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VALÉRIA DA CONCEIÇÃO FEITOSA VIEIRA
Associação do Bagaço de Cana-de-açúcar, Palma
Forrageira e Uréia com Diferentes Suplementos em
Dietas de Novilhas da Raça Holandesa
UFRPE – RECIFE
FEVEREIRO – 2006
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VALÉRIA DA CONCEIÇÃO FEITOSAVIEIRA
Associação do Bagaço de Cana-de-açúcar, Palma
Forrageira e Uréia com Diferentes Suplementos em
Dietas de Novilhas da Raça Holandesa
Dissertação apresentada ao Programa de
Pós-Graduação em Zootecnia da
Universidade Federal Rural de
Pernambuco, como parte dos requisitos
para obtenção do grau de Mestre
em Zootecnia.
Orientadora: Antônia Sherlânea Chaves Véras
Conselheiro: Marcelo de Andrade Ferreira
UFRPE - RECIFE
FEVEREIRO – 2006
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Ficha catalográfica
Setor de Processos Técnicos da Biblioteca Central – UFRPE
V658a Vieira, Valéria da Conceição Feitosa
Associação do bagaço de cana-de-açúcar, palma forra-
geira e uréia com diferentes suplementos em dietas de novi-
lhas da raça Holandesa / Valéria da Conceição Feitosa Vieira.
-- 2006.
26 f. : il.
Orientadora: Antônia Sherlânea Chaves Véras.
Dissertação (Mestrado em Zootecnia) – Universidade
Federal Rural de Pernambuco. Departamento de Zootecnia.
Inclui bibliografia.
CDD 636.214
1. Bovino de leite
2. Consumo
3. Digestibilidade
4. Desempenho
5. Volumoso
6. Dieta
7. Bagaço
8. Palma forrageira
9. Produção animal
I. Véras, Antônia Sherlânea Chaves
II. Título
Associação do Bagaço de Cana-de-açúcar, Palma
Forrageira e Uréia com Diferentes Suplementos em Dietas de Novilhas
da Raça Holandesa
VALÉRIA DA CONCEIÇÃO FEITOSAVIEIRA
Dissertação defendida e aprovada em 02/03/2006, pela Banca Examinadora.
Orientadora: _____________________________________________
Profª Antônia Sherlânea Chaves Véras
Examinadores: ____________________________________________
Prof. Airon Aparecido Silva Melo
____________________________________________
Prof. Francisco Fernando Ramos Carvalho
______________________________________
Prof. Marcelo de Andrade Ferreira
UFRPE – RECIFE
FEVEREIRO – 2006
iii
BIOGRAFIA
Valéria da Conceição Feitosa Vieira, filha de Valmir José Vieira e Luiza Maria
Feitosa Vieira, nasceu em 13 de agosto de 1968, na cidade de Crato-CE. Graduou-se em
Zootecnia, em 01 de março de 1991 pela Universidade Federal Rural de Pernambuco. É
professora da Escola Agrotécnica Federal de Crato – CE, desde 22 de abril de 1996.
Em março de 2004 ingressou no Programa de Pós-Graduação em Zootecnia da
Universidade Federal Rural de Pernambuco na área de Produção de Ruminantes,
defendendo Dissertação em 02 de março de 2006.
iv
A Luquinhas, nosso anjinho de luz.
Aos meus pequenos grandes amores: Bí, Chiquinho, Kíki e Ví,
que me fazem acreditar num futuro de esperança e ver o mundo com olhos de criança.
DEDICO
v
AGRADECIMENTOS
Tarefa difícil de executar Lila, pelo apoio , amizade,
Que muito fácil se faz, Incentivo e aconselhamentos.
Escutando o coração falar. Levarei para a eternidade
Emoção me traz, Os seus ensinamentos.
Dos amados dissertar.
DEUS agradeço Tia Marilac e Tia Rita,
Por meus queridos, Pelo carinho e suporte.
Bem mais que mereço. Querida prima Dida,
Eis os escolhidos: Ter vocês é muita sorte.
Papai, exemplo de dignidade. Estimada orientadora
Mamãe, fortaleza com suavidade. Sherlânea, com afeição.
Minhas irmãs, que compartilho, Excelente professora,
O doce sabor da fraternidade. De qualidade e estação.
Pelo amor e a torcida sou grata
vi
- Aos meus avós, pela doçura e o amor dedicado.
- A D. Joana pela dedicação e afeto.
- Ao professor Marcelo, pela atenção e o exemplo profissional.
- Ao professor Chiquinho, pela simpatia e profissionalismo.
