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RAFAELI RAMOS DE MOURA
ASSOCIAÇÃO DE MARCADORES RAPD A LOCOS
DE RESISTÊNCIA DE FEIJOEIRO A Colletotrichum
lindemuthianum.
CAMPINAS
ESTADO DE SÃO PAULO
2005
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RAFAELI RAMOS DE MOURA
ASSOCIAÇÃO DE MARCADORES RAPD A LOCOS
DE RESISTÊNCIA DE FEIJOEIRO A Colletotrichum
lindemuthianum.
Dissertação apresentada à comissão de Pós-
graduação do Instituto Agronômico- IAC, na
área de concentração de Melhoramento
Genético Vegetal, como requisito parcial à
obtenção do título de Mestre.
Orientador: Dr. Carlos Augusto Colombo
Co-0rientador: Dr. Sérgio Augusto Morais
Carbonell.
CAMPINAS
ESTADO DE SÃO PAULO
2005
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RAFAELI RAMOS DE MOURA
ASSOCIAÇÃO DE MARCADORES RAPD A LOCOS
DE RESISTÊNCIA DE FEIJOEIRO A Colletotrichum
lindemuthianum.
Dissertação apresentada à comissão de Pós-
graduação do Instituto Agronômico- IAC, na
área de concentração de Melhoramento
Genético Vegetal, como requisito parcial à
obtenção do título de Mestre.
COMISSÃO EXAMINADORA
_________________________________________
Dr. Carlos Augusto Colombo
Instituto Agronômico- IAC
_________________________________________
Dra. Margarida Fumiko Ito
Instituto Agronômico- IAC
_________________________________________
Dr. Antonio Carlos Maringoni
Universidade Estadual Paulista- UNESP
Campinas, ___ de__________ de 2005.
Ficha elaborada pela Bibliotecária do Núcleo de Informação e
Documentação - Instituto Agronômico de Campinas
Vangri de Oliveira Camargo
M866a Moura, Rafaeli Ramos de
Associação de marcadores RAPD a locos de resistência
em feijoeiro a Colletotrichum lindemuthianum /, Rafaeli
Ramos Moura. Campinas: Instituto Agronômico, 2005.
94 fls. : il.
Orientador: Prof. Dr. Carlos Augusto Colombo
Co-orientador: Prof. Dr. Sérgio Augusto Moraes
Carbonell
Dissertação (Mestrado em Melhoramento Genético
Vegetal) – Instituto Agronômico de Campinas
1. Colletotrichum lindemuthianum. 2. Antracnose.
3. Phaseolus vulgaris. 4. Feijão. 5. Seleção assistida.
I.Colombo, Carlos Augusto. II. Carbonell, Sérgio Augusto
Moraes. III. Instituto Agronômico de Campinas. IV. Título
CDD – 589.243
Aos meus pais que sempre investiram e contribuíram decisivamente para minha
formação científica deixando, muitas vezes, de lado seus sonhos para que eu
realizasse os meus.
DEDICO
AGRADECIMENTOS
Ao meu pai Eli, minha mãe Eunice e meus irmãos Rimena e Frederico pelo apoio e pela
confiança que depositaram em mim nas horas mais difíceis, mesmo que distantes,
mostrando-me a minha capacidade de superar os desafios.
Às preciosas pessoas que estiveram ao meu lado e puderam comigo, dividir muitos intensos
momentos, que serão lembrados com muito carinho por toda a minha vida: Camila (Camis),
Marília (Maroca) e Tiago (Cabeção) e ao meu amigo Gilvan (Buba), que apesar de distante,
está aqui bem pertinho no meu coração.
Ao Prof. e orientador Dr. Carlos, à Dra Margarida e ao Dr. Sérgio por compartilharem seus
conhecimentos e experiências profissionais, que me foram fundamentais para a realização
deste estudo.
A todos os amigos do curso de mestrado pelos muitos bons momentos que passamos juntos
e pela força que me deram direta e indiretamente para a realização e finalização deste curso.
Ao pessoal dos laboratórios do IAC que sempre estiveram prontos a me ajudar nos mais
diversos problemas que surgiram no decorrer de todo o trabalho e também pela agradável
companhia nos períodos de folga entre uma reação e outra: Paula, Guilherme, Renata,
Áurea, Luciana, Regina, Milene, Roselaine, Natalie e à Marília e ao Alisson que, além da
fundamental participação para a realização desse estudo, são uns amigos muito estimados.
À Coordenadoria do curso de Pós-graduação, pela oportunidade da realização deste
Mestrado e por colocar à disposição dos alunos, profissionais altamente qualificados que
contribuíram para a nossa formação de opinião científica.
“A vontade é um forte elemento na
conquista de uma vida vitoriosa. Ter
vontade é ter iniciativa e poder para
agir após feita a escolha. É discernir o
momento certo de parar e o instante
adequado para avançar”
Tito Oscar
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS........................................................................................................... v
LISTA DE TABELAS.......................................................................................................... viii
RESUMO.............................................................................................................................. ix
ABSTRACT......................................................................................................................... x
1. INTRODUÇÃO................................................................................................................ 01
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICAS....................................................................................... 04
2.1. Características Gerais do Feijoeiro Comum (Phaseolus vulgaris L.) .......................... 04
2.2. Importância Econômica................................................................................................. 05
2.3. Antracnose..................................................................................................................... 06
2.3.1. Colletotrichum lindemuthianum e raças fisiológicas.................................................. 07
2.3.2. Fontes de resistência a Colletotrichum lindemuthianum............................................ 12
2.4. Seleção Assistida no Melhoramento Genético Vegetal................................................. 16
2.4.1. Marcadores moleculares RAPD (Random amplified polymorphic DNA)................. 16
3. MATERIAL E MÉTODOS.............................................................................................. 26
3.1. Avaliação dos genótipos de feijoeiro quanto à resistência às três raças 31, 65 e 89 de
Colletotrichum lindemuthianum...........................................................................................
26
3.1.1. Germoplasma de Feijão.............................................................................................. 26
3.1.2. Obtenção das Raças de Colletotrichum lindemuthianum........................................... 26
3.1.3. Avaliação dos sintomas da antracnose....................................................................... 30
3.2. Marcadores RAPD ligados aos alelos de resistência em feijoeiro às raças de
Colletotrichum lindemuthianum...........................................................................................
31
3.2.1. Extração de DNA das amostras de Phaseolus vulgaris.............................................. 31
3.2.2. Marcador molecular: RAPD....................................................................................... 32
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO...................................................................................... 35
4.1. Avaliação dos Genótipos de Feijoeiro quanto à Resistência às Raças 32, 65 e 89 de
Colletotrichum lindemuthianum ..........................................................................................
35
4.2. Co-evolução entre Phaseolus vulgaris e Colletotrichum lindemuthianum .................. 38
4.3. Associação dos Marcadores RAPD aos Alelos de Resistência às Raças do Patógeno. 41
4.3.1. Gene Co-1................................................................................................................. 43
4.3.2. Gene Co-2................................................................................................................... 45
4.3.3. Gene Co-4................................................................................................................... 49
4.3.3.1. Gene Co-4
2
............................................................................................................... 56
4.3.4. Gene Co-5................................................................................................................... 59
4.3.5. Gene Co-6................................................................................................................... 61
4.4. Considerações Gerais..................................................................................................... 68
5. CONCLUSÕES................................................................................................................ 74
6. PERSPECTIVAS.............................................................................................................. 76
7. REFERÊNCIAS............................................................................................................... 78
APÊNDICE........................................................................................................................... 90
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Resposta diferenciada dos genótipos à infecção das três raças de
Colletotricum lindemuthianum: 31, 65 e 89........................................................................
