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porcentuais entre medidas obtidas ao avaliar o paciente em varias ocasiões ou entre
pacientes. Outras vantagens: fácil de administrar e pontuar, o paciente entende facilmente
pela sua simplicidade conceitual. A desvantagem maior consiste em considerar-se a dor
como uma experiência unidimensional, não poder ser utilizada em pacientes que
apresentem dificuldade em comunicar sua dor (crianças, deficientes auditivos, visuais e em
pacientes com deficiência cognitiva), necessita de muita concentração, o que pode ser
dificultoso no pós-operatório imediato (Finkel, Schlegel, 2003).
Estudo de Joyce, Zutshi, Hrubs, Mason (1975),
e Bodian, Robinson, Champion,
Mekell, Pell (1998), descobriram pequena diferença nos valores do escore da EVA entre
pacientes que usaram uma nova escala EVA dos que mantiveram a escala anterior.
Scott e Huskisson (1979), em seu estudo mostraram que ao se usar uma nova escala
EVA na avaliação da dor, os valores tendem a ser mais altos do que dos que apresentavam
o valor anterior, recomendando o uso da mesma escala.
Nesse estudo optou-se pela não apresentação do escore anterior, por não haver
estudos que determine claramente qual dos métodos é mais eficiente.
Para quantificar a intensidade de dor utiliza-se a Escala Numérica Verbal (ENV). As
escalas numéricas são graduadas de 0 a 10, onde 0 significa ausência de dor e 10 a pior dor
já sentida. A dor é classificada em ausência de dor (0), dor leve (1-3,9), moderada (4-7,9) e
intensa (8-10) (Schuman et. al, 2005).
Svensson et al, investigaram a dor no pós-operatório em cirurgias eletivas e
demonstraram que após 24 h da cirurgia, o número de pacientes com dor leve não mudou
substancialmente (59%), e 7% ainda apresentavam dor intensa. Após 48 horas, o número de
pacientes com ausência de dor ou leve aumentou para 72% e 2% de aumento para dor
intensa. A média de dor nas 24 horas foi 32 mm e nas 48 horas foi de 22 mm.