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UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE
Centro de Ciências Sociais e Aplicadas
Programa de Pós-Graduação em Administração de Empresas
A CERTIFICAÇÃO ISO 9000 E O DESEMPENHO
FINANCEIRO DAS COMPANHIAS ABERTAS BRASILEIRAS
Francisco Carlos Tadeu Starke Rodrigues
São Paulo
2007
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Francisco Carlos Tadeu Starke Rodrigues
A CERTIFICAÇÃO ISO 9000 E O DESEMPENHO FINANCEIRO
DAS COMPANHIAS ABERTAS BRASILEIRAS
Dissertação apresentada ao Programa de
Pós-Graduação em Administração de
Empresas da Universidade Presbiteriana
Mackenzie para Obtenção do Título de
Mestre em Administração de Empresas
Orientador: Prof. Dr. Wilson Toshiro Nakamura
São Paulo
2007
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Reitor da Universidade Presbiteriana Mackenzie
Professor Dr. Manassés Claudino Fonteles
Decano de Pesquisa e Pós-Graduação
Professora Dra. Sandra Maria Dotto Stump
Diretor do Centro de Ciências Sociais e Aplicadas
Professor Dr. Reynaldo Cavalheiro Marcondes
Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Administração de
Empresas
Professora Dra. Eliane Pereira Zamith Brito
Ao meu filho Felipe, com quem eu
aprendo e me desenvolvo.
À minha esposa Sueli, cujo apoio e ajuda
compuseram um diferencial inestimável.
Aos dois, por terem, cada um ao seu
modo, contribuído para transformar
uma idéia em um grande projeto.
AGRADECIMENTOS
Agradeço, em primeiro lugar, aos meus pais, por terem me trazido até este ponto da minha
vida. A sua presença é importante para todos nós.
Ao meu orientador, Prof. Dr. Wilson Toshiro Nakamura, pela sua paciência e confiança nesta
proposta de estudo e, sobretudo, por ter me conduzido ao estudo correto e aprofundado das
finanças estratégicas.
Ao Prof. Dr. Luiz João Corrar, pelas suas valiosas contribuições de forma e conteúdo durante
a etapa de qualificação deste projeto.
Ao Prof. Dr. Diógenes Manoel Leiva Martin, por ser o responsável pela minha imersão nas
questões da microeconomia e que acabaram por solidificar as bases teóricas deste trabalho e,
ainda, pelas lições sobre econometria e análise de dados.
Aos bibliotecários e bibliotecárias da Biblioteca George Alexander, pela disposição em
atender, sempre com entusiasmo, às minhas demandas.
Aos gestores da qualidade das diversas companhias que participam da amostra deste trabalho,
pela sua disponibilidade em fornecer os dados necessários e pelo seu incentivo em poder
tornar nossa atividade mais reconhecida na academia.
A todas as empresas pelas quais passei nesses 26 anos de carreira profissional, seja como
gestor da qualidade seja como consultor empresarial; nelas tive a oportunidade de aprender,
aprofundar e expandir meus conhecimentos. Este trabalho é uma devolução de tudo o que elas
me propiciaram, particularmente, em poder participar desse universo desafiador, dinâmico e,
muitas vezes, incompreendido, da gestão da qualidade e da certificação da qualidade.
Aos professores do Mestrado em Administração de Empresas da Universidade Presbiteriana
Mackenzie, com quem aprendi o que não esperava mais ser necessário aprender.
Ao Instituto Presbiteriano Mackenzie, pela contribuição financeira.
Aos colegas da turma do primeiro semestre de 2006, com os quais convivi, dividindo
expectativas, ansiedades e idéias.
Ao Comitê Brasileiro da Qualidade da Associação Brasileira de Normas Técnicas, por ter
franqueado acesso à base de dados das empresas brasileiras certificadas pela ISO 9000.
Aos meus queridos Sosô e Fê, com quem eu gostaria de dividir este produto de dois anos de
intensa convivência e muito esforço conjunto. Vocês foram os verdadeiros incentivadores
desta obra.
E, finalmente, àqueles que não estão presentes, mas que, certamente, contribuíram para que eu
pudesse chegar até aqui.
A todos vocês, espero estar contribuindo, de alguma forma, para o desenvolvimento de algo
que fazemos em nosso cotidiano: administrar empresas e conduzir pessoas para a criação de
mais riqueza e melhor qualidade de vida.
“Quando nada parece ajudar, eu vou e
olho o cortador de pedras martelando
sua rocha talvez cem vezes sem que nem
uma só rachadura apareça.
No entanto, na centésima primeira
martelada, a pedra se abre em duas e eu
sei que não foi aquela que conseguiu,
mas todas as que vieram antes.”
Jacob Riis
RESUMO
As evidências de que as práticas de gestão da qualidade contribuem positivamente para o
desempenho de uma empresa não produziram um consenso a respeito. É importante se tirar a
impressão de que a ISO 9000 é tão popular que o mereça uma produção acadêmica mais
intensa e efetiva: afinal, são muitos os efeitos provocados pela introdução da norma no tecido
organizacional das empresas brasileiras e que ainda não foram estudados. Assim, é oportuno e
apropriado avaliar esse fenômeno mundial – e certamente, também no Brasil – da certificação
da qualidade pela ISO 9000 e sua relação com o desempenho financeiro das empresas. Ainda
há, no Brasil, uma ausência de estudos a respeito dessa temática, que tenham se utilizado de
dados secundários públicos, focados em companhias abertas e que tenham se utilizado de
modelos econométricos robustos que permitissem uma conclusão acertada à realidade
nacional. Adotou-se a abordagem de Akerlof–Spence para discutir, a partir da informação
assimétrica, a seleção adversa a que os consumidores estão expostos. Para mitigar isso, uma
empresa deveria sinalizar seus atributos escondidos, criando melhor imagem no mercado e
maior reputação. A abordagem de Akerlof–Spence permite prever que, se as empresas se
certificam, então elas podem ir em busca de melhores performances de vendas e,
conseqüentemente, melhores performances financeiras. Ao optar pela certificação, uma
empresa estaria sinalizando ao mercado, aos seus fornecedores e consumidores que ela possui
produtos e serviços com alta qualidade. Isso tornaria a informação menos assimétrica e a
seleção menos adversa; possibilitaria vantagem competitiva e distinguiria empresas
certificadas das não certificadas. Essa “era da certificação” dura duas décadas e mais de
700.000 empresas foram certificadas em 161 países do mundo. Seguindo a linha de estudo de
dois grupos de pesquisadores Terlaak e King (2006) e Corbett, Montes-Sancho e Kirsch
(2005) –, acompanhou-se 207 companhias abertas brasileiras durante 12 anos, entre 1995 e
2006. A amostra contém 116 companhias certificadas pelas versões 1987, 1994 e 2000 da
norma ISO 9000 e 91 não certificadas. Utilizou-se um modelo econométrico de regressão com
dados em painel estático e painel dinâmico, com agrupamento de dados de corte transversal,
efeitos fixos e efeitos aleatórios. Foram utilizados um painel o balanceado com 207
companhias e 2.484 observações e um painel balanceado com 60 companhias e 720
observações. Responde-se, portanto, ao seguinte problema de pesquisa: a certificação ISO
9000 permite às companhias abertas no Brasil obterem um desempenho financeiro superior?
Seis hipóteses foram testadas, todas relacionadas com desempenho financeiro. Todas as seis
hipóteses foram rejeitadas, revelando resultados significativos que sugerem haver uma relação
forte, direta e positiva entre a certificação ISO 9000 e o desempenho financeiro das
companhias abertas brasileiras. Os resultados desta pesquisa indicam que acionistas e gestores
podem optar pela certificação como mecanismo de sinalização, aumento da reputação e das
vendas, diminuição dos custos dos serviços vendidos, melhoria dos retornos sobre ativos
(ROA), vendas (ROS) e patrimônio líqüido (ROE). A certificação ISO 9000 configura-se em
importante instrumento estratégico de aumento de competitividade.
Palavras-chave: Certificação, ISO 9000, Qualidade, Informação Assimétrica, Seleção
Adversa, Sinalização, Reputação, Desempenho Financeiro, Dados em Painel.
Linha de pesquisa: Finanças Estratégicas.
ABSTRACT
The evidences that the quality management practices contribute positively to the financial
performance of a firm do not produce a consensus. It is important to take off the impression
ISO 9000 is so popular that it could not deserve more intense and effective academic
production; there are many effects promoted by the introduction of this standard at the
organizational level in brazilian companies and they were not yet well studied. Thus, it is
opportune to evaluate this world phenomenon – and, certainly, in Brazil – of ISO 9000 quality
certification and its relation to superior financial performance of the companies. There is, in
Brazil, an absence of researches related to this subject, using secondary public data, focused
in publicly traded firms and using robust econometric models, to permit a certain conclusion
to the brazilian context. The Akerlof-Spence approach was adopted to discuss, from the
asymmetric information point of view, the adverse selection imposed to the consumers. To
mitigate this, a firm should signalize its hidden attributes, creating a better image to the
market and better reputation. The Akerlof-Spence approach allows to predict that, if the firms
got certified, so they can search for better sales performances and, as a consequence, for better
financial performances. When a firm choose to get certified, it would be signaling to the
market, to its suppliers and consumers, that it has, in fact, products an services with high
quality. This would allow a smaller asymmetric information and a smaller adverse selection;
this also would enable a competitive advantage and would distinguish certified firms from
that not certified. The “certification age” lasts two decades and more than 700,000 firms are
certified in 161 countries around the world. Following the research line developed by two
groups of researchers Terlaak and King (2006) and Corbett, Montes-Sancho and Kirsch
(2005) –, in this research, 207 brazilian publicly traded firms were studied for 12 years, from
1995 to 2006. There are 116 firms certified according to the 1987, 1994 and 2000 versions of
ISO 9000 standard and other 91 not certified in the sample. It was employed an econometric
regression model with data in static and dynamic panels, using pooled OLS, fixed effects and
random effects. A non-balanced panel data with 207 firms and 2,484 observations, and a
balanced panel data with 60 firms and 720 observations were assembled to research this
problem. The addressed question is answered: do ISO 9000 certification permit a superior
financial performance to brazilian public firms? Six hypotheses were tested, all of them
related with financial performance. The six hypotheses were rejected, revealing significative
results that ISO certification has a strong, direct and positive relation with financial
performance of the brazilian public firms. The results of this research indicate that
shareholders and managers could choose the certification as a signaling mechanism,
reputation and sales growth, reduction of production costs, and improvement in ROA, ROS
and ROE. ISO 9000 certification is a relevant strategic tool for competitiveness improvement.
Key Words: Certification, ISO 9000, Quality, Asymmetric Information, Adverse Selection,
Signaling, Reputation, Financial Performance, Panel Data.
Research Line: Strategic Finance.
LISTA DE ABREVIAÇÕES
ABNT Associação Brasileira de Normas cnicas
AR Auto-regressivo
B Balanceado
B2B Business to Business
BP Breusch-Pagan, teste de
BS British Standards
CB25 Comitê Brasileiro da Qualidade
CB25/ABNT Comitê Brasileiro da Qualidade da Associação Brasileira de Normas
Técnicas
CERT_ISO Certificação ISO 9000
CSV Custo dos serviços vendidos
CSVtoVEND Custo dos serviços vendidos sobre o total das vendas
CVM Comissão de Valores Mobiliários
DF Despesas Financeiras
dt Defasagens de tempo
E Esperança estatística
EA Efeitos Aleatórios
EF Efeitos Fixos
ENDIV Endividamento
ENDIV_1 Defasagem do endividamento
F Fischer, teste de
FIV Fator de Inflação das Variâncias
FLGS Feasible Least Generalized Squares
GLS Generalized Least Squares
gl Graus de liberdade
GMM Generalized Moments Method
Gretl Gnu Regression, Econometrics and Time-series
H Hausman, teste de
HAC Heterocedasticidade e Autocorrelação (Heterokedasticity and Auto
Correlation)
H
n
Hipótese
i Unidade de corte transversal
INMETRO Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial
IR Imposto de Renda
ISO International Organization for Standardization
ISO 9000 Família de normas da série ISO 9000
ISO 9001 Norma para implantação de Sistemas de Gestão da Qualidade
IV Instrumental Variables
k Velocidade de ajuste
K Número de regressores
LOL Lucro Operacional Líqüido
LM Multiplicador de Lagrange (Lagrange Multiplier)
LSDV Least Squares Dummy Variables Regression
LUCRAT Lucratividade medida pela margem líqüida
ML Maximum Likelihood
MMG Método dos Momentos Generalizados
MQO Mínimos Quadrados Ordinários
MQO Ag MQO agrupado
MQP Mínimos Quadrados Ponderados
MQG Mínimos Quadrados Generalizados
MV Máxima Verossimilhança
N Tamanho da amostra
NB Não balanceado
NBR Norma Brasileira
OLS Ordinary Least Squares
ONG Organização Não Governamental
p Valor p estatístico
PD Primeiras Diferenças
PDCA Ciclo Plan Do Check Act
PL Patrimônio Líqüido
RBV Resources Based View
RISCO Risco operacional
RL Receita líqüida
RLtoAT_TANG Eficiência operacional
RNO Resultados Não Operacionais
ROA Retorno sobre o ativo total (Return On Assets)
ROA_mod Taxa modificada do retorno sobre o ativo total
ROE Retorno sobre o patrimônio líqüido (Return On Equity)
ROI Retorno sobre investimento (Return On Investment)
ROS Retorno sobre as vendas (Return On Sales)
ROS_mod Taxa modificada do retorno sobre as vendas
S&P Standard & Poor’s
SGQ Sistema de Gestão da Qualidade
t Student, teste de
t Tempo (quando subscrito nas equações)
T Período de tempo do painel sob análise
TAM_EMP Tamanho das companhias abertas
TOT_VEND Total das vendas
TQM Total Quality Management
VEND Total das vendas
VENDtoTOT_AT Total das vendas sobre o total dos ativos
VI Variáveis Instrumentais
VIF Variances Inflation Factor
VPL Valor Presente Líqüido
WLS Weighted Least Squares
LISTA DE EQUAÇÕES
Equação 1 lculo da Taxa Modificada de Retorno sobre o Ativo Total (ROA_mod)..... 109
Equação 2 lculo da Taxa Modificada de Retorno sobre as Vendas (ROS_mod)........... 109
Equação 3 lculo do Índice Custos dos Serviços Vendidos sobre o Total das Vendas
(CSVtoVEND)................................................................................................................... 110
Equação 4 lculo do Índice Vendas sobre Ativos (VENDtoTOT_AT).......................... 110
Equação 5 lculo da Taxa de Retorno sobre o Patrimônio Líqüido (ROE)..................... 110
Equação 6 Modelo econométrico da variável dependente ROA_mod.............................. 128
Equação 7 Modelo econométrico da variável dependente ROS_mod............................... 128
Equação 8 Modelo econométrico da variável dependente TOT_VEND........................... 128
Equação 9 Modelo econométrico da variável dependente CSVtoVEND.......................... 128
Equação 10 Modelo econométrico da variável dependente VENDtoTOT_AT................. 128
Equação 11 Modelo econométrico da variável dependente ROE ..................................... 128
Equação 12 Função de Regressão Populacional (FRP).................................................... 134
Equação 13 Função de Regressão Amostral (FRA) ......................................................... 134
Equação 14 Modelo de consistência do MQO agrupado.................................................. 134
Equação 15 Modelo de agrupamento de dados de corte transversal ................................. 135
Equação 16 Modelo de agrupamento de dados de corte transversal com decomposição do
termo erro.......................................................................................................................... 135
Equação 17 Modelo MQO com dummies de tempo......................................................... 136
Equação 18 Modelo MQO com dummy de tempo t = 2.................................................... 136
Equação 19 Modelo MQO com dummy de tempo t = 1.................................................... 136
Equação 20 Modelo das primeiras diferenças.................................................................. 136
Equação 21 Modelo reduzido das primeiras diferenças.................................................... 136
Equação 22 Modelo de efeitos fixos................................................................................ 137
Equação 23 Modelo de efeitos fixos com estimadores médios no tempo.......................... 137
Equação 24 Modelo de estimadores de efeitos fixos........................................................ 138
Equação 25 Modelo ampliado de efeitos fixos................................................................. 138
Equação 26 Modelo de efeitos aleatórios......................................................................... 140
Equação 27 Covariâncias entre variáveis explicativas e heterogeneidade não observada.. 140
Equação 28 Modelo de estimadores de efeitos aleatórios................................................. 141
Equação 29 Modelo transformado de estimadores de efeitos aleatórios ........................... 141
Equação 30 Modelo dinâmico de dados em painel........................................................... 142
Equação 31 Modelo dinâmico de dados em painel com diferenças.................................. 142
Equação 32 Modelo dinâmico de dados em painel com diferenças e correlação............... 143
Equação 33 Modelo básico de regressão linear................................................................ 154
Equação 34 Modelo de regressão da variável ROA_mod no painel não balanceado......... 164
Equação 35 Modelo de regressão da variável ROA_mod no painel balanceado............... 166
Equação 36 Modelo de regressão da variável ROS_mod no painel não balanceado......... 168
Equação 37 Modelo de regressão da variável ROS_mod no painel balanceado................ 170
Equação 38 Modelo de regressão da variável TOT_VEND no painel não balanceado ..... 172
Equação 39 Modelo de regressão da variável TOT_VEND no painel balanceado............ 174
Equação 40 Modelo de regressão da variável CSVtoVEND no painel não balanceado .... 176
Equação 41 Modelo de regressão da variável CSVtoVEND no painel balanceado........... 178
Equação 42 Modelo de regressão da variável VENDtoTOT_AT no painel não balanceado
.......................................................................................................................................... 180
Equação 43 Modelo de regressão da variável VENDtoTOT_AT no painel balanceado.... 182
Equação 44 Modelo de regressão da variável ROE no painel não balanceado.................. 184
Equação 45 Modelo de regressão da variável ROE no painel balanceado ........................ 185
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 O problema dos produtos de qualidade duvidosa................................................. 50
Figura 2 A Abordagem Akerlof–Spence............................................................................53
Figura 3 A diminuição dos custos motivada pela documentação das práticas................... 105
Figura 4 Comparação entre os modelos de regressão com dados em painel estático......... 133
Figura 5 Fluxograma para definição de qual modelo utilizar para uma regressão com dados
em painel........................................................................................................................... 147
Figura 6 Anatomia da Modelagem Econométrica............................................................ 153
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 Evolução do número de certificados ISO 9000 emitidos no Brasil ..................... 62
Gráfico 2 Evolução percentual anual no número de certificados ISO 9000 no mundo
Dados até 31/12/2005 ..........................................................................................................86
Gráfico 3 Pareto das contribuições dos trinta países que mais certificam pela ISO 9000:2000
no mundo Data–base 31/12/2005 ...................................................................................... 89
Gráfico 4 Distribuição do número de certificações ISO 9000 por “Região ISO” Data–base
31/12/2005........................................................................................................................... 89
Gráfico 5 Número de certificados emitidos por estado Dados até 31/12/2006................. 95
Gráfico 6 Número de certificados emitidos por atividade econômica Dados de 31/12/2005
............................................................................................................................................97
Gráfico 7 Número de certificados emitidos por região do Brasil Dados de 31/12/2005...97
Gráfico 8 Distribuição acumulada das companhias abertas da amostra certificadas pela ISO
9000:2000............................................................................................................................99
Gráfico 9 Distribuição das companhias abertas pela sua classe de receita........................ 124
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 Resumo com as variáveis empregadas no modelo econométrico...................... 112
Quadro 2 Perfil da Amostra............................................................................................. 125
Quadro 3 Estatísticas descritivas das variáveis Painel Não Balanceado......................... 158
Quadro 4 Estatísticas descritivas das variáveis Painel Balanceado................................ 159
Quadro 5 Fatores de Inflação das Variáveis Independente e de Controle Painéis Não.........
Balanceado e Balanceado................................................................................................... 160
Quadro 6 Análise de correlação entre as variáveis Painel Não Balanceado ................... 161
Quadro 7 Análise de correlação entre as variáveis Painel Balanceado........................... 162
Quadro 8 ROA_mod Valores p das variáveis testadas no painel não balanceado ........... 165
Quadro 9 ROA_mod Valores p das variáveis testadas no painel balanceado................. 166
Quadro 10 ROS_mod Valores p das variáveis testadas no painel não balanceado......... 169
Quadro 11 ROS_mod Valores p das variáveis testadas no painel balanceado................ 170
Quadro 12 TOT_VEND Valores p das variáveis testadas no painel não balanceado ..... 173
Quadro 13 TOT_VEND Valores p das variáveis testadas no painel balanceado............ 175
Quadro 14 CSVtoVEND Valores p das variáveis testadas no painel não balanceado.... 177
Quadro 15 CSVtoVEND Valores p das variáveis testadas no painel balanceado........... 178
Quadro 16 VENDtoTOT_AT –Valores p das variáveis testadas no painel não balanceado
.......................................................................................................................................... 181
Quadro 17 VENDtoTOT_AT –Valores p das variáveis testadas no painel balanceado..... 182
Quadro 18 ROE –Valores p das variáveis testadas no painel não balanceado................... 185
Quadro 19 ROE –Valores p das variáveis testadas no painel balanceado......................... 186
Quadro 20 Coeficientes das variáveis no modelo dinâmico Arellano-Bond - Painel Não
Balanceado ........................................................................................................................ 188
Quadro 21 Coeficientes das variáveis no modelo dinâmico Arellano-Bond - Painel
Balanceado ........................................................................................................................ 189
Quadro 22 Valores p da variável independente CERT_ISO nos modelos de regressão dos
painéis não balanceado e balanceado.................................................................................. 190
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Principais resultados das certificações ISO 9000:2000 no mundo no período de
2001 a 2005 ......................................................................................................................... 85
Tabela 2 Comparação entre os trinta países que mais certificam pela ISO 9000:2000 -
Datas-base de 31/12/2005 contra 31/12/2003.......................................................................87
Tabela 3 Número de certificações ISO 9000 por "região ISO"........................................... 88
Tabela 4 Evolução do número de certificações ISO 9000:2000 dos países da "região ISO"
América do Sul e Central.....................................................................................................90
Tabela 5 Número de certificados conquistados por empresas brasileiras no período 1990 -
2000.....................................................................................................................................92
Tabela 6 Motivos para uma empresa buscar a certificação................................................. 93
Tabela 7 - Tempo de preparo de uma empresa brasileira para a certificação ISO 9000 de
acordo com o seu porte ........................................................................................................ 93
Tabela 8 - Investimentos realizados pelas empresas brasileiras para se obter a certificação ISO
9000 de acordo com o seu porte........................................................................................... 94
Tabela 9 - Número de certificados emitidos por estado brasileiro - Dados de 20/04/07.........96
Tabela 10 - Principais autores e trabalhos relacionados com o objeto de pesquisa desta
dissertação......................................................................................................................... 113
Tabela 11 - Principais conclusões dos autores de estudos relacionados com a certificação ISO
9000 e o desempenho financeiro ........................................................................................ 156
Tabela 12 - Relação dos modelos de regressão utilizados................................................... 163
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO……………………………………………………………………………37
1.1 Tema e Justificativa.................................................................................................... 37
1.2 Problema de Pesquisa.................................................................................................39
1.3 Objetivos da Pesquisa.................................................................................................42
1.4 Organização do Trabalho............................................................................................ 44
2 REFERENCIAL TEÓRICO.......................................................................................... 47
2.1 A Microeconomia e a Informação da Qualidade......................................................... 48
2.1.1 Os Produtos de Qualidade Duvidosa....................................................................49
2.1.2 O Exemplo da Seleção Adversa no Mercado da Saúde.........................................52
2.2 A Abordagem Akerlof-Spence ...................................................................................53
2.3 A Qualidade e a Certificação da Qualidade vistas pela Microeconomia ......................56
2.3.1 A Reputação e a Padronização............................................................................. 57
2.3.2 O Exemplo da Sinalização no Mercado de Trabalho............................................59
2.3.3 A Sinalização em Mercados com Informação Assimétrica................................... 60
2.4 Histórico do Tema Gestão da Qualidade..................................................................... 61
2.5 A Qualidade na Visão dos Gurus da Qualidade, dos Estrategistas e Financistas.......... 71
2.5.1 Por que Implantar um Modelo de Gestão da Qualidade?...................................... 73
2.5.2 A Qualidade e a Empresa.....................................................................................75
2.6 A Instituição ISO .......................................................................................................78
2.7 As Normas da Série ISO 9000.................................................................................... 79
2.8 A ISO 9000 no Mundo............................................................................................... 84
2.9 A ISO 9000 no Brasil................................................................................................. 91
2.10 A Certificação da Gestão da Qualidade de acordo com a ISO 9000...........................98
2.10.1 A Certificação Não é um Requisito da Norma ISO 9000.................................. 100
3 HIPÓTESES E VARIÁVEIS DE PESQUISA............................................................. 101
3.1 Hipóteses de Pesquisa .............................................................................................. 103
3.1.1 Hipóteses 1 e 2 .................................................................................................. 104
3.1.2 Hipóteses 3 e 4 .................................................................................................. 105
3.1.3 Hipótese 5 ......................................................................................................... 106
3.1.4 Hipótese 6 ......................................................................................................... 107
3.2 Variáveis de Pesquisa e sua Operacionalização......................................................... 108
3.2.1 As Variáveis Dependentes................................................................................. 108
3.2.2 A Variável Independente ................................................................................... 110
3.2.3 As Variáveis de Controle................................................................................... 110
4 METODOLOGIA DE PESQUISA .............................................................................. 113
4.1 População, Amostra e Levantamento dos Dados....................................................... 118
4.2 Caracterização da Amostra....................................................................................... 120
4.3 A Organização dos Dados em Painel das Companhias Pesquisadas .......................... 126
4.4 Tratamento Estatístico dos Dados............................................................................. 127
4.4.1 As Propriedades das Grandes Amostras............................................................. 130
4.5 Os Modelos utilizados com Dados em Painel ........................................................... 131
4.5.1 Modelo de Agrupamento de Dados de Corte Transversal................................... 133
4.5.2 Modelo das Primeiras Diferenças....................................................................... 135
4.5.3 Modelo dos Efeitos Fixos .................................................................................. 137
4.5.4 Modelo dos Efeitos Aleatórios........................................................................... 140
4.5.5 O Modelo Dinâmico de Dados em Painel .......................................................... 142
4.5.6 Os cuidados a serem observados........................................................................ 143
4.5.7 Os testes da existência de heterocedasticidade ................................................... 146
4.6 A decisão sobre qual modelo estático de regressão com dados em painel utilizar...... 147
4.6.1 MQO agrupado ou Efeitos Fixos?...................................................................... 148
4.6.2 MQO agrupado ou Efeitos Aleatórios? .............................................................. 149
4.6.3 Efeitos Aleatórios ou Efeitos Fixos?.................................................................. 149
5 RESULTADOS DA PESQUISA .................................................................................. 153
5.1 Estatística Descritiva................................................................................................ 158
5.2 Análise de Multicolinearidade.................................................................................. 160
5.3 Análise de Correlação .............................................................................................. 161
5.4 Os resultados das regressões..................................................................................... 162
5.4.1 Variável ROA_mod........................................................................................... 164
5.4.2 Variável ROS_mod ........................................................................................... 168
5.4.3 Variável TOT_VEND........................................................................................ 172
5.4.4 Variável CSVtoVEND....................................................................................... 176
5.4.5 Variável VENDtoTOT_AT ............................................................................... 180
5.4.6 Variável ROE.................................................................................................... 184
5.4.7 Os resultados do modelo dinâmico de Arellano-Bond........................................ 187
5.5 A significância da variável CERT_ISO nos modelos de regressão............................ 190
5.6 Síntese dos Resultados ............................................................................................. 191
5.7 Limitações do estudo e recomendações para futuras pesquisas ................................. 194
6 CONCLUSÕES............................................................................................................. 197
REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 201
APÊNDICES.................................................................................................................... 209
Apêndice A Relação de organismos certificadores acreditados pelo INMETRO.......... 211
Apêndice B Questionário enviado a diretores da Qualidade e de relações com investidores
das companhias abertas.................................................................................................. 213
Apêndice C Conjunto de regressões ............................................................................ 215
1 INTRODUÇÃO
1.1 Tema e Justificativa
As evidências de que as práticas de gestão da qualidade contribuem positivamente
para o desempenho de uma empresa não produziram um consenso a respeito. Segundo Heras
et al. (2002 a, b), sua pesquisa com 400 empresas certificadas e outras 400 não certificadas
mostrou evidências de que as primeiras produzem desempenho financeiro melhor sobre as
últimas, mas que isso se deve ao fato de que empresas com desempenho financeiro superior
teriam mais condições de perseguir a certificação. No entanto, os próprios autores (2002 b)
encontraram resultados distintos em outra pesquisa, que apontava os retornos sobre ativos
(ROA) consistentemente melhores nas empresas certificadas.
Apesar de haver, portanto, uma série de trabalhos que apontam para uma correlação
positiva entre a certificação ISO 9000 e o desempenho financeiro superior, parece crescer o
número de pesquisadores que apontam a norma como um processo direcionado ao papel e de
valor limitado, não impactando de fato diretamente no desempenho empresarial. A ISO 9000
seria apenas uma jogada de marketing, como inclusive, Lima et al. (2000) sugerem.
A qualidade tem sido um dos temas sobre os quais mais se têm escrito mundo afora.
Livros, a principal produção. Palestrantes sobre o tema existem vários; consultores, idem.
Artigos para revistas e jornais são abundantes. Os temas abordados sob o guarda-chuva” da
Qualidade o inúmeros: Qualidade Total, Kanban, Just in Time, Custos da Qualidade,
Gerenciamento pelas Diretrizes, Certificação, Acreditação, Foco no Cliente, Liderança,
Motivação, Gestão de Pessoas, Balanced Scorecard, Benchmarking, Seis Sigma entre outros.
A Qualidade e suas principais práticas de gestão a ISO 9000 e a Qualidade Total
têm sido mais estudadas do ponto de vista qualitativo, muito freqüentemente por meio de
estudos de caso. No Brasil, das muitas dissertações recentes pesquisadas, o foco é quase
sempre em estudos de caso de uma empresa específica ou de um setor da indústria. Withers et
al. (1997) e Withers e Ebrahimpour (2000, 2001) reforçam essa questão: uma grande
quantidade de trabalhos sobre a ISO 9000, mas a maioria deles são simplesmente meros
estudos de caso ou são descritivos ou prescritivos. Além do mais, somente um pequeno
número deles analisa a relação entre a ISO 9000 e os resultados de uma empresa
(MARTINEZ-LORENTE; MARTINEZ-COSTA, 2004).
38
Os estudos de caso são um modo correto de expor casos de sucesso específicos com
suas respectivas formas de implementação da norma, mas são restritos por conta disso. Por
não poderem provar qualquer tipo de correlação entre a certificação ISO 9000 e a criação de
valor para as empresas, tornam-se métodos restritos.
Em 2006, o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial
(INMETRO) e o Comitê Brasileiro da Qualidade (CB25) da Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT) realizaram a segunda pesquisa quantitativa em nível nacional para
avaliação dos aspectos que influenciam a implantação de sistemas de gestão da qualidade pela
ISO 9000 e sua decorrente certificação. Foram entrevistados gerentes de 300 empresas, sendo
150 gerentes da área comercial e 150 gerentes da área da qualidade de empresas com mais de
três anos de certificação, dentro de um universo de 2.926 organizações (INMETRO, 2006).
Participaram da amostra empresas dos setores primário, secundário e terciário e de diversos
portes, de microempresas a grandes corporações.
Para 80% dos gerentes entrevistados, foi o aumento da produtividade o maior ganho
com a certificação: para 35,3% deles isso se refletiu no aumento da qualidade dos produtos.
Para 95,3% dos gerentes da área comercial, isso se refletiu no aumento da credibilidade e da
aceitação da organização (INMETRO, 2006).
Por conseguinte, em função dos motivos expostos e pela quase que total ausência de
estudos exploratórios quantitativos a respeito do tema, é oportuno e apropriado avaliar esse
fenômeno mundial e certamente, também no Brasil da certificação da qualidade pela ISO
9001:2000 e sua relação com o desempenho financeiro superior das empresas.
Esta pesquisa, que ora se pretende desenvolver, é totalmente factível, pois
regularidade no ambiente em que ela se insere: a norma ISO 9000, introduzida em 1987,
caminha para uma nova versão para o ano de 2009, muitas empresas continuam se
certificando anualmente e a taxa de descontinuidade de certificação é baixa.
É importante se tirar a “impressão” de que a ISO 9000 é o popular que não mereça
uma produção acadêmica mais intensa e efetiva: são muitos os efeitos provocados pela
introdução da norma no tecido organizacional das empresas brasileiras e que ainda não foram
estudados.
Diversas são as experiências em que se pode verificar os benefícios e os ganhos
advindos com a certificação; no entanto, apesar de tangíveis ou perceptíveis, não conseguiram
ser traduzidos em uma métrica financeira objetiva.
39
O fato é que, indiscutivelmente, é preciso se acenar com uma resposta direta à
pergunta:
a certificação ISO 9000 traz benefícios financeiros a uma empresa?
A partir dos
resultados desta pesquisa, espera-se obter uma resposta mais afirmativa e precisa.
um conjunto de partes interessadas que poderá se valer das conclusões que se
espera obter com este estudo, preenchendo uma lacuna existente muitos anos: a própria
academia, as empresas certificadas, as que não o o mas ainda se interessam por isso, os
clientes e consumidores, os fornecedores das empresas, os seus funcionários – peça motriz nas
certificações , os analistas de mercado, os acionistas, os investidores e o mercado como um
todo, além dos órgãos certificadores e das entidades acreditadoras de todos os países-
membros da ISO. Além desses, as empresas que não conseguem compreender o significado e
os benefícios de uma certificação, as que não acreditam neste modelo como adequado à sua
cultura organizacional e, ainda, as que o conseguem prever o retorno sobre este
investimento.
Interesse maior deste estudo é
contribuir para a melhoria da competitividade das
empresas brasileiras
, o que poderá confirmar ser o modelo proposto pela ISO 9000 uma
avançada tecnologia de gestão. Esta dissertação almeja elucidar a questão da influência da
certificação ISO 9000 no desempenho financeiro das companhias abertas brasileiras.
O desafio é grande, mas espera-se estar contribuindo para a evolução desta discussão,
dentro de uma área do conhecimento ainda pouco explorada, especialmente no Brasil.
1.2 Problema de Pesquisa
Morris (2006) concluiu, em seu estudo focado apenas na indústria eletrônica
americana, que não houve evidência que apoiasse a sua primeira hipótese de que as empresas
certificadas pela ISO 9000 teriam desempenho financeiro melhor se comparadas a outras que
não fossem certificadas. Concluiu haver relação apenas que empresas que possuem ativos
mais flexíveis ou que investem em pesquisa e desenvolvimento e que podem interagir com a
certificação ISO 9000, podem conquistar melhor desempenho financeiro.
Algumas razões poderiam ser apontadas, todas relacionadas com a metodologia
empregada, como o próprio pesquisador apresenta (MORRIS, 2006). Entre elas, o foco em
apenas uma indústria, com tamanhos distintos e que atuam em diferentes mercados com
muitos produtos. Em segundo lugar, o pequeno número de anos empregado para coleta dos
dados e seu uso de dados em séries temporais com corte transversal não parece ter sido
apropriado. A medida de receita antes de depreciação pode não ter sido a mais indicada para
40
ser a variável dependente a ser testada e, por último, a assunção de que os benefícios da
certificação ISO 9000 sejam imediatos.
Pelas conclusões de Morris (ibid.), talvez a ISO 9000 não concorra para um melhor
desempenho financeiro ou, nem mesmo, para a aquisição de uma vantagem competitiva,
mesmo que provisória. Poder-se-ia ponderar que as empresas buscam a certificação ISO 9000
com outros objetivos, como exportar seus produtos, pressões de mercado ou, ainda, por conta
de maiores requisitos por parte dos clientes.
os pesquisadores Dimara et al. (2004) buscaram correlacionar a orientação
estratégica de uma empresa com a adoção da ISO 9000. Ao analisarem um conjunto de 94
empresas que adotaram a ISO 9000 no período de 1989 a 1993, concluíram que não existe
uma diferença significativa nos indicadores de desempenho financeiro após um período de
seis anos seguintes à certificação.
Entretanto, se as empresas forem examinadas separadamente de acordo com a sua
orientação estratégica, as conclusões são distintas: primeiro, empresas que perseguem uma
estratégia de liderança em custo apresentavam crescimento estatisticamente significativo nos
indicadores de lucratividade; segundo, aquelas que seguem uma estratégia de diferenciação
apresentavam crescimento estatisticamente significativo de suas vendas e de seu patrimônio
líqüido (DIMARA et al., 2004).
Cabe lembrar que, no período pesquisado, a norma válida era a ISO 9000:1994, em
sua segunda versão, ainda sem as características atuais de gestão por processos. Sabe-se que a
versão 2000 da norma inclui algumas dimensões da Qualidade Total (MARTINEZ-
LORENTE; MARTINEZ-COSTA, 2004), o incluídas na versão anterior como, por
exemplo, gestão da força de trabalho, foco no cliente e medição e monitoramento. Os mesmos
autores (op. cit.) declaram não haver encontrado correlação entre a implantação da ISO
9000:1994 e a melhoria dos resultados das empresas.
Martinez-Lorente e Martinez-Costa (2004) afirmam também que os gerentes que
perseguirem a certificação ISO 9000 devem fazê-lo somente se forçados a isso pelos seus
clientes; argumentam ainda que, ao se exigir a certificação ISO 9000 de seus fornecedores,
deveriam refletir que isso não melhora as suas taxas de defeitos ou reduz seus custos, o que é
um objetivo da norma ISO 9000. Talvez exatamente pelo fato da norma ISO 9000 em sua
versão 1994 ser frágil em termos de gestão por processos, medição e monitoramento e foco no
cliente é que os autores Martínez-Lorente e Martínez-Costa (2004) o tenham conseguido
encontrar correlação positiva em sua pesquisa.
41
Por outro lado, existem também evidências que comprovam haver relação entre a
certificação ISO 9000 e o melhor desempenho financeiro das empresas, isso
independentemente do tamanho: podem ser grandes ou pequenas empresas; podem ser
nacionais ou multinacionais e, até mesmo, locais ou regionais; podem ser de um mesmo setor
da indústria ou não.
Pesquisadores de diversas nacionalidades (ANDERSON; DALY; JOHNSON, 1999;
TERLAAK; KING, 2006; CORBETT; MONTES-SANCHO; KIRSCH, 2005) estudaram,
utilizando-se de diferentes métodos quantitativos, diversas possibilidades de relacionar
certificação com desempenho, tendo encontrado resultados positivos que apóiam as hipóteses
de haver correlação entre essas variáveis.
Pesquisar pouco sobre qualidade ou sobre suas práticas de gestão parece ser ou foi
uma marca da academia internacional. Wacker (1989) apresenta uma explicação para isso, o
fato de ser difícil medir os benefícios acumulados e de longo prazo da gestão da qualidade e
sua relação com custos incorridos por ela no curto prazo.
Percebe-se, no Brasil, a
ausência de estudos a respeito dessa temática, que tenham
se utilizado de dados secundários públicos, focados em empresas privadas de capital
aberto e que tenham se utilizado de modelos econométricos robustos que permitissem
uma conclusão acertada à realidade nacional
. Lima et al. (2000) afirmam haver um “gap”
na literatura empírica sobre certificação da qualidade. Apesar de estudos e pesquisas
freqüentes em torno da Qualidade Total (EASTON; JARRELL, 1998; HENDRICKS;
SINGHAL, 1996, 1997, 2001; DOUGLAS; JUDGE, 2001), fica claro que, em função de um
número muito menor de empresas que, comprovadamente, praticam a Qualidade Total, as
constatações a respeito merecem um contraponto importante: a análise da certificação ISO
9000 também como causa de melhor desempenho empresarial.
O Brasil ocupa hoje a 19ª. posição no mundo entre os países com maior número de
certificações, com 8.533 certificados emitidos para empresas no Brasil (ISO, 2007), na data-
base de 31/12/2005. A ISO 9000 é o padrão normativo mais usado em todo o país e o que é
mais conhecido empresarialmente.
O ritmo anual de certificações no Brasil ainda está crescendo, tendo registrado
aumento de 52,5% e 39,4%, entre os anos de 2004 sobre 2003 e de 2005 sobre 2004,
respectivamente (ISO, 2007). Não parece haver ainda exaustão do modelo, talvez pelo fato da
instituição ISO estar periodicamente atualizando seu padrão normativo para sistemas
integrados de gestão por processos e por estar agregando o estado da arte em gestão da
qualidade.
42
A ISO 9000 demonstrou ser longeva o bastante para suportar as mudanças
permanentes por que passam o mercado e as empresas. Vários têm sido os benefícios
qualitativos constatados com a certificação, seja na motivação das pessoas, na melhoria dos
processos internos ou na satisfação dos clientes.
Entretanto,
as pesquisas quantitativas são poucas e, no Brasil, praticamente
inexistentes
. É preciso inferir se a certificação ISO 9000 tem um efeito causal sobre o
desempenho financeiro das empresas. Juran (1999, p. 30) afirma:
uma lacuna de pesquisa que pode ofuscar se empresas que são certificadas de
acordo com a ISO 9000 realmente produzem melhores produtos do que as empresas
que não são certificadas [...] nós realmente não sabemos quais os benefícios
advindos desse processo custoso de certificação ISO 9000. Devemos estabelecer as
pesquisas necessárias para descobrir isso.
O tema escolhido, de relacionar a certificação da qualidade pela ISO 9000 com o
desempenho financeiro, é pouco explorado academicamente. Portanto,
o problema de
pesquisa é: a certificação ISO 9000 permite às companhias abertas no Brasil obterem
um desempenho financeiro superior?
1.3 Objetivos da Pesquisa
Questionamentos m existido a respeito dos motivos que fazem com que a
certificação ISO 9000 seja buscada pelas empresas. Uma delas é abordada por Gore (1994),
no qual ele defende que, se uma empresa optou por se certificar por motivos exógenos uma
pressão externa e não por vontade própria, então a certificação seria vista como o objetivo
em si, fazendo com que a empresa adotasse uma postura minimizadora para consegui-la.
Portanto, tais empresas, possuidoras de sistemas de gestão da qualidade certificados, o os
valorizariam na medida em que a certificação requereria, atingindo, portanto resultados e
benefícios limitados (HERAS et al., 2002 b).
Depreende-se que os motivos individuais de cada empresa pela busca da certificação
podem definir e predizer o seu desempenho, como apontado por Jones et al. (1997), em que
empresas que vêem e compreendem a ISO 9000 como um instrumento de melhoria da
qualidade, obtêm melhores resultados com a certificação do que aquelas que enxergam a
certificação como “obter um certificado” (HERAS et al., 2002 b).
43
Outros pesquisadores relacionaram qualidade com outras temáticas correlatas.
Abraham et al. (2000) defendem que, sem mudanças substanciais na liderança, na estrutura e
na forma de comunicação interna, a certificação promoverá pouca garantia de alto
desempenho.
Entretanto, parece residir na cadeia lógica “melhoria de processos – menores custos da
qualidade incremento do foco no cliente”, a resultante de benefícios financeiros.
Ou seja, como aponta Singles et al. (2001), os resultados financeiros superiores são
contingentes nas empresas que têm razões internas para perseguir a certificação.
Apesar de uma dissertação permitir a simples replicação de algum outro trabalho
científico já realizado, aqui se optou por não fazê-lo, uma vez que (1) não existem trabalhos
publicados, até a presente data, que explorem os impactos da certificação pela versão 2000 da
ISO 9000; (2) nos trabalhos anteriores não se utilizou dados em painel para avaliar as mesmas
variáveis escolhidas neste presente estudo e nem mesmo a relação destas variáveis com o
desempenho financeiro por método de dados em painel; (3) o único trabalho publicado por
pesquisadores brasileiros contempla os efeitos apenas no ano de certificação e utilizam estudo
de eventos.
Neste trabalho, entende-se que a certificação pela ISO 9000 poderia atuar como um
sinal de atributos superiores, mas não observáveis, de qualidade, que propiciaria um benefício
competitivo.
Assim,
este trabalho tem como objetivo principal avaliar o impacto financeiro
causado pela certificação ISO 9000 nas companhias abertas brasileiras, durante o
período de 1995 a 2006.
Como objetivos adicionais, este trabalho estará avaliando:
a) os motivos que levam uma empresa a buscar uma certificação;
b) os benefícios advindos com a certificação;
c) se houve rupturas na edição 2000 da norma ISO 9000 sobre a anterior, do ano de
1994, no sentido de que a versão 2000 trouxe, proporcionalmente, melhores resultados
financeiros que as versões anteriores;
d) se, ao se tomar uma decisão de investimento de implantar um processo de certificação
da qualidade, a empresa e seus gestores estão, de fato, focados no intuito de aumentar
a riqueza dos acionistas, criando valor para a empresa e
e) se, ao se tomar uma decisão de implantação de um processo de certificação da
qualidade, os gestores estão seguros de estar investindo em um tipo de ativo intangível
44
que facilita a transferência e aquisição de conhecimento que, devidamente utilizados,
gerarão melhor desempenho da firma, aumento da riqueza dos acionistas e criação de
valor para a empresa.
Para alcançar esses objetivos, a certificação estará sendo definida e conceituada
teoricamente a partir de alguns dos maiores representantes contemporâneos da
microeconomia e dos conceitos da informação assimétrica, seleção adversa e da sinalização.
A seguir, a qualidade e a ISO 9000 estarão sendo delimitadas à luz dos principais pensadores
sobre os temas. Por fim, a certificação como um sinalizador para o mercado estará sendo
focada nas finanças estratégicas, com referenciais teóricos propostos pelos pesquisadores da
área de finanças corporativas.
1.4 Organização do Trabalho
O presente trabalho está dividido em seis partes e se estrutura da seguinte forma: nesta
introdução, apresentou-se o tema e a sua justificativa, o problema de pesquisa e os objetivos
da pesquisa.
Ao Capítulo 1 Introdução, segue-se o Capítulo 2, na qual é apresentado o
Referencial Teórico que suporta esta pesquisa. Em duas partes principais, primeiramente são
apresentados os elementos da microeconomia que explicam os motivos pelos quais as
empresas buscam se diferenciar de outras por meio da certificação ISO 9000. A seguir,
apresenta-se a qualidade sob a visão dos seus clássicos, a instituição ISO e as normas da série
9000, sua disseminação pelo Brasil e pelo mundo, suas influências nos modelos de gestão
empresarial, culminando com a certificação e seu significado, a partir dos benefícios que ela
acarreta.
No Capítulo 3, descreve-se as hipóteses a serem testadas e as variáveis que serão
utilizadas para se verificar a correlação existente entre a certificação e o melhor desempenho
financeiro das companhias abertas. Apresenta-se ainda os vários métodos de pesquisa
empregados e as diversas variáveis que fizeram parte dos modelos econométricos utilizados
pelos pesquisadores mais importantes relacionados com o tema.
No Capítulo 4, é apresentada a metodologia a ser empregada na pesquisa; a partir de
dados colhidos de três grandes bancos de dados – da Comissão de Valores Mobiliários
(CVM), da Economática e do Comitê Brasileiro da Qualidade (CB25) da Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) –, propõe-se estudar a correlação dos construtos
45
Certificação da Qualidade e Desempenho Financeiro. Utilizou-se o modelo econométrico de
dados em painel.
No Capítulo 5, o apresentados os resultados da pesquisa, bem como a ênfase na
opção metodológica escolhida e nas limitações intrínsecas da pesquisa.
No Capítulo 6, apresenta-se as conclusões, focando na evidenciação dos objetivos da
pesquisa e na comprovação das hipóteses, além de se recapitular os principais pontos do
referencial teórico e das conclusões. Seguem proposições para utilização mais intensiva deste
instrumento estratégico chamado ISO 9000 e implicações para os policymakers”, além de
recomendações para o maior uso do modelo de regressão com dados em painel.
46
47
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Pode-se afirmar que a Qualidade se assenta enquanto ciência aplicada em sólidos
fundamentos técnicos, estatísticos e econômicos (KOSCIUSKO-MORIZET, 1983, p. XI). A
Qualidade, que foi compreendida como um problema de medida, hoje deve ser
considerada também como uma questão econômica e, principalmente, estratégica
(ALMEIDA JÚNIOR, 1983, p. VII).
Hoje em dia, produtos e serviços são projetados, produzidos e comercializados em um
ambiente restrito e denso; a esse ambiente, somem-se outras obrigatoriedades ou
compulsoriedades regulatórias, tais como segurança, confiabilidade, proteção ao meio
ambiente e preservação e conservação de energia: após tudo isso, ainda resta a concorrência.
Kosciusko-Morizet (1983, p. XI) considera que o domínio da qualidade, portanto, tornou-se
elemento determinante para as estratégias empresariais.
Qualidade não é uma medida absoluta, mas sim um objetivo a ser alcançado e que
está sempre em movimento; isso porque as necessidades e exigências dos consumidores
evoluem. Ou seja, o que teve qualidade, hoje poderá ser considerado como não mais a
tendo (FRAGA, 2002, p. 25). Assim, um consumidor orienta-se preferencialmente para um
fornecedor que lhe prove que possui qualidade, seja pela regularidade das entregas, seja pela
confiabilidade no uso dos produtos ou, ainda, seja pela capacidade que este fornecedor tem
em compreender os desejos deste consumidor.
Posto isto, considerar-se-ia que a qualidade pode ser rentável, já que permite a
obtenção de uma série de vantagens, se utilizada corretamente na gestão das empresas.
O consumidor é o juiz da qualidade de um produto. Para isso, assim como em uma
decisão jurídica importante a ser tomada, um juiz prescinde de informações: corretas,
completas e simétricas. Uma informação assimétrica pode fazer com que sua decisão implique
em um erro do tipo I ou em erro do tipo II, ou seja, poder-se-ia ter um inocente condenado ou
um culpado inocentado. O papel-chave que desempenha a informação assimétrica na
economia da informação necessita ser compreendido: entendendo-se como a informação é
obtida e depois disseminada é crítico para se compreender como a economia funciona
(ROSSER, 2003).
A informação dispersa e tácita impede que um correto planejamento possa ser
executado (HAYEK, 1945 apud ROSSER, 2003), pois um planejador nunca seria capaz de
compreender a informação que está dispersa pela economia de uma maneira tácita (ROSSER,
2003).
48
A mesma questão mereceu atenção pelas mãos de Simon (1955 apud ROSSER, 2003),
que qualificou a informação imperfeita como inexorável frente à racionalidade limitada dos
indivíduos. A própria questão do conflito de agência formulado por Jensen (1986) nos
apresenta a informação assimétrica, a que acaba corroendo a gestão da empresa, sobretudo na
separação entre propriedade e controle (BERLE; MEANS, 1933 apud ROSSER, 2003).
Uma vez que obter informação é um processo custoso, poder-se-ia argumentar que é
melhor ter menos informação do que ter toda a informação. Radner (1968 apud ROSSER,
2003) estabeleceu que informação imperfeita permite que existam contratos incompletos, o
que resulta, obviamente, em ineficiências.
A esse conjunto de conceitos presentes na economia clássica informação dispersa,
informação tácita, informação imperfeita dar-se-á, doravante, o nome de
informação
assimétrica, tal qual definido por Akerlof (1970).
2.1 A Microeconomia e a Informação da Qualidade
Se um consumidor tivesse razoável consciência de sua ignorância quanto a um
produto, isso permitiria que ele assumisse que qualquer carro usado teria uma alta
probabilidade de ter baixa qualidade, ou seja, ser um “lemon” (AKERLOF, 1970) ou para
nós, ser um “abacaxi”. Em português, abacaxi pode significar, enquanto uma gíria, tudo que é
indesejável, inútil, perigoso, prejudicial etc. (MICHAELIS, 2005, p. 2). A partir deste ponto,
quando se referir a um “lemon” na visão de Akerlof, utilizar-se-á o termo “abacaxi”.
Uma pessoa conhece mais a respeito de um bem que lhe pertence que qualquer outra
pessoa, incluindo-se aqui alguém que queira comprar esse seu bem. Desta forma, segundo
Akerlof (1970), o mercado de um determinado tipo de bem – carros, equipamentos, máquinas,
refrigeradores, móveis etc. possui inevitavelmente informação assimétrica. Evidentemente
que isso provocaria uma queda dos preços do produto usado, o que provocaria a retirada do
mercado dos produtos usados com maior qualidade (ROSSER, 2003). Portanto, somente os
“abacaxis” seriam oferecidos aos consumidores.
Mesmo que forçado a se desfazer de seu bem, um proprietário desse bem usado com
maior qualidade que não fosse um “abacaxi” não conseguiria, portanto, receber o justo
pelo seu bem, posto que seria visto como dono de outro “abacaxi”.
A esse fenômeno em que os “abacaxis” forçam os bens que possuem qualidade a
se retirar do mercado, Akerlof (1970) deu o nome de seleção adversa
, ou seja, um
consumidor selecionaria por conta de informação assimétrica um produto de maneira
49
adversa à sua real vontade. A possibilidade de se reverter esse quadro seria o de criar
reputação suficiente para que um consumidor desse o crédito necessário àquele vendedor.
Ao tornar a informação mais simétrica ao mercado e aos seus consumidores uma
empresa estaria criando a necessária reputação para tornar indiscutível a qualidade de seu
produto, afastando da concorrência direta aqueles produtos “abacaxis”.
Kreps (2004, p. 424) utiliza o termo “hidden information”, ou informação escondida,
para designar o mesmo fenômeno, originalmente descrito por Akerlof, em seu artigo seminal
de 1970. Kreps entende como antídoto para a informação escondida a sua revelação que,
quando feita estrategicamente, precisa ter seu conteúdo cuidadosamente considerado. Em
geral, em muitas das transações, uma das partes possui informação que a segunda parte não
possui e isso é importante para a real avaliação da transação pela segunda parte. No caso do
vendedor de um bem, que conhece a sua qualidade, fica demonstrada a sua vontade de vender,
que pode ser uma indicação de que este bem em questão, muito provavelmente, é de menor
qualidade (KREPS, 2004, p. 424).
Sendo assim, o comprador deve compreender que, se há interesse pelo vendedor em se
desfazer do bem, é provável que ele seja de menor qualidade ou, como apontado por Akerlof
(1970) e Kreps (2004, p. 426), que se processe uma seleção adversa de toda a população
desses bens.
Surge um círculo vicioso, como aponta Kreps (2004, p. 426): os compradores, não
conhecedores da qualidade de um bem em particular, esperam pagar um preço pela qualidade
média da população. Mas seria essa a verdadeira média de toda a população? Em verdade, não
o será, se o preço de equilíbrio para uma amostra média retirada de toda a população não for
alto o suficiente para induzir os proprietários de bens de maior qualidade a venderem. A isso,
-se o nome de seleção adversa.
Entretanto, os preços do bem precisam baixar para refletir essa relação adversa. Mas,
ao se baixarem os preços, os proprietários de bens com qualidade intermediária retirariam
seus produtos do mercado, tornando a seleção adversa ainda pior. Os preços cairiam ainda
mais e a seleção adversa se tornaria cava vez mais adversa.
2.1.1 Os Produtos de Qualidade Duvidosa
Para que se possa sedimentar
a questão que envolve a informação assimétrica e a
seleção adversa e o que esse círculo vicioso produz
, pode-se analisar um exemplo
apresentado por Pindyck e Rubinfeld (1999, p. 669-670), a seguir detalhado.
50
Em um dado mercado de automóveis usados, existem dois tipos de automóveis
disponíveis para compra: os automóveis com alta qualidade e os automóveis com baixa
qualidade. Pode-se ainda supor que, nesse mercado, existam tanto vendedores como
compradores capazes de reconhecer de qual tipo é o automóvel. Haverá então dois mercados,
conforme ilustram as Figuras 1(a) e 1(b).
Na figura 1(a), S
H
é a curva de oferta de automóveis de alta qualidade e D
H
representa
a curva de demanda por esses automóveis com alta qualidade. Da mesma forma, S
L
e D
L
na
Figura 1(b) são, respectivamente, a curva de oferta e a curva de demanda por automóveis com
baixa qualidade.
Pode-se verificar que, para qualquer nível de preço, S
H
é mais elevada do que S
L
; isso
porque os donos dos automóveis de alta qualidade relutam mais em querer vendê-los e, para
que isso ocorra, será preciso que um preço mais alto seja ofertado. Também D
H
será mais
elevada que D
L
, uma vez que os compradores estarão propensos a ofertar um valor maior a ser
pago por um automóvel de alta qualidade.
Na ilustração pode ser visto que o preço de mercado dos automóveis de alta qualidade
é de $10.000; para os automóveis de baixa qualidade o preço de mercado é de $5.000. São
vendidas 50.000 unidades de cada um dos dois tipos.
Na vida real, sabe-se que o vendedor de um automóvel usado sabe muito mais a
respeito de sua qualidade do que o comprador, isto é, conhece melhor o bem, pois convive
51
com ele mais tempo. O que ocorre então quando os vendedores conhecem a qualidade do
automóvel, mas os compradores não?
Importante lembrar que os compradores descobrirão a qualidade do bem somente
depois de o terem adquirido e dirigido por certo tempo. Inicialmente, os compradores
poderiam pensar que as chances são meio a meio de que o automóvel que estejam adquirindo
seja de alta qualidade (a razão disso é que, quando vendedores e compradores conhecem a
qualidade, são vendidas 50.000 unidades de cada tipo).
Portanto, ao fazerem uma aquisição, os compradores estão estimando que todos os
automóveis tenham qualidade “média”. De novo, somente após estarem de posse do bem é
que eles passarão a conhecer sua verdadeira qualidade. A demanda pelos automóveis de
qualidade média, indicada por D
M
na Figura 1, encontra-se abaixo de D
H
, mas acima de D
L
. A
partir de agora, então, como mostra a ilustração, será vendida uma quantidade menor (25.000)
de automóveis de alta qualidade e uma quantidade maior (75.000) de automóveis de baixa
qualidade.
Conforme os consumidores vão percebendo que a maioria dos automóveis vendidos é
de baixa qualidade, suas demandas são deslocadas. A nova curva de demanda, de acordo com
a Figura 1, passa a ser D
LM
, o que significa que, na dia, os automóveis possuem qualidade
entre baixa e média.
No entanto, a combinação de automóveis vendidos passa a conter maior proporção de
automóveis de baixa qualidade. Em conseqüência disso, a curva de demanda é deslocada
ainda mais para a esquerda; assim, a combinação de automóveis passa a conter uma proporção
ainda maior de automóveis de baixa qualidade.
Essa sucessão de deslocamentos continua até que apenas automóveis de baixa
qualidade estejam disponíveis para serem vendidos. Nesse ponto, o preço de mercado estará
muito baixo para que automóveis de alta qualidade sejam ofertados; com isso, os
consumidores suporão corretamente que qualquer automóvel que possa ser adquirido nesse
mercado será de baixa qualidade. A curva de demanda passa a ser D
L
.
Desta forma, em um mercado de automóveis usados, se a qualidade aparente do carro
for idêntica para vendedor e comprador, então a oferta é igual à demanda.
Mas a qualidade de um carro usado raramente é conhecida dos compradores de forma
precisa, enquanto que os vendedores possuem uma melhor idéia de quanto os mesmos valem
(KREPS, 2004, p. 427). Os compradores seriam incapazes de perceber algo a respeito da
qualidade do carro e estariam esperando pagar pela qualidade dia dos carros colocados no
mercado.
52
Desde que todos os carros sejam vendidos, se ambos vendedores e compradores sabem
os níveis de qualidade, poder-se-ia supor que todos os carros continuariam a ser vendidos.
Entretanto, não é o que acontece; os automóveis o percebidos de maneira distinta entre
vendedores e compradores: surge a seleção adversa. E o que acontece ao final deste processo?
Com um mercado em equilíbrio com preços baixos, carros que valem menos para seus
atuais donos seriam trazidos de volta ao mercado. Então, o valor dio para os compradores
seria baixo, mas seria o preço de mercado. O mercado atinge seu equilíbrio.
Segundo Kreps (2004, p. 427), surge um equilíbrio miserável. Um insuficiente
percentual dos carros usados existentes estaria no mercado, mesmo que cada carro usado
valesse mais para um novo comprador do que para seu atual dono. E esse percentual pequeno
não é de uma qualidade média, mas sim os piores carros usados do mercado. Este é o
verdadeiro e real mercado dos abacaxis.
2.1.2 O Exemplo da Seleção Adversa no Mercado da Saúde
De outro lado, ainda os casos em que o comprador sabe mais a respeito do bem a
ser adquirido do que o vendedor, em geral na aquisição de serviços. O provedor de um serviço
teria um custo incerto, enquanto que o tomador saberia mais sobre esse custo. Exemplo
comum na vida de milhões de pessoas é o seguro-saúde.
Como lembra Kreps (2004, p. 428), o termo seleção adversa originou-se da ciência
atuarial. O custo de prover um serviço de seguro-saúde dependerá da probabilidade com que o
cliente poderá ficar doente ou mesmo morrer. Em princípio, os que estão doentes ou próximos
de morrerem, seriam os mais ávidos por consumir esse serviço.
Desta forma, as empresas de seguro-saúde provocariam uma seleção adversa de toda a
população. O rculo vicioso se inicia: (1) as taxas de prêmio aumentam para compensar o
problema da seleção adversa, (2) os mais sadios deixam de comprar o produto, (3) a seleção
de candidatos a adquirir os produtos se torna mais adversa, (4) aumentando os prêmios, (5)
piorando a seleção adversa e assim por diante. Os mais necessitados são os que menos têm
acesso a adquirir este produto (AKERLOF, 1970).
53
2.2 A Abordagem Akerlof-Spence
Por haver informação assimétrica, os produtos de baixa qualidade expulsam os de alta
qualidade do mercado. Com isso, o consumidor realiza sua aquisição por meio de uma seleção
adversa. Para combater isso, é preciso sinalizar que o produto de alta qualidade realmente é
melhor do que o produto de baixa qualidade.
Assim, uma companhia sinalizaria ao mercado por meio de diplomas, certificados,
opiniões de organismos independentes e propaganda. A Figura 2 apresenta essa seqüência.
Spence (1973) também se preocupou em buscar uma solução para a questão de
assimetria de informação: encontrou-a na sinalização das capacidades. Quando um dos
interessados na transação, ou mesmo os dois por exemplo, entre um empregador e um
possível empregado não possuem o necessário conhecimento do outro, então ele se baseará
em sinais: no caso de um candidato a uma vaga, Spence (1973) argumenta que o empregador
se fixa no principal sinal visível, o nível educacional do candidato.
O mecanismo é o seguinte: acredita-se que somente pessoas suficientemente capazes
iriam arcar com os custos de se educarem, o que as permitiria sinalizar isso (ROSSER, 2003).
Uma opinião contrária a respeito da sinalização poderia ser a de que ela custa, apesar
de ser comprovado que os benefícios decorrentes podem sobrepujar tais gastos (SPENCE,
1973).
Em artigo de 1976, Spence (1976 b) define a qualidade dos sinais como sendo os
sinais de resposta passiva ou de resposta ativa, conforme experiências vividas ou por ainda
viver. Isso pode implicar em custos maiores ou menores, assim como em ser mais eficiente.
Passo seguinte seriam a propaganda e a publicidade, formas ativas de sinalizar aos
consumidores a qualidade de um produto, diminuindo a assimetria da informação.
Problema Conseqüência Solução
Informação
Assimétrica
Seleção Adversa Sinalização
Figura 2 A abordagem Akerlof Spence.
Elaborado pelo autor.
54
A criação de reputação sinalizaria a diminuição de informação assimétrica para o
consumidor, o que poderia ser entendido como uma barreira robusta de entrada (PORTER,
1989, p. 4), impedindo que “abacaxis” pudessem entrar na concorrência.
Assim como no caso estudado por Akerlof (1970), em que os carros com mais
qualidade mereceriam um preço mais alto que os “abacaxis”, as empresas buscam melhores
preços para seus produtos, desde que não sejam os “abacaxis” de Akerlof. Portanto, preço se
torna um sinal de qualidade intrínseco.
Spence (1973) aponta como solução para a quebra desse rculo vicioso a necessidade
da segunda parte fazer o que for de seu alcance para obter alguma ou toda a informação
relevante. Essa informação relevante pode vir de muitas formas (KREPS, 2004, p. 429-432),
dentre as quais, quatro principais:
a) Informação relevante disponível gratuitamente: se a parte desinformada souber onde
procurar, pode encontrá-la facilmente como, por exemplo, informações sobre
demografia ou idade e sexo como fatores determinantes de taxas de mortalidade;
b) Informação legalmente exigível: caso em que empresas devem informar seus
investidores a respeito de novos investimentos ou, por exemplo, quando alguém vende
um imóvel;
c) Informação fornecida voluntariamente: exemplo é quando uma empresa, contratando
força de trabalho qualificada, informa que é necessário ter uma graduação para se
candidatar ao emprego e
d) Informação requerida por uma autoridade independente: caso em que uma empresa
provê informação diretamente a uma autoridade independente, como forma de ganhar
um certificado.
No setor bancário americano, Gupta (1997) encontrou relação positiva entre o valor da
firma e a obtenção de um selo regulatório de aprovação da Federal Deposit Insurance
Corporation. Empresas que receberam um conceito “Going Concern” em seus relatórios de
auditoria tiveram maior volatilidade nos valores da ação do que as empresas que tiveram
conceito “Clean” na opinião dos auditores (BROWN; LEVITAN, 1986).
Empresas obtiveram desempenhos anormais negativos antes da divulgação de opiniões
qualificadas de auditores (DODD; DOPUCH; HOLTHAUSEN; LEFTWICH, 1984). Em
1995, Billett, Flannery e Garfinkel concluíram que, quando um “rating” de crédito bancário é
maior, então os retornos anormais exigidos dos seus tomadores são maiores.
55
A certificação pela ISO 9000 requer a realização de uma auditoria por um órgão
certificador independente, auditoria esta também chamada de terceira parte (a primeira parte é
o produtor, a empresa, enquanto a segunda parte é o consumidor). Toda certificação é revista
semestralmente ou anualmente , por meio de nova auditoria; a cada dois ou três anos,
conforme as regras de cada órgão certificador, uma nova auditoria completa da empresa em
torno de seu sistema de gestão da qualidade se realiza e um novo certificado é emitido.
Esse modus operandi permite considerar que
a certificação ISO 9000 é um processo
contínuo de avaliação empresarial
, possibilitando que uma empresa tenha que buscar,
continuamente, uma melhoria contínua de suas práticas. Diferentemente da abordagem de
Corbett, Montes-Sancho e Kirsch (2005), considerar-se-á que a certificação é uma variável
contínua.
Tais evidências poderiam suportar a inferência de que receber um selo (ou opinião) de
aprovação ou de desaprovação por uma entidade regulatória ou normativa respeitada pode
afetar o valor da empresa. Portanto, segundo Docking e Dowen (1999), uma reação positiva
do preço da ão implicaria em um benefício alcançado pelos acionistas com a certificação,
ao passo em que a reação negativa dos preços das ações implicaria em custos líqüidos para os
acionistas.
Terlaak e King (2006) ressaltam que estudos anteriores falharam em explicar em sua
totalidade a natureza das normas de gestão da qualidade. Falharam em não explicar, do
ponto de vista teórico, por que motivo uma empresa adicionaria maiores problemas ao seu
cotidiano e mais despesas para obter uma certificação oficial não compulsória. Argumentam
que, se as normas são públicas e as empresas de consultoria estão disponíveis para auxiliar na
adoção dessas práticas, essas não necessitariam se certificar para gozar desse benefício
operacional.
Dick (2000) e Terlaak e King (2006) argumentam que os estudos já realizados também
falharam ao não explicar, do ponto de vista empírico, que existe uma relação causal entre a
certificação e o desempenho operacional.
Pretende-se, pois,
fazer uso das abordagens desenvolvidas por Akerlof e Spence
,
no sentido de justificar as principais motivações para que uma empresa busque a certificação
ISO 9000.
Ao optar pela certificação, uma empresa estaria sinalizando ao mercado, aos seus
fornecedores e consumidores que ela possui produtos e serviços com alta qualidade,
informação esta à qual as diversas partes interessadas (stakeholders) não têm acesso. Isso
tornaria a informação menos assimétrica e a seleção menos adversa.
56
Segundo Docking e Dowen (1999), os benefícios de caráter interno e externo
aparecem largamente: a aderência à certificação ISO 9000 mostra que a empresa está
posicionada em seu mercado longo tempo e isso provoca comprometimento com o
negócio. Além disso, a certificação cortaria custos internos de produção, o que poderia ser
repassado aos seus clientes e investidores.
A abordagem de Akerlof-Spence permite prever que, se as empresas se
certificam, então elas podem ir em busca de melhores performances de vendas e,
conseqüentemente, melhores performances financeiras
.
2.3 A Qualidade e a Certificação da Qualidade vistas pela Microeconomia
Garvin (1992, p. 25) aponta que, na década de 1980, a qualidade foi ganhando terreno
junto a presidentes e diretores executivos das empresas americanas; esse fenômeno poderia
ser explicado pela associação da qualidade com a lucratividade e pelo fato de ela ser definida
de acordo com a visão e as expectativas dos consumidores e clientes. Ao incluírem-na no
processo de planejamento estratégico, vêem a qualidade como uma arma agressiva para a
concorrência de mercado.
As diversas forças de mercado que assolaram os mercados mundiais por conta da
invasão dos produtos japoneses com qualidade superior nos anos 1980, ajudaram a relacionar
as perdas de rentabilidade e de participação no mercado com a qualidade inferior produzida
pelas empresas ocidentais, particularmente as norte-americanas (GARVIN, 1992, p. 26;
FEIGENBAUM, 1991, p. 55-56).
Processos indenizatórios em função da qualidade de produtos e serviços também
começaram a abalar os modelos de gestão: de 1974 a 1981, as ações judiciais aumentavam a
uma taxa média anual de 28% (GARVIN, 1992, p. 28).
Em 1973, ainda segundo Garvin (1992, p. 27), agências americanas reguladoras de
tráfego nas estradas, proteção ambiental e segurança de produtos de consumo haviam retirado
sete milhões de unidades de vários produtos do mercado devido a necessidades de correção de
riscos potenciais para a segurança dos consumidores; em 1978, essa cifra aumentara para
vinte e nove milhões.
Esse fenômeno provocou uma reação por parte dos governos federal e estaduais
americanos. Dentre elas,
a aprovação das “leis dos limões”
(GARVIN, 1982, p. 27),
aplicáveis aos automóveis com defeitos repetitivos, proporcionando aos proprietários desses
57
bens receberem um novo bem equivalente ou, simplesmente, a devolução do valor pago. Cada
processo desses podia valer milhões de dólares.
Essas forças externas provocaram então um efeito sinalizador para a gerência
executiva das empresas: corriam risco a reputação da empresa, a sua participação de
mercado e a sua rentabilidade.
E esses ativos não poderiam ser perdidos.
No caso da teoria de Akerlof (1970), os automóveis usados, em um mercado eficiente,
poderiam ser escolhidos corretamente pelos consumidores, entre os que possuem mais ou
menos qualidade (PINDYCK; RUBINFELD, 1999, p. 668): os consumidores que quisessem
gastar menos, ou que poderiam gastar certo valor, poderiam adquirir os de mais baixa
qualidade devido ao fato de custarem menos, enquanto outros consumidores optariam por
comprar melhores bens, já que poderiam pagar pelos de maior qualidade. No entanto, distante
do mundo ideal da eficiência do mercado, os consumidores não podem, de fato, distinguir a
qualidade do bem usado que compram antes que o tenham comprado: isso provoca a queda
dos preços dos carros usados como um todo e, conseqüentemente, a saída dos de alta
qualidade do mercado.
Essa falha de mercado, na qual os proprietários de carros de alta qualidade os
subavaliam e existem os de baixa qualidade impedindo uma troca mutuamente benéfica
(PINDYCK; RUBINFELD, 1999, p. 671) promove um problema que se pode encontrar em
muitos mercados, o da seleção adversa (AKERLOF, 1970). Esse fenômeno é aquele em que
produtos – ou serviços – com qualidades diferentes podem ser vendidos ao mesmo preço, pois
compradores e vendedores não possuem a informação completa necessária para a transação.
Importante, para efeito deste trabalho, será conceituar e definir os contornos destes três
fenômenos para o universo das empresas que buscam a certificação da qualidade. Ao (1)
sinalizarem ao mercado que possuem uma qualidade distinta, as companhias podem promover
(2) a diminuição da assimetria da informação entre as partes interessadas na transação e,
conseqüentemente, (3) a diminuição da seleção adversa.
2.3.1 A Reputação e a Padronização
Pindyck e Rubinfeld (1999, p. 673) apresentam uma rie de situações em que a
relação entre compradores e vendedores de produtos e serviços está contaminada pela
informação assimétrica. Como exemplo, pode-se citar a ida a um restaurante: com que
freqüência um cliente vai aa cozinha verificar se, de fato, o cozinheiro está utilizando os
melhores ingredientes, se estão frescos e adotando boas práticas no manuseio de acordo com a
58
legislação sanitária? É fato que o vendedor ou o prestador do serviço saberá sempre mais
do que o comprador ou tomador daquele serviço.
A não ser que os vendedores possam fornecer as devidas informações sobre a
qualidade dos produtos ou dos serviços aos consumidores e clientes, os insumos, matérias-
primas, suprimentos, bens ou serviços de qualidade inferior acabarão por expulsar os de
qualidade superior do mercado: conseqüência desse fenômeno será o mercado ineficiente
(MILGROM; ROBERTS, 1992, p. 154).
A maior senão, a única motivação para as empresas que queiram vender seus
produtos e serviços que, de fato, possuem qualidade superior será convencer seus
consumidores de que sua qualidade é, inegavelmente, a melhor.
Isso será conseguido por meio da reputação (MILGROM; ROBERTS, 1992, p. 139-
140; RUMELT; SCHENDEL; TEECE, 1995, p. 30; PINDYCK; RUBINFELD, 1999, p. 673-
675), mas pode ser conseguido também por meio da padronização. Neste caso, pode-se
assegurar a qualidade de um produto padronizando-o, isto é, em qualquer local em que um
consumidor estiver, a qualidade será a mesma, pois se construiu uma imagem de padronização
de produtos, caso das redes de fast food americanas (PINDYCK; RUBINFELD, 1999, p.
673). Esse fenômeno se pode verificar nas estradas brasileiras, em que os consumidores
preferirão parar em um restaurante de uma rede conhecida do que em uma lanchonete que não
tenha outras filiais: as reputações que os dois construíram são distintas.
Em estudo bastante recente, Sánchez e Sotorrío (2007) comprovaram haver uma
relação forte entre a reputação nos negócios e o resultado financeiro de uma companhia. Ao
utilizarem uma amostra de 100 das mais prestigiosas companhias em operação na Espanha no
ano de 2004, Sánchez e Sotorrío (2007) observaram que o processo de criação de valor das
companhias por meio da reputação é influenciado por uma rie de fatores, dentre eles, a
estratégia de diferenciação.
Diferenciar-se pela certificação seria um sinal de credibilidade para o mercado,
fortalecendo a reputação das companhias
.
No caso da norma ISO 9000, poder-se-ia entender que, ao propor uma padronização
de práticas de gestão de acordo com conceitos e premissas da gestão da qualidade, esta norma
estaria contribuindo para um processo de sinalização das empresas para o seu mercado
consumidor, em particular, sinalizando determinados atributos organizacionais que outras
partes interessadas (stakeholders) não teriam condições de observação direta (TERLAAK;
KING, 2006).
59
Terlaak e King (2006) defendem que a certificação provê uma vantagem competitiva
permanente, mesmo que a certificação realmente não melhore o desempenho operacional da
empresa certificada.
Uma constatação importante é que a certificação cria oportunidades para reduzir
custos de transação e custos de procura por fornecedores. Tirole (1990, p. 106, 110–114)
atestou que a padronização de práticas de compra permite reduzir os custos de fornecimento e
mitigar custos de transação pelo fato de reduzir a assimetria de informações entre comprador
e vendedor. Isso pressupõe que empresas fornecedoras certificadas pela ISO 9000 permitiriam
aos compradores de seus produtos menores custos diretos de produção, menores custos em ter
que adotar multi-critérios para cada fornecedor e menores custos de contratação
(ANDERSON; DALY; JOHNSON, 1999).
2.3.2 O Exemplo da Sinalização no Mercado de Trabalho
Como apontado anteriormente, Spence (1973) teorizou a respeito do tema,
mostrando que, em determinados mercados, os vendedores enviam sinais aos compradores,
repassando a estes últimos informações a respeito da qualidade de um determinado produto ou
serviço, dentro de um mercado com informações assimétricas, anteriormente teorizado por
Akerlof (1970). Spence (1973) teorizou a partir de uma situação em que trabalhadores,
ansiosos por trabalhar, desejam ser contratados por uma empresa.
Os trabalhadores os vendedores conhecem suas capacidades, competências,
vontade e afinco pelo trabalho; os empregadores – os compradores – apenas descobrirão essas
qualidades depois da transação de contratação. Mas por que então empresas não contratam
esses trabalhadores, os observam e, se não gostarem, os demitem? Porque é dispendioso e
porque, muitas das vezes, os trabalhadores demoram para demonstrar suas habilidades
(PINDYCK; RUBINFELD, 1999, p. 675-680). Desta forma, é melhor que, a partir de um
sinal, as empresas possam acertar mais nas suas contratações, podendo saber antecipadamente
suas habilidades, isto é, antes de serem admitidos.
Mas qual o grau e a força de um sinal? Pindyck e Rubinfeld (1999, p. 675-676)
defendem que, para uma entrevista de seleção para uma vaga, trajar-se bem é um sinal, mas é
um sinal fraco, posto que mesmo um trabalhador muito produtivo e habilidoso poderia se
vestir mal.
60
“Para ser forte, um sinal deve ser mais facilmente transmitido por pessoas de alta
produtividade do que por indivíduos de baixa produtividade, de tal modo que possa ser
encontrado mais freqüentemente entre os indivíduos de alta produtividade” (PINDYCK;
RUBINFELD, 1999, p. 676).
A sinalização seria, portanto, um ambiente em que as partes revelariam suas
informações
(MILGROM; ROBERTS, 1992, p. 154-155). Nesse sentido, Spence (1973), ao
estudar o mercado de trabalho, apontou a educação como um sinal forte. Neste caso, a
educação poderia estar aumentando a produtividade de um trabalhador ao fornecer a ele
informações, habilidades e conhecimentos que podem ser úteis no seu trabalho (PINDYCK;
RUBINFELD, 1999, p. 676).
Mas, mesmo que a educação não propiciasse a melhoria da produtividade de uma
pessoa em seu ambiente de trabalho, ela a educação ainda seria um sinal útil da
produtividade, já que os trabalhadores mais produtivos teriam maior facilidade para alcançar
elevados níveis de educação (PINDYCK; RUBINFELD, 1999, p. 676-680).
Naveh et al. (1999 apud TERLAAK; KING, 2006) comparam a certificação pela ISO
9000 a um diploma de faculdade. Possuir um diploma sinaliza que estudantes de alta
produtividade podem se diferenciar daqueles de baixa produtividade, independentemente se
eles aprenderam mais ou menos durante os anos de estudo (SPENCE, 1973). Ou seja, obter
um diploma seria uma tarefa mais árdua para um estudante de baixa produtividade; os de
maior produtividade, provavelmente, completariam os estudos com maior facilidade.
Da mesma forma, as empresas, que precisariam completar os passos necessários para
uma certificação, seriam mais ou menos produtivas, tal como no exemplo dos estudantes. Isso
pode diferenciar as empresas com atributos organizacionais desejáveis (TERLAAK; KING,
2006).
Cole (1998) defende que a certificação seria um primeiro instrumento utilizado pelas
empresas para sinalizar sua qualidade aos clientes.
2.3.3 A Sinalização em Mercados com Informação Assimétrica
A sinalização deve permitir ganhos em mercados outros, envolvendo empresas e
informação assimétrica. Em um mercado de bens duráveis, como por exemplo, o de produtos
eletrônicos, os consumidores têm de poder distinguir os melhores produtos, as melhores
marcas, as que são mais confiáveis e de melhor reputação, de mais tradição no mercado, de
61
maior respeito pelos consumidores etc. Se não o puderem, os melhores produtos não poderão
ser vendidos por preços mais elevados.
Portanto,
as empresas têm interesse em trazer ao conhecimento dos consumidores
que seus produtos são os de qualidade superior
e isso pode ser feito de maneira
convincente por meio de certificados e garantias (PINDYCK; RUBINFELD, 1999, p. 680).
uma dificuldade inerente na questão de buscar uma informação desejada: não é
simples e nem uma maneira direta de conseguí-la (MILGROM; ROBERTS, 1992, p. 140-
141). Além do mais, particularmente, uma autopropaganda não possibilita credibilidade.
Como saber se a expressão “Eu sou altamente motivado, criativo, dedicado e, por
conta disso, a sua empresa deveria me contratar!” é verdadeira ou falsa? Se tais auto-
afirmações pudessem surtir efeito, todos o fariam e aqueles que tolamente nelas acreditassem,
logo aprenderiam pelo erro de sua ingenuidade (MILGROM; ROBERTS, 1992, p. 154).
Uma das formas para que o desinformado obtenha informação particular seria por
meio de ações observáveis ou declarações verificáveis do informado: isso pode ser feito de
duas maneiras. Segundo Milgrom e Roberts (1992, p. 154), essas duas classes de estratégias
seriam a sinalização e o “peneiramento” (screening). Enquanto a sinalização é realizada pelo
próprio detentor da informação, o screening é realizado pela parte desinformada ou um seu
representante.
Para os efeitos deste trabalho, portanto, admite-se que
a certificação ISO 9000 atua
como um sinal para o mercado, possibilitando vantagem competitiva para as empresas
em que os compradores adquirem informação a respeito de atributos escondidos
(TERLAAK; KING, 2006) e
distinguindo empresas certificadas das não certificadas
(ANDERSON; DALY; JOHNSON, 1999), propiciando um prêmio no preço e um aumento no
volume de vendas.
2.4 Histórico do Tema Gestão da Qualidade
Não como discordar do papel que a ISO 9000 causou no mundo empresarial no
cenário global e, sobretudo, no campo de estudos da gestão da qualidade. De todos os grandes
gurus da Qualidade, ou de todos aqueles que se pode considerar que tiveram produção
destacada para o progresso do tema, apenas dois deles permanecem vivos: Armand Val
Feigenbaum e Joseph M. Juran, este autor de uma das mais importantes obras de referência no
tema, o “Juran’s Quality Handbook”.
62
Em sua edição de no. 4, o Handbook (1988) sequer mencionava a norma ISO 9000.
Hoje, em sua 5ª. Edição (1999), o Handbook não somente apresenta a norma, como também a
reconhece como um importante instrumento gerencial para a busca da qualidade.