- Ao Sr Nicácio, Raquel, Sr Antônio , Dona Helena e Cristina, pela disponibilidade em
nos ajudar;
- As instituições: Universidade Federal Rural de Pernambuco, Empresa Pernambucana de
Pesquisa Agropecuária (IPA) e Escola Agrotécnica Federal de Crato, que com muito
empenho profissional, tornam possível a educação e a pesquisa.
- Enfim, a todos aqueles que contribuíram para a realização desse trabalho.
OBRIGADA !
vii
SUMÁRIO
Página
INTRODUÇÃO........................................................................................................ 08
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................... 10
Associação do Bagaço de Cana-de-açúcar, Palma Forrageira e Uréia com
Diferentes Suplementos em Dietas de Novilhas de Raça Holandesa...................... 11
Association of Sugar Cane Bagasse, Forage Cactus and Urea With Different
Supplements in Diets of Holstein Heifers.
(abstract)………………………………………………………………………...... 12
Introdução................................................................................................................ 13
Material e Métodos.................................................................................................. 16
Resultados e Discussão............................................................................................ 20
Conclusão................................................................................................................. 24
Referências Bibliográficas....................................................................................... 25
8
INTRODUÇÃO
A região Nordeste do Brasil caracteriza-se pela ocorrência do fenômeno da seca, muitas
vezes responsável pela baixa produtividade dos rebanhos, refletindo no desempenho sócio-
econômico dos estados. O Estado de Pernambuco ocupa o segundo lugar no ranking norte-
nordeste em produtividade de leite (litros/vaca/ano), e o uso de tecnologias adaptadas às
condições locais permite o estabelecimento de resultados positivos, proporcionando
progressos na atividade (EMBRAPA, 2002).
As condições do Agreste e do Sertão têm levado proprietários e técnicos a utilizarem a
palma forrageira como alimento básico para os seus rebanhos, pelo fato de seu uso ser
possível durante todo o ano, principalmente na ocorrência de estiagens prolongadas.
De composição química variável segundo a espécie, idade do artículo e época do ano
(Santos et al, 1990), é um alimento rico em carboidratos, principalmente carboidratos não-
fibrosos (Wanderley et al., 2002), possui baixos percentuais de fibra em detergente neutro e
proteína bruta (Melo et al., 2003), porém teor de nutrientes digestíveis totais (NDT) entre
61,13% a 63,73% (Magalhães et al., 2002; Melo et al., 2003).
A palma forrageira deve ser associada a alimentos fibrosos, com o propósito de
aumentar o consumo de matéria seca (MS) pelo animal e corrigir as diarréias e distúrbios
nutricionais que podem advir quando fornecida isoladamente.
9
A escolha do volumoso a ser associado à palma forrageira deverá ser feita levando-
se em conta, principalmente, o equilíbrio entre carboidratos não-fibrosos e fibrosos e o
aspecto financeiro (Ferreira, 2005).
Um suprimento adequado de energia e proteína nos alimentos traz como conseqüência
uma melhor utilização dos nutrientes para os processos produtivos e reprodutivos dos
animais.
Este trabalho foi conduzido objetivando avaliar o efeito dos diferentes suplementos com
a associação de palma forrageira, bagaço de cana-de-açúcar e uréia na dieta de novilhas da
raça Holandesa, sobre o consumo, a digestibilidade e o desempenho.
O capítulo seguinte foi redigido segundo as normas da Revista Acta Scientiarum.
10
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA. Sistemas de produção de
leite. EMBRAPA, 2002. Disponível em http://cnpgl.embrapa.br
. Acesso em 26 de março de
2005.
FERREIRA, M.A. Palma forrageira na alimentação de bovinos leiteiros. Recife: UFRPE,
Imprensa Universitária, 2005. p.19.
MAGALHÃES, M.C. dos S. et al. Cama de frango em dietas à base de palma forrageira
(Opuntia fícus indica Mill) para vacas em lactação.Revista Brasileira de Zootecnia. Viçosa,
v.33, n.6, 2002.
MELO, A. A. S. et al. Substituição parcial do farelo de soja por uréia e palma forrageira
(Opuntia fícus indica Mill) em dietas para vacas em lactação – desempenho. Revista
Brasileira de Zootecnia, Viçosa, v.32, n.3, p.727-736, 2003.
SANTOS, M.V.F. dos S. et al. Estudo comparativo das cultivares de palma forrageira gigante
redonda (Opuntia fícus indica Mill) e miúda ( Nopalea cochenillifera Salm Dick) na
produção de leite. Revista Brasileira de Zootecnia, Viçosa, v.19, n.6 p.504-511, 1990.
