6
2
6’
2’
5’ 3’
4’
1’
(93i)
LASSBio 1042
O
O
CH
3
CO
2
H
O
200 150 100 50 0
19.84
101.67
109.08
111.11
129.56
Espectro 89 – Ressonância Magnética Nuclear de DEPT-135 do derivado (93i).
SOLVENT = DMSO-d6
TD = 65536
SF = 50,323 MHz
SW = 15060.241 Hz
AQ = 2.176 sec
TE = 300.0 K
NUC = 13C
5
4
3a
1a
7
6
2
6’
2’
5’ 3’
4’
1’
(93i)
LASSBio 1042
O
O
CH
3
CO
2
H
O
5
4
3a
1a
7
6
2
6’
2’
5’ 3’
4’
1’
(93i)
LASSBio 1042
O
O
CH
3
CO
2
H
O
Espectro 90 – Experimento de infravermelho em pastilha de KBr do derivado (93i).
12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0
4.15 3.11 3.012.001.97 1.870.92
2.17
2.49
3.35
4.58
6.07
6.86
6.94
7.70
7.74
7.91
7.95
9.96
SOLVENT = DMSO-d
6
TD = 32768
SF = 200,13 MHz
SW = 5592.841 Hz
AQ = 2.929 sec
TE = 300.0 K
NUC = 1H
Espectro 91 – Ressonância Magnética Nuclear de
1
H do derivado (93j).
5
4
3a
1a
7
6
2
6’
2’
5’ 3’
4’
1’
(93j)
LASSBio 1043
O
O
O
CH
3
CONHNH
2
200 150 100 50 0
19.73
38.26
38.67
39.09
39.50
39.92
40.34
40.75
101.61
108.90
111.02
127.26
129.42
130.61
132.01
137.06
139.58
144.86
149.17
164.91
196.02
Espectro 92 – Ressonância Magnética Nuclear de
13
C do derivado (93j).
SOLVENT = DMSO-d6
TD = 65536
SF = 50,323 MHz
SW = 14124.294 Hz
AQ = 2.320 sec
TE = 300.0 K
NUC = 13C
5
4
3a
1a
7
6
2
6’
2’
5’ 3’
4’
1’
(93j)
LASSBio 1043
O
O
O
CH
3
CONHNH
2
200 150 100 50 0
19.73
101.60
108.89
111.03
127.26
129.42
Espectro 93 – Ressonância Magnética Nuclear de DEPT-135 do derivado (93j).
SOLVENT = DMSO-d6
TD = 65536
SF = 50,323 MHz
SW = 15060.241 Hz
AQ = 2.176 sec
TE = 300.0 K
NUC = 13C
5
4
3a
1a
7
6
2
6’
2’
5’ 3’
4’
1’
(93j)
LASSBio 1043
O
O
O
CH
3
CONHNH
2
Espectro 94 – Experimento de infravermelho em pastilha de KBr do derivado (93j).
5
4
3a
1a
7
6
2
6’
2’
5’ 3’
4’
1’
(93j)
LASSBio 1043
O
O
O
CH
3
CONHNH
2
10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0
4.39 3.47 3.472.162.08 1.00
2.17
2.49
3.17
3.38
5.86
5.88
5.92
5.96
6.00
6.03
6.72
6.90
7.53
7.57
7.84
7.88
5
4
3a
1a
7
6
2
6’
2’
5’ 3’
4’
1’
(94a)
LASSBio 974
SOLVENT = DMSO-d
6
TD = 32768
SF = 200,13 MHz
SW = 5592.841 Hz
AQ = 2.929 sec
TE = 300.0 K
NUC = 1H
Espectro 95 – Ressonância Magnética Nuclear de
1
H do derivado (94a).
O
O
OH
CH
3
S
O
C
H
3
O
O
OH
CH
3
S
O
C
H
3
150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0
18.88
38.25
38.66
39.08
39.50
39.92
40.33
40.75
43.59
70.41
100.67
106.95
110.19
126.85
127.37
128.03
135.66
139.13
145.39
145.98
150.48
5
4
3a
1a
7
6
2
6’
2’
5’ 3’
4’
1’
(94a)
LASSBio 974
SOLVENT = DMSO-d
6
TD = 65536
SF = 50,323 MHz
SW = 14124.294 Hz
AQ = 2.320 sec
TE = 300.0 K
NUC = 13C
Espectro 96 – Ressonância Magnética Nuclear de
13
C do derivado (94a).