35
Figura 2 - Resposta de acessos de feijoeiro à infecção das três raças de
Colletotrichum lindemuthianum e classificados segundo sua origem
em mesoamericanos, andinos, geneticamente melhorados e desconhecidos.......................
39
Figura 3 - Análise eletroforética do marcador F10 .............................................................. 43
Figura 4 - Acessos de feijoeiro de diferentes origens submetidas à infecção pelas
raças 31, 65 e 89 de Colletotrichum lindemuthianum, em que ocorreram
amplificações RAPD do marcador F10
(530)
(Operon Technologies)....................................
45
Figura 5 - Perfil de amplificação do marcador Q4 e H20..................................................... 47
Figura 6 - Acessos de feijoeiro de diferentes origens submetidas à infecção pelas
raças 31, 65 e 89 de Colletotrichum lindemuthianum, em que ocorreram
amplificações RAPD do marcador Q4
(1440)
(Operon Technologies)....................................
48
Figura 7 - Acessos de feijoeiro de diferentes origens submetidas à infecção pelas
raças 31, 65 e 89 de Colletotrichum lindemuthianum, em que ocorreram
amplificações RAPD do marcador H20
(450)
(Operon Technologies)...................................
48
Figura 8 - Perfil de amplificação dos marcadores C8_900, B3_1800 e Y20_830............... 50
Figura 9 - Acessos de feijoeiro de diferentes origens submetidos à infecção pelas
raças 31, 65 e 89 de Colletotrichum lindemuthianum, em que ocorreram
amplificações RAPD do marcador Y20
(830)
(Operon Technologies)...................................
52
Figura 10 - Acessos de feijoeiro de diferentes origens submetidos à infecção pelas
raças 31, 65 e 89 de Colletotrichum lindemuthianum, em que ocorreram
amplificações RAPD do marcador B3
(1800)
(Operon Technologies)....................................
52
Figura 11 - Acessos de feijoeiro de diferentes origens submetidos à infecção pelas
raças 31, 65 e 89 de Colletotrichum lindemuthianum, em que ocorreram
amplificações RAPD do marcador C8
(900)
(Operon Technologies)......................................
53
Figura 12 - Acessos de feijoeiro de diferentes origens submetidos à infecção pelas
raças 31, 65 e 89 de Colletotrichum lindemuthianum, em que ocorreram
amplificações RAPD do marcador J1
(1380)
(Operon Technologies).....................................
54
Figura 13 - Acessos de feijoeiro de diferentes origens submetidos à infecção pelas
raças 31, 65 e 89 de Colletotrichum lindemuthianum, em que ocorreram
amplificações RAPD do marcador I16
(850)
(Operon Technologies).....................................
54
Figura 14 - Acessos de feijoeiro de diferentes origens submetidos à infecção pelas
raças 31, 65 e 89 de Colletotrichum lindemuthianum, em que ocorreram
amplificações RAPD do marcador A18
(830)
(Operon Technologies)...................................
55
Figura 15 - Perfil de amplificação dos marcadores AL9
(740)
, AS13
(950)
e L4
(1000)
nas cultivares G2333, TO, WIDUSA e PI 207.26.................................................
56
Figura 16 - Acessos de feijoeiro de diferentes origens submetidos à infecção pelas
raças 31, 65 e 89 de Colletotrichum lindemuthianum, em que ocorreram
amplificações RAPD do marcador AL9
(740)
(Operon Technologies)...................................
57
Figura 17 - Acessos de feijoeiro de diferentes origens submetidos à infecção pelas
raças 31, 65 e 89 de Colletotrichum lindemuthianum, em que ocorreram
amplificações RAPD do marcador AS13
(950)
(Operon Technologies).................................
58
Figura 18 - Acessos de feijoeiro de diferentes origens submetidos à infecção pelas
raças 31, 65 e 89 de Colletotrichum lindemuthianum, em que ocorreram
amplificações RAPD do marcador L4
(1000)
(Operon Technologies).....................................
58
Figura 19 - Acessos de feijoeiro de diferentes origens submetidos à infecção pelas
raças 31, 65 e 89 de Colletotrichum lindemuthianum, em que ocorreram
amplificações RAPD do marcador H18
(1100)
(Operon Technologies)..................................
59
Figura 20 - Acessos de feijoeiro de diferentes origens submetidos à infecção pelas
raças 31, 65 e 89 de Colletotrichum lindemuthianum, em que ocorreram
amplificações RAPD do marcador AB3
(450)
(Operon Technologies)...................................
61
Figura 21 - Amplificação dos marcadores Z9
(950)
, Z4
(560)
, AH1
(780)
e AZ20
(940)
.................. 63
Figura 22 - Acessos de feijoeiro de diferentes origens submetidas à infecção pelas
raças 31, 65 e 89 de Colletotrichum lindemuthianum, em que ocorreram
amplificações RAPD do marcador AK20
(890)
(Operon Technologies).................................
64
Figura 23 - Acessos de feijoeiro de diferentes origens submetidas à infecção pelas
raças 31, 65 e 89 de Colletotrichum lindemuthianum, em que ocorreram
amplificações RAPD do marcador AZ20
(940)
(Operon Technologies).................................
64
Figura 24 - Acessos de feijoeiro de diferentes origens submetidas à infecção pelas
raças 31, 65 e 89 de Colletotrichum lindemuthianum, em que ocorreram
amplificações RAPD do marcador AH1
(780)
(Operon Technologies)...................................
65
Figura 25 - Acessos de feijoeiro de diferentes origens submetidas à infecção pelas
raças 31, 65 e 89 de Colletotrichum lindemuthianum, em que ocorreram
amplificações RAPD do marcador Z4
(560)
(Operon Technologies)......................................
67
Figura 26 - Acessos de feijoeiro de diferentes origens submetidas à infecção pelas
raças 31, 65 e 89 de Colletotrichum lindemuthianum, em que ocorreram
amplificações RAPD do marcador Z9
(950)
(Operon Technologies)......................................
67
Figura 27 - Amplificação do marcador F10
(530)
associadas à co-evolução
entre Phaseolus vulgaris e Colletotrichum lindemuthianum................................................
72
Figura 28 - Amplificação do marcador Q4
(1440)
associadas à co-evolução
entre Phaseolus vulgaris e Colletotrichum lindemuthianum................................................
73
Figura 29 - Amplificação do marcador H20
(450)
associadas à co-evolução
entre Phaseolus vulgaris e Colletotrichum lindemuthianum................................................
73
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Classificação de raça fisiológica em função da resposta
ao patógeno das doze variedades diferenciadoras do feijoeiro.............................................
09
Tabela 2 - Principais genes responsáveis por conferir resistência a Colletotrichum
lindemuthianum....................................................................................................................
13
Tabela 3 - Fontes de resistência às raças de Colletotrichum. lindemuthianum.................... 15
Tabela 4 - Principais genes de resistência a Colletotrichum lindemuthianum, associados
aos marcadores moleculares RAPDs....................................................................................
23
Tabela 5 - Acessos de feijão do Banco Ativo de Germoplasma (BAG)-IAC
com potencial agronômico para as condições edafoclimáticas do Estado de São Paulo
com ampla e diferenciada reação ao Colletotrichum lindemuthianum....................................
27
Tabela 6 - Marcadores RAPD ligados a genes de resistência a Colletotrichum
lindemuthianum em feijoeiro indicando se estão em repulsão ou associação, a distância
do gene e em que genótipos se encontram............................................................................
34
Tabela 7 - Reação dos genótipos de feijoeiro inoculados com as raças 31, 65 e 89
de Colletotrichum lindemuthianum e classificação em resistentes e suscetíveis.................