WANDERLEY, W.L. et al. Palma forrageira (Opuntia ficus-indica Mill) em substituição à
silagem de sorgo (Sorghum bicolor (L.) Moench) na alimentação de vacas leiteiras. Revista
Brasileira de Zootecnia, Viçosa, v.31, n.1, p. 273 – 281, 2002.
11
ASSOCIAÇÃO DO BAGAÇO DE CANA-DE-AÇÚCAR, PALMA
FORRAGEIRA E URÉIA COM DIFERENTES SUPLEMENTOS EM DIETAS DE
NOVILHAS DA RAÇA HOLANDESA¹
Bagaço, Palma com Suplementos em Dietas de Novilhas Leiteiras
VALÉRIA DA CONCEIÇÃO FEITOSA VIEIRA²*, ANTÔNIA SHERLÂNEA CHAVES
VÉRAS³, MARCELO DE ANDRADE FERREIRA³.
¹ Parte da Dissertação do Mestrado do primeiro autor, apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Zootecnia da
UFRPE; Apoio: Universidade Federal Rural de Pernambuco e Empresa Pernambucana de Pesquisa Agropecuária(IPA);
² *Aluna do Programa de Pós Graduação em Zootecnia. Professora da Escola Agrotécnica Federal de Crato – CE;
³ Professor Departamento de Zootecnia. Universidade Federal Rural de Pernambuco. Bolsista em Produtividade em
Pesquisa do CNPq. * Autor para correspondência: [email protected].
RESUMO - O experimento foi conduzido para avaliar o efeito de diferentes suplementos
sobre o consumo, digestibilidade e desempenho de novilhas Holandesas, alimentadas com
dietas baseadas em palma forrageira, bagaço de cana e uréia. Foram utilizados doze animais
com peso vivo médio de 240 kg, confinados por um período de 56 dias. A dieta basal foi
fornecida à vontade e foi constituída de palma forrageira (69,8%), bagaço de cana (27,6%) e
uréia (2,6%). As novilhas recebiam como suplementação, 1 kg de farelo de trigo, 1 kg de
farelo de soja ou 1 kg de milho moído. Os consumos de matéria seca, em kg/dia e % do peso
vivo, matéria orgânica, fibra em detergente neutro (FDN), carboidratos totais e carboidratos
não-fibrosos em kg/dia, não diferiram entre os suplementos, apresentando as seguintes
médias: 7,79 kg/dia; 3,30%; 7,27 kg/dia; 3,34 kg/dia; 6,15 kg/dia e 2,81 kg/dia,
respectivamente. As novilhas que receberam farelo de soja como suplemento apresentaram
maiores consumos de proteína bruta (PB) e nutrientes digestíveis totais, do que os outros
(1,31 e 5,00 kg/dia), respectivamente. A dieta suplementada com fubá de milho apresentou
menores coeficientes de digestibilidade aparente de PB e FDN. As novilhas suplementadas
com farelo de soja apresentaram maior ganho de peso (1,17 kg/dia). Já os animais
suplementados com farelo de trigo apresentaram maior ganho de peso (0,71 kg/dia) do que
aqueles alimentados com milho moído (0,24 kg/dia). O farelo de soja foi o suplemento que
apresentou melhor desempenho.
PALAVRAS-CHAVE: bovino de leite, consumo, desempenho, digestibilidade, volumoso.
12
Association of sugar cane bagasse, forage cactus and urea with different supplements in
diets of Holstein heifers
ABSTRACT – The experiment was conducted to evaluate the effect of different supplements
of the performance of Holstein heifers, fed with diet based forage cactus (Opuntia ficus-
indica, Mill) (69,8%), sugar cane bagasse (27,6%) and urea (2,6%). Twelve heifers, with
average weight of 240 kg were housed for a period of the 56 days. The basal diet was offered
ad libitum. The heifers received as supplementation, 1 kg of wheat meal, 1 kg of soybean
meal or 1 kg corn . The intakes of dry matter (DM) in kg/day, % of live weight (LW), organic
matter, neutral detergent fiber (NDF), total carbohydrates and nonfiber carbohydrater were
not affected by the supplement (7.79 kg/d; 3.30% LW; 7.27 kg/d; 3.34 kg/d; 6.15 kg/d and
2.81 kg/d, respectively). The heifers received soybean meal as supplement, showed larger
intake crude protein and total digestible nutrient (TDN) (1.31 and 5,00, respectively). The
supplemented diet corn showed little coefficient apparent digestibility of crude protein and
NDF. The heifers supplemented soybean meal showed larger daily gain (1.17 kg/d). The
soybean meal showed the better performance of animals.