160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0
18.88
43.59
70.40
100.67
106.94
110.20
114.11
126.87
127.38
O
O
OH
CH
3
S
O
C
H
3
5
4
3a
1a
7
6
2
6’
2’
5’ 3’
4’
1’
(94a)
LASSBio 974
SOLVENT = DMSO-d
6
TD = 65536
SF = 50,323 MHz
SW = 15060.241 Hz
AQ = 2.176 sec
TE = 300.0 K
NUC = 13C
Espectro 97 – Experimento de DEPT-135 do derivado (94a).
O
O
OH
CH
3
S
O
C
H
3
5
4
3a
1a
7
6
2
6’
2’
5’ 3’
4’
1’
(94a)
LASSBio 974
Espectro 98 – Experimento de infravermelho em pastilha de KBr do derivado (94a).
10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0
2.982.002.00 1.990.98
2.25
2.51
2.52
5.89
5.90
6.01
6.02
6.64
6.75
7.26
7.47
7.52
8.13
8.18
5
4
3a
1a
7
6
2
6’
2’
5’ 3’
4’
1’
(94b)
LASSBio 1040
SOLVENT = CDCl
3
TD = 32768
SF = 200,13 MHz
SW = 5592.841 Hz
AQ = 2.929 sec
TE = 300.0 K
NUC = 1H
Espectro 99 – Ressonância Magnética Nuclear de
1
H do derivado (94b).
O
O
CH
3
NO
2
OH
6.9 6.8 6.7 6.6 6.5 6.4 6.3 6.2 6.1 6.0 5.9 5.8 5.7
1.990.98 0.970.95
5.89
5.90
6.01
6.02
6.64
6.75
5
4
3a
1a
7
6
2
6’
2’
5’ 3’
4’
1’
(94b)
LASSBio 1040
SOLVENT = CDCl
3
TD = 32768
SF = 200,13 MHz
SW = 5592.841 Hz
AQ = 2.929 sec
TE = 300.0 K
NUC = 1H
Espectro 100 – Expansão do espectro de Ressonância Magnética Nuclear de
1
H do derivado (94b).
O
O
CH
3
NO
2
OH
200 150 100 50 0
19.20
71.96
76.37
77.00
77.63
101.06
107.21
110.75
123.57
127.29
129.01
133.66
146.23
147.10
147.23
150.37
O
O
CH
3
NO
2
OH
5
4
3a
1a
7
6
2
6’
2’
5’ 3’
4’
1’
(94b)
LASSBio 1040
Espectro 101 – Ressonância Magnética Nuclear de
13
C do derivado (94b).
SOLVENT = CDCl
3
TD = 65536
SF = 50,323 MHz
SW = 14124.294 Hz
AQ = 2.320 sec
TE = 300.0 K
NUC = 13C
150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0
19.20
71.94
101.05
107.20
110.74
123.56
127.29
SOLVENT = CDCl
3
TD = 65536
SF = 50,323 MHz
SW = 15060.241 Hz
AQ = 2.176 sec
TE = 300.0 K
NUC = 13C
Espectro 102 – Experimento de DEPT-135 para o derivado (94b).
O
O
CH
3
NO
2
OH
5
4
3a
1a
7
6
2
6’
2’
5’ 3’
4’
1’
(94b)
LASSBio 1040
O
O
CH
3
NO
2
OH
5
4
3a
1a
7
6
2
6’
2’
5’ 3’
4’
1’
(94b)
LASSBio 1040
Espectro 103 – Experimento de infravermelho em pastilha de KBr do derivado (94b).
10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0
3.07 3.062.34 2.132.10 2.102.02
0.00
2.05
2.95
3.89
5.83
6.51
6.60
7.20
7.24
7.74
7.77
Espectro 104 – Ressonância Magnética Nuclear de
1
H do derivado (95a).