Em artigo recente, Gosen, Babbar e Prasad (2005) revisam a literatura existente sobre
a gestão da qualidade nos países em desenvolvimento e exploram a influência de variáveis
internacionais e organizacionais. Apesar de o Brasil ser referido no trabalho, nenhum
pesquisador brasileiro é mencionado; na verdade, os pesquisadores focam em trabalhos
correlatos desenvolvidos no México, China, Nova Zelândia, Turquia, Hong Kong, Índia,
Botsuana, Polônia e Noruega. Prahalad e Lieberthal (2003), citados por Gosen, Babbar e
Prasad (2005), apenas mencionam características de nosso país.
Um aspecto indiscutível que envolve a ISO 9000 é que, cada vez mais, ano após ano,
mais e mais empresas a adotam como seu padrão de gestão da qualidade. A evolução do
número de certificações ISO 9000 no Brasil no período de 1990 a 2000 pode ser analisada
pelo gráfico a seguir apresentado.
Gráfico 1 -
Evolução do número de certificados ISO 9000 emitidos no Brasil
Fonte: ABNT (2007). Adaptado pelo autor.
18
35
96
225
595
948
1584
2476
3712
5285
6719
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
8000
1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000
Número de Certificados
Essa
“Era da Certificação”
, termo cunhado pelos professores Franceschini, Galetto e
Gianni (2004) já dura quase duas décadas e pode ser explicada pelas razões que movem uma
empresa para a certificação da qualidade, que podem ser exógenos ou endógenos.
63
Em alguns casos, segundo Franceschini, Galetto e Gianni (2004), a certificação é
requerida explicitamente pelos clientes; em outros, para concorrer em processos licitatórios
nacionais ou mesmo internacionais (ANDERSON; DALY; JOHNSON, 1999).
De qualquer forma, uma empresa pode ser comparada a um organismo (MORGAN,
1996, p. 43): a certificação da qualidade acaba por se tornar a ferramenta pela qual a empresa
opera um modo mais orgânico de gerir os seus recursos, adaptando-se continuamente às
mudanças constantes do mercado (WESTON, 1995).
Assim, a gestão das empresas pode ser melhorada se satisfeitas as suas necessidades
de forma sistemática, caso queiram sobreviver (MORGAN, 1996, p. 75).
É interessante, portanto, analisar essa disseminação da certificação ISO 9000 ao longo
do tempo. Estudos correlatos o encontrados, em sua maioria, nos professores e
pesquisadores americanos (Anderson, Daly, Johnson, Simmons, White, Morris, Marcus,
Jacobs, Merrill, Dick, Douglas, Judge, Corbett, Kirsch, Terlaak, King) e europeus (Dimara,
Skuras, Tsekouras, Goutsos, Franceschini, Galetto, Gianni, Gotzamani, Tsiotras) e, nestes,
principalmente nos espanhóis (Casadesús, Fuentes, Benavent, Moreno, Cruz, del Val, Claver,
Tarí, Molina, Heras, Santos, Escanciano, Nicolau, Sellers, Martínez-Lorente, Martínez-Costa,
Montes-Sancho).
O fenômeno relacionado com os motivos da certificação é bastante complexo e
envolve um conjunto amplo e diverso de fatores, os quais podem influenciar as estratégias de
uma empresa, dentre eles (FRANCESCHINI; GALETTO; GIANNI, 2004): estrutura
econômico/empresarial, mudanças de mercado, incentivos e regulações governamentais.
Em 1987, Jacobson e Aaker conseguiram encontrar relação positiva entre qualidade do
produto e retorno sobre o investimento, fatia de mercado e preço. Analisando o atributo
Qualidade como sendo a conformidade com as especificações, Forker et al. (1996)
constataram que a qualidade tinha significativa relação com crescimento das vendas e com o
retorno auferido com esse crescimento. Esses dois trabalhos atestaram que uma melhor
conformidade dos produtos pode reduzir custos e, por conseqüência, a qualidade se torna mais
atrativa e retentora de clientes (HERAS; DICK; CASADESÚS, 2002 a).
Em 226 artigos revisados por Ahire, Landenos e Golhar (1995), foram identificados
apenas 29 estudos relacionados com as práticas de gestão da qualidade e nenhum que
contivesse resultados operacionais dessas práticas.
Flynn et al. (1995) constataram que melhores controles de processos levam a menos
retrabalhos e, portanto, diminuição dos custos da qualidade. Em 1997, dentro do projeto de
manufatura classe mundial, Flynn et al. apontaram para uma constatação lógica: atingindo
64
melhores índices de conformidade com as especificações e produzindo-se menores custos de
retrabalho, ter-se-á um efeito direto na vantagem competitiva, ao mesmo tempo em que a
percepção da gerência quanto à qualidade dos produtos e dos serviços aos clientes teria um
impacto ainda maior.
O “fazer certo da primeira vez” fica fortemente associado com uma melhor gestão dos
fluxos dos processos, enquanto que o diferencial da qualidade esassociado com melhor
gestão de processos e controle de qualidade (HERAS; DICK; CASADESÚS, 2002 a). Ambos
são premissas e princípios da prática de gestão por processos pregada pela ISO 9000. Um
efetivo sistema de gestão da qualidade certificado de acordo com a ISO 9000 terá
compulsoriamente o controle de processos como uma premissa-chave.
É fato que implantar a ISO 9000 demanda investimentos, sejam financeiros diretos,
sejam em treinamento e infra-estrutura operacional. Em pesquisa realizada em 1996, chamada
ISO 9000 Survey (DOCKING; DOWEN, 1999), foi estimado que, nos EUA, empresas com
vendas acima de US$11 milhões investem, em média, US$409 mil com todos os itens
relacionados com a certificação. Empresas menores gastam US$71 mil. São investimentos
considerados importantes.
Apesar disso, não se percebe que esse dinheiro empregado com a certificação afete
negativamente a lucratividade dessas empresas, como apontam Heras, Dick e Casadesús
(2002 a), sugerindo, por conseguinte, que a certificação não é um mau investimento e que os
benefícios advindos com a certificação conseguem, na média, ser suficientes para cobrir esses
investimentos.
O primeiro estudo que se utilizou de uma amostra mais ampla e numerosa de empresas
que implantaram a certificação ISO 9000 foi o realizado por Anderson, Daly e Johnson
(1999). Nesse estudo, os autores procuraram investigar as forças políticas e econômicas que
podem influenciar as decisões dos gestores quanto às normas de garantia da qualidade, mas
ainda sob a validade da norma ISO 9000 em sua edição de 1994.
A partir das assertivas (1) de que a ISO 9000 é adotada pelas empresas como uma
componente de suas práticas de gestão da qualidade e (2) de que a certificação permite
satisfazer o desejo de comunicar aos clientes a qualidade produzida, os autores (ibid..) buscam
na literatura evidências a respeito dos investimentos feitos pelos gestores em garantia da
qualidade e encontram poucas.
65
Um conjunto amplo na academia composto pelas disciplinas de gestão, negócios e
economia – tem tentado prover explicações plausíveis para a adoção, por parte de uma
empresa, de um modelo de gestão da qualidade, dentre os quais a ISO 9000 e sua posterior
certificação.
Jones et al. (1997) defendem que essa decisão se relaciona com dois focos distintos
ligados ao desenvolvimento de recursos: o primeiro, são as razões relativas ao desejo de se
melhorar os processos internos e, conseqüentemente, alavancando o desempenho competitivo
global da empresa. O segundo, ao contrário, refere-se ao desejo de evitar ficar de fora de
futuros processos de negócios e futuros mercados. É óbvio, no entanto, que ambas as razões
podem motivar uma empresa para buscar a certificação ISO 9000.
Leung et al. (1999) apontam que parece residir hoje como principal razão, uma
abordagem reativa de se fazer negócios, desconsiderando qualquer abordagem ou
planejamento de ordem estratégica, o que caracteriza uma forma de atender aos
consumidores. O marketing não pode deixar de ser apontado, pois uma forte razão para uma
empresa se certificar seria a manutenção ou a expansão de seus mercados.
Skrabec et al. (1997) apontam que a habilidade de sustentar uma posição de mercado e
uma fatia de mercado, é o quarto dentre dez benefício mais apontado, enquanto que a
possibilidade que a ISO 9000 proporciona para crescer aparece como sexto benefício.
Curkovic e Pagell (1999) consideram que a certificação ISO 9000 pode ser alavancada a um
nível de vantagem competitiva, quando é feita de forma consistente com a direção estratégica
da empresa.
A série de normas ISO 9000 recebe críticas do ponto de vista de sua exigência de
formalização e documentação – ainda que na versão 2000 bastante diminuída , que implantar
a norma é implantar um processo direcionado para o papel (DIMARA et al., 2004).
Entretanto, é fácil refutar essa idéia que parece heurística com base em algumas
evidências.
Withers e Ebrahimpour (2000) acreditam que a gestão das empresas percebe os fatores
intrínsecos à ISO 9000 como fatores importantes para o sucesso e a vantagem competitiva.
Além disso, operar uma empresa de acordo com o modelo de gestão por processos, tal como
preconizado pela ISO 9000, pode ainda contribuir para reduzir o tempo de desenvolvimento
de novos produtos, os problemas de início de produção e os custos em geral (DIMARA et al.,
2004), assim como melhorar a eficiência dos processos internos (SANTOS; ESCANCIANO,
2002).
66
Outro benefício que os economistas têm demonstrado se relaciona com os custos de
transação, tal como definido por Coase (1937): se for mais barato produzir fora de sua
empresa, então o faça. No caso da ISO 9000, defende-se que
a norma pode propiciar um
potencial de redução dos custos de transação
, servindo como garantia de qualidade para o
vendedor, podendo ainda contribuir com a melhoria da competitividade da empresa ou do seu
setor (HOLLERAN et al., 1999).
Uma questão que o pode deixar de ser respondida é
se os acionistas das empresas
se beneficiam da certificação ISO 9000
, o que tem sido pouco estudado. Avaliar a
correlação positiva entre a certificação ISO 9000 e o valor da ação ganha significado a partir
de seu simples desconhecimento. Docking e Dowen (1999) acreditam que uma razão básica
para se acreditar que os acionistas se beneficiam da certificação é que, se a certificação é
conseguida, isso nada mais seria do que o compromisso dos gestores para com a qualidade.
Por conseguinte, poder-se-ia dizer que, se os gestores são, de fato, os tomadores da decisão
quanto à certificação ISO 9000 e, por conseguinte, o comprometidos com sua qualidade,
então
empresas certificadas teriam menores custos de agência
.
Nicolau e Sellers (2002) afirmam que
a certificação da qualidade afeta
positivamente o valor de mercado das empresas
e que isso traz importantes implicações
para a gestão corporativa. Se o objetivo principal dos gestores é criar riqueza para os
acionistas por meio do aumento do valor de mercado da empresa, seus esforços podem ser
canalizados para a certificação; se a certificação produz maior valor para as empresas, então
os gestores agem de acordo com os melhores propósitos e de acordo com os desejos dos
acionistas. A teoria da agência não se aplicaria a esse ambiente da certificação.
Em uma linha de pesquisa semelhante, Nicolau e Sellers (2002) analisam a reação do
mercado de ações na data do anúncio público da certificação de empresas espanholas. A sua
argumentação teórica se inicia com o fato de que manter seus clientes e aumentar sua
participação de mercado depende da qualidade dos produtos ofertados, o que pode ser
compreendido pelo fato de os consumidores estarem se tornando mais conscientes e tendendo
a padronizar as empresas que oferecem produtos com qualidade. Sabedoras disso, as empresas
reduziriam seus custos com a falta de qualidade; conseqüentemente, segundo Nicolau e
Sellers (2002), estas empresas conseguiriam maiores economias de escala que possibilitariam
maior participação de mercado, além de permitir oferecer produtos com melhor qualidade, o
que possibilitaria maiores lucros.
67
Como os consumidores estão cada vez mais conscientes, é preciso informá-los
corretamente. Entretanto, existe freqüentemente grande assimetria entre a informação que
circula dentro e entre as empresas e aquela que é repassada aos consumidores, com relação à
qualidade dos produtos colocados no mercado. De acordo com Akerlof (1970), quando tal
assimetria sobre qualidade existe, o mercado pode permitir a coexistência tanto de produtos
com alta qualidade quanto de baixa qualidade, o que faz com que os consumidores avaliem
imprecisa e incorretamente essa qualidade.
Nayyar (1990) defende que tal assimetria é um dos mais importantes fatores a
determinar os custos de transação em uma relação de trocas: o consumidor está em um
ambiente que depende, em grande parte, daquela informação que lhe é disponibilizada antes e
após a sua compra.
Portanto, empresas que considerem a qualidade uma prioridade de marketing,
precisariam reduzir essa assimetria de informação; a certificação dessa qualidade e de seus
sistemas correlatos de gestão permitiria, portanto, ajudar a reduzir esse fenômeno, além de
assegurar uma vantagem sobre aqueles concorrentes que não levam em conta o valor da
qualidade (NICOLAU; SELLERS, 2002).
Apesar de vários estudos sobre as relações entre qualidade e desempenho, no entanto,
existem diferentes resultados sobre como essas relações funcionam; em geral, todos esses
estudos se concentram em estabelecer relações dos impactos da qualidade nas receitas e nos
custos (NICOLAU; SELLERS, 2002).
Embora tanto os impactos em receitas quanto em custos possam ser
independentemente estudados, o que tem sido suportado por vários estudos (JACOBSON;
AAKER, 1987; SZYMANSKI et al., 1993; PHILIPS et al., 1983; RUST et al., 1985), parece
mais apropriado considerá-los simultaneamente, supondo que
um aumento na qualidade
tem uma influência positiva nas receitas
, ainda que associadas a alguns custos iniciais
(NICOLAU; SELLERS, 2002).
A qualidade como um investimento (CROSBY, 1979, p. 15) permitiria considerá-la
como um projeto com valor presente líqüido (VPL) positivo, o que obrigaria a uma análise
conjunta e simultânea de receitas e de custos. Os lucros seriam, portanto, um bom indicador,
medidos pela lucratividade do Retorno sobre os Investimentos (ROI), o que acaba sendo
suportado por vários estudos (CRAIG; DOUGLAS, 1982; JACOBSON, 1988; CARUANA;
PITT, 1997). A qualidade também impacta positivamente o valor de mercado das empresas
(EASTON; JARRELL, 1998; AAKER; JACOBSON, 1994).
68
A vantagem de se utilizar os valores de mercado para mensurar o impacto da
qualidade é que ela permite desenvolver um estudo empírico financeiramente mais robusto
(NICOLAU; SELLERS, 2002).
Clientes informados simetricamente com o que está disponível no mercado,
acreditando na certificação, buscariam diferenciação entre empresas que oferecem produtos
com maior ou menor qualidade, o que deverá refletir positivamente no mercado (NICOLAU;
SELLERS, 2002).
Os autores comprovam sua hipótese de que a certificação reduz a assimetria de
informação disponível para a empresa e para os consumidores. Outra constatação importante
do estudo é a de que o mercado de capitais, atento aos movimentos de certificação ISO 9000,
reconhece que ela é benéfica aos consumidores.
Como a ISO 9000 é uma norma de gestão de um sistema amplo da qualidade, é
necessário que uma documentação apropriada e uma padronização de procedimentos, rotinas
e instruções – as práticas em geral sejam elaboradas por uma empresa que busque se
certificar a partir do cumprimento de suas exigências. Desta forma, a ISO 9000 seria, portanto
uma proxy para uma uniformidade de produtos e serviços e para a conformidade com as
especificações (ANDERSON; DALY; JOHNSON, 1999).
Vários são os estudos que apontam os custos e os prazos para implantação da ISO
9000. Arnold (1994 apud ANDERSON; DALY; JOHNSON, 1999) apresenta um exemplo:
uma pequena indústria com 100 funcionários e poucas práticas documentadas poderia esperar
por um investimento aproximado de US$50.000 em desenvolvimento do sistema com
posterior certificação. Empresas maiores (com vendas anuais na faixa de US$ 100 milhões a
US$ 500 milhões) poderiam gastar aUS$300.000, sendo 10% desse investimento pagos aos
auditores, 20% a outras partes externas (capacitadores ou consultores) e os demais 70% em
custos internos. Entretanto, os benefícios são interessantes: as mesmas empresas consideradas
apontaram economias anuais médias de US$200.000, sugerindo um período médio de
payback de um ano e meio.
Embora a certificação da ISO 9000 seja voluntária, ela se torna a maneira de repassar
as informações sobre os sistemas e as práticas de gestão da qualidade das empresas para as
partes externas a elas, ou seja, mercado, clientes, fornecedores, sociedade em geral.
Ora, se as empresas desejam, portanto, tornar as suas práticas de gestão mais públicas,
é de se supor que seus gerentes atuem de maneira a maximizar o seu valor, o que faria
da
certificação ISO 9000 um investimento com valor presente líqüido positivo
69
(ANDERSON; DALY; JOHNSON, 1999), projeto esse a ser buscado por um conjunto de
motivos, apresentados a seguir:
a) padronização através dos diferentes mercados internacionais;
b) redução de custos nas vendas para mercados internacionais;
c) redução da baixa qualidade;
d) oportunidades de aumento nas vendas;
e) entrada em mercados com competição já estabelecida e
f) vantagem competitiva por ser o primeiro a sinalizar a qualidade dos produtos ao
mercado.
Anderson, Daly e Johnson (1999) apontam ainda como motivadores importantes para
a busca da certificação ISO 9000 (1) a redução de custos com conseqüente melhoria da
qualidade do produto, (2) a diminuição dos custos de transacionar com diversos clientes, (3) a
oportunidade de melhorias internas nos processos de gestão das empresas, além (4) do maior
envolvimento dos funcionários.
A certificação ISO 9000 pode servir como um sinal de crédito do controle dos
processos de qualidade que distingue empresas de outros competidores não certificados, pois
estariam acenando ao mercado pela virtude de seu custo e veracidade atestada (MILGROM;
ROBERTS, 1986). Tal sinal de crédito pode resultar em um prêmio pago no preço ou em
volume maior de vendas.
Como uma possível motivação para não se engajar em um processo de certificação,
valeria a pena mencionar a possibilidade de existência de outras formas alternativas de
comunicar a qualidade; empresas com marketing poderoso poderiam o escolher o caminho
da certificação para isso.
Em sua pesquisa, Anderson, Daly e Johnson (1999) não encontram evidências de que
empresas governamentais americanas ou canadenses sofreram pressões para obter a
certificação ISO 9000, o que poderia ser explicado pelo fato delas encontrarem outra maneira
de comunicar suas práticas de qualidade ao mercado ou pelo fato de não acreditarem que os
“policymakers” do governo se esforçariam para adotá-la como mecanismo regulador.
Anderson, Daly e Johnson (1999) encontraram, entretanto, evidências de que os
mercados internacionais influenciam positivamente a decisão de implantar a ISO 9000, assim
como grandes empresas conseguem obter economias de escala com a certificação ou tem
maior poder de barganha na negociação de menores custos de auditoria.
70
Conclusão das mais importantes obtidas por Anderson, Daly e Johnson (1999) diz
respeito à
não comprovação de que as empresas busquem a certificação somente
motivadas pelo atendimento e cumprimento dos requisitos regulatórios ou de clientes
, o
que indica evidência robusta contra aqueles que criticam a ISO 9000 e que vêem na
certificação uma resposta a requisitos regulatórios, pelo menos no universo pesquisado, o de
empresas manufatureiras americanas e canadenses.
Ao contrário, o que se pode perceber é que
a ISO 9000 pode ser adotada como uma
ferramenta em uma estratégia mais ampla de conquistar vantagem competitiva
por meio
da gestão da qualidade e da comunicação dos resultados da qualidade (ANDERSON; DALY;
JOHNSON, 1999).
No Reino Unido, berço da normalização industrial e de onde veio a rie British
Standard BS 5750, que deu origem à ISO 9000, estudos apontaram para uma tendência de
adoção da norma, por empresas grandes, fabricantes de produtos diversos e industriais
(CHITTENDEN et al., 1998). Os autores concluíram, por outro lado, que empresas pequenas,
com clientela doméstica e com atuação nos mercados locais não adotavam a ISO 9000.
Por outro lado, outros dois pesquisadores, McAdam e McKeown (1999) conseguiram
captar resultados benéficos também para pequenas empresas norteirlandesas, como melhor
controle, aumento das vendas, redução de custos, aumento da produtividade e menos
reclamações por parte dos clientes.
Quazi e Jacobs (2004) atentam para o fato de que grandes empresas se motivam para a
adoção da ISO 9000 por conta de melhorar seus processos internos, enquanto que as pequenas
o fazem pelo marketing e vantagens competitivas. Relatam ter encontrado 83% de sua
amostragem concordando ou fortemente concordando com o fato da ISO 9000 ter alavancado
sua posição competitiva, mas sua amostragem de empresas de Singapura pode ser considerada
pequena e seu método estudo exploratório frágil para testar relação da qualidade
certificada com desempenhos financeiros.
Em estudo bastante recente, Han, Chen e Ebrahimpour (2007) concluem que os
esforços para a certificação ISO 9000 aumentam a competitividade; e que a competitividade
aumenta o desempenho das empresas, especificamente o lucro e o marketshare. Isso se deve,
especificamente, pelo aumento da qualidade, diminuição dos custos, na distribuição e na
flexibilidade operacional.
71
2.5 A Qualidade na Visão dos Gurus da Qualidade, dos Estrategistas e Financistas
A qualidade foi pela primeira vez
tratada como gestão da qualidade em 1924
,
termo introduzido por R. L. Jones na General Electric (FEY; GOGUE, 1983, p. 2), como um
método para assegurar a qualidade dos aparelhos telefônicos, uma indústria em crescimento
vertiginoso à época.
A direção da General Electric delegara a Jones a missão de otimizar a qualidade final
da produção, alcançando a satisfação dos clientes ao menor custo possível: surgia o termo
“Quality Assurance”, introduzido no Brasil apenas no início da década de 1980, com o
advento da indústria nuclear.
Os maiores representantes do pensamento da Qualidade surgiram no período pré-2
a
.
Guerra, caso de Shewhart, Dodge, Romig, Edwards, Deming e Juran. No entanto, até o início
da 2
a
. Guerra Mundial, os princípios da Qualidade desenvolvidos por esses especialistas
tiveram pouca difusão, cenário que mudaria exatamente por conta da eclosão do conflito
militar mundial (FEY; GOGUE, 1983, p. 3). Durante este evento, desenvolveu-se
profundamente o controle estatístico da qualidade, pois era preciso produzir armamentos em
escalas maiores em menores tempos, mas conservando-se a qualidade do produto fornecido.
Após a guerra e durante as décadas de 1950 e 1960, o controle da qualidade se
incorporara aos sistemas de gestão industrial: a rentabilidade das empresas poderia se
beneficiar de programas de melhoria da qualidade que buscassem reduzir os custos por meio
de ações de caráter preventivo (FEY; GOGUE, 1983, p. 4).
O desenvolvimento industrial pujante ao final da 2
a
. Guerra Mundial tornou
imperativa uma mudança dos conceitos, métodos e práticas com que uma empresa era
administrada. Métodos de trabalho deveriam seguir a modernidade, particularmente com o
advento da informática e de um maior grau de automação industrial.
Todos os conceitos mais importantes e que o sustentação aos modelos de gestão da
qualidade surgiram, ou se consolidaram, nessa época, a década de 1960: o ciclo PDCA de
Shewhart-Deming, a trilogia da qualidade de Juran, o Total Quality Control de Feigenbaum,
o Zero Defeito de Crosby e os Círculos de Controle da Qualidade de Ishikawa.
A qualidade possui diversas e distintas definições (GARVIN, 1992, p. 48-49):
a) Juran a considera como adequação ao uso (JURAN; GRYNA, 1988, p. 2.8);
b) Leffler entende qualidade como as quantidades de atributos sem preço presentes em cada
unidade do atributo com preço (LEFFLER, 1982, p. 956 apud GARVIN, 1992, p. 48);
72
c) Edwards define qualidade como a capacidade de satisfazer desejos (EDWARDS, 1968
apud GARVIN, 1992, p. 49);
d) Crosby diz que qualidade quer dizer conformidade com as exigências (CROSBY, 1979, p.
15 apud GARVIN, 1992, p. 49);
e) Feigenbaum entende que a qualidade quer dizer o melhor para certas condições do cliente,
sendo essas condições o verdadeiro uso e o preço de venda do produto (FEIGENBAUM,
1991, p. 4);
f) Pirsig a define como excelência inata (PIRSIG, 1974, p. 185, 213 apud GARVIN, 1992, p.
48);
g) A Associação Francesa de Normalização a define como sendo a aptidão para satisfazer as
necessidades dos consumidores (FEY; GOGUE, 1983, p. 13) e
h) A ISO a define como o grau no qual um conjunto de características inerentes satisfaz a
requisitos (ABNT, 2000).
Para os efeitos a que este trabalho se propõe, uma nova definição compilada das
anteriores poderia ser utilizada: qualidade de um produto ou serviço é sua adequação ao uso
e, portanto, a sua aptidão para satisfazer as necessidades dos consumidores dentro de suas
melhores condições de uso e de preço.
Sendo assim, a qualidade acaba por influir, de forma permanente, nas relações
comerciais: por conseguinte, é inexorável que seja quantificada e medida (FEY; GOGUE,
1983, p. 14). Portanto, gerir a qualidade nada mais é do que ter mecanismos que:
(1) Possibilitem produzir produtos adequados ao uso;
(2) Satisfaçam aos seus consumidores;
(3) Permitam melhoria contínua de sua qualidade;
(4) Permitam reduzir os custos, por meio de ações preventivas que, por sua vez,
(5) Promovam a devida rentabilidade para quem produz essa qualidade.
Fey e Gogue (1983, p. 14) admitem que a qualidade adquire, desta maneira, uma
grandeza multidimensional, para a qual poder-se-ia estabelecer muitos referenciais, um para
cada produto, assim como um para cada consumidor. Gerir a qualidade se resume a duas
vertentes básicas: a satisfação do cliente e a rentabilidade da empresa.
73
Um modelo de gestão da qualidade seria um mecanismo regulador, cujo objetivo nada
mais seria que adotar um conjunto de medidas para gerir a qualidade, de forma a mantê-la
num patamar ótimo, do ponto de vista da empresa e do ponto de vista dos clientes (FEY;
GOGUE, 1983, p. 26).
Segundo a ISO, gestão da qualidade o as atividades coordenadas para dirigir e
controlar uma organização, no que diz respeito à qualidade (ABNT, 2000).
2.5.1 Por que Implantar um Modelo de Gestão da Qualidade?
Qualidade é uma determinação do consumidor. Não é determinada por um engenheiro,
nem pelo pessoal do marketing e nem por um gerente geral. Ela é medida contra os seus
requisitos e pode ser definida como sendo o total das características de marketing, engenharia,
fabricação e manutenção, por meio das quais os consumidores terão atendidas as suas
expectativas, sejam elas tangíveis ou intangíveis (FEIGENBAUM, 1991, p. 136).
O cliente é o juiz final da qualidade de um produto ou de um serviço. Seja pela
definição de que qualidade é adequação ao uso (JURAN; GRYNA, 1988, p. 2.8), ou de que é
a conformidade com requisitos especificados (CROSBY, 1979, p. 31) ou, ainda, de que a
qualidade nada mais é de que o somatório das necessidades e expectativas dos clientes
(FEIGENBAUM, 1991, p. 7), o fato é que uma empresa tem que satisfazer tais necessidades
de seus clientes.
Não por acaso
a qualidade se tornou uma estratégia competitiva adotada pelos
gestores corporativos nos últimos anos
(NICOLAU; SELLERS, 2002); afinal, ela pode
proporcionar vantagens competitivas sobre os concorrentes.
Ao mesmo tempo, os controladores ou acionistas desejam a maximização do valor da
empresa como um todo (ROSS; WESTERFIELD; JAFFE, 2002, p. 26, 34); decisões quanto a
financiamento de projetos deveriam considerar a hipótese de Valor Presente Líqüido (VPL)
positivo, ou seja, projetos relacionados com a gestão da qualidade deveriam possibilitar
resultado positivo para os acionistas.
Uma das formas de criar VPL positivo é por meio da utilização de inovações
organizacionais, nas quais se encaixam as práticas de gestão baseadas na Qualidade.
Ross, Westerfield e Jaffe (2002, p. 172) exemplificam com o caso da Motorola, dos
EUA, em que houve a
criação de VPL positivo com o uso de “métodos japoneses de
gestão”
, entre os quais a prática do just in time na aquisição de estoques, a tomada de
decisões por consenso e sistemas de incentivo por desempenho superior. Essa prática poderia
74
ser entendida como uma inovação organizacional, implantada para atingir alguma estratégia
empresarial.
Ao adotar um projeto como a certificação de um sistema de gestão da qualidade, as
empresas estariam indo em busca do quê? Aumento do seu lucro, conquista de maior
participação no mercado em que atuam ou alguma alternativa composta?
Crosby (1979, p. 15) afirma que
Qualidade o custa dinheiro. Embora não seja um dom, é gratuita. Custam
dinheiro as coisas desprovidas de qualidade tudo o que envolve a não
execução correta, logo de saída, de um trabalho. A qualidade é não só
gratuita, como realmente lucrativa.
Para Deming (1990, p. 18–19), uma empresa deve ter constância de propósitos, de
forma a evitar crises de oportunismo. Ou seja, a decisão por um projeto como esse no caso,
a certificação ISO 9000 deve ser uma decisão estratégica, pois o seu impacto para todas as
partes interessadas é imenso.
É importante considerar algumas escolhas relacionadas a fluxos de caixa, lucros,
fluxos de custos, que não o uniformes ao longo do tempo; taxas de interesse podem refletir
a escolha de receber em algum momento futuro ao invés de receber hoje, determinando o
valor dessa movimentação para frente ou para trás.
Todos os peritos em Qualidade, mas em especial, Juran e Gryna (1988, p. 2.11, 6.24-
6.25) são específicos em afirmar que a alta direção das empresas é a responsável direta por
implantar, conduzir e monitorar os modelos de gestão empresarial; não se delega esta tarefa,
sob pena de não terem continuidade.
A qualidade produz vantagem competitiva
(FEIGENBAUM, 1991, p. 826).
Evidentemente que as decisões estratégicas relacionadas com a gestão da qualidade devem ser
desdobradas até os níveis hierárquicos inferiores da estrutura organizacional da empresa
(JURAN; GRYNA, 1988, p. 6.24-6.25), pois a conquista de uma vantagem competitiva é
resultado do trabalho de todas as suas partes interessadas (FEIGENBAUM, 1991, p. 836,
841).
Surgem então as condições que se gostaria de explorar neste trabalho: em primeiro
lugar, o crescimento das empresas seria a premissa básica para uma decisão de financiamento
para um projeto que envolve a implantação da gestão da qualidade.
75
Em segundo lugar, estará se considerando como um objetivo deste tipo de projeto a
busca de melhor desempenho financeiro.
Em estudo realizado em 2003, Rajan e Tamini (2003) criaram um portfólio de 212
empresas certificadas pela ISO 9000 e o compararam com as 500 maiores empresas do
ranking da Standard & Poor’s (S&P500).
No período compreendido entre 1990 e 2000, o portfólio teve um retorno anual médio
de 23,85% (com desvio-padrão de 11,96%) contra um retorno anual médio de 16,12% (com
desvio-padrão de 12,26%) das 500 do índice da Standard & Poor’s.
2.5.2 A Qualidade e a Empresa
Recursos ou ativos valiosos e, muitas vezes, raros, podem se tornar fontes de
vantagens competitivas sustentáveis somente se outras empresas que não os possuem tiverem
uma desvantagem de custos se tentarem obtê-los (BARNEY, 2002, p. 162).
A necessidade de abordar estrategicamente a qualidade se apresenta evidente, posto
que é instrumento para a busca de vantagem competitiva sustentável. Ela, dessa forma, está
ligada à lucratividade e aos objetivos empresariais básicos, sendo mais sensível às
necessidades da concorrência e dos consumidores, estando fortemente relacionada com a
melhoria contínua (GARVIN, 1992, p. xi, 30–31).
O conceito de vantagem competitiva de Porter (1989, p. 9, 474-475) baseia-se na
análise da dinâmica das forças competitivas na estrutura de mercado. O autor ressalta que,
quando uma organização cria um produto que seja acima de seu custo de fabricação, que seus
clientes estejam dispostos a pagar e que seja mais barato que a concorrência, esta organização
terá uma vantagem competitiva.
A transformação tecnológica não é, por si só, importante, mas o será se afetar a
vantagem competitiva e a estrutura industrial.
Porter (1985, p.153) considera que
“muitas inovações importantes para a obtenção
de vantagem competitiva são comuns e não envolvem nenhuma ruptura científica”.
Será
que a implantação da ISO 9000 se encaixaria nessa brecha estratégica?
Como a qualidade de um produto ou serviço é crucial para o sucesso ou fracasso de
um negócio em mercados orientados para o binômio qualidade desempenho, a qualidade se
confunde com uma estratégia maior de negócios, sendo ainda caracterizada e podendo ser
chamada de planejamento estratégico do negócio (SCHERKENBACH, 1991, p. 121–122;
FEIGENBAUM, 1991, p. 20–21).
76
Mas, para isso, a Qualidade precisa ter uma estrutura mensurável, de forma a poder
contribuir com a lucratividade do negócio, com a geração de caixa positivo e com o
crescimento, de forma a proporcionar vantagem competitiva superior para a organização.
Segundo Feigenbaum (1991, p. 24), programas de qualidade total são uma das maiores
oportunidades de “retorno sobre o investimento” para a gestão dos negócios. Qualidade e
rentabilidade tornam-se sinônimos quando os conceitos da Qualidade são difundidos por toda
a empresa (GABOR, 1990, p. 8).
Ou, como aponta Garvin (1992, p. 49), qualidade pode ser definida como sinônimo de
“excelência inata”; a produtividade como um correlato da qualidade nos leva a analisar a
força de trabalho nas organizações. Uma força de trabalho mais estável e treinada significa
que os trabalhos serão feitos com maior eficiência e erros inadvertidos serão menos
freqüentes, implicando até na atitude das pessoas.
Um programa baseado nos critérios da qualidade pode ser considerado como uma das
maiores oportunidades para retorno de investimento na gestão dos negócios, que qualidade
satisfatória de um produto ou serviço anda “de mãos dadas” com o custo satisfatório desse
mesmo produto ou serviço. Feigenbaum (1991, p. 109) sustenta que, no passado, acreditava-
se que para se obter melhor qualidade, eram requeridos maiores custos; ao contrário,
qualidade insatisfatória significa utilização insatisfatória dos recursos, perdas de material, de
trabalho, de tempo, retrabalhos e, principalmente, utilização da capacidade e do potencial
das pessoas. Isso tudo significa maiores custos.
Portanto, qualidade satisfatória significará melhor utilização dos recursos sempre e,
conseqüentemente, menores custos. Esses custos da qualidade e sua mensuração são centrais
para a gestão moderna de um modelo de gestão da qualidade, assim como para o
planejamento estratégico do negócio; eles formam a base para análise de investimentos em
programas da qualidade, avaliando-os com base em melhoria dos lucros da organização.
Desta forma, os custos da qualidade estabelecem a economia dos sistemas da
qualidade (FEIGENBAUM, 1991, p. 110), podendo se tornar um elemento central para a
determinação do retorno sobre o investimento (FEIGENBAUM, 1991, p. 134).
A certificação ISO 9000 pode ser considerada um investimento com valor presente
líqüido positivo: será preciso treinar e capacitar pessoas, revitalizar o parque tecnológico
instalado, rever processos técnico-administrativos, modernizar estrutura física, avaliar
contratos com fornecedores, divulgar e comunicar internamente a toda a empresa a evolução
dos trabalhos. Tudo isso custa, gera um investimento: como pagá-lo? Onde obter recursos
para custear estes investimentos?
77
Nos aspectos que envolvem a qualidade e que compõem a governança corporativa,
não se pode deixar de examinar o relacionamento com os acionistas e com o mercado. As
estratégias para atender a estas duas partes interessadas devem contribuir significativamente
para alcançar vantagens competitivas superiores.
A organização deve ser concebida como uma estrutura evolutiva na utilização de seus
recursos, competências e capacidades dinâmicas (TEECE; PISANO; SHUEN, 1997) e suas
vantagens competitivas podem se apresentar de forma sustentável (BARNEY, 2002, p. 164).
Assim, a estratégia é orientada para o processo e para o conteúdo, com grandes doses de
manutenção da consistência na formulação e implantação de competências essenciais
(PRAHALAD; HAMEL, 1990).
Barney (2002, p. 155) em sua perspectiva RBV (Resources Based View) de uma
empresa, garante que a exploração adequada dos recursos existentes dão a uma firma
vantagem competitiva: tais recursos são todos os ativos, capacidades, competências, processos
organizacionais, atributos, informação e conhecimento. Tais recursos poderiam ser divididos
em quatro categorias: capital financeiro, capital físico, capital humano e capital
organizacional. As capacidades empresariais se referem à capacidade de uma empresa em
desdobrar recursos, usualmente combinados, utilizando processos organizacionais, para
efetivar um resultado desejado (AMIT; SCHOEMAKER, 1993).
Evidente que o conjunto de partes interessadas, cada qual, individualmente, com seus
interesses singulares e diferenciados, propicia uma rie de dimensões para avaliar o
desempenho empresarial, este podendo ser entendido como maximização de lucros, valor
presente, altos retornos após longos períodos de tempo ou taxa de retorno de ativos (GLICK
et al., 2005).
Também se pode entender desempenho empresarial como uma comparação do valor
que uma empresa cria, utilizando seus ativos produtivos com o valor que os donos desses
ativos esperam obter (BARNEY, 2002, p. 180).
Esse é o cerne da implantação da ISO 9000 por uma empresa. Mas fica a pergunta:
quem se beneficia com a implantação de um programa empresarial do porte da gestão da
qualidade? Quem ganhará com o seu sucesso? Todos os stakeholders terão seus interesses
satisfeitos com esse tipo de projeto?
O fato é que um projeto de gestão da qualidade é, normalmente, conduzido pelos
administradores das empresas e não pelos seus proprietários diretamente.
78
Na visão de Penrose (PENROSE, 1995, p. 24-25; KOR; MAHONEY, 2000), o
crescimento da empresa é um processo dinâmico de interação gerencial com os recursos da
empresa, a partir da utilização do potencial de conhecimento agregado pelas pessoas que nela
trabalham, de forma constante e harmoniosa. Deming e Penrose defendem os mesmos
preceitos e postulados. O desempenho de uma empresa é, portanto, central para a gestão
estratégica, ainda que a sua conceituação e a sua medição e métrica restem problemáticas
(GLICK et al., 2005).
2.6 A Instituição ISO
Após o final da 2ª. Guerra Mundial, o mundo começava a rediscutir uma série de
temáticas, sobretudo as que deveriam servir para alavancar um novo crescimento comercial,
refazendo um conjunto de evoluções que ficaram paradas por conta do confronto militar. Uma
dessas ações se referia à busca de uma padronização internacional.
Uma reunião entre representantes de 25 países, realizada em Londres em 1946,
concluiu ser preciso se constituir uma nova organização internacional, cujo objetivo deveria
ser facilitar a coordenação e unificação internacional das normas industriais (ISO, 2007). Essa
instituição iniciou suas atividades em 1947, tendo sua sede estabelecida em Genebra, Suíça. O
nome dessa instituição passou a ser International Organization for Standardization (ISO) e
seu foco principal de atuação passou a ser desenvolver normas técnicas.
Dados atualizados em setembro de 2006 apontavam para um total de mais de 16.000
normas internacionais publicadas desde 1947, o que torna a ISO a maior desenvolvedora
mundial de normas técnicas (ISO, 2007). Na verdade, a ISO é uma organização não
governamental, uma rede de institutos nacionais de normalização de 157 países, representados
por um único membro por país, coordenada por um Secretariado Geral.
Os países-membros da ISO, em geral, são representados por institutos que fazem parte
da estrutura de governo de seus países, mas é possível também que alguns representantes
sejam ligados ao setor privado. A representante brasileira é a Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT).
Essa estrutura de participação dos países-membros permite que a ISO atue como uma
organização-ponte, na qual o consenso pode ser alcançado com maior facilidade, buscando
atender aos requisitos dos negócios e a uma mais ampla gama de necessidades da sociedade e,
para isso, cada representante paga sua participação proporcionalmente ao seu Produto
Nacional Bruto e tamanho da balança comercial (ISO, 2007).
79
É política da instituição ISO contribuir para o desenvolvimento mundial; para isso, as
suas normas representam um estoque de tecnologia. Essas Normas Internacionais representam
um consenso internacional a respeito do estado da arte da tecnologia, constituindo-se fonte
relevante de conhecimento tecnológico, permitindo aos países em desenvolvimento, ao se
utilizarem desse conhecimento disponibilizado, tomadas de decisão mais corretas, investindo
melhor seus escassos recursos e, portanto, impedindo que sejam mal aproveitados (ISO,
2007). Isso permitiria capacidade maior para exportar e competir nos mercados globais.
2.7 As Normas da Série ISO 9000
Apesar do foco principal da instituição ISO ser o desenvolvimento de normas técnicas
de produtos, materiais e processos, foi a partir do surgimento da norma ISO 9000 que a
instituição ficou, de fato, mais conhecida fora dos ambientes específicos da engenharia
mundial.
As normas da família ISO 9000 talvez sejam hoje as mais amplamente conhecidas e
praticadas em todo o mundo, tendo se tornado a referência internacional de maior consenso
(ISO, 2007) para requisitos de qualidade em transações B2B (Business to Business), ou seja,
nas transações entre fornecedores de insumos e produtores de bens e serviços.
Juntamente com a ISO 14000:2004, sua congênere para gestão ambiental, foram
implementadas, segundo dados de setembro de 2006, por 887.770 empresas em 161 países
(ISO, 2007).
A família de normas ISO 9000:2000 foi desenvolvida com o intuito de auxiliar
organizações, de quaisquer tipos ou tamanhos, a implementar e operar um efetivo sistema de
gestão da qualidade (SGQ). A Família ISO 9000 é composta por um conjunto de normas, das
quais quatro são as principais e essenciais (ISO, 2007), a seguir explanadas:
a) ISO 9000:2005, com o título Sistemas de Gestão da Qualidade Fundamentos e
Vocabulário, que descreve os fundamentos de um SGQ e especifica uma terminologia
específica para um SGQ;
b) ISO 9001: 2000, intitulada Sistemas de Gestão da Qualidade Requisitos, que
especifica os requisitos para um SGQ, no qual uma organização precisa demonstrar
sua habilidade em prover produtos que atendam aos requisitos dos clientes e aos
requisitos regulatórios aplicáveis, objetivando realçar a satisfação dos clientes e
consumidores;
80
c) ISO 9004: 2000, com o nome de Sistemas de Gestão da Qualidade Diretrizes para
Melhoria de Desempenho, apresenta diretrizes, além dos requisitos estabelecidos na
ISO 9001:2000 para considerar tanto a eficácia como a eficiência de um SGQ e, por
conseqüência, o potencial para melhoria de desempenho de uma organização;
d) ISO 19011: 2002, Diretrizes para Auditorias de Sistema de Gestão da Qualidade e/ou
Ambiental, fornece orientação para a realização de auditorias dos sistemas de gestão
da qualidade e/ou ambiental, os princípios de auditoria, gestão de programas de
auditoria, assim como sobre a competência e a avaliação dos auditores.
No Brasil, todas as normas da família ISO 9000 encontram-se editadas em português e
são identificadas como Normas Brasileiras (NBR); a norma de referência ISO 9001:2000 é
formalmente nominada NBR ISO 9001:2000. Para efeito deste trabalho, considerar-se-á, em
todo o seu conteúdo, como ISO 9000 qualquer referência a qualquer das respectivas normas
da família ISO 9000, exceto em situações em que a explicitação for julgada indispensável.
As normas ISO não são compulsórias, ao contrário, são de aplicação voluntária
;
como a ISO é uma organização não governamental (ONG), ela não possui autoridade legal
para impor sua implementação (ISO, 2007), assim como não atua como órgão regulador ou
legislador.
Apesar do seu caráter de não compulsoriedade, várias normas ISO têm se tornado um
requisito de mercado; no Brasil, tem sido comum a exigência da ISO 9000 como prática de
gestão comprovada para empresas que participam de certames licitatórios públicos. Da
mesma forma, é comum que fornecedores tenham que possuir ISO 9000 certificada para
venderem seus insumos para empresas de médio e grande porte.
A ISO 9000 é focada em gestão da qualidade e é mundialmente reconhecida como
uma norma genérica para a gestão da qualidade. Uma empresa, ao demonstrar que tem como
prática a gestão da qualidade, precisa atender plenamente aos requisitos dos clientes e aos
requisitos regulatórios aplicáveis à sua atividade empresarial, além de implementar a
satisfação desses clientes, demonstrando que busca permanentemente a melhoria contínua de
seu desempenho (ISO, 2007).
O fato de ser genérica tem inclusive causado algum nível de não entendimento,
prejudicial para as finalidades para as quais ela foi elaborada. No entanto, o fato de ser
genérica significa que ela é aplicável e pode ser utilizada por qualquer empresa, seja grande
ou pequena, que produza qualquer tipo de produto ou serviço, exportadora ou não, de
81
qualquer segmento da economia, seja uma empresa privada, pública ou até mesmo órgãos de
governo (ISO, 2007).
A generalidade acaba por se tornar uma característica ímpar, pois permite que, ao
propor um sistema de gestão empresarial, a norma possa ser percebida como opção de prática
gerencial por qualquer empresa: seria a
essência da “democratização normativa”, ou seja,
a possibilidade de qualquer negócio poder se utilizar da norma
. Não se ouve dizer que
“essa norma não serve para minha empresa”. Todas as características essenciais de uma
organização se encontram presentes no corpo da norma ISO 9000, propiciando alto grau de
adaptabilidade ao interessado em implantá-la.
Um sistema de gestão acaba sendo a estrutura organizacional que uma empresa adota
para gerir seus processos e atividades, as quais transformam os recursos de entrada em um
produto ou serviço final que atenda aos objetivos dessa organização, como por exemplo,
requisitos de qualidade dos clientes e atendimento aos regulamentos (ISO, 2007).
A norma ISO 9000 se baseia em princípios da gestão da qualidade, os quais podem ser
utilizados pelos altos gestores como uma estrutura que direciona as empresas na busca do
desempenho superior. Esses princípios condensados em 8 são: foco no cliente, liderança,
envolvimento das pessoas, abordagem de processos, abordagem sistêmica de gestão, melhoria
contínua, abordagem factual para tomar decisões e benefícios mútuos nas relações com
fornecedores (ISO, 2007).
Vários são os benefícios que podem advir da prática cotidiana desses princípios da
norma ISO 9000. Entre eles, destaca-se aqueles que se relacionam diretamente com o
desempenho superior (ROTH, 1998, p. 44; SZYSZKA, 2002, p. 31-32):
a) Aumento de receitas e de fatias de mercado que podem ser obtidas por meio de
respostas flexíveis e rápidas às oportunidades de mercado;
b) Aumento da eficácia no uso dos recursos da organização para ampliar a satisfação dos
clientes;
c) Conhecimento dos níveis de satisfação dos clientes e de demais partes interessadas no
empreendimento;
d) Estabelecimento de uma visão clara do futuro da empresa;
e) Alocação de recursos necessários para que as pessoas desenvolvam suas atividades
com responsabilidade e economicamente compatíveis;
f) Menores custos e menores ciclos de tempo por meio do uso efetivo dos recursos;
g) Contabilização clara das atividades gerenciais-chave;
82
h) Foco em recursos, métodos e materiais que permitam melhoria das atividades-chave
da empresa;
i) Avaliação dos riscos, conseqüências e impactos de suas atividades;
j) Entendimento da interdependência dos processos do sistema de gestão;
k) Entendimento das capacidades organizacionais;
l) Vantagem de desempenho com melhoria e incremento dessas capacidades
organizacionais;
m) Emprego de abordagem amplo-empresarial na busca da melhoria contínua com foco
no objetivo estratégico principal;
n) Otimização de custos e recursos e
o) Balanceamento correto entre os ganhos de curto e longo prazos.
Evidentemente que esse conjunto de princípios pode ser utilizado de diferentes modos,
de acordo com a empresa, sua história, sua cultura, suas capacidades e competências e suas
pretensões.
Mais uma vez se apresenta o caráter genérico da norma: ela especifica o que precisa
ser implantado, mas ela não prescreve como, o que é tarefa de cada empresa. Ou seja, cada
empresa é que sabe seu caminho de construção; uma norma de gestão não poderia ter essa
pretensão.
A ISO 9000 foi editada primeiramente em 1987 e, de para cá, sofreu duas revisões,
fruto do conhecimento adquirido ao longo de um ciclo de revisão por aqueles que a praticam.
A segunda edição é de 1994 e sofreu apenas alterações de forma, não de conteúdo.
a versão 2000 incorporou aspectos e dimensões da Qualidade Total (MARTINEZ-
LORENTE; MARTINEZ-COSTA, 2004), não incluídas nas versões anteriores como, por
exemplo, gestão da força de trabalho, foco no cliente e medição e monitoramento.
Uma preocupação permanente da instituição ISO é que a família ISO 9000 mantenha
sua eficácia e, para isso, elas
são revisadas periodicamente de forma a incorporar os
novos desenvolvimentos no campo da gestão da qualidade
.
A edição válida é a de 15 de dezembro de 2000 e a família de normas passou a ser
conhecida como ISO 9000:2000 (ISO, 2007).
A ISO 9001:2000, a norma que estabelece os requisitos para a implantação de um
Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) foi estruturada em um formato amigável, com termos
facilmente reconhecidos por todos os tipos de negócio.
83
A ISO 9001:2000 é a norma que, portanto, também serve para certificação dos SGQs
por órgãos auditores independentes (ISO, 2007).
A norma ISO 9001:2000 se estrutura em oito seções, mas cinco delas possuem
diretrizes específicas que devem ser consideradas pelo implementador do SGQ, as seções de 4
a 8, conforme apresentado a seguir:
0 Introdução
1 Objetivo e Campo de Aplicação
2 Referência Normativa
3 Termos e Definições
4 Sistema de Gestão da Qualidade
5 Responsabilidade da Direção
6 Gestão de Recursos
7 Realização do Produto
8 Medição, Análise e Melhoria
Quanto maior a organização que está implantando a ISO 9000 e quanto mais pessoas
ela envolve nesse empreendimento, maior será a possibilidade de existência da formalidade:
procedimentos, instruções, formulários e registros devem ser escritos (ISO, 2007), o que
permite com que cada um – e todos – saibam o que deve fazer e como, de um modo
institucional e não individual, de um modo explícito e não tácito.
A formalização implica, sobretudo, em transformar um conjunto de conhecimentos
tácitos em explícitos, assim como em estabelecer precisamente como a sua tecnologia no
sentido mais amplo – deve ser executada. Implica em apontar um caminho ordenado e
estruturado para onde vai a organização. Em outras palavras, uma forma eficiente de gerir
seus recursos, sejam físicos, estruturais, humanos, tecnológicos, de tempo e de dinheiro.
Para ser, portanto, mais eficiente e mais eficaz na busca do desempenho superior e de
vantagens competitivas, uma empresa precisa conduzir seu modelo de gestão de forma
sistêmica, garantindo que nada relevante seja esquecido e que, principalmente, as pessoas
saibam claramente quem é responsável por fazer o quê, quando, onde, como e por quê.
Portanto, poder-se-ia justificar que uma organização grande ou alguma outra com
processos mais difíceis ou complexos, não poderiam funcionar adequadamente sem algum
sistema estruturado de gestão.
84
Daí, uma característica da norma que deve ser destacada: a ISO 9000 diz respeito
diretamente a processos e não a produtos, pelo menos não diretamente (ISO, 2007). De
qualquer forma, é óbvio que a forma com que uma empresa gerencia seus processos afetará
diretamente seu produto final e, conseqüentemente, seus clientes e, a seguir, sua posição de
mercado e seu desempenho financeiro.
As normas da rie 9000, tal como existem hoje, definem os requisitos que devem ser
atendidos por uma empresa – produtora de bens ou serviços para se comprovar a sua
competência no projeto, na fabricação ou na produção, no armazenamento e na distribuição e
entrega desses produtos ou serviços, dentro de um nível de qualidade consistente e coerente
(ISO 9000; 2000).
Em 2000, em sua versão atual, apontam os pesquisadores DIMARA et al. (2004), a
ISO incorporou uma extensa série de melhorias orientadas para a obtenção de maiores níveis
de satisfação dos consumidores. Considera-se então que a ISO 9000:2000 buscou se
aproximar dos conceitos da Total Quality Management (TQM).
2.8 A ISO 9000 no Mundo
“A competição pela qualidade agora se tornou global. Nos anos 1980, ela estava
concentrada na região do Pacífico, basicamente com os EUA e o Japão se
confrontando com os então denominados quatro dragões asiáticos: Coréia do Sul,
Taiwan, Hong Kong e Singapura. Agora, nos anos 1990, cada uma das maiores
nações da Europa está se direcionando para as demandas de qualidade para sua
integração à Europa. Está se desenvolvendo também nos países da América do Sul,
onde a ênfase na qualidade total está aumentando fortemente. Ainda além, a União
Soviética e a Europa Oriental entrarão inevitavelmente na arena da qualidade ainda
nesta década” (FEIGENBAUM, 1991, p. 825 – 826).
Neste ano de 2007, completam-se vinte anos da primeira edição da norma ISO 9000,
em sua versão 1987. A evolução do número de empresas certificadas e os países que se
engajaram em projetos nacionais pode ser observada pela Tabela 1, apresentada a seguir.
Após a revisão completa da versão 1994 e edição da versão 2000 da ISO 9000, a ISO
começou uma nova série de estatísticas, adotando o ano de 2001 como o primeiro da
contagem, que foi a partir desse ano, que todas as empresas que já estavam certificadas
iniciaram a migração para a nova versão 2000.
85
Resultados Mundiais
dez-01 dez-02 dez-03 dez-04 dez-05
Total de Certificações no Mundo 44.388 167.124 497.919 660.132 776.608
Crescimento no Número de Certificações 44.388 122.736 330.795 162.213 116.476
Número de Países com Empresas Certificadas 97 133 149 154 161
Fonte: ISO (2007). Adaptado pelo autor.
Tabela 1
- Principais resultados das certificações ISO 9000:2000 no mundo no período de 2001 a 2005
Percebe-se o alto grau de certificação em 2003, pois as empresas que possuíam suas
certificações anteriores pela versão 1994, tiveram três anos para se adaptarem ao novo padrão
normativo da versão 2000, prazo este que se findou em 2003.
Foi um ano de muitos processos de certificação e que selou definitivamente a ISO
9000 como a norma de maior reconhecimento em todo o mundo. O gráfico 2 a seguir
apresenta a evolução percentual das certificações da ISO 9001:2000 pelo mundo.
O alto percentual de crescimento no número de certificações em todo o mundo parece
sinalizar com um correspondente alto grau de aceitação da ISO 9000 como um sistema
apropriado para a gestão da qualidade das empresas de qualquer nacionalidade.
A alta adesão da China à norma ISO 9000 aponta para uma sinalização internacional
para a qualidade de seus produtos, diminuindo a assimetria de informação quanto à qualidade
dos produtos chineses.
86
Gráfico 2
Fonte: ISO (2007). Adaptado pelo autor.
44.388
122.736
162.213
116.476
330.795
0
50.000
100.000
150.000
200.000
250.000
300.000
350.000
2001 2002 2003 2004 2005
Além disso, o alto índice de certificações na China sinaliza como um fim da discussão
sobre a característica ocidental da norma ISO 9000, criada dentro dos parâmetros ocidentais
de normalização, por meio de uma entidade criada no pós-guerra para reerguer a economia
internacional que havia sido destruída.
Na China, o grande suporte dado pelo governo desde os primeiros anos encorajou as
empresas chinesas a se certificarem (TIAN; YANG, 2006), mas foi a partir do ano de 2001
que o ritmo de crescimento das certificações na China cresceu, a ponto de o país ter se
transformado no maior certificador mundial.
O setor de equipamentos elétricos e óticos é o principal certificador, seguido pela
fabricação de produtos metálicos, construção e máquinas e equipamentos (TIAN; YANG,
2006).
Na Tabela 2, apresenta-se a listagem dos trinta maiores países certificadores do
mundo, comparando seus desempenhos em 2005 contra 2003.
87
Número de
Certificados
Emitidos
Posição Posição
Número de
Certificados
Emitidos
China 143823 1 1 96715
=
18,5 18,5
Itália 98028 2 2 64120
=
12,6 31,1
Japão 53771 3 4 38751
+
6,9 38,1
Espanha 47445 4 5 31836
+
6,1 44,2
Reino Unido 45612 5 3 45465
-
5,9 50,0
EUA 44720 6 6 30294
=
5,8 55,8
Alemanha 39816 7 7 23598
=
5,1 60,9
Índia 24660 8 13 8367
+
3,2 64,1
França 24441 9 9 15073
=
3,1 67,3
Austrália 16922 10 8 19975
-
2,2 69,4
Hungria 15464 11 15 7750
+
2,0 71,4
Coréia do Sul 14033 12 10 10640
-
1,8 73,2
República Tcheca 12743 13 28 2565
+
1,6 74,9
Canadá 12503 14 12 8454
-
1,6 76,5
Suíça 12413 15 23 8300
+
1,6 78,1
Turquia 10929 16 20 3248
+
1,4 79,5
Polônia 9718 17 21 3216
+
1,3 80,7
Holanda 9160 18 11 9917
-
1,2 81,9
Brasil 8533 19 17 4012
-
1,1 83,0
Israel 7657 20 16 5019
-
1,0 84,0
Taiwan 7652 21 25 2991
+
1,0 85,0
Singapura 6282 22 19 3341
-
0,8 85,8
Romênia 6097 23 31 2052
+
0,8 86,6
Portugal 5820 24 18 3417
-
0,7 87,3
Malásia 5695 25 24 3076
-
0,7 88,1
Argentina 5556 26 33 1790
+
0,7 88,8
Colômbia 4926 27 30 2222
+
0,6 89,4
Rússia 4883 28 42 962
+
0,6 90,0
Bélgica 4810 29 22 3167
-
0,6 90,7
Suécia 4744 30 23 3107
-
0,6 91,3
Total dos 30 primeiros 708856 91,3%
Demais Países 67752 8,7%
Total no Mundo 776608
Fonte: ISO (2007). Adaptado pelo autor.
Percentual
(%)
Percentual
Acumulado
(%)
Tabela 2 -
Comparação entre os trinta países que mais certificam pela ISO 9000:2000 - Datas-base de 31/12/2005
contra 31/12/2003
dez/05 dez/03
País Evolução
A instituição ISO centraliza seus dados e os estratifica de acordo com seis “regiões
ISO” no mundo: África e Ásia Ocidental; Américas do Sul e Central; América do Norte;
Europa; Oriente Distante; Austrália e Nova Zelândia (ISO, 2007).
A Tabela 3 detalha esses dados e apresenta os percentuais de contribuição de cada
região para o esforço mundial de certificação ISO 9000.
88
2001 2002 2003 2004 2005
Europa
22867
76572
242455
320748
379937
Oriente Distante
14434
68513
163061
220966
247091
América do Norte
1887
6977
40185
49962
59663
África e Ásia Ocidental
1079
4464
20124
31443
48327
Américas do Sul e Central 580 3475 9303 17016 22498
Austrália e Nova Zelândia 3541 7123 22791 19997 19092
Europa 51,52 45,82 48,69 48,59 48,92
Oriente Distante
32,52
41,00
32,75
33,47
31,82
América do Norte
4,25
4,17
8,07
7,57
7,68
África e Ásia Ocidental
2,43
2,67
4,04
4,76
6,22
Américas do Sul e Central
1,31
2,08
1,87
2,58
2,90
Austrália e Nova Zelândia
7,98
4,26
4,58
3,03
2,46
Europa 36 45 47 48 48
Oriente Distante 15 18 20 21 23
América do Norte 3 3 3 3 3
África e Ásia Ocidental
26
41
47
51
58
Américas do Sul e Central
15
24
30
29
27
Austrália e Nova Zelândia
2
2
2
2
2
Tabela 3
- Número de certificações ISO 9000 por "região ISO"
Fonte: ISO (2007). Adaptado pelo autor.
Certificados Emitidos
Número de
Certificados
Percentual de
Participação
Número de
Países com
Certificados
Região ISOQuesito
Em 1998, o Reino Unido detinha o primeiro posto entre os países com mais empresas
certificadas, mantendo a sua tradição histórica de ser o maior padronizador e normalizador
mundial: eram 52% de todas certificações do mundo (SZYSZKA, 2002, p. 37). Hoje o Reino
Unido é o quinto colocado (ISO, 2007).
O Japão e a Ásia juntos detinham 4,4% em 1998 (SZYSZKA, 2002, p. 37); hoje
somente o Japão detém 6,9% e a Ásia Oriental como um todo detém cerca de 32% (ISO,
2007). Os gráficos 3 e 4 detalham essa situação atual das certificações pelo mundo.
O Brasil, hoje o 19
o
. país em número de empresas certificadas, era o 17
o
. em 2003
(ISO, 2007). Na cada de 1990, o Brasil chegou a ser o quinto país com maior número de
certificações ISO 9000 (ABNT, 2007).
89
Gráfico 3 -
Pareto das contribuições dos trinta países que mais certificam pela ISO 9000:2000 no
Mundo - Data-base 31/12/2005
Fonte: ISO (2007). Adaptado pelo autor.
19
31
38
44
50
56
61
64
67
69
71
73
75
76
78
79
81
82
83
84
85
86
87
87
88
89
89
90
91
91
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
China
Itália
Japão
Espanha
Reino Unido
EUA
Alemanha
Índia
França
Austrália
Hungria
Coréia do Sul
República Tcheca
Canadá
Suíça
Turquia
Polônia
Holanda
Brasil
Israel
Taiwan
Singapura
Romênia
Portugal
Malásia
Argentina
Colômbia
Rússia
Bélgica
Suécia
Percentual
Entretanto, apesar dessa posição, o Brasil supera outros países com economias
importantes, tais como Suécia, Bélgica, Dinamarca, Rússia, Taiwan, Indonésia e Malásia
(ISO, 2007).
Gráfico 4 -
Distribuição do número de certificações ISO 9000 por "Região ISO" -
Data-base 31/12/2005
Fonte: ISO (2007). Adaptado pelo autor.
48,92
31,82
7,68
6,22
2,90
2,46
0
10
20
30
40
50
60
Europa Oriente
Distante
América do
Norte
África e
Ásia
Ocidental
Américas
do Sul e
Central
Austrália e
Nova
Zelândia
Percentual de Participação
90
Hoje o Brasil é o primeiro país em certificações em sua “região ISO”, que inclui a
América Central e a do Sul, possuindo um percentual de 37,9% das empresas certificadas na
região.
Na Tabela 4, pode-se verificar os números de empresas certificadas nesta região.
dez/01 dez/02 dez/03 dez/04 dez/05
Antilhas Holandesas 0 1 35 38 41
Argentina 203 710 1790 4149 5556
Bahamas 0 0 0 5 0
Barbados 0 0 8 11 11
Belize 2 2 2 0 3
Bermuda 0 0 1 1 0
Bolívia 0 10 40 88 104
Brasil 182 1582 4012 6120 8533
Chile 15 92 340 924 1124
Colômbia 87 728 2222 4120 4926
Costa Rica 5 23 63 105 136
Cuba 0 3 3 218 305
El Salvador 1 3 7 34 49
Equador 2 8 29 57 140
Granada 0 0 1 1 1
Guatemala 3 7 18 25 30
Guiana 0 1 3 11 8
Honduras 0 5 9 9 22
Ilhas Caiman 0 0 1 1 0
Jamaica 1 1 3 12 10
Nicarágua 0 6 9 28 20
Panamá 4 13 44 69 80
Paraguai 4 21 37 44 146
Peru 16 82 141 205 193
Porto Rico 0 2 26 33 55
República Dominicana 0 0 1 22 22
Santa Lúcia 0 0 4 2 4
Suriname 0 0 1 0 0
Trinidad e Tobago 0 6 52 60 64
Uruguai 41 116 200 325 478
Venezuela 14 47 201 299 437
Certificados Emitidos
Países
Tabela 4 -
Evolução do número de certificações ISO 9000:2000 dos países da
"região ISO" América do Sul e Central
Fonte: ISO (2007). Adaptado pelo autor.
91
2.9 A ISO 9000 no Brasil
Apesar de estatísticas apontarem para algo em torno de 96.000 empresas certificadas
pela ISO 9000 em 1996 em todo o mundo (ROTH, 1998, p. 11), como então poder-se-ia ter
apenas 44.388 empresas certificadas em 2001, conforme apresentado na Tabela 1?
É importante, portanto, se esclarecer o seguinte:
1) Da versão 1987 para a versão 1994 da ISO 9000, as empresas puderam simplesmente
revalidar suas certificações, pois se considerava que a norma não tinha sofrido
alterações significativas de conteúdo;
2) Da versão 1994 para a versão 2000 da ISO 9000, entretanto, houve uma rie de
mudanças de natureza estrutural (BARATA, 2003, p. 10), robustecendo-se a idéia do
foco no cliente.
Desta forma, conforme a Tabela 5, a seguir, pode-se verificar o desenvolvimento da
certificação de empresas no Brasil desde seu primeiro ano (1990) a2000, período em que
vigiram as versões 1987 e 1994 da norma.
Percebe-se que tal quantidade de certificados emitidos de acordo com a versão 1994
foi novamente atingida em 2005, ano em que 8.533 certificados estavam válidos, como pode
ser verificado na Tabela 4, anteriormente apresentada, o que implica dizer que cerca de outras
1.800 empresas buscaram a certificação no período de 2001 a 2005, conforme a versão
2000.
Segundo Roth (1998, p. 108-109), os melhores motivos para se procurar a certificação
de sistemas da qualidade são padronizar as práticas para a qualidade e comprometer-se
formalmente a adotar uma cultura de melhoria contínua. O autor defende ainda que empresas
têm sido motivadas a difundir as normas ISO 9000 como um diferencial de competitividade e
que ela é cada vez mais exigida para a concretização de negócios.
Em 2006, 32% das empresas brasileiras certificadas pesquisadas pelo INMETRO e
pelo CB25/ABNT exportaram, sendo que 70,8% delas o faziam antes da certificação.
Entretanto, das organizações que exportavam antes da certificação ISO 9000, 48,3%
declararam ter havido aumento no volume de exportação após a certificação (INMETRO,
2006).
92
Ano
Número de
Certificados
Número Acumulado
de Certificados
Taxa de
Crescimento em
%
1990 18 18 NA
1991 17 35 94,44
1992 61 96 174,29
1993 129 225 134,38
1994 370 595 164,44
1995 353 948 59,33
1996 636 1584 67,09
1997 892 2476 56,31
1998 1236 3712 49,92
1999 1573 5285 42,38
2000 1434 6719 27,13
Tabela 5 -
Número de certificados conquistados por empresas
brasileiras no período 1990 - 2000
Fonte: CB-25 Notícias, ABNT (2001). Adaptado pelo autor.
Docking e Dowen (1999) conseguiram estudar e concluir que a reação positiva do
mercado às certificações de empresas pela ISO 9000 esteve relacionada à assinatura do
tratado de Maastricht, em 1992, que consolidou a formação da União Européia.
A partir daí, de acordo com Roth (1998, p. 11), foi imposta a norma ISO 9000 como
elemento preponderante para se realizar transações comerciais, em especial, despertando as
empresas brasileiras exportadoras de bens para a Europa.
Marshall et al. (2006, p. 77), por sua vez, apontam como razões para uma empresa
implementar um sistema da qualidade ISO 9000 os seguintes fatores: a conscientização da alta
direção, as exigências externas e o modismo.
Afirmam que a atividade de certificação da ISO 9000 se originou da “necessidade de
as empresas comunicarem aos seus clientes e ao mercado a adequação de seu sistema da
qualidade às normas de referência” (MARSHALL et al., 2006, p. 65), o que reforça as teorias
relacionadas com informação assimétrica (AKERLOF, 1970) e com sinalização (SPENCE,
1973).
Rodrigues (1996 apud ROTH, 1998, p. 31), em pesquisa com 180 das 480 empresas
certificadas pela ISO 9000, realizada em 1995, aponta que 94% delas afirmam que a
certificação é um passo inicial para a busca da qualidade total.
93
Sutherland (1997 apud SZYSZKA, 2002, p. 30) aponta cinco principais motivos para
a certificação ISO 9000, obtidos de pesquisa realizada com gestores de empresas e que podem
ser verificados na Tabela 6.
Motivos para Certificação
Percentual de
Respostas
Melhoria da capacidade de atendimento 81
Manutenção ou aumento do marketshare 80
Antecipação a futura demandas de clientes 75
Ganho de benefícios de marketing 70
Melhoria da eficiência 71
Fonte: SUTHERLAND (1997 apud SZYSZKA, 2002). Adaptado
pelo autor.
Tabela 6 -
Motivos para uma empresa buscar a certificação
No que se refere ao tempo dedicado por uma empresa brasileira para se adequar às
especificações e aos critérios da ISO 9000, Szyszka (2002, p. 34) aponta a partir de uma
pesquisa realizada pelo Ministério da Ciência e Tecnologia e pelo INMETRO em 1996 que
a grande maioria das empresas leva entre 12 e 24 meses para se certificar e que esse tempo
independe do porte da empresa. A Tabela 7 detalha os resultados dessa pesquisa.
Pequena
Empresa
Média
Empresa
Grande
Empresa
Média
Até 12 meses 29,5 30,9 24,1 27,9
De 12 a 24 meses 57,4 51,7 58,3 55,2
De 24 a 36 meses 13,1 13,0 14,4 13,6
Mais de 36 meses 0,0 3,4 3,2 2,9
Não responderam 0,0 1,0 0,0 0,4
Tempo de
Implantação da ISO
9000
Percentual
Tabela 7 -
Tempo de preparo de uma empresa brasileira para a
certificação ISO 9000 de acordo com o seu porte
Fonte: SZYSZKA (2002). Adaptado pelo autor.
Quanto aos benefícios advindos com a certificação ISO 9000, Rodrigues (1996 apud
ROTH, 1998, p. 31) aponta quatro principais: trabalhar com ênfase na prevenção; ter
claramente definidas as funções e as responsabilidades; a necessidade de aperfeiçoamento das
operações internas, diferenciando-se da concorrência; atendimento às exigências dos clientes.
94
Szyszka (2002, p. 32) aponta os resultados de pesquisa realizada pelo Centro de
Qualidade, Segurança e Produtividade (QSP) e pela Editora Banas, na qual se constata que o
maior benefício seria uma melhor organização interna. O aumento das exportações foi
considerado o menor dos benefícios advindos com a certificação.
A mesma pesquisa apresentada por Szyszka (2002, p. 34) apontou os investimentos
necessários para tal empreendimento. Cerca de 50% das empresas certificadas investiram
menos de R$100 mil, mas nesse quesito, percebe-se que investimentos maiores são
diretamente relacionados com o porte da empresa, conforme pode ser visto na Tabela 8.
Pequena
Empresa
Média
Empresa
Grande
Empresa
Média
Até R$10.000 13,1 5,8 3,2 5,7
De R$10.000 a R$100.000 62,3 48,8 28,9 42,4
De R$100.000 a R$1.000.000 13,1 31,9 39,0 32,3
De R$1.000.000 a R$10.000.000 0,0 2,4 4,3 2,9
Acima de R$10.000.000 9,8 10,1 20,9 14,5
Não responderam 1,6 1,0 3,7 2,2
Investimento para a Implantação
da ISO 9000
Percentual
Tabela 8 -
Investimentos realizados pelas empresas brasileiras para se obter a
certificação ISO 9000 de acordo com o seu porte
Fonte: SZYSZKA (2002). Adaptado pelo autor.
Marshall et al. (2006, p. 77-78) apresentam como principais benefícios para as
empresas, entre outros, a redução de não conformidades, a eliminação do retrabalho e do
custo com garantia e reposição, o aumento da competitividade, a melhoria da imagem e da
reputação, o aumento da participação no mercado e o melhor desempenho organizacional.
Destacam ainda que os clientes e a sociedade se beneficiam com um melhor relacionamento
técnico e comercial com os fornecedores, além do aumento da segurança e da confiabilidade
dos produtos.
Apesar de apenas 50% das empresas brasileiras certificadas exigirem que seus
fornecedores também o sejam, 99,0% delas demonstram estar satisfeitas com a qualidade de
bens e serviços fornecidos por seus fornecedores certificados. Afirmam ainda 71,8% dos
gerentes dessas empresas que existe diferença, para melhor, entre os fornecedores certificados
e os que não o são (INMETRO, 2006).
95
No Brasil, o estado que mais possui empresas certificadas é São Paulo, com mais de
45% do total, seguido pelo Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e Santa
Catarina (INMETRO, 2007). Esses seis primeiros estados brasileiros em número de
certificações contribuem com 80,1% de todas as certificações brasileiras.
O Gráfico 5 e a Tabela 9 detalham essas estatísticas.
Gráfico 5
- Número de certificados emitidos por estado - Dados até 31/12/2006.
Fonte: INMETRO (2007). Adaptado pelo autor.
707
671
579
495
431
315
202
191
174
147
125
81
46
44
37
35
28
27 24
21 20
5 5
2 1 1
3633
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
São Paulo
Rio Grande do Sul
Minas Gerais
Paraná
Rio de Janeiro
Santa Catarina
Bahia
Goiás
Espírito Santo
Amazonas
Distrito Federal
Pernambuco
Ceará
Rio Grande do Norte
Pará
Mato Grosso
Alagoas
Maranhão
Paraíba
Sergipe
Tocantins
Mato Grosso do Sul
Piauí
Rondônia
Roraima
Acre
Amapá
Dos setores industriais no Brasil, de acordo com o INMETRO (2007), surge, em
primeiro lugar, Metais Básicos e Produtos Metálicos Fabricados, com 1441 certificados
emitidos, representando 17,9% do total. Em segundo lugar, a construção civil, com 913
certificados e 11,3% do total.
96
Estado
Número de Empresas
Certificadas no Estado
Percentual
do Total
Percentual
Acumulado
São Paulo 3633 45,15 45,15
Rio Grande do Sul 707 8,79 53,93
Minas Gerais 671 8,34 62,27
Paraná 579 7,20 69,47
Rio de Janeiro 495 6,15 75,62
Santa Catarina 431 5,36 80,97
Bahia 315 3,91 84,89
Goiás 202 2,51 87,40
Espírito Santo 191 2,37 89,77
Amazonas 174 2,16 91,93
Distrito Federal 147 1,83 93,76
Pernambuco 125 1,55 95,32
Ceará 81 1,01 96,32
Rio Grande do Norte 46 0,57 96,89
Pará 44 0,55 97,44
Mato Grosso 37 0,46 97,90
Alagoas 35 0,43 98,33
Maranhão 28 0,35 98,68
Paraíba 27 0,34 99,02
Sergipe 24 0,30 99,32
Tocantins 21 0,26 99,58
Mato Grosso do Sul 20 0,25 99,83
Piauí 5 0,06 99,89
Rondônia 5 0,06 99,95
Roraima 2 0,02 99,98
Acre 1 0,01 99,99
Amapá 1 0,01 100,00
Total 8047
Tabela 9 -
Número de certificados emitidos por estado brasileiro - Dados de 20/04/07
Fonte: INMETRO (2007). Adaptado pelo autor.
Caso todos os setores industriais relacionados a serviços forem contabilizados
unicamente como Serviços, então a participação deste seria de 32,7% do total, o que
demonstra a plena aceitação da norma ISO 9000 reconhecidamente nascida no contexto
industrial - pelas empresas de serviços.
Na contabilidade geral (INMETRO, 2007), aparecem em primeiro lugar, a construção
civil, com 13,6% do total, seguido do setor Metais Básicos e Produtos Metálicos Fabricados,
com 11,4% do total, como pode ser visto no Gráfico 6.
97
Gráfico 6
- Número de certificados emitidos por atividade econômica - Dados de 31/12/2005.
Fonte: INMETRO (2007). Adaptado pelo autor.
104
126
147
190
207
233
268
375
386
425
454
572
610
612
913
1441
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
Equipamentos de Transporte
Polpa e Papel
Alimentos
,
Bebidas e Fumo
Intermediação Financeira
Serviços de Engenharia
Tecnologia da Informação
Saúde e Serviço Social
Máquinas e Equipamentos
Química e Fibras
Comércio
,
Atacado e Varejo
Borrachas e Plásticos
Equipamentos Óticos e Elétricos
Transporte e Armazenagem
Outros Serviços
Construção Civil
Metais Básicos e Produtos Metálicos
Com relação à concentração regional das certificações ISO 9000 no Brasil, a região
Sudeste é a mais efetiva, com 62% do total, seguida pela região Sul, com 22% (INMETRO,
2007); as demais três regiões do país somam os restantes 16%. O Gráfico 7 consolida estas
informações.
Gráfico 7 -
Número de certificados emitidos por região do Brasil - Dados de 31/12/2005.
Fonte: INMETRO (2007). Adaptado pelo autor.
4990
1717
686
406
248
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000
Sudeste
Sul
Nordeste
Centro-Oeste
Norte
98
2.10 A Certificação da Gestão da Qualidade de acordo com a ISO 9000
A norma ISO 9000 é de aplicação voluntária; entretanto, para algumas relações
comerciais, principalmente envolvendo órgãos públicos, ela pode ser uma obrigatoriedade.
Mas, regra geral, ela pode ser adotada como um padrão normativo dentre outros que existem
no mundo. Desta forma, a ISO 9000 passa a ser percebida como um requisito de mercado,
tendo se fixado como a mais importante referência mundial para requisitos da qualidade nas
transações B2B (Business to Business).
O objetivo principal, ao se adotar a ISO 9000, é melhorar o desempenho
organizacional, por meio da melhor utilização de seus recursos e processos, gerando assim
melhores produtos e serviços percebidos pelos clientes. Muitos benefícios podem ser
identificados, logo após os primeiros desdobramentos dos requisitos da norma no cotidiano
operacional (ISO, 2007): são benefícios resultantes de melhorias na própria organização e em
sua comunicação interna. Outros benefícios podem, a seguir, ser obtidos por meio de um
programa efetivo de auditorias internas e análise crítica do desempenho do sistema de gestão.
A difusão intensa da certificação da qualidade ISO 9000 é um fenômeno de
proporções mundiais; começa quando algumas empresas, no intuito de se distinguirem da
concorrência, manifestam o desejo e o interesse em ter uma evidência formal externa dos seus
esforços organizacionais por meio da prática da qualidade (FRANCESCHINI; GALETTO;
GIANNI, 2004). A partir daí, conquistando sucesso em um mercado cada vez mais seletivo e
observador, o número de empresas com esse desejo aumenta, alavancando o processo de
certificação da qualidade ISO 9000.
Como um sistema qualquer, ele pode melhorar ou piorar, ser mais ou menos eficaz.
Evidentemente que isso o pode ser percebido apenas ao final do ano ou com a análise dos
balanços e demonstrativos financeiros da empresa. Há que se poder ter mecanismos de
monitoramento e análise concomitantemente ao dia-a-dia organizacional.
Alguém poderia dizer que, portanto, as auditorias internas seriam a solução, não fora
por dois aspectos: o primeiro, que por mais competentes os profissionais que as desenvolvem,
são funcionários da própria empresa que estão auditando, sem a devida independência;
segundo, não são fonte de comunicação para o mercado externo.
Ou seja,
se uma empresa implanta a ISO 9000, por que ela precisaria se
certificar?
99
Novamente por dois motivos: o primeiro para poder obter uma segunda opinião sobre
a efetividade do seu Sistema de Gestão da Qualidade implantado, assegurando que os
requisitos da norma vêm sendo, de fato, desdobrados para o cotidiano dos processos
operacionais. O outro, porque é possível, por meio da auditoria externa independente para fins
de certificação, demonstrar ao mercado que uma determinada empresa possui, de modo
comprovado, um Sistema de Gestão da Qualidade implantado e lido, de acordo com os
requisitos solicitados pela norma.
Entre as companhias abertas brasileiras, o processo de certificação se mostrou
crescente ao longo do período compreendido entre os anos de 1990 e 2006.
Pode-se perceber um gradiente de crescimento nas certificações mais intenso nos anos
de 1990 a 2000 – quando houve uma média de 8,5 companhias abertas se certificando
anualmente , enquanto percebe-se um percentual mais modesto entre 2001 e 2006, com uma
média anual de 3,33 companhias abertas certificadas. O gráfico 8 apresenta esse acumulado
de certificações.
Gráfico 8
- Distribuição acumulada das companhias abertas da amostra certificadas
pela ISO 9001:2000.
Fonte: ABNT (2007). Adapatado pelo autor.
0
1
7
21
32
43
60
69
74
83
90
93
98
102
109
113
116
0
20
40
60
80
100
120
140
1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
A empresa que implanta a ISO 9000 quer acenar para o mercado, informando aos seus
clientes que seus produtos e serviços são resultantes de sistema de gestão de processos
organizados, estruturados e que buscam sempre a melhoria contínua.
100
2.10.1 A Certificação Não é um Requisito da Norma ISO 9000
Certificação é, portanto, uma atividade que se refere à emissão de uma garantia
escrita
o certificado – por um órgão externo independente que, ao ter auditado o sistema de
gestão da empresa, verificou que a mesma atendia aos requisitos especificados na norma. Nos
Estados Unidos da América, usa-se mais comumente o termo Registro (Registration), que
significa o registro da certificação no livro do órgão auditor externo independente.
Para efeito deste trabalho, considerar-se-á que não existe diferença relevante ou
significativa entre os dois termos e utilizar-se-á somente certificação.
Para um órgão externo independente poder atuar, ele deve ser acreditado, isto é, ser
reconhecido por outro órgão superior, que atestará as suas condições de atuação nessa função
de certificação. No Brasil, o órgão superior que realiza essa atividade é o Instituto Nacional de
Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO).
No mundo todo, existem cerca de 750 órgãos certificadores (ISO, 2007). No Brasil,
existem precisamente 37 organismos certificadores acreditados pelo INMETRO (2007), sendo
que um está com seu registro temporariamente suspenso. O Apêndice A apresenta a relação
de organismos certificadores atuantes no Brasil.
A instituição ISO não audita qualquer empresa; também não emite certificados de
conformidade de SGQs de acordo com a ISO 9001:2000, assim como não o faz para as outras
milhares de normas de sua responsabilidade (ISO, 2007).
A certificação, portanto, representa uma evidência objetiva de que o SGQ está
implantado corretamente, dando confiança aos gestores e aos clientes que a empresa tem o
controle do que faz. Entretanto, a certificação o pode ser entendida como uma garantia da
qualidade dos produtos ou serviços ofertados por dada empresa.
Por fim, vale a pena ressaltar que a atividade de certificação não surgiu com a ISO
9000. Na verdade, esta atividade é bem antiga e foi trazida para o escopo da implantação da
ISO 9000 pela prática de alguns órgãos certificadores de atuação mundial. Navios antes de
poderem zarpar para a sua primeira viagem – precisam ser certificados para receberem
aprovação das companhias seguradoras; vários dos órgãos certificadores mundiais tiveram sua
origem em atividades de controle marítimo.
Das 300 empresas brasileiras certificadas mais de três anos, pesquisadas em 2006
pelo INMETRO e pelo CB25/ABNT, 98% delas afirmam pretender renovar a certificação
(INMETRO, 2006).