KEY WORDS: Dairy cattle, intake, digestibility, performance, roughage
13
INTRODUÇÃO
No Brasil, os modernos sistemas de produção de leite têm se preocupado não só
com os aspectos relacionados aos índices de produção e produtividade, mas também com
o retorno econômico.
A atividade pecuária leiteira no Nordeste caracteriza-se por grande número de pequenos
e médios produtores. Dos que vivem na atividade agropecuária nesta região, 42% estão
envolvidos com a pecuária, o que corresponde a mais de 3 milhões de pessoas. Em
Pernambuco, 55,51% produziram, em 1997, menos de 100 litros de leite/dia, e 30%, menos
de 50 litros/dia. Dessa forma, o grande desafio de todos os envolvidos no agronegócio do leite
regional é viabilizar as propriedades, transformando-as em empresas eficientes, lucrativas e
sustentáveis (PIMENTEL & SOUZA NETO, 2000).
Além da baixa produção, o longo intervalo de parto, idade avançada ao primeiro parto,
altas taxas de mortalidade, e outros são responsáveis pelo baixo desempenho do rebanho
leiteiro nas regiões semi-áridas, causado, dentre outros fatores, pela escassez de alimentos,
principalmente nas épocas de estiagem. Para que os problemas citados anteriormente sejam
minimizados, há necessidade de uma estratégia de alimentação, utilizando recursos locais e
ou de custos reduzidos.
Na composição do custo de alimentação, não só os alimentos concentrados, mas
também os volumosos têm participação importante, pois representam de 40 a 80% de matéria
seca (MS) da dieta de várias categorias que compõem o rebanho leiteiro.
Trabalhos com animais em crescimento, embora em número restrito, indicam a
viabilidade da palma forrageira como alimento base na dieta de bovinos de leite para esta
14
categoria. As principais deficiências dessa cactácea, como compostos nitrogenados e
fibra em detergente neutro (FDN), podem ser minimizadas com a inclusão de alimentos de
baixo custo
e de fácil aquisição (dependendo da região) como o bagaço de cana e a uréia (FERREIRA,
2005).
O bagaço de cana-de-açúcar é um dos subprodutos mais utilizados como fonte de
alimento para ruminantes, pois, além da grande quantidade produzida, sua disponibilidade
ocorre exatamente no período de escassez de forragem. Entretanto, o bagaço de cana
apresenta restrição de uso na alimentação de bovinos, pois pode reduzir o consumo total de
matéria seca (VIRMOND, 2001).
O bagaço de cana é resultado da extração do caldo da cana-de-açúcar e é caracterizado
como um alimento com altos teores de parede celular, baixa densidade energética e pobre em
proteínas e minerais, constituindo-se um volumoso de baixo valor nutritivo e de baixo
potencial de uso na alimentação animal (NUSSIO & BALSALOBRE, 1993).
Nível adequado de fibra se faz necessário na ração de ruminantes, principalmente na de
vacas leiteiras, exigentes em tal componente para o normal funcionamento do rúmen e de
atividades pertinentes a ele, tais como: ruminação, movimentação ruminal, homogeneização
do conteúdo ruminal, secreção salivar (que favorece a estabilização do pH ótimo ruminal) e
manutenção do teor de gordura do leite em níveis desejáveis (MERTENS, 1992).
A palma forrageira é um alimento suculento de grande importância para os rebanhos,
principalmente no período seco do ano, pois além de fornecer um alimento verde, supre
grande parte das necessidades de água dos animais na época da escassez (SANTOS et al.,
1997). Segundo OLIVEIRA (1996), a palma deve ser considerada, principalmente como fonte
de água e uma boa e barata fonte de energia, devendo ser associada a outros alimentos como
feno, silagem e palhadas, com o propósito de aumentar o consumo de MS pelo animal
15
e corrigir as diarréias e distúrbios nutricionais que podem advir quando fornecida
isoladamente, conforme discutido anteriormente.
Devido à necessidade de complementar a utilização da palma com alimentos fibrosos,
FERREIRA et al. (2000) avaliaram a associação da palma forrageira com diferentes fontes de
fibra (sacharina, silagem de sorgo, bagaço de cana hidrolisado e bagaço de cana in natura) na
alimentação de vacas mestiças em lactação, concluindo que não houve efeito dos diferentes
tipos de volumosos sobre consumo de MS, produção e teor de gordura do leite.
TORRES et al. (2003) avaliaram a associação da palma forrageira com níveis crescentes
de bagaço de cana em dietas para machos mestiços de origem leiteira e concluíram que o
ganho de peso diminuiu com a inclusão do bagaço de cana e que o consumo máximo foi
alcançado com 30% de bagaço de cana na dieta.