SOLVENT = CDCl
3
TD = 32768
SF = 200,13 MHz
SW = 5592.841 Hz
AQ = 2.929 sec
TE = 300.0 K
NUC = 1H
O
O
CH
3
SO
2
CH
3
5
4
3a
1a
7
6
2
6’
2’
5’ 3’
4’
1’
(95a)
LASSBio 975
160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0
19.49
39.01
44.51
76.58
77.00
77.43
100.82
110.16
110.65
127.48
129.33
129.53
129.96
138.17
145.83
146.28
147.27
SOLVENT = CDCl
3
TD = 65536
SF = 75.468 MHz
SW = 19685.039 Hz
AQ = 1.665 sec
TE = 300.0 K
NUC = 13C
Espectro 105 – Ressonância Magnética Nuclear de
13
C do derivado (95a).
O
O
CH
3
SO
2
CH
3
5
4
3a
1a
7
6
2
6’
2’
5’ 3’
4’
1’
(95a)
LASSBio 975
SOLVENT = CDCl
3
TD = 65536
SF = 50,323 MHz
SW = 15060.241 Hz
AQ = 2.176 sec
TE = 300.0 K
NUC = 13C
Espectro 106 – Experimento de DEPT-135 do derivado (95a).
O
O
CH
3
SO
2
CH
3
5
4
3a
1a
7
6
2
6’
2’
5’ 3’
4’
1’
(95a)
LASSBio 975
O
O
CH
3
SO
2
CH
3
5
4
3a
1a
7
6
2
6’
2’
5’ 3’
4’
1’
(95a)
LASSBio 975
Espectro 107 – Experimento de infravermelho em pastilha de KBr do derivado (95a).
5
4
3a
1a
7
6
2
6’
2’
5’ 3’
4’
1’
(95b)
LASSBio 1041
O
O
CH
3
NO
2
SOLVENT = CDCl
3
TD = 32768
SF = 400,15 MHz
SW = 5592.841 Hz
AQ = 2.929 sec
TE = 300.0 K
NUC = 1H
Espectro 108 – Ressonância Magnética Nuclear de
1
H do derivado (95b).
5
4
3a
1a
7
6
2
6’
2’
5’ 3’
4’
1’
(95b)
LASSBio 1041
O
O
CH
3
NO
2
SOLVENT = CDCl
3
TD = 65536
SF = 75.468 MHz
SW = 19685.039 Hz
AQ = 1.665 sec
TE = 300.0 K
NUC = 13C
Espectro 109 – Ressonância Magnética Nuclear de
13
C do derivado (95b).
5
4
3a
1a
7
6
2
6’
2’
5’ 3’
4’
1’
(95b)
LASSBio 1041
O
O
CH
3
NO
2
SOLVENT = DMSO-d6
TD = 2048
SW = 3004.808 Hz
AQ = 0.341 sec
TE = 300.0 K
NUC = 1H
SF = 300.13 MHz
NUC = 13C
SF = 75.46 MHz
Espectro 110 – Experimento de HMBC para o derivado (95b).
5
4
3a
1a
7
6
2
6’
2’
5’ 3’
4’
1’
(95b)
LASSBio 1041
O
O
CH
3
NO
2
SOLVENT = DMSO-d6
TD = 2048
SW = 3004.808 Hz
AQ = 0.341 sec
TE = 300.0 K
NUC = 1H
SF = 300.13 MHz
NUC = 13C
SF = 75.46 MHz
Espectro 111 – Experimento de HMBC para o derivado (95b).
5
4
3a
1a
7
6
2
6’
2’
5’ 3’
4’
1’
(95b)
LASSBio 1041
O
O
CH
3
NO
2
SOLVENT = DMSO-d6
TD = 2048
SW = 3004.808 Hz
AQ = 0.341 sec
TE = 300.0 K
NUC = 1H
SF = 300.13 MHz
NUC = 13C
SF = 75.46 MHz
Espectro 112 – Experimento de HMBC para o derivado (95b).
5
4
3a
1a
7
6
2
6’
2’
5’ 3’
4’
1’
(95b)
LASSBio 1041
O
O
CH
3
NO
2
SOLVENT = DMSO-d6
TD = 2048
SW = 3004.808 Hz
AQ = 0.341 sec
TE = 300.0 K
NUC = 1H
SF = 300.13 MHz
NUC = 13C
SF = 75.46 MHz
Espectro 113 – Experimento de HMBC para o derivado (95b).
Espectro 114 – Experimento de infravermelho em pastilha de KBr do derivado (95b).
5
4
3a
1a
7
6
2
6’
2’
5’ 3’
4’
1’
(95b)
LASSBio 1041
O
O
CH
3
NO
2
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