101
3 HIPÓTESES E VARIÁVEIS DE PESQUISA
Questionamentos m existido a respeito dos motivos que fazem com que a
certificação ISO 9000 seja buscada pelas empresas.
Os motivos individuais de cada
empresa pela busca da certificação podem definir e predizer o seu desempenho
(JONES
et al., 1997).
Empresas que vêem e compreendem a ISO 9000 como um instrumento de
desenvolvimento da melhoria da qualidade, obtêm melhores resultados com a certificação do
que aquelas que enxergam a certificação como “obter um certificado” (HERAS et al.,
2002 b).
Singles et al. (2001) acreditam que os resultados financeiros superiores são
contingentes nas empresas que têm razões internas para perseguir a certificação.
Na pesquisa realizada pelo INMETRO e pelo CB25/ABNT (INMETRO, 2006), 48,7%
dos 150 gerentes da área comercial das empresas brasileiras certificadas consideraram ter
havido aumento das vendas com a certificação.
O marketing da certificação aparece como a principal causa para 26,0% dos gerentes;
o aumento da qualidade dos produtos é a causa principal para 15,1%; para 12,3% deles é o
aumento da credibilidade junto aos clientes e outros 8,2% reputam tal aumento das vendas à
padronização dos processos. Todas essas causas têm relação direta com a certificação e
totalizam 61,6%, enquanto que causas externas à certificação – como abertura de novos
mercados e crescimento do mercado aparecem, respectivamente, com 15,1% e 11,0% das
opiniões (INMETRO, 2006).
Damodaran (2004, p. 203) entende que um projeto deve ser definido de forma ampla
para considerar qualquer decisão que possa resultar na utilização dos recursos escassos de
uma companhia. Portanto, a certificação ISO 9000 é um projeto.
Ainda segundo Damodaran (2004, p. 203-204), um projeto pode ser independente de
outros, ou seja, sua análise não dependeria da análise de outros que pudesse afetar. o
parece ser o caso da certificação ISO 9000, por toda uma série de explanações feitas nos
capítulos anteriores.
Outra maneira de avaliar um projeto é a sua capacidade de gerar receitas brutas ou de
reduzir custos (DAMODARAN, 2004, p. 204); assim, um projeto de implantação e de
certificação ISO 9000 prescinde de uma decisão de investimento, seja esse investimento para
crescimento ou para contenção de custos.
102
Mas por que escolher implantar um processo de gestão da qualidade pela ISO 9000 se
for possível investir em ativos físicos?
Empresas são instituições que detêm a propriedade de certos ativos que produzem
receitas (DAMODARAN, 2004, p. 31); assim, toda e qualquer empresa necessita continuar
atuando para continuar gerando as receitas necessárias à sua permanência no mercado. Para
isso, é preciso investir no futuro e objetivar seu crescimento permanente.
Nesse sentido, o que se almeja é construir a maximização do valor da empresa, decisão
essa que passa pelo conjunto de pessoas que detêm o controle.
Por outro lado, poder-se-ia considerar que as empresas estão sempre à procura de
ativos que lhes valham mais do que para outros (BREALEY; MYERS, 1998, p. 11). Apesar
de as decisões de investimento estarem diretamente relacionadas com a qualidade da
governança corporativa, sabe-se que elas m que ser decididas com base em projetos que
possuam retornos positivos.
Importante ressaltar que uma empresa tem seu valor determinado, principalmente, pela
forma como investe em novos ativos, mais do que pelo modo como administra os ativos
existentes (DAMODARAN, 2004, p. 35); isso remete à maximização do preço das ações
como o objetivo primeiro dos gestores.
Uma vez que o futuro de uma empresa reside na sua habilidade e competência para
criar valor a partir de projetos que possuam valores presentes líqüidos (VPLs) positivos, as
respectivas decisões de investimento precisam considerar o que ela tem de melhor, ou seja,
suas vantagens competitivas.
Desta forma, o planejamento estratégico de longo prazo deve ser o “pano de fundo”
das decisões de investimento, pois é nele que se desenha a visão top-down da empresa,
ficando sob a responsabilidade da Alta Direção a aprovação final dos orçamentos de
investimentos (BREALEY; MYERS, 1998, p. 293–294, 299), os quais devem ter detalhadas
as projeções e previsões, análises de fluxos de caixa descontados e informação reversa.
Para tomar, portanto, uma decisão como essa, os altos dirigentes os tomadores de
decisão precisam de boas informações, as quais somente poderão ser produzidas se (1)
houver previsões consistentes a partir de premissas razoáveis; (2) houver redução do
enviesamento das previsões financeiras; (3) os gestores seniores possuírem as informações de
que necessitam e (4) se não houver conflitos de interesse entre os gerentes envolvidos com
uma decisão de investimento e os acionistas.
103
Rajan e Tamini (2003) estudaram empresas certificadas pela ISO 9000 e as
compararam com as empresas que compõem o ranking das 500 maiores empresas da Standard
& Poor’s (S&P500); puderam concluir que um investimento inicial de US$100.000 realizado
somente em empresas certificadas em fevereiro de 1990 teria crescido até a cifra de
US$814.335 em janeiro de 2000. Essa relação de mais de oito vezes é praticamente o dobro
de um investimento similar acompanhado pelo índice da S&P500.
Além disso, a revisão promovida pela ISO em 2000, editando a ISO 9001:2000 e
obsoletando a ISO 9001:1994 foi importante, pois tornou a norma
a) mais amigável para o usuário;
b) mais direcionada para o objetivo de gerir por processos;
c) focada na busca constante pela melhoria contínua;
d) relacionada com o conceito PDCA (Planejar Executar Checar - Atuar
corretivamente) e
e) objetiva, pois define como requisito a medição e análise dos resultados
organizacionais.
Essa última melhoria no conteúdo da norma pode ter provocado um maior enfoque das
empresas certificadas na criação de indicadores de negócio, sejam estratégicos sejam
operacionais. De tal maneira que
se espera encontrar resultados financeiros melhores a
partir da certificação.
3.1 Hipóteses de Pesquisa
O universo estudado é o das companhias abertas brasileiras. O ponto de partida para a
formulação das hipóteses a serem testadas é que
a adoção da certificação ISO 9000 melhora
o desempenho financeiro das companhias abertas
, assim como essa melhoria é contínua ao
longo do tempo e das diferentes versões da norma ISO 9000.
Decidiu-se adotar variáveis que sejam medidas de atividade, rentabilidade e
crescimento.
Assim, para as variáveis dependentes estabeleceram-se as medidas relacionadas com
rentabilidade, pois capturam o retorno; para as variáveis de controle, estabeleceram-se as
medidas de atividade e endividamento, pois capturam o risco.
104
As hipóteses de 1 a 6 foram testadas por meio do modelo de regressão por dados em
painel; o período de análise se inicia em 1995 e termina em 2006.
3.1.1 Hipóteses 1 e 2
Pressupõe-se que
a certificação ISO 9000 tem um efeito positivo sobre a
lucratividade das companhias abertas.
Assim, pode-se considerar como proxies os índices “Retorno sobre o Ativo Total”
(ROA_mod) e o “Retorno sobre as Vendas” (ROS_mod) modificados, ambos medidos antes
da depreciação, das despesas financeiras e dos resultados não operacionais.
Simmons e White (1999) e Corbett, Montes-Sancho e Kirsch (2005) adotaram em sua
pesquisa o índice ROA por se tratar de uma medida geralmente aceita para o desempenho
financeiro de uma empresa.
O ROA mede a eficácia geral da administração de uma companhia em gerar lucros
para os detentores de ações ordinárias (GITMAN, 2004, p. 55).
Corbett, Montes-Sancho e Kirsch (2005) adotaram ainda em sua pesquisa o índice
ROS como uma medida de lucratividade, de forma a medir o lucro puro por unidade de
receita.
Assim, formulam-se as duas primeiras hipóteses como sendo:
H
1
: Não existem melhorias significativas na taxa modificada ROA_mod das companhias
abertas certificadas ISO 9000.
H
2
: Não existem melhorias significativas na taxa modificada ROS_mod das companhias
abertas certificadas ISO 9000.
A rejeição às hipóteses H
1
e H
2
levará à aceitação, portanto, das hipóteses alternativas
de que a certificação pela ISO 9000 proporciona às companhias abertas melhores taxas
modificadas de retorno sobre o ativo total (ROA_mod) e sobre as vendas (ROS_mod) e
conseqüente criação de riqueza e geração de lucro para os acionistas das companhias abertas
certificadas.
105
3.1.2 Hipóteses 3 e 4
A implementação da ISO 9000 obriga a empresa e seus funcionários a
trabalharem mais disciplinadamente
. O desdobramento dessas atividades pode ser
visualizado na Figura 3, a seguir apresentada.
É necessário se projetar procedimentos que garantam que a qualidade seja medida e
corrigida, quando necessário. A prevenção de defeitos começa a ser empregada, o que resulta
em diminuição de custos operacionais.
Ao se documentar as práticas, a obsolescência pode ser identificada, tornando o
conhecimento mais explícito para a empresa, o que aumenta o moral dos funcionários,
que deverão produzir mais e melhor
.
Com a prevenção de defeitos, a moral e a produtividade aumentadas, espera-se que os
custos de se produzir diminuam, justificando a adoção da certificação ISO 9000.
106
A terceira e a quarta hipóteses são:
H
3
: Não existem melhorias significativas nas vendas (TOT_VEND) das companhias abertas
certificadas ISO 9000.
H
4
: Não existe diminuição do Índice Custo de Serviços Vendidos / Vendas (CSVtoVEND) das
companhias abertas certificadas ISO 9000.
A rejeição à hipótese H
3
levará à aceitação, portanto, da hipótese alternativa de que
melhoria significativa nas vendas das companhias abertas certificadas.
A rejeição à hipótese H
4
levará à aceitação, portanto, da hipótese alternativa de que
diminuição no índice custos dos serviços vendidos sobre o total das vendas das companhias
abertas certificadas.
3.1.3 Hipótese 5
Além disso, a certificação poderia auxiliar a reduzir a pressão por preços menores: a
receita de vendas subiria nesse caso. Mas para se determinar
se o crescimento nas vendas
refletiria crescimento da empresa ou simplesmente uma redução na rotatividade dos
ativos
, poder-se-ia considerar o Índice Vendas / Ativos (VENDtoTOT_AT) para análise
(CORBETT; MONTES-SANCHO; KIRSCH, 2005).
A quinta hipótese é:
H
5
: Não existe redução significativa no índice Vendas / Ativos (VENDtoTOT_AT) das
companhias abertas certificadas ISO 9000.
A rejeição à hipótese H
5
levará à aceitação, portanto, da hipótese alternativa de que
redução significativa no índice de vendas sobre os ativos das companhias abertas certificadas.
107
3.1.4 Hipótese 6
Como as normas da série ISO 9000 sofreram alterações basilares nos anos de 1994 e
2000, resultando em novos parâmetros normativo-gerenciais, decorrentes da experiência
acumulada nos anos anteriores às suas respectivas versões, espera-se que elas tenham
incorporado um conjunto de diretrizes e tecnologias que, ao serem introduzidos em uma dada
empresa, tenham provocado uma
mudança estrutural significativa na forma de serem
geridas
.
Assim, a implantação da ISO 9000, com sua posterior certificação, poderia ser
entendida como uma decisão de investimento de longo prazo. As primeiras companhias
abertas certificadas no Brasil no início dos anos 1990 continuam certificadas.
Como foi visto anteriormente, a implantação e a certificação ISO 9000 requer
financiamentos muitas vezes significativos, de acordo com o porte da empresa. As fontes de
recursos de longo prazo advêm (1) do capital próprio, ou seja, os recursos dos acionistas e (2)
de fontes de terceiros (GITMAN, 2004, p. 403).
Ora, se a ISO 9000 promove algum grau de investimento, é de se supor que a estrutura
de capital das companhias possa ser modificada em função disso. Mas um tipo de projeto
desse tipo de longo prazo , obrigatoriamente tem de se pagar.
Isso deve significar que os acionistas e os tomadores da decisão de se certificar os
gestores entendem que a certificação é uma ferramenta robusta de gestão, contribuindo para
a remuneração do capital dos acionistas. A ISO 9000 seria um projeto com VPL positivo.
Damodaran (2004, p. 253) propõe que, se o retorno sobre o patrimônio líqüido for
maior que o custo do patrimônio líqüido, então o projeto deve ser aceito. Se a certificação ISO
9000 for decidida por uma companhia, então um ROE maior que o custo do patrimônio
líqüido deve ser atingido.
A grande maioria das pesquisas realizadas por outros pesquisadores se concentrou em
coleta de dados de empresas em períodos anteriores a 2000, o que, certamente, não
possibilitou captar os efeitos da nova versão da norma nas finanças corporativas.
Surge a sexta hipótese:
H
6
: Não existem melhorias significativas no índice ROE das companhias abertas certificadas
ISO 9000.
108
A rejeição à hipótese H
6
levará à aceitação, portanto, da hipótese alternativa de que a
certificação ISO 9000 produziu às companhias abertas melhores taxas de retorno sobre o
patrimônio líqüido (ROE).
3.2 Variáveis de Pesquisa e sua Operacionalização
Ross, Westerfield e Jaffe (2002, p. 46-52) propõem cinco áreas para se poder avaliar o
desempenho financeiro das empresas: (1) solvência em curto prazo; (2) atividade; (3)
alavancagem financeira; (4) rentabilidade e (5) valor. A solvência no curto prazo capta, por
meio de índices de liquidez contábil, a capacidade com que uma empresa salda suas
obrigações financeiras de ordem repetitiva, os seus pagamentos rotineiros de contas. Como
esta é a única área das cinco anteriormente mencionadas a tratar do curto prazo, ela o será
objeto de pesquisa neste trabalho. Todas as restantes focam no longo prazo e, por isso, estarão
sendo considerados nesta pesquisa.
Os índices de atividade captam a eficácia com que uma empresa gere seus ativos. A
alavancagem financeira se relaciona com o grau de endividamento da empresa, ou com a
intensidade com que ela se utiliza de recursos de terceiros em vez de seus recursos próprios. O
capital de terceiros é uma forma importante para financiar os bons projetos que a empresa tem
pela frente.
A rentabilidade pode ser entendida como uma diferença qualitativa entre receitas e
custos, podendo variar esse atributo de empresa para empresa. Permite avaliar (1) o
desempenho gerencial pelo quociente entre lucro líqüido e o ativo total e (2) o desempenho
pelo quociente entre o lucro líqüido e o patrimônio dos acionistas.
3.2.1 As Variáveis Dependentes
Para as finalidades deste trabalho, as variáveis dependentes analisadas foram 6:
(a)
Taxa Modificada de Retorno sobre o Ativo Total (ROA_mod)
, que vem a ser o
lucro operacional liquido (LOL) após o imposto de renda (IR) e antes das despesas
financeiras (DF) e dos resultados não operacionais (RNO) sobre o total dos ativos (TOT_AT)
vezes 100;
109
(b)
Taxa Modificada de Retorno sobre as Vendas (ROS_mod)
, que vem a ser o
lucro operacional liquido (LOL) após o imposto de renda (IR) e antes das despesas
financeiras (DF) e dos resultados não operacionais (RNO) sobre o total das vendas
(TOT_VEND) vezes 100;
(c)
Total das Vendas (TOT_VEND)
, que vem a ser o total anual das vendas da
empresa;
(d)
Índice Custos dos Serviços Vendidos sobre o Total das Vendas
(CSVtoVEND)
, que significa a razão entre o custo para se produzir o que se vende (CSV)
sobre o valor total das vendas (VEND) vezes 100;
(e)
Índice Vendas sobre Ativos (VENDtoTOT_AT)
, que significa o total das
vendas anuais (VEND) de uma companhia sobre o total dos seus ativos (TOT_AT) vezes 100
e
(f)
Taxa de Retorno sobre o Patrimônio Líqüido (ROE)
, que vem a ser o lucro
operacional liquido (LOL) após o imposto de renda (IR) sobre o total do patrimônio líqüido
(PL) vezes 100.
A representação matemática de cada uma dessas variáveis dependentes fica sendo,
portanto, as abaixo apresentadas.
a)
A Taxa Modificada de Retorno sobre o Ativo Total (ROA_mod)
, dada pela
equação (1):
ROA
modificado
= LOL após o IR e antes das Desp Fin. e Res. Não Operac. x 100
Total dos Ativos
b)
A Taxa Modificada de Retorno sobre as Vendas (ROS_mod)
, dada pela
equação (2):
ROS
modificado
= LOL após o IR e antes das Desp Fin. e Res. Não Operac. x 100
Total das Vendas
c)
Total das Vendas (TOT_VEND),
dado pelo total anual das vendas
110
d)
Índice Custos dos Serviços Vendidos sobre o Total das Vendas
(CSVtoVEND)
, dado pela equação (3):
CSVtoVEND = Custo dos Serviços Vendidos x 100
Total das Vendas
e)
Índice Vendas sobre Ativos (VENDtoTOT_AT),
dado pela equação (4):
VENDtoTOT_AT = Total das Vendas x 100
Total dos Ativos
f)
Taxa de Retorno sobre o Patrimônio Líqüido (ROE)
, dada pela equação (5):
ROE = Lucro Operacional Líqüido após o Imposto de Renda x 100
Patrimônio Líqüido
3.2.2 A Variável Independente
A única variável independente adotada foi a certificação ISO 9000, denominada
CERT_ISO
, que poderá adotar valor 0 para as companhias abertas não certificadas ou para os
períodos em que não possuíam a certificação ISO 9000, 1 para a obtenção da certificação ISO
9000 na versão 1987 ou 1994 e 2 para a obtenção da certificação ISO 9000 na versão 2000.
3.2.3 As Variáveis de Controle
O grupo de variáveis de controle foi estruturado para conter apenas as contínuas e que
sejam de cunho financeiro, já que se espera comprovar que o desempenho financeiro é
melhorado a partir da certificação ISO 9000. Essas variáveis financeiras se relacionam com
risco operacional, lucratividade, eficiência operacional, endividamento e tamanho das
empresas em função de seus ativos.
São 6, abaixo apresentadas:
a)
O risco operacional (RISCO)
foi medido pelo desvio-padrão amostral do ROA_mod ao
longo do período;
b)
A lucratividade medida pela margem líqüida (LUCRAT)
, dada pela razão entre lucro
operacional líqüido e receita líqüida vezes 100;
111
c)
A eficiência operacional (RLtoAT_TANG)
, dada pelo logaritmo da razão entre receita
líqüida de vendas e ativo imobilizado;
d)
Endividamento (ENDIV)
, dado pela razão entre dívidas de longo prazo e o total do
patrimônio líqüido vezes 100;
e)
Defasagem do Endividamento (ENDIV_1)
, o endividamento ocorrido no período t-1,
cuja finalidade é capturar o esforço da companhia em diminuí-lo;
f)
Tamanho das companhias abertas (TAM_EMP)
, medido pelo logaritmo dos ativos
totais.
O Quadro 1 consolida as informações do modelo utilizado.
Quadro 1:
Resumo com as variáveis empregadas no modelo econométrico
Variável Descrição Tipo
ROA_mod Taxa modificada de retorno sobre o ativo total Financeira / Dependente
ROS_mod Taxa modificada de retorno sobre as vendas Financeira / Dependente
TOT_VEND Total das vendas Financeira / Dependente
CSVtoVEND Índice custo dos Serviços vendidos sobre o total das vendas Financeira / Dependente
VENDtoTOT_AT Índice vendas sobre ativo total Financeira / Dependente
ROE Taxa de retorno sobre o patrimônio líquido Financeira / Dependente
CERT_ISO Certificação da empresa pela ISO 9001 Não Financeira / Independente
RISCO Risco operacional Financeira / Controle
LUCRAT Lucratividade medida pela margem líquida Financeira / Controle
RLtoAT_TANG Eficiência operacional Financeira / Controle
ENDIV Endividamento Financeira / Controle
ENDIV_1 Endividamento no período t - 1 Financeira / Controle
TAM_EMP Tamanho das empresas Financeira / Controle
Fonte: Elaborado pelo autor.
112
113
4 METODOLOGIA DE PESQUISA
um conjunto de estudos realizados por diversos pesquisadores mundo afora que
pode ser analisado a partir dos dados consolidados na Tabela 10, a seguir apresentada.
continua
Autores e ano do
estudo
Objetivo
Modelo
econométrico
Tamanho da
amostra
Período de
análise
Variáveis
Dependentes
Variáveis de Controle
Terlaak e King
(2006)
Avaliar se a
certificação ISO 9000
permite uma vantagem
competitiva
Dados em painel
3.317 empresas
privadas certificadas
Empresas
certificadas
entre 1988-
1998
Crescimento no
volume de produção
Tamanho da indústria; geração de
refugos; tamanho dos estoques; número
de empregados; tamanho da empresa;
percentual de exportações; certificação
ISO 9000 no setor; intensidade em
P&D; intensidade em propaganda
Morris (2006)
Avaliar o desempenho
financeiro a partir da
certificação ISO 9000
na indústria eletrônica
americana
Regressões cross-
sectional "pooled"
680 empresas
americanas privadas
certificadas e 2.068
não certificadas
Não declarado
Receita operacional
antes da depreciação
Valor contábil; idade das instalações;
estoque; ativos líquidos (menos
estoques); despesas com P&D
Corbett, Montes-
Sancho e Kirsch
(2005)
Avaliar o desempenho
financeiro superior
devido ä certificação
ISO 9000
Estudo de eventos
554 indústrias
americanas privadas
certificadas e 554
não certificadas
Empresas
certificadas
entre 1990 e
1997
ROA; ROS; Q de
Tobin; custos dos
serviços
vendidos/vendas;
vendas/ativos totais
ROA; ativos; setor da indústria
Martínez-
Lorente e
Martínez-Costa
(2004)
Avaliar a relação
positiva entre a
certificação ISO 9000 e
os resultados da
companhia
ANOVA
377 indústrias
espanholas
certificadas e 60 não
certificadas
Empresas
certificadas
até 2001
Lucratividade por giro
de vendas;
lucratividade por
empregado
Custos de produção; rapidez de
entrega; facilidade em mudar volume
de produção e adaptar estoques; índices
de defeitos; tempo de ciclo de produção
Dimara, Skuras,
Tsekouras e
Goutsos (2004)
Avaliar a relação da
certificação ISO 9000 e
o desempenho
financeiro relacionados
com o tipo genérico de
estratégia adotada
Não disponível
94 empresas gregas
certificadas
Empresas
certificadas
entre 1989 e
1993
Lucratividade (ROCE,
ROI e ROE);
crescimento da
empresa (crescimento
nas vendas e capital
próprio); grau de
endividamento
Liderança em custo; diferenciação de
mercado/liderança em foco; todas as
estratégias
Terziovski,
Power e Sohal
(2003)
Avaliar os motivos dos
gestores para certificar
pela ISO 9000 e o
desempenho do
negócio
Análise fatorial
multi-variada
400 empresas
australianas
certificadas
Empresas
certificadas
até 2002
Benefícios financeiros
medidos pelo valor da
certificação
Redução de refugos; satisfação dos
clientes; vendas; qualidade do
fornecedor; imagem da empresa;
sistemas organizacionais; número de
anos da certificação; estilo dos
auditores externos; maturidade da
cultura organizacional; foco no cliente
Tabela 10
- Principais autores e trabalhos relacionados com o objeto de pesquisa desta
dissertação
114
conclusão
Autores e ano do
estudo
Objetivo
Modelo
econométrico
Tamanho da
amostra
Período de
análise
Dependentes Controle
Chow-Chua,
Goh e Wan
(2003)
Avaliar a relação entre
a certificação ISO 9000
e o desempenho
financeiro
Não disponível
103 companhias
abertas e fechadas
singapuranesas
certificadas e 43
companhias abertas
singapuranesas não
certificadas
Empresas
certificadas
entre 1987 e
1997
Margem líquida de
vendas; ROA; ROE;
grau de endividamento;
lucro por ação
Tamanho da empresa; marketshare;
imagem corporativa; satisfação dos
clientes; retenção de pessoas; expansão
para mercados internacionais
Heras, Dick e
Casadesús
(2002)
Avaliar se a
certificação ISO 9000
contribui para o
aumento das vendas e
da lucratividade
Estudo
longitudinal
400 empresas
espanholas
certificadas da região
basca e 400 não
certificadas
Empresas
certificadas
entre 1994 e
1998
Receita das vendas;
ROA
Tamanho da empresa; distribuição de
empresas certificadas por setor
industrial
Nicolau e Sellers
(2002)
Avaliar a reação do
mercado nos preços das
ações à certificação
ISO 9000
Estudo de eventos
27 companhias
abertas espanholas
certificadas
Empresas
certificadas
entre 1993 e
1999
Retornos nos preços
das ações
Não disponível
Lima, Resende e
Hasenclever
(2000)
Avaliar a relação entre
a certificação ISO 9000
e o desempenho de
empresas
Testes não
paramétricos
128 companhias
abertas e fechadas
brasileiras e 256 não
certificadas
Empresas
certificadas
entre 1992 e
1998
Resultado
operacional/ativos
totais; receitas
líquidas/ativos totais;
vendas/ativos totais;
receita
operacional/vendas;
receita líquida/vendas
Receitas operacionais; ativos totais;
tempo de certificação; nível da norma
(9001 ou 9002)
Docking e
Dowen (1999)
Avaliar a reação do
preço da ação ao
anúncio da certificação
ISO 9000
Análise de
regressão cross-
section
252 companhias
americanas abertas
certificadas
Empresas
certificadas
entre 1990 e
1994
Retorno no valor da
ação
Data da 1a. certificação; tamanho da
empresa; número acumulado de
certificações; ser a 1a. empresa a se
certificar; criação da União Européia
Anderson, Daly
e Johnson (1999)
Avaliar se a
certificação ISO 9000 é
para atender a uma
exigência
governamental ou a
uma demanda dos
clientes
Probit
514 indústrias
americanas e
canadenses
certificadas e 1.965
não certificadas
Empresas
certificadas
entre 1990 e
1996
Atendimento a
exigências regulatórias;
comunicação dos
processos
organizacionais para
partes interessadas
externas
Regulamentos da União Européia ou
outros mercados internacionais;
grandes vendas para o governo ou para
outros fabricantes; reputação;
propaganda pelo volume de vendas;
sinalização externa via conquista de um
prêmio de qualidade; tamanho da
empresa; número de patentes;
investimentos em P&D
Simmons e
White (1999)
Avaliar a relação entre
a certificação ISO 9000
e o desempenho da
empresa
ANOVA,
ANCOVA e
MANCOVA
126 empresas do
setor eletrônico
americano e
canadense
Empresas
certificadas
até 1995
ROA; ROI
Marketshare; qualidade do produto;
eficiência; razão vendas/patrimônio
líquido; tamanho da empresa
(logaritmo natural dos ativos totais);
tempo de certificação
Elaborado pelo autor.
Tabela 10
- Principais autores e trabalhos relacionados com o objeto de pesquisa desta
dissertação
115
Em trabalho publicado em 2005, Corbett, Montes-Sancho e Kirsch comprovam que
empresas americanas manufatureiras que aderem à certificação ISO 9000 conseguem obter
melhorias anormais significativas no seu desempenho financeiro, que se mantém até três anos
depois da data de certificação. Isso comprova uma das premissas da norma, a de que
procedimentos bem definidos e documentados melhoram a consistência dos resultados
(outputs).
É importante se considerar que, ao se analisar diversas empresas de vários segmentos,
a adoção da ISO 9000 como prática de gestão da qualidade com certificação posterior pode
promover os desempenhos econômico, organizacional e operacional. É preciso então se
definir quais métricas devem ser utilizadas para se realizar a pesquisa, considerando-se três
campos de estudo: a gestão, a economia dos negócios e a gestão da qualidade.
Dimara et al. (2004) propõem em sua pesquisa adotar indicadores financeiros
relacionados com lucratividade, crescimento da firma e sua estrutura de capital.
Surgem, portanto, para a
métrica da lucratividade
, os indicadores de retorno sobre
investimentos (ROI), retorno sobre o capital próprio (ROE) e a evolução das margens de
lucro. Para a métrica do crescimento, despontam crescimento das vendas e crescimento do
capital próprio. Para a estrutura de capital, propõe-se o retorno sobre os ativos (ROA).
Analisando empresas americanas do setor eletro-eletrônico, Simmons e White (1999)
comprovaram haver correlação positiva entre a certificação e o desempenho financeiro.
Corbett, Montes-Sancho e Kirsch (2005) utilizaram métodos de estudos de eventos e
explicam porque o fizeram. Em função das hipóteses formuladas, a abordagem ideal seria a
utilização de um modelo com dados em painel, o que permitiria explicar o ROA em termos da
certificação e das variáveis de controle. Como a certificação ISO 9000 foi considerada pelos
autores como discreta e endógena, foi apresentada uma série de considerações para o terem
se utilizado do modelo de dados em painel.
Corbett, Montes-Sancho e Kirsch (2005) admitem que a principal é a de que não existe
uma aceitação única desta abordagem para o contexto de dados em painel, além do que os
resultados que eles obtiveram foram altamente sensíveis para a especificação exata do modelo
empregado. E que deixariam para fazer esse procedimento em uma futura pesquisa.
No entanto, apesar das considerações desses autores, e talvez exatamente por isso, o
emprego do modelo econométrico de dados em painel que guarda uma série de vantagens
substantivas foi escolhido para ser utilizado neste trabalho de dissertação.
116
A grande maioria dos trabalhos estudados e aqui referenciados analisa os benefícios da
certificação ISO 9000 em determinados momentos, particularmente ao redor de sua data de
divulgação. Entretanto, pode-se dizer que os benefícios são contínuos e prolongados, o que
poderia ser mais bem estudado com a utilização de dados em painel.
Neste trabalho de dissertação, a abordagem é quantitativa e descritiva. Torna-se
quantitativa, pois empregou quantificação tanto na coleta de dados, quanto no seu tratamento
por meio de técnicas estatísticas (RICHARDSON, 2007, p. 70) e modelos econométricos.
Considera-se modelo econométrico uma equação relacionando a variável dependente a
um grupo de variáveis explicativas e distúrbios não observados, no qual parâmetros
populacionais desconhecidos determinam o efeito ceteris paribus de cada uma das variáveis
explicativas (WOOLDRIDGE, 2006, p. 657).
Como toda pesquisa quantitativa, as variáveis são pré-determinadas, com grande
utilização da estatística e propiciando alto grau de generalização. O método quantitativo,
amplamente utilizado em estudos descritivos, possibilita descobrir e classificar uma relação
entre variáveis, assim como uma possível relação de causalidade entre fenômenos
(RICHARDSON et al., 2007, p. 70).
A pesquisa é descritiva, pois objetiva estudar uma situação específica, buscando
descrever o fenômeno sem nele interferir, mas com o intuito de descrever as características
desse fenômeno (RICHARDSON et al., 2007, p. 66, 70). Também conhecida como não
experimental, ou ex post facto, esta pesquisa almeja estudar a relação entre variáveis, sem
manipulá-las a priori. A sua manifestação é feita a posteriori (KÖCHE, 2002, p. 124).
O pesquisador espera obter um melhor entendimento do comportamento de diversas
variáveis que possam influir no fenômeno escolhido para análise. A pesquisa pretende
avançar no conhecimento do tema.
Quanto à estratégia da pesquisa, as fontes de informação foram acessadas por meio de
coleta de dados junto a pessoas via envio de questionário simples, além de uma pesquisa
documental, com coleta de dados em fontes possuidoras de documentos informacionais.
A pesquisa tem corte transversal, pois foi avaliado um conjunto de variáveis, em uma
mesma amostra de empresas, ao longo de um período previamente determinado de tempo.
Desta forma, aplicou-se o
modelo de regressão com dados em painel, analisando a
evolução das variáveis escolhidas ao longo do tempo
a ser estudado. Foram acompanhadas
as
companhias abertas brasileiras no período de 1995 a 2006
, possuidoras ou não da
certificação ISO 9000 individual.
117
Dados em painel são um conjunto de dados de cortes transversais repetidos ao longo
do tempo (WOOLDRIDGE, 2006, p. 647).
Os dados em painel que conotam o movimento no tempo de unidades de corte
transversal são ainda conhecidos como (GUJARATI, 2006, p. 513):
a) Dados combinados;
b) Combinação de séries temporais e de dados de corte transversal;
c) Dados longitudinais, ou seja, um estudo ao longo do tempo de uma variável ou de
um grupo de temas;
d) Análise histórica de eventos ou estudo dos movimentos no tempo de sucessivos
estados e condições;
e) Análise de corte.
O modelo de dados em painel permite acompanhar as mesmas empresas ao longo do
tempo. Nesta dissertação, um conjunto de dados econômico-financeiros foi coletado de uma
seleção não-aleatória de companhias abertas brasileiras em dado momento sendo, a seguir,
acompanhadas essas mesmas companhias em períodos subseqüentes de tempo.
A análise dos benefícios é muito mais aprimorada com este modelo econométrico
(WOOLDRIDGE, 2006, p. 402-403), já que não se poderá supor que as observações sejam
distribuídas de maneira independente durante o tempo. Fatores outros que não a ISO 9000
podem ter afetado os desempenhos das companhias em estudo; tais atributos presentes ao
longo do tempo e que não forem objeto de observação deverão ser removidos.
Gujarati (2006, p. 514) apresenta uma série de características do modelo de dados em
painel e suas vantagens sobre outros métodos, a seguir descritas:
a)
As técnicas de estimação em painel levam em conta a heterogeneidade
que estará
presente, no caso, as diversas companhias a serem analisadas;
b) Os dados em painel propiciam dados mais informativos, mais variabilidade e
menos
colinearidade entre as variáveis
, mais graus de liberdade e mais eficiência, que
combinam séries temporais com dados de corte transversal;
c) Os dados em painel são mais adequados ao estudo da dinâmica da mudança, ao
estudarem repetidamente um corte transversal de observações;
d) São mais robustos para determinar e medir efeitos e
e) Ao tornar disponíveis dados referentes a milhares de unidades,
minimiza-se o viés
que poderia decorrer da agregação de empresas em grandes conjuntos.
118
Para o estudo em questão, as variáveis dependentes que se quer estudar estão
relacionadas com o desempenho financeiro das companhias e, para isso, utilizou-se dados em
painel, separando os fatores não observados que afetam essas variáveis dependentes: os
fatores que o constantes e os que variam ao longo do tempo. Os dados em painel são,
portanto, uma combinação de séries temporais e de dados de corte transversal, ou seja, o
movimento no tempo de unidades de corte transversal, neste caso, as companhias abertas.
4.1 População, Amostra e Levantamento dos Dados
A primeira resolução foi determinar quando se iniciaria a série temporal. Como o
processo de implantação da ISO 9000 no Brasil foi prematuro, já com registro de empresas se
certificando em 1990, esse poderia ser considerado o primeiro ano da análise.
Entretanto, para desconsiderar o efeito da inflação,
adotou-se o ano de 1995
, com
os efeitos permanentes do controle da inflação e por ter sido o primeiro ano completo da
implantação do Plano Real. Foi também o primeiro ano de utilização prática da versão 1994
da norma ISO 9000. Nesse ano, 948 empresas se certificaram no Brasil (INMETRO, 2007).
O CB25 da ABNT foi instituído em 1990, uma demonstração da importância que a
ISO 9000 teria no cenário empresarial brasileiro. Como o banco de dados do CB25 está
atualizado a2006 (ABNT, 2007), este foi considerado o último ano da análise, perfazendo
um total de 12 anos.
Para o caso das companhias abertas certificadas possuidoras de mais de uma planta,
foi adotada uma premissa: a de que a primeira certificação seria considerada a válida, que
todas as outras unidades do grupo deverão ter feito uso dos benefícios da primeira certificação
(DOCKING; DOWEN, 1999; SIMMONS; WHITE, 1999). Portanto, foi feito o
acompanhamento a partir da primeira certificação individual de qualquer das companhias
abertas que compõem o grupo.
Além disso, deve-se aceitar a possibilidade de que a decisão de se certificar uma
unidade empresarial seja uma decisão estratégica, devendo ser avaliada se essa decisão foi
acertada em termos de lucratividade e de desempenho global da corporação (PAPPS, 1995).
Ademais, o desempenho financeiro é acompanhado e medido em nível corporativo, o
que também determina o uso da premissa anterior, a de que os resultados financeiros
deverão estar sendo desfrutados por todo o grupo (CORBETT; MONTES-SANCHO;
KIRSCH, 2005).
119
Segundo Malhotra et al. (2000, p. 71), dados secundários são quaisquer dados que
foram coletados em algum momento anterior ao seu uso, para outros propósitos que não a
solução daquele problema em questão, neste caso, a relação entre a certificação ISO 9000 e o
desempenho financeiro das companhias abertas.
Além disso, são inegáveis os benefícios advindos do uso de dados secundários
existentes, seja no quesito financeiro, seja no quesito tempo. Acessar diretamente todas as
companhias abertas que compõem a amostra deste estudo resultaria em projeto longo e
custoso, tornando o trabalho praticamente inexeqüível.
Assim,
este estudo baseia-se em três grandes grupos de dados
. Primeiramente, foi
utilizado o
banco de dados da Comissão de Valores Mobiliários (CVM)
, disponível pelo
seu site www.cvm.gov.br, no qual foram identificadas todas as companhias abertas com
registro atual válido ou que tenham fechado seu capital em algum ano do período sob análise.
A consulta a esses dados estatísticos está disponível gratuitamente.
A seguir, foi utilizado o
banco de dados da Economática
; das companhias abertas
selecionadas a partir do banco de dados da CVM, restaram 207 com dados disponíveis. A
consulta a esses dados estatísticos não está disponível gratuitamente e a consulta às
informações das companhias abertas e suas unidades de negócio foi realizada por meio de
acesso na biblioteca George Alexander da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
O terceiro passo foi identificar as companhias que possuíram ou possuem a
certificação ISO 9000 em algum momento do período 1995-2006.
O banco de dados do
CB25/ABNT
apresenta um conjunto de 8.533 empresas certificadas atualmente, com suas
datas atuais de certificação.
Todos os dados relacionados com uma empresa certificada (nome, razão social, planta
certificada, endereço, responsável, código da indústria, data do certificado atual e validade do
mesmo) são repassados para o CB25/ABNT por cada um dos 37 órgãos certificadores
atuantes no Brasil. A consulta a esses dados estatísticos está disponível gratuitamente, mas a
consulta às informações das empresas e suas unidades de negócio é realizada através de senha
e não é, normalmente, gratuita; entretanto, para os fins deste estudo, o CB25/ABNT
gentilmente cedeu acesso irrestrito.
Entretanto, todos os dados anteriores relacionados com as datas das primeiras
certificações e suas manutenções periódicas (bienais ou trienais) não constam dessa base de
dados, impedindo conhecer o histórico da certificação de cada empresa brasileira,
imprescindível para a análise dentro do modelo de dados em painel.
120
Como essa base de dados é compilada pelo CB25/ABNT a partir de dezenas de
provedores de informação os órgãos certificadores as incorreções e incompletezas nos
dados detectados nessa base foi uma preocupação adicional.
Desta forma, foi necessário ir em busca de dados primários junto a todas as 207
companhias abertas restantes na amostra. Os dados primários são aqueles coletados com um
objetivo muito específico: solucionar um problema específico de pesquisa.
Dois recursos adicionais foram necessários: primeiramente foram realizados contatos
com os Gestores da Qualidade ou com os Diretores de Relações com Investidores das
companhias abertas por meio de mensagens eletrônicas solicitando informações sobre a data
da primeira certificação da companhia e a data da primeira certificação da versão 2000 da ISO
9001 (Apêndice B). A seguir, para as companhias que não responderam à mensagem
eletrônica enviada, foram realizados contatos telefônicos com os mesmos para conseguir
complementar as duas informações.
4.2 Caracterização da Amostra
As companhias podem ter múltiplas certificações, mesmo dentro de uma mesma planta
física, ao passo que o desempenho financeiro é medido e acompanhado no nível corporativo.
Seguindo o que foi proposto por Corbett, Montes-Sancho e Kirsch (2005), adotou-se que não
modo de mensurar o desempenho financeiro de uma determinada parte da companhia que
seja apenas ela certificada.
Portanto, focou-se na primeira certificação de uma filial ou planta pertencente a uma
companhia aberta, de modo que os efeitos de uma certificação começariam a aparecer nas
demais unidades ao longo do tempo (DOCKING; DOWEN, 1999; SIMMONS; WHITE,
1999). Para companhias menores com apenas uma planta, não há desconexão entre o que seria
o nível-planta do que seria o vel de desempenho financeiro corporativo, o que o se torna
uma preocupação.
Para companhias maiores, com muitas plantas, esta desconexão torna os testes
aplicados ainda mais conservadores: como a amostra final poderia conter muitas companhias
abertas com múltiplas plantas, mas apenas uma planta certificada, quaisquer efeitos de uma
certificação seriam mais fortes a ponto de poderem ser detectados (CORBETT; MONTES-
SANCHO; KIRSCH, 2005).
121
A primeira certificação de uma empresa pela ISO 9000 no Brasil ocorreu em 1990. No
período de 1990 a 1993, um total de 225 empresas brasileiras se certificou, sendo que 21
companhias abertas estão presentes na amostra final.
Fundir as três bases e consolidar seus dados foi um desafio ainda maior, que até as
denominações das companhias são distintas. Alguns procedimentos foram utilizados para se
padronizar a maioria dos dados, verificando-os manualmente um a um, por meio de acessos
ao Google, ao site da BOVESPA, aos sites das próprias companhias, aos sites das
certificadoras e aos sites das associações a que determinada companhia aberta poderia
pertencer.
Companhias com certificação ISO 9000 para as quais não foi possível confirmar suas
datas de certificação foram descartadas. O percentual das companhias abertas que
responderam às mensagens eletrônicas solicitando as duas informações sobre datas das
certificações foi alta, 93%. As 116 companhias abertas certificadas da amostra representam
1,4% de toda a população de empresas certificadas no Brasil.
Corbett, Montes-Sancho e Kirsch (2005) reportam como tendo sido de dois anos o
tempo para a fusão dos dados em sua pesquisa. Neste presente estudo, todo o processo de
fusão dos dados oriundos desses três bancos levou cerca de 3 meses. Dado o escopo e a
natureza manual do trabalho, pode-se supor que haja possibilidade de haver dois tipos de erros
teoricamente possíveis, tal como também descrito por Corbett, Montes-Sancho e Kirsch
(2005) em seu trabalho: companhias abertas realmente certificadas no período 1990-2006
poderiam não aparecer como tal no conjunto final de dados e companhias não certificadas
estarem listas como certificadas.
Entretanto, na amostra final, não foi encontrada qualquer companhia certificada de
fato que estivesse classificada como não certificada. Também para o segundo caso, não houve
qualquer companhia aberta o certificada que houvesse sido listada como certificada: essa
possibilidade seria ainda mais remota, já que somente companhias certificadas constantes da
base do CB25/ABNT foram listadas como tal.
Se eventualmente alguma companhia realmente certificada não tivesse sido
relacionada como tal na amostra final, isso tornaria os testes ainda mais conservadores, uma
vez que a confiabilidade da fusão dos dados não está correlacionada com a interação entre a
certificação ISO 9000 e o desempenho financeiro, como atestam Corbett, Montes-Sancho e
Kirsch (2005). Isso significa que, se for tratada alguma companhia certificada como não o
sendo, mas ainda assim encontrando um efeito significativo, provavelmente estar-se-ia
subestimando sua significância.
122
Outra fonte possível de erros é a base de dados do CB25/ABNT, apesar de haver
razões para se supor que a base seja correta em determinados aspectos. A base de dados do
CB25/ABNT é alimentada com as informações das novas certificações diretamente pelos
diversos órgãos certificadores registrados e autorizados a atuar no Brasil.
Os órgãos certificadores certamente evitam informar que determinada companhia
tenha sido certificada se não o foi realmente.
Além disso, por meio desse fluxo de informações de um órgão certificador para o
CB25/ABNT, consegue-se estabelecer o seu marketshare, o que aumentaria o grau de
confiança nas informações, que um órgão certificador não gostaria de subestimar sua fatia
de mercado, o que o faz informar cada nova certificação.
Apesar de as companhias individualmente quererem que suas certificações sejam
corretamente mencionadas, foi comum e presente encontrar nomes incorretos dos
representantes das companhias ou mesmo ausência do nome do representante da qualidade,
telefones incorretos ou antigos, além de endereços trocados.
Ao se consultar os representantes das companhias, percebeu-se também que muitos
deles desconhecem que o CB25/ABNT compila seus dados. Alguns outros se surpreenderam
com o fato de ter sido possível localizar seus dados profissionais para um contato.
Da amostra inicial, foram eliminadas as companhias por falta de suficiente informação
financeira. Em 09 de setembro de 2007, havia 732 companhias abertas registradas na CVM.
Dentre essas, algumas companhias abertas tiveram seu registro cancelado entre os anos de
2002 e 2006, (1) por terem fechado seu capital, (2) por terem sido adquiridas por outro grupo
empresarial ou (3) por terem sido incorporadas pelas empresas-mãe.
Fazem parte da amostra definitiva as empresas que possuem capital aberto ou que o
tinham durante o período de análise e que possuem ou possuíam os seus registros válidos na
Comissão de Valores Mobiliários, o que definiu o tamanho máximo da amostra.
Isso torna a pesquisa ainda mais conservadora, já que, ao se manter na amostra
companhias que fecharam seu capital, pode-se estar mantendo unidades de análise pouco
lucrativas ou de questionável gestão.
Desta forma, a seleção da amostra foi não aleatória, isto é, foi realizado um processo
de seleção amostral que não pode ser caracterizado pela extração aleatória da população de
interesse (WOOLDRIDGE, 2006, p. 661).
123
Portanto, a amostra foi selecionada com base em um critério substantivo: ser uma
companhia aberta. A seguir, que tivesse os seus dados econômico-financeiros disponíveis na
plataforma Economática. Ter ou o a certificação ISO 9000 não foi um critério definidor da
amostragem.
Essa amostra não-probabilística, portanto, foi definida intencionalmente a partir das
fontes de informações disponíveis relacionadas com companhias abertas brasileiras.
Das 207 companhias abertas que participam da amostra, a partir de dados colhidos da
edição 2007 da Revista Exame 500 Melhores e Maiores (EXAME, 2007) e do site do
CB25/ABNT (2007), foi possível obter a seguinte estratificação:
a) 3,4% pertencem ao setor primário, 62,5% ao setor secundário e 34,1% ao terciário;
b) 18,3% das companhias possuem controle acionário estrangeiro, 2,4% possuem
controle estatal brasileiro e 79,3 % possuem controle nacional privado;
c) 116 companhias abertas (56,0%) possuem a certificação ISO 9001:2000 e 91
companhias abertas (43,9%) não a possuem;
d) Das 116 companhias certificadas, 92 delas (79,3%) se certificaram pela primeira vez
pela versão 1987 ou 1994 da ISO 9000 e 24 (20,7%) se certificaram inicialmente na
versão ISO 9001:2000;
e) 32 delas (27,6%) já estavam certificadas antes do primeiro ano do período sob
análise, ou seja, antes de 1995;
f) O setor secundário é o que mais certifica (86 entre 116 companhias), enquanto que o
setor primário é o que menos certifica (apenas 5 entre 116 companhias), ficando o
setor de serviços com 25 certificadas dentre 116 companhias;
g) 17 das companhias abertas que compõem a amostra o possuíam o seu registro na
CVM válido na data de 09 de setembro de 2007 (data em que a amostra foi
definitivamente finalizada), pois durante o período analisado fecharam o seu capital ou
foram adquiridas ou incorporadas por outra companhia aberta;
h) 125 delas (o equivalente a 60,1%) estão presentes entre as 500 melhores e maiores
empresas da Revista Exame, edição 2007, sendo que, dentre as 100 maiores empresas
brasileiras pela Revista Exame (EXAME, 2007), 71 são certificadas de acordo com a
ISO 9001:2000 e
i) Em 2006, 20,7% das companhias abertas tiveram receita até R$200 milhões; 10,1%
de R$200 a R$ 400 milhões; 8,6% entre R$400 e R$600 milhões; 4,3% entre R$600 e
124
R$800 milhões; 5,8% entre R$800 milhões e R$1 bilhão e 50,5% com mais de R$1
bilhão de receitas, conforme pode ser visualizado no gráfico 9 a seguir.
Gráfico 9: Distribuição das companhias abertas pela sua classe de receita.
Fonte: Exame (ago. 2007). Adaptado pelo autor.
43
21
18
9
12
105
0
20
40
60
80
100
120
Até 200
milhões
De 200 - 400
milhões
De 400 - 600
milhões
De 600 - 800
milhões
De 800 milhões
a 1 bilhão
Acima de 1
bilhão
Quantidade de
companhias abertas
Foram excluídas da amostra final todas as instituições financeiras, distribuidoras de
valores, as de previdência privada e assemelhadas, que pertencem ao setor econômico
“Financeiro e outros” da BOVESPA (BOVESPA, 2007).
Empresas que tiveram abertura de seu capital nos anos de 2005 e 2006 ou que se
certificaram pela primeira vez a partir do ano de 2005 também foram excluídas, pois não
permitiriam uma rie temporal mínima para análise com dados em painel. Isso também
tornou a pesquisa ainda mais conservadora.
Companhias abertas listadas em bolsa e que atuam como empresas de participação
também foram desconsideradas, pois as companhias abertas nas quais investem são objeto
deste estudo; sua inclusão poderia criar redundância ou enviesamento nas regressões.
A amostra final, composta por 207 companhias abertas, foi estratificada de acordo
com os critérios utilizados para classificação setorial das empresas negociadas na BOVESPA.
125
Conforme Baltagi (1999 apud MARTIN et al., 2005), a heterogeneidade da amostra
companhias de diferentes setores da economia , poderá proporcionar uma estimação mais
eficiente dos parâmetros, com pressupostos menos restritivos.
Assim, a amostra resultante tem o perfil apresentado no Quadro 2 a seguir.
Quadro 2
: Perfil da Amostra
Setor da Economia Total
Participação
(%)
Energia Elétrica 19 9,2
Siderurgia e Metalurgia 19 9,2
Tecidos, Vestuário e Calçados 19 9,2
Alimentos 17 8,2
Químicos e Petroquímicos 14 6,8
Construção e Engenharia 13 6,3
Transporte 13 6,3
Material de Transporte 12 5,8
Madeira, Papel e Celulose 10 4,8
Máquinas e Equipamentos 10 4,8
Telefonia Móvel 8 3,9
Comércio Cíclico 7 3,4
Telefonia Fixa 6 2,9
Petróleo. Gás e Combustíveis 5 2,4
Utilidades Domésticas 5 2,4
Lazer 4 1,9
Mídia 3 1,4
Mineração 3 1,4
Programas e Serviços 3 1,4
Comércio Não Cíclico 2 1,0
Embalagens 2 1,0
Hotelaria 2 1,0
Materiais Básicos Diversos 2 1,0
Produtos de Uso Pessoal e de Limpeza 2 1,0
Saúde 2 1,0
Bebidas 1 0,5
Computadores e Equipamentos 1 0,5
Consumo Cíclico Diversos 1 0,5
Fumo 1 0,5
Serviços 1 0,5
Total
207
100,00
Fonte: CVM (2007). Adaptado pelo autor.
126
Todas absolutamente todas as companhias abertas certificadas presentes na
amostra final informam as certificações que possuem em seus
sites
corporativos.
Isso comprova que elas
consideram a ISO 9001:2000 como um fato relevante a ser
comunicado ao mercado, aos investidores e ao público em geral. Entendem que deve haver
sinalização desse ativo não financeiro, tornando essa informação mais simétrica ao público.
4.3 A Organização dos Dados em Painel das Companhias Pesquisadas
Para a perfeita utilização dos painéis, é preciso que eles sejam adequadamente
organizados e os seus dados corretamente armazenados. Para o propósito desta dissertação, a
maneira utilizada foi armazenar os dados com os doze registros anuais (de 1995 a 2006) de
cada uma das companhias abertas pesquisadas, um registro para cada ano: o primeiro registro
corresponde ao primeiro ano de acompanhamento de uma empresa, o segundo registro ao
segundo ano, o n-ésimo registro ao n-ésimo ano. Os registros estão armazenados de maneira
adjacente.
Esse modo de armazenamento permite com que sejam facilmente construídas as
diferenças para armazenamento posterior no segundo registro de cada companhia e assim por
diante.
Como a análise comporta 12 anos de acompanhamento de 207 companhias,
obteve-se 2.484 registros
ou observações para cada variável, que foram devidamente
armazenados. Isso significa que, para um total de 13 variáveis 6 dependentes, 1
independente e 6 de controle , um conjunto de 32.292 dados foram tratados na amostra.
No entanto, nem todas as companhias possuem os dados econômico-financeiros para
todos os anos do período analisado.
Isso significa que se obteve um painel o balanceado (ou não equilibrado), no qual o
número de observações difere entre os indivíduos participantes (as companhias abertas) da
amostra (GUJARATI, 2006, p. 516). Wooldridge (2006, p. 658) chama de painel
desequilibrado um conjunto de dados de painel em que dados de certos anos não estão
disponíveis para algumas unidades de corte transversal.
Problema maior com um painel não balanceado é quando não se sabe a razão de ele
não ser balanceado; algumas vezes, faltam dados de alguns anos para determinados
indivíduos.
127
Wooldridge (2006, p. 440) defende que, desde que a razão para a falta de dados de
algum i o esteja correlacionada com os erros idiossincráticos,
µ
µµ
µ
i
t
,
este painel não
balanceado não causará problemas ao pesquisador.
No caso oposto, quando cada unidade de corte transversal possui o mesmo número de
observações de séries temporais, tem-se um painel balanceado (ou equilibrado).
Nesta pesquisa, o pesquisador optou por trabalhar com os dois tipos de painéis:
a) o painel não balanceado, contendo as 207 companhias abertas e suas 2.484
observações por variável e
b) o painel balanceado, composto por 60 companhias abertas e suas 720 observações por
variável.
4.4 Tratamento Estatístico dos Dados
O modelo de regressão com dados em painel possui algumas vantagens (GUJARATI,
2006, p. 525). Em primeiro lugar,
o tamanho da amostra aumenta consideravelmente
; em
segundo,
os dados em painel são mais indicados para estudar a dinâmica da mudança
,
pois estudam observações de corte transversal repetidas, neste caso em estudo, as companhias
abertas. Por último,
os dados em painel permitem avaliar modelos mais complexos
, o que
parece ser o caso deste presente trabalho.
Verbeek (2001, p. 310) aponta como vantagem importante dos dados em painel sobre
as séries de tempo ou os conjuntos de dados de corte transversal a possibilidade de
identificação de certos parâmetros ou questões, sem a necessidade de se fazer assunções
restritivas; exemplo é a possibilidade de análise de mudanças em nível individual, ou seja, as
companhias abertas.
Em resumo, os dados em painel não apenas são convenientes para modelar ou explicar
porque os indivíduos (as companhias) se comportam de modos diferentes, mas também para
modelar porque um dado indivíduo se comporta de modo diferente em diferentes períodos de
tempo; como exemplo, pode-se mencionar a sua história passada (VERBEEK, 2001, p. 310).
Os modelos de regressão definitivos aplicados ao presente estudo e seus números de
equações são apresentados a seguir:
128
ROA_mod
=
β
0
+
β
1
CERT_ISO
it
+
β
2
RISCO
it
+
β
3
LUCRAT
it
+
β
4
RLtoAT_TANG
it
+
β
5
ENDIV
it
+
β
6
ENDIV_1
it
+ β
7
TAM_EMP
it
+
µ
i
t
+
α
i
[equação (6)]
ROS_mod =
β
0
+
β
1
CERT_ISO
it
+
β
2
RISCO
it
+
β
3
LUCRAT
it
+
β
4
RLtoAT_TANG
it
+
β
5
ENDIV
it
+
β
6
ENDIV_1
it
+ β
7
TAM_EMP
it
+
µ
i
t
+
α
i
[equação (7)]
TOT_VEND =
β
0
+
β
1
CERT_ISO
it
+
β
2
RISCO
it
+
β
3
LUCRAT
it
+
β
4
RLtoAT_TANG
it
+
β
5
ENDIV
it
+
β
6
ENDIV_1
it
+ β
7
TAM_EMP
it
+
µ
i
t
+
α
i
[equação (8)]
CSVtoVEND
=
β
0
+
β
1
CERT_ISO
it
+
β
2
RISCO
it
+
β
3
LUCRAT
it
+
β
4
RLtoAT_TANG
it
+
β
5
ENDIV
it
+
β
6
ENDIV_1
it
+ β
7
TAM_EMP
it
+
µ
i
t
+
α
i
[equação (9)]
VENDtoTOT_AT
=
β
0
+
β
1
CERT_ISO
it
+
β
2
RISCO
it
+
β
3
LUCRAT
it
+
β
4
RLtoAT_TANG
it
+
β
5
ENDIV
it
+
β
6
ENDIV_1
it
+ β
7
TAM_EMP
it
+
µ
i
t
+
α
i
[equação (10)]
ROE
=
β
0
+
β
1
CERT_ISO
it
+
β
2
RISCO
it
+
β
3
LUCRAT
it
+
β
4
RLtoAT_TANG
it
+
β
5
ENDIV
it
+
β
6
ENDIV_1
it
+ β
7
TAM_EMP
it
+
µ
i
t
+
α
i
[equação (11)]
Nas equações acima,
β
ββ
β
0
representa o intercepto, os demais
β
ββ
β
j
representam os
coeficientes de cada variável regressora,
i
representa a i-ésima unidade de corte transversal
(as companhias abertas),
t
representa o t-ésimo período de tempo,
µ
µµ
µ
i
t
representa o termo de
erro e, finalmente,
α
αα
α
i
representa o termo de erro aleatório próprio de cada unidade de corte
transversal.
A estimação que se aplicou às regressões fez uso do modelo econométrico de dados
em painel, de forma a estudar a influência e a relação das variáveis independente e de controle
no desempenho financeiro das companhias abertas. Além da certificação ISO 9000, outros
fatores podem ter influído nas variáveis dependentes que se estudou.
129
Deve-se considerar que existem problemas de inferência e estimação com a utilização
dos dados em painel (GUJARATI, 2006, p. 525), que tais dados envolvem tanto dimensões
temporais quanto transversais. Esses problemas o a autocorrelação, decorrente das ries
temporais e a heterocedasticidade, decorrente dos dados de corte transversal.
Como qualquer equação mais simples de regressão, pode-se sofrer do problema de
omissão de variáveis; para isso, a solução é controlar mais fatores, apesar de ser difícil
controlá-los (WOOLDRIDGE, 2006, p. 414) Esse problema de viés que decorre de variáveis
omitidas passa a ser crítico (RICHIERI, 2007, p. 108).
Desta forma,
estimar os modelos de regressão por meio de dados em painel surge
como uma boa opção para observar tais variáveis omitidas
, mesmo que elas não possam
ser diretamente observadas, ou mesmo, identificadas (WOOLDRIDGE, 2006, p. 414-415).
Entretanto, existem conseqüências importantes de se errar na especificação do modelo
econométrico a ser utilizado para se analisar as regressões (WOOLDRIDGE, 2006, p. 411-
415):
(1) pode-se omitir uma ou mais variáveis relevantes;
(2) pode-se incluir uma ou mais variáveis irrelevantes;
(3) pode-se adotar uma forma funcional incorreta;
(4) pode-se obter erros de medição e
(5) pode-se especificar incorretamente o termo de erro estocástico (não observável
diretamente) que deverá entrar no modelo de regressão.
Os quatro primeiros tipos de erros são, essencialmente, erros de especificação; na
expectativa de se obter o modelo verdadeiro (WOOLDRIDGE, 2006, p. 412), acaba-se por
estimar o modelo incorreto. Assim, nada mais importante do que medir os dados o mais
exatamente possível, que não resposta satisfatória para a questão dos erros de medição
(WOOLDRIDGE, 2006, p. 425).
A análise das regressões por meio de dados em painel também pode permitir lidar com
outro tipo de problema: as correlações decorrentes da heterogeneidade da amostra,
provenientes das empresas ou entre grupos de empresas. As empresas têm uma variação
muito grande em termos de seus indicadores financeiros básicos, seja na receita, seja na
composição acionária, seja nos ativos totais.
Wooldridge (2006, p. 429) defende que a correlação serial não será um problema, pois
as amostras são independentes ao longo do tempo.
130
Entretanto, e apesar disso, Verbeek (2001, p. 311-312) aponta
duas vantagens
decisivas para o uso do modelo de dados em painel
. Como os conjuntos de dados em painel
são maiores que os conjuntos de dados de séries temporais ou de dados transversais e as
variáveis explicativas podem variar em duas dimensões indivíduos e tempo –, ao invés de
apenas uma,
os estimadores são, via de regra, mais acurados
que os demais obtidos por
outros modelos. A segunda vantagem é que ele reduz problemas de identificação, como
regressores endógenos ou omissão de variáveis.
4.4.1 As Propriedades das Grandes Amostras
Em grande parte das vezes em que se realiza uma regressão, um estimador não
consegue satisfazer uma ou mais das propriedades desejáveis em amostras pequenas. Por
conseguinte, deseja-se que a amostra cresça e, quando isso acontece,
os estimadores ganham
algumas propriedades estatísticas desejáveis, conhecidas como propriedades das
amostras grandes, ou propriedades assintóticas
(GUJARATI, 2006, p. 725). São quatro
essas propriedades principais: a não tendenciosidade assintótica, a consistência, a eficiência
assintótica e a normalidade assintótica.
Um estimador, segundo Gujarati (2006, p. 725-727):
a) é considerado assintoticamente o tendencioso do seu valor real quando o seu
valor esperado ou média se aproxima do valor verdadeiro à medida que o tamanho da
amostra aumenta cada vez mais;
b) é considerado consistente quando ele se aproxima do valor verdadeiro à medida que
o tamanho da amostra aumenta;
c) possui eficiência assintótica quando for consistente e quando a variância da sua
distribuição assintótica for menor que a de todos os demais estimadores consistentes do valor
verdadeiro e, finalmente,
d) possui uma distribuição assintoticamente normal quando a distribuição de sua
amostra tende a aproximar-se da distribuição normal, à medida que o tamanho da amostra
aumenta indefinidamente.
O modelo de dados em painel permite obter estimadores consistentes e
assintoticamente normais, eficientes e não tendenciosos
, ou seja, estimadores que se
aproximam dos verdadeiros valores à medida que o tamanho da amostra aumenta. Nesse caso,
131
uma condição suficiente para a consistência é que tanto a tendência quanto a variância tendam
a zero à medida que o tamanho da amostra aumente indefinidamente (Gujarati, 2006, p. 726.)
se estabeleceu que uma das razões para se agrupar dados de cortes transversais é
aumentar o tamanho da amostra; ao agrupar esses dados em períodos de tempo diferentes,
pode-se obter estimadores mais precisos e estatísticas de testes mais poderosas
(WOOLDRIDGE, 2006, p. 403).
4.5
Os Modelos utilizados com Dados em Painel
No caso do presente estudo, de relacionar a certificação ISO 9000 com o desempenho
financeiro das companhias abertas, procura-se
seguir os mesmos indivíduos – aqui, as
companhias – ao longo do tempo
; pode-se, com isso, assumir que as observações são
distribuídas de maneira independente ao longo do tempo. Mas isso exige modelos e métodos
específicos para análise dos dados.
Existem dois tipos de estimação com dados em painel:
estática e dinâmica
.
Os modelos básicos de análise de dados em painel estático são:
os efeitos fixos e os
efeitos aleatórios
(GUJARATI, 2006, p. 526; WOOLDRIDGE, 2006, p. 433-445). Enquanto
o modelo de efeitos fixos considera que o intercepto
β
0
do modelo de regressão poderá diferir
entre os indivíduos (as companhias abertas) para considerar o fato de que cada companhia ou
corte transversal pode ter características especiais, o modelo de efeitos aleatórios propõe que
o intercepto de um indivíduo (a companhia aberta) seria uma extração aleatória de uma
população muito maior e com valor médio constante (WOOLDRIDGE, 2006, p. 526).
o modelo básico de análise de dados em painel dinâmico é uma situação em que
uma defasagem da variável dependente é incluída como regressora.
No presente estudo, analisou-se e comparou-se três categorias de modelos
econométricos de regressão para o tipo estático: o agrupamento de dados de corte (MQO
agrupado ou Pooled OLS), os efeitos fixos e os efeitos aleatórios, que podem também ser
visualizados na Figura 4.
Um conjunto de nove modelos foi construído para se realizar as regressões necessárias
ao propósito deste estudo, a seguir apresentados:
132
a)
Modelo 1
: Agrupamento de dados de corte, que vem a ser os dados de corte agrupados
(pooled cross section) com Mínimos Quadrados Ordinários - MQO (Ordinary Least
Squares OLS), conhecido como
MQO agrupado
ou Pooled OLS;
b)
Modelo 2
: MQO agrupado com primeiras diferenças (PD);
c)
Modelo 3
: Efeitos Fixos (EF) com erros padrão robustos, conhecido como Within;
d)
Modelo 4
: Efeitos Fixos (EF) com erros padrão robustos e acrescidos de variáveis
dummy de tempo, conhecido como Least Squares Dummy Variable Regression
LSDV;
e)
Modelo 5
: Efeitos Aleatórios e Mínimos Quadrados Generalizados MQG
(Generalized Least Squares GLS);
f)
Modelo 6
: Efeitos Aleatórios e Mínimos Quadrados Generalizados MQG
(Generalized Least Squares GLS), acrescidos de variáveis dummy de tempo;
g)
Modelo 7:
xima Verossimilhança (MV) ou Mínimos Quadrados Ponderados,
conhecidos como transformação Within/Between;
h)
Modelo 8
: Efeitos entre grupos, conhecido como Between;
i)
Modelo 9
: Regressão Arellano-Bond de uma fase.
Os modelos de 1 a 8 são considerados estáticos, enquanto o modelo 9 é considerado
dinâmico.
Os modelos estáticos de dados em painel acima descritos e utilizados nesta pesquisa
são aqueles que consideram as variáveis independentes (os regressores) estritamente
exógenas, ou seja, não admitindo defasagens das variáveis dependentes (RICHIERI, 2007, p.
109).
Como forma de comparação, também se efetuou a estimação por meio do modelo
dinâmico de dados em painel, utilizando-se o Método dos Momentos Generalizados (MQG) e
estimação em um estágio, seguindo proposição adotada por Richieri (2007, p. 110),
realizando a regressão no software Gretl, com testes de Arellano-Bond.
Hansen (2006, p. 157-159) estabelece apenas três modelos de regressão para dados em
painel: efeitos individuais (MQO agrupado), efeitos fixos e regressão em painel dinâmico.
133
4.5.1 Modelo de Agrupamento de Dados de Corte Transversal
Wooldridge aponta uma razão para se utilizar agrupamentos independentes de cortes
transversais:
aumentar o tamanho da amostra
(WOOLDRIDGE, 2006, p. 403). Para se
obter estimadores mais precisos e poder realizar estatísticas de testes mais poderosas, busca-se
agrupar amostras aleatórias extraídas da mesma população, desde que em distintos intervalos
de tempo. Esse agrupamento também conhecido como pooling entretanto, será proveitoso
somente se a variável dependente tiver relação constante durante o tempo com pelo menos
uma variável independente.
Uma vantagem importante deste modelo é que ele elimina a correlação nos erros que
possa existir entre as diferentes observações, apesar de provocar algumas pequenas
complicações estatísticas (WOOLDRIDGE, 2006, p. 402-403).
Para considerar o fato de que uma população possui distintas distribuições em
diferentes períodos de tempo, admite-se que o intercepto difira ao longo desses períodos de
tempo, no caso deste estudo, anos. Para que isso se processe adequadamente, introduz-se
variáveis dummy para todos os respectivos anos, à exceção de um, pois o primeiro ano da
amostra é o escolhido para ser o ano-base (WOOLDRIDGE, 2006, p. 403).
134
O método dos Mínimos Quadrados Ordinários (MQO) é um dos mais difundidos e
utilizados todos de análise de regressão, por possuir propriedades estatísticas atraentes sob
certas condições (GUJARATI, 2006, p. 47).
Para uma dada função de regressão populacional (FRP), que não pode ser observada
diretamente, o modelo é dado por
Y
i
=
= =
= β
ββ
β
1
+
β
ββ
β
2
22
2
x
i
+
µ
µµ
µ
i
[equação (12)]
na qual é preciso se definir os valores dos parâmetros do modelo, no caso o intercepto
β
ββ
β
1
e o
coeficiente angular
β
ββ
β
2
. Na equação (12),
µ
µµ
µ
i
representa os resíduos da FRP.
Portanto, que se estimá-la por meio de outra função de regressão, a amostral, dada
por
Y
ˆ
i
=
= =
=
β
ββ
β
ˆ
1
+
β
ββ
β
ˆ
2
2 2
2
x
i
+
µ
µµ
µ
ˆ
i
[equação (13)]
De forma muito resumida, pode-se dizer que este método oferece, para uma dada
amostra, estimativas únicas dos parâmetros do modelo, de forma a proporcionar o menor
valor possível para o somatório dos resíduos elevados ao quadrado (GUJARATI, 2006, p. 47-
49).
Esses estimadores são conhecidos como estimadores de mínimos quadrados, já que
derivam do princípio dos mínimos quadrados; possuem propriedades numéricas, que são as
que se sustentam em conseqüência do uso dos mínimos quadrados ordinários, quaisquer que
sejam as formas pelas quais foram gerados (GUJARATI, 2006, p. 50).
Uma vez considerado que não existem mudanças estruturais ao longo do tempo, as
observações das companhias abertas nos anos de 1995 a 2006 podem ser agrupadas em um
único pool, obtendo-se os estimadores por meio dos Mínimos Quadrados Ordinários (MQO).
Hansen (2007, p. 120) aponta que o MQO agrupado será consistente quando
Ε
ΕΕ
Ε
(x
it
µ
µµ
µ
i
) = 0
[equação (14)]
135
Caso essa condição aconteça, então o MQO pode ser melhorado com uma técnica de
Mínimos Quadrados Generalizados (MQG). Caso essa condição falhe, então o MQO é
inconsistente e o MQO passa a ser uma estimativa pobre.
Hansen (2007, p. 120) nomeia a equação 14 de hipótese dos efeitos aleatórios; é uma
premissa robusta, que deve ter seu uso evitado.
Os estimadores que se obtêm por meio dos agrupamentos de corte transversal (pooled
cross sections) podem ser considerados os mais simples para modelos de dados em painel; no
entanto, poderão não ser os mais apropriados para muitas situações, pois propiciam um
referencial importante de comparação com os demais modelos, estes mais complexos
(COTTRELL, LUCCHETTI, 2007, p. 100).
4.5.2 Modelo das Primeiras Diferenças
A primeira diferenciação é uma das maneiras de se eliminar o efeito fixo,
α
αα
α
i
.
, a partir
do agrupamento de dados de corte transversal. As primeiras diferenças o um MQO
diferenciado uma vez.
É preciso considerar que cada uma das unidades transversais pode apresentar
características que não foram consideradas no modelo, como por exemplo, heterogeneidade
não observada; no modelo de agrupamentos de dados de corte transversal, pode haver
correlação entre as variáveis explicativas e o termo erro
µ
µµ
µ
dado pela equação abaixo:
Y
i
t
=
= =
= β
ββ
β
0
+
β
ββ
β
1
11
1
x
it
+
µ
µµ
µ
i
t
[equação (15)]
Essa questão pode ser resolvida. A maneira de se utilizar dados em painel é separando
os fatores não observados que podem afetar a variável dependente, decompondo o termo erro
µ
µµ
µ
em duas partes: surgem os fatores constantes e os que mudam ao longo do tempo. A própria
heterogeneidade o observada (
α
αα
α
i
), fixa no período de tempo analisado e o erro
idiossincrático (
υ
υυ
υ
i
t
), que captura os fatores não observados, variáveis ao longo do tempo e que
afetam a variável dependente, podem ser inseridos agora em uma nova equação.
Y
i
t
=
= =
= β
ββ
β
0
+
β
ββ
β
1
11
1
x
it
+
α
αα
α
i
+
υ
υυ
υ
i
t
[equação (16)]
136
Mas como estimar o parâmetro de interesse,
β
ββ
β
1
11
1
, com mais de dois anos de dados em
painel? Uma possibilidade é fazendo um pool de dois anos e utilizando o MQO.
Se i for a unidade de corte transversal as companhias abertas e t o período de
tempo, pode-se estabelecer um modelo com uma variável explicativa observada como sendo
Y
i
t
=
= =
= β
ββ
β
0
+
δ
δ δ
δ
0
d
2
2 2
2
t
+
β
ββ
β
1
11
1
x
it
+
α
αα
α
i
+
υ
υυ
υ
i
t
, t = 1, 2
[equação (17)]
Neste modelo, d2 representa uma variável dummy igual a zero quanto t = 1 e igual a 1
quando t = 2; ela não muda ao longo da companhia (i), razão pela qual não possui o subscrito
i. Desta maneira, quando t = 1, o intercepto é
β
0
e quando t = 2, então o intercepto é
β
0 +
δ
0.
A variável independente
α
αα
α
i
é aquela que capta todos os fatores não observados, que
são constantes no tempo e que afetam a variável dependente Yi
t
; ela (
α
αα
α
i
) não muda no tempo.
Essa variável
α
αα
α
i
é chamada de efeito não observado ou efeito fixo (WOOLDRIDGE, 2006, p.
415). Nesta aplicação, efetivamente
α
αα
α
i
se refere à heterogeneidade da companhia.
Portanto, mesmo que o termo de erro idiossincrático
υ
υυ
υ
i
t
não se correlacione com a
variável explicativa
x
it
, os estimadores a serem obtidos pelo MQO serão necessariamente
viesados e inconsistentes, caso haja correlação entre
α
αα
α
i
e
x
it
(WOOLDRIDGE, 2006, p. 416).
Assim, as equações ficam:
Y
i
2
= (
= (= (
= (β
ββ
β
0
+
δ
δ δ
δ
0
)
+
β
ββ
β
1
11
1
x
i2
+
α
αα
α
i
+
υ
υυ
υ
i
2
,
quando t = 2 [equação (18)]
Y
i1
=
= =
= β
ββ
β
0
+
β
ββ
β
1
11
1
x
i1
+
α
αα
α
i
+
υ
υυ
υ
i1
,
quando t = 1 [equação (19)]
Subtraindo-se a segunda equação da primeira, obtém-se a equação das primeiras
diferenças (WOOLDRIDGE, 2006, p. 417):
(Y
i
2
-
Y
i1
)
= δ
= δ= δ
= δ
0
+
β
ββ
β
1
11
1
(
( (
(
x
i2
- x
i1
) + (
υ
υυ
υ
i2
-
υ
υυ
υ
i1
) [equação (20)]
ou
Yi
= δ
= δ= δ
= δ
0
+
β∆
β∆β∆
β∆
x
i
+
∆υ
∆υ∆υ
∆υ
i
t
[equação (21)]
137
Esta equação é uma única de corte transversal, porém cada variável é diferenciada ao
longo do tempo;
essa transformação elimina a heterogeneidade não observada
α
αα
α
t
.
A partir daí, pode-se obter estimadores de primeiras diferenças, não viesados e
eficientes por meio do MQO (WOOLDRIDGE, 2006, p. 417), o que garante a hipótese de
exogeneidade estrita, ou seja, as diferenças dos erros não estão correlacionadas com a variável
explicativa em ambos os períodos de tempo.
De forma a permitir inferência estatística, a outra hipótese a ser satisfeita diz respeito à
homocedasticidade na equação de primeiras diferenças. Wooldridge (2006, p. 417) propõe
que, caso a hipótese não se sustente, sejam feitos:
a) os testes de verificação da heterocedasticidade (WOOLDRIDGE, 2006, p. 244-256),
como o teste do multiplicador de Lagrange (LM), o teste F (Fischer), o teste de
Breusch-Pagan (BP) e o teste de White e
b) as devidas correções da heterocedasticidade (WOOLDRIDGE, 2006, p. 263-264),
como o método dos Mínimos Quadrados Generalizados Factível (MQGF) ou Feasible
Least Generalized Squares (FLGS).
4.5.3 Modelo dos Efeitos Fixos
O modelo anterior, o da primeira diferenciação, é uma das maneiras de se eliminar a
heterogeneidade não observada, definida como
α
αα
α
i
. Entretanto, considera-se que há um modelo
alternativo que, sob certas hipóteses, atua melhor (WOOLDRIDGE, 2006, p. 433).
A transformação de efeitos fixos envolve a geração de estimadores, que considera a
heterogeneidade um efeito específico de cada unidade de análise e que permanece fixa no
tempo (RICHIERI, 2007, p. 113). Considere-se o modelo a seguir com apenas uma variável
explicativa
Yi
t
=
= =
= β
ββ
β
1
11
1
x
it
+
α
αα
α
i
+
µ
µµ
µ
i
t
, t = 1, 2, ... , T
[equação (22)]
Para cada i, calcula-se agora a média dessa equação no tempo, obtendo-se
Y
i
=
= =
= β
ββ
β
1
11
1
x
i
+
α
αα
α
i
+
µ
µµ
µ
[equação (23)]
138
Ao se subtrair a equação (22) da equação (23), obter-se-á a equação (24), abaixo
apresentada
Ÿ i
t
=
= =
= β
ββ
β
1
11
1
x
&&
it
+ µ
&&
i
t
, t = 1, 2, ... , T
[equação (24)]
Note-se que
α
αα
α
i
, o efeito não observado, não aparece mais no modelo: Wooldridge
propõe então que a estimação seja feita pelo MQO agrupado (WOOLDRIDGE, 2006, p. 434).
Assim,
um estimador de efeitos fixos é um estimador MQO agrupado baseado em
variáveis temporais reduzidas
. A inclusão de outras variáveis pouco acarreta de
modificações nas premissas do modelo e pode ser representada como abaixo:
Y
i
t
=
= =
= β
ββ
β
1
11
1
x
it1
+
β
ββ
β
2
22
2
x
it2
+ ...
+
β
ββ
β
κ
κκ
κ
x
itk
+
α
αα
α
i
+
µ
µµ
µ
i
t
, t = 1, 2, ... , T
[equação (25)]
Desta maneira, e sob a hipótese de exogeneidade estrita das variáveis explicativas,
pode-se afirmar que
esse estimador de efeitos fixos é não viesado
, ficando
o erro
idiossincrático
µ
µµ
µ
it
como não correlacionado com cada uma das variáveis explicativas
ao
longo de todos os períodos de tempo sob análise (WOOLDRIDGE, 2006, p. 434).
O estimador de efeitos fixos considera a correlação arbitrária entre a heterogeneidade
α
αα
α
i
e as variáveis explicativas no tempo, como, aliás, também o faz a primeira diferenciação.
Portanto, cada variável explicativa que se apresente constante ao longo do tempo para
todo i (as companhias abertas) é removida pela transformação de efeitos fixos. ainda
outras duas hipóteses a serem satisfeitas para que a análise direta do MQO seja considerada
válida: primeiro, a de que os erros
µ
µµ
µ
i
t
sejam homocedásticos e segundo, que esses erros sejam
serialmente não correlacionados (WOOLDRIDGE, 2006, p. 434).
Conforme Wooldridge (2006, p. 437), o modelo de efeitos fixos possui uma visão
clássica, que é a de assumir que o efeito não observado, representado por
α
αα
α
i
, será o parâmetro
a ser estimado para cada i (neste caso, as companhias abertas). Deste modo, voltando à
equação (25),
α
αα
α
i
passa a ser o intercepto para a companhia i, que necessita ser estimado com
β
ββ
β
j
.
139
A forma como se estima um intercepto para cada companhia é introduzindo-se uma
variável dummy para cada observação de corte transversal, além das variáveis explicativas e,
se preciso for, outras variáveis dummy para cada ano do período de análise.
Ao inserir-se uma variável dummy para cada companhia, permite-se a identificação de
interceptos distintos (STOCK, WATSON, 2004, p. 190 apud RICHIERI, 2007, p. 113).
A adoção da regressão das variáveis dummy (LSDV) tem uma vantagem inegável:
fornecer direta e exatamente as mesmas estimativas de
β
ββ
β
j
das que seriam obtidas na regressão
dos dados temporais reduzidos e os erros padrão (WOOLDRIDGE, 2006, p. 438). Isso é o
mesmo que obter os estimadores de efeitos fixos, além da determinação direta dos graus de
liberdade e de um R-quadrado (R
2
) elevado.
Entretanto, a regressão das variáveis dummy revela um contratempo: pode-se ter
muitas variáveis explicativas para realizar a regressão, o que torna o método das variáveis
dummy pouco prático para conjuntos de dados em painel com muitas observações de corte
transversal.
Para o caso desta dissertação, este não se configura um problema, já que a amostra de
207 companhias abertas permite 2.484 observações.
Duas alternativas surgem ao modelo LSDV. O primeiro é o Modelo de Efeitos Fixos
Within, no qual se consegue a obtenção dos mesmos estimadores desejados.
Porém, com a transformação Within, inicialmente calcula-se a média de cada unidade
sob análise para, em seguida, calcular-se a diferença entre cada observação e esse valor
médio, ou seja, “dentro” (GREENE, 2000, p. 560-561; VERBEEK, 2001, p. 313). Essa
transformação elimina a heterogeneidade não observada
α
αα
α
i
, possibilitando o uso do MQO
para se calcular os estimadores (RICHIERI, 2007, p. 114).
O segundo é o Modelo de Efeitos Fixos Between, no qual a transformação se pela
diferença entre cada observação e os valores médios entre as unidades de análise, ou seja,
“entre”.
Wooldridge (2006, p. 462 apud RICHIERI, 2007, p. 114) acena com um ponto fraco
deste modelo: os estimadores de efeitos fixos obtidos possuem aplicação restrita, posto que
desprezam informações relevantes sobre a forma como, no tempo, ocorre a mudança das
variáveis explicativas. Podem ser ainda viesados, caso
α
αα
α
i
esteja correlacionado com os
regressores.
140
4.5.4 Modelo dos Efeitos Aleatórios
A equação abaixo apresenta o modelo de efeitos não observados, visto
anteriormente, mas com o intercepto
β
ββ
β
0
incluído para que se possa assumir que o efeito não
observado
α
αα
α
i
tenha média zero.
Y
i
t
=
= =
= β
ββ
β
0
+
β
ββ
β
1
11
1
x
it1
+
β
ββ
β
2
22
2
x
it2
+ ...
+
β
ββ
β
κ
κκ
κ
x
itk
+
α
αα
α
i
+
µ
µµ
µ
i
t
[equação (26)]
Quando se utiliza EF ou PD, o objetivo explícito é eliminar
α
αα
α
i
, que ele estaria
correlacionado com um ou mais dos
x
itk
Ao se supor, entretanto, que
α
αα
α
i
seja não
correlacionado com cada uma das variáveis explicativas durante todo o tempo, a
transformação para eliminar
α
αα
α
i
produzirá estimadores ineficientes (WOOLDRIDGE, 2006, p.
441). Ou seja, se se entende que
α
αα
α
i
seja, de fato, correlacionado com qualquer uma das
variáveis explicativas, então deve-se regredir com primeira diferenciação ou efeitos fixos.