Novilhas mestiças recebendo dietas com 30% de bagaço de cana; 50% de palma
forrageira e 20% de farelo de soja, consumiram 2,88% do peso vivo de matéria seca e
ganharam 1,15 kg/dia.(TORRES et al., 2003).
É prática comum, pelos pecuaristas, suplementar os animais com alimentos
concentrados disponíveis no mercado. Entre os mais comuns, o milho, o farelo de trigo, farelo
de soja e farelo de algodão. A utilização dos suplementos poderá resultar em diferentes
respostas de desempenho em razão das diferenças existentes no seu valor nutricional e na
quantidade utilizada.
O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de diferentes suplementos sobre o
consumo, digestibilidade e desempenho de novilhas da raça Holandesa, alimentadas com
dietas à base de palma forrageira, bagaço de cana e uréia.
16
MATERIAL E MÉTODOS
O experimento foi conduzido na Estação Experimental da Empresa Pernambucana de
Pesquisa Agropecuária (IPA), situada no município de São Bento do Una. Esta cidade fica
localizada na mesorregião do Agreste Setentrional e microrregião do Vale do Ipojuca, tendo
como coordenadas geográficas de posição 8°31’16” de latitude sul e 36°33’0” de longitude
oeste, com altitude de 650m. A precipitação pluviométrica média da região está em torno de
629,9 mm por ano, concentrada nos meses de março a julho, sendo responsável por
aproximadamente 60% do volume total anual. As temperaturas mais elevadas são observadas
nos meses de novembro a janeiro, sendo superiores a 30° C. A temperatura média mensal
varia de 21,7 a 25° C e mínima de 15,7 e 15,2° C. A umidade relativa do ar em média de 66%
(FIDEPE, 1982).
Foram utilizadas 12 novilhas da raça Holandesa, com peso vivo médio inicial de 240 +
28 kg. Os animais foram mantidos em regime de confinamento, em baias individuais, com
piso de concreto coberto com telha de barro e dotadas de cocho e bebedouro individuais.
O período de adaptação às instalações e ao manejo teve duração de 14 dias, uma vez
que as novilhas eram provenientes da própria estação e foram submetidas ao mesmo manejo e
já estavam recebendo palma com bagaço de cana anteriormente. Todos os animais receberam
vitaminas ADE e foram vermifugados, tratados contra ectoparasitos e pesados. Após o
período de adaptação, as novilhas foram distribuídas ao acaso, nos tratamentos. O período de
observação teve duração de 56 dias. Foi realizada uma pesagem no início do experimento, aos
28 e 56 dias, para determinação do ganho de peso vivo. Antes das pesagens, as novilhas
passaram por jejum prévio de sólidos por um período de 16 horas.
Os animais foram alimentados com uma dieta basal constituída de palma forrageira
(69,8%), bagaço de cana-de-açúcar (27,6%) e mistura uréia: sulfato de amônia 9:1 (2,6%). A
17
palma forrageira utilizada foi a Opuntia fícus-indica Mill cv. Gigante, que foi cortada
em pequenos pedaços, de modo a permitir maior homogeneidade na mistura quando fornecida
associada a outro ingrediente, visando minimizar a seleção animal. Sal mineral foi oferecido à
vontade em cocho separado.
Os tratamentos foram os diferentes suplementos, farelo de trigo, farelo de soja ou milho
moído, que foram fornecidos na base de 1kg/novilha/dia. A composição percentual das dietas
experimentais e a composição bromatológica dos alimentos e da dieta basal e das dietas
encontram-se nas Tabelas 1,2 e 3, respectivamente.