36
Tabela 8 - Associação da orientação do marcador RAPD ao fenótipo de cada acesso de
feijoeiro pela infecção de Colletotrichum lindemuthianum o patógeno ..............................
42
Tabela 9 - Número de acessos de feijoeiro do BAG-IAC, que amplificaram os
marcadores ligados a genes de resistência às raças 31, 65 e 89 de
Colletotrichum lindemuthianum...........................................................................................
68
Tabela 10 - Acessos de feijoeiro com possíveis genes de resistência às raças 31, 65 e 89
de Colletotrichum lindemuthianum......................................................................................
71
MOURA, RAFAELI RAMOS. Associação de marcadores RAPD a locos de feijoeiro a
Colletotrichum lindemuthianum. 2005, 94f. Dissertação (Mestrado em Melhoramento
Vegetal)- Pós Graduação - IAC.
RESUMO
O presente trabalho teve como objetivo avaliar a associação de locos de resistência às raças
31, 65 e 89 de Colletotrichum lindemuthianum de 248 acessos de feijoeiro, de interesse
agronômico, a marcadores moleculares RAPD ligados aos genes de resistência Co-1, Co-2,
Co-4, Co-4
2
, Co-5 e Co-6. Os marcadores foram gerados por 19 primers RAPD, cuja
amplificação de fragmentos, de tamanho específico esperado, indicava a presença ou
ausência do gene de resistência no acesso estudado. Os resultados desse estudo indicaram o
gene Co-6 como o mais freqüente no germoplasma analisado, identificado pelos
marcadores AZ20
(940)
, AH1
(780)
, AK20
(890)
, Z9
(950)
e Z4
(560)
, seguido dos genes Co-5
(AB3
(450)
), Co-1 (F10
(530)
), Co-4 (Y20
(830)
, C8
(900)
, B3
(1800)
, J1
(1380)
, I16
(850)
e A18
(830)
), Co-
4
2
(H18
(830)
, AS13
(950)
, AL9
(740)
) e, por último, Co-2, identificado pelos marcadores Q4
(1440)
e H20
(450)
. Os seguintes genótipos e respectivos genes de resistência C. lindemuthianum
antracnose foram selecionados para serem empregados na recombinação de linhagens para
fins de melhoramento: Durango-222 (Co-1, Co-4, Co-4
2
e Co-5), G5207 (Co-1, Co-4, Co-5
e Co-6), CF- 840743 (Co-3, Co-4
2
e Co-6) e D. Calima (Co-4, Co-5 e Co-6). Alguns
acessos resistentes às raças inoculadas, que não apresentaram nenhuma das marcas RAPD
testadas, podem indicar a ação de novas fontes ou fatores complementares de resistência à
doença e, portanto, merecem a atenção para estudos futuros. Os resultados obtidos no
presente estudo são preliminares e representam o início da aplicação da seleção assistida
para seleção de linhagens de feijoeiro resistentes à antracnose no programa de
melhoramento genético do feijoeiro no IAC.
Palavras-chave: Colletotrichum lindemuthianum, antracnose, Phaseolus vulgaris, feijão,
seleção assistida.
MOURA, RAFAELI RAMOS. Association of molecular markers RAPD with locus of
anthracnose resistence of the common bean to Colletotrichum lindemuthianum. 2005. 94f.
Dissertação (Mestrado em Melhoramento Vegetal)- Pós Graduação - IAC.
ABSTRACT
This work was carried out in order to evaluate the association to three races 31, 65 and 89
Colletotrichum lindemuthianum resistance loci of 248 beans, genotypes with agronomic,
interest and RAPD markers linked to resistance genes Co-1, Co-2, Co-4, Co-4
2
, Co-5 and
Co-6. The markers were obtained by 19 primers RAPD, whose specific fragments,
indicated the presence or absence of the resistance gene in the studied genotype. The results
of this study have shown that the gene Co-6 was the most frequent in the sample identified
by the markers (AZ20
(940)
, AH1
(780)
, AK20
(890)
, Z9
(950)
and Z4
(560)
), and Co-5 (AB3
(450)
),
Co-1 (F10
(530)
), Co-4 (Y20
(830)
, C8
(900)
, B3
(1800)
, J1
(1380)
, I16
(850)
and A18
(830)
), Co-4
2
(H18
(830)
, AS13
(950)
, AL9
(740)
) and Co-2, by Q4
(1440)
e H20
(450)
. The following genotypes
and respectives C. lindemuthianum resistance genes were selected with the objective of
being used in breeding programs: Durango-222 (Co-1, Co-4, Co-4
2
and Co-5), G5207 (Co-
1, Co-4, Co-5 and Co-6), CF- 840743 (Co-3, Co-4
2
and Co-6) and D. Calima (Co-4, Co-5
and Co-6). Some resistent genotype to the inoculated races that didn t show any marks of
tested, RAPD may indicate the action of new sources and complementary disease resistance
factors and, therefore, may be used in further studies. The results obtained are preliminaries
and represents the beguining of assisted selection aplication in the breeding program of
common bean at IAC.
KEY-WORDS
Colletotrichum lindemuthianum, anthracnosis, Phaseolus vulgaris, common
bean, assisted selection.
1. INTRODUÇÃO
O feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.) é uma planta da família das leguminosas com
valor protéico de cerca de 22% (VIEIRA, 1999), sendo considerado um alimento básico de
grande parte da população americana, especialmente na América Latina e alguns países
africanos (CIAT, 1990).
O Brasil é o maior produtor mundial de feijão, em que é consumido e produzido
praticamente em todos os seus Estados (VOYSEST, 1983; SANDERS & SCHWARTZ,
1999). No entanto, a produtividade média é considerada baixa, em torno de 700 Kg/ha,
quando comparada ao potencial genético apresentado por algumas cultivares melhoradas,
que podem chegar a 4.000Kg /ha. O baixo nível de produção é devido a vários fatores,
dentre os quais, encontra-se a elevada incidência de doenças na cultura.
Existem mais de 200 doenças que afetam a cultura do feijoeiro (BIANCHINI et al.,
1989) e dentre elas, a antracnose, causada por Colletotrichum lindemuthianum (Sacc. &
Magn.) Scribner, tem-se constituído numa das mais importante pela sua ocorrência, em
várias regiões nas três épocas de cultivo do feijoeiro; das águas com plantios em agosto-
setembro, da seca em janeiro-fevereiro e de inverno em maio-junho e pelo fato de que o
patógeno possui elevada variabilidade patogênica. Essa variabilidade pode dificultar a
obtenção de uma cultivar com ampla resistência ás raças do fungo nos programas de
melhoramento genético (TALAMINI et al., 2002).
Dessa maneira, é necessário monitorar as raças de C. lindemuthianum,
principalmente nas regiões que propiciem maior desenvolvimento da doença, para se
conhecer melhor a dinâmica do patógeno e sua interação com os genes de feijoeiro que
proporcionem resistência a essas raças.
Neste sentido, a existência de muitos genes específicos na planta hospedeira
responsáveis por conferir resistência às muitas raças fisiológicas do patógeno possibilita
aumentar a vida útil das cultivares, através da incorporação de alelos dos genes de
resistência em uma mesma cultivar (PEDERSEN, 1988; MIKLAS et al., 1996).
Nos programas de melhoramento vegetal, os marcadores moleculares têm sido
amplamente utilizados como ferramentas para auxiliar o processo de introgressão de genes
específicos, no entendimento das relações alélicas entre as fontes de resistência e para
caracterização do germoplasma, visando a conservação dos recursos genéticos ex situ, de
forma a preservar a máxima variabilidade genética, possível de interesse.