A equação (26) acima se torna um modelo de efeitos aleatórios ao se pressupor que
α
αα
α
i
seja não correlacionado com as variáveis explicativas, ou seja,
Cov (x
itk
,
α
αα
α
i
) =
0,
para t = 1, 2, ... , T; j = 1, 2, ..., k
[equação (27)]
De que maneira então estimar os
β
ββ
β
j
? Wooldridge (2006, p. 441–442) propõe três
alternativas.
A primeira delas seria esti-los com um único corte transversal, desde que se
acreditasse que
α
αα
α
i
fosse não correlacionado com as variáveis explicativas: mas então dados
em painel seriam desnecessários.
Uma segunda opção seria usar os dados em um MQO agrupado, produzindo
estimadores consistentes de
β
ββ
β
j
sob a hipótese de efeitos aleatórios; mas esse procedimento
ignoraria uma característica importante e fundamental do modelo. A equação (28) demonstra
isso.
141
O termo erro de composição é
υ
υυ
υ
i
t
=
α
αα
α
i
+
µ
µµ
µ
i
t
.
Yi
t
=
= =
= β
ββ
β
0
+
β
ββ
β
1
11
1
x
it1
+ ...
+
β
ββ
β
κ
κκ
κ
x
itk
+
υ
υυ
υ
i
t
[equação (28)]
Ora, se
α
αα
α
i
é o erro de composição ao longo do tempo e em cada um dos períodos de
tempo, os erros de composição
υ
υυ
υ
i
t
serão serialmente correlacionados no tempo
(WOOLDRIDGE, 2006, p. 442). Isso causaria o seguinte viés: no MQO agrupado, os erros
padrão ignoram essa correlação, tornando-se incorretos. Incorretas também serão as
estatísticas de testes que habitualmente se utiliza.
A terceira alternativa proposta por Wooldridge (2006, p. 442) é utilizar os Mínimos
Quadrados Generalizados (MQG) para a solução desta questão da correlação serial; mas
para
que o procedimento tenha boa utilização, o número de observações N tem de ser elevado
e o período de tempo T pequeno
. Isso é válido tanto para painéis equilibrados como não
equilibrados (WOOLDRIDGE, 2006, p. 442).
A eliminação da correlação serial nos erros é conseguida pela derivação da
transformação MQG. Considere-se um termo
λ
que seria uma fração do valor médio ao longo
do tempo pelo termo erro aleatório (GREENE, 2000, p. 567-568 apud RICHIERI, 2007, p.
115); o intercepto passa a ser uma variável aleatória definida por
λ
, que se situa entre 0 e 1.
A equação transformada, agora chamada de estimador de efeitos aleatórios, fica sendo:
Y
i
t
-
λ
λλ
λ
Y
i
=
= =
= β
ββ
β
0
(1 − λ
(1 − λ (1 − λ
(1 − λ
) +
β
ββ
β
1
11
1
(
( (
(
x
it1
-
λ
λ λ
λ
Y
i1
) + ...
+
β
ββ
β
κ
κ κ
κ
(x
itk
-
λ
λ λ
λ
Y
ik
) + (
υ
υυ
υ
i
t
-
λ
λ λ
λ
υ
υυ
υ
i
)
[equação (29)]
Ao pesquisador, interessa essa equação obtida, já que os dados se tornam quase
reduzidos em dada variável (WOOLDRIDGE, 2006, p. 442). O estimador MQG se torna o
estimador MQO agrupado da equação (29) acima.
A transformação demonstrada leva em conta as variáveis explicativas que se mantêm
inalteradas no tempo: essa é uma grande vantagem dos efeitos aleatórios (EA) sobre os
anteriores apresentados, os efeitos fixos (EF) e o MQO agrupado.
O modelo EA assume que o efeito não observado seja não correlacionado com todas
as variáveis explicativas, sendo as mesmas fixas no tempo ou não. Na prática, o parâmetro
λ
não se conhece jamais, devendo ser estimado (
λ
λλ
λ
ˆ
).
142
Uma das vantagens dos softwares e programas econométricos é a sua capacidade de
gerar estimadores dos modelos de efeitos aleatórios, computando os
λ
λλ
λ
ˆ
(WOOLDRIDGE,
2006, p. 443).
O estimador MQG factível que utiliza o
λ
λλ
λ
ˆ
ao invés de
λ
ganha o nome de estimador
de efeitos aleatórios, sendo consistente, distribuído normalmente e assintoticamente, quando
N aumenta com T fixo. Quando
λ
λλ
λ
ˆ
se aproxima de 0, as estimativas de EA estarão próximas
do MQO agrupado, mas se
λ
λλ
λ
ˆ
se aproximar de 1, as estimativas de EA e EF serão semelhantes
(WOOLDRIDGE, 2006, p. 443).
4.5.5 O Modelo Dinâmico de Dados em Painel
Neste modelo, o objetivo é estudar o comportamento dinâmico de agentes individuais
(HANSEN, 2006, p. 159). Aqui existe uma defasagem da variável dependente, tal como
apresentado na equação abaixo:
Y
i
t
= α
= α = α
= α
Y
i
t-1
+
β
β β
β
x
it
+
µ
µµ
µ
i
t
+
ε
εε
ε
i
t
[equação (30)]
O estimador de efeitos fixos, neste caso, é inconsistente, ao menos quando T é finito e
N tende ao infinito. Isso se deve ao fato de a média da amostra de
Y
it-1
ser correlacionado
com a média de
ε
εε
ε
i
t
.
.
Assim, a abordagem padrão proposta por Anderson e Hsiao (1981 apud VERBEEK,
2001, p. 329) para estimar a regressão por painel dinâmico é combinando uma primeira
diferenciação com o Método dos Momentos Generalizados (MMG) Generalized Moments
Method (GMM), ou com Variáveis Instrumentais (VI) – Instrumental Variables (IV).
Tomando as diferenças da equação (30), obtém-se:
Y
it
= α
= α= α
= α
Y
it-1
+
β∆
β∆β∆
β∆
it
+
∆ε
∆ε∆ε
∆ε
it
[equação (31)]
143
Se
ε
εε
ε
i
t
for independente e identicamente distribuído, então estará correlacionado com
Y
it-
1
, resultando na equação a seguir
Ε(∆
Ε(∆Ε(∆
Ε(∆
Y
it-1
∆ε
∆ε∆ε
∆ε
it
)
))
)
=
Ε
ΕΕ
Ε
((
Y
it-1
Y
it-2
)(
ε
εε
ε
it
ε
εε
ε
it-1
)) =
Ε
ΕΕ
Ε
(Y
it-1
ε
εε
ε
it-1
) =
− σ
− σ− σ
− σ
2
22
2
ε
ε ε
ε
[equação (32)]
Desta forma, o modelo MQO se torna inconsistente (VERBEEK, 2001, p. 329), assim
como ineficiente (COTTRELL; LUCHETTI, 2007, p. 104). Mas, se houver instrumentos
válidos, então o MMG e as VI poderão ser utilizados para estimar a equação (HANSEN,
2006, p. 159). Para isso, uma condição adicional de momento deve ser imposta para aumentar
a eficiência dos estimadores.
Apesar do estimador Anderson–Hsiao ser consistente, ele não é eficiente, pois não
utiliza ao máximo os instrumentos disponíveis para
Y
it-1
(COTTRELL; LUCHETTI, 2007, p.
105).
Esses estimadores Anderson–Hsiao não são providos pelo software Gretl, pois sua
estrutura permite uma aplicação simples da regressão com variáveis instrumentais
(COTTRELL; LUCHETTI, 2007, p. 105).
Entretanto, Arellano e Bond (1991 apud VERBEEK, 2001, p. 329) propuseram uma
lista de instrumentos para ser utilizada para melhorar a eficiência dos estimadores
α
α α
α
e
β
ββ
β
. Ν
a
atual versão do software Gretl, já estão disponíveis os instrumentos que levam o nome
Arellano-Bond (COTTRELL; LUCHETTI, 2007, p. 105).
Greene (2000, p. 583) refere-se a este modelo dinâmico como sendo um modelo de
regressão comum de efeitos fixos com uma variável defasada. Mas concorda que em ambos
os casos efeitos fixos e efeitos aleatórios –, a dificuldade é que a variável dependente
defasada é correlacionada com o distúrbio, mesmo que se assuma que
ε
εε
ε
i
t
não é, ele próprio,
autocorrelacionado.
4.5.6 Os cuidados a serem observados
Cottrell e Luchetti (2007, p. 100) consideram o MQO agrupado como o mais simples
estimador para dados em painel e que ele será, na maioria dos casos, pouco provável de ser o
mais adequado, mas proverá uma linha básica de comparação com estimadores mais
complexos.
144
É importante citar uma seqüência lógica de passos no processamento das regressões
utilizando-se o software Gretl, versão 1.6.5. Após realizar a regressão MQO agrupado para a
primeira variável dependente escolhida, escolhe-se a “janela” Testes e, a seguir,
“Diagnósticos de Painel”. Esse diagnóstico comparará o MQO agrupado com efeitos fixos e
com efeitos aleatórios, utilizando-se os testes de Fischer, Breusch-Pagan e Hausman.
A idéia básica é que se possa observar a dinâmica das variáveis regressoras ao longo
do tempo. Caso os parâmetros não variem no decurso do tempo, é possível se reunir os dados
em um agrupamento (pooling) e aplicando o MQO na estimação.
Entretanto, como apontam Martin et al. (2005), esse modelo carrega uma restrição
comum aos modelos de corte transversal: a heterocedasticidade do termo erro. Com uma
amostra grande, a variância do termo erro pode ser maior. Além disso, nos casos de séries
temporais, o termo erro das diferentes observações, eventualmente, estará serialmente
correlacionado (MARTIN et al., 2005).
No caso de existir uma combinação dos dois efeitos, o agrupamento dos dados não
será mais o modelo mais recomendado; a presença de heterocedasticidade e de correlação
serial terá de ser levada em conta.
Os modelos de efeitos fixos levam em conta que a heterogeneidade de uma companhia
ou grupo de companhias é constante e deverá impactar apenas o intercepto; os modelos de
efeitos aleatórios consideram a heterogeneidade como uma variável, causando impacto nos
resíduos da regressão (MARTIN et al., 2005). Os mesmos autores apontam ainda que, se as
variáveis regressoras estiverem correlacionadas com o termo erro, então o painel dinâmico
deverá ser usado.
Wooldridge (2006, p. 243) lembra que a heterocedasticidade não provoca viés ou
inconsistência nos estimadores
β
ββ
β
j
do MQO, mas que uma omissão de variável importante o
faria. As medidas do
R
2
também não são afetadas pela possível presença da
heterocedasticidade.
Wooldridge (2006, p. 243) lembra ainda que as estatísticas t que se utiliza para os
estimadores
β
ββ
β
j
do MQO o têm distribuições t na presença da heterocedasticidade; essa
questão não se resolve com tamanhos de amostras maiores. Isso também ocorre para as
estatísticas F e de Hausman. Portanto, as estatísticas comumente utilizadas para testar as
hipóteses de Gauss-Markov não são válidas na presença da heterocedasticidade.
145
Apesar dessas restrições, Wooldridge (2006, p. 244) reforça que o MQO continua a ser
válido e que os econometristas desenvolveram métodos de tratar as estatísticas de maneira que
elas possam ser válidas na presença de heterocedasticidade de forma desconhecida. Tais
métodos são conhecidos por
procedimentos robustos em relação à heterocedasticidade
,
sendo válidos em amostras grandes
, mesmo sem saber se os erros possuem variância
constante.
Assumiu-se, portanto, para este presente estudo, que a quantidade de 2.484
observações constitui-se em uma amostra grande o suficiente para que os procedimentos
robustos em relação à heterocedasticidade sejam utilizados.
O software Gretl em sua versão 1.6.5 oferece esses recursos também para questões de
autocorrelação e o chamados de erros padrão robustos HAC. A sigla HAC refere-se a
Heteroskedasticity and Auto Correlation. Essa abordagem HAC do Gretl está disponível para
os modelos MQO agrupado, efeitos fixos e mínimos quadrados agrupados em dois estágios
(COTTRELL; LUCHETTI, 2007, p. 98).
No aplicativo Gretl, há um estimador robusto proposto por Arellano (2003 apud
COTTRELL; LUCHETTI, 2007, p. 98) que é especialmente aplicável a painéis com “grande
n, pequeno T ”, isto é, muitas unidades observadas em períodos relativamente pequenos.
Novamente é preciso lembrar: neste estudo, a amostra contém n igual a 2.484 e T é igual a 12.
O processo de cálculo da variância do estimador de
β
ββ
β
j
(
β
ββ
β
ˆ
j
) na presença de
heterocedasticidade foi proposto por White (1980 apud WOOLDRIDGE, 2006, p. 245) e esse
resultado é suficiente para justificar o uso dos erros padrão para construir intervalos de
confiança e estatísticas t. Também a lei dos grandes números e o teorema do limite central
auxiliam no estabelecimento dessas convergências (WOOLDRIDGE, 2006, p. 246).
Assim, a extração da raiz quadrada da variância de
β
ββ
β
ˆ
j
passa a ser chamada de erro
padrão robusto em relação à heterocedasticidade de
β
ββ
β
ˆ
j
. O teste geral de heterocedasticidade
de White o depende da premissa da normalidade e é de fácil utilização (GUJARATI, 2006,
p. 333).
As demais estatísticas t, F, e BP também são possíveis de serem obtidas na
presença de heterocedasticidade (WOOLDRIDGE, 2006, p. 246-250) e podem ser chamadas
de
estatísticas robustas em relação à heterocedasticidade
.
O software Gretl em sua versão 1.6.5 proporciona todas as possibilidades de utilização
dessas estatísticas robustas.
146
4.5.7 Os testes da existência de heterocedasticidade
Wooldridge (2006, p. 251) lembra que os erros padrão robustos calculados em relação
à heterocedasticidade fornecem estatísticas t assintoticamente distribuídas como t, havendo a
heterocedasticidade ou não; também as estatísticas F e Breusch-Pagan (BP) estão disponíveis
no Gretl (COTTRELL; LUCHETTI, 2007, p. 103).
Sempre se considerou que as estatísticas t e F fossem suficientes para testar hipóteses
(WOOLDRIDGE, 2006, p. 166-167); no entanto, em algumas situações, o teste LM pode ser
importante. Apenas a título de esclarecimento, vale mencionar que a estatística LM tem
distribuição assintótica como
χ
χχ
χ
2
22
2
.
Breusch e Pagan (1979 apud WOOLDRIDGE, 2006, p. 252) sugeriram uma mudança
na estatística multiplicador de Lagrange (LM): o teste assumiria que os erros o distribuídos
normalmente.
A estatística BP robusta em relação à heterocedasticidade, portanto, é uma estatística
BP robusta quanto à heterocedasticidade que possui forma desconhecida (WOOLDRIDGE,
2006, p. 651).
Caso o teste BP resulte em um valor p “suficientemente” pequeno, uma ação corretiva
deverá ser tomada (WOOLDRIDGE, 2006, p. 253): entre as possibilidades está o uso dos
erros padrão robustos em relação à heterocedasticidade. No caso do presente trabalho, essa foi
a ação adotada por meio do uso dessa ferramenta do Gretl.
White (1980 apud WOOLDRIDGE, 2006, p. 254) criou um teste destinado a verificar
formas de heterocedasticidade que invalidem os erros padrão e as estatísticas de testes
habituais e que sejam estimados pelo MQO.
O teste de White para a heterocedasticidade é um teste LM que testa todos os
coeficientes da regressão como sendo iguais a zero, exceto o intercepto.
Os testes de verificação da heterocedasticidade estão todos disponíveis no Apêndice C
para as regressões do painel não balanceado e do painel balanceado.
As regressões realizadas com a heterocedasticidade corrigida também se encontram
disponíveis no mesmo Apêndice C.
147
4.6
A decisão sobre qual modelo estático de regressão com dados em painel utilizar
A esta altura, o pesquisador se depara com as seguintes questões: qual dos modelos de
regressão com dados em painel escolher? Quais as vantagens de cada um deles e quais os
ganhos em se escolher um em detrimento de outro? O que se perderia ao se escolher um
modelo inadequado ao proposto do trabalho?
Felizmente os econometristas pensaram em algumas regras para ajudar nessa escolha.
A Figura 5 apresenta um resumo das três hipóteses principais a serem testadas para se decidir
sobre qual dos três modelos seguir: agrupamento de dados de corte (MQO agrupado ou
Pooled OLS), efeitos fixos ou efeitos aleatórios?
As opções possíveis podem ser analisadas por meio da Figura 5. Destaque-se os testes
F (Fischer), Breusch-Pagan (BP) e Hausman para aceitar ou rejeitar as hipóteses nulas
relacionadas com (1) a existência ou não de um único intercepto das unidades de corte
transversal, (2) a variância ser zero e (3) os estimadores serem consistentes pelo MQG.
148
4.6.1 MQO agrupado ou Efeitos Fixos?
No caso do presente trabalho, sendo N grande (207 companhias) e T relativamente
pequeno (12 anos), a escolha entre os dois modelos depende da eficiência relativa dos
estimadores, ou seja, determinando-se a correlação serial nos erros idiossincráticos
µ
µµ
µ
i
t
(WOOLDRIDGE, 2006, p. 439). Deve-se assumir
µ
µµ
µ
i
t
como sendo homocedástico, pois
quando se compara eficiência dos estimadores exige-se essa premissa de homocedasticidade.
Entretanto, lembre-se que quando T é maior ou igual a 3, os estimadores de MQO
agrupado e Efeitos Fixos não o iguais; como os dois o o viesados sob determinadas
hipóteses, não se pode supor a inexistência de viés (WOOLDRIDGE, 2006, p. 439).
Assim, ao se ter os erros
µ
µµ
µ
i
t
serialmente não correlacionados, o modelo EF acaba se
tornando mais eficiente que o agrupamento. Wooldridge (2006, p. 439) alerta que a hipótese
da exogeneidade estrita de que o valor esperado do erro idiossincrático é zero – pode não ser
verdadeira.
Caso os
µ
µµ
µ
i
t
sigam um passeio aleatório, ou seja, existe uma correlação serial muito
forte e positiva, a diferença dos
µ
µµ
µ
i
t
(
µ
µµ
µ
i
t
) será serialmente correlacionada, concluindo-se pelo
MQO agrupado como o modelo mais adequado (WOOLDRIDGE, 2006, p. 439). Em resumo,
entre um e outro fica difícil a escolha por meio da comparação dos estimadores mais
eficientes.
É possível verificar se os erros diferenciados
µ
µµ
µ
i
t
são serialmente correlacionados: se
for positiva, usar MQO agrupado e, se for negativa, usar efeitos fixos. Wooldridge recomenda
que “sempre é bom testar ambos: tanto melhor se os resultados não forem confiáveis” (2006,
p. 439).
Só é preciso lembrar que os estimadores de efeitos fixos proporcionam uma inferência
mais sensível à não normalidade, à heterocedasticidade e à correlação serial nos erros
idiossincráticos.
A heterogeneidade da amostra parece ser a característica maior a ser analisada, que
o grupo de companhias se apresenta diversificado. Greene (2000, p. 562 apud RICHIERI,
2007, p. 116) propõe a utilização de um teste F para avaliar a hipótese nula de que todas as
unidades seccionais possuem o mesmo intercepto.
149
Caso o valor
p
obtido na estatística
F
seja baixo,
rejeita-se a hipótese de que o
modelo MQO agrupado (Pooled OLS) seja o mais adequado,
validando-se a hipótese
alternativa da existência de efeitos fixos.
4.6.2 MQO agrupado ou Efeitos Aleatórios?
Da mesma maneira, o processo de comparação entre o modelo MQO agrupado e o
modelo de efeitos fixos (EF) poderá ser feito por meio do teste do multiplicador de Lagrange
(LM) modificado pela proposição de Breusch e Pagan. Utiliza-se, portanto, a nomenclatura
teste de Breusch-Pagan (BP).
Esse teste assume que os erros são distribuídos normalmente. A estatística BP,
disponibilizada pelo software Gretl, é uma estatística BP robusta quanto à heterocedasticidade
que possui forma desconhecida (WOOLDRIDGE, 2006, p. 651).
Realiza-se o teste BP estabelecendo-se a hipótese nula (H
0
) de que a variância do
intercepto
υ
υυ
υ
i
seja igual a zero.
Caso o valor
p
do teste
BP
seja muito baixo
, contraria-se a
hipótese nula de que o modelo MQO agrupado seja o mais adequado; valida-se, por
conseguinte, a hipótese alternativa de que o modelo EA é o mais adequado.
Ou seja, a não rejeição da hipótese nula H
0
vai contra a premissa central do modelo de
efeitos aleatórios, que propõe o intercepto como uma variável aleatória a ser estimada
(COTTRELL; LUCHETTI, 2007, p. 101).
4.6.3 Efeitos Aleatórios ou Efeitos Fixos?
Essa escolha parte da pressuposição que se faz sobre a provável correlação entre os
componentes de erro individual ou específico ao corte transversal e os regressores
(GUJARATI, 2006, p. 523), ou variáveis explicativas.
Se a pressuposição é de que ambos não estejam correlacionados, então o modelo de
efeitos aleatórios é adequado; entretanto, se ambos forem correlacionados, então o modelo de
efeitos fixos é o mais indicado.
Ou, como apresenta Wooldridge (2006, p. 445), a decisão repousa no fato de os
α
αα
α
i
serem mais bem entendidos como parâmetros a serem estimados ou como resultados de
uma variável aleatória.
150
Judge et al. (1982, p. 489-491 apud GUJARATI, 2006, p. 524) apontam três premissas
para se optar pela escolha: a primeira considera que, em amostras com N (número de unidades
de corte transversal, em nosso caso, as companhias abertas) grande e T (número de dados das
séries temporais, em nosso caso, os anos de 1995 a 2006) pequeno, as estimativas que se
obtêm com o uso dos dois modelos podem ser bastante diferentes.
uma recomendação para que, em caso de as unidades de corte transversal (as
companhias) da amostra não serem extrações aleatórias de uma amostra maior, utilize-se o
modelo de efeitos fixos como o mais adequado. Caso as extrações sejam aleatórias, o modelo
de efeitos aleatórios é o melhor.
A segunda premissa considera que, se o componente de erro individual estiver
correlacionado com uma ou mais das variáveis explicativas, os estimadores do modelo EA
serão viesados e os do modelo EF serão não viesados.
A terceira premissa estabelece que os estimadores do modelo EA serão mais eficientes
do que os estimadores do modelo EF. Com relação a esta premissa, importante citar Taylor
(1980 apud GUJARATI, 2006, p. 524), que comprovou que, dados T maior ou igual a 3 e
(N – K) maior ou igual a 9, esta premissa se sustenta.
No presente estudo, T é de 12 anos, N chega a 2.484 observações e K (número de
regressores) é de 7.
Em situações em que as observações não podem ser consideradas como extrações
aleatórias de uma população grande e, neste caso, não o são, já que se definiu que
companhias abertas são a amostra do estudo , parece ser razoável e racional se pensar em
α
αα
α
i
como parâmetros a estimar, o que leva à escolha do modelo de efeitos fixos
(WOOLDRIDGE, 2006, p. 445).
Utilizar o modelo EF seria o mesmo que introduzir um intercepto diferente para cada
observação podendo estimar, portanto, esses interceptos por meio de variáveis dummy
(WOOLDRIDGE, 2006, p. 445).
Mas o pesquisador pode também considerar que os
α
αα
α
i
sejam tratados como variáveis
aleatórias, o que leva à consideração de serem ou não correlacionados com as variáveis
explicativas. Isso não quer dizer absolutamente que a estimação deva ser feita pelo modelo
EA (W OOLDRIDGE, 2006, p. 445).
151
No entanto, ao se supor que os
α
αα
α
i
sejam não correlacionados com cada um dos x
it
,
surge como mais adequado o modelo EA. Caso contrário, isto é, se os
α
αα
α
i
forem
correlacionados com um dos x
it
, surgem como mais adequados o modelo EF ou mesmo o
MQO agrupado; neste caso, se EA for utilizado, haverá inconsistência dos estimadores.
Para facilitar a escolha entre EF e EA, em 1978, Hausman (apud GUJARATI, 2006, p.
524) desenvolveu um teste específico que leva o seu nome:
o teste de Hausman
.
O teste estatístico tem uma distribuição Chi-Quadrado (
χ
χχ
χ
2
22
2
) assintótica e a hipótese
nula relacionada ao teste estabelece que não diferença substancial entre os estimadores
obtidos pelo modelo EA e os obtidos pelo modelo EF (GUJARATI, 2006, p. 525).
Caso o valor
p
obtido no teste
χ
χχ
χ
2
22
2
de Hausman seja baixo
, rejeita-se a hipótese de
que o modelo de efeitos aleatórios seja consistente, validando-se a hipótese alternativa da
existência de efeitos fixos, conforme apresentado na Figura 5.
152
153
5 RESULTADOS DA PESQUISA
O método econométrico tradicional (ou clássico) utilizado para se proceder à análise
de um determinado problema econômico segue determinadas etapas, conforme apresentado
por Gujarati (2006, p. 2): (1) expõe-se a teoria ou hipótese; (2) especifica-se o modelo
matemático da teoria; (3) especifica-se o modelo estatístico ou econométrico; (4) obtém-se os
dados; (5) estima-se os parâmetros do modelo econométrico; (6) testa-se as hipóteses; (7)
realiza-se a projeção ou previsão e (8) utiliza-se o modelo com fins de controle ou política.
A Figura 6 apresenta essa seqüência (GUJARATI, 2006, p. 8):
154
Desta forma, inicialmente foi exposta a teoria que daria suporte ao estudo: buscou-se
na microeconomia e em alguns de seus representantes
Akerlof e Spence
principalmente,
além de
Kreps, Milgrom e Roberts, Pindyck e Rubinfeld
os postulados e teorias que
explicassem o fenômeno da certificação. Encontrou-se um eixo de discussão e conceituação
teórica por meio da sinalização, da seleção adversa e da informação assimétrica.
É preciso sinalizar para que os consumidores possam ter melhores condições de
decisão sobre uma compra, possibilitada pelo fornecimento de informação ao mercado.
Buscou-se na Qualidade e na Gestão da Qualidade os recursos necessários para
fortalecer a visão de que é possível usá-las como instrumentos de melhor desempenho
financeiro. Nas idéias e preceitos de Deming, Juran, Crosby, Feigenbaum, Fey, Gogue e
Garvin, estabeleceu-se um conjunto de conceitos empresariais voltados à gestão da qualidade
que, somados aos emanados da microeconomia, permitiram construir um referencial teórico
robusto o suficiente para conduzir a pesquisa com companhias abertas brasileiras no período
de 1995 a 2006.
Propõe-se que a certificação ISO 9000 seja essa sinalização, acenando para o
mercado quais as companhias que possuem melhores produtos e serviços.
Essas teorias foram especificadas quanto aos seus modelos matemáticos e o
desempenho financeiro foi determinado em função de uma variável independente (a
certificação ISO 9000) e demais variáveis de controle, estas financeiras. Os parâmetros do
modelo foram estabelecidos em função de um intercepto, variáveis explicativas, um termo de
erro e uma variável aleatória (estocástica), cujas propriedades probabilísticas são conhecidas.
Isso pode ser representado do seguinte modo abaixo, o que resulta em um modelo de
regressão linear:
Y
i
t
=
= =
= β
ββ
β
0
+
β
ββ
β
1
11
1
x
it
+
α
αα
α
i
+
µ
µµ
µ
i
t
[equação (33)]
Feito isso, buscou-se os dados relacionados às diversas variáveis para se obter os
valores numéricos dos diversos
β
ββ
β
. De posse dos dados, estimou-se os parâmetros da função
desejada. A estimativa numérica dá conteúdo empírico à função desejada (GUJARATI, 2006,
p. 5). As estimativas foram obtidas por meio da análise de regressão com dados em painel.
A partir da suposição de que o modelo seja uma aproximação satisfatória da realidade,
foram formuladas hipóteses, que foram testadas por meio de evidências empíricas, passo
imprescindível para uma pesquisa científica (FRIEDMAN apud GUJARATI, 2006, p. 6).
155
Conhecendo a função econométrica correta, pode-se prever a trajetória de desempenho
financeiro de uma companhia aberta que possua a certificação ISO 9000. A partir daí, uma
companhia aberta poderá estabelecer políticas de investimento apropriadas para manejar as
variáveis de controle para gerar os veis desejados de desempenho financeiro, representadas
pelas variáveis econômico-financeiras dependentes.
Como reforça Gujarati (2006, p.10), sem o uso do computador e de softwares
estatísticos não seria possível, nos dias de hoje, realizar qualquer tipo de análise de regressão.
Neste presente estudo, foi utilizado o software Gretl, versão 1.6.5, em português, obtido
gratuitamente pelo site www.gretl.com, no mês de outubro de 2007.
Para os objetivos que se quer alcançar neste trabalho, foram aplicados os modelos de
regressão com dados em painel estático e em painel dinâmico para se testar as hipóteses H
1
,
H
2
, H
3
, H
4
, H
5
e H
6
.
A rejeição à hipótese H
1
levará à aceitação da hipótese alternativa de que a certificação
pela ISO 9000 proporciona às companhias abertas melhores taxas modificadas de retorno
sobre o ativo total (ROA_mod)
e conseqüente criação de riqueza e geração de lucro para os
acionistas das companhias abertas certificadas.
A rejeição à hipótese H
2
levará à aceitação da hipótese alternativa de que a certificação
pela ISO 9000 proporciona às companhias abertas melhores taxas modificadas de retorno
sobre as vendas (ROS_mod) e conseqüente criação de riqueza e geração de lucro para os
acionistas das companhias abertas certificadas.
A rejeição à hipótese H
3
levará à aceitação da hipótese alternativa de que melhoria
significativa nas vendas das companhias abertas certificadas pela ISO 9000.
A rejeição à hipótese H
4
levará à aceitação da hipótese alternativa de que
diminuição no índice custos dos serviços vendidos sobre o total das vendas das companhias
abertas certificadas pela ISO 9000.
A rejeição à hipótese H
5
levará à aceitação da hipótese alternativa de que aumento
significativo no índice de vendas sobre os ativos nas companhias abertas certificadas pela ISO
9000.
A rejeição à hipótese H
6
levará à aceitação da hipótese alternativa de que a
certificação ISO 9000 produziu nas companhias abertas melhores taxas de retorno sobre o
patrimônio líqüido (ROE).
O modelo econométrico escolhido – regressão com dados em painel – rejeitou todas as
6 hipóteses formuladas, estabelecendo as relações entre as variáveis dependentes e a variável
explanatória, a certificação ISO 9000.
156
A título de comparação e análise da produção internacional correlata ao tema,
apresenta-se a seguir a Tabela 11, com os principais autores de trabalhos, anos respectivos e
principais conclusões a que chegaram em suas pesquisas sobre a relação entre a certificação
ISO 9000 e o desempenho financeiro das empresas.
continua
Autores e ano do
estudo
Comprovaram haver relação entre a certificação ISO 9000 e o desempenho financeiro?
Terlaak e King
(2006)
Sim. (1) Comprovam que a forma de comunicar atributos das empresas que o podem ser observados pelos
clientes e pelos consumidores pode ser feita por meio da certificação; o crescimento mais acelerado das
empresas e que essa vantagem não advém de mudanças no desempenho da qualidade, nem da gestão dos
estoques. (2) a constatação de que a certificação é particularmente benéfica para as organizações que
operam em indústrias grandes, de intensiva propaganda, mas não em P&D. (3) As conclusões acenam para
um ambiente em que a adoção de normas de gestão podem prover uma maneira viável de reduzir problemas
de assimetria de informação, o que raramente uma propaganda conseguirá fazer. (4) Com a certificação,
fica mais cil identificar fornecedores com melhores atributos de qualidade. (5) Admitem que a
importância dos intangíveis é valorizada pela ISO 9000.
Morris (2006)
Não. (1) O pesquisador buscava comprovação de que os efeitos da certificação ISO 9000 no desempenho
financeiro seriam imediatos, o que não foi comprovado. (2) A premissa de que uma companhia receberia os
benefícios da certificação no momento em que uma primeira planta se certificasse, também se mostrou o
realista para as companhias multi-plantas.
Corbett, Montes-
Sancho e Kirsch
(2005)
Sim. (1) Existem melhorias significativas no ROA no ano da primeira certificação da empresa; apesar de o
ROS e o Q de Tobin também serem superiores nessa data da primeira certificação, seus efeitos não são tão
longos. O crescimento médio das vendas continua a crescer ao longo do tempo, mas de forma menos
significativa. A relação das vendas com os ativos aumenta no ano da certificação, mas o persistem. (2)
Constataram que nos momentos que antecedem a decisão de se certificar, as empresas apresentam retornos
anormais em seu desempenho financeiro; concluiram também que os efeitos no longo prazo são fortes e
significantes. (3) Houve evidências de que um bem projetado e documentado sistema de gestão da
qualidade pode contribuir significativamente para um desempenho financeiro superior. (4) O ROA é
aumentado pela produtividade que, por sua vez, é aumentada pelas mudanças que a empresa precisa fazer: a
ISO 9000 é um critério de qualificação, auxiliando a manter, mais do que aumentar, sua lucratividade.
Martínez-Lorente
e Martínez-Costa
(2004)
Não. (1) Os pesquisadores concluem que a ISO 9000 o melhora resultados, principalmente quando
associada a esforços conjuntos, dentro de uma mesma empresa, de implantação do TQM; ao contrário,
encontram melhores resultados financeiros (lucratividade em giros de vendas e por número de empregados)
nas empresas não certificadas. (2) Os gerentes que implantam TQM, apenas fariam a certificação ISO 9000
se pressionados pelos clientes. (3) Como não testaram empresas certificadas pela versão 2000 da ISO 9000,
argumentam que as dimensões de TQM introduzidas pela versão 2000 na norma ISO 9000 é que estariam
mais diretamente relacionadas com os resultados financeiros positivos; recomendam que estudos futuros
nessa versão possam ser realizados para verificar seu impacto no desempenho financeiro.
Dimara, Skuras,
Tsekouras e
Goutsos (2004)
Sim, parcialmente. (1) Quando todas as empresas são avaliadas conjuntamente, não se observa diferenças
significativas nos indicadores financeiros nas datas antes e depois da certificação. (2) Entretanto, quando a
orientação estratégica é levada em conta, as diferenças aparecem e são estatisticamente significativas:
empresas que seguem estratégia de liderança em custo apresentam significativas melhorias nos indicadores
de lucratividade, enquanto que as que seguem uma estratégia de diferenciação apresentam melhores índices
de crescimento de mercado. (3) Concluem que os esforços relacionados com a certificação ISO 9000 o
podem ser considerados um processo direcionado ao papel, ao contrário, pois a ISO 9000 produz reais
esforços no desempenho financeiro.
Tabela 11
- Principais conclusões dos autores de estudos relacionados com a certificação ISO 9000 e o
desempenho financeiro
157
conclusão
Autores e ano do
estudo
Comprovaram haver relação entre a certificação ISO 9000 e o desempenho financeiro?
Terziovski, Power
e Sohal (2003)
Sim. (1) A principal motivação para perseguir a certificação vem dos consumidores. (2) As empresas
certificadas acreditam que benefícios quando a cultura organizacional é bem desenvolvida e quando a
motivação dos gerentes se direciona para a melhoria do desempenho e não apenas para estar conforme com
a especificação: evidências estatísticas fortes foram encontradas nesse aspecto.
Chow-Chua, Goh
e Wan (2003)
Parcialmente. (1) Não se constatou evidência estatística forte que demonstre haver maiores benefícios
qualitativos para as companhias abertas certificadas listadas em bolsa sobre as não listadas, apesar de haver
evidências que sugerem haver benefícios com a certificação. (2) Comprovam haver melhores resultados
financeiros nas companhias abertas certificadas, em particular, no ROA, ROE e no grau de endividamento;
comprovam ainda, por meio de um projeto de experimentos posteriormente realizado, que um
significativo aumento dos retornos anormais após a certificação.
Heras, Dick e
Casadesús (2002)
Não. (1) Comprovaram que a média de vendas é maior nas empresas certificadas e que existe diferença
entre os setores a que pertencem as empresas. (2) Reconhecem que o período de análise é pequeno, que
não havia empresas certificadas na região basca em 1995, em número suficiente nem dados disponíveis
suficientes. (3) Concluem pela não relação entre certificação e melhores resultados financeiros, que os
resultados se mantiveram iguais antes e após a certificação; ao contrário, encontraram esses melhores
resultados nas empresas não certificadas (4) Propõem que os melhores resultados financeiros das empresas
certificadas se devem à sua maior condição de perseguir a certificação ISO 9000. (5) Finalizam com uma
proposição de que as futuras pesquisas devem dar maior ênfase à questão da causalidade, mais do que à
associação.
Nicolau e Sellers
(2002)
Sim. (1) O mercado reage positivamente ao anúncio da certificação, o que suporta a teoria que diz que a
certificação de sistemas da qualidade reduz a assimetria que existe na informação disponível entre empresas
e consumidores. (2) Comprovam ainda que os esforços dos gerentes em aumentar o valor de mercado das
companhias é recompensado; no dia da divulgação do evento da certificação é que se apresenta os maiores
retornos.
Lima, Resende e
Hasenclever
(2000)
Não. (1) Os pesquisadores não encontraram níveis diferentes de desempenho entre as certificadas e as não
certificadas. (2) Apenas para o indicador financeiro Vendas / Ativos Totais encontraram diferença
significativa entre os dois grupos de empresas. (3) Não encontraram evidências de que houvesse diferença
significativa entre as empresas certificadas pela ISO 9001 ou pela ISO 9002 (ambas nas versões 1987 e
1994).
Docking e Dowen
(1999)
Sim. (1) Para empresas pequenas, em geral menos conhecidas, a certificação pode produzir até 0,9% de
ganho no valor de mercado; para as grandes empresas, tal hipótese não pode ser descartada. (2) Em resumo,
afirmam que o mercado reage favoravelmente ao anúncio da certificação, mas o fato de ser a primeira
empresa de seu segmento a se certificar não afeta a reação do mercado. (3) Certificar-se pela ISO 9000 é
visto pelo mercado como uma habilidade para realizar negócios com a União Européia.
Anderson, Daly e
Johnson (1999)
Sim. (1) Os pesquisadores encontraram forte evidência de que a certificação, de fato, não é realizada para
atender a requisitos ou exigências regulatórias; encontraram confirmações de que os gerentes das empresas
estão obtendo a certificação como um sinal de crédito público de suas práticas gerenciais. (2) Empresas
com um pequeno número de grandes compradores são menos propensas a adotar a certificação, pois
possuem outras alternativas de se comunicarem. (3) Uma associação forte positiva entre se certificar e a
existência de um programa de gestão da qualidade foi evidenciada, o que resultaria a ISO 9000 como uma
complementariedade da gestão. (4) Concluem que a padronização de processos imposta pela ISO 9000 pode
reduzir custos de transação.
Simmons e White
(1999)
Não. (1) Os pesquisadores não comprovaram haver diferenças significativas no desempenho operacional ou
no aumento das vendas internacionais entre as empresas certificadas e as não certificadas. (2) Entretanto,
comprovaram que as empresas certificadas do setor eletrônico são maiores e têm maiores lucros que a
média das não certificadas.
Tabela 11 - Principais conclusões dos autores de estudos relacionados com a certificação ISO 9000 e o
desempenho financeiro
Elaborado pelo autor.
158
5.1 Estatística Descritiva
Os principais resultados relacionados com as estatísticas básicas estão apresentados a
seguir nos Quadros 3 e 4.
Quadro 3:
Estatísticas descritivas das variáveis - Painel Não Balanceado
Variáveis N Média
Desvio
padrão
Mediana Mínimo Máximo
Coeficiente
de Variação
ROA_mod 2.484 -2,3629 55,598 0,354120 -1673,8 45,833 23,529
ROS_mod
2.484 -6,5269 92,379 0,46749 -2049,1 1095,8 14,154
TOT_VEND 2.484 2,0733E+06 7,3007E+06 3,7256E+05 0,0000 1,6191E+08 3,5212
CSVtoVEND 2.484 54,489 32,789 66,942 0,0000 225,14 0,60175
VENDtoTOT_AT
2.484 67,196 70,245 58,540 0,0000 735,37 1,0454
ROE 2.484 21,661 495,91 4,0005 -17963 1930,0 22,895
CERT_ISO
2.484 0,62802 0,79979 0,0000 0,0000 2,0000 1,2735
RISCO
2.484 11,772 50,329 5,2737 0,0000 966,38 4,2752
LUCRAT 2.484 -7,2978 93,616 0,65212 -2565,6 902,93 12,828
RLtoAT_TANG
2.484 0,57054 1,0402 0,3068 -3,6005 6,2209 1,8232
ENDIV
2.484 138,15 1883,2 26,104 -51416 49355 13,632
TAM_EMP
2.484 10,768 5,9166 13,059 0,0000 19,224 0,54945
Fonte: Elaborado pelo autor.
O Quadro 3 consolida as estatísticas básicas da amostra de 207 companhias abertas
que compõem o painel não balanceado que foi utilizado nas regressões. O total de
observações foi de 2.484, o que torna, de fato, esta amostra uma grande amostra.
O total de variáveis regressoras é de 7, sendo CERT_ISO a variável independente e as
demais 6 as variáveis de controle, acrescidas as 5 do quadro acima com a variável regressora
ENDIV_1.
Ao analisar os dados acima, verifica-se que, para o período de 1995 a 2006, as
variáveis dependentes tiveram o seguinte comportamento: as medianas das variáveis
ROA_mod, ROS_mod e ROE foram, respectivamente, de 0,35412%, 0,46749% e 4,0005%.
O índice de custos diretos de produção sobre as vendas (CSVtoVEND) teve mediana
de 66,942% e o índice das vendas sobre o total dos ativos (VENDtoTOT_AT) uma mediana
de 58,540% .
O desvio padrão amostral (RISCO) apresentou mediana de 5,2737%, enquanto a razão
entre lucro operacional líqüido e receita líqüida (LUCRAT) teve mediana de 0,65212%.
159
A eficiência operacional (RLtoAT_TANG) dada pelo logaritmo da razão entre vendas
e ativo imobilizado indicou mediana de 0,3068. A mediana do endividamento (ENDIV) foi de
26,104% e o tamanho das companhias abertas (TAM_EMP), dado pelo logaritmo dos ativos
totais teve mediana de 13,059.
O Quadro 4 consolida as estatísticas básicas da amostra das 60 companhias abertas
que compõem o painel balanceado. O total de observações foi de 720. Como no painel o
balanceado, o total de variáveis regressoras é de 7, sendo CERT_ISO a variável independente
e as demais 6 as variáveis de controle, acrescidas as 5 do quadro abaixo com a variável
regressora ENDIV_1.
Ao analisar os dados a seguir, verifica-se que, para o período de 1995 a 2006, as
variáveis dependentes tiveram o seguinte comportamento: as medianas das variáveis
ROA_mod, ROS_mod e ROE foram, respectivamente, de 4,1747%, 4,9443% e 12,792%.
Estas variáveis apresentaram resultados bastante distintos em relação à amostra anterior.
Quadro 4:
Estatísticas descritivas das variáveis - Painel Balanceado
N Média
Desvio
padrão
Mediana Mínimo Máximo
Coeficiente
de Variação
ROA_mod 720 -0,28929 42,730 4,1747 -964,31 43,038 147,70
ROS_mod
720 1,1049 32,203 4,9443 -518,35 112,71 29,145
TOT_VEND 720 3,8661E+06 1,2592E+07 9,8681E+05 5271,0 1,6191E+08 3,2570
CSVtoVEND 720 70,467 15,250 72,563 0,00000 110,39 0,21641
VENDtoTOT_AT
720 92,560 77,371 77,397 0,00000 703,44 0,83590
ROE 720 0,68555 213,58 12,792 -4073,2 911,51 311,54
CERT_ISO
720 0,89444 0,78758 1,0000 0,00000 2,0000 0,88052
RISCO
720 13,350 46,966 4,8378 0,00000 597,12 3,5182
LUCRAT 720 1,2248 45,555 3,9479 -510,30 902,93 37,194
RLtoAT_TANG
720 0,8049 1,0044 0,8651 -2,3801 3,6565 1,2478
ENDIV
720 152,98 1926,0 44,694 -5429,0 49355 12,590
TAM_EMP
720 14,092 1,6763 13,974 7,9381 19,224 0,11895
Fonte: Elaborado pelo autor.
O índice de custos diretos de produção sobre as vendas (CSVtoVEND) teve mediana
de 72,563% e o índice das vendas sobre o total dos ativos (VENDtoTOT_AT) uma mediana
de 77,397% . Neste caso, as variáveis tiveram resultados mais próximos da amostra do painel
não balanceado, mas maiores.
160
O desvio padrão amostral (RISCO) apresentou mediana de 4,8378%, enquanto a razão
entre lucro operacional líqüido e receita líqüida (LUCRAT) teve mediana de 3,9479%. A
eficiência operacional (RLtoAT_TANG) dada pelo logaritmo da razão entre vendas e ativo
imobilizado indicou mediana de 0,8651.
A mediana do endividamento (ENDIV) foi de 44,694% e o tamanho das companhias
abertas (TAM_EMP), dado pelo logaritmo dos ativos totais teve mediana de 13,974.
A mediana da eficiência operacional desta amostra foi quase três vezes superior à
anterior; a mediana do endividamento é superior, enquanto a mediana da variável TAM_EMP
é praticamente o mesmo.
5.2 Análise de Multicolinearidade
Antes de se proceder à análise da correlação entre as variáveis, foi importante verificar
a questão da multicolinearidade entre as variáveis. Para isso, procedeu-se à investigação dos
fatores de inflação das variâncias FIV (Variance Inflation Factor – VIF), calculado pelo uso
do próprio software Gretl.
Os resultados obtidos podem ser verificados no Quadro 5, a seguir apresentado. Para
valores maiores que 10, recomenda-se retirar determinada variável do modelo de regressão, o
que não ocorreu neste presente estudo.
Variável
FIV - Não
Balanceado
FIV -
Balanceado
CERT_ISO
1,086 1,104
RISCO
1,231 1,230
LUCRAT
1,247 1,152
RLtoAT_TANG
1,068 1,194
ENDIV
1,005 1,009
ENDIV_1
1,004 1,008
TAM_EMP
1,090
1,034
Fonte: Elaborado pelo autor.
Quadro 5: Fatores de Inflação das Variáveis
Independente e de Controle - Painéis Não
Balanceado e Balanceado
Desta forma, validou-se o conjunto de variáveis independente e de controle a serem
utilizadas nos modelos de regressão de dados em painel.
161
Na seqüência, buscou-se as correlações entre todas as variáveis a serem testadas de
acordo com os painéis não balanceado e balanceado, apresentadas nos Quadros 6 e 7.
5.3 Análise de Correlação
Como pode ser visto no Quadro 6,
não existem correlações altas dignas de cuidados
entre as variáveis independente e de controle para o painel não balanceado. Desta forma,
validou-se o uso de todas as variáveis propostas nos respectivos modelos de regressão.
Quadro 6:
Análise de correlação entre as variáveis - Painel Não Balanceado
ROA_
mod
ROS_
mod
TOT_
VEND
CSVtoVE
ND
VENDto
TOT_AT
ROE
CERT_
ISO
RISCO LUCRAT
RLtoAT
_TANG
ENDIV
TAM_
EMP
ROA_mod
1,0000
ROS_mod
0,5970 1,0000
TOT_VEND
0,0522 0,0528 1,0000
CSVtoVEND
-0,0671 -0,1277 0,0851 1,0000
VENDtoTOT_AT
-0,0304 0,0328 0,1465 0,5019 1,0000
ROE
0,0135 0,0146 0,0177 -0,0226 -0,0085 1,0000
CERT_ISO
0,0972 0,0922 0,1938 0,2320 0,2444 0,0324 1,0000
RISCO
-0,7044 -0,4147 -0,0412 0,0602 0,0318 0,0026 -0,0988 1,0000
LUCRAT
0,5748 0,9277 0,0459 -0,1342 0,0319 0,0109 0,0786 -0,4029 1,0000
RLtoAT_TANG
0,0174 0,1375 -0,0017 0,2959 0,5783 0,0039 0,1377 0,0324 0,1350 1,0000
ENDIV
-0,0064 -0,0099 -0,0025 0,0190 -0,0232 -0,2589 0,0009 -0,0044 -0,0056 -0,0016 1,0000
TAM_EMP
0,0318 0,0145 0,2700 0,8262 0,4236 -0,0198 0,2838 -0,0266 0,0086 0,1957 0,0426 1,0000
Fonte: Elaborado pelo autor.
A variável independente CERT_ISO possui coeficientes de correlação sempre
positivos com as variáveis dependentes.
Percebe-se níveis de correlação satisfatórios, o que sugere não haver qualquer viés de
especificação do modelo formulado, não sendo necessária a exclusão de qualquer variável.
No caso das correlações entre as mesmas variáveis para o painel balanceado, também
não se observou qualquer valor digno de preocupação. O Quadro 7 apresenta esses resultados.
162
Quadro 7:
Análise de correlação entre as variáveis - Painel Balanceado
ROA_
mod
ROS_
mod
TOT_
VEND
CSVto
VEND
VENDto
TOT_AT
ROE
CERT_
ISO
RISCO LUCRAT
RLtoAT_
TANG
ENDIV
TAM_
EMP
ROA_mod 1,0000
ROS_mod 0,6934 1,0000
TOT_VEND 0,0792 0,1357 1,0000
CSVtoVEND -0,1140 -0,2788 -0,2129 1,0000
VENDtoTOT_AT -0,1247 -0,0636 0,0273 0,2917 1,0000
ROE 0,0106 -0,0086 0,0422 -0,0648 0,0136 1,0000
CERT_ISO 0,1572 0,1999 0,1735 0,0042 0,0700 0,0893 1,0000
RISCO -0,3072 -0,5024 -0,0614 0,1002 -0,0137 0,0120 -0,1991 1,0000
LUCRAT 0,4180 0,6010 0,0677 -0,1742 -0,0655 -0,0239 0,0845 -0,3385 1,0000
RLtoAT_TANG -0,0937 -0,0966 -0,0820 0,2830 0,6579 0,0334 0,0317 0,1570 -0,1193 1,0000
ENDIV 0,0003 -0,0082 -0,0101 -0,0200 -0,0297 -0,4304 -0,0442 -0,0123 -0,0053 -0,0244 1,0000
TAM_EMP 0,2901 0,3629 0,5338 -0,4871 -0,2489 0,0695 0,2215 -0,2679 0,1883 -0,3781 0,0012 1,0000
Fonte: Elaborado pelo autor.
Da mesma maneira que o anterior, para este painel balanceado, percebe-se que a
variável independente CERT_ISO possui coeficientes de correlação sempre positivos com as
variáveis dependentes.
Os níveis de correlação demonstram ser satisfatórios, não havendo qualquer viés de
especificação do modelo formulado, não sendo necessária a exclusão de qualquer variável.
5.4 Os resultados das regressões
De maneira a facilitar a seqüência com que foram realizadas as regressões, optou-se
por destacar os resultados para cada variável dependente testada. Também se decidiu
apresentar os resultados primeiramente no painel não balanceado composto por 207
companhias abertas e, na seqüência, os resultados no painel balanceado, este composto por 60
companhias abertas.
Todos os resultados estão consolidados de acordo com os 9 modelos de regressão
escolhidos para dados em painel, a seguir novamente apresentados na Tabela 12, cuja
nomenclatura será utilizada nos quadros de consolidação dos resultados das regressões.
163
1
MQO agrupado
2
Primeiras Diferenças (PD)
3
EF
Within
4
EF com
dummy
( LSDV)
5
EA com MQG
6
EA com MQG e
dummy
7
MV ou MQP
Within/Between
8
Entre grupos
Between
9 Arellano-Bond
Tabela 12 -
Relação dos modelos de regressão utilizados
Fonte: Elaborado pelo autor.
Modelo
Os resultados das regressões dos modelos estáticos estão apresentadas nas seções de
5.4.1 a 5.4.6; os resultados das regressões com o
modelo dinâmico de Arellano–Bond estão
apresentados na seção 5.4.7.
Para todas as regressões propostas para cada variável dependente, foram realizados os
testes necessários, como previsto na literatura (WOOLDRIDGE, 2006, p. 245-256;
GUJARATI, 2006, p. 318-341).
Em primeiro lugar, analisou-se a presença de heterocedasticidade em cada um dos
modelos empregados para cada uma das regressões, por meio do teste de White para detecção
da heterocedasticidade. A seguir, decidiu-se pela utilização dos erros padrão robustos a cada
regressão utilizada.
O software Gretl versão 1.6.5 possui todas as ferramentas adequadas aos cálculos dos
erros padrão robustos, de forma a eliminar a heterocedasticidade e a autocorrelação
(COTTRELL; LUCHETTI, 2007, p. 103).
Foram realizadas as regressões das 6 variáveis dependentes para os 2 painéis o
balanceado e balanceado. Dessas 12 situações possíveis de regressão aplicando os três
modelos básicos (MQO, EF e EA), em 9 regressões os efeitos fixos (EF) surgiram como a
melhor alternativa. Apenas para as regressões da variável TOT_VEND no painel balanceado e
da variável ROE também no painel balanceado, os efeitos aleatórios (EA) foram a opção mais
adequada. para a regressão da variável ROE no painel não balanceado, o MQO foi o mais
consistente.
164
5.4.1 Variável ROA_mod
A primeira proposição a se querer estudar foi a relação da certificação ISO 9000 com
o retorno sobre o total dos ativos, mas considerando uma pequena e importante modificação:
trazer todas as despesas financeiras e as receitas não operacionais de volta ao valor do
resultado operacional líqüido após o imposto de renda. A esta variável deu-se o nome de ROA
modificado (ROA_mod). A hipótese 1 diz:
H
1
: Não existem melhorias significativas na taxa modificada ROA_mod das companhias
abertas certificadas ISO 9000.
Para o painel não balanceado, composto pelas 207 companhias abertas presentes na
amostra, o melhor modelo foi o de efeitos fixos, conforme pode ser visto no Quadro 8.
O
coeficiente CERT_ISO é positivo e significativo a 5%
, demonstrando, como se esperava,
que a certificação aumenta o ROA.
Os resultados completos das regressões em cada um dos modelos estáticos para
esta variável dependente no painel não balanceado encontram-se no Apêndice C.
A equação de regressão para efeitos fixos e com variáveis dummy de tempo, já com as
correções de heterocedasticidade e autocorrelação, fica:
ROA_mod
NB
=
5,521
CERT_ISO
it
– 0,673162 RISCO
it
+ 0,221214
LUCRAT
it
– 4,2968
RLtoAT_TANG
it
0,000167068 ENDIV
it
+ 0,0000684746 ENDIV_1
it
+
0,328995
TAM_EMP
it
+
µ
i
t
[equação (34)]
Além disso, a regressão nesse modelo com variáveis dummy de tempo, apresentou
significância a 1% para a defasagem de tempo (dt) –5, significância a 5% para as defasagens
2, –3, –4, –6, –7, –9 e –11 e significância a 10% para a defasagem –10.
165
1 2 3 4 5 6 7 8
Número de
Observações
(
N
)
2277 2070 2277 2277 2277 2277 2277 207
Variáveis
CERT_ISO
0,39554
0,17759
0,14376
0,01300 **
0,35801
0,06587 *
<0,00001 ***
0,36414
RISCO
0,00002 ***
0,38787
0,16348
0,1573
<0,00001 ***
<0,00001 ***
0,00029 ***
<0,00001 ***
LUCRAT
0,06447 *
0,1324
0,12116
0,12587
<0,00001 ***
<0,00001 ***
<0,00001 ***
<0,00001 ***
RLtoAT_TANG
0,56001
0,55747
0,19206
0,27858
0,3053
0,60421
<0,00001 ***
0,06928 *
ENDIV
0,04537 **
0,32109
0,1292
0,21237
0,54284
0,57156
0,00006 ***
0,61873
ENDIV_1
0,96351
0,09810 *
0,63957
0,39865
0,99322
0,93517
0,04653 **
0,68757
TAM_EMP
0,07584 *
0,54254
0,11857
0,07471 *
0,22637
0,10458
<0,00001 ***
0,1129
Constante
0,09743 *
0,32901
-
-
0,00772 ***
0,21843
0,18518
0,48578
Estatísticas e Testes
R2 Ajustado
0,617518
0,349852
0,612937
0,613533
-
-
-
0,942781
Estatística F
525,944
160,051
17,921
17,2029
-
-
-
485,887
Critério Akaike
22774,6
20962,5
22997
23002,4
22774,6
22779,7
6477,85
1517,6
Critério Schwarz
22820,5
21007,6
24223,4
24286,1
22820,5
22882,8
6523,69
1544,26
Teste F (206, 2063)
0,869637
p-valor
0,902774
MQO Ag
Teste Breusch-Pagan
4,48377
p-valor
0,0342183
EA
* significância 1% ** significância 5% *** significância 10%
Teste Hausman
33,7299
p-valor
1,93489E-05
EF
Fonte: elaborado pelo autor.
EF com
dummy
(LSDV)
EA com MQG
EA com MQG e
dummy
MQO
Agrupado
EF Within
Quadro 8: ROA_mod - Valores p das variáveis testadas no painel não balanceado
ROA_mod em Painel Não Balanceado com 207 companhias abertas
Entre grupos
Between
MV ou MQP
Between/
Within
Modelos Adotados para as Regressões de Dados em Painel
Primeiras
Diferenças
Isso atesta que
a certificação ISO 9000 tem uma participação contínua na geração
de melhores resultados do ROA_mod
.
Os sinais que se esperava encontrar para os coeficientes das variáveis ocorreram. A
variável RISCO com coeficiente negativo significa que, à medida que o desvio-padrão da
amostra aumenta, diminui o ROA_mod em função de maior risco empresarial. A variável
LUCRAT apresentou-se com sinal positivo, corroborando as expectativas iniciais nesse
sentido.
Percebe-se que a variável ENDIV possui coeficientes muito baixos e não
significativos em ambas as amostras não balanceada e balanceada ,
o que permite afirmar
que o ROA_mod não depende, de forma significativa, da estrutura de capital para as
companhias abertas presentes neste estudo. No entanto, a expectativa de que essa variável
apresentasse um coeficiente negativo foi comprovada, ou seja, quanto maior o endividamento
menor o ROA_mod.
O modelo estático apresentou significância para a variável CERT_ISO também para
efeitos aleatórios com variáveis dummy de tempo (significância a 1%) e para máxima
verossimilhança MQP Between/Within (significância a 10%), como pode ser verificado no
Quadro 8.
166
Para o modelo balanceado com 60 companhias, obteve-se melhores resultados dos
testes estatísticos também para os efeitos fixos;
CERT_ISO apresentou melhores
resultados para efeitos fixos, com significância a 1%
, conforme apresentado no Quadro 9.
Os resultados completos das regressões em cada um dos modelos estáticos para
esta variável dependente no painel balanceado encontram-se no Apêndice C.
1 2 3 4 5 6 7 8
Número de
Observações (N)
660 600 660 660 660 660 660 60
Variáveis
CERT_ISO
0,07733 * 0,35496 0,06265 * 0,26973 0,06696 * 0,01748 ** <0,00001 *** 0,27795
RISCO
0,20638 <0,00001 *** 0,00024 *** 0,00009 *** 0,00027 *** 0,00015 *** 0,01893 ** <0,00001 ***
LUCRAT
0,17031 0,17550 0,1748 0,17578 <0,00001 *** <0,00001 *** <0,00001 *** 0,00006 ***
RLtoAT_TANG
0,57923 0,54081 0,37767 0,34726 0,36398 0,21661 <0,00001 *** 0,00054 ***
ENDIV
0,63129 0,00082 *** 0,63364 0,63484 0,93092 0,93055 0,72363 0,33423
ENDIV_1
0,00329 *** 0,06459 * 0,00542 *** 0,03632 ** 0,57035 0,55004 <0,00001 *** 0,33805
TAM_EMP
0,05382 * 0,00609 *** 0,14249 0,14241 <0,00001 *** <0,00001 *** 0,88657 0,00437 ***
Constante
0,05006 * 0,56073 -
-
<0,00001 *** <0,00001 *** 0,81792 0,00408 ***
Estatísticas e Testes
R2 Ajustado 0,237661 0,684063 0,601939 0,598034 - - - 0,919243
Estatística F 30,3492 186,278 16,0989 13,9005 - - - 96,9415
Critério Akaike 6710,71 5472,93 6337,25 6352,47 6710,71 6718,27 1889 417,063
Critério Schwarz 6746,65 5508,11 6638,23 6698,37 6746,65 6799,13 1924,94 433,817
Teste F (59, 593) 11,113 p-valor 1,03766E-63 EF
Teste Breusch-Pagan 4,99089 p-valor 0,0254811 EA
* significância 1% ** significância 5% *** significância 10%
Teste Hausman 788,407 p-valor 5,88858E-166 EF
Quadro 9:
ROA_mod - Valores p da variáveis testadas no painel balanceado
ROA_mod em Painel Balanceado com 60 companhias abertas
Entre grupos
Between
MV ou MQP
Between/
Within
Modelos Adotados para as Regressões de Dados em Painel
Fonte: elaborado pelo autor.
EF com
dummy
(LSDV)
EA com MQG
EA com MQG e
dummy
MQO
Agrupado
EF
Within
Primeiras
Diferenças
A equação de regressão para o painel balanceado para efeitos fixos Within, com
correções de heterocedasticidade e autocorrelação, fica:
ROA_mod
B
=
7,56204
CERT_ISO
it
+ 0,966172
RISCO
it
+ 0,231229
LUCRAT
it
12,2818
RLtoAT_TANG
it
+
0,0000583064 ENDIV
it
+ 0,000672529 ENDIV_1
it
+
25,6758
TAM_EMP
it
+
µ
i
t
[equação (35)]
Nem todos os sinais que se esperava encontrar para os coeficientes das variáveis
ocorreram. A variável RISCO com coeficiente positivo não se esperava, que isso significa
que, à medida que o desvio-padrão da amostra aumenta, aumentaria o ROA_mod.
167
A variável LUCRAT apresentou-se com sinal positivo, corroborando as expectativas
iniciais nesse sentido.
Com base nos resultados encontrados, pode-se afirmar que a certificação ISO 9000
melhora o retorno sobre os ativos, acrescidos das despesas financeiras e dos resultados não
operacionais (ROA_mod). Uma das razões para isso seria o aumento da produtividade, o que
provocaria aumento da lucratividade.
Rejeita-se, portanto, a hipótese 1 e se aceita a hipótese alternativa de que existe
uma relação direta e positiva entre CERT_ISO e ROA_mod, confirmando o que fora
apresentado no referencial teórico.
Adicionalmente, e a título de comparação, realizou-se a regressão dos dados em painel
não balanceado considerando dummies 0 (não certificado) e 1 (certificado) para a variável
CERT_ISO. O modelo de efeitos fixos com variáveis dummy de tempo continuou sendo o
mais recomendado de acordo com os testes de Fischer, Breusch-Pagan e Hausman.
Os coeficientes de todas as variáveis do modelo EF com dummies de tempo (LSDV),
inclusive CERT_ISO, continuaram com os mesmos sinais e com as mesmas significâncias.
Isso atesta que para a amostra de 207 companhias abertas analisadas durante o período
de 1995 a 2006, a mudança na versão da norma ISO 9000 – da versão 1994 para a versão
2000 , não causou diferenças significativas no ROA_mod.
A conclusão é que a certificação ISO 9000 causa melhor resultado no ROA_mod, mas
que a sua versão posterior não agrega diferenciais anormais significativos aos resultados desta
variável.
168
5.4.2 Variável ROS_mod
A segunda proposição de estudo foi a relação da certificação ISO 9000 com o retorno
sobre as vendas, mas também considerando uma pequena e importante modificação: trazer
todas as despesas financeiras e as receitas não operacionais de volta ao valor do resultado
operacional líqüido após o imposto de renda. A esta variável deu-se o nome de taxa
modificada de retorno sobre as vendas (ROS_mod). A hipótese 2 diz:
H
2
: Não existem melhorias significativas na taxa modificada ROS_mod das companhias
abertas certificadas ISO 9000.
O Quadro 10 apresenta os resultados das regressões de todos os modelos escolhidos:
para o painel não balanceado, composto pelas 207 companhias abertas presentes na amostra, o
melhor modelo foi o de efeitos fixos. Ademais, nos modelos 1 e de 3 a 7, os coeficientes
CERT_ISO são todos positivos e significativos a 1%, a 5% e a 10%, demonstrando, como
se esperava, que a certificação aumenta o ROS.
Os resultados completos das regressões em cada um dos modelos estáticos para
esta variável dependente no painel não balanceado encontram-se no Apêndice C.
A equação de regressão para efeitos fixos, já com as correções de heterocedasticidade
e autocorrelação, fica:
ROS_mod
NB
=
2,42206
CERT_ISO
it
0,159854 RISCO
it
+ 0,85114
LUCRAT
it
0,0721899 RLtoAT_TANG
it
0,000215688 ENDIV
it
0,000108195 ENDIV_1
it
+
0,0156698 TAM_EMP
it
+
µ
i
t
[equação (36)]
Os sinais que se esperava encontrar para os coeficientes das variáveis ocorreram, com
exceção de RLtoAT_TANG. A variável RISCO com coeficiente negativo significa que, à
medida que o desvio-padrão da amostra aumenta, diminui o ROA_mod em função de maior
risco empresarial. A variável LUCRAT apresentou-se com sinal positivo, corroborando as
expectativas iniciais nesse sentido, assim como TAM_EMP.
169
1 2 3 4 5 6 7 8
Número de
Observações
(
N
)
2277 2070 2277 2277 2277 2277 2277 207
Variáveis
CERT_ISO
0,07543 *
0,99598
0,05967 *
0,01329 **
0,09710 *
0,07414 *
0,00217 ***
0,75791
RISCO
0,07606 *
0,17922
0,06388 *
0,072 *
<0,00001 ***
<0,00001 ***
0,26
0,22735
LUCRAT
<0,00001 ***
<0,00001 ***
<0,00001 ***
<0,00001 ***
<0,00001 ***
<0,00001 ***
<0,00001 ***
<0,00001 ***
RLtoAT_TANG
0,50705
0,22912
0,98842
0,94114
0,11561
0,08578 *
0,00015 ***
0,22353
ENDIV
0,21798
0,69095
0,27293
0,3199
0,56164
0,57952
<0,00001 ***
0,75987
ENDIV_1
0,53473
0,88578
0,5591
0,69588
0,75198
0,80089
0,05719 *
0,81127
TAM_EMP
0,95064
0,31641
0,94344
0,56317
0,99366
0,76321
<0,00001 ***
0,96148
Constante
0,53735
0,34936
-
-
0,67439
0,80827
0,5764
0,97003
Estatísticas e Testes
R2 Ajustado
0,862895
0,722806
0,871233
0,871268
-
-
-
0,957168
Estatística F
2047,34
771,726
73,2973
70,0766
-
-
-
658,637
Critério Akaike
22751,2
21799,5
22803,6
22812
22752,8
22762,9
6477,85
1648,17
Critério Schwarz
22797,1
21844,6
24030
24095,6
22798,6
22866,1
6523,69
1674,83
Teste F (206, 2063)
1,71326
p-valor
8,76624E-09
EF
Teste Breusch-Pagan
30,6178
p-valor
3,14192E-08
EA
* significância 1% ** significância 5% *** significância 10%
Teste Hausman
45,4532
p-valor
1,11672E-07
EF
Quadro 10:
ROS_mod - Valores p das variáveis testadas no painel não balanceado
ROS_mod em Painel Não Balanceado com 207 companhias abertas
Modelos Adotados para as Regressões de Dados em Painel
Fonte: elaborado pelo autor.
EA com MQG
EA com MQG e
dummy
MV ou MQP
Between/
Within
Entre grupos
Between
MQO
Agrupado
EF
Within
EF com
dummy
(LSDV)
Primeiras
Diferenças
Percebe-se que a variável ENDIV possui coeficientes muito baixos e não
significativos em ambas as amostras não balanceada e balanceada para a maioria dos
modelos de regressão, o que permite afirmar que o ROS_mod não depende, de forma
significativa, da estrutura de capital para as companhias abertas presentes neste estudo.
A regressão dos efeitos fixos com variáveis dummy de tempo também apresentou
coeficiente CERT_ISO positivo e significativo a 5% (3,66401), mostrando uma participação
mais efetiva da certificação ISO 9000 ao longo do tempo, apesar de as defasagens o terem
apresentado valores p significativos.
Nos dois modelos de efeitos aleatórios com mínimos quadrados ordinários sem e com
variáveis dummy de tempo também se observou coeficientes para CERT_ISO positivos e
significativos a 1%; para xima verossimilhança MQP Between/Within, a significância foi a
10%. Entretanto, todos os valores dos coeficientes CERT_ISO o menores do que os dos
modelos de efeitos fixos, como pode ser verificado no Apêndice C.
Isso atesta que a certificação ISO 9000 tem uma participação efetiva na geração de
melhores resultados do ROS_mod, quando analisadas as 207 companhias abertas da amostra
do painel de dados não balanceado.
170
Para o modelo balanceado com 60 companhias, foram obtidos melhores resultados dos
testes estatísticos também para os efeitos fixos; o mais significativo valor p para CERT_ISO
ocorreu para efeitos Between/Within com mínimos quadrados ponderados. O Quadro 11
apresenta os resultados.
Os resultados completos das regressões em cada um dos modelos estáticos
para esta variável dependente no painel balanceado encontram-se no Apêndice C.
1 2 3 4 5 6 7 8
Número de
Observações (N)
660 600 660 660 660 660 660 60
Variáveis
CERT_ISO
0,08620 * 0,45934 0,38243 0,22072 0,07411 * 0,10110 0,06142 * 0,56309
RISCO
0,01084 ** 0,89382 0,5097 0,47872 <0,00001 *** <0,00001 *** 0,04745 ** <0,00001 ***
LUCRAT
0,24179 0,24476 0,26766 0,26123 <0,00001 *** <0,00001 *** <0,00001 *** 0,00007 ***
RLtoAT_TANG
0,03366 ** 0,02787 ** 0,07591 * 0,06201 * 0,01156 ** 0,01063 ** <0,00001 *** 0,09463 *
ENDIV
0,25376 <0,00001 *** 0,69983 0,88553 0,8771 0,81678 0,49587 0,78552
ENDIV_1
0,00008 *** 0,00003 *** <0,00001 *** <0,00001 *** 0,27348 0,2983 0,20042 0,78914
TAM_EMP
0,00226 *** 0,01753 ** 0,00687 *** 0,00517 *** <0,00001 *** <0,00001 *** 0,35067 0,00012 ***
Constante
0,00267 *** 0,15316 -
-
<0,00001 *** <0,00001 *** 0,4309 0,00022 ***
Estatísticas e Testes
R2 Ajustado 0,509234 0,329798 0,55551 0,554225 - - - 0,83586
Estatística F 98,6856 43,1086 13,4787 11,7806 - - - 43,9213
Critério Akaike 6033,85 5749,15 6023,88 6034,56 6035,56 6047,32 1889 437,297
Critério Schwarz 6069,79 5784,33 6324,86 6380,46 6071,5 6128,18 1924,94 454,052
Teste F (59, 593) 2,1505 p-valor 4,284E-06 EF
Teste Breusch-Pagan 7,52369 p-valor 0,0060893 EA
* significância 1% ** significância 5% *** significância 10%
Teste Hausman 38,6531 p-valor 2,276E-06 EF
Quadro 11:
ROS_mod - Valores p das variáveis testadas no painel balanceado
ROS_mod em Painel Balanceado com 60 companhias abertas
Modelos Adotados para as Regressões de Dados em Painel
Fonte: elaborado pelo autor.
EA com MQG
EA com MQG e
dummy
MV ou MQP
Between/ Within
Entre grupos
Between
MQO
Agrupado
EF
Within
EF com
dummy
(LSDV)
Primeiras
Diferenças
A equação de regressão ROS_mod para o painel balanceado e efeitos Between/Within,
já com correções de heterocedasticidade e autocorrelação, fica:
ROS_mod
B
=
1,03058
+
0,231549
CERT_ISO
it
0,029852
RISCO
it
+ 0,996982
LUCRAT
it
–0,558034 RLtoAT_TANG
it
0,0000570538 ENDIV
it
+ 0,000107135 ENDIV_1
it
+
0,0845436
TAM_EMP
it
+
µ
i
t
[equação (37)]
Com base nos resultados encontrados, pode-se afirmar que a certificação ISO 9000
melhora o retorno sobre as vendas, acrescidos das despesas financeiras e dos resultados não
operacionais (ROS_mod).
171
Rejeita-se, portanto, a hipótese 2 e se aceita a hipótese alternativa de que existe
uma relação direta e positiva entre CERT_ISO e ROS_mod, confirmando o que fora
apresentado no referencial teórico.
Adicionalmente, e a título de comparação, realizou-se a regressão dos dados em painel
não balanceado considerando dummies 0 (não certificado) e 1 (certificado) para a variável
CERT_ISO. O modelo de efeitos fixos Within continuou sendo o mais recomendado de
acordo com os testes de Fischer, Breusch-Pagan e Hausman.
Entretanto, nem todos os coeficientes de todas as variáveis do modelo continuaram
com os mesmos sinais e com as mesmas significâncias. Em particular, a variável CERT_ISO
perdeu significância, de 1% para 5%.
Isso atesta, que para a amostra de 207 companhias abertas analisadas durante o
período de 1995 a 2006, a mudança na versão da norma ISO 9000 da versão 1994 para
a versão 2000 , causou diferenças positivas significativas no ROS_mod.
As companhias abertas venderam mais a partir da sua primeira certificação, mas
também venderam, de forma significativa, mais a partir da adoção da ISO 9000:2000 em
substituição à ISO 9000:1994.
Ou seja, foi mais significativo ter passado por dois processos de novas certificações
(1987/1994 e 2000) do que por apenas um deles (1987/1994 ou 2000).
172
5.4.3 Variável TOT_VEND
A terceira proposição de estudo foi a relação da certificação ISO 9000 com o aumento
no volume de vendas. A esta variável deu-se o nome de TOT_VEND. A hipótese 3 diz:
H
3
: Não existem melhorias significativas nas vendas (TOT_VEND) das companhias abertas
certificadas ISO 9000.
O Quadro 12 apresenta os resultados das regressões de todos os modelos escolhidos;
para o painel não balanceado, composto pelas 207 companhias abertas presentes na amostra, o
melhor modelo foi o de efeitos fixos. Os coeficientes CERT_ISO são todos positivos e
significativos a 5% e a 10%, aparecendo em todos os modelos de regressão, à exceção dos
efeitos entre grupos Between. Isso demonstra, como se esperava, que a certificação aumenta o
volume de vendas (TOT_VEND).
Os resultados completos das regressões em cada um dos modelos estáticos para
esta variável dependente no painel não balanceado encontram-se no Apêndice C.
Ambas as regressões que se utilizam de variáveis dummy de tempo efeitos fixos e
efeitos aleatórios apresentaram valores p significativos (a 5% e a 10%) para os coeficientes
de todas as defasagens dos efeitos fixos e para todas as defasagens de –2 a –10, à exceção das
defasagens –11 e –12. O efeito da certificação ao longo do tempo mostra-se positiva para o
aumento continuado das vendas das companhias.
Portanto, a equação de regressão para efeitos fixos com variáveis dummy de tempo,
com as correções de heterocedasticidade e autocorrelação, fica:
TOT_VEND
NB
=
692976
CERT_ISO
it
+ 126,892 RISCO
it
+ 871,233
LUCRAT
it
+ 7104710
RLtoAT_TANG
it
- 12,6261 ENDIV
it
4,42262 ENDIV_1
it
+
0,118941 TAM_EMP
it
+
µ
i
t
[equação (38)]
Os sinais que se esperava encontrar para os coeficientes das variáveis ocorreram, à
exceção de RISCO. A variável LUCRAT apresentou-se com sinal positivo, corroborando as
expectativas iniciais nesse sentido, assim como TAM_EMP.
173
1 2 3 4 5 6 7 8
Número de
Observações
(
N
)
2277 2070 2277 2277 2277 2277 2277 207
Variáveis
CERT_ISO
0,03695 **
0,39147
0,00733 ***
0,01083 **
<0,00001 ***
0,00004 ***
-
0,30112
RISCO
0,85542
0,13689
0,0375 **
0,8764
0,42325
0,93219
-
0,73474
LUCRAT
0,03444 **
0,26478
0,60785
0,15479
0,69232
0,33253
-
0,46028
RLtoAT_TANG
0,13181
0,01871 **
0,08589 *
0,58257
0,20137
0,79204
-
0,1441
ENDIV
0,07574 *
0,53646
0,4767
0,47643
0,74843
0,72868
-
0,67877
ENDIV_1
0,16494
0,18935
0,93068
0,79867
0,95289
0,89658
-
0,61222
TAM_EMP
0,00021
<0,00001 ***
<0,00001 ***
<0,00001 ***
<0,00001 ***
<0,00001 ***
-
<0,00001 ***
Constante
0,00998 ***
0,00630 ***
-
-
0,58951
0,07089 *
-
0,0006 ***
Estatísticas e Testes
R2 Ajustado
0,0905203
0,0660567
0,776345
0,777658
-
-
-
0,114549
Estatística F
33,3614
21,9054
38,091
36,6973
-
-
-
4,80711
Critério Akaike
78385,6
64634,6
75386,8
75382,3
78448,6
78472,7
-
7077,32
Critério Schwarz
78431,6
64679,6
76613,1
76665,9
78494,5
78575,9
-
7103,98
Teste F (206, 2063)
34,7755
p-valor
0
EF
Teste Breusch-Pagan
6184,94
p-valor
0
EA
* significância 1% ** significância 5% *** significância 10%
Teste Hausman
26,5977
p-valor
0,00039365
EF
Quadro 12: TOT_VEND - Valores p das variáveis testadas no painel não balanceado
TOT_VEND em Painel Não Balanceado com 207 companhias abertas
Modelos Adotados para as Regressões de Dados em Painel
Fonte: elaborado pelo autor.
EA com MQG
EA com MQG e
dummy
MV ou MQP
Between/ Within
Entre grupos
Between
MQO
Agrupado
EF
Within
EF com
dummy
(LSDV)
Primeiras
Diferenças
A variável RISCO com coeficiente positivo contrariou as expectativas, já que isso
significa que, à medida que o desvio-padrão da amostra aumenta, aumentariam as vendas, o
que não parece plausível. Entretanto, ao se analisar o modelo 2 de efeitos fixos sem variáveis
dummy de tempo, percebe-se que RISCO fica com coeficiente negativo e com significância a
5%, o que seria o resultado esperado.
Percebe-se que a variável ENDIV possui coeficientes negativos como esperado,
embora não significativos em ambas as amostras não balanceada e balanceada , o que
permite afirmar que o TOT_VEND o depende, de forma significativa, da estrutura de
capital para as companhias abertas presentes neste estudo.
Nos dois modelos de efeitos aleatórios com mínimos quadrados ordinários sem e com
variáveis dummy de tempo também se observou coeficientes para CERT_ISO positivos e
significativos a 10 %.
Assim, pode-se afirmar que a certificação ISO 9000 tem uma participação efetiva na
geração de melhores resultados nas vendas, quando analisadas as 207 companhias abertas da
amostra do painel de dados não balanceado.
Os coeficientes da variável de controle TAM_EMP apresentaram valores p
significativos para todos os modelos estáticos da regressão, a menos do MQO agrupado e da
máxima verossimilhança, demonstrando a existência de uma relação positiva, ceteris
174
paribus, entre o nível de ativos totais e a capacidade de aumentar volume de vendas para
as 207 companhias abertas da amostra do painel não balanceado.
Para o modelo balanceado com 60 companhias, entretanto, foram obtidos melhores
resultados dos testes estatísticos para os efeitos aleatórios. O Quadro 13 apresenta os
resultados.
Os resultados completos das regressões em cada um dos modelos estáticos para
esta variável dependente no painel balanceado encontram-se no Apêndice C.
No modelo de efeitos aleatórios com variáveis dummy de tempo, apesar do coeficiente
CERT_ISO não ter apresentado significância, foi percebida significância de 1%, 5% e 10%
nas defasagens –2, –3, –4, –5, –6 e –7.
A equação de regressão TOT_VEND para o painel balanceado e efeitos aleatórios,
com correções de heterocedasticidade e autocorrelação, fica:
TOT_VEND
B
=
5,24552E+07
+
1,69228E+06
CERT_ISO
it
3866,64
RISCO
it
1348,91
LUCRAT
it
+ 983329 RLtoAT_TANG
it
+
7,6293 ENDIV
it
+ 29,5387 ENDIV_1
it
+
3,83922E+06 TAM_EMP
it
+
µ
i
t
+
α
i
[equação (39)]
1 2 3 4 5 6 7 8
Número de
Observações (N)
660 600 660 660 660 660 660 60
Variáveis
CERT_ISO
0,32830 0,32942 0,10909 0,34710 0,00080 *** 0,61733 - 0,80438
RISCO
0,09222 * 0,01500 ** 0,35538 0,33711 0,72465 0,92743 - 0,3357
LUCRAT
0,93951 0,64893 0,78263 0,68723 0,80781 0,80175 - 0,60973
RLtoAT_TANG
0,09819 * 0,00106 *** 0,2713 0,93008 0,10328 0,75789 - 0,25397
ENDIV
0,629 0,00955 *** 0,45155 0,11439 0,95109 0,83168 - 0,27244
ENDIV_1
0,87272 0,42294 0,28489 0,42587 0,81231 0,94019 - 0,27346
TAM_EMP
0,0189 ** 0,00563 *** 0,04106 ** 0,03437 ** <0,00001 *** <0,00001 *** - <0,00001 ***
Constante
0,02406 ** 0,08013 * -
-
<0,00001 *** <0,00001 *** - <0,00001 ***
Estatísticas e Testes
R2 Ajustado 0,303229
0,0352794
0,789247 0,790312 - -
-
0,307314
Estatística F 41,9703 4,12931 38,3921 33,6811 - - - 4,73939
Critério Akaike 23271 19278,1 22537,2 22542,6 23287,7 23302,1 - 2108,58
Critério Schwarz 23307 19313,3 22838,2 22888,5 23323,6 23383
-
2125,33
Teste F (59, 593) 26,4843 p-valor 4,77645E-130 EF
Teste Breusch-Pagan 1570,51 p-valor 0 EA
* significância 1% ** significância 5% *** significância 10%
Teste Hausman 2,89934 p-valor 0,894155 EA
Quadro 13:
TOT_VEND - Valores p das variáveis testadas no painel balanceado
TOT_VEND em Painel Balanceado com 60 companhias abertas
Modelos Adotados para as Regressões de Dados em Painel
Fonte: elaborado pelo autor.
EA com MQG
EA com MQG e
dummy
MV ou MQP
Between/
Within
Entre grupos
Between
MQO
Agrupado
EF
Within
EF com
dummy
(LSDV)
Primeiras
Diferenças
175
A variável CERT_ISO apresentou significância a 10% no modelo de efeitos aleatórios
com mínimos quadrados ordinários e sem variáveis dummy de tempo. O coeficiente
1,69228E+06 para CERT_ISO teve valor p igual a 0,00080 a 10% de significância.