Tabela 1. Composição percentual das dietas experimentais
Tratamentos
Ingrediente
________________________________________________________
Farelo de Trigo Farelo de Soja Milho Moído
Palma Forrageira (%) 62,10 62,10 62,10
Bagaço de Cana (%) 24,60 24,60 24,60
Farelo de Trigo (%) 11,00 - -
Farelo de Soja (%) - 11,00 -
Milho Moído (%) - - 11,00
Uréia:Sulfato de Amônia 9:1(%) 2,30 2,30 2,30
Tabela 2. Composição bromatológica dos alimentos e da dieta basal
Nutrientes (% na matéria seca)
Ingrediente _______ ________________________________________________
MS(%) MO PB FDN FDA EE CHT CNF
___________________________________________________________________________
Palma Forrageira 9,62 91,04 4,22 34,39 20,01 1,63 85,19 50,80
Bagaço de Cana 30,80 95,85 1,40 84,01 63,82 0,61 93,84 9,83
Farelo de Soja 89,02 93,46 52,42 15,25 10,18 2,44 38,60 23,35
Farelo de Trigo 89,86 93,24 17,24 44,22 13,43 4,05 71,95 27,73
Milho Moído 88,30 98,68 10,64 16,32 3,56 3,99 84,05 67,73
Dieta Basal 12,24 89,91 10,35 47,16 31,56 1,30 85,28 38,12
18
Tabela 3. Composição bromatológica das dietas
Suplemento
__________________________________________________
Farelo de Trigo Farelo de Soja Milho Moído
Nutrientes _________________________________________________________________
MS (%) 7,40 7,40 7,40
MO ¹ 92,92 93,35 93,82
PB ¹ 12,28 14,70 10,56
FDN ¹ 44,85 42,19 41,83
CHT ¹ 79,03 76,68 81,61
CNF ¹ 34,17 34,49 39,78
NDT ¹ 55,69 58,38 52,60
¹ % na MS.
Para determinação do consumo dos nutrientes, os alimentos fornecidos e as sobras
foram pesados diariamente.
Durante o período experimental, semanalmente, amostras dos alimentos fornecidos,
bem como das sobras (5 – 10%), foram recolhidas diariamente pela manhã, pré-secas em
estufa de ventilação forçada e armazenadas para posterior processamento, sendo que ao final
do experimento foi feita uma amostra composta por período de 28 dias. Foram feitas duas
coletas de fezes, uma no primeiro e outra no segundo período. As determinações de matéria
seca (MS), matéria mineral, proteína bruta (PB), extrato etéreo (EE), foram efetuadas segundo
metodologia descrita por Silva e Queiroz (2002). Para determinação das frações da parede
celular, fibra em detergente neutro (FDN) e fibra em detergente ácido (FDA), utilizaram-se
metodologia recomendada pelo fabricante do aparelho ANKON, com modificação em relação
aos sacos, onde utilizaram-se sacos de nylon, confeccionados no Laboratório de Nutrição
Animal.
Para as determinações de FDN dos ingredientes concentrados e da palma forrageira
foram utilizadas alfa-amilase e uréia a 8 molar.
19
Para estimativa dos carboidratos totais (CHT) foi usada a equação proposta por
Sniffen et al (1992), CHT = 100 – (%PB + %EE + %MM). Já os carboidratos-não-fibrosos,
foram estimados segundo Mertens (1997), onde: CNF = 100 – (FDN + %PB + %EE +
%MM). O consumo de nutrientes digestíveis totais (CNDT), em kg, e os teores de NDT
foram estimados segundo Sniffen et al. (1992), pelas equações:
CNDT = (PB ingerida – PB fecal) + 2,25 (EE ingerido – EE fecal) + (CHT ingerido – CHT
fecal)
NDT(%) = (Consumo de NDT/Consumo de MS) * 100
Na estimativa da produção de matéria seca fecal para determinação dos coeficientes de
digestibilidade aparente dos nutrientes foi utilizada a fibra em detergente ácido indigestível
(FDAi) como indicador interno (Cochran et al., 1986), sendo que amostras do alimento
fornecido, sobras e fezes foram colocadas em sacos de ANKON incubadas in situ por 144
horas (Craig et al., 1984), em bovino com fístula permanente no rúmen, determinando-se em
seguida a FDA remanescente, que foi considerada como FDAi.
Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variância e, para comparação entre
médias, adotou-se o teste de Student Newman Kells (SNK). Todas as análises foram
efetuadas por intermédio do programa SAEG (UFV, 1998).
20
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os dados referentes ao consumo dos diferentes nutrientes são mostrados na Tabela
4.
Tabela 4. Consumos de matéria seca (CMS), matéria orgânica (CMO), proteína bruta
(CPB), fibra em detergente neutro (CFDN), carboidratos totais (CCHT),
carboidratos-não-fibrosos (CCNF) e de NDT (CNDT), em função dos
diferentes suplementos
Suplemento
Item
Farelo de Trigo Farelo de Soja Milho Moído
CV (%)
CMS (kg/dia) 7,49
a
8,58
a
7,29
a
13,70
CMS (% PV) 3,13
a
3,61
a
3,15
a
23,46
CMO (kg/dia) 6,96
a
8,01
a
6,84
a
14,82
CPB (kg/dia) 0,92
b
1,31
a
0,77
b
12,58
CFDN (kg/dia) 3,36
a
3,62
a
3,05
a
16,86
CFDN (% PV) 1,40
a
1,52
a
1,32
a
24,90
CCHT (kg/dia) 5,92
a
6,58
a
5,95
a
15,27
CCNF (kg/dia) 2,56
a
2,96
a
2,90
a
13,50
CNDT (kg/dia) 4,17
b
5,00
a
3,83
b
10,75
Letras iguais, na linha, não diferem entre si pelo teste SNK (P>0,05).