Os marcadores RAPD (Random Amplified Polymorphic DNA), estreitamente
ligados aos genes de resistência, têm sido usados na seleção de caracteres complexos e na
piramidação de genes numa mesma cultivar, constituindo-se numa eficiente estratégia para
a seleção de plantas, portadoras de alelos de resistência de um ou mais genes, independente
da condição ambiental para expressão do caráter em estudo (FERREIRA &
GRATTAPAGLIA, 1998).
A técnica RAPD é muito utilizada em estudos de genética de plantas pois sua
aplicação é bastante simples e rápida se comparada a outras técnicas de marcadores
moleculares e possui a vantagem de se estudar muitos indivíduos em pequeno espaço de
tempo, com pouca mão-de-obra e recursos limitados.
No caso específico da antracnose, muitos autores marcaram os genes de resistência
através da ligação dos mesmos com marcadores RAPD. Diante disso e visando auxiliar as
seleções finais de plantas resistentes a C. lindemuthianum e oferecer subsídios à introdução
da seleção assistida por marcadores moleculares no programa de melhoramento genético do
feijoeiro do Instituto Agronômico-Campinas (IAC), o presente estudo teve como objetivos:
a) A partir de marcadores RAPD previamente conhecidos e relacionados a locos de
resistência à antracnose, verificar a presença dos mesmos em germoplasma de feijoeiro
do IAC submetidos à infecção pelas raças fisiológicas 31, 65 e 89 de C. lindemuthianum.
b) Oferecer subsídios para iniciar estudos de seleção assistida por marcadores para a
resistência a C. lindemuthianum, e;
c) Organizar as informações existentes e realizar caracterização complementar dos acessos
do banco de germoplasma de feijoeiro do IAC, por marcadores RAPDs.
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1. Características Gerais do Feijoeiro Comum (Phaseolus vulgaris L.)
O feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.) é uma espécie diplóide com 22 cromossomos,
pertencente à ordem Rosales e à família Leguminoseae. É uma planta herbácea de hábito de
crescimento determinado (ereto, terminando em inflorescência) ou indeterminado (nunca
termina em inflorescência). A sua reprodução é por autofecundação, devido ao mecanismo
de cleistogamia, com apenas 5% de fecundação cruzada (CIAT, 1974).
Com base em estudos de padrões eletroforéticos da faseolina, proteína de reserva
das sementes, Gepts (1984) propôs três centros de origem e domesticação para a espécie:
Mesoamericano e Andino, este subdividindo-se em sul e norte.
Os feijoeiros pertencentes ao grupo Mesoamericano estendem-se desde o sudeste de
Estados Unidos até o Panamá, tendo como principais zonas o México e a Guatemala,
possuindo sementes pequenas e faseolina do tipo S. Os Andinos se dividem em sul dos
Andes, região que abrange desde o norte do Peru até as províncias do noroeste da
Argentina; e o norte dos Andes, que abrange desde a Colômbia e a Venezuela, até o norte
do Peru sendo, portanto, preconizado como duas áreas de domesticação. O feijoeiro
originado nestas regiões possui sementes maiores e com faseolina tipos T, C, H e A.
Ao Brasil provavelmente o feijoeiro veio por pelo menos duas rotas distintas, de
acordo com Gepts (1988), pois há a ocorrência tanto de feijões pequenos como grandes. Da
América Central foram introduzidos feijões pequenos, pretos, marrons-claros e mulatinhos
(GEPTS & BLISS, 1986) e, dos Andes, feijões grandes de tipos variados como Jalo,
Pintado e outros.
2.2. Importância Econômica do feijoeiro
Em termos de importância econômica, o feijoeiro comum corresponde a 95% dos
feijões cultivados no mundo (MARIOT, 1989). A sua produção no Brasil tem-se mantido
ao redor de três milhões de toneladas anuais, podendo ocupar uma área aproximada de
2.125 Km
2
, se considerada a produção simultânea e distribuição imediata (BULISANI,
2003). Apesar disso, é uma planta geneticamente pouco estudada, quando comparada a
outras culturas como o milho, ervilha ou tomate (NODARI et al., 1992).
Apesar da grande área de produção de feijão no Brasil, muitos trabalhos têm
demonstrado que a produtividade nacional é relativamente baixa (500-700 Kg/ha), se
comparada ao potencial genético apresentado pelas cultivares atualmente recomendadas
para cultivo (3.000 a 4.000 Kg/ha), segundo o Sistema Brasileiro de Avaliação e
Recomendação de Cultivares e o Serviço Nacional de Proteção de Cultivares (SNPC/
SDR/ MAPA) (INFORMAÇÕES ECONÔMICAS, 2003).
2.3. Antracnose
Dentre as diversas causas da baixa produtividade estão as doenças no Estado de São
Paulo, destacam-se a antracnose, o crestamento- bacteriano comum, a mancha angular, a
murcha de fusarium, a ferrugem e o mosaico-comum e dourado. A maioria dos agentes
causais dessas doenças apresenta variabilidade patogênica que, podem ser disseminadas
pelas sementes que são uns eficientes meios de disseminação (OLARI et al., 1973;
PARADELA FILHO & POMPEU, 1975; MENEZES,1985; DUDIENAS & POMPEU,
1985).
Das principais doenças, a antracnose, causada pelo fungo C. lindemuthianum, tem-
se constituído nos últimos anos na mais importante pela sua ocorrência nas três épocas de
cultivo do feijoeiro (CANTERI et al., 1999): das águas, da seca e de inverno, com plantios
em agosto-setembro, janeiro-fevereiro e maio-junho, respectivamente, sendo freqüente não
apenas no Estado de São Paulo, mas também nos outros principais Estados produtores de
feijão no Brasil como Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, Bahia,
Pernambuco, Espírito Santo, Alagoas, Sergipe e Paraíba (RAVA et al., 1994; ALZATE-
MARIN et al., 2003).
O desenvolvimento dos sintomas da antracnose é favorecido, principalmente, em
regiões de temperaturas moderadas a frias, com alta umidade relativa do ar e quando se
reutilizam sementes infectadas pelo patógeno, chegando a proporcionar perdas de a
100%, como o ocorrido em alguns países da América Central, América do Sul, Ásia e
África (VECHIATO, 1996).
2.3.1. Colletotrichum lindemuthianum e raças fisiológicas
O C. lindemuthianum é o causador da antracnose no feijoeiro comum e sob a forma
imperfeita o pertence à Classe Coelomycetes e à Ordem Melanconiales (MAGALLANES,
1997).
O patógeno infecta a superfície foliar através da germinação dos conídios que, sob
temperaturas entre 13 e 27ºC e alta umidade proporcionam as melhores condições para o
desenvolvimento da doença (VIEIRA, 1967). Temperaturas superiores a 30ºC e inferiores a
13ºC limitam tanto a infecção como o desenvolvimento do fungo sendo que, de um cultivo
a outro, o patógeno sobrevive, pois o micélio fica dormente na semente, nos cotilédones ou
restos culturais, na forma de esporos.
Os sintomas da antracnose podem aparecer em toda a parte aérea da planta. As
lesões da base do caule crescem podendo causar podridão de coloração preta,
enfraquecendo-o e tornando-o incapaz de suportar a copa da planta (ZAUMEYER &
THOMAS, 1957; ZAMBOLIN & CHAVES, 1978). As lesões estão em maior freqüência
na superfície inferior das folhas, nas nervuras, em pecíolos e vagens (CANTERI et al.,
1999).