Os coeficientes da variável de controle TAM_EMP apresentaram valores p
significativos para todos os modelos estáticos da regressão, a menos da máxima
verossimilhança, demonstrando a existência de uma relação positiva, ceteris paribus,
entre o nível de ativos totais e a capacidade de aumentar o retorno sobre as vendas
também para as 60 companhias abertas da amostra do painel balanceado.
Com base nos resultados encontrados, pode-se afirmar que a certificação ISO 9000
aumenta o volume de vendas.
Rejeita-se, portanto, a hipótese 3 e se aceita a hipótese alternativa de que existe
uma relação direta e positiva entre CERT_ISO e TOT_VEND, confirmando o que fora
apresentado no referencial teórico.
Adicionalmente, e a título de comparação, realizou-se a regressão dos dados em painel
não balanceado considerando dummies 0 (não certificado) e 1 (certificado) para a variável
CERT_ISO. O modelo de efeitos fixos com variáveis dummy de tempo continuou sendo o
mais recomendado de acordo com os testes de Fischer, Breusch-Pagan e Hausman.
Porém, apesar das defasagens de tempo terem mantido os sinais de seus coeficientes e
seus níveis de significância e dos demais coeficientes das variáveis terem mantido a sua não-
significância, a variável CERT_ISO, em particular, deixou de ter significância.
Isso atesta que, para a amostra de 207 companhias abertas analisadas durante o
período de 1995 a 2006, a conquista da certificação ISO 9000:2000 causou diferenças
positivas significativas no TOT_VEND.
Ou seja, as companhias abertas não venderam mais a partir da sua primeira
certificação pela ISO 9000, mas sobretudo a partir da segunda certificação pela ISO
9000:2000.
176
5.4.4 Variável CSVtoVEND
A quarta proposição de estudo foi a relação entre a certificação ISO 9000 e o índice de
custos dos serviços vendidos sobre o total das vendas, ou seja, se com o mesmo volume de
vendas, os custos diminuem com a certificação ISO 9000. A esta variável deu-se o nome de
CSVtoVEND. A hipótese 4 diz:
H
4
: Não existe diminuição do Índice Custo de Serviços Vendidos / Vendas (CSVtoVEND) das
companhias abertas certificadas ISO 9000.
O Quadro 14 apresenta os resultados das regressões de todos os modelos escolhidos;
para o painel não balanceado, composto pelas 207 companhias abertas presentes na amostra, o
melhor modelo foi o de efeitos fixos.
Os resultados completos das regressões em cada um dos modelos estáticos para
esta variável dependente no painel não balanceado encontram-se no Apêndice C.
Todos os coeficientes CERT_ISO o negativos, com exceção do modelo 8 do painel
não balanceado. Isso aponta para uma contribuição positiva da certificação, ou seja, o
índice CSVtoVEND diminui com a ISO 9000. Isso demonstra, como se esperava, que a
certificação contribui para a diminuição dos custos de se produzir.
Apenas em um dos modelos de regressão, o valor p do coeficiente CERT_ISO foi
significativo a 1%: para o modelo de efeitos aleatórios.
Portanto, a equação de regressão para efeitos aleatórios, já com as correções de
heterocedasticidade e autocorrelação, fica:
CSVtoVEND
NB
=
4,96352 – 0,872981
CERT_ISO
it
+ 0,00741943 RISCO
it
– 0,0411109
LUCRAT
it
+ 1,56627 RLtoAT_TANG
it
0,000183008 ENDIV
it
0,00024332 ENDIV_1
it
+
4,55154 TAM_EMP
it
+
µ
i
t
+
α
i
[equação (40)]
Esta regressão apresentou coeficiente CERT_ISO negativo e significativo a 1%,
mostrando a contribuição da certificação na redução dos custos, mas apenas de forma
aleatória.
177
1 2 3 4 5 6 7 8
Número de
Observações
(
N
)
2277 2070 2277 2277 2277 2277 2277 207
Variáveis
CERT_ISO
0,93629
0,81085
0,17925
0,87919
0,05502 *
0,85124
-
0,41592
RISCO
0,5235
0,51167
0,64557
0,76227
0,43036
0,54425
-
0,74976
LUCRAT
<0,00001 ***
<0,00001 ***
0,00002 ***
<0,00001 ***
<0,00001 ***
<0,00001 ***
-
0,00006 ***
RLtoAT_TANG
0,00005 ***
0,19185
0,37598
0,27469
0,00007 ***
<0,00001 ***
-
<0,00001 ***
ENDIV
0,31739
0,20742
0,28834
0,31559
0,13336
0,15066
-
0,96251
ENDIV_1
0,17883
0,26206
0,14984
0,17235
0,04796 **
0,06238 *
-
0,98009
TAM_EMP
<0,00001 ***
<0,00001 ***
<0,00001 ***
<0,00001 ***
<0,00001 ***
<0,00001 ***
-
<0,00001 ***
Constante
<0,00001 ***
0,10776
-
-
0,00002 ***
0,06805 *
-
0,20005
Estatísticas e Testes
R2 Ajustado
0,679819
0,709427
0,881372
0,882356
-
-
-
0,54656
Estatística F
691,355
722,631
80,39
77,5494
-
-
-
36,4722
Critério Akaike
19519,3
15853,6
17453,8
17443,8
19620,7
19613,2
-
1692,88
Critério Schwarz
19565,2
15898,7
18680,1
18727,4
19666,5
19716,4
-
1719,54
Teste F (206, 2063)
19,7142
p-valor
0
EF
Teste Breusch-Pagan
4198,38
p-valor
0
EA
* significância 1% ** significância 5% *** significância 10%
Teste Hausman
33,1296
p-valor
2,50446E-05
EF
Quadro 14:
CSVtoVEND - Valores p das variáveis testadas no painel não balanceado
CSVtoVEND em Painel Não Balanceado com 207 companhias abertas
Modelos Adotados para as Regressões de Dados em Painel
Entre grupos
Between
MQO
Agrupado
EF
Within
EF com
dummy
(LSDV)
Fonte: elaborado pelo autor.
EA com MQG
EA com MQG e
dummy
MV ou MQP
Between/
Within
Primeiras
Diferenças
Assim, o se poderia afirmar que a certificação ISO 9000 teve uma participação
efetiva na geração de melhores resultados nas vendas, quando analisadas as 207 companhias
abertas da amostra do painel de dados não balanceado.
Os coeficientes da variável de controle TAM_EMP apresentaram valores p
significativos para todos os modelos estáticos da regressão, a menos da máxima
verossimilhança, demonstrando a existência de uma relação positiva, ceteris paribus,
entre o nível de ativos totais e a capacidade de reduzir custos diretos de produzir para as
207 companhias abertas da amostra do painel não balanceado.
Para o modelo balanceado com 60 companhias, também foram obtidos melhores
resultados dos testes estatísticos para os efeitos fixos.
Os resultados completos das regressões em cada um dos modelos estáticos para
esta variável dependente no painel balanceado encontram-se no Apêndice C.
Entretanto, a variável CERT_ISO apresentou significância apenas no modelo de
efeitos aleatórios com mínimos quadrados ordinários e sem variáveis dummy de tempo. O
coeficiente 1,01754 para CERT_ISO teve valor p igual a 0,05191 a 1% de significância. O
Quadro 15 apresenta os resultados.
No modelo de efeitos aleatórios com variáveis dummy de tempo, foi percebida
significância de 1%, 5% e 10% nas defasagens –2, –3, –8, –9, –10 e –11.
178
A equação de regressão CSVtoVEND para o painel balanceado e efeitos aleatórios,
com correções de heterocedasticidade e autocorrelação, fica:
CSVtoVEND
B
=
79,2796
1,01754 CERT_ISO
it
+ 0,0315698
RISCO
it
0,0181564
LUCRAT
it
2,11981 RLtoAT_TANG
it
7,18393e-05 ENDIV
it
0,000125464
ENDIV_1
it
0,484811 TAM_EMP
it
+
µ
i
t
+
α
i
[equação (41)]
1 2 3 4 5 6 7 8
Número de
Observações (N)
660 600 660 660 660 660 660 60
Variáveis
CERT_ISO
0,27070 0,91246 0,22483 0,62767 0,05191 * 0,99518 - 0,04058 **
RISCO
0,28783 <0,00001 *** 0,00046 *** 0,00008 *** 0,00614 *** 0,00086 *** - 0,10175
LUCRAT
0,19723 0,34996 0,13308 0,17936 0,00152 *** 0,00125 *** - 0,06491 *
RLtoAT_TANG
0,35085 0,07354 * 0,03099 ** 0,30368 0,00088 *** 0,38366 - 0,16559
ENDIV
0,45287 0,00379 *** 0,00521 *** 0,55501 0,57465 0,87697 - 0,49635
ENDIV_1
0,01249 ** 0,06862 * 0,00084 *** 0,00882 *** 0,32722 0,41403 - 0,49607
TAM_EMP
0,0021 *** 0,00575 *** 0,08949 * 0,09684 * 0,36102 0,49959 - 0,00006 ***
Constante
<0,00001 *** <0,00001 *** -
-
<0,00001 *** <0,00001 *** - <0,00001 ***
Estatísticas e Testes
R2 Ajustado 0,274945 0,0114413 0,848918
0,864273 - - -
0,377305
Estatística F 36,6996 1,99038 57,1042
56,2147 - - -
6,10707
Critério Akaike 5261,43 4967,3 4281,66 4219,7 5498,15 5460,57
-
466,875
Critério Schwarz 5297,36 5002,47 4582,64 4565,61 5534,09 5541,43
-
483,629
Teste F (59, 593) 42,9831 p-valor 1,16845E-176 EF
Teste Breusch-Pagan 1582,34 p-valor 0 EA
* significância 1% ** significância 5% *** significância 10%
Teste Hausman 79,1972 p-valor 2,0079E-14 EF
Quadro 15:
CSVtoVEND - Valores p das variáveis testadas no painel balanceado
CSVtoVEND em Painel Balanceado com 60 companhias abertas
Modelos Adotados para as Regressões de Dados em Painel
Fonte: elaborado pelo autor.
EA com MQG
EA com MQG e
dummy
MV ou MQP
Between/
Within
Entre grupos
Between
MQO
Agrupado
EF
Within
EF com
dummy
(LSDV)
Primeiras
Diferenças
Com base nos resultados encontrados, não se poderia afirmar que a certificação ISO
9000 diminuiu os custos dos serviços vendidos em relação ao volume de vendas.
Além disso, em função dos testes estatísticos para diagnósticos em painel terem
apontado para os efeitos fixos em ambos os tipos de painel balanceado e não balanceado ,
os mesmos não apresentaram significância para a variável CERT_ISO.
Portanto, o se poderia rejeitar a hipótese 4, de que não existe diminuição do Índice
Custo de Serviços Vendidos / Vendas (CSVtoVEND) das companhias abertas certificadas.
Entretanto, foi realizada, adicionalmente, a regressão dos dados em painel não
balanceado considerando dummies 0 (não certificado) e 1 (certificado) para a variável
CERT_ISO. O modelo de efeitos fixos surgiu, mais uma vez, como o mais recomendado de
acordo com os testes de Fischer, Breusch-Pagan e Hausman.
179
Neste caso, a variável CERT_ISO apareceu com significância de 1% e coeficiente
–2,27136. Anteriormente, o coeficiente CERT_ISO era –0,848029 e não significativo. As
demais variáveis continuaram com seus sinais e seus níveis de significância inalterados.
Ou seja, isso atesta que, para a amostra de 207 companhias abertas analisadas durante
o período de 1995 a 2006, a conquista da primeira certificação ISO 9000 nas versões 1987
ou 1994 causou diferenças positivas significativas no CSVtoVEND.
No entanto, ao migrarem para a versão 2000 da norma ISO 9000, as companhias
devem ter tido necessidade de maiores gastos em suas produções, aumentando o valor de seu
CSV. O que corrobora o referencial teórico, pois a versão 2000 da ISO 9000 trouxe maior
rigor em controles de processos.
Da análise da hipótese anterior TOT_VEND –, depreendeu-se que as companhias
abertas certificadas não venderam mais a partir da sua primeira certificação pela ISO 9000 na
versão 1994, mas apenas a partir da adoção da ISO 9000:2000. Ou seja, poder-se-ia dizer que
a certificação ISO 9000 nas versões 1987 e 1994 trouxeram sim uma relação positiva com
CSVtoVEND.
Para a versão 2000, não se pode afirmar que as companhias tiveram melhores índices
CSVtoVEND. Provavelmente as companhias abertas venderam mais a partir da adoção da
ISO 9000:2000, mas também tiveram de investir mais em seus processos produtivos,
aumentando o seu CSV. Mas o coeficiente –0,848029 na regressão original dos efeitos fixos,
apesar de não apresentar significância estatística, apresentou significado econômico,
sinalizando para a contribuição da CERT_ISO para a diminuição do CSV.
Rejeita-se, portanto, a hipótese 4 e se aceita a hipótese alternativa de que existe
uma relação contrária entre CERT_ISO e CSVtoVEND, confirmando o que fora
apresentado no referencial teórico.
Isso atesta que, para a amostra de 207 companhias abertas analisadas durante o
período de 1995 a 2006, a conquista da certificação ISO 9000:2000 causou reduções
significativas no CSVtoVEND.
180
5.4.5 Variável VENDtoTOT_AT
A quinta proposição de estudo foi a relação da certificação ISO 9000 com o índice de
custos dos serviços vendidos sobre o total das vendas, ou seja, se com o mesmo volume de
ativos, as vendas aumentam com a certificação ISO 9000. A esta variável deu-se o nome de
VENDtoTOT_AT. A hipótese 5 diz:
H
5
: Não existe redução significativa no Índice Vendas / Ativos (VENDtoTOT_AT) das
companhias abertas certificadas ISO 9000.
O Quadro 16 apresenta os resultados das regressões de todos os modelos escolhidos;
para o painel não balanceado, composto pelas 207 companhias abertas presentes na amostra, o
melhor modelo foi o de efeitos fixos.
Os resultados completos das regressões em cada um dos modelos estáticos para
esta variável dependente no painel não balanceado encontram-se no Apêndice C.
Os coeficientes CERT_ISO são todos positivos, apontando para uma contribuição
positiva da certificação, ou seja, o índice VENDtoTOT_AT aumenta com a ISO 9000.
Isso demonstra, como se esperava, que a certificação contribui para o aumento das vendas
com o mesmo nível de ativos.
Portanto, a equação de regressão para efeitos fixos, já com as correções de
heterocedasticidade e autocorrelação, fica:
VENDtoTOT_AT
NB
=
6,94262
CERT_ISO
it
0,0804446 RISCO
it
0,0279297 LUCRAT
it
+ 27,8931 RLtoAT_TANG
it
0,00100056 ENDIV
it
0,000512926 ENDIV_1
it
+
3,35107
TAM_EMP
it
+
µ
i
t
[equação (42)]
Esta regressão apresentou coeficiente CERT_ISO positivo e significativo a 10%,
mostrando a contribuição da certificação para o aumento das vendas com a mesma quantidade
de ativos.
181
1 2 3 4 5 6 7 8
Número de
Observações
(
N
)
2277 2070 2277 2277 2277 2277 2277 207
Variáveis
CERT_ISO
0,01267 **
0,53345
0,00394 ***
0,04488 **
<0,00001 ***
0,00017 ***
-
0,06876 *
RISCO
0,57579
0,38205
0,57786
0,58998
0,00897 ***
0,00916 ***
-
0,58346
LUCRAT
0,0727 *
0,08033 *
0,02853 **
0,04588 **
0,00052 ***
0,00085 ***
-
0,5598
RLtoAT_TANG
<0,00001 ***
<0,00001 ***
<0,00001 ***
<0,00001 ***
<0,00001 ***
<0,00001 ***
-
<0,00001 ***
ENDIV
0,01876 **
0,00968 ***
0,04389 **
0,03675 **
0,00161 ***
0,00174 ***
-
0,96568
ENDIV_1
0,21569
0,13053
0,26829
0,22219
0,10828
0,09555 *
-
0,98929
TAM_EMP
<0,00001 ***
<0,00001 ***
<0,00001 ***
<0,00001 ***
<0,00001 ***
<0,00001 ***
-
0,00013 ***
Constante
0,16852
0,22653
-
-
0,00142 ***
0,00423 ***
-
0,63466
Estatísticas e Testes
R2 Ajustado
0,413039
0,415517
0,844847
0,845529
-
-
-
0,372834
Estatística F
229,8
211,126
59,1848
56,8663
-
-
-
18,4946
Critério Akaike
24633,1
18971,5
21798,7
21797,6
24681,2
24710,4
-
2193,49
Critério Schwarz
24678,9
19016,5
23025,1
23081,3
24727,1
24813,6
-
2220,15
Teste F (206, 2063)
31,6547
p-valor
0
EF
Teste Breusch-Pagan
6018,66
p-valor
0
EA
* significância 1% ** significância 5% *** significância 10%
Teste Hausman
10,0778
p-valor
0,184209
EF
Quadro 16:
VENDtoTOT_AT - Valores p das variáveis testadas no painel não balanceado
VENDtoTOT_AT em Painel Não Balanceado com 207 companhias abertas
Modelos Adotados para as Regressões de Dados em Painel
Fonte: elaborado pelo autor.
EA com MQG
EA com MQG e
dummy
MV ou MQP
Between/
Within
Entre grupos
Between
MQO
Agrupado
EF
Within
EF com
dummy
(LSDV)
Primeiras
Diferenças
Os sinais que se esperava encontrar para os coeficientes das demais variáveis
ocorreram, a menos da variável LUCRAT, que se apresentou com sinal negativo,
contradizendo as expectativas iniciais.
A variável TAM_EMP (significativa a 10%) e a variável RLtoAT_TANG
(significativa a 10%) apresentaram coeficientes positivos, de acordo com as expectativas
iniciais. Seu sinal positivo significa que, à medida que os ativos e a eficiência operacional
aumentam, aumentam as vendas.
As variáveis RISCO (significativa a 5%) e ENDIV (significativa a 5%) apresentaram
os sinais que se esperava: negativos, já que quanto menor o desvio-padrão da amostra e menor
o endividamento, maior a razão de vendas sobre os ativos.
Para o modelo balanceado com 60 companhias, também foram obtidos melhores
resultados dos testes estatísticos para os efeitos fixos.
Os resultados completos das regressões em cada um dos modelos estáticos para
esta variável dependente no painel balanceado encontram-se no Apêndice C.
A variável CERT_ISO apresentou significância de 5% no modelo de efeitos fixos. O
coeficiente 10,3794 para CERT_ISO teve valor p igual a 0,03931 a 5% de significância. O
Quadro 15 apresenta os resultados.
182
A equação de regressão CSVtoVEND para o painel balanceado e efeitos fixos, com
correções de heterocedasticidade e autocorrelação, fica:
VENDtoTOT_AT
B
=
10,3794 CERT_ISO
it
0,523735
RISCO
it
0,0171528
LUCRAT
it
+
36,131 RLtoAT_TANG
it
0,000307921 ENDIV
it
– 0,000169769 ENDIV_1
it
11,2997
TAM_EMP
it
+
µ
i
t
[equação (43)]
1 2 3 4 5 6 7 8
Número de
Observações (N)
660 600 660 660 660 660 660 60
Variáveis
CERT_ISO
0,43988 0,07328 * 0,03931 ** 0,02601 ** 0,00014 *** <0,00001 ***
-
0,72395
RISCO
0,00019 *** <0,00001 *** <0,00001 *** <0,00001 *** <0,00001 *** <0,00001 ***
-
0,53156
LUCRAT
0,386 0,08840 * 0,25294 0,25386 0,45321 0,36298
-
0,88169
RLtoAT_TANG
0,00048 *** <0,00001 *** <0,00001 *** <0,00001 *** <0,00001 *** <0,00001 ***
-
<0,00001 ***
ENDIV
0,0161 ** 0,03332 ** 0,00388 *** 0,23189 0,59868 0,76059
-
0,58286
ENDIV_1
0,27963 0,59352 0,15022 0,62321 0,79335 0,90193
-
0,58526
TAM_EMP
0,71788 0,03473 ** 0,00138 *** 0,00057 *** 0,00007 *** 0,00005 ***
-
0,92086
Constante
0,33015 0,76409 -
-
<0,00001 *** <0,00001 ***
-
0,59252
Estatísticas e Testes
R2 Ajustado 0,437487
0,410056
0,869713 0,870176
- - -
0,41047
Estatística F 74,2184 60,4785 67,6526 59,1199
- - -
6,86854
Critério Akaike 7255,83 5405,52 6345,87 6352,29 7321,83 7340,05 - 657,41
Critério Schwarz 7291,77 5440,7 6646,85 6698,19 7357,77 7420,91
-
674,164
Teste F (59, 593) 37,6612 p-valor 2,28602E-163 EF
Teste Breusch-Pagan 1821,92 p-valor 0 EA
* significância 1% ** significância 5
%
*** significância 10%
Teste Hausman 10,7884 p-valor 0,148118 EF
Quadro 17:
VENDtoTOT_AT - Valores p das variáveis testadas no painel balanceado
VENDtoTOT_AT em Painel Balanceado com 60 companhias abertas
Modelos Adotados para as Regressões de Dados em Painel
Entre grupos
Between
MQO
Agrupado
EF
Within
EF com
dummy
(LSDV)
Fonte: elaborado pelo autor.
EA com MQG
EA com MQG
e
dummy
MV ou MQP
Between/
Within
Primeiras
Diferenças
Os coeficientes da variável de controle RISCO apresentaram valores p significativos a
10% para os modelos fixos e aleatórios sem e com variáveis dummy de tempo, o que significa
que quanto menor o desvio-padrão amostral no período analisado, maiores as razões de
aumento das vendas com os mesmos ativos. Isso demonstra a existência de uma relação
contrária, ceteris paribus, entre o risco e as vendas sobre os ativos para as 60 companhias
abertas da amostra do painel balanceado.
Com base nos resultados encontrados, pode-se afirmar que a certificação ISO 9000
aumenta as vendas em relação aos ativos das companhias.
183
Rejeita-se, portanto, a hipótese 5 e se aceita a hipótese alternativa de que existe
uma relação direta e positiva entre CERT_ISO e VENDtoTOT_AT, confirmando o que
fora apresentado no referencial teórico.
Adicionalmente, e a título de comparação, realizou-se a regressão dos dados em painel
não balanceado considerando dummies 0 (não certificado) e 1 (certificado) para a variável
CERT_ISO. O modelo de efeitos fixos surgiu como o mais recomendado de acordo com os
testes de Fischer, Breusch-Pagan e Hausman.
Neste caso das 207 companhias abertas sem especificar a quantidade de certificações,
esta variável CERT_ISO aumentou a sua significância de 10% para 1% e o seu coeficiente
aumentou de 6,94262 para 8,37715. As demais variáveis continuaram com seus sinais e seus
níveis de significância inalterados.
Ou seja, isso atesta que, para a amostra de 207 companhias abertas analisadas durante
o período de 1995 a 2006, a conquista da certificação ISO 9000 nas versões 1987 ou 1994
causou diferenças positivas significativas no VENDtoTOT_AT.
Depreendeu-se da análise da hipótese 3 TOT_VEND que as companhias abertas
certificadas não venderam mais a partir da sua certificação pela ISO 9000 na versão 1994,
mas apenas a partir da certificação pela ISO 9000:2000. Assim, ao migrarem para a versão
2000 da norma ISO 9000, as companhias devem ter tido necessidade de maiores
investimentos em ativos para fazer frente às mudanças e melhorias dos processos.
Assim, poder-se-ia dizer que a certificação ISO 9000 nas versões 1987 e 1994
trouxeram sim uma relação mais positiva ainda com VENDtoTOT_AT.
184
5.4.6 Variável ROE
A última das proposições que se pretendeu estudar foi a relação da certificação ISO
9000 com o retorno sobre o patrimônio líqüido, este medido pelo ROE, que vem a ser a razão
entre o lucro operacional liqüido após o imposto de renda e o patrimônio líqüido vezes 100. A
hipótese 6 diz:
H
6
: Não existem melhorias significativas no índice ROE das companhias abertas certificadas
ISO 9000.
O modelo mais adequado obtido para as 207 companhias que compõem o painel não
balanceado foi o MQO agrupado, conforme pode ser visto no Quadro 18.
Os resultados completos das regressões em cada um dos modelos estáticos para
esta variável dependente no painel não balanceado encontram-se no Apêndice C.
O coeficiente CERT_ISO é positivo e significativo a 1%, demonstrando, como se
esperava, que a certificação aumenta o ROE.
A equação de regressão fica:
ROE
NB
=
12,2874 +
25,0842
CERT_ISO
it
+ 0,0964754
RISCO
it
+ 0,0557661
LUCRAT
it
1,75486 RLtoAT_TANG
it
0,0680391 ENDIV
it
+ 0,00256458 ENDIV_1
it
1,58912
TAM_EMP
it
+
µ
i
t
[equação (44)]
O modelo estático apresentou significância sempre a 1% - para a variável
CERT_ISO também para efeitos fixos Within, efeitos aleatórios sem e com variáveis dummy
de tempo, como pode ser verificado no Quadro 18. Nenhuma das outras variáveis apresentou
significância nesta amostra de 207 companhias abertas.
185
1 2 3 4 5 6 7 8
Número de
Observações
(
N
)
2277 2070 2277 2277 2277 2277 2277 207
Variáveis
CERT_ISO
0,05481 *
0,24568
0,07946 *
0,31965
0,06238 *
0,09000 *
-
0,30379
RISCO
0,29935
0,48140
0,91824
0,60228
0,67437
0,6429
-
0,7747
LUCRAT
0,39709
0,40323
0,30218
0,25962
0,6408
0,67545
-
0,90773
RLtoAT_TANG
0,75855
0,57527
0,65238
0,566
0,86235
0,8878
-
0,92769
ENDIV
0,54446
0,56502
0,55943
0,55962
<0,00001 ***
<0,00001 ***
-
0,88197
ENDIV_1
0,72367
0,54595
0,51189
0,49515
0,63403
0,64483
-
0,64367
TAM_EMP
0,41463
0,19065
0,37737
0,42691
0,42004
0,59226
-
0,41455
Constante
0,0646 *
0,24410
-
-
0,62295
0,99837
-
0,13121
Estatísticas e Testes
R2 Ajustado
0,0657272
0,0663306
0,0651319
0,0640579
-
-
-
0,0788121
Estatística F
23,8742
21,9983
1,74445
1,69854
-
-
-
3,51776
Critério Akaike
34776
33222,6
34972,7
34984,3
34776
34787,8
-
2674,92
Critério Schwarz
34821,9
33267,7
36199,1
36267,9
34821,9
34891
-
2701,58
Teste F (206, 2063)
0,992986
p-valor
0,515882
MQO Ag
Teste Breusch-Pagan
0,0174792
p-valor
0,894819
MQO Ag
* significância 1% ** significância 5% *** significância 10%
Teste Hausman
2,89361
p-valor
0,894667
EA
Quadro 18:
ROE - Valores p das variáveis testadas no painel não balanceado
ROE em Painel Não Balanceado com 207 companhias abertas
Modelos Adotados para as Regressões de Dados em Painel
Entre grupos
Between
MQO
Agrupado
EF Within
EF com
dummy
(LSDV)
Fonte: elaborado pelo autor.
EA com MQG
EA com MQG e
dummy
MV ou MQP
Between/
Within
Primeiras
Diferenças
Já o modelo balanceado com 60 companhias apresentou melhores resultados dos testes
estatísticos para os efeitos fixos.
Os resultados completos das regressões em cada um dos modelos estáticos para
esta variável dependente no painel balanceado encontram-se no Apêndice C.
A variável CERT_ISO apresentou significância a 5%, conforme apresentado no
Quadro 19.
A equação de regressão ROE para o painel balanceado para efeitos fixos Within,
com correções de heterocedasticidade e autocorrelação, fica:
ROE
B
=
22,5481
CERT_ISO
it
+ 0,0420602
RISCO
it
- 0,188037
LUCRAT
it
4,91817
RLtoAT_TANG
it
-
0,045397 ENDIV
it
+ 0,0061194 ENDIV_1
it
3,9251
TAM_EMP
it
+
µ
i
t
[equação (45)]
186
1 2 3 4 5 6 7 8
Número de
Observações (N)
660 600 660 660 660 660 660 60
Variáveis
CERT_ISO
0,06289 * 0,05717 * 0,01661 ** 0,85461 0,12862 0,49407
-
0,38314
RISCO
0,05211 * 0,45461 0,82987 0,8351 0,59252 0,6099
-
0,56188
LUCRAT
0,5556 0,32785 0,49655 0,57416 0,32279 0,42901
-
0,99111
RLtoAT_TANG
0,00369 *** 0,10884 0,76116 0,51586 0,32891 0,44211
-
0,25902
ENDIV
0,00041 *** 0,00108 *** 0,00202 *** 0,00197 *** <0,00001 *** <0,00001 ***
-
0,56491
ENDIV_1
0,00783 *** 0,97380 0,03513 ** 0,06987 * 0,23489 0,26553
-
0,51786
TAM_EMP
0,06932 * 0,84559 0,79593 0,97244 0,05745 * 0,05149 *
-
0,06642 *
Constante
0,07878 * 0,10056 -
-
0,04023 ** 0,06475 *
-
0,05084 *
Estatísticas e Testes
R2 Ajustado 0,19126 0,224926 0,21151 0,212397 - - - 0,28379
Estatística F 23,264 25,8328 3,6784 3,33837 - - - 4,33972
Critério Akaike 8875,04 8430,65 8913,7 8921,74 8875,09 8885,66 - 687,291
Critério Schwarz 8910,98 8465,82 9214,69 9267,64 8911,03 8966,52 - 704,046
Teste F (59, 593) 1,2838 p-valor 0,0822798 EF
Teste Breusch-Pagan 1,59585 p-valor 0,206493 EA
* significância 1% ** significância 5% *** significância 10%
Teste Hausman 2,94008 p-valor 0,890489 EA
Quadro 19: ROE - Valores p das variáveis testadas no painel balanceado
ROE em Painel Balanceado com 60 companhias abertas
Modelos Adotados para as Regressões de Dados em Painel
Fonte: elaborado pelo autor.
EA com MQG
EA com MQG e
dummy
MV ou MQP
Between/
Within
Entre grupos
Between
MQO
Agrupado
EF
Within
EF com
dummy
(LSDV)
Primeiras
Diferenças
Desta forma, com base nos resultados encontrados, pode-se afirmar que a certificação
ISO 9000 melhora o retorno sobre o patrimônio líqüido (ROE).
Rejeita-se, portanto, a hipótese 6 e se aceita a hipótese alternativa de que existe
uma relação direta e positiva entre CERT_ISO e ROE, confirmando o referencial teórico.
Adicionalmente, e a título de comparação, realizou-se a regressão dos dados em painel
não balanceado considerando dummies 0 (não certificado) e 1 (certificado) para a variável
CERT_ISO. O modelo de MQO agrupado surgiu novamente como o mais recomendado de
acordo com os testes de Fischer, Breusch-Pagan e Hausman.
Neste caso das 207 companhias abertas sem especificar o seu momento de
certificação, esta variável CERT_ISO perdeu sua significância, que era de 1%, apesar de seu
coeficiente ter aumentado de 25,0842 para 30,9434. As demais variáveis continuaram com
seus sinais e seus níveis de significância inalterados.
Ou seja, isso atesta que, para a amostra de 207 companhias abertas analisadas durante
o período de 1995 a 2006, a migração da certificação ISO 9000 da versão 1994 para a
versão 2000 causou diferenças positivas significativas no ROE.
187
5.4.7 Os resultados do modelo dinâmico de Arellano-Bond
Foram realizadas regressões, por meio do software Gretl, com estimação de uma fase e
defasagens das variáveis dependentes (quando defasada consigo mesma) e das variáveis de
controle. Optou-se por não defasar a variável independente CERT_ISO.
Os resultados obtidos com as regressões das variáveis dependentes no painel não
balanceado estão apresentados a seguir, no Quadro 20.
Os resultados completos das regressões em modelo dinâmico para as seis variáveis
dependentes no painel não balanceado encontram-se no Apêndice C.
ROA_mod ROS_mod TOT_VEND CSVtoVEND VENDtoTOT_AT ROE
Número de
Observações (N)
2070 2070 2070 2070 2070 2070
Variáveis
Dependente (-1)
0,0875866 0,0474471 1,11945 *** 0,0624136 *** 0,170698 0,00716746
CERT_ISO
-0,103932 -0,257024 17704,1 0,454855 ** 1,03826 *** -5,76239
RISCO
-0,923676 -0,230124 * -713,596 -0,0166914 -0,125791 0,154877
RISCO_1
0,755128 0,191215 645,38 0,011824 0,150225 -0,221492
LUCRAT
0,158249 0,809848 *** 267,761 -0,0433415 *** -0,0287188 * 0,0933997
LUCRAT_1
-0,218594 -0,830848*** -445,413 * 0,0416848 *** 0,0501587 * -0,157882
RLtoAT_TANG
-5,16715 9,01442 131791 ** 1,57025 26,4983 *** -13,1529
RLtoAT_TANG_1
4,88153 -9,82243 -130827* -1,21168 -26,4735 *** 17,3378
ENDIV
-0,000120076 -0,000216349 -10,7473 -0,000240763 -0,000729842 -0,0688016
ENDIV_1
0,00014753 0,000219869 3,70131 0,0000799675 * 0,000801842 *** 0,0725004
TAM_EMP
0,157207 -0,342788 90675,4 *** 4,54791 *** 3,3622 *** -9,05107
TAM_EMP_1
-0,120005 0,357094 -103486 *** -4,66524 *** -3,41908 *** 11,2815
constante
0,848075 0,387541 58773,6 0,50136 -0,0700538 -16,4876
Testes
AR (1) -1,6207 -1,8164
-2,17342 -3,33974 -2,09522 -1,6925
AR (2) 0,915593 -1,54416
-1,19403 -0,941778 -0,192351 -0,134006
Teste de Sargan (gl=54) 1637,04 290,206
904,852 137,523 499,576 21,111
Teste Wald (gl=12) 5669,74 4630,55
8182,09 1801,03 264,579 23,2575
Fonte: elaborado pelo autor.
Quadro 20: Coeficientes das variáveis no modelo dinâmico Arellano-Bond - Painel Não Balanceado
Painel Não Balanceado com 207 companhias abertas
Variáveis
Os testes de Sargan e de Wald, para análise de sobre-identificação e significância
conjunta de regressores apresentaram ambos valores p igual a zero para os dois painéis, à
exceção de ROE no painel balanceado, que apresentou p igual a 0,0256 no teste de Wald,
mais ainda assim, baixo e aceitável para a estimação em uma fase. Portanto, isso aponta que
os instrumentos não estão correlacionados com o termo erro e são, portanto, adequados.
De modo geral, as inversões de sinais observadas entre as variáveis e suas respectivas
defasagens em absolutamente todas as regressões apontam para uma dinâmica permanente de
adequação de curto prazo (de um ano para o ano seguinte).
188
Essa inversão de sinais ocorreu para todas as variáveis dependentes. Os resultados
obtidos com as regressões das variáveis dependentes no painel balanceado estão apresentados
a seguir, no Quadro 21.
Para a variável dependente TOT_VEND, os coeficientes de suas defasagens para os
painéis não balanceado e balanceado o significativos a 10%, com valores de 1,11945 e
1,07861.
Segundo Ozkan (2001 apud MARTIN et al., 2005), essas variáveis defasadas
significam 1k, sendo k a velocidade de ajuste. Portanto, com valores k negativos, deve-se
entender que as companhias têm uma velocidade de mudança negativa, o que poderia
significar dificuldades para se ajustar a aumentos ou diminuições de vendas em períodos
curtos de tempo.
Para a variável dependente CSVtoVEND, os coeficientes de suas defasagens foram
significativos a 10%, com valores de 0,0624136 e 0,42928 para os painéis o balanceado e
balanceado, respectivamente. Isso determina valores de k iguais a 0,938 e 0,571, altos o
suficiente para sugerir alta capacidade de mudança nos custos dos serviços vendidos.
A variável CERT_ISO aparece com significância a 5% e coeficientes positivos nas
regressões de CSVtoVEND para painel não balanceado e painel balanceado, acenando com
uma contribuição positiva no esforço de redução dos custos dos serviços vendidos.
A variável VENDtoTOT_AT apresenta sua defasagem com coeficiente 0,571749 no
painel balanceado, resultando em k igual a 0,428, podendo significar ajustes nos números de
vendas mas também ajustes a diminuições de ativos físicos. De qualquer forma, um valor
relativamente alto.
A variável TAM_EMP surge com boa freqüência em rias das defasagens das
variáveis dependentes e com coeficientes com significância a 5% e a 10% nos dois painéis.
Isso pode significar que as companhias usam seus ativos para melhorar seu desempenho
financeiro.
No painel balanceado, a variável RLtoAT_TANG aparece com significância de 10%
para ROS_mod, TOT_VEND e VENDtoTOT_AT. Isso demonstra uma maior utilização dos
ativos imobilizados para melhoria das vendas no período seguinte.
Os resultados completos das regressões em modelo dinâmico para as seis variáveis
dependentes no painel balanceado encontram-se no Apêndice C.
189
ROA_mod ROS_mod TOT_VEND CSVtoVEND VENDtoTOT_AT ROE
Número de Observações
(N)
600 600 600 600 600 600
Variáveis
Dependente (-1)
0,0713889 -0,079037 1,07861 *** 0,42928 *** 0,571749 *** 0,105002 *
CERT_ISO
-1,71379 * -0,500519 -103562 0,531391 ** 0,842378 -0,691439
RISCO
1,12583 *** -0,100676 -1397,61** 0,00861541 -0,39328 *** 0,121559
RISCO_1
-1,30207 *** 0,0897121 2251,65 * -0,00858153 0,414231 *** -0,0840073
LUCRAT
0,157314 0,309808 814,666 -0,00100703 -0,052056 -0,223571
LUCRAT_1
-0,244239 -0,282373 -320242 0,00872382 0,0259848 0,302076
RLtoAT_TANG
-4,74556 18,3678 *** 943171 *** -1,669 38,2902 *** -6,58824
RLtoAT_TANG_1
3,74013 -19,8938 *** - 942071 *** 2,10519 -38,35 *** 6,59584
ENDIV
-0,000146001 0,000788461 -13,2988 -6,21544E-05 0,000785259 - 0,4875 ***
ENDIV_1
4,43003E-05 0,000468796 ** 4,75092 3,81665E-06 4,28657E-05 0,0540638 ***
TAM_EMP
16,0519 ** 32,7877 ** 892837 *** 0,55341 -18,5873 *** 8,75482
TAM_EMP_1
-16,8465 ** -34,4583 ** -866053 *** -0,57257 18,9446 ** -9,06876
constante
16,935 * 24,2808 ** -322596 -0,704749 -7,06109 6,64661
Testes
AR (1) -1,73524 -1,93106 -1,32732
-4,72376 -1,87873
-1,52035
AR (2) -1,01657 -0,929294
-1,02663 1,1091 -0,330049
-1,33137
Teste de Sargan (gl=54) 335,256 336,048 448,212
139,365 226,206
176,494
Teste Wald (gl=12) 10878,3 664,81 35823,2
148,214 1910,55
641,41
Fonte: elaborado pelo autor.
Quadro 21: Coeficientes das variáveis no modelo dinâmico Arellano-Bond - Painel Balanceado
Painel Balanceado com 60 companhias abertas
Variáveis
No painel balanceado, a variável RISCO teve significância de 10% para a defasagem
de ROA_mod e de 1% e 5% para a defasagem de TOT_VEND e sempre com sinais
alternados de seus coeficientes. RISCO teve correlação positiva com ROA_mod e negativa
com TOT_VEND. Isso pode significar que, no ano anterior, o risco diminuiu para um ajuste e
depois, no ano seguinte, voltou a aumentar, pois as vendas melhoraram com aquele nível de
ativos.
190
5.5 A significância da variável CERT_ISO nos modelos de regressão
A variável CERT_ISO apareceu com uma freqüência importante de significância nos
9 modelos de regressão adotados para os dados em painéis não balanceado e balanceado,
conforme Quadro 22 a seguir apresentado.
1 2 3 4 5 6 7 8 9
ROA_mod 0,39554 0,17759 0,14376 0,01300 ** 0,35801 0,06587 * <0,0001 *** 0,36414 0,78756
ROS_mod 0,07543 * 0,99598 0,05967 * 0,01329 ** 0,09710 * 0,07414 * 0,00217 *** 0,75791 0,3101
TOT_VEND 0,03695 ** 0,39147 0,00733 *** 0,01083 ** <0,0001 *** 0,00004 *** 0,30112 0,04953 ** 0,52538
CSVtoVEND 0,93629 0,06282 * 0,17925 0,87919 0,05502 * 0,85124 NA 0,41592 0,03042 **
VENDtoTOT_AT 0,00296 *** 0,07788 * <0,0001 *** 0,02015 ** <0,0001 *** 0,00002 *** NA 0,12963 0,00598 ***
ROE 0,01267 ** 0,24568 0,00394 *** 0,04488 ** <0,0001 *** 0,00017 *** NA 0,06876 * 0,39118
ROA_mod 0,07733 * 0,35496 0,06265 * 0,26973 0,06696 * 0,01748 ** <0,0001 *** 0,27795 0,08781 *
ROS_mod 0,08620 * 0,45934 0,38243 0,22072 0,07411 * 0,10110 0,06142 * 0,56309 0,53599
TOT_VEND 0,32830 0,32942 0,10909 0,3471 0,00080 *** 0,61733 NA 0,80438 0,19737
CSVtoVEND 0,2707 0,91246 0,22483 0,62767 0,05191 * 0,99518 NA 0,04058 ** 0,01453 **
VENDtoTOT_AT 0,05291 * 0,07328 * 0,00006 *** 0,00448 *** <0,0001 *** <0,0001 *** <0,0001 *** 0,93847 0,20023
ROE 0,43988 0,05717 * 0,03931 ** 0,02601 ** 0,00014 *** <0,0001 *** NA 0,72395 0,19211
Fonte: Elaborado pelo autor.
* significância 1% ** significância 5% *** significância 10%
EA com MQG
EA com MQG
e
dummy
MV ou MQP
Between/Within
Entre grupos
Between
Não
Balanceado
Balanceado
Primeira
Diferenciação
Modelos
Quadro 22 - Valores p da variável independente CERT_ISO nos modelos de regressão dos painéis não balanceado e balanceado
Arellano-
Bond de uma
fase
EF
Within
EF com
dummy
(LSDV)
Variáveis
Dependentes
Painéis
MQO
Agrupado
Os coeficientes CERT_ISO surgiram com significância em 56 das 108 regressões de
painéis realizadas: são 9 modelos, 2 painéis e 6 variáveis. Foram 19 coeficientes significativos
a 1%, 15 significativos a 5% e 22 significativos a 10%.
A variável RISCO que mede o risco operacional, dado pelo desvio padrão amostral
do ROA_mod apresentou 41 coeficientes (dos 108 possíveis) com significância, sendo 7
deles a 1%, 4 a 5% e os demais 30 com significância a 10%.
A variável LUCRAT que mede a lucratividade média pela margem líqüida, dada
pela razão entre lucro operacional líqüido e receita líqüida apresentou 43 coeficientes (dos
108 possíveis) com significância, sendo 5 deles a 1%, 4 a 5% e os demais 34 com
significância a 10%.
A variável RLtoAT_TANG que mede a eficiência operacional, dada pelo logaritmo
da razão entre vendas e o ativo imobilizado apresentou 47 coeficientes (dos 108 possíveis)
com significância, sendo 10 deles a 1%, 7 a 5% e os demais 30 com significância a 10%.
191
A variável ENDIV – dado pela razão entre dívidas de longo prazo e o total do
patrimônio líqüido apresentou 26 coeficientes (dos 108 possíveis) com significância, sendo
apenas 1 deles a 1%, 6 a 5% e os demais 19 com significância a 10%.
A variável defasada ENDIV_1 – defasagem da variável ENDIV – apresentou 28
coeficientes (dos 108 possíveis) com significância, sendo 8 deles a 1%, 7 a 5% e os demais 13
com significância a 10%.
A variável TAM_EMP – medida pelo logaritmo dos ativos totais foi a mais presente
em termos de significância: foram 64 coeficientes (dos 108 possíveis) com significância,
sendo 10 deles a 1%, 6 a 5% e os demais 48 com significância a 10%.
5.6 Síntese dos Resultados
Para os objetivos que se queria alcançar neste trabalho analisar a relação da
certificação ISO 9000 com o desempenho financeiro das companhias abertas brasileiras –,
foram aplicados os modelos de regressão com dados em painel estático e em painel dinâmico
para se testar as hipóteses H
1
, H
2
, H
3
, H
4
, H
5
e H
6
.
Um conjunto de 207 companhias abertas tiveram seus dados econômico-financeiros
acompanhados durante 12 anos, entre 1995 e 2006. Essa amostra representa 28,3% de todas as
companhias abertas registradas atualmente na CVM.
O modelo econométrico escolhido regressão com dados em painel rejeitou todas
as 6 hipóteses formuladas, estabelecendo as relações entre as variáveis dependentes e a
variável explanatória, a certificação ISO 9000.
Todas as regressões num total de 126 , encontram-se disponíveis no Apêndice C.
São, respectivamente:
a) 48 regressões dos 8 modelos estáticos no painel não balanceado;
b) 48 regressões dos 8 modelos estáticos no painel balanceado;
c) 6 regressões Arellano-Bond no painel não balanceado;
d) 6 regressões Arellano-Bond no painel balanceado;
e) 6 regressões com heterocedasticidade corrigida no painel não balanceado;
f) 6 regressões com heterocedasticidade corrigida no painel balanceado e
g) 6 regressões com dummies 0 e 1 para CERT_ISO.
Assim, pode-se resumir as principais constatações:
192
(1) A hipótese H
1
foi rejeitada, o que leva à aceitação de que a certificação pela ISO
9000 proporciona às companhias abertas melhores taxas modificadas de retorno sobre o
ativo total (ROA_mod);
(2) A hipóteses H
2
foi rejeitada, o que leva à aceitação de que a certificação pela ISO
9000 proporciona às companhias abertas melhores taxas modificadas de retorno sobre
as vendas (ROS_mod);
(3) A hipótese H
3
foi rejeitada e levou à aceitação de que melhoria significativa
nas vendas das companhias abertas certificadas pela ISO 9000;
(4) A hipótese H
4
foi rejeitada e levou à aceitação de que diminuição no índice
custos dos serviços vendidos sobre o total das vendas das companhias abertas
certificadas pela ISO 9000;
(5) A hipótese H
5
foi rejeitada, o que significa que aumento significativo no
índice de vendas sobre os ativos nas companhias abertas certificadas pela ISO 9000 e
(6) A hipótese H
6
foi rejeitada, o que significa que a certificação ISO 9000 produziu
às companhias abertas melhores taxas de retorno sobre o patrimônio líqüido (ROE).
Pode-se considerar que a maioria das proposições descritas no referencial teórico
conseguiu ser comprovada pelos dados analisados em painel.
Embora haja questionamentos a respeito dos motivos que fazem com que a
certificação ISO 9000 seja buscada pelas empresas, esta dissertação buscou sedimentar um
conjunto de conceitos que, praticados nas companhias, levam a um melhor desempenho
financeiro.
Existe uma cadeia lógica melhoria de processos menores custos da qualidade
incremento do foco no cliente” proposta na norma ISO 9000 que resulta em benefícios
financeiros; pode-se depreender que os resultados financeiros superiores possam ser
prerrogativas das empresas que têm razões internas para perseguir a certificação.
193
Este trabalho defendeu que a certificação pela ISO 9000 atua como um sinal de
atributos superiores, mas não observáveis, de qualidade, que propiciam um benefício
competitivo. Assim, o objetivo principal foi avaliar o impacto financeiro causado pela
certificação ISO 9000 nas companhias abertas brasileiras, durante o período de 1995 a
2006.
Como um primeiro objetivo adicional, este trabalho avaliou e identificou um conjunto
de motivos que levam uma empresa a buscar uma certificação. Melhoria da capacidade de
atendimento, aumento do marketshare, antecipação a futuras demandas dos clientes, melhoria
da eficiência operacional apareceram entre os motivos principais. Conseqüentemente, surgem
a melhoria da imagem e da reputação.
A sinalização ponto central do referencial teórico fica aceita como um motivo
estratégico para a certificação; é a conquista de um “diploma”, que diferencia as companhias.
O segundo objetivo adicional foi identificar os benefícios advindos com a certificação:
além dos benefícios qualitativos, como diminuir a assimetria de informação na relação com
clientes e consumidores, ficou claro que o benefício maior é um melhor desempenho
empresarial.
Percebeu-se alguns pontos superiores na versão 2000 da norma ISO 9000 frente à
versão 1994. Ao se rejeitar as hipóteses H
2
, H
3
, H
4
,
H
5
e H
6
, comprovou-se também uma
diferença nos resultados em vendas e no retorno sobre o patrimônio líqüido. A ISO 9000
inseriu um maior ritmo no processo de vendas, provavelmente condizente com o retorno dado
pelo cliente a um processo de sinalização, com conseqüente redução da informação
assimétrica e da seleção adversa.
Ao se rejeitar as hipóteses H
1
e H
6
, constata-se que, ao se tomar uma decisão de
implantar um processo de certificação da qualidade que é uma decisão de investimento , a
empresa e seus gestores estão, de fato, focados no intuito de aumentar a riqueza dos
acionistas, criando valor para a empresa.
De maneira idêntica, ao se rejeitar as mesmas hipóteses H
1
e H
6
, constata-se que, ao se
tomar uma decisão de implantação de um processo de certificação da qualidade, os gestores
estão seguros de estar investindo em um tipo de ativo intangível que facilita a transferência e
aquisição de conhecimento que, devidamente utilizados, gerarão melhor desempenho da
companhia, aumento da riqueza dos acionistas e criação de valor para a empresa.
194
Pode-se dizer que, se uma decisão de investimento como a certificação ISO 9000
melhora o desempenho financeiro das companhias abertas brasileiras, os conflitos de agência
entre acionistas e gestores existiriam em pequena escala. Afinal, os gestores os que
realmente decidem pelo projeto de implantação da ISO 9000 , terão agido de acordo com os
interesses dos acionistas, ao utilizar a certificação ISO 9000 para melhorar o desempenho
financeiro.
5.7 Limitações do estudo e recomendações para futuras pesquisas
O Brasil possuía, em agosto de 2007, 732 companhias abertas registradas na Comissão
de Valores Mobiliários (CVM, 2007). houve 1.152 registradas em 1983 (SANVICENTE,
1996); no primeiro ano do período de análise desta dissertação, 1995, eram 870 as
companhias abertas que se encontravam registradas na CVM (ANDRADE; ROSSETTI, 2007,
p. 414).
Foi possível coletar os dados econômico-financeiros e de mercado de 261 delas, por
meio do banco de dados da Economática; dessas, restaram 207 companhias na amostra final,
já que instituições financeiras e correlatas, além de empresas de participação, foram excluídas.
Esse conjunto de companhias abertas produziu, portanto, um total de 2.484
observações ao longo de 12 anos.
Trabalhos semelhantes a esta dissertação, nos últimos anos, têm considerado algumas
centenas de empresas, mas a grande maioria, não opta por modelos de regressão com dados
em painel. O uso desse modelo econométrico é raro na academia, de onde surge uma primeira
recomendação: o uso mais presente deste modelo, que consegue aumentar em muito o
tamanho da amostra.
Em particular, vale a pena mencionar o trabalho de Terlaak e King (2006), no qual foi
utilizado um banco de dados de 3.317 empresas privadas americanas certificadas pelo padrão
ISO 9000 ao longo de 11 anos, entre 1988 e 1998. Portanto, estudou-se as versões 1987 e
1994 da norma ISO 9000.
Esta dissertação surge como o primeiro trabalho a estudar a relação entre a certificação
ISO 9000 em sua versão 2000 e o desempenho financeiro das empresas.
No entanto, a primeira limitação do estudo pode ser creditada à amostra: seu tamanho,
apesar de grande estatisticamente, pode ser melhorado em pesquisas futuras. No futuro, a
possibilidade de se trabalhar com amostras maiores e períodos mais longos de tempo deve ser
considerada.
195
A segunda limitação é o desbalanceamento da amostra; setores da economia
representados por apenas uma ou duas companhias abertas pode ser um elemento a se
melhorar. Estudos da relação da ISO 9000 e o desempenho financeiro de empresas podem ser
realizados dentro de setores específicos, acompanhando empresas similares.
Uma limitação que merece ser mencionada é o ainda incompleto conhecimento sobre
o uso de modelos de regressão em painéis dinâmicos. A literatura parece estar em uma
fronteira que pode abrir caminhos para pesquisas mais profundas sobre a dinâmica da
mudança. Os resultados aqui reportados dos modelos de regressão em painel dinâmico podem
ser um ponto de partida para outros pesquisadores avançarem.
Os resultados principais deste trabalho acenam para uma relação positiva entre a
certificação ISO 9000 e o desempenho financeiro das companhias abertas brasileiras. No
entanto, esses resultados não estão isentos de crítica; ao contrário, espera-se que esta
dissertação possa contribuir para que outros pesquisadores evoluam nessa linha de pesquisa.
Os estudos sobre os efeitos da ISO 9000 no tecido empresarial brasileiro ainda estão
longe de ter as devidas respostas. Para um universo de quase 9.000 empresas brasileiras
certificadas, a produção científica ainda é escassa. Muito se evoluiria se a academia pudesse
produzir mais a respeito deste tema.
Nesse sentido, a possibilidade de pesquisar também com companhias fechadas, de
grande a pequeno porte, poderá trazer à tona questões importantes; afinal, foram
acompanhadas 116 companhias abertas certificadas ISO 9000 dentro de um total de 9.000
empresas certificadas em todo o Brasil.
Três linhas de pesquisa que podem ser objeto de pesquisas futuras estão relacionadas a
três importantes temas nas finanças corporativas: estrutura de capital, teoria da agência e
ativos intangíveis.
Em primeiro lugar, seria muito interessante se pudesse ser avaliado se a certificação
ISO 9000 promove a busca permanente de melhores estruturas de capital nas empresas
brasileiras e se ao fazerem-no, os gestores decidem de acordo com critérios de utilização de
capital próprio ou se endividando.
Ter certificação ISO 9000 pode ser um sinalizador para obtenção de crédito junto a
fontes de financiamento; esse sinal apontaria para um menor risco operacional da companhia
e para um menor risco financeiro para o emprestador dos recursos.
196
É digno de menção especial o fato da variável CERT_ISO ter tido coeficiente positivo
e significativo a 1% para a variável ROE; se ela é a variável que melhor captura o retorno
financeiro dos projetos pela visão dos acionistas e do mercado, é preciso investigar mais e
melhor essa relação.
Em segundo lugar, a teoria da agência poderia ser testada no ambiente da certificação:
será que, de fato, um gestor que decida pela implantação e posterior certificação ISO 9000,
está, ex-ante, premeditadamente decidido a agir em proveito próprio e contra a vontade dos
acionistas?
Em terceiro lugar, acredita-se que a ISO 9000 implantada e certificada promova
aumento dos ativos de conhecimento e organizacionais. Ao se considerar isso como verdade,
deve haver uma transferência desse tipo de ativo ao valor da empresa. Portanto, pesquisar
sobre a distância do valor de mercado para o valor contábil das empresas certificadas poderia
ser um bom projeto de pesquisa.
Por último, uma recomendação para que essas futuras pesquisas sobre a relação da
ISO 9000 com o desempenho financeiro das empresas possam ser realizadas de maneira
quantitativa. É preciso responder, de forma mais precisa e com maior margem de segurança
nas inferências, às dúvidas que empresários e outras partes interessadas têm: afinal, a
certificação ISO 9000 promove melhor desempenho financeiro para as empresas certificadas?
A ISO 9000 é um fenômeno mundial que ainda precisa ser mais bem compreendido,
deixando de lado algumas impressões que se perpetuam sem conhecimento científico.
197
6 CONCLUSÕES
Este estudo foi pensado e estruturado a partir da seguinte pergunta: a certificação ISO
9000 permite às companhias abertas obterem melhor desempenho financeiro?
Mas, antes de responder a ela e, principalmente para poder respondê-la, foi necessário,
em primeiro lugar, buscar uma resposta a outra questão: por que as empresas se certificam
pela ISO 9000?
Pois foi a partir dessa segunda questão que foi possível responder à primeira delas.
Optou-se por pesquisar no campo da microeconomia e de seus principais pensadores
Akerlof, Spence, Kreps, Milgrom e Roberts, Pindyck e Rubinfeld uma linha de raciocínio
que sustentasse o estudo da relação entre certificação e desempenho.
O primeiro passo da pesquisa começou com a análise dos preceitos formulados por
Akerlof em 1970, com seu artigo seminal “Market for Lemons”. Nele, o ganhador do Prêmio
Nobel de Economia em 2001 apresenta a informação assimétrica como peça-chave na
economia da informação. Quando existe informação adversa, o consumidor seleciona os
produtos de forma adversa no momento da compra.
A relação adversa, originalmente, era um termo utilizado na indústria de seguros que
se referia à tendência daqueles que procuravam adquirir o produto serem parte de uma
amostra não aleatória da população, isto é, aqueles que teriam as maiores exigências de
consumo (MILGROM, ROBERTS, 1992, p. 595). Atualmente a seleção adversa se refere a
um tipo de oportunismo pré-contratual, que ocorre quando uma das partes de uma transação
detém informação privada que o outro não possui, implicando em perda da outra parte,
especialmente quando essa outra parte concorda com o contrato (MILGROM, ROBERTS,
1992, p. 595).
Spence, ganhador do Prêmio Nobel de Economia em 2001 juntamente com Akerlof
e Stiglitz formulou modelos que explicam o modo com que a seleção adversa se processa e
propõe uma saída para a quebra desse círculo vicioso: a sinalização.
O segundo passo deste estudo foi atrelar esse trinômio “informação assimétrica
seleção adversa sinalização” ao tema da pesquisa. Kreps, Milgrom e Roberts, Pindyck e
Rubinfeld estudaram a forma como a assimetria da informação poderia ser mitigada. A
sinalização é um ambiente em que as partes revelam as suas informações (MILGROM,
ROBERTS, 1992, p. 154-155).
198
A microeconomia avançou em seu campo de estudo e consolidou a visão de uma
relação positiva entre sinalização reputação.
A sinalização pode ser feita por meio de certificados (PINDYCK, RUBINFELD,
1999, p. 680). Ao se conquistar reputação, aumenta-se a participação de mercado e a
rentabilidade. O segundo passo da formulação teórica estava vencido.
A certificação ISO 9000 atua como um sinal para o mercado possibilitando vantagem
competitiva para as empresas em que os compradores adquirem informação a respeito
de atributos escondidos (TERLAAK; KING, 2006) e distinguindo empresas certificadas
das não certificadas (ANDERSON; DALY; JOHNSON, 1999), propiciando um prêmio no
preço e um aumento no volume de vendas.
O terceiro passo foi desenvolver a questão envolvendo “qualidade gestão
certificação” como um trinômio de sustentação teórica para a certificação ISO 9000 como
uma poderosa ferramenta de gestão. Os conceitos clássicos foram considerados.
Juran, Deming, Feigenbaum, Crosby, Garvin, Fey e Gogue e seus importantes
trabalhos na academia deram suporte para a busca de uma relação entre implantação de
sistemas de gestão da qualidade e melhor desempenho financeiro.
A gestão estratégica da qualidade é, nos dias de hoje, ligada à lucratividade e aos
objetivos básicos das companhias (GARVIN, 1992, p. 33).
A qualidade bem gerenciada promove maior produtividade e, conseqüentemente maior
lucratividade. Sinalizar corretamente ao mercado proporciona melhores vendas, desde que os
produtos tenham qualidade não duvidosa. Assim, cria-se reputação e mais vendas.
O resultado disso é maior retorno sobre os ativos e o patrimônio líqüido, criando
riqueza para os acionistas e satisfação para os consumidores.
O que poderia explicar o porquê da sinalização propiciar um grande benefício às
empresas? A resposta parece residir na seguinte lógica:
(1) empresas sinalizam mais e melhor as características “invisíveis” aos seus clientes,
(2) reduzindo, assim, a informação assimétrica que
(3) detém ou mitiga a seleção adversa que
(4) promove melhoria da imagem da empresa,
(5) aumentando a sua reputação e, conseqüentemente,
(6) aumentando as suas vendas e seus retornos.
199
Desta forma, pode-se ainda pensar que um sinal poderá ser mais bem interpretado se
os receptores tiverem melhores condições de compreendê-lo (TERLAAK, 2002, p. 134). A
Economia da Informação, como ramo da Microeconomia, suportou as abordagens expostas
para os motivos da certificação ISO 9000.
Os modelos econométricos de regressão com dados em painel foram utilizados para
testar as idéias apresentadas no referencial teórico.
Aliás, mais do que idéias, esta dissertação contém muito da experiência de campo que
este pesquisador amealhou e com a qual foi contemplado por ter trabalhado nesse ambiente de
preparação e acompanhamento de empresas brasileiras na busca da certificação ISO 9000.
Sempre estiveram presentes as seguintes indagações: “A certificação ISO 9000
provoca quais tipos de benefícios financeiros?” ou ainda “Será que promove algum?”
Sempre foi uma certeza deste pesquisador que uma norma tão abrangente e genérica,
longeva e difundida mundialmente não poderia servir apenas para aspectos documentais e
burocráticos. Ou que fosse um mero modismo. Ou que seus resultados seriam intangíveis.
Haveria de existir benefícios tangíveis mais robustos. Os resultados deste trabalho não
deixam dúvida quanto a isso.
Mas continua a persistir uma questão: a certificação ISO 9000 não está refletida
diretamente nos balanços das empresas. que se encontrar mecanismos e técnicas para
tangibilizar mais o valor de uma certificação.
Datam de 1999 os trabalhos pioneiros sobre os efeitos da certificação sobre o
desempenho financeiro das empresas. Faz muito pouco tempo, portanto, que a ISO 9000
começou, de fato, a ser estudada quanto às suas conseqüências de implantação.
Os seus benefícios e vantagens precisam ser acompanhados por períodos longos de
tempo, pois é um projeto de investimento em um ativo não físico e que deve gerar resultados
líqüidos positivos com conseqüente criação de vantagem competitiva duradoura.
Pode-se afirmar que ter a certificação ISO 9000 é um recurso raro e escasso. É
imitável, mas custoso para ser imitado.
Fixou-se um objetivo principal para esta dissertação: demonstrar que a certificação
ISO 9000 permite às companhias abertas brasileiras obterem um desempenho financeiro
superior.
Foi construída uma amostra de 207 companhias, com dados coletados relativos ao
período 1995 a 2006. Foram elaborados dois painéis: um, não balanceado, com 207
companhias e 2.484 observações; outro, balanceado, com 60 companhias e 720 observações.
200
Os testes revelaram haver uma relação direta e positiva entre a variável CERT_ISO e
as variáveis dependentes ROA_mod, ROS_mod, TOT_VEND, CSVtoVEND,
VENDtoTOT_AT e ROE.
Esta dissertação fornece importantes contribuições para a literatura técnica em normas
de gestão. Uma das principais diz respeito à perenidade dos benefícios financeiros da
implantação da ISO 9000.
As estatísticas mundiais relativas à certificação ISO 9000 são relevantes; a norma
continua sendo implantada em quase todo o mundo, mais precisamente em 161 países. O seu
importante papel nas questões comerciais se destaca: a China é hoje o campeão mundial em
número de certificações, mais de 140.000, o que equivale a 18,5% do total (ISO, 2007).
A China é o exemplo tangível do uso da sinalização para conquista de mercados.
Rajan e Tamini (2003) propõem em seu artigo que “seria interessante examinar o
impacto da nova ISO 9000 no desempenho das empresas. As companhias certificadas pelas
novas normas exibirão qualquer desempenho melhor do que o promovido pela certificação
original?” Esse aspecto proposto por Rajan e Tamini (2003) foi respondido nesta pesquisa.
Em grande parte, os resultados obtidos elucidam o problema de pesquisa proposto,
fornecendo evidências empíricas sobre a influência continuada da ISO 9000 no desempenho
financeiro das empresas.
Ademais, este trabalho permitirá aos gestores – e por que não também aos acionistas
decidir melhor, e com mais embasamento, sobre se uma certificação deve ou não ser buscada.
Ou, por que não, mais de uma.
Os resultados desta pesquisa indicam que acionistas e gestores podem optar pela
certificação como mecanismo de sinalização, aumento da reputação e das vendas, diminuição
dos custos dos serviços vendidos, melhoria dos retornos sobre ativos, vendas e patrimônio
líqüido.
Uma companhia aberta poderá, portanto, estabelecer políticas de investimento
apropriadas para manejar as variáveis de controle, de forma a gerar níveis desejados de
desempenho financeiro.
Sendo assim, pode-se concluir que a certificação ISO 9000 configura-se em
importante instrumento estratégico para aumento de competitividade.
201
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208
209
APÊNDICES
210
211
Apêndice A Relação de organismos certificadores acreditados pelo INMETRO
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas
ABS - Quality Evaluations Inc.
ACTA - Supervisão Técnica Independente
BRTÜV Avaliações da Qualidade Ltda.
BSI British Standards Institution Brasil
Bureau Acta de Certificação - QS
BVQI do Brasil Sociedade Certificadora Ltda.
CCB - Centro Cerâmico do Brasil
CERTA - Certificadores Associados Ltda.
Certa Qualidade Ltda.
CTA/IFI - Centro Técnico Aeroespacial - Instituto de Fomento e Coordenação Industrial
Det Norske Veritas Ltda.
DQS do Brasil Ltda.
EVS Brasil Avaliações Ltda.
FCAV - Fundação Carlos Alberto Vanzolini
Fondonorma - Fondo para la Normalización y la Certificación de la Calidad
GLC - Germanischer Llyod Certification South America Ltda.
IBAMETRO - Instituto Baiano de Metrologia e Qualidade
ICQ Brasil - Instituto de Certificação Qualidade Brasil
Instituto de Certificações Brasileiro S/A - ICBr
Instituto Falcão Bauer da Qualdiade - IFBQ
Instituto Totum de Desenvolvimento e Gestão Empresarial Ltda.
IQA - Instituto da Qualidade Automotiva
IRAM - Instituto Argentino de Normalización
ITAC - Instituto Tecnológico de Avaliação e Certificação da Conformidade Ltda.
LATU Sistemas S/A
Lloyd's Register do Brasil Ltda.
NCC - Associação NCC Certificações do Brasil
Perry Johnson Registrars, Inc.
RINA - Societá per Azioni
SAS Certificadora Ltda.
SGS ICS Certificadora Ltda.
TECPAR - Instituto de Tecnologia do Paraná
TÜV Rheinland Brasil
UCIEE - União Certificadora para Controle de Conformidade de Produtos, Processos ou Serviços
UL Underwriters Laboratories Inc.
UNIT - Instituto Uruguayo de Normas Técnicas
Fonte: INMETRO (2007). Adaptado pelo autor.
212
213
Apêndice B Questionário enviado a diretores da Qualidade e de relações com
investidores das companhias abertas
Prezado Fulano, bom dia.
Estou realizando mestrado na Universidade Mackenzie com o tema “A ISO 9000 e o Desempenho
Financeiro das Empresas Brasileiras”, cujo objetivo é estudar a relação entre certificação e
desempenho financeiro. Meu orientador é o Prof. Dr. Wilson Nakamura e a idéia é finalizar o estudo em
outubro de 2007. Para isso, gostaria de contar com a sua contribuição.
Esse estudo é inédito no Brasil e espero que ele contribua com todos os que trabalham na área
da Qualidade, mostrando benefícios ainda não conhecidos da certificação ISO 9000.
O banco de dados da ABNT (CB25), infelizmente, não possui o histórico de certificações das
cerca de 9.000 empresas brasileiras certificadas; possui apenas a data da mais recente certificação,
o que não me permite inferir qualquer contribuição da certificação ISO 9000 no longo prazo e de forma
perene.
Assim, agradeceria se me fossem passadas as duas informações abaixo, muito simples e que podem ser
respondidas neste próprio texto e me devolvendo por e-mail. Os resultados da pesquisa serão divulgados
para toda a comunidade da qualidade, por meio de publicações de artigos relacionados ao tema
pesquisado. O estudo é puramente acadêmico e não apresentará dados ou informações diretas
das empresas certificadas.
1. Primeira certificação ISO 9000 da empresa
Ano: _______
Qual a norma: ISO 9001 ( ) ISO 9002 ( ) ISO 9003 ( )
Qual a versão (ano): 1987 ( ) 1994 ( )
2. Primeira certificação com a versão 2000 da ISO 9001
Ano: _______
Meu nome é Francisco Starke Rodrigues, mestrando da Universidade Mackenzie. Meu telefone para contato
é (11) 9488-0700. Obrigado pela contribuição.