Para os distintos suplementos não foram observadas diferenças (P>0,05) quanto
aos consumos de matéria seca, matéria orgânica, fibra em detergente neutro, carboidratos
totais e carboidratos-não-fibrosos. Por outro lado, as novilhas que receberam o farelo de
soja como suplemento, consumiram maiores quantidades (P<0,05) de proteína bruta e
nutrientes digestíveis totais (NDT). Apesar do consumo de matéria seca não ter diferido,
maior valor absoluto foi observado para o tratamento com farelo de soja. Como as
novilhas receberam a mesma dieta basal e pelo fato do farelo de soja apresentar alto teor
de proteína bruta, maior consumo deste nutriente foi verificado neste tratamento. O
mesmo fato ocorreu para o consumo de NDT, já que a dieta com farelo de soja também
apresentou maior valor de NDT, conforme pode ser visualizado na Tabela 5.
21
Os coeficientes de digestibilidade aparente e o teor de NDT das dietas
experimentais, em função dos diferentes suplementos, são mostrados na Tabela 5.
Tabela 5. Coeficientes de digestibilidade aparente de matéria seca (CDAMS), matéria
orgânica (CDAMO), proteína bruta (CDAPB), fibra em detergente neutro
(CDAFDN) e teor de NDT em função dos diferentes suplementos
Suplementos
Item
Farelo de Trigo Farelo de Soja Milho Moído
CV(%)
CDAMS (%) 55,81
ab
58,56
a
52,25
b
6,19
CDAMO (%) 58,64
ab
61,02
a
55,12
b
5,10
CDAPB (%) 71,91
b
79,79
a
57,33
c
5,36
CDAFDN (%) 30,99
a
32,05
a
24,07
b
8,24
NDT (%) 55,69
ab
58,38
a
52,60
b
4,88
Letras iguais, na linha, não diferem entre si pelo teste SNK (P>0,05).
Como pode ser verificado, a dieta suplementada com farelo de soja apresentou
maior coeficiente de digestibilidade aparente (P<0,05) de matéria seca, matéria orgânica e
teor de NDT, do que aquela suplementada com o milho moído. Para proteína bruta houve
diferença (P<0,05), sendo o maior coeficiente apresentado para a dieta suplementada com
o farelo de soja (79,79%) e o menor para aquela suplementada com o milho moído
(57,33%). Já para o coeficiente de digestibilidade aparente da FDN, não houve diferença
(P>0,05) entre as dietas suplementadas com farelo de soja e trigo, que foram superiores
(P<0,05) àquela suplementada com o milho moído.
A dieta basal apresentou alto teor de carboidratos-não-fibrosos (38,12%). Segundo
Batista et al (2002), a palma forrageira apresenta alta degradabilidade dos seus
constituintes, principalmente da matéria seca, provavelmente, devido ao alto conteúdo de
carboidratos não-estruturais (CNE) encontrados na palma forrageira. Estes dois fatores
poderiam implicar em alta taxa de passagem ruminal. Com a adição de milho, alimento
com alto teor de carboidratos-não-fibrosos (67,73%), a taxa de passagem ruminal poderia
ter aumentado, acarretando em menores coeficientes de digestibilidade
22
aparente. Detmann et al.(2003), em revisão sobre consumo de FDN por bovinos em
confinamento, relataram queda na digestibilidade da FDN com aumento na proporção de
carboidratos-não-fibrosos na dieta.
Os pesos inicial e final, e o ganho médio diário de acordo com o suplemento são
mostrados na Tabela 6.
Tabela 6. Peso inicial (PI), peso final (PF) e ganho médio diário (GMD) de novilhas em
função dos diferentes suplementos
Suplementos
Itens
Farelo de Trigo Farelo de Soja Milho Moído
CV(%)
PI (kg) 223,3
a
209,75
a
228,5
a
13,50
PF (kg) 263,28
a
275,30
a
242,10
a
12,30
GMD (kg/dia) 0,71
b
1,17
a
0,24
c
19,13
Letras iguais, na linha, não diferem entre si pelo teste SNK (P>0,05).
Não houve diferença (P>0,05) entre os pesos inicial e final das novilhas. Porém, os
animais que receberam o farelo de soja apresentaram maior ganho (P<0,05) do que os
outros suplementos. Também, as novilhas que receberam o farelo de trigo ganharam mais
peso (P<0,05) do que aquelas que receberam milho.