Segundo Magallanes (1997), os autores Kimati e Galli (1970); Batista e
Chaves (1982); Rava et al. (1993); Rava, Purchio e Satorato (1994) e
Balardin et al. (1997) descrevem que tanto a forma imperfeita quanto a
perfeita, são altamente variáveis e diferenciam-se em tipos fisiológicos e
genéticos que afetam de forma diferenciada as determinadas cultivares de um
mesmo hospedeiro.
Azevedo (1976) ressalta que a mutação não é a única responsável pela variabilidade
patogência. A heterocariose, a recombinação sexual, a recombinação assexual ou
parassexualidade e determinantes citoplasmáticos também são fontes para a diversidade
genética existente entre os fungos. Sendo assim, o estudo de qualquer destes processos já
contribuiria para o melhor conhecimento do comportamento genético do fungo
(MAGALLANES, 1997).
O primeiro estudo sobre a variabilidade de C. lindemuthianum foi realizada por
Barrus (1911), que identificou as raças Alfa e Beta. A raça Gama foi identificada por
Burkholder (1932) e as raças Delta, Epsilon, Kappa e Alfa-Brasil por Andrus & Wade
(1942), Blondet (1963), Krüger et al. (1997) e Fouiloux (1975), respectivamente (Apud:
THOMAZELLA et al. 2000)
Descrita por Dudienas & Pompeu (1985); Kimati (1966), Araújo (1973); Oliveira et
al. (1973); Oliari et al. (1973); Pio-Ribeiro & Chavez (1975a) e (1975b); Menezes (1985);
Menezes et al. (1982), a antiga classificação da variabilidade patogênica de C.
lindemuthianum, antes representada pelos grupos Alfa, Beta, Gama, Delta, Mexicano I,
Mexicano II, Brasileiro I e Brasileiro II e as raças fisiológicas dentro destes grupos Alfa,
Alfa BR, Épsilon, Eta, Gama, Delta, Teta, Lambda, Capa, Mu, Mexicano I, Mexicano II,
Brasileiro I, Zeta, Brasileiro II e Sigma. A partir de 1998 mudou para um novo sistema de
classificação de número binário proposto na primeira Reunião Latino Americana de
Antracnose do Feijoeiro realizada em Cali, Colômbia (CIAT, 1990), deixando a antiga
denominação usada desde 1918 (CARBONELL et al., 1999).
Nesta mesma reunião também foi decidida a padronização de um conjunto de doze
variedades diferenciadoras internacionalmente aceitas para classificar e confirmar as raças
do patógeno de acordo com o sistema binário, que caracteriza as diferentes respostas de
infecção causada pelas variantes (raças ou patótipos) de C. lindemunthianum (CIAT, 1990)
e, diante disso, a questão da variabilidade do número de variedades utilizado por muitos
pesquisadores foi solucionada (PASTOR-CORRALES, 1992), conforme descrito na tabela
1.
1
A designação das raças é obtida pela soma dos valores binários das variedades
diferenciadoras suscetíveis.
a
Genótipos Andinos;
b
Genótipos Mesoamericanos
Ordem Variedade
diferenciadora
Valor
binário
Peru Costa
Rica
1
Michelite
b
1 R(0) S(1)
2
MDRK
a
2 S(2) R(0)
3
Perry Marron
a
4 S(4) R(0)
4
Cornell 49242
b
8 R(0) R(8)
5
Widusa
a
16 R(0) S(16)
6
Kaboom
a
32 R(0) S(0)
7
Mexico 222
b
64 R(0) R(64)
8
PI 207262
b
128 R(0) S(128)
9
TO
b
256 R(0) S(256)
10
TU
b
512 R(0) R(0)
11
AB 136
b
1024 R(0) S(1024)
12
G2333
b
2048 R(0) S(2048)
Raça
1
6 3545
Exemplo de isolado
Tabela 1
. Exemplo de classificação de raça fisiológica de Colletotrichum lindemuthianum, em
função da reação das doze variedades diferenciadoras do feijoeiro
Segundo os autores Gepts (1988) e Alzate-Marin
et al. (1999a), existe uma co-
evolução na origem das raças de
C. lindemuthianum com a origem de seu hospedeiro P.
vulgaris
, ou seja, os isolados originados de genótipos mesoamericanos tendem a ser
mais agressivos em plantas de origem mesoamericana e isolados andinos mais
agressivos em genótipo andinos. Estudos realizados por Sicard
et al. (1997) também
relatam a existência de uma co-evolução patógeno hospedeiro para
Phaeoisariopis
griseola,
agente causal da mancha-angular em feijoeiro.
A interação entre origem do hospedeiro e origem do patógeno também foi
verificada por diversos autores como Balardin & Kelly (1998), que estudaram 62
genótipos de feijoeiro procedentes do Brasil, República Dominicana, Honduras, México
e Estados Unidos e classificados nos dois conjuntos gênicos Andinos e Mesoamericanos
e algumas raças distintas de
C. lindemuthianum procedentes da Argentina, Brasil,
Colômbia, Costa Rica, República Dominicana, Honduras, México, Peru e Estados
Unidos, observaram que as raças Mesoamericanas eram virulentas nos genótipos
Andinos e Mesoamericanos que as raças Andinas foram virulentas em genótipos
andinos. Melotto & Kelly (2000) relatam que o fato do germoplasma vindo de ambos os
conjuntos ser suscetível às raças Mesoamericanas é porque esse grupo apresenta maior
diversidade patogênica.
Thomazella
et al. (2000) e Alzate-Marin et al. (2003) relataram, em um estudo
feito no Estado no Paraná com as raças 7, 31, 69, 65, 73, 81, 87, 89 e 95 de
C.
lindemuthianum
, que dentre as doze diferenciadoras, apenas seis foram resistentes a
todos os isolados sendo que, das cultivares Mesoamericanas, apenas Michelite, México
222 e Cornell 49-242 foram suscetíveis e, das Andinas, apenas Kabbon foi resistente a
todas as raças estudadas. A raça 31 foi virulenta para Michelite, DarK Red Kidney,
Perry Marron, Cornell 49-242 e Widusa. As raças 65 e 73 foram virulentas em diferentes
cultivares Mesoamericanas, porque foram isoladas de cultivares pertencentes ao
conjunto gênico Mesoamericano, mostrando, dessa maneira, a especialização do
patógeno ao conjunto gênico do hospedeiro
P. vulgaris.
Das 35 raças do patógeno já identificadas no Brasil (1, 7, 8, 23, 31, 55, 64, 65,
67, 69, 71, 72, 73, 75, 79, 81, 83, 86, 87, 89, 95, 97, 101, 102, 117, 119, 121, 137, 217,
249, 320, 339, 343, 453, e 585) (ANDRADE
et al., 1999; THOMAZELLA et al., 2000)
os patótipos mais freqüentes foram os 65, 72, 73, 81, e 89 (ALZATE-MARIN
et al.,
2003). Destes, a raça 89, que estava geograficamente restrita à região sudoeste do Estado
de São Paulo nas proximidades do município de Capão Bonito e Itararé, aparece agora
também em Campinas (CARBONELL
et al., 1999) e as raças 65, 81 e 89 são mais
freqüentes no Estado do Paraná. A ampla distribuição das raças indica a adaptação
destas, facilitada pelo livre comércio de grãos entre os Estados e pela reutilização por
muitos produtores dos mesmos grãos para futuros plantios em uma mesma área,
acarretando aumento no potencial de inóculo do patógeno de uma safra para outra,
segundo Thomazella
et al. (2000).
Neste contexto, há a necessidade de se monitorar as raças de
C. lindemuthianum,
principalmente nas regiões em que a antracnose pode apresentar alta taxa de progresso,
tanto para o conhecimento da genética do fungo e sua interação com os genes de resistência
“raça-específicos”, como para se ter conhecimento básico necessário para condução de
programas de melhoramento de plantas e desenvolvimento de cultivares resistentes por
períodos prolongados de tempo (RAVA
et al., 1994).