214
215
Apêndice C Conjunto de regressões
216
217
Modelo 1: Estimativas MQO ("
Pooled
OLS") usando 2277 observações
Incluídas 207 unidades de secção-cruzada - Comprimento da série temporal = 11
Variável dependente: ROA_mod no Painel Não Balanceado
Erros padrão robustos (HAC)
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
const 4,69371 2,83074 1,6581 0,09743 *
CERT_ISO 0,883641 1,03984 0,8498 0,39554
RISCO -0,668652 0,155869 -4,2898 0,00002 ***
LUCRAT 0,196474 0,106213 1,8498 0,06447 *
RLtoAT_TANG -0,749647 1,28605 -0,5829 0,56001
ENDIV -0,000233385 0,00011656 -2,0023 0,04537 **
ENDIV_1 3,29401e-06 7,20029e-05 0,0457 0,96351
TAM_EMP 0,172453 0,0970943 1,7761 0,07584 *
Média da variável dependente = -2,62119
Desvio padrão da variável dependente = 58,0241
Soma dos resíduos quadrados = 2,92188e+006
Erro padrão dos resíduos = 35,8851
R
2
não-ajustado = 0,618695
R
2
ajustado = 0,617518
Estatística-F (7, 2269) = 525,944 (p-valor < 0,00001)
Verossimilhança-Logarítmica = -11379,3
Critério de informação de Akaike = 22774,6
Critério Bayesiano de Schwarz = 22820,5
Critério de Hannan-Quinn = 22791,3
Diagnósticos:
Estimador de efeitos fixos:
erros padrão dos declives em parênteses, p-valores em colchetes
CERT_ISO: 2,5499 (1,6004) [0,11124]
RISCO: -0,65386 (0,03451) [0,00000]
LUCRAT: 0,22622 (0,010525) [0,00000]
RLtoAT_TANG: 5,1902 (1,4147) [0,00025]
ENDIV: -0,00019484 (0,00041144) [0,63586]
ENDIV_1: 3,6595e-005 (0,00041503) [0,92975]
TAM_EMP: 0,23992 (0,18365) [0,19156]
207 médias de grupo foram subtraídas aos dados
Variância dos resíduos: 2,68843e+006/(2277 - 214) = 1303,16
Significância conjunta da diferenciação das médias de grupo
:
F(206, 2063) = 0,869637 com p-valor 0,902774
Estatística de teste Breusch-Pagan:
LM = 4,48377 com p-valor = prob (qui-quadrado(1) > 4,48377) = 0,0342183
Variance estimators:
between = 86,1122
within = 1303,16
theta used for quasi-demeaning = 0
Estimador de efeitos aleatórios:
erros padrão em parênteses, p-valores em colchetes
const: 4,6937 (1,7603) [0,00772]
CERT_ISO: 0,88364 (0,96115) [0,35801]
RISCO: -0,66865 (0,016378) [0,00000]
LUCRAT: 0,19647 (0,0085968) [0,00000]
RLtoAT_TANG: 0,74965 (0,7311) [0,30530]
ENDIV: -0,00023339 (0,00038347) [0,54284]
ENDIV_1: 3,294e-006 (0,00038769) [0,99322]
TAM_EMP: 0,17245 (0,14251) [0,22637]
Estatística de teste de Hausman: H = 33,7299 com p-valor = prob(qui-quadrado(7) > 33,7299) = 1,93489e-005
Teste de White para a heterocedasticidade
218
Estimativas OLS usando 2277 observações
Variável dependente: uhat^2
VARIÁVEL COEFICIENTE ERRO PADRÃO ESTAT. T P-VALOR
const -946,279 1090,67 -0,868 0,38570
CERT_ISO -805,849 2218,20 -0,363 0,71642
RISCO 199,066 54,1783 3,674 0,00024 ***
LUCRATIVIDADE -414,094 66,3172 -6,244 <0,00001 ***
RLtoAT_TANG 17309,3 2868,90 6,033 <0,00001 ***
ENDIV -1,39552 3,73171 -0,374 0,70847
ENDIV_1 -0,0996537 2,40684 -0,041 0,96698
TAM_EMP -170,259 344,906 -0,494 0,62161
sq_CERT_ISO -88,2179 972,238 -0,091 0,92771
CERT_I_RISCO -42,9308 69,6349 -0,617 0,53762
CERT_I_LUCRAT -38,0089 11,3863 -3,338 0,00086 ***
CERT_I_RLtoAT -289,753 472,254 -0,614 0,53957
CERT_I_ENDIV -0,171727 0,484846 -0,354 0,72323
CERT_I_ENDIV_ 0,119386 0,587424 0,203 0,83897
CERT_I_TAM_EM 123,378 104,596 1,180 0,23830
sq_RISCO -0,0233898 0,0736875 -0,317 0,75096
RISCO_LUCRAT -0,0265133 0,0334919 -0,792 0,42866
RISCO_RLtoAT -12,1107 9,68988 -1,250 0,21149
RISCO_ENDIV 0,0214694 0,0525490 0,409 0,68290
RISCO_ENDIV_ 0,0226557 0,0608722 0,372 0,70979
RISCO_TAM_EM -18,5437 3,21437 -5,769 <0,00001 ***
sq_LUCRATIVID 0,0510418 0,00754230 6,767 <0,00001 ***
LUCRAT_RLtoAT -57,4883 5,95599 -9,652 <0,00001 ***
LUCRAT_ENDIV 0,000179301 0,00647573 0,028 0,97791
LUCRAT_ENDIV_ -0,00122958 0,0181475 -0,068 0,94599
LUCRAT_TAM_EM 29,4113 5,53522 5,313 <0,00001 ***
sq_RLtoAT_TAN 382,418 203,686 1,877 0,06058 *
RLtoAT_ENDIV -0,0368568 0,422136 -0,087 0,93043
RLtoAT_ENDIV_ -0,145802 0,439156 -0,332 0,73992
RLtoAT_TAM_EM -1259,75 195,846 -6,432 <0,00001 ***
sq_ENDIV -3,69836E-06 9,35564E-06 -0,395 0,69265
ENDIV_ENDIV_ 6,74340E-05 0,000181271 0,372 0,70992
ENDIV_TAM_EM 0,0918629 0,261571 0,351 0,72547
sq_ENDIV_1 -1,98184E-06 7,61128E-06 -0,260 0,79459
ENDIV__TAM_EM 0,00563494 0,166008 0,034 0,97293
sq_TAM_EMP 13,1268 22,6075 0,581 0,56154
R-quadrado não-ajustado = 0,370762
Estatística de teste: TR^2 = 844,226147, com p-valor = P(Qui-quadrado(35) > 844,226147) = 0,000000
Teste de Wald independente da distribuição para heterocedasticidade
baseado nos resíduos FGLS:
Qui-quadrado(207) = 3,91297e+007, com p-valor = 0
Convergência atingida depois de 29 iterações
Heterocedasticidade em Grupos
Estimativas Máxima Verossimilhança usando 2277 observações
Incluídas 207 unidades de secção-cruzada
Variável dependente: ROA_mod
VARIÁVEL COEFICIENTE ERRO PADRÃO ESTAT. T P-VALOR
const 0,170439 0,128596 1,325 0,18518
CERT_ISO 0,413863 0,0786989 5,259 <0,00001 ***
RISCO -0,0696557 0,0191833 -3,631 0,00029 ***
LUCRATIVIDADE 0,515477 0,00671643 76,749 <0,00001 ***
RLtoAT_TANG 1,87123 0,0816736 22,911 <0,00001 ***
ENDIV -7,25032E-05 1,80162E-05 -4,024 0,00006 ***
ENDIV_1 3,58776E-05 1,80139E-05 1,992 0,04653 **
TAM_EMP 0,0502790 0,00978457 5,139 <0,00001 ***
Média da variável dependente = -2,62119
Desvio padrão da variável dependente = 58,0241
Verossimilhança-Logarítmica = -7169,34
Critério de informação de Akaike (AIC) = 6477,85
Critério Bayesiano de Schwarz (BIC) = 6523,69
219
Critério de Hannan-Quinn (HQC) = 6494,57
Teste de razão de verossimilhanças para heterocedasticidade entre grupos
-
Hipótese nula: as unidades têm a mesma variância de erro
Estatística de teste: Qui-quadrado(206) = 8419,94 com p-valor = 0
Modelo 2: Estimativas MQO ("Primeiras Diferenças") usando 2070 observações
Incluídas 207 unidades de secção-cruzada - Comprimento da série temporal = 10
Variável dependente: d_ROA_mod no Painel Não Balanceado
Erros padrão robustos (HAC)
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
const -1,01008 1,03456 -0,9763 0,32901
d_CERT_ISO 2,0801 1,54234 1,3487 0,17759
d_RISCO -0,7085 0,820334 -0,8637 0,38787
d_LUCRAT 0,176496 0,117251 1,5053 0,13240
d_RLtoAT_TANG -2,41847 4,12214 -0,5867 0,55747
d_ENDIV -0,000124867 0,000125815 -0,9925 0,32109
d_TAM_EMP 0,107035 0,175733 0,6091 0,54254
d_ENDIV_1 0,000120004 7,25153e-05 1,6549 0,09810 *
Média da variável dependente = -0,274899
Desvio padrão da variável dependente = 47,3623
Soma dos resíduos quadrados = 3,00723e+006
Erro padrão dos resíduos = 38,189
R
2
não-ajustado = 0,352052
R
2
ajustado = 0,349852
Estatística-F (7, 2062) = 160,051 (p-valor < 0,00001)
Verossimilhança-Logarítmica = -10473,3
Critério de informação de Akaike = 20962,5
Critério Bayesiano de Schwarz = 21007,6
Critério de Hannan-Quinn = 20979,1
Modelo 3: Estimativas Efeitos Fixos usando 2277 observações
Incluídas 207 unidades de secção-cruzada - Comprimento da série temporal = 11
Variável dependente: ROA_mod no Painel Não Balanceado
Erros padrão robustos (HAC)
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
CERT_ISO 2,54988 1,74354 1,4625 0,14376
RISCO -0,653857 0,469065 -1,3940 0,16348
LUCRAT 0,226218 0,145895 1,5506 0,12116
RLtoAT_TANG -5,19016 3,9773 -1,3049 0,19206
ENDIV -0,000194841 0,000128364 -1,5179 0,12920
ENDIV_1 3,65947e-05 7,81313e-05 0,4684 0,63957
TAM_EMP 0,239919 0,153649 1,5615 0,11857
Média da variável dependente = -2,62119
Desvio padrão da variável dependente = 58,0241
Soma dos resíduos quadrados = 2,68843e+006
Erro padrão dos resíduos = 36,0993
R
2
não-ajustado = 0,649161
R
2
ajustado = 0,612937
Estatística-F (213, 2063) = 17,921 (p-valor < 0,00001)
Estatística de Durbin-Watson = 1,13234
Verossimilhança-Logarítmica = -11284,5
Critério de informação de Akaike = 22997
Critério Bayesiano de Schwarz = 24223,4
Critério de Hannan-Quinn = 23444,3
220
Teste para diferenciar grupos de interceptações no eixo x=0 –
Hipótese nula: Os grupos têm a mesma interceptação no eixo x=0
Estatística de teste: F(206, 2063) = 0,869637 com p-valor = P(F(206, 2063) > 0,869637) = 0,902774
Modelo 4: Estimativas Efeitos Fixos com dummies de tempo usando 2277 observações
Incluídas 207 unidades de secção-cruzada - Comprimento da série temporal = 11
Variável dependente: ROA_mod no Painel Não Balanceado
Erros padrão robustos (HAC)
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
CERT_ISO 5,521 2,22099 2,4858 0,01300 **
RISCO -0,673162 0,475824 -1,4147 0,15730
LUCRAT 0,221214 0,144469 1,5312 0,12587
RLtoAT_TANG -4,2968 3,96453 -1,0838 0,27858
ENDIV -0,000167068 0,000133926 -1,2475 0,21237
ENDIV_1 6,84746e-05 8,11107e-05 0,8442 0,39865
TAM_EMP 0,328995 0,184499 1,7832 0,07471 *
dt_2 11,7039 5,69687 2,0545 0,04006 **
dt_3 11,168 5,02703 2,2216 0,02642 **
dt_4 10,9679 4,99109 2,1975 0,02810 **
dt_5 8,63893 5,01269 1,7234 0,08496 *
dt_6 8,3175 4,14492 2,0067 0,04492 **
dt_7 9,63636 4,0027 2,4075 0,01615 **
dt_8 4,49822 2,74067 1,6413 0,10089
dt_9 5,32143 2,16874 2,4537 0,01422 **
dt_10 5,69916 1,67029 3,4121 0,00066 ***
dt_11 7,13548 2,93708 2,4294 0,01521 **
Média da variável dependente = -2,62119
Desvio padrão da variável dependente = 58,0241
Soma dos resíduos quadrados = 2,67128e+006
Erro padrão dos resíduos = 36,0716
R
2
não-ajustado = 0,651398
R
2
ajustado = 0,613533
Estatística-F (223, 2053) = 17,2029 (p-valor < 0,00001)
Estatística de Durbin-Watson = 1,13176
Verossimilhança-Logarítmica = -11277,2
Critério de informação de Akaike = 23002,4
Critério Bayesiano de Schwarz = 24286,1
Critério de Hannan-Quinn = 23470,7
Teste para diferenciar grupos de intercepções no eixo x=0 -
Hipótese nula: Os grupos têm a mesma interceptação no eixo x=0
Estatística de teste: F(206, 2053) = 0,863744 com p-valor = P(F(206, 2053) > 0,863744) = 0,913166
Teste de Wald para a significância conjunta das variáveis tempo auxiliares
Estatística de teste assintótica: Qui-quadrado(10) = 33,6055 com p-valor = 0,000215369
Modelo 5: Estimativas Efeitos Aleatórios (GLS) usando 2277 observações
Incluídas 207 unidades de secção-cruzada - Comprimento da série temporal = 11
Variável dependente: ROA_mod no Painel Não Balanceado
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
const 4,69371 1,76025 2,6665 0,00772 ***
CERT_ISO 0,883641 0,961149 0,9194 0,35801
RISCO -0,668652 0,0163775 -40,8274 <0,00001 ***
LUCRAT 0,196474 0,00859682 22,8542 <0,00001 ***
221
RLtoAT_TANG -0,749647 0,731104 -1,0254 0,30530
ENDIV -0,000233385 0,000383473 -0,6086 0,54284
ENDIV_1 3,29401e-06 0,00038769 0,0085 0,99322
TAM_EMP 0,172453 0,142511 1,2101 0,22637
Média da variável dependente = -2,62119
Desvio padrão da variável dependente = 58,0241
Soma dos resíduos quadrados = 2,92188e+006
Erro padrão dos resíduos = 35,8772
'Por dentro' da variância = 1303,16
'Por entre' a variância = 86,1122
teta utilizado para quase-desmediação = 0
Critério de informação de Akaike = 22774,6
Critério Bayesiano de Schwarz = 22820,5
Critério de Hannan-Quinn = 22791,3
Teste Breusch-Pagan - Hipótese nula: Variância do erro de unidade-específica = 0
Estatística de teste assintótica: Qui-quadrado(1) = 4,48377 com p-valor = 0,0342183
Teste Hausman - Hipótese nula: As estimativas GLS são consistentes
Estatística de teste assintótica: Qui-quadrado(7) = 33,7299 com p-valor = 1,93489e-005
Modelo 6: Estimativas Efeitos Aleatórios (GLS) com Dummies de Tempo usando 2277 observações
Incluídas 207 unidades de secção-cruzada -
Comprimento da série temporal = 11
Variável dependente: ROA_mod no Painel Não Balanceado
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
const -3,86962 3,14333 -1,2311 0,21843
CERT_ISO 1,87569 1,01929 1,8402 0,06587 *
RISCO -0,673004 0,0164294 -40,9634 <0,00001 ***
LUCRAT 0,192757 0,00865372 22,2744 <0,00001 ***
RLtoAT_TANG -0,384355 0,74139 -0,5184 0,60421
ENDIV -0,000216854 0,000383243 -0,5658 0,57156
ENDIV_1 3,15265e-05 0,00038755 0,0813 0,93517
TAM_EMP 0,240451 0,148088 1,6237 0,10458
dt_2 10,9472 3,68278 2,9725 0,00298 ***
dt_3 10,2853 3,64634 2,8207 0,00483 ***
dt_4 10,1498 3,62853 2,7972 0,00520 ***
dt_5 7,56004 3,61312 2,0924 0,03652 **
dt_6 7,5285 3,60539 2,0881 0,03690 **
dt_7 8,64307 3,58647 2,4099 0,01604 **
dt_8 3,75678 3,56424 1,0540 0,29199
dt_9 4,98118 3,54868 1,4037 0,16055
dt_10 5,22005 3,54222 1,4737 0,14071
dt_11 7,09988 3,53251 2,0099 0,04456 **
Média da variável dependente = -2,62119
Desvio padrão da variável dependente = 58,0241
Soma dos resíduos quadrados = 2,90279e+006
Erro padrão dos resíduos = 35,8388
'Por dentro' da variância = 1301,16
'Por entre' a variância = 86,1122
teta utilizado para quase-desmediação = 0
Critério de informação de Akaike = 22779,7
Critério Bayesiano de Schwarz = 22882,8
Critério de Hannan-Quinn = 22817,3
222
Teste Breusch-Pagan - Hipótese nula: Variância do erro de unidade-específica = 0
Estatística de teste assintótica: Qui-quadrado(1) = 4,68556 com p-valor = 0,0304171
Teste Hausman - Hipótese nula: As estimativas GLS são consistentes
Estatística de teste assimptótica: Qui-quadrado(17) = 32,3593 com p-valor = 0,0135728
Modelo 7: Estimativas Máxima Verossimilhança usando 2277 observações
Incluídas 207 unidades de secção-cruzada
Variável dependente: ROA_mod no Painel Não Balanceado
Permitindo a heterocedasticidade entre grupos
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
const 0,170439 0,128596 1,3254 0,18518
CERT_ISO 0,413863 0,0786989 5,2588 <0,00001 ***
RISCO -0,0696557 0,0191833 -3,6311 0,00029 ***
LUCRAT 0,515477 0,00671643 76,7486 <0,00001 ***
RLtoAT_TANG 1,87123 0,0816736 22,9111 <0,00001 ***
ENDIV -7,25032e-05 1,80162e-05 -4,0243 0,00006 ***
ENDIV_1 3,58776e-05 1,80139e-05 1,9917 0,04653 **
TAM_EMP 0,050279 0,00978457 5,1386 <0,00001 ***
Média da variável dependente = -2,62119
Desvio padrão da variável dependente = 58,0241
Verossimilhança-Logarítmica = -7169,34
Critério de informação de Akaike = 6477,85
Critério Bayesiano de Schwarz = 6523,69
Critério de Hannan-Quinn = 6494,57
Teste de razão de verossimilhanças para heterocedasticidade entre grupos -
Hipótese nula: as unidades têm a mesma variância de erro
Estatística de teste: Qui-quadrado(206) = 8419,94 com p-valor = 0
Modelo 8: Estimativas entre grupos usando 207 observações
Variável dependente: ROA_mod no Painel Não Balanceado
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
const 1,64823 2,36023 0,6983 0,48578
CERT_ISO 0,976644 1,07372 0,9096 0,36414
RISCO -0,70997 0,0172967 -41,0464 <0,00001 ***
LUCRAT 0,13609 0,0132436 10,2758 <0,00001 ***
RLtoAT_TANG 1,36373 0,746656 1,8264 0,06928 *
ENDIV -0,0036893 0,00740178 -0,4984 0,61873
ENDIV_1 0,00307396 0,00763258 0,4027 0,68757
TAM_EMP 0,330892 0,207804 1,5923 0,11290
Média da variável dependente = -2,62119
Desvio padrão da variável dependente = 38,7938
Soma dos resíduos quadrados = 17136,3
Erro padrão dos resíduos = 9,27966
R
2
não-ajustado = 0,944725
R
2
ajustado = 0,942781
Estatística-F (7, 199) = 485,887 (p-valor < 0,00001)
Critério de informação de Akaike = 1517,6
Critério Bayesiano de Schwarz = 1544,26
Critério de Hannan-Quinn = 1528,38
223
Modelo 9: Estimativas MQO ("Pooled OLS") usando 660 observações
Incluídas 60 unidades de secção-cruzada - Comprimento da série temporal = 11
Variável dependente: ROA_mod no Painel Balanceado
Erros padrão robustos (HAC)
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
const -76,0896 38,7601 -1,9631 0,05006 *
CERT_ISO 3,66429 2,07115 1,7692 0,07733 *
RISCO -0,127976 0,101179 -1,2648 0,20638
LUCRAT 0,309623 0,225553 1,3727 0,17031
RLtoAT_TANG 1,5003 2,70426 0,5548 0,57923
ENDIV 6,55164e-05 0,000136454 0,4801 0,63129
ENDIV_1 0,00042874 0,000145315 2,9504 0,00329 ***
TAM_EMP 5,12082 2,65085 1,9318 0,05382 *
Média da variável dependente = -0,400721
Desvio padrão da variável dependente = 44,46
Soma dos resíduos quadrados = 982506
Erro padrão dos resíduos = 38,819
R
2
não-ajustado = 0,245759
R
2
ajustado = 0,237661
Estatística-F (7, 652) = 30,3492 (p-valor < 0,00001)
Verossimilhança-Logarítmica = -3347,35
Critério de informação de Akaike = 6710,71
Critério Bayesiano de Schwarz = 6746,65
Critério de Hannan-Quinn = 6724,64
Diagnósticos:
Estimador de efeitos fixos:
erros padrão dos declives em parênteses; p-valores em colchetes
CERT_ISO: 7,562 (2,4681) [0,00228]
RISCO: 0,96617 (0,055492) [0,00000]
LUCRAT: 0,23123 (0,026068) [0,00000]
RLtoAT_TANG: -12,282 (3,1227) [0,00009]
ENDIV: 5,8306e-005 (0,00058463) [0,92059]
ENDIV_1: 0,00067253 (0,00058506) [0,25081]
TAM_EMP: 25,676 (2,9054) [0,00000]
60 médias de grupo foram subtraídas aos dados
Variância dos resíduos: 466598/(660 - 67) = 786,844
Significância conjunta da diferenciação das médias de grupo:
F(59, 593) = 11,113 com p-valor 1,03766e-063
Estatística de teste Breusch-Pagan:
LM = 4,99089 com p-valor = prob(qui-quadrado(1) > 4,99089) = 0,0254811
Variance estimators:
between = 54,0333
within = 786,844
theta used for quasi-demeaning = 0
Estimador de efeitos aleatórios:
erros padrão em parênteses, p-valores em colchetes
const: -76,09 (14,762) [0,00000]
CERT_ISO: 3,6643 (1,9969) [0,06696]
RISCO: -0,12798 (0,034983) [0,00027]
LUCRAT: 0,30962 (0,034344) [0,00000]
RLtoAT_TANG: 1,5003 (1,6515) [0,36398]
ENDIV: 6,5516e-005 (0,00075549) [0,93092]
ENDIV_1: 0,00042874 (0,00075506) [0,57035]
TAM_EMP: 5,1208 (1,0178) [0,00000]
Estatística de teste de Hausman:
H = 788,407 com p-valor = prob(qui-quadrado(7) > 788,407) = 5,88858e-166
Teste de White para a heterocedasticidade:
Estimativas OLS usando 660 observações - Variável dependente: uhat^2
224
VARIÁVEL COEFICIENTE ERRO PADRÃO ESTAT. T P-VALOR
const -70096,9 40211,9 -1,743 0,08179 *
CERT_ISO 7150,59 8042,63 0,889 0,37430
RISCO -492,215 338,563 -1,454 0,14649
LUCRAT -4472,75 235,939 -18,957 <0,00001 ***
RLtoAT_TANG 6472,25 6825,46 0,948 0,34337
ENDIV 24,7328 20,5570 1,203 0,22938
ENDIV_1 -32,7243 19,0877 -1,714 0,08695 *
TAM_EMP 11510,4 5496,73 2,094 0,03666 **
sq_CERT_ISO -4210,32 1186,53 -3,548 0,00042 ***
CERT_I_RISCO 203,292 86,5361 2,349 0,01912 **
CERT_I_LUCRAT 285,183 41,0195 6,952 <0,00001 ***
CERT_I_RLtoAT -56,5760 740,235 -0,076 0,93910
CERT_I_ENDIV 6,61049 3,49097 1,894 0,05874 *
CERT_I_ENDIV_ -1,85726 1,73995 -1,067 0,28619
CERT_I_TAM_EM -103,353 544,670 -0,190 0,84956
sq_RISCO 1,91130 0,247449 7,724 <0,00001 ***
RISCO_LUCRAT 6,23141 0,337155 18,482 <0,00001 ***
RISCO_RLtoAT -253,927 29,9765 -8,471 <0,00001 ***
RISCO_ENDIV 0,0922283 0,127507 0,723 0,46975
RISCO_ENDIV_ -0,0674573 0,116602 -0,579 0,56312
RISCO_TAM_EM 29,3107 23,5042 1,247 0,21285
sq_LUCRAT -0,00569068 0,0993018 -0,057 0,95432
LUCRAT_RLtoAT -527,377 32,1618 -16,398 <0,00001 ***
LUCRAT_ENDIV 0,125236 0,0959640 1,305 0,19236
LUCRAT_ENDIV_ -0,867599 0,153354 -5,658 <0,00001 ***
LUCRAT_TAM_EM 314,994 16,6591 18,908 <0,00001 ***
sq_RLtoAT_TAN 17,3591 478,414 0,036 0,97107
RLtoAT_ENDIV -15,5967 5,64361 -2,764 0,00589 ***
RLtoAT_ENDIV_ 8,72196 5,47002 1,595 0,11133
RLtoAT_TAM_EM -55,5489 458,699 -0,121 0,90365
sq_ENDIV -9,82982E-05 7,86668E-05 -1,250 0,21193
ENDIV_ENDIV_ 0,00101807 0,000958888 1,062 0,28877
ENDIV_TAM_EM -1,21827 1,59017 -0,766 0,44389
sq_ENDIV_1 0,000162767 5,54098E-05 2,938 0,00343 ***
ENDIV__TAM_EM 2,21434 1,39949 1,582 0,11410
sq_TAM_EMP -485,981 188,228 -2,582 0,01005 **
R-quadrado não-ajustado = 0,819852
Estatística de teste: TR^2 = 541,102046, com p-valor = P(Qui-quadrado(35) > 541,102046) = 0,000000
Teste de Wald independente da distribuição para heterocedasticidade
baseado nos resíduos FGLS:
Qui-quadrado(60) = 1,99371e+007, com p-valor = 0
Convergência atingida depois de 22 iterações
Heterocedasticidade em Grupos
Estimativas Máxima Verossimilhança usando 660 observações
Incluídas 60 unidades de secção-cruzada
Variável dependente: ROA_mod
VARIÁVEL COEFICIENTE ERRO PADRÃO ESTAT. T P-VALOR
const 0,407400 1,76892 0,230 0,81792
CERT_ISO 1,08935 0,184203 5,914 <0,00001 ***
RISCO -0,0776422 0,0330006 -2,353 0,01893 **
LUCRAT 0,488498 0,0108415 45,058 <0,00001 ***
RLtoAT_TANG 1,95901 0,158459 12,363 <0,00001 ***
ENDIV -6,95948E-06 1,96726E-05 -0,354 0,72363
ENDIV_1 0,000119275 2,00133E-05 5,960 <0,00001 ***
TAM_EMP -0,0173161 0,121341 -0,143 0,88657
Média da variável dependente = -0,400721
Desvio padrão da variável dependente = 44,46
Verossimilhança-Logarítmica = -2107,62
Critério de informação de Akaike (AIC) = 1889
Critério Bayesiano de Schwarz (BIC) = 1924,94
Critério de Hannan-Quinn (HQC) = 1902,93
225
Teste de razão de verossimilhanças para heterocedasticidade entre grupos
-
Hipótese nula: as unidades têm a mesma variância de erro
Estatística de teste: Qui-quadrado(59) = 2479,48 com p-valor = 0
Modelo 10: Estimativas MQO ("Primeiras Diferenças") usando 600 observações
Incluídas 60 unidades de secção-cruzada - Comprimento da série temporal = 10
Variável dependente: d_ROS_mod no Painel Balanceado
Erros padrão robustos (HAC)
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
const -1,41973 0,992608 -1,4303 0,15316
d_CERT_ISO -1,24672 1,6838 -0,7404 0,45934
d_RISCO -0,019553 0,146427 -0,1335 0,89382
d_LUCRAT 0,280236 0,240686 1,1643 0,24476
d_RLtoAT_TANG 22,6882 10,2913 2,2046 0,02787 **
d_ENDIV -0,000308678 6,64788e-05 -4,6433 <0,00001 ***
d_TAM_EMP 41,0404 17,2295 2,3820 0,01753 **
d_ENDIV_1 0,000408026 9,73734e-05 4,1903 0,00003 ***
Média da variável dependente = 0,478107
Desvio padrão da variável dependente = 35,3567
Soma dos resíduos quadrados = 495989
Erro padrão dos resíduos = 28,9451
R
2
não-ajustado = 0,33763
R
2
ajustado = 0,329798
Estatística-F (7, 592) = 43,1086 (p-valor < 0,00001)
Verossimilhança-Logarítmica = -2866,58
Critério de informação de Akaike = 5749,15
Critério Bayesiano de Schwarz = 5784,33
Critério de Hannan-Quinn = 5762,85
Modelo 11: Estimativas Efeitos Fixos usando 660 observações
Incluídas 60 unidades de secção-cruzada - Comprimento da série temporal = 11
Variável dependente: ROA_mod no Painel Balanceado
Erros padrão robustos (HAC)
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
CERT_ISO 7,56204 4,05439 1,8651 0,06265 *
RISCO 0,966172 0,261759 3,6911 0,00024 ***
LUCRAT 0,231229 0,170201 1,3586 0,17480
RLtoAT_TANG -12,2818 13,9115 -0,8829 0,37767
ENDIV 5,83064e-05 0,000122274 0,4769 0,63364
ENDIV_1 0,000672529 0,000240921 2,7915 0,00542 ***
TAM_EMP 25,6758 17,4841 1,4685 0,14249
Média da variável dependente = -0,400721
Desvio padrão da variável dependente = 44,46
Soma dos resíduos quadrados = 466598
Erro padrão dos resíduos = 28,0507
R
2
não-ajustado = 0,641806
R
2
ajustado = 0,601939
Estatística-F (66, 593) = 16,0989 (p-valor < 0,00001)
Estatística de Durbin-Watson = 0,748668
Verossimilhança-Logarítmica = -3101,62
Critério de informação de Akaike = 6337,25
Critério Bayesiano de Schwarz = 6638,23
Critério de Hannan-Quinn = 6453,91
226
Teste para diferenciar grupos de interceptações no eixo x=0 –
Hipótese nula: Os grupos têm a mesma interceptação no eixo x=0
Estatística de teste: F(59, 593) = 11,113 com p-valor = P(F(59, 593) > 11,113) = 1,03766e-063
Modelo 12: Estimativas efeitos fixos com dummies de tempo usando 660 observações
Incluídas 60 unidades de secção-cruzada - Comprimento da série temporal = 11
Variável dependente: ROA_mod no Painel Balanceado
Erros padrão robustos (HAC)
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
CERT_ISO 5,43824 4,92267 1,1047 0,26973
RISCO 0,961724 0,244549 3,9326 0,00009 ***
LUCRAT 0,231348 0,170674 1,3555 0,17578
RLtoAT_TANG -13,5259 14,3789 -0,9407 0,34726
ENDIV -5,36502e-05 0,000112906 -0,4752 0,63484
ENDIV_1 0,000612023 0,000291693 2,0982 0,03632 **
TAM_EMP 25,9761 17,6847 1,4688 0,14241
dt_2 -0,829011 5,8332 -0,1421 0,88703
dt_3 -1,51848 5,25992 -0,2887 0,77292
dt_4 -1,17204 5,43359 -0,2157 0,82930
dt_5 -5,75336 5,1524 -1,1166 0,26461
dt_6 -2,36517 7,51457 -0,3147 0,75307
dt_7 2,07701 7,05984 0,2942 0,76871
dt_8 0,228922 7,4415 0,0308 0,97547
dt_9 1,19445 7,96923 0,1499 0,88091
dt_10 4,5279 5,44147 0,8321 0,40569
dt_11 2,84721 3,34974 0,8500 0,39569
Média da variável dependente = -0,400721
Desvio padrão da variável dependente = 44,46
Soma dos resíduos quadrados = 463231
Erro padrão dos resíduos = 28,188
R
2
não-ajustado = 0,644391
R
2
ajustado = 0,598034
Estatística-F (76, 583) = 13,9005 (p-valor < 0,00001)
Estatística de Durbin-Watson = 0,747381
Verossimilhança-Logarítmica = -3099,23
Critério de informação de Akaike = 6352,47
Critério Bayesiano de Schwarz = 6698,37
Critério de Hannan-Quinn = 6486,54
Teste para diferenciar grupos de interceptações no eixo x=0 -
Hipótese nula: Os grupos têm a mesma interceptação no eixo x=0
Estatística de teste: F(59, 583) = 10,6856 com p-valor = P(F(59, 583) > 10,6856) = 5,91024e-061
Teste de Wald para a significância conjunta das variáveis tempo auxiliares
Estatística de teste assintótica: Qui-quadrado(10) = 14,1209 com p-valor = 0,167549
Modelo 13: Estimativas Efeitos Aleatórios (GLS) usando 660 observações
Incluídas 60 unidades de secção-cruzada - Comprimento da série temporal = 11
Variável dependente: ROA_mod no Painel Balanceado
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
const -76,0896 14,7617 -5,1545 <0,00001 ***
CERT_ISO 3,66429 1,9969 1,8350 0,06696 *
RISCO -0,127976 0,0349828 -3,6582 0,00027 ***
227
LUCRAT 0,309623 0,0343437 9,0154 <0,00001 ***
RLtoAT_TANG 1,5003 1,65152 0,9084 0,36398
ENDIV 6,55164e-05 0,000755493 0,0867 0,93092
ENDIV_1 0,00042874 0,000755056 0,5678 0,57035
TAM_EMP 5,12082 1,0178 5,0313 <0,00001 ***
Média da variável dependente = -0,400721
Desvio padrão da variável dependente = 44,46
Soma dos resíduos quadrados = 982506
Erro padrão dos resíduos = 38,7892
'Por dentro' da variância = 786,844
'Por entre' a variância = 54,0333
teta utilizado para quase-desmediação = 0
Critério de informação de Akaike = 6710,71
Critério Bayesiano de Schwarz = 6746,65
Critério de Hannan-Quinn = 6724,64
Teste Breusch-Pagan - Hipótese nula: Variância do erro de unidade-específica = 0
Estatística de teste assintótica: Qui-quadrado(1) = 4,99089 com p-valor = 0,0254811
Teste Hausman - Hipótese nula: As estimativas GLS são consistentes
Estatística de teste assintótica: Qui-quadrado(7) = 788,407 com p-valor = 5,88858e-166
Modelo 14: Estimativas Efeitos Aleatórios (GLS) com dummies de tempo usando 660 observações
Incluídas 60 unidades de secção-cruzada - Comprimento da série temporal = 11
Variável dependente: ROA_mod no Painel Balanceado
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
const -93,6181 15,7131 -5,9580 <0,00001 ***
CERT_ISO 5,35976 2,24943 2,3827 0,01748 **
RISCO -0,133968 0,0350858 -3,8183 0,00015 ***
LUCRAT 0,308481 0,0345861 8,9192 <0,00001 ***
RLtoAT_TANG 2,09 1,68982 1,2368 0,21661
ENDIV 6,63913e-05 0,000761512 0,0872 0,93055
ENDIV_1 0,000455233 0,00076123 0,5980 0,55004
TAM_EMP 5,088 1,01665 5,0047 <0,00001 ***
dt_2 20,8242 7,45806 2,7922 0,00539 ***
dt_3 19,9641 7,43113 2,6866 0,00741 ***
dt_4 19,8912 7,4002 2,6879 0,00738 ***
dt_5 14,2724 7,3515 1,9414 0,05264 *
dt_6 14,4782 7,32621 1,9762 0,04856 **
dt_7 19,6284 7,25015 2,7073 0,00696 ***
dt_8 16,7324 7,18096 2,3301 0,02011 **
dt_9 15,873 7,11388 2,2313 0,02601 **
dt_10 17,3123 7,1213 2,4311 0,01533 **
dt_11 16,9016 7,12381 2,3725 0,01796 **
Média da variável dependente = -0,400721
Desvio padrão da variável dependente = 44,46
Soma dos resíduos quadrados = 964163
Erro padrão dos resíduos = 38,7231
'Por dentro' da variância = 794,565
'Por entre' a variância = 54,0333
teta utilizado para quase-desmediação = 0
Critério de informação de Akaike = 6718,27
Critério Bayesiano de Schwarz = 6799,13
Critério de Hannan-Quinn = 6749,61
228
Teste Breusch-Pagan - Hipótese nula: Variância do erro de unidade-específica = 0
Estatística de teste assintótica: Qui-quadrado(1) = 4,26981 com p-valor = 0,0387953
Teste Hausman - Hipótese nula: As estimativas GLS são consistentes
Estatística de teste assintótica: Qui-quadrado(17) = 748,93 com p-valor = 3,42036e-148
Modelo 15: Estimativas Máxima Verossimilhança usando 660 observações
Incluídas 60 unidades de secção-cruzada
Variável dependente: ROA_mod no Painel Balanceado
Permitindo a heterocedasticidade entre grupos
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
const 0,4074 1,76892 0,2303 0,81792
CERT_ISO 1,08935 0,184203 5,9139 <0,00001 ***
RISCO -0,0776422 0,0330006 -2,3528 0,01893 **
LUCRAT 0,488498 0,0108415 45,0580 <0,00001 ***
RLtoAT_TANG 1,95901 0,158459 12,3629 <0,00001 ***
ENDIV -6,95948e-06 1,96726e-05 -0,3538 0,72363
ENDIV_1 0,000119275 2,00133e-05 5,9598 <0,00001 ***
TAM_EMP -0,0173161 0,121341 -0,1427 0,88657
Média da variável dependente = -0,400721
Desvio padrão da variável dependente = 44,46
Verossimilhança-Logarítmica = -2107,62
Critério de informação de Akaike = 1889
Critério Bayesiano de Schwarz = 1924,94
Critério de Hannan-Quinn = 1902,93
Teste de razão de verossimilhanças para heterocedasticidade entre grupos -
Hipótese nula: as unidades têm a mesma variância de erro
Estatística de teste: Qui-quadrado(59) = 2479,48 com p-valor = 0
Modelo 16: Estimativas entre grupos usando 60 observações
Variável dependente: ROA_mod no Painel Balanceado
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
const -30,2509 10,0668 -3,0050 0,00408 ***
CERT_ISO 1,86151 1,69783 1,0964 0,27795
RISCO -0,392367 0,0371178 -10,5709 <0,00001 ***
LUCRAT 0,352447 0,0806072 4,3724 0,00006 ***
RLtoAT_TANG 4,28825 1,16203 3,6903 0,00054 ***
ENDIV 0,0803926 0,0824807 0,9747 0,33423
ENDIV_1 -0,0805675 0,0833215 -0,9669 0,33805
TAM_EMP 2,06524 0,692932 2,9804 0,00437 ***
Média da variável dependente = -0,400721
Desvio padrão da variável dependente = 25,8667
Soma dos resíduos quadrados = 2809,73
Erro padrão dos resíduos = 7,35073
R
2
não-ajustado = 0,928825
R
2
ajustado = 0,919243
Estatística-F (7, 52) = 96,9415 (p-valor < 0,00001)
Critério de informação de Akaike = 417,063
Critério Bayesiano de Schwarz = 433,817
Critério de Hannan-Quinn = 423,616
229
Modelo 17: Estimativas MQO ("Pooled OLS") usando 2277 observações
Incluídas 207 unidades de secção-cruzada - Comprimento da série temporal = 11
Variável dependente: ROS_mod no Painel Não Balanceado
Erros padrão robustos (HAC)
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
const -0,86803 1,40703 -0,6169 0,53735
CERT_ISO 1,59632 0,897474 1,7787 0,07543 *
RISCO -0,0978454 0,0551302 -1,7748 0,07606 *
LUCRAT 0,890939 0,0704937 12,6386 <0,00001 ***
RLtoAT_TANG 1,39572 2,10344 0,6635 0,50705
ENDIV -0,000227896 0,000184942 -1,2323 0,21798
ENDIV_1 -0,000130059 0,00020947 -0,6209 0,53473
TAM_EMP 0,0071855 0,116062 0,0619 0,95064
Média da variável dependente = -7,14971
Desvio padrão da variável dependente = 96,4175
Soma dos resíduos quadrados = 2,89202e+006
Erro padrão dos resíduos = 35,7012
R
2
não-ajustado = 0,863316
R
2
ajustado = 0,862895
Estatística-F (7, 2269) = 2047,34 (p-valor < 0,00001)
Verossimilhança-Logarítmica = -11367,6
Critério de informação de Akaike = 22751,2
Critério Bayesiano de Schwarz = 22797,1
Critério de Hannan-Quinn = 22767,9
Diagnósticos:
Estimador de efeitos fixos: erros padrão dos declives em parênteses, p-valores em colchetes
CERT_ISO: 2,4221 (1,5338) [0,11446]
RISCO: -0,15985 (0,033075) [0,00000]
LUCRATIVIDADE: 0,85114 (0,010087) [0,00000]
RLtoAT_TANG: -0,07219 (1,3559) [0,95755]
ENDIV: -0,00021569 (0,00039433) [0,58446]
ENDIV_1: -0,00010819 (0,00039777) [0,78565]
TAM_EMP: 0,01567 (0,17601) [0,92907]
207 médias de grupo foram subtraídas aos dados
Variância dos resíduos: 2,46954e+006/(2277 - 214) = 1197,06
Significância conjunta da diferenciação das médias de grupo:
F(206, 2063) = 1,71326 com p-valor 8,76624e-009
Estatística de teste Breusch-Pagan:
LM = 30,6178 com p-valor = prob(qui-quadrado(1) > 30,6178) = 3,14192e-008
Variance estimators:
between = 161,809
within = 1197,06
theta used for quasi-demeaning = 0,179911
Estimador de efeitos aleatórios
: erros padrão em parênteses, p-valores em colchetes
const: -0,79024 (1,8807) [0,67439]
CERT_ISO: 1,7371 (1,0466) [0,09710]
RISCO: -0,1077 (0,01828) [0,00000]
LUCRATIVIDADE: 0,88091 (0,0088234) [0,00000]
RLtoAT_TANG: 1,2798 (0,81307) [0,11561]
ENDIV: -0,00022037 (0,00037963) [0,56164]
ENDIV_1: -0,00012122 (0,00038354) [0,75198]
TAM_EMP: 0,0011744 (0,14781) [0,99366]
Estatística de teste de Hausman:
H = 45,4532 com p-valor = prob(qui-quadrado(7) > 45,4532) = 1,11672e-007
Teste de White para a heterocedasticidade
230
Estimativas OLS usando 2277 observações - Variável dependente: uhat^2
VARIÁVEL COEFICIENTE ERRO PADRÃO ESTAT. T P-VALOR
const -334,607 1458,02 -0,229 0,81851
CERT_ISO -2809,67 2965,30 -0,948 0,34348
RISCO 136,413 72,4257 1,883 0,05976 *
LUCRATIVIDADE 650,824 88,6532 7,341 <0,00001 ***
RLtoAT_TANG -32172,6 3835,16 -8,389 <0,00001 ***
ENDIV -18,2749 4,98857 -3,663 0,00025 ***
ENDIV_1 9,74335 3,21748 3,028 0,00249 ***
TAM_EMP 3291,39 461,073 7,139 <0,00001 ***
sq_CERT_ISO 1179,83 1299,69 0,908 0,36410
CERT_I_RISCO -38,4656 93,0882 -0,413 0,67949
CERT_I_LUCRAT 2,53204 15,2213 0,166 0,86790
CERT_I_RLtoAT 1857,61 631,311 2,942 0,00329 ***
CERT_I_ENDIV 0,283528 0,648144 0,437 0,66183
CERT_I_ENDIV_ -5,78382 0,785271 -7,365 <0,00001 ***
CERT_I_TAM_EM 55,0111 139,824 0,393 0,69404
sq_RISCO -0,169731 0,0985058 -1,723 0,08502 *
RISCO_LUCRAT 0,0521530 0,0447722 1,165 0,24420
RISCO_RLtoAT -34,5244 12,9535 -2,665 0,00775 ***
RISCO_ENDIV -0,0501473 0,0702478 -0,714 0,47539
RISCO_ENDIV_ -0,259817 0,0813742 -3,193 0,00143 ***
RISCO_TAM_EM 4,44385 4,29699 1,034 0,30116
sq_LUCRATIVID 0,171164 0,0100826 16,976 <0,00001 ***
LUCRAT_RLtoAT -66,2270 7,96199 -8,318 <0,00001 ***
LUCRAT_ENDIV 0,00567436 0,00865679 0,655 0,51223
LUCRAT_ENDIV_ -0,440796 0,0242597 -18,170 <0,00001 ***
LUCRAT_TAM_EM -43,3439 7,39951 -5,858 <0,00001 ***
sq_RLtoAT_TAN 2870,50 272,288 10,542 <0,00001 ***
RLtoAT_ENDIV 1,23923 0,564313 2,196 0,02819 **
RLtoAT_ENDIV_ 2,64251 0,587066 4,501 <0,00001 ***
RLtoAT_TAM_EM 1547,47 261,808 5,911 <0,00001 ***
sq_ENDIV -9,54787E-06 1,25067E-05 -0,763 0,44529
ENDIV_ENDIV_ 0,000851969 0,000242324 3,516 0,00045 ***
ENDIV_TAM_EM 1,20622 0,349669 3,450 0,00057 ***
sq_ENDIV_1 6,17553E-05 1,01748E-05 6,069 <0,00001 ***
ENDIV__TAM_EM -0,722356 0,221921 -3,255 0,00115 ***
sq_TAM_EMP -212,225 30,2219 -7,022 <0,00001 ***
R-quadrado não-ajustado = 0,317963
Estatística de teste: TR^2 = 724,001187, com p-valor = P(Qui-quadrado(35) > 724,001187) = 0,000000
Teste de Wald independente da distribuição para heterocedasticidade
baseado nos resíduos FGLS:
Qui-quadrado(207) = 1,03028e+009, com p-valor = 0
Convergência atingida depois de 21 iterações
Heterocedasticidade em Grupos
Estimativas Máxima Verossimilhança usando 2277 observações
Incluídas 207 unidades de secção-cruzada
Variável dependente: ROS_mod
VARIÁVEL COEFICIENTE ERRO PADRÃO ESTAT. T P-VALOR
const -0,0181064 0,0324064 -0,559 0,57640
CERT_ISO 0,150112 0,0489088 3,069 0,00217 ***
RISCO 0,00341685 0,00303269 1,127 0,26000
LUCRATIVIDADE 1,00607 0,00246670 407,862 <0,00001 ***
RLtoAT_TANG -0,146903 0,0386372 -3,802 0,00015 ***
ENDIV -5,47355E-05 7,22942E-06 -7,571 <0,00001 ***
ENDIV_1 1,38664E-05 7,28729E-06 1,903 0,05719 *
TAM_EMP 0,0929297 0,00605099 15,358 <0,00001 ***
Média da variável dependente = -7,14971
Desvio padrão da variável dependente = 96,4175
231
Verossimilhança-Logarítmica = -6685,28
Critério de informação de Akaike (AIC) = 6477,85
Critério Bayesiano de Schwarz (BIC) = 6523,69
Critério de Hannan-Quinn (HQC) = 6494,57
Teste de razão de verossimilhanças para heterocedasticidade entre grupos -
Hipótese nula: as unidades têm a mesma variância de erro
Estatística de teste: Qui-quadrado(206) = 9364,67 com p-valor = 0
Modelo 18: Estimativas MQO ("Primeiras Diferenças") usando 2070 observações
Incluídas 207 unidades de secção-cruzada - Comprimento da série temporal = 10
Variável dependente: d_ROS_mod no Painel Não Balanceado
Erros padrão robustos (HAC)
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
const -0,56989 0,608823 -0,9361 0,34936
d_CERT_ISO -0,0046042 0,914124 -0,0050 0,99598
d_RISCO -0,246482 0,183447 -1,3436 0,17922
d_LUCRAT 0,807132 0,112441 7,1783 <0,00001 ***
d_RLtoAT_TANG 11,1671 9,28281 1,2030 0,22912
d_ENDIV -9,06988e-05 0,000228101 -0,3976 0,69095
d_TAM_EMP -0,49678 0,495732 -1,0021 0,31641
d_ENDIV_1 1,97971e-05 0,000137801 0,1437 0,88578
Média da variável dependente = -1,00786
Desvio padrão da variável dependente = 88,7871
Soma dos resíduos quadrados = 4,50581e+006
Erro padrão dos resíduos = 46,7457
R
2
não-ajustado = 0,723744
R
2
ajustado = 0,722806
Estatística-F (7, 2062) = 771,726 (p-valor < 0,00001)
Verossimilhança-Logarítmica = -10891,8
Critério de informação de Akaike = 21799,5
Critério Bayesiano de Schwarz = 21844,6
Critério de Hannan-Quinn = 21816,1
Modelo 19: Estimativas Efeitos Ffixos usando 2277 observações
Incluídas 207 unidades de secção-cruzada - Comprimento da série temporal = 11
Variável dependente: ROS_mod no Painel Não Balanceado
Erros padrão robustos (HAC)
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
CERT_ISO 2,42206 1,28542 1,8843 0,05967 *
RISCO -0,159854 0,0862196 -1,8540 0,06388 *
LUCRAT 0,85114 0,0732071 11,6265 <0,00001 ***
RLtoAT_TANG -0,0721899 4,97416 -0,0145 0,98842
ENDIV -0,000215688 0,000196684 -1,0966 0,27293
ENDIV_1 -0,000108195 0,00018518 -0,5843 0,55910
TAM_EMP 0,0156698 0,220849 0,0710 0,94344
Média da variável dependente = -7,14971
Desvio padrão da variável dependente = 96,4175
Soma dos resíduos quadrados = 2,46954e+006
Erro padrão dos resíduos = 34,5986
R
2
não-ajustado = 0,883284
R
2
ajustado = 0,871233
Estatística-F (213, 2063) = 73,2973 (p-valor < 0,00001)
Estatística de Durbin-Watson = 1,85687
232
Verossimilhança-Logarítmica = -11187,8
Critério de informação de Akaike = 22803,6
Critério Bayesiano de Schwarz = 24030
Critério de Hannan-Quinn = 23251
Teste para diferenciar grupos de interceptações no eixo x=0 -
Hipótese nula: Os grupos têm a mesma interceptação no eixo x=0
Estatística de teste: F(206, 2063) = 1,71326 com p-valor = P(F(206, 2063) > 1,71326) = 8,76624e-009
Modelo 20: Estimativas Efeitos Fixos com dummies de tempo usando 2277 observações
Incluídas 207 unidades de secção-cruzada - Comprimento da série temporal = 11
Variável dependente: ROS_mod no Painel Não Balanceado
Erros padrão robustos (HAC)
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
CERT_ISO 3,66401 1,47864 2,4780 0,01329 **
RISCO -0,165069 0,0917034 -1,8000 0,07200 *
LUCRAT 0,850293 0,073722 11,5338 <0,00001 ***
RLtoAT_TANG 0,404008 5,47133 0,0738 0,94114
ENDIV -0,000196578 0,000197584 -0,9949 0,31990
ENDIV_1 -7,66395e-05 0,000196036 -0,3909 0,69588
TAM_EMP 0,0849192 0,14686 0,5782 0,56317
dt_2 3,381 4,62767 0,7306 0,46510
dt_3 3,11968 4,2185 0,7395 0,45967
dt_4 3,00825 4,32582 0,6954 0,48687
dt_5 -0,786118 3,54538 -0,2217 0,82455
dt_6 -3,29809 2,23577 -1,4751 0,14033
dt_7 3,97983 4,85743 0,8193 0,41270
dt_8 0,425571 2,39719 0,1775 0,85911
dt_9 1,14776 1,88768 0,6080 0,54324
dt_10 -0,242516 1,47591 -0,1643 0,86950
dt_11 -3,86784 4,55494 -0,8492 0,39590
Média da variável dependente = -7,14971
Desvio padrão da variável dependente = 96,4175
Soma dos resíduos quadrados = 2,45691e+006
Erro padrão dos resíduos = 34,5939
R
2
não-ajustado = 0,883881
R
2
ajustado = 0,871268
Estatística-F (223, 2053) = 70,0766 (p-valor < 0,00001)
Estatística de Durbin-Watson = 1,85535
Verossimilhança-Logarítmica = -11182
Critério de informação de Akaike = 22812
Critério Bayesiano de Schwarz = 24095,6
Critério de Hannan-Quinn = 23280,2
Teste para diferenciar grupos de interceptações no eixo x=0 -
Hipótese nula: Os grupos têm a mesma interceptação no eixo x=0
Estatística de teste: F(206, 2053) = 1,71432 com p-valor = P(F(206, 2053) > 1,71432) = 8,50761e-009
Teste de Wald para a significância conjunta das variáveis tempo auxiliares
Estatística de teste assintótica: Qui-quadrado(10) = 15,8956 com p-valor = 0,10266
233
Modelo 21: Estimativas Efeitos Aleatórios (GLS) usando 2277 observações
Incluídas 207 unidades de secção-cruzada - Comprimento da série temporal = 11
Variável dependente: ROS_mod no Painel Não Balanceado
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
const -0,790241 1,88072 -0,4202 0,67439
CERT_ISO 1,73705 1,04657 1,6598 0,09710 *
RISCO -0,1077 0,0182797 -5,8918 <0,00001 ***
LUCRAT 0,880911 0,00882337 99,8384 <0,00001 ***
RLtoAT_TANG 1,27984 0,813072 1,5741 0,11561
ENDIV -0,000220373 0,00037963 -0,5805 0,56164
ENDIV_1 -0,000121223 0,00038354 -0,3161 0,75198
TAM_EMP 0,00117438 0,147809 0,0079 0,99366
Média da variável dependente = -7,14971
Desvio padrão da variável dependente = 96,4175
Soma dos resíduos quadrados = 2,89398e+006
Erro padrão dos resíduos = 35,7054
'Por dentro' da variância = 1197,06
'Por entre' a variância = 161,809
teta utilizado para quase-desmediação = 0,179911
Critério de informação de Akaike = 22752,8
Critério Bayesiano de Schwarz = 22798,6
Critério de Hannan-Quinn = 22769,5
Teste Breusch-Pagan - Hipótese nula: Variância do erro de unidade-específica = 0
Estatística de teste assintótica: Qui-quadrado(1) = 30,6178 com p-valor = 3,14192e-008
Teste Hausman - Hipótese nula: As estimativas GLS são consistentes
Estatística de teste assintótica: Qui-quadrado(7) = 45,4532 com p-valor = 1,11672e-007
Modelo 22: Estimativas Efeitos Aleatórios (GLS) com dummies de tempo usando 2277 observações
Incluídas 207 unidades de secção-cruzada - Comprimento da série temporal = 11
Variável dependente: ROS_mod no Painel Não Balanceado
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
const -0,781776 3,2214 -0,2427 0,80827
CERT_ISO 2,02047 1,1309 1,7866 0,07414 *
RISCO -0,107716 0,0183786 -5,8610 <0,00001 ***
LUCRAT 0,880836 0,00889703 99,0034 <0,00001 ***
RLtoAT_TANG 1,42323 0,828006 1,7189 0,08578 *
ENDIV -0,000210475 0,000379803 -0,5542 0,57952
ENDIV_1 -9,68098e-05 0,000383819 -0,2522 0,80089
TAM_EMP 0,0465554 0,154515 0,3013 0,76321
dt_2 1,251 3,62422 0,3452 0,72999
dt_3 1,04389 3,58132 0,2915 0,77071
dt_4 1,07793 3,55993 0,3028 0,76207
dt_5 -2,55433 3,54056 -0,7214 0,47071
dt_6 -5,26251 3,52931 -1,4911 0,13608
dt_7 2,41728 3,50555 0,6896 0,49054
dt_8 -0,828454 3,47752 -0,2382 0,81172
dt_9 0,0295593 3,45759 0,0085 0,99318
dt_10 -1,24802 3,44965 -0,3618 0,71755
dt_11 -4,77027 3,43809 -1,3875 0,16543
Média da variável dependente = -7,14971
Desvio padrão da variável dependente = 96,4175
Soma dos resíduos quadrados = 2,8815e+006
234
Erro padrão dos resíduos = 35,7072
'Por dentro' da variância = 1196,74
'Por entre' a variância = 161,809
teta utilizado para quase-desmediação = 0,180021
Critério de informação de Akaike = 22762,9
Critério Bayesiano de Schwarz = 22866,1
Critério de Hannan-Quinn = 22800,6
Teste Breusch-Pagan - Hipótese nula: Variância do erro de unidade-específica = 0
Estatística de teste assintótica: Qui-quadrado(1) = 31,2979 com p-valor = 2,21323e-008
Teste Hausman - Hipótese nula: As estimativas GLS são consistentes
Estatística de teste assintótica: Qui-quadrado(17) = 45,6186 com p-valor = 0,000196861
Modelo 23: Estimativas Máxima Verossimilhança usando 2277 observações
Incluídas 207 unidades de secção-cruzada
Variável dependente: ROS_mod no Painel Não Balanceado
Permitindo a heterocedasticidade entre grupos
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
const -0,0181064 0,0324064 -0,5587 0,57640
CERT_ISO 0,150112 0,0489088 3,0692 0,00217 ***
RISCO 0,00341685 0,00303269 1,1267 0,26000
LUCRAT 1,00607 0,0024667 407,8618 <0,00001 ***
RLtoAT_TANG -0,146903 0,0386372 -3,8021 0,00015 ***
ENDIV -5,47355e-05 7,22942e-06 -7,5712 <0,00001 ***
ENDIV_1 1,38664e-05 7,28729e-06 1,9028 0,05719 *
TAM_EMP 0,0929297 0,00605099 15,3578 <0,00001 ***
Média da variável dependente = -7,14971
Desvio padrão da variável dependente = 96,4175
Verossimilhança-Logarítmica = -6685,28
Critério de informação de Akaike = 6477,85
Critério Bayesiano de Schwarz = 6523,69
Critério de Hannan-Quinn = 6494,57
Teste de razão de verossimilhanças para heterocedasticidade entre grupos -
Hipótese nula: as unidades têm a mesma variância de erro
Estatística de teste: Qui-quadrado(206) = 9364,67 com p-valor = 0
Modelo 24: Estimativas entre grupos usando 207 observações
Variável dependente: ROS_mod no Painel Não Balanceado
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
const -0,121723 3,23536 -0,0376 0,97003
CERT_ISO 0,45428 1,47184 0,3086 0,75791
RISCO -0,028712 0,0237101 -1,2110 0,22735
LUCRAT 0,980419 0,0181542 54,0052 <0,00001 ***
RLtoAT_TANG 1,24969 1,0235 1,2210 0,22353
ENDIV -0,00310545 0,0101462 -0,3061 0,75987
ENDIV_1 0,00250168 0,0104626 0,2391 0,81127
TAM_EMP 0,0137733 0,284854 0,0484 0,96148
Média da variável dependente = -7,14971
Desvio padrão da variável dependente = 61,4632
Soma dos resíduos quadrados = 32199,9
Erro padrão dos resíduos = 12,7204
R
2
não-ajustado = 0,958623
R
2
ajustado = 0,957168
235
Estatística-F (7, 199) = 658,637 (p-valor < 0,00001)
Critério de informação de Akaike = 1648,17
Critério Bayesiano de Schwarz = 1674,83
Critério de Hannan-Quinn = 1658,95
Modelo 25: Estimativas MQO ("Pooled OLS") usando 660 observações
Incluídas 60 unidades de secção-cruzada - Comprimento da série temporal = 11
Variável dependente: ROS_mod no Painel Balanceado
Erros padrão robustos (HAC)
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
const -62,7422 20,8069 -3,0155 0,00267 ***
CERT_ISO 2,1697 1,26265 1,7184 0,08620 *
RISCO -0,209329 0,0819264 -2,5551 0,01084 **
LUCRAT 0,319448 0,272663 1,1716 0,24179
RLtoAT_TANG 2,75874 1,29606 2,1286 0,03366 **
ENDIV -0,000115968 0,000101525 -1,1423 0,25376
ENDIV_1 0,000442431 0,000111772 3,9583 0,00008 ***
TAM_EMP 4,38738 1,43129 3,0653 0,00226 ***
Média da variável dependente = 1,16485
Desvio padrão da variável dependente = 33,1828
Soma dos resíduos quadrados = 352328
Erro padrão dos resíduos = 23,2461
R
2
não-ajustado = 0,514447
R
2
ajustado = 0,509234
Estatística-F (7, 652) = 98,6856 (p-valor < 0,00001)
Verossimilhança-Logarítmica = -3008,92
Critério de informação de Akaike = 6033,85
Critério Bayesiano de Schwarz = 6069,79
Critério de Hannan-Quinn = 6047,78
Diagnósticos:
Estimador de efeitos fixos: erros padrão dos declives em parênteses, p-valores em colchetes
CERT_ISO: 1,8478 (1,9466) [0,34287]
RISCO: -0,058411 (0,043766) [0,18251]
LUCRAT: 0,29674 (0,020559) [0,00000]
RLtoAT_TANG: 4,5211 (2,4628) [0,06690]
ENDIV: 3,2298e-005 (0,00046109) [0,94418]
ENDIV_1: 0,0006743 (0,00046143) [0,14445]
TAM_EMP: 13,207 (2,2914) [0,00000]
60 médias de grupo foram subtraídas aos dados
Variância dos resíduos: 290230/(660 - 67) = 489,426
Significância conjunta da diferenciação das médias de grupo
: F(59, 593) = 2,1505 com p-valor 4,284e-006
Estatística de teste Breusch-Pagan
:
LM = 7,52369 com p-valor = prob(qui-quadrado(1) > 7,52369) = 0,0060893
Variance estimators:
between = 75,7045
within = 489,426
theta used for quasi-demeaning = 0,233369
Estimador de efeitos aleatórios:
erros padrão em parênteses, p-valores em colchetes
const: -70,663 (10,843) [0,00000]
CERT_ISO: 2,3909 (1,3366) [0,07411]
RISCO: -0,18901 (0,024368) [0,00000]
LUCRAT: 0,31489 (0,020319) [0,00000]
RLtoAT_TANG: 3,0052 (1,1867) [0,01156]
ENDIV: -6,966e-005 (0,00045027) [0,87710]
ENDIV_1: 0,0004931 (0,00044991) [0,27348]
TAM_EMP: 4,9003 (0,74939) [0,00000]
236
Estatística de teste de Hausman
: H = 38,6531 com p-valor = prob(qui-quadrado(7) > 38,6531) = 2,276e-006
Teste de White para a heterocedasticidade
Estimativas OLS usando 660 observações
Variável dependente: uhat^2
VARIÁVEL COEFICIENTE ERRO PADRÃO ESTAT. T P-VALOR
const 2499,58 3338,32 0,749 0,45429
CERT_ISO 1180,37 667,684 1,768 0,07757 *
RISCO -430,081 28,1069 -15,302 <0,00001 ***
LUCRAT -160,495 19,5872 -8,194 <0,00001 ***
RLtoAT_TANG 1666,12 566,637 2,940 0,00340 ***
ENDIV -1,82829 1,70660 -1,071 0,28445
ENDIV_1 -0,527508 1,58463 -0,333 0,73933
TAM_EMP -328,882 456,329 -0,721 0,47136
sq_CERT_ISO -69,0785 98,5036 -0,701 0,48339
CERT_I_RISCO 6,37685 7,18407 0,888 0,37508
CERT_I_LUCRAT 42,4794 3,40536 12,474 <0,00001 ***
CERT_I_RLtoAT 13,6556 61,4529 0,222 0,82422
CERT_I_ENDIV -0,345149 0,289814 -1,191 0,23413
CERT_I_ENDIV_ -0,264623 0,144448 -1,832 0,06743 *
CERT_I_TAM_EM -85,6138 45,2175 -1,893 0,05877 *
sq_RISCO 0,144114 0,0205428 7,015 <0,00001 ***
RISCO_LUCRAT 0,0560760 0,0279900 2,003 0,04556 **
RISCO_RLtoAT 18,2345 2,48860 7,327 <0,00001 ***
RISCO_ENDIV -0,0101877 0,0105854 -0,962 0,33621
RISCO_ENDIV_ -0,0108087 0,00968005 -1,117 0,26460
RISCO_TAM_EM 29,3257 1,95127 15,029 <0,00001 ***
sq_LUCRAT 0,253227 0,00824386 30,717 <0,00001 ***
LUCRAT_RLtoAT 15,2235 2,67001 5,702 <0,00001 ***
LUCRAT_ENDIV 0,0341373 0,00796676 4,285 0,00002 ***
LUCRAT_ENDIV_ 0,00198059 0,0127311 0,156 0,87642
LUCRAT_TAM_EM 6,10597 1,38301 4,415 0,00001 ***
sq_RLtoAT_TAN -48,6826 39,7171 -1,226 0,22076
RLtoAT_ENDIV 0,0568508 0,468522 0,121 0,90346
RLtoAT_ENDIV_ 1,19963 0,454111 2,642 0,00846 ***
RLtoAT_TAM_EM -116,202 38,0803 -3,052 0,00237 ***
sq_ENDIV -1,76879E-05 6,53077E-06 -2,708 0,00695 ***
ENDIV_ENDIV_ 2,16207E-05 7,96051E-05 0,272 0,78602
ENDIV_TAM_EM 0,212271 0,132013 1,608 0,10835
sq_ENDIV_1 3,60434E-06 4,60002E-06 0,784 0,43360
ENDIV__TAM_EM -0,00838660 0,116183 -0,072 0,94248
sq_TAM_EMP 11,1591 15,6264 0,714 0,47542
R-quadrado não-ajustado = 0,966711
Estatística de teste: TR^2 = 638,029237, com p-valor = P(Qui-quadrado(35) > 638,029237) = 0,000000
Teste de Wald independente da distribuição para heterocedasticidade
baseado nos resíduos FGLS:
Qui-quadrado(60) = 2,34495e+006, com p-valor = 0
Convergência atingida depois de 21 iterações
Heterocedasticidade em Grupos
Estimativas Máxima Verossimilhança usando 660 observações
Incluídas 60 unidades de secção-cruzada
Variável dependente: ROS_mod
VARIÁVEL COEFICIENTE ERRO PADRÃO ESTAT. T P-VALOR
const 1,03058 1,30762 0,788 0,43090
CERT_ISO 0,231549 0,123579 1,874 0,06142 *
RISCO -0,0298520 0,0150312 -1,986 0,04745 **
LUCRAT 0,996982 0,0132246 75,388 <0,00001 ***
RLtoAT_TANG -0,558034 0,100792 -5,536 <0,00001 ***
ENDIV -5,70538E-05 8,37328E-05 -0,681 0,49587
ENDIV_1 0,000107135 8,35923E-05 1,282 0,20042
TAM_EMP 0,0845436 0,0905225 0,934 0,35067
237
Média da variável dependente = 1,16485
Desvio padrão da variável dependente = 33,1828
Verossimilhança-Logarítmica = -1998,4
Critério de informação de Akaike (AIC) = 1889
Critério Bayesiano de Schwarz (BIC) = 1924,94
Critério de Hannan-Quinn (HQC) = 1902,93
Teste de razão de verossimilhanças para heterocedasticidade entre grupos -
Hipótese nula: as unidades têm a mesma variância de erro
Estatística de teste: Qui-quadrado(59) = 2021,05 com p-valor = 0
Modelo 26: Estimativas MQO ("Primeiras Diferenças") usando 600 observações
Incluídas 60 unidades de secção-cruzada - Comprimento da série temporal = 10
Variável dependente: d_ROS_mod no Painel Balanceado
Erros padrão robustos (HAC)
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
const -1,41973 0,992608 -1,4303 0,15316
d_CERT_ISO -1,24672 1,6838 -0,7404 0,45934
d_RISCO -0,019553 0,146427 -0,1335 0,89382
d_LUCRAT 0,280236 0,240686 1,1643 0,24476
d_RLtoAT_TANG 22,6882 10,2913 2,2046 0,02787 **
d_ENDIV -0,000308678 6,64788e-05 -4,6433 <0,00001 ***
d_TAM_EMP 41,0404 17,2295 2,3820 0,01753 **
d_ENDIV_1 0,000408026 9,73734e-05 4,1903 0,00003 ***
Média da variável dependente = 0,478107
Desvio padrão da variável dependente = 35,3567
Soma dos resíduos quadrados = 495989
Erro padrão dos resíduos = 28,9451
R
2
não-ajustado = 0,33763
R
2
ajustado = 0,329798
Estatística-F (7, 592) = 43,1086 (p-valor < 0,00001)
Verossimilhança-Logarítmica = -2866,58
Critério de informação de Akaike = 5749,15
Critério Bayesiano de Schwarz = 5784,33
Critério de Hannan-Quinn = 5762,85
Modelo 27: Estimativas Efeitos Fixos usando 660 observações
Incluídas 60 unidades de secção-cruzada -Comprimento da série temporal = 11
Variável dependente: ROS_mod no Painel Balanceado
Erros padrão robustos (HAC)
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
CERT_ISO 1,84782 2,11404 0,8741 0,38243
RISCO -0,0584112 0,0885411 -0,6597 0,50970
LUCRAT 0,296737 0,267446 1,1095 0,26766
RLtoAT_TANG 4,52107 2,54272 1,7780 0,07591 *
ENDIV 3,22984e-05 8,37313e-05 0,3857 0,69983
ENDIV_1 0,000674298 0,00014093 4,7846 <0,00001 ***
TAM_EMP 13,2065 4,86851 2,7126 0,00687 ***
Média da variável dependente = 1,16485
Desvio padrão da variável dependente = 33,1828
Soma dos resíduos quadrados = 290230
Erro padrão dos resíduos = 22,123
R
2
não-ajustado = 0,600026
R
2
ajustado = 0,55551
238
Estatística-F (66, 593) = 13,4787 (p-valor < 0,00001)
Estatística de Durbin-Watson = 1,84696
Verossimilhança-Logarítmica = -2944,94
Critério de informação de Akaike = 6023,88
Critério Bayesiano de Schwarz = 6324,86
Critério de Hannan-Quinn = 6140,54
Teste para diferenciar grupos de interceptações no eixo x=0 –
Hipótese nula: Os grupos têm a mesma interceptação no eixo x=0
Estatística de teste: F(59, 593) = 2,1505 com p-valor = P(F(59, 593) > 2,1505) = 4,284e-006
Modelo 28: Estimativas Efeito Fixos com dummies de tempo usando 660 observações
Incluídas 60 unidades de secção-cruzada - Comprimento da série temporal = 11
Variável dependente: ROS_mod no Painel Balanceado
Erros padrão robustos (HAC)
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
CERT_ISO 2,60335 2,12355 1,2259 0,22072
RISCO -0,0623991 0,0880332 -0,7088 0,47872
LUCRAT 0,297558 0,264596 1,1246 0,26123
RLtoAT_TANG 5,48827 2,93519 1,8698 0,06201 *
ENDIV 1,30732e-05 9,07665e-05 0,1440 0,88553
ENDIV_1 0,00067434 0,000135822 4,9649 <0,00001 ***
TAM_EMP 13,0896 4,66364 2,8067 0,00517 ***
dt_2 4,59825 4,55535 1,0094 0,31319
dt_3 5,14358 4,11532 1,2499 0,21185
dt_4 4,35303 3,7782 1,1521 0,24973
dt_5 -1,09898 4,18442 -0,2626 0,79292
dt_6 -1,24688 3,33429 -0,3740 0,70857
dt_7 5,07347 3,42641 1,4807 0,13923
dt_8 2,07871 3,55126 0,5853 0,55854
dt_9 -1,93028 4,55992 -0,4233 0,67222
dt_10 2,81513 1,97217 1,4274 0,15399
dt_11 2,94151 2,11499 1,3908 0,16482
Média da variável dependente = 1,16485
Desvio padrão da variável dependente = 33,1828
Soma dos resíduos quadrados = 286160
Erro padrão dos resíduos = 22,1549
R
2
não-ajustado = 0,605635
R
2
ajustado = 0,554225
Estatística-F (76, 583) = 11,7806 (p-valor < 0,00001)
Estatística de Durbin-Watson = 1,84505
Verossimilhança-Logarítmica = -2940,28
Critério de informação de Akaike = 6034,56
Critério Bayesiano de Schwarz = 6380,46
Critério de Hannan-Quinn = 6168,64
Teste para diferenciar grupos de interceptações no eixo x=0 -
Hipótese nula: Os grupos têm a mesma interceptação no eixo x=0
Estatística de teste: F(59, 583) = 2,1339 com p-valor = P(F(59, 583) > 2,1339) = 5,51715e-006
Teste de Wald para a significância conjunta das variáveis tempo auxiliares
Estatística de teste assimptótica: Qui-quadrado(10) = 12,0528 com p-valor = 0,281538
239
Modelo 29: Estimativas Efeitos Aleatórios (GLS) usando 660 observações
Incluídas 60 unidades de secção-cruzada - Comprimento da série temporal = 11
Variável dependente: ROS_mod no Painel Balanceado
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
const -70,6634 10,8428 -6,5171 <0,00001 ***
CERT_ISO 2,3909 1,3366 1,7888 0,07411 *
RISCO -0,189013 0,0243685 -7,7564 <0,00001 ***
LUCRAT 0,314888 0,0203195 15,4968 <0,00001 ***
RLtoAT_TANG 3,00523 1,18673 2,5324 0,01156 **
ENDIV -6,96598e-05 0,000450267 -0,1547 0,87710
ENDIV_1 0,0004931 0,000449906 1,0960 0,27348
TAM_EMP 4,90031 0,749393 6,5390 <0,00001 ***
Média da variável dependente = 1,16485
Desvio padrão da variável dependente = 33,1828
Soma dos resíduos quadrados = 353243
Erro padrão dos resíduos = 23,2584
'Por dentro' da variância = 489,426
'Por entre' a variância = 75,7045
teta utilizado para quase-desmediação = 0,233369
Critério de informação de Akaike = 6035,56
Critério Bayesiano de Schwarz = 6071,5
Critério de Hannan-Quinn = 6049,49
Teste Breusch-Pagan - Hipótese nula: Variância do erro de unidade-específica = 0
Estatística de teste assintótica: Qui-quadrado(1) = 7,52369 com p-valor = 0,0060893
Teste Hausman - Hipótese nula: As estimativas GLS são consistentes
Estatística de teste assintótica: Qui-quadrado(7) = 38,6531 com p-valor = 2,276e-006
Modelo 30: Estimativas Efeitos Aleatórios (GLS) com dummies de tempo usando 660 observações
Incluídas 60 unidades de secção-cruzada - Comprimento da série temporal = 11
Variável dependente: ROS_mod no Painel Balanceado
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
const -73,1232 11,3586 -6,4377 <0,00001 ***
CERT_ISO 2,56933 1,56484 1,6419 0,10110
RISCO -0,190762 0,0245145 -7,7816 <0,00001 ***
LUCRAT 0,315368 0,0205288 15,3622 <0,00001 ***
RLtoAT_TANG 3,14271 1,22653 2,5623 0,01063 **
ENDIV -0,000105552 0,000455383 -0,2318 0,81678
ENDIV_1 0,00047364 0,000455014 1,0409 0,29830
TAM_EMP 4,89071 0,750054 6,5205 <0,00001 ***
dt_2 3,8784 4,44415 0,8727 0,38315
dt_3 4,63787 4,42207 1,0488 0,29466
dt_4 4,02642 4,39664 0,9158 0,36012
dt_5 -1,02509 4,35629 -0,2353 0,81404
dt_6 -1,35256 4,32884 -0,3125 0,75480
dt_7 5,6555 4,27222 1,3238 0,18605
dt_8 2,93214 4,21562 0,6955 0,48697
dt_9 -1,30227 4,15977 -0,3131 0,75433
dt_10 3,88374 4,15885 0,9338 0,35073
dt_11 4,46123 4,16014 1,0724 0,28395
240
Média da variável dependente = 1,16485
Desvio padrão da variável dependente = 33,1828
Soma dos resíduos quadrados = 348861
Erro padrão dos resíduos = 23,2928
'Por dentro' da variância = 490,84
'Por entre' a variância = 75,7045
teta utilizado para quase-desmediação = 0,232262
Critério de informação de Akaike = 6047,32
Critério Bayesiano de Schwarz = 6128,18
Critério de Hannan-Quinn = 6078,67
Teste Breusch-Pagan - Hipótese nula: Variância do erro de unidade-específica = 0
Estatística de teste assintótica: Qui-quadrado(1) = 7,98422 com p-valor = 0,00471868
Teste Hausman - Hipótese nula: As estimativas GLS são consistentes
Estatística de teste assintótica: Qui-quadrado(17) = 37,3756 com p-valor = 0,00299211
Modelo 31: Estimativas Máxima Verossimilhança usando 660 observações
Incluídas 60 unidades de secção-cruzada
Variável dependente: ROS_mod no Painel Balanceado
Permitindo a heterocedasticidade entre grupos
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
const 1,03058 1,30762 0,7881 0,43090
CERT_ISO 0,231549 0,123579 1,8737 0,06142 *
RISCO -0,029852 0,0150312 -1,9860 0,04745 **
LUCRAT 0,996982 0,0132246 75,3883 <0,00001 ***
RLtoAT_TANG -0,558034 0,100792 -5,5365 <0,00001 ***
ENDIV -5,70538e-05 8,37328e-05 -0,6814 0,49587
ENDIV_1 0,000107135 8,35923e-05 1,2816 0,20042
TAM_EMP 0,0845436 0,0905225 0,9340 0,35067
Média da variável dependente = 1,16485
Desvio padrão da variável dependente = 33,1828
Verossimilhança-Logarítmica = -1998,4
Critério de informação de Akaike = 1889
Critério Bayesiano de Schwarz = 1924,94
Critério de Hannan-Quinn = 1902,93
Teste de razão de verossimilhanças para heterocedasticidade entre grupos -
Hipótese nula: as unidades têm a mesma variância de erro
Estatística de teste: Qui-quadrado(59) = 2021,05 com p-valor = 0
Modelo 32: Estimativas entre grupos usando 60 observações
Variável dependente: ROS_mod no Painel Balanceado
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
const -47,4171 11,9158 -3,9794 0,00022 ***
CERT_ISO 1,16959 2,00967 0,5820 0,56309
RISCO -0,223413 0,0439352 -5,0851 <0,00001 ***
LUCRAT 0,411158 0,0954122 4,3093 0,00007 ***
RLtoAT_TANG 2,34175 1,37546 1,7025 0,09463 *
ENDIV -0,026706 0,0976298 -0,2735 0,78552
ENDIV_1 0,0265118 0,098625 0,2688 0,78914
TAM_EMP 3,40463 0,820202 4,1510 0,00012 ***
Média da variável dependente = 1,16485
Desvio padrão da variável dependente = 21,476
Soma dos resíduos quadrados = 3936,63
241
Erro padrão dos resíduos = 8,70083
R
2
não-ajustado = 0,855334
R
2
ajustado = 0,83586
Estatística-F (7, 52) = 43,9213 (p-valor < 0,00001)
Critério de informação de Akaike = 437,297
Critério Bayesiano de Schwarz = 454,052
Critério de Hannan-Quinn = 443,851
Modelo 33: Estimativas MQO ("Pooled OLS") usando 2277 observações
Incluídas 207 unidades de secção-cruzada - Comprimento da série temporal = 11
Variável dependente: TOT_VEND no Painel Não Balanceado
Erros padrão robustos (HAC)
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
const -2,09439e+06 812148 -2,5788 0,00998 ***
CERT_ISO 1,22279e+06 585750 2,0876 0,03695 **
RISCO -325,343 1785,4 -0,1822 0,85542
LUCRAT 3153,04 1490,01 2,1161 0,03444 **
RLtoAT_TANG -508795 337502 -1,5075 0,13181
ENDIV -53,6139 30,1751 -1,7768 0,07574 *
ENDIV_1 -35,0138 25,2062 -1,3891 0,16494
TAM_EMP 337941 90948,2 3,7158 0,00021 ***
Média da variável dependente = 2,19968e+006
Desvio padrão da variável dependente = 7,56631e+006
Soma dos resíduos quadrados = 1,1814e+017
Erro padrão dos resíduos = 7,21574e+006
R
2
não-ajustado = 0,0933175
R
2
ajustado = 0,0905203
Estatística-F (7, 2269) = 33,3614 (p-valor < 0,00001)
Verossimilhança-Logarítmica = -39184,8
Critério de informação de Akaike = 78385,6
Critério Bayesiano de Schwarz = 78431,4
Critério de Hannan-Quinn = 78402,3
Diagnósticos:
Estimador de efeitos fixos: erros padrão dos declives em parênteses, p-valores em
colchetes
CERT_ISO: 1,1602e+006 (1,5863e+005) [0,00000]
RISCO: -2559,2 (3420,7) [0,45445]
LUCRATIVIDADE: 231,77 (1043,2) [0,82421]
RLtoAT_TANG: 2,5455e+005 (1,4023e+005) [0,06964]
ENDIV: -11,282 (40,783) [0,78208]
ENDIV_1: -1,2311 (41,139) [0,97613]
TAM_EMP: 1,3018e+005 (18204) [0,00000]
207 médias de grupo foram subtraídas aos dados
Variância dos resíduos: 2,64148e+016/(2277 - 214) = 1,28041e+013
Significância conjunta da diferenciação das médias de grupo:
F(206, 2063) = 34,7755 com p-valor 0
Estatística de teste Breusch-Pagan:
LM = 6184,94 com p-valor = prob(qui-quadrado(1) > 6184,94) = 0
Variance estimators:
between = 3,97716e+013
within = 1,28041e+013
theta used for quasi-demeaning = 0,828923
Estimador de efeitos aleatórios:erros padrão em parênteses, p-valores em colchetes
const: -2,6159e+005 (4,8476e+005) [0,58951]
CERT_ISO: 1,1873e+006 (1,5489e+005) [0,00000]
RISCO: -2609,4 (3257,9) [0,42325]
242
LUCRATIVIDADE: 410,77 (1037,9) [0,69232]
RLtoAT_TANG: 1,728e+005 (1,3521e+005) [0,20137]
ENDIV: -13,085 (40,796) [0,74843]
ENDIV_1: -2,4316 (41,155) [0,95289]
TAM_EMP: 1,4128e+005 (18054) [0,00000]
Estatística de teste de Hausman:
H = 26,5977 com p-valor = prob(qui-quadrado(7) > 26,5977) = 0,00039365
Teste de White para a heterocedasticidade
Estimativas OLS usando 2277 observações
Variável dependente: uhat^2
VARIÁVEL COEFICIENTE ERRO PADRÃO ESTAT. T P-VALOR
const 6,14334E+013 4,55250E+013 1,349 0,17733
CERT_ISO -1,93571E+014 9,25883E+013 -2,091 0,03667 **
RISCO 1,84591E+012 2,26141E+012 0,816 0,41444
LUCRATIVIDADE -4,58465E+012 2,76810E+012 -1,656 0,09781 *
RLtoAT_TANG 2,72895E+014 1,19749E+014 2,279 0,02277 **
ENDIV 8,11486E+010 1,55763E+011 0,521 0,60243
ENDIV_1 3,26006E+010 1,00462E+011 0,325 0,74559
TAM_EMP -1,36646E+014 1,43965E+013 -9,492 <0,00001 ***
sq_CERT_ISO 4,35107E+013 4,05814E+013 1,072 0,28375
CERT_I_RISCO -7,49347E+012 2,90658E+012 -2,578 0,01000 ***
CERT_I_LUCRAT -3,24059E+010 4,75268E+011 -0,068 0,94564
CERT_I_RLtoAT -1,79830E+013 1,97120E+013 -0,912 0,36171
CERT_I_ENDIV -4,99803E+09 2,02376E+010 -0,247 0,80496
CERT_I_ENDIV_ -1,51104E+010 2,45192E+010 -0,616 0,53778
CERT_I_TAM_EM 1,51944E+013 4,36586E+012 3,480 0,00051 ***
sq_RISCO -2,74118E+09 3,07573E+09 -0,891 0,37290
RISCO_LUCRAT -3,46937E+08 1,39796E+09 -0,248 0,80402
RISCO_RLtoAT -5,43188E+010 4,04458E+011 -0,134 0,89318
RISCO_ENDIV 1,27921E+09 2,19341E+09 0,583 0,55981
RISCO_ENDIV_ -4,60160E+08 2,54082E+09 -0,181 0,85630
RISCO_TAM_EM -2,74077E+010 1,34169E+011 -0,204 0,83816
sq_LUCRATIVID -3,95372E+08 3,14818E+08 -1,256 0,20929
LUCRAT_RLtoAT 1,69703E+011 2,48604E+011 0,683 0,49492
LUCRAT_ENDIV -7,66836E+07 2,70299E+08 -0,284 0,77667
LUCRAT_ENDIV_ -7,87744E+08 7,57482E+08 -1,040 0,29847
LUCRAT_TAM_EM 3,46123E+011 2,31041E+011 1,498 0,13425
sq_RLtoAT_TAN -1,76359E+013 8,50190E+012 -2,074 0,03816 **
RLtoAT_ENDIV -2,82767E+09 1,76201E+010 -0,160 0,87252
RLtoAT_ENDIV_ 2,91125E+09 1,83305E+010 0,159 0,87382
RLtoAT_TAM_EM -1,26560E+013 8,17465E+012 -1,548 0,12171
sq_ENDIV -104764 390507 -0,268 0,78851
ENDIV_ENDIV_ 2,99263E+06 7,56630E+06 0,396 0,69250
ENDIV_TAM_EM -6,64015E+09 1,09180E+010 -0,608 0,54313
sq_ENDIV_1 107985 317697 0,340 0,73396
ENDIV__TAM_EM -2,30790E+09 6,92923E+09 -0,333 0,73911
sq_TAM_EMP 9,24238E+012 9,43644E+011 9,794 <0,00001 ***
R-quadrado não-ajustado = 0,0779287
Estatística de teste: TR^2 = 177,443568,
com p-valor = P(Qui-quadrado(35) > 177,443568) = 0,000000
Teste de Wald independente da distribuição para heterocedasticidade
baseado nos resíduos FGLS e
Heterocedasticidade em Grupos:
a variável só tem pesos zero, abortando a regressão.
Modelo 34: Estimativas MQO ("Primeiras Diferenças") usando 2070 observações
Incluídas 207 unidades de secção-cruzada - Comprimento da série temporal = 10
Variável dependente: d_TOT_VEND no Painel Não Balanceado
Erros padrão robustos (HAC)
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
const 189000 69113,5 2,7346 0,00630 ***
d_CERT_ISO 41888,5 48870,6 0,8571 0,39147
243
d_RISCO -523,098 351,528 -1,4881 0,13689
d_LUCRAT 224,894 201,615 1,1155 0,26478
d_RLtoAT_TANG 199369 84724,3 2,3532 0,01871 **
d_ENDIV -4,14841 6,70966 -0,6183 0,53646
d_TAM_EMP 101577 15438,5 6,5795 <0,00001 ***
d_ENDIV_1 4,34584 3,31002 1,3129 0,18935
Média da variável dependente = 247781
Desvio padrão da variável dependente = 1,50682e+006
Soma dos resíduos quadrados = 4,37253e+015
Erro padrão dos resíduos = 1,4562e+006
R
2
não-ajustado = 0,0692165
R
2
ajustado = 0,0660567
Estatística-F (7, 2062) = 21,9054 (p-valor < 0,00001)
Verossimilhança-Logarítmica = -32309,3
Critério de informação de Akaike = 64634,6
Critério Bayesiano de Schwarz = 64679,6
Critério de Hannan-Quinn = 64651,1
Modelo 35: Estimativas Efeitos Fixos usando 2277 observações
Incluídas 207 unidades de secção-cruzada - Comprimento da série temporal = 11
Variável dependente: TOT_VEND no Painel Não Balanceado
Erros padrão robustos (HAC)
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
CERT_ISO 1,16019e+06 432212 2,6843 0,00733 ***
RISCO -2559,2 1229,43 -2,0816 0,03750 **
LUCRAT 231,766 451,591 0,5132 0,60785
RLtoAT_TANG 254555 148143 1,7183 0,08589 *
ENDIV -11,2824 15,8518 -0,7117 0,47670
ENDIV_1 -1,2311 14,1507 -0,0870 0,93068
TAM_EMP 130184 22992,5 5,6620 <0,00001 ***
Média da variável dependente = 2,19968e+006
Desvio padrão da variável dependente = 7,56631e+006
Soma dos resíduos quadrados = 2,64148e+016
Erro padrão dos resíduos = 3,57828e+006
R
2
não-ajustado = 0,797276
R
2
ajustado = 0,776345
Estatística-F (213, 2063) = 38,091 (p-valor < 0,00001)
Estatística de Durbin-Watson = 0,177011
Verossimilhança-Logarítmica = -37479,4
Critério de informação de Akaike = 75386,8
Critério Bayesiano de Schwarz = 76613,1
Critério de Hannan-Quinn = 75834,1
Teste para diferenciar grupos de interceptações no eixo x=0 -
Hipótese nula: Os grupos têm a mesma interceptação no eixo x=0
Estatística de teste: F(206, 2063) = 34,7755 com p-valor = P(F(206, 2063) > 34,7755) = 0
Modelo 36: Estimativas Efeitos Fixos com dummies de tempo usando 2277 observações
Incluídas 207 unidades de secção-cruzada - Comprimento da série temporal = 11
Variável dependente: TOT_VEND no Painel Não Balanceado
Erros padrão robustos (HAC)
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
CERT_ISO 692976 271721 2,5503 0,01083 **
RISCO 126,892 815,744 0,1556 0,87640
244
LUCRAT 871,233 612,103 1,4233 0,15479
RLtoAT_TANG 104710 190477 0,5497 0,58257
ENDIV -12,6261 17,7287 -0,7122 0,47643
ENDIV_1 -4,42262 17,3363 -0,2551 0,79867
TAM_EMP 118941 26742,1 4,4477 <0,00001 ***
dt_2 -1,35165e+06 653691 -2,0677 0,03879 **
dt_3 -1,44716e+06 627984 -2,3044 0,02130 **
dt_4 -1,45499e+06 625964 -2,3244 0,02020 **
dt_5 -1,29073e+06 528366 -2,4429 0,01465 **
dt_6 -946630 394099 -2,4020 0,01639 **
dt_7 -837265 367929 -2,2756 0,02297 **
dt_8 -855970 340543 -2,5135 0,01203 **
dt_9 -726032 238489 -3,0443 0,00236 ***
dt_10 -496658 196129 -2,5323 0,01141 **
dt_11 -305568 102778 -2,9731 0,00298 ***
Média da variável dependente = 2,19968e+006
Desvio padrão da variável dependente = 7,56631e+006
Soma dos resíduos quadrados = 2,61324e+016
Erro padrão dos resíduos = 3,56775e+006
R
2
não-ajustado = 0,799443
R
2
ajustado = 0,777658
Estatística-F (223, 2053) = 36,6973 (p-valor < 0,00001)
Estatística de Durbin-Watson = 0,169776
Verossimilhança-Logarítmica = -37467,1
Critério de informação de Akaike = 75382,3
Critério Bayesiano de Schwarz = 76665,9
Critério de Hannan-Quinn = 75850,5
Teste para diferenciar grupos de interceptações no eixo x=0 -
Hipótese nula: Os grupos têm a mesma interceptação no eixo x=0
Estatística de teste: F(206, 2053) = 34,9915 com p-valor = P(F(206, 2053) > 34,9915) = 0
Teste de Wald para a significância conjunta das variáveis tempo auxiliares
Estatística de teste assintótica: Qui-quadrado(10) = 28,5167 com p-valor = 0,00149133
Modelo 37: Estimativas Efeitos Aleatórios (GLS) usando 2277 observações
Incluídas 207 unidades de secção-cruzada - Comprimento da série temporal = 11
Variável dependente: TOT_VEND no Painel Não Balanceado
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
const -261588 484756 -0,5396 0,58951
CERT_ISO 1,18731e+06 154893 7,6654 <0,00001 ***
RISCO -2609,36 3257,86 -0,8009 0,42325
LUCRAT 410,774 1037,94 0,3958 0,69232
RLtoAT_TANG 172799 135206 1,2780 0,20137
ENDIV -13,0852 40,7958 -0,3207 0,74843
ENDIV_1 -2,4316 41,155 -0,0591 0,95289
TAM_EMP 141283 18053,7 7,8257 <0,00001 ***
Média da variável dependente = 2,19968e+006
Desvio padrão da variável dependente = 7,56631e+006
Soma dos resíduos quadrados = 1,21458e+017
Erro padrão dos resíduos = 7,31475e+006
'Por dentro' da variância = 1,28041e+013
'Por entre' a variância = 3,97716e+013
teta utilizado para quasi-desmédiação = 0,828923
Critério de informação de Akaike = 78448,6
245
Critério Bayesiano de Schwarz = 78494,5
Critério de Hannan-Quinn = 78465,4
Teste Breusch-Pagan - Hipótese nula: Variância do erro de unidade-específica = 0
Estatística de teste assintótica: Qui-quadrado(1) = 6184,94 com p-valor = 0
Teste Hausman - Hipótese nula: As estimativas GLS são consistentes
Estatística de teste assintótica: Qui-quadrado(7) = 26,5977 com p-valor = 0,00039365
Modelo 38: Estimativas Efeitos Aleatórios (GLS) com dummies de tempo usando 2277 observações
Incluídas 207 unidades de secção-cruzada - Comprimento da série temporal = 11
Variável dependente: TOT_VEND no Painel Não Balanceado
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
const 1,0517e+06 582008 1,8070 0,07089 *
CERT_ISO 764410 185196 4,1276 0,00004 ***
RISCO -281,417 3307 -0,0851 0,93219
LUCRAT 1014,03 1046,21 0,9692 0,33253
RLtoAT_TANG 36683,5 139114 0,2637 0,79204
ENDIV -14,1254 40,7156 -0,3469 0,72868
ENDIV_1 -5,34146 41,0879 -0,1300 0,89658
TAM_EMP 131494 19068,1 6,8960 <0,00001 ***
dt_2 -1,2747e+06 399476 -3,1909 0,00144 ***
dt_3 -1,38572e+06 391055 -3,5435 0,00040 ***
dt_4 -1,41177e+06 386404 -3,6536 0,00026 ***
dt_5 -1,25565e+06 381449 -3,2918 0,00101 ***
dt_6 -921109 377402 -2,4407 0,01474 **
dt_7 -820100 371246 -2,2090 0,02727 **
dt_8 -848521 363956 -2,3314 0,01982 **
dt_9 -729630 358338 -2,0361 0,04185 **
dt_10 -500965 356348 -1,4058 0,15991
dt_11 -308914 353758 -0,8732 0,38263
Média da variável dependente = 2,19968e+006
Desvio padrão da variável dependente = 7,56631e+006
Soma dos resíduos quadrados = 1,21674e+017
Erro padrão dos resíduos = 7,33745e+006
'Por dentro' da variância = 1,27289e+013
'Por entre' a variância = 3,97716e+013
teta utilizado para quasi-desmédiação = 0,829426
Critério de informação de Akaike = 78472,7
Critério Bayesiano de Schwarz = 78575,9
Critério de Hannan-Quinn = 78510,3
Teste Breusch-Pagan - Hipótese nula: Variância do erro de unidade-específica = 0
Estatística de teste assintótica: Qui-quadrado(1) = 6195,18 com p-valor = 0
Teste Hausman - Hipótese nula: As estimativas GLS são consistentes
Estatística de teste assintótica: Qui-quadrado(17) = 28,6626 com p-valor = 0,0377665
246
Modelo 39: Estimativas Máxima Verossimilhança
Variável dependente: TOT_VEND no Painel Não Balanceado
A variável só tem zeros, abortando a regressão
Modelo 40: Estimativas entre grupos usando 207 observações
Variável dependente: TOT_VEND no Painel Não Balanceado
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
const -5,59176e+06 1,60401e+06 -3,4861 0,00060 ***
CERT_ISO 756497 729700 1,0367 0,30112
RISCO 3988,47 11754,9 0,3393 0,73474
LUCRAT 6658,64 9000,4 0,7398 0,46028
RLtoAT_TANG -744122 507428 -1,4665 0,14410
ENDIV 2086,34 5030,26 0,4148 0,67877
ENDIV_1 -2633,57 5187,11 -0,5077 0,61222
TAM_EMP 687932 141224 4,8712 <0,00001 ***
Média da variável dependente = 2,19968e+006
Desvio padrão da variável dependente = 6,70199e+006
Soma dos resíduos quadrados = 7,91454e+015
Erro padrão dos resíduos = 6,30647e+006
R
2
não-ajustado = 0,144637
R
2
ajustado = 0,114549
Estatística-F (7, 199) = 4,80711 (p-valor = 5,08e-005)
Critério de informação de Akaike = 7077,32
Critério Bayesiano de Schwarz = 7103,98
Critério de Hannan-Quinn = 7088,1
Modelo 41: Estimativas MQO ("Pooled OLS") usando 660 observações
Incluídas 60 unidades de secção-cruzada - Comprimento da série temporal = 11
Variável dependente: TOT_VEND no Painel Balanceado
Erros padrão robustos (HAC)
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
const -6,29117e+07 2,78192e+07 -2,2615 0,02406 **
CERT_ISO 829687 848106 0,9783 0,32830
RISCO 24971,3 14808,7 1,6863 0,09222 *
LUCRAT -733,172 9658,33 -0,0759 0,93951
RLtoAT_TANG 1,5706e+06 948398 1,6561 0,09819 *
ENDIV -27,8936 57,7066 -0,4834 0,62900
ENDIV_1 9,68438 60,4273 0,1603 0,87272
TAM_EMP 4,57708e+06 1,94483e+06 2,3535 0,01890 **
Média da variável dependente = 4,01672e+006
Desvio padrão da variável dependente = 1,30623e+007
Soma dos resíduos quadrados = 7,75139e+016
Erro padrão dos resíduos = 1,09035e+007
R
2
não-ajustado = 0,310631
R
2
ajustado = 0,303229
Estatística-F (7, 652) = 41,9703 (p-valor < 0,00001)
Verossimilhança-Logarítmica = -11627,5
Critério de informação de Akaike = 23271
Critério Bayesiano de Schwarz = 23307
Critério de Hannan-Quinn = 23284,9
247
Diagnósticos:
Estimador de efeitos fixos:
permite diferenciar interceptações no eixo x=0 por unidade de secção-cruzada (erros
padrão dos declives em parênteses, p-valores em colchetes)
CERT_ISO: 1,8407e+006 (5,2764e+005) [0,00052]
RISCO: -8954,3 (11863) [0,45067]
LUCRAT: -1072,8 (5572,8) [0,84741]
RLtoAT_TANG: 8,1326e+005 (6,6757e+005) [0,22362]
ENDIV: 8,1588 (124,98) [0,94797]
ENDIV_1: 27,116 (125,07) [0,82844]
TAM_EMP: 3,6091e+006 (6,211e+005) [0,00000]
60 médias de grupo foram subtraídas aos dados
Variância dos resíduos: 2,13241e+016/(660 - 67) = 3,59597e+013
Significância conjunta da diferenciação das médias de grupo:
F(59, 593) = 26,4843 com p-valor 4,77645e-130
Estatística de teste Breusch-Pagan
: LM = 1570,51 com p-valor = prob(qui-quadrado(1) > 1570,51) = 0
Variance estimators:
between = 9,46824e+013
within = 3,59597e+013
theta used for quasi-demeaning = 0,814187
Estimador de efeitos aleatórios: erros padrão em parênteses, p-valores em colchetes
const: -5,2455e+007 (7,0542e+006) [0,00000]
CERT_ISO: 1,6923e+006 (5,0258e+005) [0,00080]
RISCO: -3866,6 (10972) [0,72465]
LUCRAT: -1348,9 (5543,1) [0,80781]
RLtoAT_TANG: 9,8333e+005 (6,0273e+005) [0,10328]
ENDIV: 7,6293 (124,34) [0,95109]
ENDIV_1: 29,539 (124,35) [0,81231]
TAM_EMP: 3,8392e+006 (4,9129e+005) [0,00000]
Estatística de teste de Hausman
:
H = 2,89934 com p-valor = prob(qui-quadrado(7) > 2,89934) = 0,894155
Teste de White para a heterocedasticidade
Estimativas OLS usando 660 observações
Variável dependente: uhat^2
VARIÁVEL COEFICIENTE ERRO PADRÃO ESTAT. T P-VALOR
const 2,82075E+016 2,59029E+015 10,890 <0,00001 ***
CERT_ISO -2,28141E+015 5,18075E+014 -4,404 0,00001 ***
RISCO -3,42550E+013 2,18089E+013 -1,571 0,11676
LUCRAT 3,19654E+013 1,51983E+013 2,103 0,03585 **
RLtoAT_TANG -6,77823E+014 4,39669E+014 -1,542 0,12366
ENDIV 1,31506E+012 1,32420E+012 0,993 0,32105
ENDIV_1 1,71616E+012 1,22956E+012 1,396 0,16328
TAM_EMP -3,93747E+015 3,54078E+014 -11,120 <0,00001 ***
sq_CERT_ISO 2,16299E+012 7,64316E+013 0,028 0,97743
CERT_I_RISCO -2,97980E+012 5,57431E+012 -0,535 0,59315
CERT_I_LUCRAT -3,78195E+012 2,64231E+012 -1,431 0,15284
CERT_I_RLtoAT -6,03722E+013 4,76830E+013 -1,266 0,20594
CERT_I_ENDIV -1,73148E+011 2,24875E+011 -0,770 0,44161
CERT_I_ENDIV_ -7,26709E+010 1,12081E+011 -0,648 0,51698
CERT_I_TAM_EM 1,74031E+014 3,50855E+013 4,960 <0,00001 ***
sq_RISCO 2,06014E+09 1,59397E+010 0,129 0,89720
RISCO_LUCRAT -3,57095E+010 2,17182E+010 -1,644 0,10063
RISCO_RLtoAT 1,78652E+012 1,93097E+012 0,925 0,35522
RISCO_ENDIV -7,11624E+09 8,21348E+09 -0,866 0,38660
RISCO_ENDIV_ -5,61201E+09 7,51101E+09 -0,747 0,45524
RISCO_TAM_EM 2,36525E+012 1,51405E+012 1,562 0,11875
sq_LUCRAT -3,87399E+09 6,39663E+09 -0,606 0,54498
LUCRAT_RLtoAT 2,06739E+012 2,07173E+012 0,998 0,31871
LUCRAT_ENDIV -1,75963E+09 6,18162E+09 -0,285 0,77600
LUCRAT_ENDIV_ -2,49825E+09 9,87843E+09 -0,253 0,80043
LUCRAT_TAM_EM -2,32168E+012 1,07311E+012 -2,163 0,03088 **
248
sq_RLtoAT_TAN -6,90617E+013 3,08175E+013 -2,241 0,02538 **
RLtoAT_ENDIV -7,83576E+010 3,63539E+011 -0,216 0,82942
RLtoAT_ENDIV_ -1,36056E+011 3,52357E+011 -0,386 0,69953
RLtoAT_TAM_EM 6,73834E+013 2,95476E+013 2,281 0,02291 **
sq_ENDIV -2,29419E+06 5,06741E+06 -0,453 0,65090
ENDIV_ENDIV_ 1,93003E+07 6,17678E+07 0,312 0,75479
ENDIV_TAM_EM -8,69706E+010 1,02433E+011 -0,849 0,39618
sq_ENDIV_1 -783218 3,56928E+06 -0,219 0,82638
ENDIV__TAM_EM -1,20681E+011 9,01496E+010 -1,339 0,18116
sq_TAM_EMP 1,35417E+014 1,21249E+013 11,168 <0,00001 ***
R-quadrado não-ajustado = 0,342178
Estatística de teste: TR^2 = 225,837266, com p-valor = P(Qui-quadrado(35) > 225,837266) = 0,000000
Teste de Wald independente da distribuição para heterocedasticidade baseado nos resíduos FGLS e
Heterocedasticidade em Grupos:
a variável só tem pesos zero, abortando a regressão.