As novilhas que receberam o farelo de soja consumiram maiores quantidades de
proteína e NDT do que os demais, o que pode explicar o maior ganho verificado. Por outro
lado, não houve diferença nos consumos de proteína bruta e NDT entre farelo de trigo e
milho moído. Dessa forma, o que explicaria a grande diferença entre o ganho de peso,
poderia ser a maior ou menor utilização desses nutrientes. Como mostrado na Tabela 5,
com a utilização do milho, houve queda na digestibilidade da proteína bruta e da FDN.
Outro ponto importante, é que o milho foi o suplemento com menor teor de proteína bruta,
então pode ter havido um excesso de proteína degradável no rúmen. Segundo o NRC
(2001), a síntese de proteína microbiana depende da disponibilidade de carboidratos e de
nitrogênio no rúmen. As bactérias são, geralmente, capazes de
23
capturar maior parte da amônia liberada, ou da deaminação de aminoácidos, ou da
hidrólise de compostos nitrogenados-não-protéicos. Entretanto, podem existir certas
condições nas quais a taxa de liberação de amônia pode exceder a sua utilização pelos
microrganismos ruminais. Exemplos de tais condições seriam o excesso de nitrogênio-
não-protéico, ou a baixa disponibilidade de energia no rúmen (Maeng et al., 1997, citados
pelo NRC, 2001).
O ganho verificado quando da utilização do farelo de soja foi bastante semelhante
ao relatado por Torres et al.(2003), ao alimentarem novilhas mestiças com dietas à base de
palma forrageira (50%), bagaço de cana (30%) e farelo de soja (20%), que foi de 1,15
kg/dia.
O peso médio das novilhas foi em torno de 240 kg. Na Tabela 7 foi feita uma
comparação entre a estimativa de consumo de alguns nutrientes, segundo o NRC (1989 e
2001), para novilhas de 250 kg e ganho de peso de peso de 0,7 kg/dia, e os consumos
verificados de acordo com cada suplemento.
Tabela 7. Consumos de matéria seca, proteína bruta e nutrientes digestíveis totais,
preditos pelo NRC (1989 e 2001), para novilhas com peso de 250 kg e ganho
de 0,7 kg/dia, e verificados, de acordo com os diferentes suplementos
Verificados
Item NRC 2001 NRC 1989
F. de Trigo F. de Soja Milho Moído
MS (kg/dia) 6,10 5,65 7,49 8,58 7,29
PB (kg/dia) 0,76 0,79 0,92 1,31 0,77
NDT (kg/dia) 3,76 3,70 4,17 5,00 3,83
Pode-se verificar que o consumo de matéria seca observado foi muito superior
aquele preconizado pelo NRC. A explicação provável para este fato foi o baixo teor
energético das dietas que, resultou em aumento no consumo para atendimento das
exigências. Para o farelo de trigo, onde o ganho de peso foi 0,71 kg/dia, o consumo de
NDT foi superior ao predito, com pequeno excesso para consumo de proteína bruta.
24
com relação ao farelo de soja, o consumo, tanto de NDT, quanto de proteína
bruta, foi muito acima das exigências, o que resultou em ganho de peso maior (1,17
kg/dia). Quando as novilhas foram suplementadas com milho, os consumos de NDT e PB
ficaram próximos das exigências, porém o ganho de peso foi muito menor (0,24 kg/dia).
Como discutido anteriormente, como o milho foi o suplemento com menor teor de
proteína, o excesso de proteína degradada no rúmen pode ter contribuído para o ganho
verificado.
Os resultados deste trabalho indicam a viabilidade de utilização da palma
forrageira como alimento base na dieta de bovinos de leite em crescimento. As principais
deficiências dessa cactácea, compostos nitrogenados e fibra em detergente neutro, podem
ser minimizadas, com a inclusão na dieta de alimentos de baixo custo e de fácil aquisição,
dependendo da região, como o bagaço de cana e a uréia; sendo que o suplemento a ser
utilizado fica na dependência do ganho de peso a ser alcançado, da disponibilidade e do
preço.
CONCLUSÕES
O farelo de soja foi o suplemento que proporcionou o melhor desempenho de
novilhas da raça holandesa, alimentadas com dietas à base de palma forrageira, bagaço de
cana e mistura uréia:sulfato de amônia.
A escolha do suplemento deverá levar em conta fatores como, nível de desempenho,
disponibilidade e preço.
25
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PERNAMBUCO / FIDEPE, 1982. São Bento do Uma. Recife, 1982 – 80 p. (Monografias
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26
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