2.3.2. Fontes de resistência a Colletotrichum lindemuthianum
O problema da variabilidade de C. lindemuthianum pode ser solucionado devido à
existência de muitos genes “raça-específicos” nos hospedeiros que conferem resistência às
muitas raças do patógeno (FALEIRO
et al., 2003). No caso específico da antracnose, estes
genes eram nomeados por letras como o gene ‘A’ presente na cultivar Michigam Dark Red
Kidney (BURKHOLDER, 1918), o gene ‘Are’ em Cornell 49-242 (MASTENBROEK,
1960), os genes ‘Mex1’, ‘Mex2’ e ‘Mex3’ presente em Mex 222, TO e TU,
respectivamente (FOUILLOUX, 1979), até 1996, quando uma nova nomenclatura foi
proposta pelos pesquisadores Young e Kelly (Apud: YOUNG
et al., 1998).
Os genes dominates passaram a ser representados pelo símbolo Co, que significa
Colletotrichum, seguido de um número que indica a ordem de identificação do gene de
resistência ao patógeno e aos alelos de cada gene, por um número expoente (também
seguindo a ordem de identificação) ao número ordinal do gene (Tabela 2).
Os genes de resistência possuem muitos alelos específicos, proporcionais à
diversidade de genes de avirulência existentes nas raças do patógeno, os quais podem ser
incorporados em uma mesma cultivar possibilitando o aumento da vida útil da cultivar no
campo (MUNDT, 1990; YOUNG & KELLY, 1996; MIKLAS
et al., 1996; ITO et al.,
1996; KELLY & MIKLAS, 1998; CASTANHEIRA
et al., 1999).
Os genes dominantes como
Co-1, Co-2, Co-3, Co-4, Co-5, Co-6 e Co-7 foram
identificados nas cultivares MDRK, Cornell 49-242, México 222, TO, TU, AB136 e G2333
(MASTENBROEK, 1960; FOILLOUX, 1976; SCHWARTZ
et al., 1982; PASTOR-
CORRALES
et al., 1994; YOUNG et al., 1998) e o gene recessivo, co-8, na cultivar
AB136 (ALZATE-MARIN
et al., 1997b).
Tabela 2: Principais genes responsáveis por conferir resistência a Colletotrichum
Fonte
A
Co-1
MDRK, Seaferer, Kaboon,
Perry Marrow, Sanilac
Are
Mex 1
Co-3
México 222
Mex 2
Co-4
TO
Co-4
(2)
G2333, SEL 1308
Mex 3
Co-5
TU, G2333, SEL 1360
Co-7
G2333
co-8
AB136
Gene
Pastor-Corrales et al. (1994);Young et al .(1998)
Referência
Alzate-Marin et al . (1997); (2000)
Young & Kelly, (1996); Alzate-Marin et al . (2000)
Young et al. (1998); Thomazella et al .(2000)
AdamBlondon et al . (1994); Young & Kelly (1996);
Young et al. (1998); Alzate-Marin et al. (2003)
Costa et al . (2000)
Costa et al . (2000)
Young et al. (1998); Alzate-Marin et al . (1999b);
Costa et al. (2000)
Co-2
Cornell 49-242, Seaforth
Co-6
AB136, Catrachita
Young & Kelly, (1996); Alzate-Marin et al.(2000)
Em 2001, Alzate-Marin identificou um novo gene de resistência à antracnose (Co-
10
) presente na cultivar de feijoeiro “Ouro Negro”, conferindo resistência a 17 patótipos de
C. lindemuthianum (ALZATE-MARIN et al., 2002) e dois novos alelos nomeados de Co-4
3
e
Co-9, na cultivar “PI 207.262” (ALZATE-MARIN et al., 2001e, ALZATE-MARIN et
al., 2002) e um nomeado de Co-1
4
, na cultivar “AND 277” (ALZATE-MARIN et al.,
2003).
Enquanto a cultivar AB136 possui um gene dominante (
Co-6) e um recessivo (co-
8
), a cultivar G2333 possui genes independentes duplicados (PASTOR-CORRALES, et al.,
1994). Além do
Co-4
2
, essa cultivar possui outros dois alelos de resistência, Co-7 e Co-5
(YOUNG et al., 1998). Com relação ao alelo Co-7, as informações sobre ele são reduzidas
se comparadas à grande quantidade de informações disponíveis em literatura sobre os
demais alelos de resistência. Isso ocorre pelo fato desse alelo ter sido originalmente
identificado na cultivar G2333, juntamente com o
Co-4
2
, que por conferir resistência a um
número muito grande de raças, praticamente encobre o seu efeito (PASTOR-CORRALES
et al., 1994).
A cultivar Cornell 49-242, possuidora do gene
Co-2, é uma das mais antigas fontes
de resistência à antracnose, apresentando resistência a 22 das 35 raças de
C.
lindemuthianum identificadas no Brasil (ALZATE-MARIN et al., 2003). Dentre as raças do
patógeno incompatíveis a essa cultivar estão a 65 (RAVA
et al., 1994; ANDRADE et al.,
1999) e 31 (THOMAZELLA
et al., 2000) e, compatível, a raça 89 (ALZATE-MARIN et
al., 2003; RAVA et al., 1994). Os autores Bonett et al. (2001) concluíram que para as raças
31 e 89 existe dominância completa e dominância parcial para 65, em um estudo com
algumas cultivares, dentre as quais Cornell 49-242. Segundo Young & Kelly (1997), os
genes
Co-1 e Co-2 conferem resistência à raça 65 de C. lindemuthianum (Tabela 3).
Os alelos
Co-1
2
, Co-1
3
, Co-3
2
e Co-4
2
foram identificados nas cultivares Kabbon,
Perry Marron, México 227 e SEL 1308 (YOUNG
et al., 1998; MELOTTO & KELLY,
2000), respectivamente, sendo que, o alelo
Co-4
2
é considerado um dos mais importantes
por proporcionar resistência a todas as raças identificadas no Brasil.
Gonçalves-Vidigal
et al. (1997), inocularam as cultivares Michelite, Dark Red
Kidney, Perry Marron, Cornell 49242, AB 136 e PI 207262 com as raças 31 e 69 e
observaram a transmissão independente de seis genes dominantes para a raça 69 (
Co-2, Co-
1, Co-4, um designado B e dois genes dominantes Y e X que se interagem) e que para a
raça 31 a resistência é decorrente da ação de um gene dominante denominado Q e ou da
ação complementar dos genes dominantes O e R.
Tabela 3: Fontes de resistência às ra
ç
as de Colletotrichum lindemuthianum
Fonte: Alzate-Marin et al., 2003; Andrade et al., 1999; Bonett, et al., 2000; Gonçalves-
Vidigal
et al., 1997; Young & Kelly, 1997; Thomazella et al., 2000.
Fonte de
resistência
Co-1 65 73
Co-2 73165
Co-4 65 89 521
Co-4(2) 7 23 64 73 89 521 1545 2047
Co-5 73 89
Co-6 65 89 521
co-8 89
Raças de Colletotrichum lindemuthianum
incompatíveis à fonte
Os símbolos genéticos Q e B utilizados para descrever os genes putativos que
condicionam resistência na cultivar AB136 às raças 31 e 69, respectivamente, foram
assumidos como Co-6 em um estudo realizado por Gonçalves-Vidigal et al. (2001), em
que concluem que apenas um gene controla a resistência nesta cultivar, o qual pode ser
verificado pela ausência de recombinantes entre os dois supostos genes (Q e B) em
população F
2:3.