Modelo 42: Estimativas MQO ("Primeiras Diferenças") usando 600 observações
Incluídas 60 unidades de secção-cruzada - Comprimento da série temporal = 10
Variável dependente: d_ROS_mod no Painel Balanceado
Erros padrão robustos (HAC)
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
const -1,41973 0,992608 -1,4303 0,15316
d_CERT_ISO -1,24672 1,6838 -0,7404 0,45934
d_RISCO -0,019553 0,146427 -0,1335 0,89382
d_LUCRAT 0,280236 0,240686 1,1643 0,24476
d_RLtoAT_TANG 22,6882 10,2913 2,2046 0,02787 **
d_ENDIV -0,000308678 6,64788e-05 -4,6433 <0,00001 ***
d_TAM_EMP 41,0404 17,2295 2,3820 0,01753 **
d_ENDIV_1 0,000408026 9,73734e-05 4,1903 0,00003 ***
Média da variável dependente = 0,478107
Desvio padrão da variável dependente = 35,3567
Soma dos resíduos quadrados = 495989
Erro padrão dos resíduos = 28,9451
R
2
não-ajustado = 0,33763
R
2
ajustado = 0,329798
Estatística-F (7, 592) = 43,1086 (p-valor < 0,00001)
Verossimilhança-Logarítmica = -2866,58
Critério de informação de Akaike = 5749,15
Critério Bayesiano de Schwarz = 5784,33
Critério de Hannan-Quinn = 5762,85
Modelo 43: Estimativas Efeitos Fixos usando 660 observações
Incluídas 60 unidades de secção-cruzada - Comprimento da série temporal = 11
Variável dependente: TOT_VEND no Painel Balanceado
Erros padrão robustos (HAC)
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
CERT_ISO 1,84075e+06 1,14711e+06 1,6047 0,10909
RISCO -8954,28 9681,08 -0,9249 0,35538
LUCRAT -1072,81 3886,74 -0,2760 0,78263
RLtoAT_TANG 813262 738586 1,1011 0,27130
ENDIV 8,1588 10,8304 0,7533 0,45155
ENDIV_1 27,1164 25,3339 1,0704 0,28489
TAM_EMP 3,60911e+06 1,7628e+06 2,0474 0,04106 **
249
Média da variável dependente = 4,01672e+006
Desvio padrão da variável dependente = 1,30623e+007
Soma dos resíduos quadrados = 2,13241e+016
Erro padrão dos resíduos = 5,99664e+006
R
2
não-ajustado = 0,810354
R
2
ajustado = 0,789247
Estatística-F (66, 593) = 38,3921 (p-valor < 0,00001)
Estatística de Durbin-Watson = 0,162305
Verossimilhança-Logarítmica = -11201,6
Critério de informação de Akaike = 22537,2
Critério Bayesiano de Schwarz = 22838,2
Critério de Hannan-Quinn = 22653,9
Teste para diferenciar grupos de interceptações no eixo x=0 -
Hipótese nula: Os grupos têm a mesma interceptação no eixo x=0
Estatística de teste: F(59, 593) = 26,4843 com p-valor = P(F(59, 593) > 26,4843) = 4,77645e-130
Modelo 44: Estimativas Efeitos Fixos com dummies de tempo usando 660 observações
Incluídas 60 unidades de secção-cruzada - Comprimento da série temporal = 11
Variável dependente: TOT_VEND no Painel Balanceado
Erros padrão robustos (HAC)
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
CERT_ISO 416521 442638 0,9410 0,34710
RISCO -5604,74 5834,13 -0,9607 0,33711
LUCRAT -1192,26 2959,79 -0,4028 0,68723
RLtoAT_TANG -106920 1,21796e+06 -0,0878 0,93008
ENDIV -26,5998 16,8234 -1,5811 0,11439
ENDIV_1 -11,4815 14,4087 -0,7968 0,42587
TAM_EMP 3,67413e+06 1,73256e+06 2,1206 0,03437 **
dt_2 -3,44509e+06 2,31558e+06 -1,4878 0,13735
dt_3 -3,56679e+06 2,30429e+06 -1,5479 0,12219
dt_4 -3,56918e+06 2,30125e+06 -1,5510 0,12145
dt_5 -3,11099e+06 1,9418e+06 -1,6021 0,10967
dt_6 -2,23213e+06 1,36921e+06 -1,6302 0,10359
dt_7 -2,03008e+06 1,27184e+06 -1,5962 0,11099
dt_8 -1,78369e+06 1,0746e+06 -1,6599 0,09748 *
dt_9 -1,07486e+06 626585 -1,7154 0,08680 *
dt_10 -686726 482385 -1,4236 0,15510
dt_11 -267733 227506 -1,1768 0,23975
Média da variável dependente = 4,01672e+006
Desvio padrão da variável dependente = 1,30623e+007
Soma dos resíduos quadrados = 2,08586e+016
Erro padrão dos resíduos = 5,98147e+006
R
2
não-ajustado = 0,814494
R
2
ajustado = 0,790312
Estatística-F (76, 583) = 33,6811 (p-valor < 0,00001)
Estatística de Durbin-Watson = 0,15626
Verossimilhança-Logarítmica = -11194,3
Critério de informação de Akaike = 22542,6
Critério Bayesiano de Schwarz = 22888,5
Critério de Hannan-Quinn = 22676,7
Teste para diferenciar grupos de interceptações no eixo x=0 -
Hipótese nula: Os grupos têm a mesma interceptação no eixo x=0
Estatística de teste: F(59, 583) = 26,5654 com p-valor = P(F(59, 583) > 26,5654) = 3,18034e-129
Teste de Wald para a significância conjunta das variáveis tempo auxiliares
Estatística de teste assintótica: Qui-quadrado(10) = 5,38183 com p-valor = 0,864257
250
Modelo 45: Estimativas Efeitos Aleatórios (GLS) usando 660 observações
Incluídas 60 unidades de secção-cruzada - Comprimento da série temporal = 11
Variável dependente: TOT_VEND no Painel Balanceado
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
const -5,24552e+07 7,0542e+06 -7,4360 <0,00001 ***
CERT_ISO 1,69228e+06 502577 3,3672 0,00080 ***
RISCO -3866,64 10972,3 -0,3524 0,72465
LUCRAT -1348,91 5543,11 -0,2433 0,80781
RLtoAT_TANG 983329 602733 1,6314 0,10328
ENDIV 7,6293 124,344 0,0614 0,95109
ENDIV_1 29,5387 124,353 0,2375 0,81231
TAM_EMP 3,83922e+06 491290 7,8146 <0,00001 ***
Média da variável dependente = 4,01672e+006
Desvio padrão da variável dependente = 1,30623e+007
Soma dos resíduos quadrados = 7,94973e+016
Erro padrão dos resíduos = 1,10337e+007
'Por dentro' da variância = 3,59597e+013
'Por entre' a variância = 9,46824e+013
teta utilizado para quase-desmediação = 0,814187
Critério de informação de Akaike = 23287,7
Critério Bayesiano de Schwarz = 23323,6
Critério de Hannan-Quinn = 23301,6
Teste Breusch-Pagan - Hipótese nula: Variância do erro de unidade-específica = 0
Estatística de teste assintótica: Qui-quadrado(1) = 1570,51 com p-valor = 0
Teste Hausman - Hipótese nula: As estimativas GLS são consistentes
Estatística de teste assintótica: Qui-quadrado(7) = 2,89934 com p-valor = 0,894155
Modelo 46: Estimativas Efeitos Aleatórios (GLS) com dummies de tempo usando 660 observações
Incluídas 60 unidades de secção-cruzada - Comprimento da série temporal = 11
Variável dependente: TOT_VEND no Painel Balanceado
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
const -4,89471e+07 7,15891e+06 -6,8372 <0,00001 ***
CERT_ISO 320414 640977 0,4999 0,61733
RISCO -1014,95 11139,1 -0,0911 0,92743
LUCRAT -1401,84 5580,78 -0,2512 0,80175
RLtoAT_TANG 199379 646526 0,3084 0,75789
ENDIV -26,6513 125,34 -0,2126 0,83168
ENDIV_1 -9,40049 125,244 -0,0751 0,94019
TAM_EMP 3,86772e+06 491655 7,8667 <0,00001 ***
dt_2 -3,39759e+06 1,29466e+06 -2,6243 0,00889 ***
dt_3 -3,5289e+06 1,2809e+06 -2,7550 0,00604 ***
dt_4 -3,54466e+06 1,26483e+06 -2,8025 0,00522 ***
dt_5 -3,11885e+06 1,23853e+06 -2,5182 0,01204 **
dt_6 -2,25607e+06 1,21457e+06 -1,8575 0,06370 *
dt_7 -2,07832e+06 1,18568e+06 -1,7529 0,08010 *
dt_8 -1,84837e+06 1,15179e+06 -1,6048 0,10903
dt_9 -1,12306e+06 1,11712e+06 -1,0053 0,31512
dt_10 -749672 1,10849e+06 -0,6763 0,49909
dt_11 -332239 1,10709e+06 -0,3001 0,76420
251
Média da variável dependente = 4,01672e+006
Desvio padrão da variável dependente = 1,30623e+007
Soma dos resíduos quadrados = 7,88264e+016
Erro padrão dos resíduos = 1,10721e+007
'Por dentro' da variância = 3,5778e+013
'Por entre' a variância = 9,46824e+013
teta utilizado para quasi-desmédiação = 0,814657
Critério de informação de Akaike = 23302,1
Critério Bayesiano de Schwarz = 23383
Critério de Hannan-Quinn = 23333,4
Teste Breusch-Pagan - Hipótese nula: Variância do erro de unidade-específica = 0
Estatística de teste assintótica: Qui-quadrado(1) = 1594,31 com p-valor = 0
Teste Hausman - Hipótese nula: As estimativas GLS são consistentes
Estatística de teste assintótica: Qui-quadrado(17) = 2,72459 com p-valor = 0,999965
Modelo 47: Estimativas Máxima Verossimilhança no Painel Balanceado
Variável dependente: TOT_VEND no Painel Balanceado
A variável só tem zeros, abortando a regressão
Modelo 48: Estimativas entre grupos usando 60 observações
Variável dependente: TOT_VEND no Painel Balanceado
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
const -6,76152e+07 1,33259e+07 -5,0740 <0,00001 ***
CERT_ISO 559518 2,24749e+06 0,2490 0,80438
RISCO 47743,4 49134,5 0,9717 0,33570
LUCRAT 54798,8 106703 0,5136 0,60973
RLtoAT_TANG 1,77438e+06 1,53823e+06 1,1535 0,25397
ENDIV -121109 109183 -1,1092 0,27244
ENDIV_1 122080 110296 1,1068 0,27346
TAM_EMP 4,89431e+06 917265 5,3358 <0,00001 ***
Média da variável dependente = 4,01672e+006
Desvio padrão da variável dependente = 1,16914e+007
Soma dos resíduos quadrados = 4,92349e+015
Erro padrão dos resíduos = 9,73049e+006
R
2
não-ajustado = 0,389497
R
2
ajustado = 0,307314
Estatística-F (7, 52) = 4,73939 (p-valor = 0,000358)
Critério de informação de Akaike = 2108,58
Critério Bayesiano de Schwarz = 2125,33
Critério de Hannan-Quinn = 2115,13
Modelo 49: Estimativas MQO ("Pooled OLS") usando 2277 observações
Incluídas 207 unidades de secção-cruzada -Comprimento da série temporal = 11
Variável dependente: CSVtoVEND no Painel Não Balanceado
Erros padrão robustos (HAC)
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
const 4,67909 0,951399 4,9181 <0,00001 ***
CERT_ISO -0,0875412 1,09505 -0,0799 0,93629
RISCO 0,00894791 0,0140236 0,6381 0,52350
LUCRAT -0,0543723 0,00988741 -5,4991 <0,00001 ***
252
RLtoAT_TANG 4,95067 1,21824 4,0638 0,00005 ***
ENDIV -0,000211327 0,000211316 -1,0001 0,31739
ENDIV_1 -0,000293444 0,000218211 -1,3448 0,17883
TAM_EMP 4,33917 0,173561 25,0009 <0,00001 ***
Média da variável dependente = 57,2728
Desvio padrão da variável dependente = 31,0294
Soma dos resíduos quadrados = 699483
Erro padrão dos resíduos = 17,5579
R
2
não-ajustado = 0,680804
R
2
ajustado = 0,679819
Estatística-F (7, 2269) = 691,355 (p-valor < 0,00001)
Verossimilhança-Logarítmica = -9751,66
Critério de informação de Akaike = 19519,3
Critério Bayesiano de Schwarz = 19565,2
Critério de Hannan-Quinn = 19536
Diagnósticos:
Estimador de efeitos fixos: erros padrão dos declives em parênteses, p-valores em
colchetes
CERT_ISO: -0,84803 (0,47379) [0,07362]
RISCO: 0,0046642 (0,010217) [0,64806]
LUCRATIVIDADE: -0,039834 (0,0031159) [0,00000]
RLtoAT_TANG: 0,89583 (0,41884) [0,03256]
ENDIV: -0,00018444 (0,00012181) [0,13012]
ENDIV_1: -0,00024115 (0,00012287) [0,04982]
TAM_EMP: 4,5858 (0,054369) [0,00000]
207 médias de grupo foram subtraídas aos dados
Variância dos resíduos: 235631/(2277 - 214) = 114,218
Significância conjunta da diferenciação das médias de grupo:
F(206, 2063) = 19,7142 com p-valor 0
Estatística de teste Breusch-Pagan:
LM = 4198,38 com p-valor = prob(qui-quadrado(1) > 4198,38) = 0
Variance estimators:
between = 200,819
within = 114,218
theta used for quasi-demeaning = 0,772612
Estimador de efeitos aleatórios: erros padrão em parênteses, p-valores em colchetes
const: 4,9635 (1,161) [0,00002]
CERT_ISO: -0,87298 (0,45475) [0,05502]
RISCO: 0,0074194 (0,009407) [0,43036]
LUCRATIVIDADE: -0,041111 (0,0030886) [0,00000]
RLtoAT_TANG: 1,5663 (0,3935) [0,00007]
ENDIV: -0,00018301 (0,00012188) [0,13336]
ENDIV_1: -0,00024332 (0,00012296) [0,04796]
TAM_EMP: 4,5515 (0,053602) [0,00000]
Estatística de teste de Hausman:
H = 33,1296 com p-valor = prob(qui-quadrado(7) > 33,1296) = 2,50446e-005
Teste de White para a heterocedasticidade
Estimativas OLS usando 2277 observações
Variável dependente: uhat^2
VARIÁVEL COEFICIENTE ERRO PADRÃO ESTAT. T P-VALOR
const 47,0605 51,8969 0,907 0,36461
CERT_ISO -339,754 105,547 -3,219 0,00130 ***
RISCO 1,33618 2,57793 0,518 0,60429
LUCRATIVIDADE -4,64075 3,15553 -1,471 0,14152
RLtoAT_TANG 375,893 136,509 2,754 0,00594 ***
ENDIV -0,173281 0,177564 -0,976 0,32923
ENDIV_1 -0,0532982 0,114523 -0,465 0,64170
TAM_EMP 0,351630 16,4115 0,021 0,98291
253
sq_CERT_ISO 186,501 46,2614 4,031 0,00006 ***
CERT_I_RISCO 0,0407385 3,31339 0,012 0,99019
CERT_I_LUCRAT -0,100758 0,541789 -0,186 0,85248
CERT_I_RLtoAT 150,971 22,4710 6,718 <0,00001 ***
CERT_I_ENDIV -0,0308635 0,0230701 -1,338 0,18109
CERT_I_ENDIV_ -0,0298412 0,0279510 -1,068 0,28581
CERT_I_TAM_EM -16,3642 4,97693 -3,288 0,00102 ***
sq_RISCO -0,00178585 0,00350623 -0,509 0,61057
RISCO_LUCRAT 0,00174797 0,00159363 1,097 0,27283
RISCO_RLtoAT -0,292115 0,461068 -0,634 0,52643
RISCO_ENDIV 0,00181811 0,00250041 0,727 0,46723
RISCO_ENDIV_ -0,000158894 0,00289645 -0,055 0,95626
RISCO_TAM_EM -0,0964138 0,152948 -0,630 0,52852
sq_LUCRATIVID 0,000746845 0,000358881 2,081 0,03754 **
LUCRAT_RLtoAT -1,35611 0,283400 -4,785 <0,00001 ***
LUCRAT_ENDIV -0,00155987 0,000308131 -5,062 <0,00001 ***
LUCRAT_ENDIV_ -0,00371224 0,000863503 -4,299 0,00002 ***
LUCRAT_TAM_EM 0,257681 0,263379 0,978 0,32800
sq_RLtoAT_TAN 58,7121 9,69186 6,058 <0,00001 ***
RLtoAT_ENDIV 0,0558854 0,0200862 2,782 0,00544 ***
RLtoAT_ENDIV_ 0,0758080 0,0208961 3,628 0,00029 ***
RLtoAT_TAM_EM -54,9787 9,31882 -5,900 <0,00001 ***
sq_ENDIV 3,48453E-07 4,45164E-07 0,783 0,43386
ENDIV_ENDIV_ 5,43447E-06 8,62532E-06 0,630 0,52872
ENDIV_TAM_EM 0,00668594 0,0124462 0,537 0,59119
sq_ENDIV_1 9,63981E-07 3,62163E-07 2,662 0,00783 ***
ENDIV__TAM_EM -0,000347424 0,00789908 -0,044 0,96492
sq_TAM_EMP 2,87068 1,07572 2,669 0,00767 ***
R-quadrado não-ajustado = 0,16378
Estatística de teste: TR^2 = 372,927717,com p-valor = P(Qui-quadrado(35) >
372,927717) = 0,000000
Teste de Wald independente da distribuição para heterocedasticidade baseado nos resíduos FGLS e
Heterocedasticidade em Grupos: não se atingiu critério de convergência.
Modelo 50: Estimativas MQO ("Primeiras Diferenças") usando 2070 observações
Incluídas 207 unidades de secção-cruzada - Comprimento da série temporal = 10
Variável dependente: d_CSVtoVEND no Painel Não Balanceado
Erros padrão robustos (HAC)
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
const -0,231076 0,14361 -1,6091 0,10776
d_CERT_ISO -0,119033 0,497286 -0,2394 0,81085
d_RISCO -0,0100747 0,0153494 -0,6564 0,51167
d_LUCRAT -0,0401139 0,00838042 -4,7866 <0,00001 ***
d_RLtoAT_TANG 1,67148 1,28029 1,3055 0,19185
d_ENDIV -0,000172717 0,000136958 -1,2611 0,20742
d_ENDIV_1 -8,66301e-05 7,72212e-05 -1,1218 0,26206
d_TAM_EMP 4,62516 0,172529 26,8079 <0,00001 ***
Média da variável dependente = 1,90736
Desvio padrão da variável dependente = 20,6242
Soma dos resíduos quadrados = 254858
Erro padrão dos resíduos = 11,1174
R
2
não-ajustado = 0,71041
R
2
ajustado = 0,709427
Estatística-F (7, 2062) = 722,631 (p-valor < 0,00001)
Verossimilhança-Logarítmica = -7918,82
Critério de informação de Akaike = 15853,6
Critério Bayesiano de Schwarz = 15898,7
Critério de Hannan-Quinn = 15870,2
254
Modelo 51: Estimativas Efeitos Fixos usando 2277 observações
Incluídas 207 unidades de secção-cruzada - Comprimento da série temporal = 11
Variável dependente: CSVtoVEND no Painel Não Balanceado
Erros padrão robustos (HAC)
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
CERT_ISO -0,848029 0,631201 -1,3435 0,17925
RISCO 0,00466421 0,0101399 0,4600 0,64557
LUCRAT -0,0398338 0,00923954 -4,3112 0,00002 ***
RLtoAT_TANG 0,895831 1,01165 0,8855 0,37598
ENDIV -0,000184444 0,000173667 -1,0621 0,28834
ENDIV_1 -0,00024115 0,000167392 -1,4406 0,14984
TAM_EMP 4,5858 0,147023 31,1909 <0,00001 ***
Média da variável dependente = 57,2728
Desvio padrão da variável dependente = 31,0294
Soma dos resíduos quadrados = 235631
Erro padrão dos resíduos = 10,6873
R
2
não-ajustado = 0,892474
R
2
ajustado = 0,881372
Estatística-F (213, 2063) = 80,39 (p-valor < 0,00001)
Estatística de Durbin-Watson = 1,08638
Verossimilhança-Logarítmica = -8512,89
Critério de informação de Akaike = 17453,8
Critério Bayesiano de Schwarz = 18680,1
Critério de Hannan-Quinn = 17901,1
Teste para diferenciar grupos de interceptações no eixo x=0 -
Hipótese nula: Os grupos têm a mesma interceptação no eixo x=0
Estatística de teste: F(206, 2063) = 19,7142 com p-valor = P(F(206, 2063) > 19,7142) = 0
Modelo 52: Estimativas Efeitos Fixos com
dummies
de tempo usando 2277 observações
Incluídas 207 unidades de secção-cruzada - Comprimento da série temporal = 11
Variável dependente: CSVtoVEND no Painel Não Balanceado
Erros padrão robustos (HAC)
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
CERT_ISO -0,130434 0,858039 -0,1520 0,87919
RISCO 0,00314937 0,0104095 0,3025 0,76227
LUCRAT -0,0411252 0,0090167 -4,5610 <0,00001 ***
RLtoAT_TANG 1,20231 1,1004 1,0926 0,27469
ENDIV -0,000175922 0,000175256 -1,0038 0,31559
ENDIV_1 -0,000226859 0,000166177 -1,3652 0,17235
TAM_EMP 4,65589 0,143631 32,4156 <0,00001 ***
dt_2 1,98923 1,51474 1,3133 0,18924
dt_3 2,50127 1,48597 1,6833 0,09248 *
dt_4 2,83199 1,46052 1,9390 0,05263 *
dt_5 0,448902 1,48371 0,3026 0,76226
dt_6 0,595255 1,55353 0,3832 0,70164
dt_7 -1,26766 1,50166 -0,8442 0,39867
dt_8 -0,711733 1,33346 -0,5337 0,59357
dt_9 0,00943343 1,09719 0,0086 0,99314
dt_10 -0,982749 1,00196 -0,9808 0,32679
dt_11 0,88269 0,954082 0,9252 0,35499
Média da variável dependente = 57,2728
255
Desvio padrão da variável dependente = 31,0294
Soma dos resíduos quadrados = 232545
Erro padrão dos resíduos = 10,6429
R
2
não-ajustado = 0,893883
R
2
ajustado = 0,882356
Estatística-F (223, 2053) = 77,5494 (p-valor < 0,00001)
Estatística de Durbin-Watson = 1,08566
Verossimilhança-Logarítmica = -8497,88
Critério de informação de Akaike = 17443,8
Critério Bayesiano de Schwarz = 18727,4
Critério de Hannan-Quinn = 17912
Teste para diferenciar grupos de interceptações no eixo x=0 -
Hipótese nula: Os grupos têm a mesma interceptação no eixo x=0
Estatística de teste: F(206, 2053) = 19,729 com p-valor = P(F(206, 2053) > 19,729) = 0
Teste de Wald para a significância conjunta das variáveis tempo auxiliares
Estatística de teste assintótica: Qui-quadrado(10) = 31,0674 com p-valor = 0,00057188
Modelo 53: Estimativas Efeitos Aleatórios (GLS) usando 2277 observações
Incluídas 207 unidades de secção-cruzada - Comprimento da série temporal = 11
Variável dependente: CSVtoVEND no Painel Não Balanceado
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
const 4,96352 1,16095 4,2754 0,00002 ***
CERT_ISO -0,872981 0,454751 -1,9197 0,05502 *
RISCO 0,00741943 0,00940698 0,7887 0,43036
LUCRAT -0,0411109 0,00308857 -13,3107 <0,00001 ***
RLtoAT_TANG 1,56627 0,393496 3,9804 0,00007 ***
ENDIV -0,000183008 0,000121882 -1,5015 0,13336
ENDIV_1 -0,00024332 0,000122962 -1,9788 0,04796 **
TAM_EMP 4,55154 0,053602 84,9135 <0,00001 ***
Média da variável dependente = 57,2728
Desvio padrão da variável dependente = 31,0294
Soma dos resíduos quadrados = 731328
Erro padrão dos resíduos = 17,9491
'Por dentro' da variância = 114,218
'Por entre' a variância = 200,819
teta utilizado para quasi-desmédiação = 0,772612
Critério de informação de Akaike = 19620,7
Critério Bayesiano de Schwarz = 19666,5
Critério de Hannan-Quinn = 19637,4
Teste Breusch-Pagan - Hipótese nula: Variância do erro de unidade-específica = 0
Estatística de teste assintótica: Qui-quadrado(1) = 4198,38 com p-valor = 0
Teste Hausman - Hipótese nula: As estimativas GLS são consistentes
Estatística de teste assintótica: Qui-quadrado(7) = 33,1296 com p-valor = 2,50446e-005
Modelo 54: Estimativas Efeitos Aleatórios (GLS) com
dummies
de tempo usando 2277 observações
Incluídas 207 unidades de secção-cruzada - Comprimento da série temporal = 11
Variável dependente: CSVtoVEND no Painel Não Balanceado
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
Const 2,73479 1,49809 1,8255 0,06805 *
CERT_ISO -0,100979 0,538399 -0,1876 0,85124
RISCO 0,00577313 0,00951893 0,6065 0,54425
LUCRAT -0,0425399 0,00310646 -13,6940 <0,00001 ***
256
RLtoAT_TANG 1,88535 0,403886 4,6680 <0,00001 ***
ENDIV -0,000174528 0,000121393 -1,4377 0,15066
ENDIV_1 -0,000228417 0,00012251 -1,8645 0,06238 *
TAM_EMP 4,62403 0,0564753 81,8771 <0,00001 ***
dt_2 2,25329 1,18594 1,9000 0,05756 *
dt_3 2,74603 1,1617 2,3638 0,01817 **
dt_4 3,09684 1,14842 2,6966 0,00706 ***
dt_5 0,671935 1,13438 0,5923 0,55368
dt_6 0,801218 1,12305 0,7134 0,47565
dt_7 -1,11039 1,10564 -1,0043 0,31534
dt_8 -0,600201 1,08501 -0,5532 0,58020
dt_9 0,0597871 1,06922 0,0559 0,95541
dt_10 -1,03234 1,06361 -0,9706 0,33185
dt_11 0,851904 1,05627 0,8065 0,42003
Média da variável dependente = 57,2728
Desvio padrão da variável dependente = 31,0294
Soma dos resíduos quadrados = 722560
Erro padrão dos resíduos = 17,8806
'Por dentro' da variância = 113,271
'Por entre' a variância = 200,819
teta utilizado para quasi-desmédiação = 0,773556
Critério de informação de Akaike = 19613,2
Critério Bayesiano de Schwarz = 19716,4
Critério de Hannan-Quinn = 19650,9
Teste Breusch-Pagan - Hipótese nula: Variância do erro de unidade-específica = 0
Estatística de teste assintótica: Qui-quadrado(1) = 4251,35 com p-valor = 0
Teste Hausman - Hipótese nula: As estimativas GLS são consistentes
Estatística de teste assintótica: Qui-quadrado(17) = 28,9901 com p-valor = 0,0346177
Modelo 55: Estimativas Máxima Verossimilhança
Variável dependente: CSVtoVEND no Painel Não Balanceado
Não se atingiu critério de convergência.
Modelo 56: Estimativas entre grupos usando 207 observações
Variável dependente: CSVtoVEND no Painel Não Balanceado
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
const 4,63403 3,60432 1,2857 0,20005
CERT_ISO 1,3367 1,63968 0,8152 0,41592
RISCO -0,0084365 0,026414 -0,3194 0,74976
LUCRAT -0,0832584 0,0202245 -4,1167 0,00006 ***
RLtoAT_TANG 6,74408 1,14022 5,9147 <0,00001 ***
ENDIV -0,000531981 0,0113033 -0,0471 0,96251
ENDIV_1 -0,000291284 0,0116558 -0,0250 0,98009
TAM_EMP 4,16517 0,31734 13,1253 <0,00001 ***
Média da variável dependente = 57,2728
Desvio padrão da variável dependente = 21,0447
Soma dos resíduos quadrados = 39962,9
Erro padrão dos resíduos = 14,1711
R
2
não-ajustado = 0,561969
R
2
ajustado = 0,54656
Estatística-F (7, 199) = 36,4722 (p-valor < 0,00001)
Critério de informação de Akaike = 1692,88
257
Critério Bayesiano de Schwarz = 1719,54
Critério de Hannan-Quinn = 1703,66
Modelo 57: Estimativas MQO ("Pooled OLS") usando 660 observações
Incluídas 60 unidades de secção-cruzada - Comprimento da série temporal = 11
Variável dependente: CSVtoVEND no Painel Balanceado
Erros padrão robustos (HAC)
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
const 127,704 17,5373 7,2818 <0,00001 ***
CERT_ISO 2,33763 2,12052 1,1024 0,27070
RISCO -0,0153422 0,0144225 -1,0638 0,28783
LUCRAT -0,0297606 0,0230558 -1,2908 0,19723
RLtoAT_TANG 1,57843 1,69067 0,9336 0,35085
ENDIV -7,49281e-05 9,97599e-05 -0,7511 0,45287
ENDIV_1 -0,000185177 7,39288e-05 -2,5048 0,01249 **
TAM_EMP -4,31571 1,39778 -3,0876 0,00210 ***
Média da variável dependente = 70,0877
Desvio padrão da variável dependente = 15,2065
Soma dos resíduos quadrados = 109314
Erro padrão dos resíduos = 12,9483
R
2
não-ajustado = 0,282647
R
2
ajustado = 0,274945
Estatística-F (7, 652) = 36,6996 (p-valor < 0,00001)
Verossimilhança-Logarítmica = -2622,71
Critério de informação de Akaike = 5261,43
Critério Bayesiano de Schwarz = 5297,36
Critério de Hannan-Quinn = 5275,36
Diagnósticos:
Estimador de efeitos fixos: erros padrão dos declives em parênteses, p-valores em
colchetes
CERT_ISO: -1,0883 (0,52007) [0,03680]
RISCO: 0,029753 (0,011693) [0,01119]
LUCRAT: -0,019372 (0,0054928) [0,00045]
RLtoAT_TANG: -3,0227 (0,658) [0,00001]
ENDIV: -6,1893e-005 (0,00012319) [0,61556]
ENDIV_1: -9,7031e-005 (0,00012328) [0,43155]
TAM_EMP: 1,5452 (0,6122) [0,01186]
60 médias de grupo foram subtraídas aos dados
Variância dos resíduos: 20716,8/(660 - 67) = 34,9356
Significância conjunta da diferenciação das médias de grupo:
F(59, 593) = 42,9831 com p-valor 1,16845e-176
Estatística de teste Breusch-Pagan:
LM = 1582,34 com p-valor = prob(qui-quadrado(1) > 1582,34) = 0
Variance estimators:
between = 123,94
within = 34,9356
theta used for quasi-demeaning = 0,839922
Estimador de efeitos aleatórios: erros padrão em parênteses, p-valores em colchetes
const: 79,28 (7,6334) [0,00000]
CERT_ISO: -1,0175 (0,5225) [0,05191]
RISCO: 0,03157 (0,011483) [0,00614]
LUCRAT: -0,018156 (0,0057033) [0,00152]
RLtoAT_TANG: -2,1198 (0,63439) [0,00088]
ENDIV: -7,1839e-005 (0,00012794) [0,57465]
ENDIV_1: -0,00012546 (0,00012796) [0,32722]
TAM_EMP: -0,48481 (0,53039) [0,36102]
Estatística de teste de Hausman:
258
H = 79,1972 com p-valor = prob(qui-quadrado(7) > 79,1972) = 2,0079e-014
Teste de White para a heterocedasticidade
Estimativas OLS usando 660 observações
Variável dependente: uhat^2
VARIÁVEL COEFICIENTE ERRO PADRÃO ESTAT. T P-VALOR
const 1618,55 617,057 2,623 0,00893 ***
CERT_ISO 561,928 123,415 4,553 <0,00001 ***
RISCO 15,5529 5,19530 2,994 0,00287 ***
LUCRAT -4,49431 3,62052 -1,241 0,21495
RLtoAT_TANG 609,839 104,738 5,823 <0,00001 ***
ENDIV 0,689847 0,315450 2,187 0,02912 **
ENDIV_1 0,111591 0,292904 0,381 0,70335
TAM_EMP -322,457 84,3482 -3,823 0,00015 ***
sq_CERT_ISO 84,8158 18,2075 4,658 <0,00001 ***
CERT_I_RISCO -3,52659 1,32791 -2,656 0,00812 ***
CERT_I_LUCRAT 0,813212 0,629450 1,292 0,19686
CERT_I_RLtoAT 51,6533 11,3590 4,547 <0,00001 ***
CERT_I_ENDIV 0,117976 0,0535695 2,202 0,02801 **
CERT_I_ENDIV_ -0,0425461 0,0266998 -1,593 0,11155
CERT_I_TAM_EM -60,7941 8,35804 -7,274 <0,00001 ***
sq_RISCO -0,00842622 0,00379714 -2,219 0,02684 **
RISCO_LUCRAT 0,0195245 0,00517369 3,774 0,00018 ***
RISCO_RLtoAT 0,149432 0,459994 0,325 0,74540
RISCO_ENDIV 0,00164830 0,00195661 0,842 0,39987
RISCO_ENDIV_ -0,00201417 0,00178927 -1,126 0,26073
RISCO_TAM_EM -1,10007 0,360675 -3,050 0,00239 ***
sq_LUCRAT 0,00423462 0,00152380 2,779 0,00562 ***
LUCRAT_RLtoAT 0,450192 0,493527 0,912 0,36202
LUCRAT_ENDIV -0,00202475 0,00147258 -1,375 0,16964
LUCRAT_ENDIV_ -0,00181463 0,00235323 -0,771 0,44093
LUCRAT_TAM_EM 0,127030 0,255637 0,497 0,61942
sq_RLtoAT_TAN 0,0206695 7,34133 0,003 0,99775
RLtoAT_ENDIV -0,136157 0,0866019 -1,572 0,11641
RLtoAT_ENDIV_ 0,0901250 0,0839383 1,074 0,28337
RLtoAT_TAM_EM -45,0458 7,03880 -6,400 <0,00001 ***
sq_ENDIV 1,35896E-06 1,20715E-06 1,126 0,26070
ENDIV_ENDIV_ 2,59350E-05 1,47143E-05 1,763 0,07846 *
ENDIV_TAM_EM -0,0588015 0,0244014 -2,410 0,01625 **
sq_ENDIV_1 2,62794E-07 8,50271E-07 0,309 0,75737
ENDIV__TAM_EM -0,0118343 0,0214754 -0,551 0,58179
sq_TAM_EMP 16,0804 2,88839 5,567 <0,00001 ***
R-quadrado não-ajustado = 0,56321
Estatística de teste: TR^2 = 371,718551,com p-valor = P(Qui-quadrado(35) >
371,718551) = 0,000000
Teste de Wald independente da distribuição para heterocedasticidade baseado nos resíduos FGLS e
Heterocedasticidade em Grupos:
não se atingiu critério de convergência.
Modelo 58: Estimativas MQO ("Primeiras Diferenças") usando 600 observações
Incluídas 60 unidades de secção-cruzada - Comprimento da série temporal = 10
Variável dependente: CSVtoVEND no Painel Balanceado
Erros padrão robustos (HAC)
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
const 69,9884 1,87513 37,3246 <0,00001 ***
d_CERT_ISO 0,163102 1,483 0,1100 0,91246
d_RISCO 0,040379 0,00802714 5,0303 <0,00001 ***
d_LUCRAT -0,00421967 0,00451108 -0,9354 0,34996
d_RLtoAT_TANG -3,1098 1,73474 -1,7927 0,07354 *
d_ENDIV 8,42918e-05 2,90005e-05 2,9066 0,00379 ***
d_TAM_EMP -9,0492 3,26488 -2,7717 0,00575 ***
d_ENDIV_1 3,4638e-05 1,89879e-05 1,8242 0,06862 *
259
Média da variável dependente = 69,636
Desvio padrão da variável dependente = 15,1744
Soma dos resíduos quadrados = 134755
Erro padrão dos resíduos = 15,0873
R
2
não-ajustado = 0,0229937
R
2
ajustado = 0,0114413
Estatística-F (7, 592) = 1,99038 (p-valor = 0,0543)
Verossimilhança-Logarítmica = -2475,65
Critério de informação de Akaike = 4967,3
Critério Bayesiano de Schwarz = 5002,47
Critério de Hannan-Quinn = 4980,99
Modelo 59: Estimativas Efeitos Fixos usando 660 observações
Incluídas 60 unidades de secção-cruzada - Comprimento da série temporal = 11
Variável dependente: CSVtoVEND no Painel Balanceado
Erros padrão robustos (HAC)
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
CERT_ISO -1,08833 0,895703 -1,2151 0,22483
RISCO 0,0297533 0,00844143 3,5247 0,00046 ***
LUCRAT -0,0193723 0,0128796 -1,5041 0,13308
RLtoAT_TANG -3,02271 1,39788 -2,1624 0,03099 **
ENDIV -6,18933e-05 2,20706e-05 -2,8043 0,00521 ***
ENDIV_1 -9,70306e-05 2,89119e-05 -3,3561 0,00084 ***
TAM_EMP 1,54518 0,908456 1,7009 0,08949 *
Média da variável dependente = 70,0877
Desvio padrão da variável dependente = 15,2065
Soma dos resíduos quadrados = 20716,8
Erro padrão dos resíduos = 5,91064
R
2
não-ajustado = 0,864049
R
2
ajustado = 0,848918
Estatística-F (66, 593) = 57,1042 (p-valor < 0,00001)
Estatística de Durbin-Watson = 0,944727
Verossimilhança-Logarítmica = -2073,83
Critério de informação de Akaike = 4281,66
Critério Bayesiano de Schwarz = 4582,64
Critério de Hannan-Quinn = 4398,32
Teste para diferenciar grupos de intercepções no eixo x=0 -
Hipótese nula: Os grupos têm a mesma intercepção no eixo x=0
Estatística de teste: F(59, 593) = 42,9831 com p-valor = P(F(59, 593) > 42,9831) = 1,16845e-176
Modelo 60: Estimativas Efeitos Fixos usando 660 observações
Incluídas 60 unidades de secção-cruzada - Comprimento da série temporal = 11
Variável dependente: CSVtoVEND no Painel Balanceado
Erros padrão robustos (HAC)
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
CERT_ISO -0,443431 0,913789 -0,4853 0,62767
RISCO 0,0362225 0,00915215 3,9578 0,00008 ***
LUCRAT -0,0186199 0,0138505 -1,3443 0,17936
RLtoAT_TANG -1,42153 1,38082 -1,0295 0,30368
ENDIV 1,54971e-05 2,62388e-05 0,5906 0,55501
ENDIV_1 -8,46613e-05 3,22198e-05 -2,6276 0,00882 ***
TAM_EMP 1,45906 0,877336 1,6631 0,09684 *
dt_2 2,92884 1,647 1,7783 0,07588 *
dt_3 1,63714 1,49759 1,0932 0,27476
260
dt_4 1,38329 1,40418 0,9851 0,32497
dt_5 -2,09286 1,35736 -1,5419 0,12365
dt_6 -1,01513 1,37208 -0,7398 0,45969
dt_7 -3,01589 1,28356 -2,3496 0,01913 **
dt_8 -3,88158 1,36767 -2,8381 0,00470 ***
dt_9 -1,72687 1,21996 -1,4155 0,15745
dt_10 -3,28588 1,146 -2,8673 0,00429 ***
dt_11 -0,658321 0,783055 -0,8407 0,40086
Média da variável dependente = 70,0877
Desvio padrão da variável dependente = 15,2065
Soma dos resíduos quadrados = 18297,5
Erro padrão dos resíduos = 5,60224
R
2
não-ajustado = 0,879925
R
2
ajustado = 0,864273
Estatística-F (76, 583) = 56,2147 (p-valor < 0,00001)
Estatística de Durbin-Watson = 0,959778
Verossimilhança-Logarítmica = -2032,85
Critério de informação de Akaike = 4219,7
Critério Bayesiano de Schwarz = 4565,61
Critério de Hannan-Quinn = 4353,78
Teste para diferenciar grupos de intercepções no eixo x=0 -
Hipótese nula: Os grupos têm a mesma intercepção no eixo x=0
Estatística de teste: F(59, 583) = 44,6201 com p-valor = P(F(59, 583) > 44,6201) = 9,87779e-179
Teste de Wald para a significância conjunta das variáveis tempo auxiliares
Estatística de teste assimptótica: Qui-quadrado(10) = 59,1343 com p-valor = 5,28287e-009
Modelo 61: Estimativas Efeitos Aleatórios (GLS) usando 660 observações
Incluídas 60 unidades de secção-cruzada - Comprimento da série temporal = 11
Variável dependente: CSVtoVEND no Painel Balanceado
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
const 79,2796 7,63336 10,3859 <0,00001 ***
CERT_ISO -1,01754 0,522499 -1,9474 0,05191 *
RISCO 0,0315698 0,011483 2,7493 0,00614 ***
LUCRAT -0,0181564 0,00570327 -3,1835 0,00152 ***
RLtoAT_TANG -2,11981 0,634387 -3,3415 0,00088 ***
ENDIV -7,18393e-05 0,000127941 -0,5615 0,57465
ENDIV_1 -0,000125464 0,000127964 -0,9805 0,32722
TAM_EMP -0,484811 0,530389 -0,9141 0,36102
Média da variável dependente = 70,0877
Desvio padrão da variável dependente = 15,2065
Soma dos resíduos quadrados = 156476
Erro padrão dos resíduos = 15,4798
'Por dentro' da variância = 34,9356
'Por entre' a variância = 123,94
teta utilizado para quasi-desmédiação = 0,839922
Critério de informação de Akaike = 5498,15
Critério Bayesiano de Schwarz = 5534,09
Critério de Hannan-Quinn = 5512,08
Teste Breusch-Pagan - Hipótese nula: Variância do erro de unidade-específica = 0
Estatística de teste assimptótica: Qui-quadrado(1) = 1582,34 com p-valor = 0
Teste Hausman - Hipótese nula: As estimativas GLS são consistentes
Estatística de teste assimptótica: Qui-quadrado(7) = 79,1972 com p-valor = 2,0079e-014
261
Modelo 62: Estimativas Efeitos Aleatórios (GLS) com
dummies
de tempo usando 660 observações
Incluídas 60 unidades de secção-cruzada - Comprimento da série temporal = 11
Variável dependente: CSVtoVEND no Painel Balanceado
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
const 75,5921 7,42313 10,1833 <0,00001 ***
CERT_ISO -0,00381745 0,63194 -0,0060 0,99518
RISCO 0,0371076 0,011077 3,3500 0,00086 ***
LUCRAT -0,0175824 0,00542301 -3,2422 0,00125 ***
RLtoAT_TANG -0,565498 0,648672 -0,8718 0,38366
ENDIV 1,88634e-05 0,000121799 0,1549 0,87697
ENDIV_1 -9,94874e-05 0,00012172 -0,8173 0,41403
TAM_EMP -0,343651 0,508725 -0,6755 0,49959
dt_2 3,58235 1,26341 2,8355 0,00472 ***
dt_3 2,28669 1,24962 1,8299 0,06773 *
dt_4 1,97716 1,23351 1,6029 0,10945
dt_5 -1,60409 1,2071 -1,3289 0,18436
dt_6 -0,673611 1,18298 -0,5694 0,56927
dt_7 -2,71326 1,15424 -2,3507 0,01904 **
dt_8 -3,7505 1,12051 -3,3471 0,00086 ***
dt_9 -1,8391 1,08604 -1,6934 0,09087 *
dt_10 -3,49551 1,07715 -3,2451 0,00123 ***
dt_11 -0,807118 1,0755 -0,7505 0,45325
Média da variável dependente = 70,0877
Desvio padrão da variável dependente = 15,2065
Soma dos resíduos quadrados = 143403
Erro padrão dos resíduos = 14,9339
'Por dentro' da variância = 31,3851
'Por entre' a variância = 123,94
teta utilizado para quasi-desmédiação = 0,848274
Critério de informação de Akaike = 5460,57
Critério Bayesiano de Schwarz = 5541,43
Critério de Hannan-Quinn = 5491,91
Teste Breusch-Pagan - Hipótese nula: Variância do erro de unidade-específica = 0
Estatística de teste assimptótica: Qui-quadrado(1) = 1741,13 com p-valor = 0
Teste Hausman - Hipótese nula: As estimativas GLS são consistentes
Estatística de teste assimptótica: Qui-quadrado(17) = 57,4767 com p-valor = 2,7245e-006
Modelo 63: Estimativas Máxima Verossimilhança
Variável dependente: CSVtoVEND no Painel Balanceado
Não se atingiu critério de convergência.
Modelo 64: Estimativas entre grupos usando 60 observações
Variável dependente: CSVtoVEND no Painel Balanceado
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
const 129,049 15,2464 8,4642 <0,00001 ***
CERT_ISO 5,40035 2,5714 2,1002 0,04058 **
RISCO -0,0936484 0,0562157 -1,6659 0,10175
LUCRAT -0,230224 0,122081 -1,8858 0,06491 *
RLtoAT_TANG 2,4749 1,75992 1,4063 0,16559
ENDIV 0,0855768 0,124919 0,6851 0,49635
ENDIV_1 -0,0865045 0,126192 -0,6855 0,49607
262
TAM_EMP -4,57711 1,04946 -4,3614 0,00006 ***
Média da variável dependente = 70,0877
Desvio padrão da variável dependente = 14,1081
Soma dos resíduos quadrados = 6444,89
Erro padrão dos resíduos = 11,1328
R
2
não-ajustado = 0,451184
R
2
ajustado = 0,377305
Estatística-F (7, 52) = 6,10707 (p-valor = 3,14e-005)
Critério de informação de Akaike = 466,875
Critério Bayesiano de Schwarz = 483,629
Critério de Hannan-Quinn = 473,428
Modelo 65: Estimativas MQO ("Pooled OLS") usando 2277 observações
Incluídas 207 unidades de secção-cruzada - Comprimento da série temporal = 11
Variável dependente: VENDtoTOT_AT no Painel Não Balanceado
Erros padrão robustos (HAC)
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
const 4,63367 3,36404 1,3774 0,16852
CERT_ISO 8,67286 3,47612 2,4950 0,01267 **
RISCO 0,0250415 0,0447475 0,5596 0,57579
LUCRAT -0,0293849 0,0163657 -1,7955 0,07270 *
RLtoAT_TANG 33,998 6,56772 5,1765 <0,00001 ***
ENDIV -0,00101061 0,000429686 -2,3520 0,01876 **
ENDIV_1 -0,000537431 0,000433964 -1,2384 0,21569
TAM_EMP 3,4763 0,221133 15,7204 <0,00001 ***
Média da variável dependente = 70,7659
Desvio padrão da variável dependente = 70,4441
Soma dos resíduos quadrados = 6,60896e+006
Erro padrão dos resíduos = 53,9696
R
2
não-ajustado = 0,414844
R
2
ajustado = 0,413039
Estatística-F (7, 2269) = 229,8 (p-valor < 0,00001)
Verossimilhança-Logarítmica = -12308,6
Critério de informação de Akaike = 24633,1
Critério Bayesiano de Schwarz = 24678,9
Critério de Hannan-Quinn = 24649,8
Diagnósticos:
Estimador de efeitos fixos: erros padrão dos declives em parênteses, p-valores em
colchetes
CERT_ISO: 6,9426 (1,2301) [0,00000]
RISCO: -0,080445 (0,026526) [0,00245]
LUCRATIVIDADE: -0,02792 (0,0080898) [0,00057]
RLtoAT_TANG: 27,893 (1,0874) [0,00000]
ENDIV: -0,0010006 (0,00031625) [0,00158]
ENDIV_1: -0,00051293 (0,00031901) [0,10802]
TAM_EMP: 3,3511 (0,14116) [0,00000]
207 médias de grupo foram subtraídas aos dados
Variância dos resíduos: 1,58836e+006/(2277 - 214) = 769,928
Significância conjunta da diferenciação das médias de grupo:
F(206, 2063) = 31,6547 com p-valor 0
Estatística de teste Breusch-Pagan:
LM = 6018,66 com p-valor = prob(qui-quadrado(1) > 6018,66) = 0
Variance estimators:
between = 2254,79
within = 769,928
263
theta used for quasi-demeaning = 0,823812
Estimador de efeitos aleatórios: erros padrão em parênteses, p-valores em colchetes
const: 11,701 (3,6619) [0,00142]
CERT_ISO: 6,9762 (1,1969) [0,00000]
RISCO: -0,065747 (0,025139) [0,00897]
LUCRATIVIDADE: -0,027885 (0,0080291) [0,00052]
RLtoAT_TANG: 28,539 (1,044) [0,00000]
ENDIV: -0,00099716 (0,00031568) [0,00161]
ENDIV_1: -0,00051164 (0,00031846) [0,10828]
TAM_EMP: 3,3391 (0,13963) [0,00000]
Estatística de teste de Hausman:
H = 10,0778 com p-valor = prob(qui-quadrado(7) > 10,0778) = 0,184209
Teste de White para a heterocedasticidade
Estimativas OLS usando 2277 observações
Variável dependente: uhat^2
VARIÁVEL COEFICIENTE ERRO PADRÃO ESTAT. T P-VALOR
const 1000,44 817,503 1,224 0,22117
CERT_ISO 2098,99 1662,63 1,262 0,20692
RISCO 6,78965 40,6087 0,167 0,86723
LUCRATIVIDADE -94,6392 49,7074 -1,904 0,05705 *
RLtoAT_TANG -20887,4 2150,35 -9,713 <0,00001 ***
ENDIV -0,00443819 2,79707 -0,002 0,99873
ENDIV_1 -0,124905 1,80402 -0,069 0,94481
TAM_EMP -877,872 258,521 -3,396 0,00070 ***
sq_CERT_ISO -1680,87 728,730 -2,307 0,02117 **
CERT_I_RISCO -209,789 52,1941 -4,019 0,00006 ***
CERT_I_LUCRAT -31,2111 8,53451 -3,657 0,00026 ***
CERT_I_RLtoAT 4374,98 353,973 12,360 <0,00001 ***
CERT_I_ENDIV -0,340673 0,363411 -0,937 0,34864
CERT_I_ENDIV_ 0,191262 0,440297 0,434 0,66405
CERT_I_TAM_EM -3,89956 78,3988 -0,050 0,96033
sq_RISCO -0,0136720 0,0552317 -0,248 0,80451
RISCO_LUCRAT 0,0606417 0,0251035 2,416 0,01579 **
RISCO_RLtoAT -6,52651 7,26294 -0,899 0,36896
RISCO_ENDIV 0,0420927 0,0393876 1,069 0,28533
RISCO_ENDIV_ 0,0293475 0,0456261 0,643 0,52015
RISCO_TAM_EM 1,38258 2,40930 0,574 0,56613
sq_LUCRATIVID 0,00783873 0,00565325 1,387 0,16571
LUCRAT_RLtoAT -23,8749 4,46425 -5,348 <0,00001 ***
LUCRAT_ENDIV -0,000327233 0,00485382 -0,067 0,94626
LUCRAT_ENDIV_ 0,0165813 0,0136023 1,219 0,22297
LUCRAT_TAM_EM 6,17723 4,14887 1,489 0,13666
sq_RLtoAT_TAN 2331,33 152,671 15,270 <0,00001 ***
RLtoAT_ENDIV -0,0113343 0,316407 -0,036 0,97143
RLtoAT_ENDIV_ -0,214674 0,329165 -0,652 0,51435
RLtoAT_TAM_EM 1429,65 146,794 9,739 <0,00001 ***
sq_ENDIV -3,93652E-06 7,01242E-06 -0,561 0,57461
ENDIV_ENDIV_ 9,99181E-05 0,000135870 0,735 0,46218
ENDIV_TAM_EM -0,0233902 0,196058 -0,119 0,90505
sq_ENDIV_1 -4,20456E-06 5,70496E-06 -0,737 0,46120
ENDIV__TAM_EM 0,00349804 0,124430 0,028 0,97757
sq_TAM_EMP 55,5400 16,9452 3,278 0,00106 ***
R-quadrado não-ajustado = 0,270236
Estatística de teste: TR^2 = 615,327442, com p-valor = P(Qui-quadrado(35) >
615,327442) = 0,000000
Teste de Wald independente da distribuição para heterocedasticidade baseado nos resíduos FGLS e
Heterocedasticidade em Grupos:
não se atingiu critério de convergência.
264
Modelo 66: Estimativas MQO ("Primeiras Diferenças") usando 2070 observações
Incluídas 207 unidades de secção-cruzada - Comprimento da série temporal = 10
Variável dependente: d_VENDtoTOT_A no Painel Não Balanceado
Erros padrão robustos (HAC)
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
const 0,532963 0,44057 1,2097 0,22653
d_CERT_ISO -0,659974 1,0596 -0,6229 0,53345
d_RISCO -0,137719 0,157518 -0,8743 0,38205
d_LUCRAT -0,0292827 0,0167363 -1,7496 0,08033 *
d_RLtoAT_TANG 25,826 3,239 7,9735 <0,00001 ***
d_ENDIV -0,000863977 0,000333655 -2,5894 0,00968 ***
d_ENDIV_1 -0,000395536 0,00026149 -1,5126 0,13053
d_TAM_EMP 3,67813 0,234072 15,7137 <0,00001 ***
Média da variável dependente = 3,7349
Desvio padrão da variável dependente = 30,8806
Soma dos resíduos quadrados = 1,14929e+006
Erro padrão dos resíduos = 23,6086
R
2
não-ajustado = 0,417495
R
2
ajustado = 0,415517
Estatística-F (7, 2062) = 211,126 (p-valor < 0,00001)
Verossimilhança-Logarítmica = -9477,73
Critério de informação de Akaike = 18971,5
Critério Bayesiano de Schwarz = 19016,5
Critério de Hannan-Quinn = 18988
Modelo 67: Estimativas Efeitos Fixos usando 2277 observações
Incluídas 207 unidades de secção-cruzada - Comprimento da série temporal = 11
Variável dependente: VENDtoTOT_AT no Painel Não Balanceado
Erros padrão robustos (HAC)
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
CERT_ISO 6,94262 2,4054 2,8863 0,00394 ***
RISCO -0,0804446 0,144528 -0,5566 0,57786
LUCRAT -0,0279197 0,0127399 -2,1915 0,02853 **
RLtoAT_TANG 27,8931 3,19033 8,7430 <0,00001 ***
ENDIV -0,00100056 0,000496213 -2,0164 0,04389 **
ENDIV_1 -0,000512926 0,000463215 -1,1073 0,26829
TAM_EMP 3,35107 0,248309 13,4955 <0,00001 ***
Média da variável dependente = 70,7659
Desvio padrão da variável dependente = 70,4441
Soma dos resíduos quadrados = 1,58836e+006
Erro padrão dos resíduos = 27,7476
R
2
não-ajustado = 0,859367
R
2
ajustado = 0,844847
Estatística-F (213, 2063) = 59,1848 (p-valor < 0,00001)
Estatística de Durbin-Watson = 0,736737
Verossimilhança-Logarítmica = -10685,4
Critério de informação de Akaike = 21798,7
Critério Bayesiano de Schwarz = 23025,1
Critério de Hannan-Quinn = 22246,1
Teste para diferenciar grupos de interceptações no eixo x=0 -
Hipótese nula: Os grupos têm a mesma interceptação no eixo x=0
Estatística de teste: F(206, 2063) = 31,6547 com p-valor = P(F(206, 2063) > 31,6547) = 0
265
Modelo 68: Estimativas Efeitos Fixos com
dummies
de tempo usando 2277 observações
Incluídas 207 unidades de secção-cruzada - Comprimento da série temporal = 11
Variável dependente: VENDtoTOT_AT no Painel Não Balanceado
Erros padrão robustos (HAC)
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
CERT_ISO 5,02791 2,50515 2,0070 0,04488 **
RISCO -0,0804588 0,14929 -0,5389 0,58998
LUCRAT -0,0268146 0,0134224 -1,9977 0,04588 **
RLtoAT_TANG 27,1085 3,33209 8,1356 <0,00001 ***
ENDIV -0,000993982 0,000475616 -2,0899 0,03675 **
ENDIV_1 -0,000534404 0,000437644 -1,2211 0,22219
TAM_EMP 3,2406 0,292278 11,0874 <0,00001 ***
dt_2 -2,58463 4,52994 -0,5706 0,56836
dt_3 0,207425 4,28775 0,0484 0,96142
dt_4 -0,305586 4,25175 -0,0719 0,94271
dt_5 -1,79619 3,83022 -0,4690 0,63915
dt_6 2,3672 3,76725 0,6284 0,52984
dt_7 2,76337 3,23842 0,8533 0,39359
dt_8 -0,690787 3,12265 -0,2212 0,82494
dt_9 3,29318 2,26537 1,4537 0,14618
dt_10 7,15075 2,25937 3,1649 0,00157 ***
dt_11 5,36856 1,85986 2,8865 0,00394 ***
Média da variável dependente = 70,7659
Desvio padrão da variável dependente = 70,4441
Soma dos resíduos quadrados = 1,57371e+006
Erro padrão dos resíduos = 27,6865
R
2
não-ajustado = 0,860664
R
2
ajustado = 0,845529
Estatística-F (223, 2053) = 56,8663 (p-valor < 0,00001)
Estatística de Durbin-Watson = 0,727213
Verossimilhança-Logarítmica = -10674,8
Critério de informação de Akaike = 21797,6
Critério Bayesiano de Schwarz = 23081,3
Critério de Hannan-Quinn = 22265,9
Teste para diferenciar grupos de interceptações no eixo x=0 -
Hipótese nula: Os grupos têm a mesma interceptação no eixo x=0
Estatística de teste: F(206, 2053) = 31,8324 com p-valor = P(F(206, 2053) > 31,8324) = 0
Teste de Wald para a significância conjunta das variáveis tempo auxiliares
Estatística de teste assintótica: Qui-quadrado(10) = 40,0881 com p-valor = 1,63499e-005
Modelo 69: Estimativas Efeitos Aleatórios (GLS) usando 2277 observações
Incluídas 207 unidades de secção-cruzada - Comprimento da série temporal = 11
Variável dependente: VENDtoTOT_AT no Painel Não Balanceado
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
const 11,7012 3,66193 3,1954 0,00142 ***
CERT_ISO 6,97617 1,19688 5,8286 <0,00001 ***
RISCO -0,0657466 0,0251391 -2,6153 0,00897 ***
LUCRATIVIDADE -0,0278854 0,00802906 -3,4731 0,00052 ***
RLtoAT_TANG 28,5394 1,04401 27,3364 <0,00001 ***
ENDIV -0,000997156 0,000315681 -3,1587 0,00161 ***
ENDIV_1 -0,000511638 0,000318462 -1,6066 0,10828
TAM_EMP 3,33912 0,13963 23,9140 <0,00001 ***
266
Média da variável dependente = 70,7659
Desvio padrão da variável dependente = 70,4441
Soma dos resíduos quadrados = 6,75016e+006
Erro padrão dos resíduos = 54,5311
'Por dentro' da variância = 769,928
'Por entre' a variância = 2254,79
teta utilizado para quasi-desmédiação = 0,823812
Critério de informação de Akaike = 24681,2
Critério Bayesiano de Schwarz = 24727,1
Critério de Hannan-Quinn = 24698
Teste Breusch-Pagan - Hipótese nula: Variância do erro de unidade-específica = 0
Estatística de teste assintótica: Qui-quadrado(1) = 6018,66 com p-valor = 0
Teste Hausman - Hipótese nula: As estimativas GLS são consistentes
Estatística de teste assintótica: Qui-quadrado(7) = 10,0778 com p-valor = 0,184209
Modelo 70: Estimativas Efeitos Aleatórios (GLS) com
dummies
de tempo usando 2277 observações
Incluídas 207 unidades de secção-cruzada - Comprimento da série temporal = 11
Variável dependente: VENDtoTOT_AT no Painel Balanceado
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
const 12,6869 4,43014 2,8638 0,00423 ***
CERT_ISO 5,39769 1,43126 3,7713 0,00017 ***
RISCO -0,0666009 0,0255355 -2,6082 0,00916 ***
LUCRATIVIDADE -0,0270454 0,00809988 -3,3390 0,00085 ***
RLtoAT_TANG 27,8751 1,075 25,9303 <0,00001 ***
ENDIV -0,000988619 0,000315332 -3,1352 0,00174 ***
ENDIV_1 -0,000530626 0,000318217 -1,6675 0,09555 *
TAM_EMP 3,24101 0,147596 21,9586 <0,00001 ***
dt_2 -2,01409 3,09268 -0,6512 0,51496
dt_3 0,687929 3,02766 0,2272 0,82028
dt_4 0,132963 2,99177 0,0444 0,96456
dt_5 -1,45152 2,95356 -0,4914 0,62316
dt_6 2,63245 2,92238 0,9008 0,36780
dt_7 2,93151 2,87491 1,0197 0,30799
dt_8 -0,638464 2,8187 -0,2265 0,82082
dt_9 3,20285 2,77541 1,1540 0,24862
dt_10 6,90691 2,76006 2,5024 0,01240 **
dt_11 5,20324 2,74009 1,8989 0,05770 *
Média da variável dependente = 70,7659
Desvio padrão da variável dependente = 70,4441
Soma dos resíduos quadrados = 6,77739e+006
Erro padrão dos resíduos = 54,7617
'Por dentro' da variância = 766,541
'Por entre' a variância = 2254,79
teta utilizado para quasi-desmédiação = 0,8242
Critério de informação de Akaike = 24710,4
Critério Bayesiano de Schwarz = 24813,6
Critério de Hannan-Quinn = 24748
Teste Breusch-Pagan - Hipótese nula: Variância do erro de unidade-específica = 0
Estatística de teste assintótica: Qui-quadrado(1) = 6027,42 com p-valor = 0
Teste Hausman - Hipótese nula: As estimativas GLS são consistentes
Estatística de teste assintótica: Qui-quadrado(17) = 12,0858 com p-valor = 0,794913
267
Modelo 71: Estimativas Máxima Verossimilhança
Variável dependente: VENDtoTOT_AT no Painel Não Balanceado
Não se atingiu critério de convergência.
Modelo 72: Estimativas entre grupos usando 207 observações
Variável dependente: VENDtoTOT_AT no Painel Não Balanceado
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
const -5,7478 12,0775 -0,4759 0,63466
CERT_ISO 10,0541 5,49429 1,8299 0,06876 *
RISCO 0,0486115 0,0885087 0,5492 0,58346
LUCRATIVIDADE -0,0395855 0,0677686 -0,5841 0,55980
RLtoAT_TANG 36,7248 3,82069 9,6121 <0,00001 ***
ENDIV -0,00163177 0,0378754 -0,0431 0,96568
ENDIV_1 -0,000524701 0,0390564 -0,0134 0,98929
TAM_EMP 4,14152 1,06335 3,8948 0,00013 ***
Média da variável dependente = 70,7659
Desvio padrão da variável dependente = 59,9601
Soma dos resíduos quadrados = 448704
Erro padrão dos resíduos = 47,4847
R
2
não-ajustado = 0,394146
R
2
ajustado = 0,372834
Estatística-F (7, 199) = 18,4946 (p-valor < 0,00001)
Critério de informação de Akaike = 2193,49
Critério Bayesiano de Schwarz = 2220,15
Critério de Hannan-Quinn = 2204,27
Modelo 73: Estimativas MQO ("Pooled OLS") usando 660 observações
Incluídas 60 unidades de secção-cruzada - Comprimento da série temporal = 11
Variável dependente: VENDtoTOT_AT no Painel Balanceado
Erros padrão robustos (HAC)
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
const 76,721 78,7257 0,9745 0,33015
CERT_ISO 4,13166 5,34588 0,7729 0,43988
RISCO -0,219813 0,0585213 -3,7561 0,00019 ***
LUCRAT -0,0466365 0,0537609 -0,8675 0,38600
RLtoAT_TANG 51,0216 14,5319 3,5110 0,00048 ***
ENDIV -0,000499289 0,000206918 -2,4130 0,01610 **
ENDIV_1 -0,000232168 0,000214564 -1,0820 0,27963
TAM_EMP -1,88752 5,22207 -0,3615 0,71788
Média da variável dependente = 93,3901
Desvio padrão da variável dependente = 78,2221
Soma dos resíduos quadrados = 2,24408e+006
Erro padrão dos resíduos = 58,6673
R
2
não-ajustado = 0,443462
R
2
ajustado = 0,437487
Estatística-F (7, 652) = 74,2184 (p-valor < 0,00001)
Verossimilhança-Logarítmica = -3619,92
Critério de informação de Akaike = 7255,83
Critério Bayesiano de Schwarz = 7291,77
Critério de Hannan-Quinn = 7269,76
268
Diagnósticos:
Estimador de efeitos fixos: erros padrão dos declives em parênteses, p-valores em
colchetes
CERT_ISO: 10,379 (2,4843) [0,00003]
RISCO: -0,52373 (0,055856) [0,00000]
LUCRAT: -0,017153 (0,026239) [0,51354]
RLtoAT_TANG: 36,131 (3,1432) [0,00000]
ENDIV: -0,00030792 (0,00058846) [0,60099]
ENDIV_1: -0,00016977 (0,0005889) [0,77323]
TAM_EMP: -11,3 (2,9244) [0,00012]
60 médias de grupo foram subtraídas aos dados
Variância dos resíduos: 472731/(660 - 67) = 797,185
Significância conjunta da diferenciação das médias de grupo:
F(59, 593) = 37,6612 com p-valor 2,28602e-163
Estatística de teste Breusch-Pagan:
LM = 1821,92 com p-valor = prob(qui-quadrado(1) > 1821,92) = 0
Variance estimators:
between = 2967,23
within = 797,185
theta used for quasi-demeaning = 0,843718
Estimador de efeitos aleatórios: erros padrão em parênteses, p-valores em colchetes
const: 198,59 (35,394) [0,00000]
CERT_ISO: 9,2246 (2,4082) [0,00014]
RISCO: -0,48838 (0,052976) [0,00000]
LUCRAT: -0,019701 (0,026249) [0,45321]
RLtoAT_TANG: 38,408 (2,929) [0,00000]
ENDIV: -0,00031006 (0,00058884) [0,59868]
ENDIV_1: -0,00015435 (0,00058896) [0,79335]
TAM_EMP: -9,8795 (2,4581) [0,00007]
Estatística de teste de Hausman:
H = 10,7884 com p-valor = prob(qui-quadrado(7) > 10,7884) = 0,148118
Teste de White para a heterocedasticidade
Estimativas OLS usando 660 observações
Variável dependente: uhat^2
VARIÁVEL COEFICIENTE ERRO PADRÃO ESTAT. T P-VALOR
const 40323,3 39551,3 1,020 0,30835
CERT_ISO -26019,7 7910,51 -3,289 0,00106 ***
RISCO 15,3290 333,001 0,046 0,96330
LUCRAT 281,589 232,063 1,213 0,22543
RLtoAT_TANG -44706,8 6713,34 -6,659 <0,00001 ***
ENDIV -0,811333 20,2193 -0,040 0,96800
ENDIV_1 1,48886 18,7742 0,079 0,93682
TAM_EMP -3154,93 5406,44 -0,584 0,55973
sq_CERT_ISO -1758,32 1167,04 -1,507 0,13241
CERT_I_RISCO -113,452 85,1145 -1,333 0,18304
CERT_I_LUCRAT -69,0450 40,3456 -1,711 0,08752 *
CERT_I_RLtoAT 4632,10 728,075 6,362 <0,00001 ***
CERT_I_ENDIV 1,54549 3,43363 0,450 0,65279
CERT_I_ENDIV_ 0,445046 1,71137 0,260 0,79491
CERT_I_TAM_EM 1926,06 535,723 3,595 0,00035 ***
sq_RISCO -0,102315 0,243384 -0,420 0,67435
RISCO_LUCRAT 0,115915 0,331617 0,350 0,72680
RISCO_RLtoAT -14,7452 29,4841 -0,500 0,61718
RISCO_ENDIV 0,0829732 0,125412 0,662 0,50847
RISCO_ENDIV_ 0,0650423 0,114686 0,567 0,57083
RISCO_TAM_EM 5,79525 23,1181 0,251 0,80214
sq_LUCRAT -0,237932 0,0976706 -2,436 0,01513 **
LUCRAT_RLtoAT -106,194 31,6334 -3,357 0,00084 ***
LUCRAT_ENDIV 0,0311000 0,0943876 0,329 0,74189
LUCRAT_ENDIV_ 0,0704414 0,150834 0,467 0,64065
LUCRAT_TAM_EM -17,6093 16,3855 -1,075 0,28293
sq_RLtoAT_TAN 5454,17 470,555 11,591 <0,00001 ***
269
RLtoAT_ENDIV -2,11755 5,55090 -0,381 0,70298
RLtoAT_ENDIV_ 0,316436 5,38017 0,059 0,95312
RLtoAT_TAM_EM 2598,37 451,164 5,759 <0,00001 ***
sq_ENDIV -6,80539E-06 7,73745E-05 -0,088 0,92994
ENDIV_ENDIV_ 0,000110497 0,000943136 0,117 0,90677
ENDIV_TAM_EM 0,103704 1,56405 0,066 0,94716
sq_ENDIV_1 2,84356E-06 5,44996E-05 0,052 0,95841
ENDIV__TAM_EM -0,218661 1,37650 -0,159 0,87384
sq_TAM_EMP 22,1511 185,136 0,120 0,90480
R-quadrado não-ajustado = 0,363618
Estatística de teste: TR^2 = 239,987692,
com p-valor = P(Qui-quadrado(35) > 239,987692) = 0,000000
Teste de Wald independente da distribuição para heterocedasticidade baseado nos resíduos FGLS e
Heterocedasticidade em Grupos:
não se atingiu critério de convergência.
Modelo 74: Estimativas MQO ("Primeiras Diferenças") usando 600 observações
Incluídas 60 unidades de secção-cruzada - Comprimento da série temporal = 10
Variável dependente: d_VENDtoTOT_AT no Painel Balanceado
Erros padrão robustos (HAC)
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
const -0,229316 0,76376 -0,3002 0,76409
d_CERT_ISO 2,66619 1,48597 1,7942 0,07328 *
d_RISCO -0,479237 0,0338691 -14,1497 <0,00001 ***
d_LUCRAT -0,016365 0,00958876 -1,7067 0,08840 *
d_RLtoAT_TANG 40,3558 4,24676 9,5027 <0,00001 ***
d_ENDIV -0,000189059 8,86251e-05 -2,1332 0,03332 **
d_TAM_EMP -12,5977 5,95238 -2,1164 0,03473 **
d_ENDIV_1 -0,000115706 0,000216667 -0,5340 0,59352
Média da variável dependente = 2,8602
Desvio padrão da variável dependente = 28,3012
Soma dos resíduos quadrados = 279732
Erro padrão dos resíduos = 21,7375
R
2
não-ajustado = 0,41695
R
2
ajustado = 0,410056
Estatística-F (7, 592) = 60,4785 (p-valor < 0,00001)
Verossimilhança-Logarítmica = -2694,76
Critério de informação de Akaike = 5405,52
Critério Bayesiano de Schwarz = 5440,7
Critério de Hannan-Quinn = 5419,21
Modelo 75: Estimativas Efeitos Fixos usando 660 observações
Incluídas 60 unidades de secção-cruzada - Comprimento da série temporal = 11
Variável dependente: VENDtoTOT_AT no Painel Balanceado
Erros padrão robustos (HAC)
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
CERT_ISO 10,3794 5,02507 2,0655 0,03931 **
RISCO -0,523735 0,0915233 -5,7224 <0,00001 ***
LUCRAT -0,0171528 0,0149892 -1,1443 0,25294
RLtoAT_TANG 36,131 6,64706 5,4356 <0,00001 ***
ENDIV -0,000307921 0,000106201 -2,8994 0,00388 ***
ENDIV_1 -0,000169769 0,000117844 -1,4406 0,15022
TAM_EMP -11,2997 3,51494 -3,2148 0,00138 ***
Média da variável dependente = 93,3901
Desvio padrão da variável dependente = 78,2221
270
Soma dos resíduos quadrados = 472731
Erro padrão dos resíduos = 28,2345
R
2
não-ajustado = 0,882762
R
2
ajustado = 0,869713
Estatística-F (66, 593) = 67,6526 (p-valor < 0,00001)
Estatística de Durbin-Watson = 0,604109
Verossimilhança-Logarítmica = -3105,93
Critério de informação de Akaike = 6345,87
Critério Bayesiano de Schwarz = 6646,85
Critério de Hannan-Quinn = 6462,53
Teste para diferenciar grupos de interceptações no eixo x=0 –
Hipótese nula: Os grupos têm a mesma interceptação no eixo x=0
Estatística de teste: F(59, 593) = 37,6612 com p-valor = P(F(59, 593) > 37,6612) = 2,28602e-163
Modelo 76: Estimativas Efeitos Fixos com
dummies
de tempo usando 660 observações
Incluídas 60 unidades de secção-cruzada - Comprimento da série temporal = 11
Variável dependente: VENDtoTOT_AT no Painel Balanceado
Erros padrão robustos (HAC)
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
CERT_ISO 15,8953 7,12209 2,2318 0,02601 **
RISCO -0,545461 0,073195 -7,4522 <0,00001 ***
LUCRAT -0,0216618 0,0189657 -1,1422 0,25386
RLtoAT_TANG 39,6312 7,05522 5,6173 <0,00001 ***
ENDIV -0,000182994 0,000152909 -1,1968 0,23189
ENDIV_1 -9,27681e-05 0,000188719 -0,4916 0,62321
TAM_EMP -11,5288 3,32919 -3,4630 0,00057 ***
dt_2 15,7319 6,90519 2,2783 0,02307 **
dt_3 17,7962 7,94049 2,2412 0,02539 **
dt_4 15,6753 8,11951 1,9306 0,05402 *
dt_5 11,3352 7,42412 1,5268 0,12735
dt_6 13,7642 8,9249 1,5422 0,12356
dt_7 11,9177 8,47591 1,4061 0,16024
dt_8 8,74194 7,75364 1,1275 0,26001
dt_9 3,78008 2,99625 1,2616 0,20760
dt_10 5,41529 3,23194 1,6756 0,09436 *
dt_11 7,52069 2,95588 2,5443 0,01121 **
Média da variável dependente = 93,3901
Desvio padrão da variável dependente = 78,2221
Soma dos resíduos quadrados = 463108
Erro padrão dos resíduos = 28,1843
R
2
não-ajustado = 0,885148
R
2
ajustado = 0,870176
Estatística-F (76, 583) = 59,1199 (p-valor < 0,00001)
Estatística de Durbin-Watson = 0,617652
Verossimilhança-Logarítmica = -3099,15
Critério de informação de Akaike = 6352,29
Critério Bayesiano de Schwarz = 6698,19
Critério de Hannan-Quinn = 6486,37
Teste para diferenciar grupos de interceptações no eixo x=0 -
Hipótese nula: Os grupos têm a mesma interceptação no eixo x=0
Estatística de teste: F(59, 583) = 37,7842 com p-valor = P(F(59, 583) > 37,7842) = 3,65826e-162
Teste de Wald para a significância conjunta das variáveis tempo auxiliares
Estatística de teste assintótica: Qui-quadrado(10) = 22,9921 com p-valor = 0,010776
271
Modelo 77: Estimativas Efeitos Aleatórios (GLS) usando 660 observações
Incluídas 60 unidades de secção-cruzada - Comprimento da série temporal = 11
Variável dependente: VENDtoTOT_AT no Painel Balanceado
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
const 198,592 35,3943 5,6108 <0,00001 ***
CERT_ISO 9,22465 2,40825 3,8304 0,00014 ***
RISCO -0,488377 0,0529755 -9,2189 <0,00001 ***
LUCRAT -0,0197007 0,0262491 -0,7505 0,45321
RLtoAT_TANG 38,4083 2,929 13,1131 <0,00001 ***
ENDIV -0,000310063 0,000588843 -0,5266 0,59868
ENDIV_1 -0,00015435 0,000588962 -0,2621 0,79335
TAM_EMP -9,87952 2,45808 -4,0192 0,00007 ***
Média da variável dependente = 93,3901
Desvio padrão da variável dependente = 78,2221
Soma dos resíduos quadrados = 2,48008e+006
Erro padrão dos resíduos = 61,6277
'Por dentro' da variância = 797,185
'Por entre' a variância = 2967,23
teta utilizado para quasi-desmédiação = 0,843718
Critério de informação de Akaike = 7321,83
Critério Bayesiano de Schwarz = 7357,77
Critério de Hannan-Quinn = 7335,76
Teste Breusch-Pagan - Hipótese nula: Variância do erro de unidade-específica = 0
Estatística de teste assintótica: Qui-quadrado(1) = 1821,92 com p-valor = 0
Teste Hausman - Hipótese nula: As estimativas GLS são consistentes
Estatística de teste assintótica: Qui-quadrado(7) = 10,7884 com p-valor = 0,148118
Modelo 78: Estimativas Efeitos Aleatórios (GLS) usando 660 observações
Incluídas 60 unidades de secção-cruzada - Comprimento da série temporal = 11
Variável dependente: VENDtoTOT_AT no Painel Balanceado
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
const 183,651 35,9154 5,1134 <0,00001 ***
CERT_ISO 14,5068 3,07761 4,7137 <0,00001 ***
RISCO -0,506045 0,0538887 -9,3906 <0,00001 ***
LUCRAT -0,0240838 0,0264558 -0,9103 0,36298
RLtoAT_TANG 41,6234 3,15235 13,2039 <0,00001 ***
ENDIV -0,000181127 0,000594191 -0,3048 0,76059
ENDIV_1 -7,31977e-05 0,000593793 -0,1233 0,90193
TAM_EMP -10,0205 2,46248 -4,0692 0,00005 ***
dt_2 15,2012 6,16035 2,4676 0,01386 **
dt_3 17,225 6,09332 2,8269 0,00485 ***
dt_4 15,0387 6,01501 2,5002 0,01266 **
dt_5 10,5187 5,88667 1,7869 0,07443 *
dt_6 12,9299 5,76946 2,2411 0,02536 **
dt_7 10,965 5,62968 1,9477 0,05188 *
dt_8 7,79157 5,46556 1,4256 0,15448
dt_9 3,13773 5,29785 0,5923 0,55388
dt_10 4,81851 5,25478 0,9170 0,35950
dt_11 6,97594 5,2469 1,3295 0,18414
Média da variável dependente = 93,3901
Desvio padrão da variável dependente = 78,2221
Soma dos resíduos quadrados = 2,4734e+006
272
Erro padrão dos resíduos = 62,0214
'Por dentro' da variância = 794,353
'Por entre' a variância = 2967,23
teta utilizado para quasi-desmédiação = 0,843996
Critério de informação de Akaike = 7340,05
Critério Bayesiano de Schwarz = 7420,91
Critério de Hannan-Quinn = 7371,39
Teste Breusch-Pagan - Hipótese nula: Variância do erro de unidade-específica = 0
Estatística de teste assintótica: Qui-quadrado(1) = 1839,58 com p-valor = 0
Teste Hausman - Hipótese nula: As estimativas GLS são consistentes
Estatística de teste assintótica: Qui-quadrado(17) = 10,9545 com p-valor = 0,858919
Modelo 79: Estimativas Máxima Verossimilhança
Variável dependente: VENDtoTOT_AT no Painel Balanceado
Não se atingiu critério de convergência.