Neste contexto, Young & Kelly (1997) sugerem a piramidação de genes vindos dos
dois conjuntos gênicos, Mesoamericano e Andino, com a finalidade de prolongar a
resistência à antracnose em uma cultivar. Young et al. (1998) recomendam como melhor
fonte de resistência em genótipos Mesoamericanos o uso do gene Co-5 presente em
SEL1360, TU, G2333 ou G2338. Já Melotto & Kelly (2000) recomendam, como fonte de
resistência Andina, o uso de todos os alelos de Co-1 presente em Perry Marron, Kabbon, e
de Co-4 presente em SEL 1308, G2333 ou G2338, citando também o exemplo do gene Co-
1 (Andino) que confere resistência à raça 73 (Mesoamericana) e o gene Co-2
(Mesoamericano) à raça 7 (Andina).
Estes dados mostram a importância das variedades possuidoras de genes raça-
específicos que, além de serem usadas como diferenciadoras em trabalhos desenvolvidos
para a caracterização de classificação de patótipos de C. lindemuthianum (RAVA et al.,
1994), são também usadas como fontes de alelos de resistência, que auxiliam tanto aos
programas de melhoramento convencionais quanto àqueles que visam a “piramidação” de
genes de resistência (CARBONELL et al., 1999; SHARMA et al., 1999).
2.4. Seleção Assistida no Melhoramento Genético Vegetal
2.4.1. Marcadores moleculares RAPD (
Random amplified polymorphic DNA)
Nos últimos anos, as pesquisas de genética de plantas no exterior têm utilizado com
maior freqüência as ferramentas da biotecnologia, a exemplo daquelas que envolvem o
feijoeiro (ABREU et al., 1996). Tais estudos contemplam vários tipos de marcadores
moleculares, os quais são aplicados em análises de diversidade genética de recursos
genéticos, na construção de mapas genéticos como também para localização de genes e
seleção assistida (BRIAND et al., 1998; JOHNS et al., 1997).
A seleção assistida por marcadores é uma prática que permite a seleção indireta
de caracteres, que tenham os genes responsáveis por eles fortemente ligados aos
marcadores moleculares. Tem sido bastante explorada no melhoramento de
características de herança qualitativa, como por exemplo, os genes de resistência a
doenças e a pragas (FERREIRA & GRATTAPAGLIA, 1998), eliminando assim as
análises das inoculações, as avaliações e a seleção de plantas portadoras desses ou mais
genes (SILVA & SANTOS, 2001).
Nos programas de melhoramento, os marcadores morfológicos são tradicionalmente
utilizados visando estudar a segregação dos genes a eles ligados e nas análises de
diversidade genética. Em feijoeiro é muito comum o uso de descritores botânicos, tais
como hábito de crescimento, tipo de semente e resistência a doenças e pragas (SINGH et
al., 1991). Sax (1993) verificou em feijão que as diferenças nas médias do peso de grãos
estavam associadas à cor de sementes. Este trabalho foi uma das primeiras tentativas de
caracterização individual dos locos envolvidos na expressão de um caráter quantitativo com
o auxílio de marcadores morfológicos (QTL’s-Quantitative Trait Loci). Mais recentemente
e utilizando 23 descritores agromorfológicos, quantitativos e qualitativos, Chiorato (2004)
realizou estudo sobre a diversidade genética de 1000 acessos de feijoeiro, concluindo serem
alguns descritores mais informativos do que outros para estruturar e quantificar a
diversidade genética do germoplasma estudado.
Entretanto, alguns descritores são fortemente influenciados por fatores como ação
gênica de dominância, efeito ambiental, pleiotropia e epistasia, tornando menos estáveis
suas caracterizações (FERREIRA & GRATTAPAGLIA, 1998). Os marcadores
moleculares, além de não serem influenciados pelo ambiente, são transmitidos
mendelianamente, o que permite a sua aplicação na seleção sem que existam certas
interferências de aspectos indesejáveis ocorridas em uma seleção puramente fenotípica,
melhorando dessa forma, a eficiência do processo seletivo (EMYGDIO et al., 2003).
Marcadores moleculares têm sido utilizados não apenas para estudo de diversidade
genética, como também, para mapeamento de características agronômicas de interesse,
ligados a genes de resistência a um determinado patógeno ou à produção. Dessa forma,
estudos procurando associar marcadores com outras características agronômicas de
interesse, como cor do tegumento da semente, pubescência, hábito de crescimento,
arquitetura de planta e outros também podem ser citados em feijão (PARK et al., 1999).
Os marcadores RAPDs (
Randon Amplified Polymorphic DNA) consistem em uma
técnica que identifica polimorfismo molecular, através da amplificação aleatória de
fragmentos de DNA de tamanhos diferentes, a partir de pequenos segmentos de seqüência
arbritrária, de aproximadamente de 9 a 10 pares de base (pb), com um alto conteúdo de GC
(guanina/citosina - de 50% a 80%) e sem seqüências palindrômicas (mesma seqüência de
pares de bases que podem ser lidas em ambas as direções), denominados “primers”, que
dirigem a reação de polimerase em cadeia, (PCR) (FERREIRA &
GRATTAPAGLIA,1998).
Este método possibilitou o desenvolvimento de muitos trabalhos na década de 90 e
que atualmente tem sido amplamente utilizado em estudos de genética de plantas. É uma
técnica que requer muito pouco DNA, sua manipulação é simples, quando comparada com
outras técnicas de marcação molecular que exigem qualquer sistema especial para detecção
de polimorfismo, tais como hibridizações, marcações radioativas ou compostos
quimioluminiscentes e, também, por não necessitar informação prévia sobre a genética do
organismo a ser estudado e ser herdável (CAETANO-ANOLLES et al.,1991; HADRYS et
al., 1992).
No entanto, os RAPDs se comportam como marcadores genéticos de caráter
dominante, não sendo possível distinguir se o loco é homo ou heterozigoto. Apesar da
simplicidade da técnica, pode haver ambigüidade na interpretação de certos fragmentos
amplificados, principalmente se comparados com resultados vindos de diferentes
laboratórios, colocando estes marcadores em condições de desvantagens com relação a
outros (PENNER et al., 1993; WANG et al., 1993).
A identificação de marcas associadas a características agronômicas de interesse em
feijão, com enfoque em genes responsáveis pela resistência à antracnose, foi obtida por
diversos autores e têm sido aplicadas com muito sucesso em estudos que visam
piramidação de genes de resistência em uma mesma cultivar (YOUNG & KELLY, 1997;
KELLY & MIKLAS, 1998; YOUNG et al., 1998; ARRUDA et al., 2000; ALZATE-
MARIN et al., 2000; ALZATE-MARIN et al., 2001a).
Atualmente foram identificados mais de 30 marcadores RAPD ligados a 17 genes
principais, que controlam a resistência a quatro patógenos do feijoeiro, além de outros,
como marcadores associados a QTL’s, que controlam a resistência de efeitos quantitativo
como mosaico dourado, crestamento bacteriano comum e rizoctoniose (KELLY &
MIKLAS, 1996).
Usando marcadores RAPD, Young & Kelly (1997) puderam confirmar
indiretamente a presença do marcador F10
(530pb)
ligado ao gene Co-1 na cultivar Sanilac, o
qual confere resistência à raça 65, e os marcadores AK20
(890)
e AH1(780), para um mesmo
gene; o Co-6, nas populações vindas do cruzamento Raven/Catrachita e
Blackhawk/Catrachita. Ainda com relação ao primer F10, Castanheira et al. (1999),
analisando “Bulks” provenientes de cruzamentos com a cultivar “Ouro Negro”, a qual é
portadora do gene Co-5, também observaram a amplificação de um fragmento ligado ao
gene de resistência. Entretanto, o fragmento tinha cerca de 912 pb e flanqueava o Co-5.