Modelo 80: Estimativas entre grupos usando 60 observações
Variável dependente: VENDtoTOT_AT no Painel Balanceado
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
const 40,1725 74,5995 0,5385 0,59252
CERT_ISO 4,46775 12,5817 0,3551 0,72395
RISCO -0,173243 0,27506 -0,6298 0,53156
LUCRAT -0,0893384 0,597336 -0,1496 0,88169
RLtoAT_TANG 53,6076 8,61116 6,2254 <0,00001 ***
ENDIV -0,337804 0,611219 -0,5527 0,58286
ENDIV_1 0,33907 0,61745 0,5491 0,58526
TAM_EMP 0,512659 5,13494 0,0998 0,92086
Média da variável dependente = 93,3901
Desvio padrão da variável dependente = 70,9451
Soma dos resíduos quadrados = 154296
Erro padrão dos resíduos = 54,4723
R
2
não-ajustado = 0,480414
R
2
ajustado = 0,41047
Estatística-F (7, 52) = 6,86854 (p-valor < 0,00001)
Critério de informação de Akaike = 657,41
Critério Bayesiano de Schwarz = 674,164
Critério de Hannan-Quinn = 663,963
Modelo 81: Estimativas MQO ("Pooled OLS") usando 2277 observações
Incluídas 207 unidades de secção-cruzada - Comprimento da série temporal = 11
Variável dependente: ROE no Painel Não Balanceado
Erros padrão robustos (HAC)
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
const -12,2874 6,64563 -1,8489 0,06460 *
CERT_ISO 25,0482 13,0366 1,9214 0,05481 *
RISCO 0,0964754 0,0929381 1,0381 0,29935
LUCRAT 0,0557661 0,0658404 0,8470 0,39709
RLtoAT_TANG -1,75486 5,7082 -0,3074 0,75855
ENDIV -0,0680391 0,112243 -0,6062 0,54446
ENDIV_1 0,00256458 0,00725277 0,3536 0,72367
TAM_EMP -1,58912 1,94764 -0,8159 0,41463
273
Média da variável dependente = -23,8244
Desvio padrão da variável dependente = 517,84
Soma dos resíduos quadrados = 5,68459e+008
Erro padrão dos resíduos = 500,533
R
2
não-ajustado = 0,0686007
R
2
ajustado = 0,0657272
Estatística-F (7, 2269) = 23,8742 (p-valor < 0,00001)
Verossimilhança-Logarítmica = -17380
Critério de informação de Akaike = 34776
Critério Bayesiano de Schwarz = 34821,9
Critério de Hannan-Quinn = 34792,7
Diagnósticos:
Estimador de efeitos fixos: erros padrão dos declives em parênteses, p-valores em
colchetes
CERT_ISO: 30,642 (22,197) [0,16758]
RISCO: 0,018551 (0,47864) [0,96909]
LUCRATIVIDADE: 0,084895 (0,14598) [0,56092]
RLtoAT_TANG: -6,9548 (19,622) [0,72305]
ENDIV: -0,067078 (0,0057066) [0,00000]
ENDIV_1: 0,0034994 (0,0057564) [0,54331]
TAM_EMP: -3,5367 (2,5472) [0,16514]
207 médias de grupo foram subtraídas aos dados
Variância dos resíduos: 5,17179e+008/(2277 - 214) = 250692
Significância conjunta da diferenciação das médias de grupo:
F(206, 2063) = 0,992986 com p-valor 0,515882
Estatística de teste Breusch-Pagan:
LM = 0,0174792 com p-valor = prob(qui-quadrado(1) > 0,0174792) = 0,894819
Variance estimators:
between = 23076
within = 250692
theta used for quasi-demeaning = 0,006212
Estimador de efeitos aleatórios: erros padrão em parênteses, p-valores em colchetes
const: -12,104 (24,615) [0,62295]
CERT_ISO: 25,078 (13,45) [0,06238]
RISCO: 0,096374 (0,22935) [0,67437]
LUCRATIVIDADE: 0,056033 (0,12008) [0,64080]
RLtoAT_TANG: -1,7753 (10,238) [0,86235]
ENDIV: -0,068029 (0,0053493) [0,00000]
ENDIV_1: 0,0025749 (0,005408) [0,63403]
TAM_EMP: -1,6059 (1,9912) [0,42004]
Estatística de teste de Hausman:
H = 2,89361 com p-valor = prob(qui-quadrado(7) > 2,89361) = 0,894667
Teste de White para a heterocedasticidade
Estimativas OLS usando 2277 observações
Variável dependente: uhat^2
VARIÁVEL COEFICIENTE ERRO PADRÃO ESTAT. T P-VALOR
const -29865,1 84348,1 -0,354 0,72332
CERT_ISO -105619 171546 -0,616 0,53816
RISCO 5628,27 4189,92 1,343 0,17931
LUCRATIVIDADE 2092,47 5128,69 0,408 0,68332
RLtoAT_TANG -380576 221869 -1,715 0,08642 *
ENDIV -12613,8 288,595 -43,708 <0,00001 ***
ENDIV_1 -395,471 186,135 -2,125 0,03373 **
TAM_EMP 66387,8 26673,6 2,489 0,01289 **
sq_CERT_ISO 74841,3 75188,8 0,995 0,31966
CERT_I_RISCO 1772,49 5385,27 0,329 0,74208
CERT_I_LUCRAT 1854,45 880,571 2,106 0,03532 **
CERT_I_RLtoAT -36308,9 36522,1 -0,994 0,32025
CERT_I_ENDIV 2773,78 37,4960 73,975 <0,00001 ***
274
CERT_I_ENDIV_ -419,190 45,4289 -9,227 <0,00001 ***
CERT_I_TAM_EM -17991,8 8089,01 -2,224 0,02623 **
sq_RISCO -8,82400 5,69868 -1,548 0,12166
RISCO_LUCRAT -1,32217 2,59013 -0,510 0,60978
RISCO_RLtoAT 3358,58 749,374 4,482 <0,00001 ***
RISCO_ENDIV 170,901 4,06392 42,053 <0,00001 ***
RISCO_ENDIV_ -8,19078 4,70760 -1,740 0,08201 *
RISCO_TAM_EM -294,429 248,586 -1,184 0,23637
sq_LUCRATIVID 0,209654 0,583290 0,359 0,71930
LUCRAT_RLtoAT -588,464 460,611 -1,278 0,20153
LUCRAT_ENDIV -3,63441 0,500806 -7,257 <0,00001 ***
LUCRAT_ENDIV_ -3,34839 1,40345 -2,386 0,01712 **
LUCRAT_TAM_EM -300,223 428,071 -0,701 0,48316
sq_RLtoAT_TAN -1411,89 15752,2 -0,090 0,92859
RLtoAT_ENDIV 124,605 32,6462 3,817 0,00014 ***
RLtoAT_ENDIV_ 309,103 33,9625 9,101 <0,00001 ***
RLtoAT_TAM_EM 25753,2 15145,9 1,700 0,08921 *
sq_ENDIV 0,0440995 0,000723526 60,951 <0,00001 ***
ENDIV_ENDIV_ -0,219088 0,0140187 -15,628 <0,00001 ***
ENDIV_TAM_EM 738,318 20,2288 36,498 <0,00001 ***
sq_ENDIV_1 0,00561657 0,000588624 9,542 <0,00001 ***
ENDIV__TAM_EM 26,4214 12,8384 2,058 0,03971 **
sq_TAM_EMP -3922,81 1748,37 -2,244 0,02495 **
R-quadrado não-ajustado = 0,960403
Estatística de teste: TR^2 = 2186,836999,com p-valor = P(Qui-quadrado(35) >
2186,836999) = 0,000000
Teste de Wald independente da distribuição para heterocedasticidade baseado nos resíduos FGLS e
Heterocedasticidade em Grupos
: não se atingiu critério de convergência.
Modelo 82: Estimativas MQO ("Primeiras Diferenças") usando 2070 observações
Incluídas 207 unidades de secção-cruzada - Comprimento da série temporal = 10
Variável dependente: d_ROE no Painel Não Balanceado
Erros padrão robustos (HAC)
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
const 4,00587 3,43813 1,1651 0,24410
d_CERT_ISO 40,3201 34,722 1,1612 0,24568
d_RISCO 0,200711 0,285025 0,7042 0,48140
d_LUCRAT 0,110925 0,132679 0,8360 0,40323
d_RLtoAT_TANG -17,7552 31,6832 -0,5604 0,57527
d_ENDIV -0,0687911 0,119534 -0,5755 0,56502
d_ENDIV_1 0,00128191 0,00212256 0,6039 0,54595
d_TAM_EMP -10,8292 8,27237 -1,3091 0,19065
Média da variável dependente = 0,526258
Desvio padrão da variável dependente = 763,752
Soma dos resíduos quadrados = 1,12302e+009
Erro padrão dos resíduos = 737,988
R
2
não-ajustado = 0,0694895
R
2
ajustado = 0,0663306
Estatística-F (7, 2062) = 21,9983 (p-valor < 0,00001)
Verossimilhança-Logarítmica = -16603,3
Critério de informação de Akaike = 33222,6
Critério Bayesiano de Schwarz = 33267,7
Critério de Hannan-Quinn = 33239,2
275
Modelo 83: Estimativas Efeitos Fixos usando 2277 observações
Incluídas 207 unidades de secção-cruzada - Comprimento da série temporal = 11
Variável dependente: ROE no Painel Não Balanceado
Erros padrão robustos (HAC)
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
CERT_ISO 30,6423 17,4633 1,7547 0,07946 *
RISCO 0,018551 0,180704 0,1027 0,91824
LUCRAT 0,0848955 0,0822603 1,0320 0,30218
RLtoAT_TANG -6,95482 15,4373 -0,4505 0,65238
ENDIV -0,0670775 0,114902 -0,5838 0,55943
ENDIV_1 0,00349938 0,00533437 0,6560 0,51189
TAM_EMP -3,53671 4,00564 -0,8829 0,37737
Média da variável dependente = -23,8244
Desvio padrão da variável dependente = 517,84
Soma dos resíduos quadrados = 5,17179e+008
Erro padrão dos resíduos = 500,692
R
2
não-ajustado = 0,152622
R
2
ajustado = 0,0651319
Estatística-F (213, 2063) = 1,74445 (p-valor < 0,00001)
Estatística de Durbin-Watson = 2,17469
Verossimilhança-Logarítmica = -17272,4
Critério de informação de Akaike = 34972,7
Critério Bayesiano de Schwarz = 36199,1
Critério de Hannan-Quinn = 35420,1
Teste para diferenciar grupos de interceptações no eixo x=0 -
Hipótese nula: Os grupos têm a mesma interceptação no eixo x=0
Estatística de teste: F(206, 2063) = 0,992986 com p-valor = P(F(206, 2063) > 0,992986) = 0,515882
Modelo 84: Estimativas Efeitos Fixos com
dummies
de tempo usando 2277 observações
Incluídas 207 unidades de secção-cruzada - Comprimento da série temporal = 11
Variável dependente: ROE no Painel Não Balanceado
Erros padrão robustos (HAC)
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
CERT_ISO 25,5443 25,6617 0,9954 0,31965
RISCO 0,0817969 0,15694 0,5212 0,60228
LUCRAT 0,0833918 0,0739549 1,1276 0,25962
RLtoAT_TANG -7,38946 12,8725 -0,5740 0,56600
ENDIV -0,0667823 0,114452 -0,5835 0,55962
ENDIV_1 0,00343103 0,00502887 0,6823 0,49515
TAM_EMP -3,10191 3,90349 -0,7946 0,42691
dt_2 -10,7306 15,8123 -0,6786 0,49745
dt_3 -9,16428 18,0773 -0,5069 0,61224
dt_4 -23,8137 24,7684 -0,9615 0,33644
dt_5 -51,7107 26,5916 -1,9446 0,05196 *
dt_6 -9,12159 28,0116 -0,3256 0,74473
dt_7 3,1024 23,3401 0,1329 0,89427
dt_8 -73,3472 68,7154 -1,0674 0,28591
dt_9 22,0206 13,224 1,6652 0,09602 *
dt_10 -59,4497 65,5612 -0,9068 0,36463
dt_11 11,1179 10,6535 1,0436 0,29680
Média da variável dependente = -23,8244
Desvio padrão da variável dependente = 517,84
Soma dos resíduos quadrados = 5,15263e+008
276
Erro padrão dos resíduos = 500,98
R
2
não-ajustado = 0,155761
R
2
ajustado = 0,0640579
Estatística-F (223, 2053) = 1,69854 (p-valor < 0,00001)
Estatística de Durbin-Watson = 2,17125
Verossimilhança-Logarítmica = -17268,1
Critério de informação de Akaike = 34984,3
Critério Bayesiano de Schwarz = 36267,9
Critério de Hannan-Quinn = 35452,5
Teste para diferenciar grupos de interceptações no eixo x=0 -
Hipótese nula: Os grupos têm a mesma interceptação no eixo x=0
Estatística de teste: F(206, 2053) = 0,989582 com p-valor = P(F(206, 2053) > 0,989582) = 0,52908
Teste de Wald para a significância conjunta das variáveis tempo auxiliares
Estatística de teste assintótica: Qui-quadrado(10) = 14,628 com p-valor = 0,146224
Modelo 85: Estimativas Efeitos Aleatórios (GLS) usando 2277 observações
Incluídas 207 unidades de secção-cruzada - Comprimento da série temporal = 11
Variável dependente: ROE no Painel Não Balanceado
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
const -12,1043 24,615 -0,4917 0,62295
CERT_ISO 25,0784 13,4505 1,8645 0,06238 *
RISCO 0,0963739 0,229348 0,4202 0,67437
LUCRAT 0,0560328 0,120078 0,4666 0,64080
RLtoAT_TANG -1,77527 10,2377 -0,1734 0,86235
ENDIV -0,0680289 0,00534933 -12,7173 <0,00001 ***
ENDIV_1 0,00257494 0,00540801 0,4761 0,63403
TAM_EMP -1,60592 1,99124 -0,8065 0,42004
Média da variável dependente = -23,8244
Desvio padrão da variável dependente = 517,84
Soma dos resíduos quadrados = 5,68459e+008
Erro padrão dos resíduos = 500,422
'Por dentro' da variância = 250692
'Por entre' a variância = 23076
teta utilizado para quasi-desmédiação = 0,006212
Critério de informação de Akaike = 34776
Critério Bayesiano de Schwarz = 34821,9
Critério de Hannan-Quinn = 34792,7
Teste Breusch-Pagan - Hipótese nula: Variância do erro de unidade-específica = 0
Estatística de teste assintótica: Qui-quadrado(1) = 0,0174792 com p-valor = 0,894819
Teste Hausman - Hipótese nula: As estimativas GLS são consistentes
Estatística de teste assintótica: Qui-quadrado(7) = 2,89361 com p-valor = 0,894667
Modelo 86: Estimativas Efeitos Aleatórios (GLS) com
dummies
de tempo usando 2277 observações
Incluídas 207 unidades de secção-cruzada - Comprimento da série temporal = 11
Variável dependente: ROE no Painel Não Estruturado
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
const -0,090071 43,9509 -0,0020 0,99837
CERT_ISO 24,2334 14,2877 1,6961 0,09000 *
RISCO 0,106809 0,230338 0,4637 0,64290
LUCRATIVIDADE 0,0506832 0,121039 0,4187 0,67545
RLtoAT_TANG -1,4667 10,3943 -0,1411 0,88780
ENDIV -0,0677467 0,00535402 -12,6534 <0,00001 ***
ENDIV_1 0,00249598 0,00541406 0,4610 0,64483
277
TAM_EMP -1,10998 2,07222 -0,5356 0,59226
dt_2 0,026243 51,4345 0,0005 0,99959
dt_3 -2,01352 50,9228 -0,0395 0,96846
dt_4 -19,7134 50,6725 -0,3890 0,69729
dt_5 -50,0852 50,4557 -0,9927 0,32098
dt_6 -8,81372 50,3464 -0,1751 0,86105
dt_7 1,26726 50,0802 0,0253 0,97981
dt_8 -75,9143 49,7674 -1,5254 0,12730
dt_9 18,5832 49,5484 0,3751 0,70766
dt_10 -63,9981 49,4575 -1,2940 0,19580
dt_11 8,65119 49,3211 0,1754 0,86078
Média da variável dependente = -23,8244
Desvio padrão da variável dependente = 517,84
Soma dos resíduos quadrados = 5,66426e+008
Erro padrão dos resíduos = 500,631
'Por dentro' da variância = 250980
'Por entre' a variância = 23076
teta utilizado para quasi-desmédiação = 0,00564133
Critério de informação de Akaike = 34787,8
Critério Bayesiano de Schwarz = 34891
Critério de Hannan-Quinn = 34825,5
Teste Breusch-Pagan - Hipótese nula: Variância do erro de unidade-específica = 0
Estatística de teste assintótica: Qui-quadrado(1) = 0,0127877 com p-valor = 0,909965
Teste Hausman - Hipótese nula: As estimativas GLS são consistentes
Estatística de teste assintótica: Qui-quadrado(17) = 2,42704 com p-valor = 0,999985
Modelo 87: Estimativas Máxima Verossimilhança
Variável dependente: ROE no Painel Não Balanceado
Não se atingiu critério de convergência.
Modelo 88: Estimativas entre grupos usando 207 observações
Variável dependente: ROE no Painel Não Balanceado
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
const -58,558 38,6369 -1,5156 0,13121
CERT_ISO 18,1218 17,5768 1,0310 0,30379
RISCO 0,0811567 0,283148 0,2866 0,77470
LUCRATIVIDADE -0,0251584 0,216798 -0,1160 0,90773
RLtoAT_TANG 1,11062 12,2227 0,0909 0,92769
ENDIV -0,0180132 0,121167 -0,1487 0,88197
ENDIV_1 -0,057885 0,124945 -0,4633 0,64367
TAM_EMP 2,78137 3,40175 0,8176 0,41455
Média da variável dependente = -23,8244
Desvio padrão da variável dependente = 158,273
Soma dos resíduos quadrados = 4,59213e+006
Erro padrão dos resíduos = 151,908
R
2
não-ajustado = 0,110115
R
2
ajustado = 0,0788121
Estatística-F (7, 199) = 3,51776 (p-valor = 0,00139)
Critério de informação de Akaike = 2674,92
Critério Bayesiano de Schwarz = 2701,58
Critério de Hannan-Quinn = 2685,7
278
Modelo 89: Estimativas MQO ("Pooled OLS") usando 660 observações
Incluídas 60 unidades de secção-cruzada - Comprimento da série temporal = 11
Variável dependente: ROE no Painel Balanceado
Erros padrão robustos (HAC)
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
const -185,357 105,283 -1,7606 0,07878 *
CERT_ISO 16,7022 8,9646 1,8631 0,06289 *
RISCO 0,115191 0,059201 1,9458 0,05211 *
LUCRAT -0,166594 0,282506 -0,5897 0,55560
RLtoAT_TANG 10,2047 3,50218 2,9138 0,00369 ***
ENDIV -0,0474974 0,0133817 -3,5494 0,00041 ***
ENDIV_1 0,00415611 0,00155805 2,6675 0,00783 ***
TAM_EMP 11,8639 6,52111 1,8193 0,06932 *
Média da variável dependente = 0,191303
Desvio padrão da variável dependente = 222,448
Soma dos resíduos quadrados = 2,60924e+007
Erro padrão dos resíduos = 200,047
R
2
não-ajustado = 0,199851
R
2
ajustado = 0,19126
Estatística-F (7, 652) = 23,264 (p-valor < 0,00001)
Verossimilhança-Logarítmica = -4429,52
Critério de informação de Akaike = 8875,04
Critério Bayesiano de Schwarz = 8910,98
Critério de Hannan-Quinn = 8888,97
Diagnósticos:
Estimador de efeitos fixos: erros padrão dos declives em parênteses, p-valores em
colchetes
CERT_ISO: 22,548 (17,38) [0,19502]
RISCO: 0,04206 (0,39077) [0,91432]
LUCRAT: -0,18804 (0,18356) [0,30608]
RLtoAT_TANG: -4,9182 (21,99) [0,82310]
ENDIV: -0,045397 (0,0041169) [0,00000]
ENDIV_1: 0,0061194 (0,0041199) [0,13799]
TAM_EMP: -3,9251 (20,459) [0,84792]
60 médias de grupo foram subtraídas aos dados
Variância dos resíduos: 2,31371e+007/(660 - 67) = 39017
Significância conjunta da diferenciação das médias de grupo:
F(59, 593) = 1,2838 com p-valor 0,0822798
Estatística de teste Breusch-Pagan:
LM = 1,59585 com p-valor = prob(qui-quadrado(1) > 1,59585) = 0,206493
Variance estimators:
between = 4882,46
within = 39017
theta used for quasi-demeaning = 0,147664
Estimador de efeitos aleatórios: erros padrão em parênteses, p-valores em colchetes
const: -177,47 (86,339) [0,04023]
CERT_ISO: 16,838 (11,067) [0,12862]
RISCO: 0,10617 (0,19828) [0,59252]
LUCRAT: -0,17441 (0,17626) [0,32279]
RLtoAT_TANG: 9,3223 (9,5414) [0,32891]
ENDIV: -0,047025 (0,0038951) [0,00000]
ENDIV_1: 0,0046277 (0,0038922) [0,23489]
TAM_EMP: 11,346 (5,9612) [0,05745]
Estatística de teste de Hausman:
H = 2,94008 com p-valor = prob(qui-quadrado(7) > 2,94008) = 0,890489
Teste de White para a heterocedasticidade
279
Estimativas OLS usando 660 observações
Variável dependente: uhat^2
VARIÁVEL COEFICIENTE ERRO PADRÃO ESTAT. T P-VALOR
const -216753 922416 -0,235 0,81430
CERT_ISO -472979 184489 -2,564 0,01059 **
RISCO 39992,7 7766,26 5,150 <0,00001 ***
LUCRAT 12275,3 5412,18 2,268 0,02367 **
RLtoAT_TANG 181526 156568 1,159 0,24674
ENDIV -1213,70 471,554 -2,574 0,01029 **
ENDIV_1 2322,62 437,851 5,305 <0,00001 ***
TAM_EMP 34983,1 126089 0,277 0,78153
sq_CERT_ISO 28646,4 27217,7 1,052 0,29298
CERT_I_RISCO -4080,85 1985,04 -2,056 0,04022 **
CERT_I_LUCRAT -849,849 940,941 -0,903 0,36677
CERT_I_RLtoAT -21,6597 16980,2 -0,001 0,99898
CERT_I_ENDIV -822,451 80,0790 -10,270 <0,00001 ***
CERT_I_ENDIV_ -67,8396 39,9125 -1,700 0,08968 *
CERT_I_TAM_EM 35711,6 12494,1 2,858 0,00440 ***
sq_RISCO -1,07137 5,67620 -0,189 0,85035
RISCO_LUCRAT 7,77731 7,73396 1,006 0,31500
RISCO_RLtoAT -3074,68 687,628 -4,471 <0,00001 ***
RISCO_ENDIV 54,7346 2,92486 18,714 <0,00001 ***
RISCO_ENDIV_ 28,7365 2,67471 10,744 <0,00001 ***
RISCO_TAM_EM -2595,27 539,160 -4,814 <0,00001 ***
sq_LUCRAT 1,46078 2,27787 0,641 0,52157
LUCRAT_RLtoAT -747,589 737,755 -1,013 0,31130
LUCRAT_ENDIV 14,6137 2,20131 6,639 <0,00001 ***
LUCRAT_ENDIV_ 12,3182 3,51776 3,502 0,00050 ***
LUCRAT_TAM_EM -995,922 382,142 -2,606 0,00937 ***
sq_RLtoAT_TAN -6111,73 10974,3 -0,557 0,57779
RLtoAT_ENDIV 680,266 129,458 5,255 <0,00001 ***
RLtoAT_ENDIV_ 27,9604 125,476 0,223 0,82374
RLtoAT_TAM_EM -14976,6 10522,0 -1,423 0,15513
sq_ENDIV -0,0173869 0,00180453 -9,635 <0,00001 ***
ENDIV_ENDIV_ 0,0400837 0,0219958 1,822 0,06888 *
ENDIV_TAM_EM 104,733 36,4767 2,871 0,00423 ***
sq_ENDIV_1 0,000661446 0,00127104 0,520 0,60297
ENDIV__TAM_EM -204,269 32,1027 -6,363 <0,00001 ***
sq_TAM_EMP -1369,61 4317,74 -0,317 0,75119
R-quadrado não-ajustado = 0,760203
Estatística de teste: TR^2 = 501,734119, com p-valor = P(Qui-quadrado(35) >
501,734119) = 0,000000
Teste de Wald independente da distribuição para heterocedasticidade baseado nos resíduos FGLS e
Heterocedasticidade em Grupos
: não se atingiu critério de convergência.
Modelo 90: Estimativas MQO ("Pooled OLS") usando 600 observações
Incluídas 60 unidades de secção-cruzada - Comprimento da série temporal = 10
Variável dependente: d_ROE no Painel Balanceado
Erros padrão robustos (HAC)
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
const -4,03447 2,45298 -1,6447 0,10056
d_CERT_ISO 34,5098 18,1083 1,9057 0,05717 *
d_RISCO 0,170457 0,227809 0,7482 0,45461
d_LUCRAT -0,282634 0,288616 -0,9793 0,32785
d_RLtoAT_TANG 38,6069 24,0414 1,6059 0,10884
d_ENDIV -0,0511843 0,0155832 -3,2846 0,00108 ***
d_TAM_EMP -5,13009 26,3304 -0,1948 0,84559
d_ENDIV_1 -0,000133285 0,00405645 -0,0329 0,97380
Média da variável dependente = 1,08775
280
Desvio padrão da variável dependente = 307,163
Soma dos resíduos quadrados = 4,32914e+007
Erro padrão dos resíduos = 270,421
R
2
não-ajustado = 0,233984
R
2
ajustado = 0,224926
Estatística-F (7, 592) = 25,8328 (p-valor < 0,00001)
Verossimilhança-Logarítmica = -4207,32
Critério de informação de Akaike = 8430,65
Critério Bayesiano de Schwarz = 8465,82
Critério de Hannan-Quinn = 8444,34
Modelo 91: Estimativas Efeitos Fixos usando 660 observações
Incluídas 60 unidades de secção-cruzada - Comprimento da série temporal = 11
Variável dependente: ROE no Painel Balanceado
Erros padrão robustos (HAC)
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
CERT_ISO 22,5481 9,38691 2,4021 0,01661 **
RISCO 0,0420602 0,195659 0,2150 0,82987
LUCRAT -0,188037 0,276384 -0,6803 0,49655
RLtoAT_TANG -4,91817 16,173 -0,3041 0,76116
ENDIV -0,045397 0,0146376 -3,1014 0,00202 ***
ENDIV_1 0,0061194 0,00289784 2,1117 0,03513 **
TAM_EMP -3,9251 15,1703 -0,2587 0,79593
Média da variável dependente = 0,191303
Desvio padrão da variável dependente = 222,448
Soma dos resíduos quadrados = 2,31371e+007
Erro padrão dos resíduos = 197,527
R
2
não-ajustado = 0,290479
R
2
ajustado = 0,21151
Estatística-F (66, 593) = 3,6784 (p-valor < 0,00001)
Estatística de Durbin-Watson = 1,88447
Verossimilhança-Logarítmica = -4389,85
Critério de informação de Akaike = 8913,7
Critério Bayesiano de Schwarz = 9214,69
Critério de Hannan-Quinn = 9030,37
Teste para diferenciar grupos de interceptações no eixo x=0 -
Hipótese nula: Os grupos têm a mesma interceptação no eixo x=0
Estatística de teste: F(59, 593) = 1,2838 com p-valor = P(F(59, 593) > 1,2838) = 0,0822798
Modelo 92: Estimativas Efeitos Fixos com
dummies
de tempo usando 660 observações
Incluídas 60 unidades de secção-cruzada -Comprimento da série temporal = 11
Variável dependente: ROE no Painel Balanceado
Erros padrão robustos (HAC)
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
CERT_ISO -2,76282 15,0712 -0,1833 0,85461
RISCO 0,0520483 0,249929 0,2083 0,83510
LUCRAT -0,148779 0,264613 -0,5623 0,57416
RLtoAT_TANG -14,8948 22,9104 -0,6501 0,51586
ENDIV -0,0463281 0,0149044 -3,1084 0,00197 ***
ENDIV_1 0,00569237 0,00313435 1,8161 0,06987 *
TAM_EMP -0,483766 13,9943 -0,0346 0,97244
dt_2 -23,6769 22,923 -1,0329 0,30209
dt_3 -20,1803 22,4185 -0,9002 0,36841
dt_4 -29,8143 19,9033 -1,4980 0,13469
281
dt_5 -65,0038 50,0303 -1,2993 0,19436
dt_6 -67,173 78,0549 -0,8606 0,38982
dt_7 -0,416913 12,1466 -0,0343 0,97263
dt_8 -28,1447 30,5969 -0,9199 0,35803
dt_9 23,8423 9,74664 2,4462 0,01473 **
dt_10 23,6924 10,8292 2,1878 0,02908 **
dt_11 3,78725 9,40818 0,4025 0,68743
Média da variável dependente = 0,191303
Desvio padrão da variável dependente = 222,448
Soma dos resíduos quadrados = 2,27213e+007
Erro padrão dos resíduos = 197,416
R
2
não-ajustado = 0,303228
R
2
ajustado = 0,212397
Estatística-F (76, 583) = 3,33837 (p-valor < 0,00001)
Estatística de Durbin-Watson = 1,89959
Verossimilhança-Logarítmica = -4383,87
Critério de informação de Akaike = 8921,74
Critério Bayesiano de Schwarz = 9267,64
Critério de Hannan-Quinn = 9055,81
Teste para diferenciar grupos de interceptações no eixo x=0 -
Hipótese nula: Os grupos têm a mesma interceptação no eixo x=0
Estatística de teste: F(59, 583) = 1,30443 com p-valor = P(F(59, 583) > 1,30443) = 0,0698557
Teste de Wald para a significância conjunta das variáveis tempo auxiliares
Estatística de teste assintótica: Qui-quadrado(10) = 15,3972 com p-valor = 0,118236
Modelo 93: Estimativas Efeitos Aleatórios (GLS) usando 660 observações
Incluídas 60 unidades de secção-cruzada - Comprimento da série temporal = 11
Variável dependente: ROE no Painel Balanceado
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
const -177,469 86,3387 -2,0555 0,04023 **
CERT_ISO 16,8383 11,0668 1,5215 0,12862
RISCO 0,106168 0,198278 0,5355 0,59252
LUCRAT -0,174413 0,176265 -0,9895 0,32279
RLtoAT_TANG 9,32233 9,54138 0,9770 0,32891
ENDIV -0,0470246 0,00389513 -12,0727 <0,00001 ***
ENDIV_1 0,00462766 0,00389223 1,1889 0,23489
TAM_EMP 11,3457 5,9612 1,9033 0,05745 *
Média da variável dependente = 0,191303
Desvio padrão da variável dependente = 222,448
Soma dos resíduos quadrados = 2,60945e+007
Erro padrão dos resíduos = 199,902
'Por dentro' da variância = 39017
'Por entre' a variância = 4882,46
teta utilizado para quasi-desmédiação = 0,147664
Critério de informação de Akaike = 8875,09
Critério Bayesiano de Schwarz = 8911,03
Critério de Hannan-Quinn = 8889,02
Teste Breusch-Pagan - Hipótese nula: Variância do erro de unidade-específica = 0
Estatística de teste assintótica: Qui-quadrado(1) = 1,59585 com p-valor = 0,206493
Teste Hausman - Hipótese nula: As estimativas GLS são consistentes
Estatística de teste assintótica: Qui-quadrado(7) = 2,94008 com p-valor = 0,890489
282
Modelo 94: Estimativas Efeitos Aleatórios (GLS) usando 660 observações
Incluídas 60 unidades de secção-cruzada - Comprimento da série temporal = 11
Variável dependente: ROE no Painel Balanceado
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
const -168,459 91,0516 -1,8501 0,06475 *
CERT_ISO 8,73952 12,7726 0,6842 0,49407
RISCO 0,101799 0,199423 0,5105 0,60990
LUCRAT -0,140778 0,177889 -0,7914 0,42901
RLtoAT_TANG 7,56281 9,83325 0,7691 0,44211
ENDIV -0,0477106 0,00393512 -12,1243 <0,00001 ***
ENDIV_1 0,00438237 0,0039325 1,1144 0,26553
TAM_EMP 11,6469 5,96976 1,9510 0,05149 *
dt_2 1,46343 38,399 0,0381 0,96961
dt_3 3,66176 38,2295 0,0958 0,92372
dt_4 -7,43517 38,0345 -0,1955 0,84508
dt_5 -45,6823 37,726 -1,2109 0,22638
dt_6 -51,1004 37,5331 -1,3615 0,17384
dt_7 12,8741 37,0833 0,3472 0,72858
dt_8 -18,4264 36,6484 -0,5028 0,61529
dt_9 29,9186 36,222 0,8260 0,40912
dt_10 25,9734 36,2337 0,7168 0,47374
dt_11 4,26725 36,2459 0,1177 0,90632
Média da variável dependente = 0,191303
Desvio padrão da variável dependente = 222,448
Soma dos resíduos quadrados = 2,57239e+007
Erro padrão dos resíduos = 200,015
'Por dentro' da variância = 38973,1
'Por entre' a variância = 4882,46
teta utilizado para quasi-desmédiação = 0,148144
Critério de informação de Akaike = 8885,66
Critério Bayesiano de Schwarz = 8966,52
Critério de Hannan-Quinn = 8917
Teste Breusch-Pagan - Hipótese nula: Variância do erro de unidade-específica = 0
Estatística de teste assintótica: Qui-quadrado(1) = 1,89952 com p-valor = 0,168132
Teste Hausman - Hipótese nula: As estimativas GLS são consistentes
Estatística de teste assintótica: Qui-quadrado(17) = 4,02929 com p-valor = 0,999457
Modelo 95: Estimativas Máxima Verossimilhança
Variável dependente: ROE no Painel Balanceado
Não se atingiu critério de convergência.
Modelo 96: Estimativas entre grupos usando 60 observações
Variável dependente: ROE no Painel Balanceado
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
const -191,297 95,693 -1,9991 0,05084 *
CERT_ISO 14,1956 16,1392 0,8796 0,38314
RISCO 0,205987 0,352835 0,5838 0,56188
LUCRAT -0,00857952 0,766236 -0,0112 0,99111
RLtoAT_TANG 12,6057 11,046 1,1412 0,25902
ENDIV 0,454174 0,784045 0,5793 0,56491
ENDIV_1 -0,515678 0,792037 -0,6511 0,51786
TAM_EMP 12,3502 6,58688 1,8750 0,06642 *
283
Média da variável dependente = 0,191303
Desvio padrão da variável dependente = 82,5656
Soma dos resíduos quadrados = 253888
Erro padrão dos resíduos = 69,8746
R
2
não-ajustado = 0,368764
R
2
ajustado = 0,28379
Estatística-F (7, 52) = 4,33972 (p-valor = 0,000754)
Critério de informação de Akaike = 687,291
Critério Bayesiano de Schwarz = 704,046
Critério de Hannan-Quinn = 693,845
Modelo 97: Estimativas Arellano-Bond de uma fase usando 2070 observações
Incluídas 207 unidades de secção-cruzada
Variável dependente: ROA_mod no Painel Não Balanceado
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
DROA_mod(-1) 0,0875866 0,0992071 0,8829 0,37731
const 0,848075 0,6014 1,4102 0,15849
CERT_ISO -0,103932 0,385668 -0,2695 0,78756
RISCO -0,923676 0,754267 -1,2246 0,22073
RISCO_1 0,755128 0,756593 0,9981 0,31825
LUCRAT 0,158249 0,10941 1,4464 0,14807
LUCRAT_1 -0,218594 0,145387 -1,5035 0,13270
RLtoAT_TANG -5,16715 6,3839 -0,8094 0,41828
RLtoAT_TANG_1 4,88153 6,5365 0,7468 0,45518
ENDIV -0,000120076 0,00013609 -0,8823 0,37760
ENDIV_1 0,00014753 0,000162766 0,9064 0,36473
TAM_EMP 0,157207 0,148263 1,0603 0,28899
TAM_EMP_1 -0,120005 0,149757 -0,8013 0,42294
Soma dos resíduos quadrados = 2,99644e+006
Erro padrão dos resíduos = 38,1668
Testar erros AR(1): z = -1,6207 (p-valor 0,1051)
Testar erros AR(2): z = 0,915593 (p-valor 0,3599)
Teste de Sargan para a sobre-identificação: Qui-quadrado(54) = 1637,04 (p-valor 0,0000)
Teste Wald (conjunto): Qui-quadrado(12) = 5669,74 (p-valor 0,0000)
Modelo 98: Estimativas Arellano-Bond de uma fase usando 2070 observações
Incluídas 207 unidades de secção-cruzada
Variável dependente: ROS_mod no Painel Não Balanceado
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
DROS_mod(-1) 0,0474471 0,065408 0,7254 0,46821
const 0,387541 0,634986 0,6103 0,54165
CERT_ISO -0,257024 0,253221 -1,0150 0,31010
RISCO -0,230124 0,127726 -1,8017 0,07159 *
RISCO_1 0,191215 0,123844 1,5440 0,12259
LUCRAT 0,809848 0,0933542 8,6750 <0,00001 ***
LUCRAT_1 -0,830848 0,0997834 -8,3265 <0,00001 ***
RLtoAT_TANG 9,01442 9,88346 0,9121 0,36173
RLtoAT_TANG_1 -9,82243 10,1704 -0,9658 0,33415
ENDIV -0,000216349 0,000257856 -0,8390 0,40145
ENDIV_1 0,000219869 0,000513466 0,4282 0,66850
TAM_EMP -0,342788 0,388897 -0,8814 0,37808
TAM_EMP_1 0,357094 0,375119 0,9520 0,34112
284
Soma dos resíduos quadrados = 4,69127e+006
Erro padrão dos resíduos = 47,756
Testar erros AR(1): z = -1,81646 (p-valor 0,0693)
Testar erros AR(2): z = -1,54416 (p-valor 0,1226)
Teste de Sargan para a sobre-identificação: Qui-quadrado(54) = 290,206 (p-valor 0,0000)
Teste Wald (conjunto): Qui-quadrado(12) = 4630,55 (p-valor 0,0000)
Modelo 99: Estimativas Arellano-Bond de uma fase usando 2070 observações
Incluídas 207 unidades de secção-cruzada
Variável dependente: TOT_VEND no Painel Não Balanceado
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
DTOT_VEND(-1) 1,11945 0,0281725 39,7355 <0,00001 ***
const 58773,6 92428,2 0,6359 0,52485
CERT_ISO 17704,1 27877,1 0,6351 0,52538
RISCO -713,596 550,067 -1,2973 0,19453
RISCO_1 645,38 573,606 1,1251 0,26053
LUCRAT 267,761 263,123 1,0176 0,30886
LUCRAT_1 -445,413 240,439 -1,8525 0,06395 *
RLtoAT_TANG 131791 65416,3 2,0146 0,04394 **
RLtoAT_TANG_1 -130827 75074,3 -1,7426 0,08140 *
ENDIV -10,7473 15,4251 -0,6967 0,48597
ENDIV_1 3,70131 10,1758 0,3637 0,71605
TAM_EMP 90675,4 12741,7 7,1164 <0,00001 ***
TAM_EMP_1 -103486 15578,4 -6,6429 <0,00001 ***
Soma dos resíduos quadrados = 5,51413e+015
Erro padrão dos resíduos = 1,63727e+006
Testar erros AR(1): z = -2,17342 (p-valor 0,0297)
Testar erros AR(2): z = -1,19403 (p-valor 0,2325)
Teste de Sargan para a sobre-identificação: Qui-quadrado(54) = 904,852 (p-valor 0,0000)
Teste Wald (conjunto): Qui-quadrado(12) = 8182,09 (p-valor 0,0000)
Modelo 100: Estimativas Arellano-Bond de uma fase usando 2070 observações
Incluídas 207 unidades de secção-cruzada
Variável dependente: CSVtoVEND no Painel Não Balanceado
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
DCSVtoVEND(-1) 0,0624136 0,0196687 3,1732 0,00151 ***
const 0,50136 0,338228 1,4823 0,13826
CERT_ISO 0,454855 0,210132 2,1646 0,03042 **
RISCO -0,0166914 0,0170722 -0,9777 0,32823
RISCO_1 0,011824 0,017693 0,6683 0,50395
LUCRAT -0,0433415 0,00768952 -5,6364 <0,00001 ***
LUCRAT_1 0,0416848 0,00945848 4,4071 0,00001 ***
RLtoAT_TANG 1,57025 1,28861 1,2186 0,22301
RLtoAT_TANG_1 -1,21168 1,32698 -0,9131 0,36118
ENDIV -0,000240763 0,000191112 -1,2598 0,20774
ENDIV_1 7,99675e-05 4,29347e-05 1,8625 0,06253 *
TAM_EMP 4,54791 0,169546 26,8240 <0,00001 ***
TAM_EMP_1 -4,66524 0,173255 -26,9271 <0,00001 ***
Soma dos resíduos quadrados = 264387
Erro padrão dos resíduos = 11,3371
Testar erros AR(1): z = -3,33974 (p-valor 0,0008)
285
Testar erros AR(2): z = -0,941778 (p-valor 0,3463)
Teste de Sargan para a sobre-identificação: Qui-quadrado(54) = 137,523 (p-valor 0,0000)
Teste Wald (conjunto): Qui-quadrado(12) = 1801,03 (p-valor 0,0000)
Modelo 101: Estimativas Arellano-Bond de uma fase usando 2070 observações
Incluídas 207 unidades de secção-cruzada
Variável dependente: VENDtoTOT_AT no Painel Não Balanceado
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
DVENDtoTOT_(-1) 0,170698 0,110979 1,5381 0,12402
const -0,0700538 1,13134 -0,0619 0,95063
CERT_ISO 1,03826 0,377736 2,7486 0,00598 ***
RISCO -0,125791 0,144364 -0,8713 0,38356
RISCO_1 0,150225 0,159997 0,9389 0,34777
LUCRAT -0,0287188 0,0150909 -1,9031 0,05703 *
LUCRAT_1 0,0501587 0,0272129 1,8432 0,06530 *
RLtoAT_TANG 26,4983 3,31334 7,9975 <0,00001 ***
RLtoAT_TANG_1 -26,4735 3,31955 -7,9750 <0,00001 ***
ENDIV -0,000729842 0,000462855 -1,5768 0,11484
ENDIV_1 0,000801842 0,000253084 3,1683 0,00153 ***
TAM_EMP 3,3622 0,283037 11,8790 <0,00001 ***
TAM_EMP_1 -3,41908 0,286497 -11,9341 <0,00001 ***
Soma dos resíduos quadrados = 1,25493e+006
Erro padrão dos resíduos = 24,6997
Testar erros AR(1): z = -2,09522 (p-valor 0,0362)
Testar erros AR(2): z = -0,192351 (p-valor 0,8475)
Teste de Sargan para a sobre-identificação: Qui-quadrado(54) = 499,576 (p-valor 0,0000)
Teste Wald (conjunto): Qui-quadrado(12) = 264,579 (p-valor 0,0000)
Modelo 102: Estimativas Arellano-Bond de uma fase usando 2070 observações
Incluídas 207 unidades de secção-cruzada
Variável dependente: ROE no Painel Não Balanceado
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
DROE(-1) 0,00716746 0,0146999 0,4876 0,62584
const -16,4876 13,4175 -1,2288 0,21914
CERT_ISO -5,76239 6,72014 -0,8575 0,39118
RISCO 0,154877 0,332893 0,4652 0,64176
RISCO_1 -0,221492 0,326426 -0,6785 0,49743
LUCRAT 0,0933997 0,118915 0,7854 0,43220
LUCRAT_1 -0,157882 0,174318 -0,9057 0,36509
RLtoAT_TANG -13,1529 30,6448 -0,4292 0,66777
RLtoAT_TANG_1 17,3378 33,3417 0,5200 0,60306
ENDIV -0,0688016 0,116214 -0,5920 0,55383
ENDIV_1 0,0725004 0,121501 0,5967 0,55070
TAM_EMP -9,05107 7,5385 -1,2006 0,22989
TAM_EMP_1 11,2815 9,18324 1,2285 0,21927
Soma dos resíduos quadrados = 1,13116e+009
Erro padrão dos resíduos = 741,556
Testar erros AR(1): z = -1,6925 (p-valor 0,0906)
Testar erros AR(2): z = -0,134006 (p-valor 0,8934)
Teste de Sargan para a sobre-identificação: Qui-quadrado(54) = 21,111 (p-valor 1,0000)
Teste Wald (conjunto): Qui-quadrado(12) = 23,2575 (p-valor 0,0256)
286
Modelo 103: Estimativas Arellano-Bond de uma fase usando 600 observações
Incluídas 60 unidades de secção-cruzada
Variável dependente: ROA_mod no Painel Balanceado
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
DROA_mod(-1) 0,0713889 0,0798803 0,8937 0,37148
Const 16,935 9,68399 1,7488 0,08033 *
CERT_ISO -1,71379 1,00394 -1,7071 0,08781 *
RISCO 1,12583 0,156703 7,1845 <0,00001 ***
RISCO_1 -1,30207 0,16621 -7,8339 <0,00001 ***
LUCRAT 0,157314 0,0989822 1,5893 0,11199
LUCRAT_1 -0,244239 0,21792 -1,1208 0,26238
RLtoAT_TANG -4,74556 8,12367 -0,5842 0,55911
RLtoAT_TANG_1 3,74013 8,1965 0,4563 0,64817
ENDIV -0,000146001 0,000157892 -0,9247 0,35513
ENDIV_1 4,43003e-05 0,000463777 0,0955 0,92390
TAM_EMP 16,0519 7,34648 2,1850 0,02889 **
TAM_EMP_1 -16,8465 7,63325 -2,2070 0,02731 **
Soma dos resíduos quadrados = 304152
Erro padrão dos resíduos = 22,7628
Testar erros AR(1): z = -1,73524 (p-valor 0,0827)
Testar erros AR(2): z = -1,01657 (p-valor 0,3094)
Teste de Sargan para a sobre-identificação: Qui-quadrado(54) = 335,256 (p-valor 0,0000)
Teste Wald (conjunto): Qui-quadrado(12) = 10878,3 (p-valor 0,0000)
Modelo 104: Estimativas Arellano-Bond de uma fase usando 600 observações
Incluídas 60 unidades de secção-cruzada
Variável dependente: ROS_mod no Painel Balanceado
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
DROS_mod(-1) -0,079037 0,0782863 -1,0096 0,31269
Const 24,2808 11,3928 2,1312 0,03307 **
CERT_ISO -0,500519 0,808738 -0,6189 0,53599
RISCO -0,100676 0,171382 -0,5874 0,55691
RISCO_1 0,0897121 0,175754 0,5104 0,60974
LUCRAT 0,309808 0,213625 1,4502 0,14699
LUCRAT_1 -0,282373 0,27422 -1,0297 0,30313
RLtoAT_TANG 18,3678 7,04919 2,6057 0,00917 ***
RLtoAT_TANG_1 -19,8938 7,57997 -2,6245 0,00868 ***
ENDIV 0,000788461 0,00106119 0,7430 0,45748
ENDIV_1 0,000468796 0,000239016 1,9614 0,04984 **
TAM_EMP 32,7877 15,0421 2,1797 0,02928 **
TAM_EMP_1 -34,4583 15,7164 -2,1925 0,02834 **
Soma dos resíduos quadrados = 467398
Erro padrão dos resíduos = 28,2179
Testar erros AR(1): z = -1,93106 (p-valor 0,0535)
Testar erros AR(2): z = -0,929294 (p-valor 0,3527)
Teste de Sargan para a sobre-identificação: Qui-quadrado(54) = 336,048 (p-valor 0,0000)
Teste Wald (conjunto): Qui-quadrado(12) = 664,81 (p-valor 0,0000)
287
Modelo 105: Estimativas Arellano-Bond de uma fase usando 600 observações
Incluídas 60 unidades de secção-cruzada
Variável dependente: TOT_VEND no Painel Balanceado
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
DTOT_VEND(-1) 1,07861 0,0363119 29,7041 <0,00001 ***
Const -322596 897757 -0,3593 0,71934
CERT_ISO -103562 80338,4 -1,2891 0,19737
RISCO -1397,61 590,584 -2,3665 0,01796 **
RISCO_1 2251,65 1169,07 1,9260 0,05410 *
LUCRAT 814,666 1620,54 0,5027 0,61517
LUCRAT_1 -320,242 532,334 -0,6016 0,54745
RLtoAT_TANG 943171 257687 3,6601 0,00025 ***
RLtoAT_TANG_1 -942071 241735 -3,8971 0,00010 ***
ENDIV -13,2988 20,3279 -0,6542 0,51297
ENDIV_1 4,75092 4,88112 0,9733 0,33039
TAM_EMP 892837 269371 3,3145 0,00092 ***
TAM_EMP_1 -866053 252341 -3,4321 0,00060 ***
Soma dos resíduos quadrados = 2,87561e+015
Erro padrão dos resíduos = 2,21333e+006
Testar erros AR(1): z = -1,32732 (p-valor 0,1844)
Testar erros AR(2): z = -1,02663 (p-valor 0,3046)
Teste de Sargan para a sobre-identificação: Qui-quadrado(54) = 448,212 (p-valor 0,0000)
Teste Wald (conjunto): Qui-quadrado(12) = 35823,2 (p-valor 0,0000)
Modelo 106: Estimativas Arellano-Bond de uma fase usando 600 observações
Incluídas 60 unidades de secção-cruzada
Variável dependente: CSVtoVEND no Painel Balanceado
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
DCSVtoVEND(-1) 0,42928 0,0969274 4,4289 <0,00001 ***
Const -0,704749 1,30762 -0,5390 0,58992
CERT_ISO 0,531391 0,217438 2,4439 0,01453 **
RISCO 0,00861541 0,00701009 1,2290 0,21907
RISCO_1 -0,00858153 0,00771602 -1,1122 0,26606
LUCRAT -0,00100703 0,00581861 -0,1731 0,86260
LUCRAT_1 0,00872382 0,0112151 0,7779 0,43665
RLtoAT_TANG -1,669 1,66797 -1,0006 0,31701
RLtoAT_TANG_1 2,10519 1,65877 1,2691 0,20440
ENDIV -6,21544e-05 5,55483e-05 -1,1189 0,26317
ENDIV_1 -3,81665e-06 5,22747e-05 -0,0730 0,94180
TAM_EMP 0,55341 1,30397 0,4244 0,67127
TAM_EMP_1 -0,57257 1,31704 -0,4347 0,66375
Soma dos resíduos quadrados = 25126,9
Erro padrão dos resíduos = 6,54261
Testar erros AR(1): z = -4,72376 (p-valor 0,0000)
Testar erros AR(2): z = 1,1091 (p-valor 0,2674)
Teste de Sargan para a sobre-identificação: Qui-quadrado(54) = 139,365 (p-valor 0,0000)
Teste Wald (conjunto): Qui-quadrado(12) = 148,214 (p-valor 0,0000)
288
Modelo 107: Estimativas Arellano-Bond de uma fase usando 600 observações
Incluídas 60 unidades de secção-cruzada
Variável dependente: VENDtoTOT_AT no Painel Balanceado
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
DVENDtoTOT_(-1) 0,571749 0,071701 7,9741 <0,00001 ***
Const -7,06109 6,58724 -1,0719 0,28375
CERT_ISO 0,842378 0,657645 1,2809 0,20023
RISCO -0,39328 0,0960494 -4,0946 0,00004 ***
RISCO_1 0,414231 0,0999409 4,1448 0,00003 ***
LUCRAT -0,052056 0,033255 -1,5654 0,11750
LUCRAT_1 0,0259848 0,0184907 1,4053 0,15993
RLtoAT_TANG 38,2902 7,23789 5,2902 <0,00001 ***
RLtoAT_TANG_1 -38,35 6,43032 -5,9639 <0,00001 ***
ENDIV 0,000785259 0,00115706 0,6787 0,49735
ENDIV_1 4,28657e-05 0,000221461 0,1936 0,84652
TAM_EMP -18,5873 7,17915 -2,5891 0,00962 ***
TAM_EMP_1 18,9446 7,39025 2,5635 0,01036 **
Soma dos resíduos quadrados = 398725
Erro padrão dos resíduos = 26,0626
Testar erros AR(1): z = -1,87873 (p-valor 0,0603)
Testar erros AR(2): z = -0,330049 (p-valor 0,7414)
Teste de Sargan para a sobre-identificação: Qui-quadrado(54) = 226,206 (p-valor 0,0000)
Teste Wald (conjunto): Qui-quadrado(12) = 1910,55 (p-valor 0,0000)
Modelo 108: Estimativas Arellano-Bond de uma fase usando 600 observações
Incluídas 60 unidades de secção-cruzada
Variável dependente: ROE no Painel Balanceado
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
DROE(-1) 0,105002 0,0573688 1,8303 0,06721 *
const 6,64661 30,1452 0,2205 0,82549
CERT_ISO -0,691439 2,05952 -0,3357 0,73708
RISCO 0,121559 0,197228 0,6163 0,53767
RISCO_1 -0,0840073 0,185872 -0,4520 0,65129
LUCRAT -0,223571 0,221852 -1,0077 0,31358
LUCRAT_1 0,302076 0,335726 0,8998 0,36824
ENDIV -0,04875 0,0128099 -3,8057 0,00014 ***
ENDIV_1 0,0540638 0,0155906 3,4677 0,00052 ***
TAM_EMP 8,75482 29,3921 0,2979 0,76581
TAM_EMP_1 -9,06876 30,8298 -0,2942 0,76864
RLtoAT_TANG -6,58824 40,5004 -0,1627 0,87078
RLtoAT_TANG_1 6,59584 39,8115 0,1657 0,86841
Soma dos resíduos quadrados = 4,72766e+007
Erro padrão dos resíduos = 283,794
Testar erros AR(1): z = -1,52035 (p-valor 0,1284)
Testar erros AR(2): z = -1,33137 (p-valor 0,1831)
Teste de Sargan para a sobre-identificação: Qui-quadrado(54) = 176,494 (p-valor 0,0000)
Teste Wald (conjunto): Qui-quadrado(12) = 641,41 (p-valor 0,0000)
289
Modelo 109: Estimativas heterocedasticidade corrigida usando 2277 observações
Variável dependente: ROA_mod no Painel Não Balanceado
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
const 1,16408 0,60407 1,9271 0,05410 *
CERT_ISO 1,95866 0,450087 4,3517 0,00001 ***
RISCO -0,369417 0,0594151 -6,2176 <0,00001 ***
LUCRAT 0,0049953 0,00436975 1,1432 0,25309
RLtoAT_TANG 0,786463 0,356625 2,2053 0,02753 **
ENDIV -0,000474441 0,000336974 -1,4079 0,15928
ENDIV_1 6,94417e-07 1,29175e-05 0,0538 0,95713
TAM_EMP 0,189312 0,047278 4,0042 0,00006 ***
Estatísticas baseadas nos dados pesados:
Soma dos resíduos quadrados = 44502,6
Erro padrão dos resíduos = 4,42869
R
2
não-ajustado = 0,0533966
R
2
ajustado = 0,0504763
Estatística-F (7, 2269) = 18,2845 (p-valor < 0,00001)
Critério de informação de Akaike = 13246,7
Critério Bayesiano de Schwarz = 13292,5
Critério de Hannan-Quinn = 13263,4
Estatísticas baseadas nos dados originais:
Média da variável dependente = -2,62119
Desvio padrão da variável dependente = 58,0241
Soma dos resíduos quadrados = 4,79305e+006
Erro padrão dos resíduos = 45,9609
Modelo 110: Estimativas heterocedasticidade corrigida usando 2277 observações
Variável dependente: ROS_mod no Painel Não Balanceado
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
const 0,938208 0,436312 2,1503 0,03164 **
CERT_ISO 0,915999 0,34187 2,6794 0,00743 ***
RISCO -0,260252 0,0357852 -7,2726 <0,00001 ***
LUCRAT 0,441269 0,0130439 33,8294 <0,00001 ***
RLtoAT_TANG 0,883291 0,368336 2,3981 0,01656 **
ENDIV -0,000881248 0,000334038 -2,6382 0,00839 ***
ENDIV_1 -0,000115752 0,000311642 -0,3714 0,71035
TAM_EMP 0,128551 0,0447765 2,8710 0,00413 ***
Estatísticas baseadas nos dados pesados:
Soma dos resíduos quadrados = 79745,3
Erro padrão dos resíduos = 5,92837
R
2
não-ajustado = 0,389431
R
2
ajustado = 0,387547
Estatística-F (7, 2269) = 206,743 (p-valor < 0,00001)
Critério de informação de Akaike = 14574,8
Critério Bayesiano de Schwarz = 14620,7
Critério de Hannan-Quinn = 14591,5
Estatísticas baseadas nos dados originais:
Média da variável dependente = -7,14971
Desvio padrão da variável dependente = 96,4175
Soma dos resíduos quadrados = 6,81516e+006
Erro padrão dos resíduos = 54,8051
290
Modelo 111: Estimativas heterocedasticidade corrigida usando 2277 observações
Variável dependente: TOT_VEND no Painel Não Balanceado
A variável só tem zeros, abortando a regressão.
Modelo 112: Estimativas heterocedasticidade corrigida usando 2277 observações
Variável dependente: CSVtoVEND no Painel Não Balanceado
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
const 1,26619 0,468846 2,7007 0,00697 ***
CERT_ISO 0,105565 0,370101 0,2852 0,77549
RISCO 0,0102994 0,0130657 0,7883 0,43062
LUCRAT -0,0625663 0,00699265 -8,9474 <0,00001 ***
RLtoAT_TANG 6,35973 0,356777 17,8255 <0,00001 ***
ENDIV -9,65895e-05 0,000150479 -0,6419 0,52101
ENDIV_1 -0,000439916 0,000195939 -2,2452 0,02485 **
TAM_EMP 4,47401 0,0460844 97,0830 <0,00001 ***
Estatísticas baseadas nos dados pesados:
Soma dos resíduos quadrados = 7411,21
Erro padrão dos resíduos = 1,80729
R
2
não-ajustado = 0,869993
R
2
ajustado = 0,869592
Estatística-F (7, 2269) = 2169,14 (p-valor < 0,00001)
Critério de informação de Akaike = 9165,01
Critério Bayesiano de Schwarz = 9210,86
Critério de Hannan-Quinn = 9181,74
Estatísticas baseadas nos dados originais:
Média da variável dependente = 57,2728
Desvio padrão da variável dependente = 31,0294
Soma dos resíduos quadrados = 709518
Erro padrão dos resíduos = 17,6833
Modelo 113: Estimativas heterocedasticidade corrigida usando 2277 observações
Variável dependente: VENDtoTOT_AT no Painel Não Balanceado
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
const 5,65336 0,87712 6,4454 <0,00001 ***
CERT_ISO 2,55592 0,843005 3,0319 0,00246 ***
RISCO 0,0399703 0,017561 2,2761 0,02293 **
LUCRAT -0,021112 0,00647631 -3,2599 0,00113 ***
RLtoAT_TANG 31,3686 0,769175 40,7821 <0,00001 ***
ENDIV -0,0009982 0,000547288 -1,8239 0,06830 *
ENDIV_1 -0,000381236 0,000563778 -0,6762 0,49897
TAM_EMP 3,61406 0,0795697 45,4201 <0,00001 ***
Estatísticas baseadas nos dados pesados:
Soma dos resíduos quadrados = 12763,2
Erro padrão dos resíduos = 2,37172
R
2
não-ajustado = 0,621363
R
2
ajustado = 0,620195
Estatística-F (7, 2269) = 531,935 (p-valor < 0,00001)
Critério de informação de Akaike = 10402,7
Critério Bayesiano de Schwarz = 10448,6
Critério de Hannan-Quinn = 10419,5
Estatísticas baseadas nos dados originais:
Média da variável dependente = 70,7659
Desvio padrão da variável dependente = 70,4441
Soma dos resíduos quadrados = 6,707e+006
Erro padrão dos resíduos = 54,3684
291
Modelo 114: Estimativas heterocedasticidade corrigida usando 2277 observações
Variável dependente: ROE no Painel Não Balanceado
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
const -6,23108 2,84608 -2,1894 0,02867 **
CERT_ISO 4,74181 1,8585 2,5514 0,01079 **
RISCO 0,0106003 0,027631 0,3836 0,70128
LUCRAT 0,0074374 0,0207686 0,3581 0,72030
RLtoAT_TANG 4,14999 1,84498 2,2493 0,02459 **
ENDIV -0,192686 0,0048123 -40,0403 <0,00001 ***
ENDIV_1 0,0142231 0,00283662 5,0141 <0,00001 ***
TAM_EMP 1,62044 0,21908 7,3965 <0,00001 ***
Estatísticas baseadas nos dados pesados:
Soma dos resíduos quadrados = 33839,1
Erro padrão dos resíduos = 3,86182
R
2
não-ajustado = 0,418734
R
2
ajustado = 0,41694
Estatística-F (7, 2269) = 233,506 (p-valor < 0,00001)
Critério de informação de Akaike = 12622,9
Critério Bayesiano de Schwarz = 12668,8
Critério de Hannan-Quinn = 12639,6
Estatísticas baseadas nos dados originais:
Média da variável dependente = -23,8244
Desvio padrão da variável dependente = 517,84
Soma dos resíduos quadrados = 7,05975e+008
Erro padrão dos resíduos = 557,799
Modelo 115: Estimativas heterocedasticidade corrigida usando 660 observações
Variável dependente: ROA_mod no Painel Balanceado
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
const -5,99156 3,61765 -1,6562 0,09816 *
CERT_ISO 1,42757 0,348545 4,0958 0,00005 ***
RISCO -0,107954 0,00820241 -13,1612 <0,00001 ***
LUCRAT 0,53077 0,0166736 31,8329 <0,00001 ***
RLtoAT_TANG 2,01678 0,260526 7,7412 <0,00001 ***
ENDIV -2,0405e-06 4,61926e-05 -0,0442 0,96478
ENDIV_1 0,00011681 0,000101769 1,1478 0,25147
TAM_EMP 0,444244 0,24792 1,7919 0,07362 *
Estatísticas baseadas nos dados pesados:
Soma dos resíduos quadrados = 1023,91
Erro padrão dos resíduos = 1,25316
R
2
não-ajustado = 0,764328
R
2
ajustado = 0,761798
Estatística-F (7, 652) = 302,079 (p-valor < 0,00001)
Critério de informação de Akaike = 2178,84
Critério Bayesiano de Schwarz = 2214,77
Critério de Hannan-Quinn = 2192,77
Estatísticas baseadas nos dados originais:
Média da variável dependente = -0,400721
Desvio padrão da variável dependente = 44,46
Soma dos resíduos quadrados = 1,08655e+006
Erro padrão dos resíduos = 40,8226
292
Modelo 116: Estimativas heterocedasticidade corrigida usando 660 observações
Variável dependente: ROS_mod no Painel Balanceado
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
const -6,2683 2,74283 -2,2853 0,02261 **
CERT_ISO 0,877833 0,327841 2,6776 0,00760 ***
RISCO -0,00787277 0,01737 -0,4532 0,65053
LUCRAT 0,973654 0,0191564 50,8264 <0,00001 ***
RLtoAT_TANG -0,00349266 0,266434 -0,0131 0,98954
ENDIV -3,0965e-05 0,000116787 -0,2651 0,79098
ENDIV_1 0,000158184 5,95958e-05 2,6543 0,00814 ***
TAM_EMP 0,49183 0,18845 2,6099 0,00927 ***
Estatísticas baseadas nos dados pesados:
Soma dos resíduos quadrados = 898,294
Erro padrão dos resíduos = 1,17378
R
2
não-ajustado = 0,83834
R
2
ajustado = 0,836604
Estatística-F (7, 652) = 483,021 (p-valor < 0,00001)
Critério de informação de Akaike = 2092,45
Critério Bayesiano de Schwarz = 2128,39
Critério de Hannan-Quinn = 2106,38
Estatísticas baseadas nos dados originais:
Média da variável dependente = 1,16485
Desvio padrão da variável dependente = 33,1828
Soma dos resíduos quadrados = 916391
Erro padrão dos resíduos = 37,4901
Modelo 117: Estimativas heterocedasticidade corrigida usando 2277 observações
Variável dependente: TOT_VEND no Painel Balanceado
A variável só tem zeros, abortando a regressão.
Modelo 118: Estimativas heterocedasticidade corrigida usando 660 observações
Variável dependente: CSVtoVEND no Painel Balanceado
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
const 98,6765 4,79163 20,5935 <0,00001 ***
CERT_ISO 0,575063 0,554271 1,0375 0,29988
RISCO -0,0515905 0,00752234 -6,8583 <0,00001 ***
LUCRAT -0,188348 0,0205412 -9,1693 <0,00001 ***
RLtoAT_TANG 1,86362 0,471009 3,9567 0,00008 ***
ENDIV -0,000146084 3,89078e-05 -3,7546 0,00019 ***
ENDIV_1 -0,000151601 3,44505e-05 -4,4005 0,00001 ***
TAM_EMP -2,05012 0,336176 -6,0983 <0,00001 ***
Estatísticas baseadas nos dados pesados:
Soma dos resíduos quadrados = 2030,26
Erro padrão dos resíduos = 1,76462
R
2
não-ajustado = 0,27329
R
2
ajustado = 0,265488
Estatística-F (7, 652) = 35,0278 (p-valor < 0,00001)
Critério de informação de Akaike = 2630,63
Critério Bayesiano de Schwarz = 2666,57
Critério de Hannan-Quinn = 2644,56
Estatísticas baseadas nos dados originais:
Média da variável dependente = 70,0877
Desvio padrão da variável dependente = 15,2065
293
Soma dos resíduos quadrados = 147676
Erro padrão dos resíduos = 15,0498
Modelo 119: Estimativas heterocedasticidade corrigida usando 660 observações
Variável dependente: VENDtoTOT_AT no Painel Balanceado
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
const 116,219 11,0632 10,5050 <0,00001 ***
CERT_ISO 5,42473 1,34133 4,0443 0,00006 ***
RISCO -0,126859 0,01467 -8,6475 <0,00001 ***
LUCRAT 0,0032577 0,0477237 0,0683 0,94560
RLtoAT_TANG 32,5157 1,67995 19,3551 <0,00001 ***
ENDIV -0,000389326 0,000137463 -2,8322 0,00477 ***
ENDIV_1 -8,23248e-05 0,000254616 -0,3233 0,74655
TAM_EMP -4,52022 0,779394 -5,7997 <0,00001 ***
Estatísticas baseadas nos dados pesados:
Soma dos resíduos quadrados = 2889,82
Erro padrão dos resíduos = 2,10529
R
2
não-ajustado = 0,517799
R
2
ajustado = 0,512622
Estatística-F (7, 652) = 100,019 (p-valor < 0,00001)
Critério de informação de Akaike = 2863,63
Critério Bayesiano de Schwarz = 2899,56
Critério de Hannan-Quinn = 2877,56
Estatísticas baseadas nos dados originais:
Média da variável dependente = 93,3901
Desvio padrão da variável dependente = 78,2221
Soma dos resíduos quadrados = 2,51913e+006
Erro padrão dos resíduos = 62,1586
Modelo 120: Estimativas heterocedasticidade corrigida usando 660 observações
Variável dependente: ROE no Painel Balanceado
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
const -113,252 19,2143 -5,8941 <0,00001 ***
CERT_ISO 9,94336 2,07828 4,7844 <0,00001 ***
RISCO 0,117238 0,0471234 2,4879 0,01310 **
LUCRAT 0,138494 0,0888555 1,5586 0,11957
RLtoAT_TANG 10,379 1,26108 8,2302 <0,00001 ***
ENDIV -0,166476 0,00449401 -37,0440 <0,00001 ***
ENDIV_1 0,0110503 0,00226132 4,8867 <0,00001 ***
TAM_EMP 8,20606 1,27324 6,4450 <0,00001 ***
Estatísticas baseadas nos dados pesados:
Soma dos resíduos quadrados = 6026,23
Erro padrão dos resíduos = 3,04018
R
2
não-ajustado = 0,694213
R
2
ajustado = 0,69093
Estatística-F (7, 652) = 211,458 (p-valor < 0,00001)
Critério de informação de Akaike = 3348,68
Critério Bayesiano de Schwarz = 3384,62
Critério de Hannan-Quinn = 3362,61
Estatísticas baseadas nos dados originais:
Média da variável dependente = 0,191303
Desvio padrão da variável dependente = 222,448
Soma dos resíduos quadrados = 6,37199e+007
Erro padrão dos resíduos = 312,618
294
Modelo 121: Estimativas Efeitos Fixos com
dummies
de tempo usando 2277 observações
Incluídas 207 unidades de secção-cruzada - Comprimento da série temporal = 11
Variável dependente: ROA_mod no Painel Dependente e com
dummies
na CERT_ISO
Erros padrão robustos (HAC)
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
CERT_ISO 7,41924 3,64401 2,0360 0,04188 **
RISCO -0,670202 0,47467 -1,4119 0,15812
LUCRAT 0,222361 0,145089 1,5326 0,12553
RLtoAT_TANG -4,15377 3,94052 -1,0541 0,29195
ENDIV -0,000162243 0,000130708 -1,2413 0,21465
ENDIV_1 6,25834e-05 6,82916e-05 0,9164 0,35956
TAM_EMP 0,309556 0,177879 1,7403 0,08196 *
dt_2 9,1291 4,8769 1,8719 0,06136 *
dt_3 8,53723 4,20735 2,0291 0,04257 **
dt_4 8,29911 4,15973 1,9951 0,04616 **
dt_5 5,89891 4,18916 1,4081 0,15924
dt_6 5,68408 3,31137 1,7165 0,08621 *
dt_7 7,41475 3,31771 2,2349 0,02553 **
dt_8 3,01254 2,36692 1,2728 0,20324
dt_9 4,75845 2,077 2,2910 0,02206 **
dt_10 5,52609 1,7105 3,2307 0,00125 ***
dt_11 7,0895 2,94405 2,4081 0,01612 **
Média da variável dependente = -2,62119
Desvio padrão da variável dependente = 58,0241
Soma dos resíduos quadrados = 2,67658e+006
Erro padrão dos resíduos = 36,1073
R
2
não-ajustado = 0,650707
R
2
ajustado = 0,612766
Estatística-F (223, 2053) = 17,1506 (p-valor < 0,00001)
Estatística de Durbin-Watson = 1,128
Verossimilhança-Logarítmica = -11279,5
Critério de informação de Akaike = 23007
Critério Bayesiano de Schwarz = 24290,6
Critério de Hannan-Quinn = 23475,2
Teste para diferenciar grupos de interceptações no eixo x=0 -
Hipótese nula: Os grupos têm a mesma interceptação no eixo x=0
Estatística de teste: F(206, 2053) = 0,851079 com p-valor = P(F(206, 2053) > 0,851079) = 0,932869
Teste de Wald para a significância conjunta das variáveis tempo auxiliares
Estatística de teste assintótica: Qui-quadrado(10) = 32,4216 com p-valor = 0,000340523
Modelo 122: Estimativas Efeitos Fixos usando 2277 observações
Incluídas 207 unidades de secção-cruzada - Comprimento da série temporal = 11
Variável dependente: ROS_mod no Painel Não Balanceado e com dummies na CERT_ISO
Erros padrão robustos (HAC)
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
CERT_ISO 4,71272 2,14987 2,1921 0,02848 **
RISCO -0,160937 0,085998 -1,8714 0,06143 *
LUCRAT 0,85105 0,0732099 11,6248 <0,00001 ***
RLtoAT_TANG 0,193066 4,817 0,0401 0,96803
ENDIV -0,000210871 0,000196659 -1,0723 0,28372
ENDIV_1 -0,000110111 0,000185847 -0,5925 0,55359
TAM_EMP 0,0110086 0,228592 0,0482 0,96159
295
Média da variável dependente = -7,14971
Desvio padrão da variável dependente = 96,4175
Soma dos resíduos quadrados = 2,47018e+006
Erro padrão dos resíduos = 34,603
R
2
não-ajustado = 0,883253
R
2
ajustado = 0,8712
Estatística-F (213, 2063) = 73,2759 (p-valor < 0,00001)
Estatística de Durbin-Watson = 1,85546
Verossimilhança-Logarítmica = -11188,1
Critério de informação de Akaike = 22804,2
Critério Bayesiano de Schwarz = 24030,6
Critério de Hannan-Quinn = 23251,6
Teste para diferenciar grupos de interceptações no eixo x=0 -
Hipótese nula: Os grupos têm a mesma interceptação no eixo x=0
Estatística de teste: F(206, 2063) = 1,71131 com p-valor = P(F(206, 2063) > 1,71131) = 9,43718e-009
Modelo 123: Estimativas Efeitos Fixos e com
dummies
de tempo usando 2277 observações
Incluídas 207 unidades de secção-cruzada - Comprimento da série temporal = 11
Variável dependente: TOT_VEND No Painel Balanceado e com
dummies
na CERT_ISO
Erros padrão robustos (HAC)
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
CERT_ISO -124698 533377 -0,2338 0,81517
RISCO 521,256 940,111 0,5545 0,57932
LUCRAT 984,565 641,48 1,5348 0,12498
RLtoAT_TANG 130945 187519 0,6983 0,48507
ENDIV -13,1682 20,456 -0,6437 0,51982
ENDIV_1 -3,57566 19,5113 -0,1833 0,85461
TAM_EMP 121857 26269,4 4,6388 <0,00001 ***
dt_2 -1,93763e+06 880492 -2,2006 0,02787 **
dt_3 -2,00853e+06 837944 -2,3970 0,01662 **
dt_4 -1,99368e+06 824273 -2,4187 0,01566 **
dt_5 -1,79878e+06 707809 -2,5413 0,01112 **
dt_6 -1,40442e+06 547945 -2,5631 0,01045 **
dt_7 -1,23236e+06 500613 -2,4617 0,01391 **
dt_8 -1,14032e+06 438209 -2,6022 0,00933 ***
dt_9 -882146 299813 -2,9423 0,00329 ***
dt_10 -564722 224372 -2,5169 0,01191 **
dt_11 -337776 114772 -2,9430 0,00329 ***
Média da variável dependente = 2,19968e+006
Desvio padrão da variável dependente = 7,56631e+006
Soma dos resíduos quadrados = 2,6297e+016
Erro padrão dos resíduos = 3,57898e+006
R
2
não-ajustado = 0,798179
R
2
ajustado = 0,776257
Estatística-F (223, 2053) = 36,4098 (p-valor < 0,00001)
Estatística de Durbin-Watson = 0,165532
Verossimilhança-Logarítmica = -37474,3
Critério de informação de Akaike = 75396,6
Critério Bayesiano de Schwarz = 76680,2
Critério de Hannan-Quinn = 75864,8
Teste para diferenciar grupos de interceptações no eixo x=0 -
Hipótese nula: Os grupos têm a mesma interceptação no eixo x=0
Estatística de teste: F(206, 2053) = 34,998 com p-valor = P(F(206, 2053) > 34,998) = 0
296
Teste de Wald para a significância conjunta das variáveis tempo auxiliares
Estatística de teste assintótica: Qui-quadrado(10) = 30,6402 com p-valor = 0,000672598
Modelo 124: Estimativas Efeitos Fixos usando 2277 observações
Incluídas 207 unidades de secção-cruzada - Comprimento da série temporal = 11
Variável dependente: CSVtoVEND no Painel Não Balanceado e
dummies
na CERT_ISO
Erros padrão robustos (HAC)
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
CERT_ISO -2,27136 1,32152 -1,7187 0,08581 *
RISCO 0,00475823 0,0101645 0,4681 0,63975
LUCRAT -0,0399009 0,00922501 -4,3253 0,00002 ***
RLtoAT_TANG 0,833275 0,988948 0,8426 0,39956
ENDIV -0,000186423 0,000174126 -1,0706 0,28446
ENDIV_1 -0,000238851 0,000165365 -1,4444 0,14878
TAM_EMP 4,59335 0,148209 30,9923 <0,00001 ***
Média da variável dependente = 57,2728
Desvio padrão da variável dependente = 31,0294
Soma dos resíduos quadrados = 235452
Erro padrão dos resíduos = 10,6832
R
2
não-ajustado = 0,892556
R
2
ajustado = 0,881462
Estatística-F (213, 2063) = 80,4585 (p-valor < 0,00001)
Estatística de Durbin-Watson = 1,08649
Verossimilhança-Logarítmica = -8512,02
Critério de informação de Akaike = 17452
Critério Bayesiano de Schwarz = 18678,4
Critério de Hannan-Quinn = 17899,4
Teste para diferenciar grupos de interceptações no eixo x=0 -
Hipótese nula: Os grupos têm a mesma interceptação no eixo x=0
Estatística de teste: F(206, 2063) = 19,7207 com p-valor = P(F(206, 2063) > 19,7207) = 0
Modelo 125: Estimativas Efeitos Fixos usando 2277 observações
Incluídas 207 unidades de secção-cruzada - Comprimento da série temporal = 11
Variável dependente: VENDtoTOT_AT no Painel Não Balanceado e
dummies
na CERT_ISO
Erros padrão robustos (HAC)
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
CERT_ISO 8,37715 4,84886 1,7277 0,08420 *
RISCO -0,0858989 0,145177 -0,5917 0,55413
LUCRAT -0,0289949 0,0126541 -2,2914 0,02204 **
RLtoAT_TANG 28,9038 3,25195 8,8881 <0,00001 ***
ENDIV -0,000989168 0,000479955 -2,0610 0,03943 **
ENDIV_1 -0,000504972 0,00045014 -1,1218 0,26207
TAM_EMP 3,38662 0,247548 13,6806 <0,00001 ***
Média da variável dependente = 70,7659
Desvio padrão da variável dependente = 70,4441
Soma dos resíduos quadrados = 1,60547e+006
Erro padrão dos resíduos = 27,8966
R
2
não-ajustado = 0,857852
R
2
ajustado = 0,843175
Estatística-F (213, 2063) = 58,4508 (p-valor < 0,00001)
Estatística de Durbin-Watson = 0,726503
Verossimilhança-Logarítmica = -10697,6
297
Critério de informação de Akaike = 21823,1
Critério Bayesiano de Schwarz = 23049,5
Critério de Hannan-Quinn = 22270,5
Teste para diferenciar grupos de interceptações no eixo x=0 -
Hipótese nula: Os grupos têm a mesma interceptação no eixo x=0
Estatística de teste: F(206, 2063) = 31,2384 com p-valor = P(F(206, 2063) > 31,2384) = 0
Modelo 126: Estimativas MQO ("Pooled OLS") usando 2277 observações
Incluídas 207 unidades de secção-cruzada - Comprimento da série temporal = 11
Variável dependente: ROE no Painel Não Balanceado e com dummies na CERT_ISO
Erros padrão robustos (HAC)
Variável Coeficiente Erro Padrão estatística-t p-valor
const -12,0053 8,78069 -1,3672 0,17169
CERT_ISO 30,9434 26,9463 1,1483 0,25095
RISCO 0,0875297 0,0966848 0,9053 0,36540
LUCRAT 0,0566757 0,0656959 0,8627 0,38839
RLtoAT_TANG -0,819221 5,44483 -0,1505 0,88042
ENDIV -0,0680578 0,112311 -0,6060 0,54459
ENDIV_1 0,00254025 0,00720856 0,3524 0,72458
TAM_EMP -1,39839 2,02419 -0,6908 0,48974
Média da variável dependente = -23,8244
Desvio padrão da variável dependente = 517,84
Soma dos resíduos quadrados = 5,68832e+008
Erro padrão dos resíduos = 500,697
R
2
não-ajustado = 0,0679894
R
2
ajustado = 0,0651141
Estatística-F (7, 2269) = 23,6459 (p-valor < 0,00001)
Verossimilhança-Logarítmica = -17380,7
Critério de informação de Akaike = 34777,5
Critério Bayesiano de Schwarz = 34823,3
Critério de Hannan-Quinn = 34794,2
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