Young et al. (1998) identificaram dois marcadores, AS13
(950)
e o AL9
(740),
fortemente
ligados ao alelo Co-4
2
, mostrando que este alelo está presente dentre os três genes
independentes que a cultivar G2333.
Na cultivar AB136, a presença dos marcadores Z4
(560)
e Z9
(950)
confirmou a
presença do gene Co-6 (ALZATE-MARIN et al., 1999b; ALZATE-MARIN et al., 1999c).
Os autores Alzate-Marin et al. (2000) e Costa et al. (2001) também mostraram a sua
presença através do marcador AZ20
(940)
e concluíram que, além desse gene dominante, há
também um gene recessivo co-8, quando a cultivar é inoculada com a raça 89 de C.
lindemuthianum.
Adicionalmente aos estudos que relacionam o gene Co-6, Gonçalves-Vidigal et
al. (2001) analisaram a ligação gênica do marcador Z4
(560)
, mapeado a 1,7 cM deste
gene, o que responsabiliza-se pela resistência às raças 31 e 69 e concluíram que o Co-6
deve ser o mesmo responsável pela resistência às raças 89, 73, 81 e 64, previamente
mapeado a 8.5, 2.9, 2.8 e 7.5 cM de distância do gene (s), responsável (eis) por controlar
a resistência a essas raças (ALZATE-MARIN et al., 1999b) ou ainda, que ele (Co-6),
está no mesmo bloco de ligação que controla a resistência a essas raças .
Arruda et al. (2000) confirmaram a presença do gene Co-4 na cultivar TO usando
dois diferentes marcadores, B3
(1800)
e C8
(900)
, anteriormente identificados como ligados ao
gene Co-4 (CASTANHEIRA et al., 1999). O marcador C8
(900)
foi analisado por Costa et al.
(2001). Nas doze variedades diferenciadoras em que a amplificação do fragmento na
maioria delas, tanto nas de origem a Andinas quanto nas Mesoamericanas permite sugerir a
existência de diferentes alelos originados a partir de Co-4.
O marcador
Y20
(830)
foi identificado as cultivares PI 207.262 e G2333, o qual
também é fortemente ligado ao gene Co-4. Nas linhagens Widusa e PI 207.262, o marcador
AS13
(950)
, ligado ao gene Co-4
2
como previamente relatado por Young et al. (1998),
também foi presente em TO, reforçando as informações obtidas com o marcador Y20
e
sugerindo que as cultivares Widusa e PI 207.262 carregam um alelo do gene Co-4 (COSTA
et al., 2001).
Em um estudo com as raças fisiológicas 73 e 89 de C. lindemuthianum, os autores
Alzate-Marin et al. (2001b) indicaram, através dos marcadores H18
(1100)
e AS13
(950)
, que
para cada uma das duas raças existem dois locos independentes, presentes em G2333, e que
estes dois marcadores estão localizados próximos de Co-4
2
. A ausência da banda
amplificada pelos marcadores nas populações de retrocruzamento F
1
entre Rudá (suscetível)
e G2333 (resistente), quando inoculada com a raça 89, indicou a presença de um gene
diferente de resistência. Essa indicação pode ser verificada através da presença do marcador
AB3
(450)
, anteriormente identificado como ligado ao gene Co-5 (YOUNG & KELLY,
1997). Este estudo incluiu a raça 89 ao conjunto de raças identificadas (7, 23, 64, 73, 521,
1545 e 2047) que são incompatíveis ao gene Co-4
2
.
Silva & Santos (2001), com o objetivo de identificar marcadores RAPD que
fossem ligados ao alelo Co-7, verificaram na análise de co-segregação da população F
1
,
vinda do cruzamento de G2333 x ESAL 696 e inoculada com a raça 2047 do patógeno,
que o marcador L4
(1000)
está ligado em acoplamento a uma distância de 0,0 cM do alelo
Co-4
2
e não ao Co-7. A escassez de literatura citando o alelo Co-7 faz com que surjam
ainda muitas dúvidas sobre o mesmo. No entanto, para alguns autores o Co-4
2
e Co-7
são os mesmos alelos, discordantes de outros que dizem serem distintos. Os autores
Costa et al. (1999) e Alzate-Marin et al. (2003) mostraram que o marcador Q4
(1440)
,
identificado como ligado ao loco Co-2, pode ser usado em seleção de linhagens
possuidoras de tal loco (Tabela 4).
Gene de
Marcador resistência Genótipo
F10
(530)
Co-1 MDRK
H20
(450)
Co-2 Cornell 49-242
Q4
(1440)
Co-2 Cornell 49-242
A18
(830)
Co-4 TO (5)
B3
(1800)
Co-4 TO
Alzate-Marin et al ., 1999a; Ragagnin et al., 2001;
C8
(900)
Co-4 TO
Alzate-Marin et al ., 1999a; Catanheira et al., 1999;
Y20
(830)
Co-4 TO
Alzate-Marin et al ., 1999a; Costa et al ., 2000;
I16
(850)
Co-4 TO
J01
(1380)
Co-4 TO
AL9
(740)
Co-4(2) G2333
AS13
(950)
Co-4(2) SEL1308
H18
(1100)
Co-4(2) G2333
L4
(1000)
Co-4(2) G2333
AB3
(450)
Co-5 TU, G2333, SEL1360
AH1
(780)
Co-6 AB136
AK20
(890)
Co-6 Catrachita
Z4
(560)
Co-6 AB136
Alzate-Marin et al ., 1999c; Ragagnin et al., 2001;
Z9
(950)
Co-6 AB136
Alzate-Marin et al ., 1999c; Ragagnin et al., 2001
AZ20
(940)
Co-6 AB136
Alzate-Marin et al ., 1999a, Costa et al., 2000
Arruda et al., 2000
Arruda et al. , 2000
Arruda et al. , 2000
Referência
Young & Kelly, 1997
Arruda et al ., 2000
AdamBlondon et al., 1994; Alzate-Marin et al., 2003
Young & Kelly, 1996; Alzate-Marin et al., 2003
Young et al., 1998
Arruda et al., 2000; Ragagnin et al., 2001
Arruda et al., 2000; Ragagnin et al., 2001
Alzate-Marin et al., 1999b
Young et al., 1998
Golçalves-Vidigal et al., 2001
Golçalves-Vidigal et al., 2001
Young & Kelly, 1997
Silva & Santos, 2001
Young & Kelly, 1996
Young & Kelly, 1997
Tabela 4: Principais genes de resistência a Colletotrichum lindemuthianum, associados aos marcadores
moleculares RAPDs
Outra importante aplicação dos marcadores do tipo RAPD é a sua
utilização para a caracterização molecular de patógenos causadores de
doenças em feijoeiro, como é o caso de Fusarium solani (OLIVEIRA et al.,
1999), Colletotrichum sp. (ALZATE-MARIN et al., 2001c; CHAVES et al.,
1999) e Phaeoisariopsis griseola (ALZATE-MARIN et al., 2001c), pois o uso
de cultivares resistentes aos patógenos requer, além do conhecimento das
raças fisiológicas prevalecentes na região onde se pretende utilizá-las,
conhecer as características genéticas do patógeno.
Os genes raça-específicos, segundo Pryor & Ellis (1993), vêm sendo bastante
estudados para fins de mapeamento e, no caso específico do feijoeiro, para diferentes
patossistemas, em que os genes estão organizados em poucos locos de resistência dentro
das cultivares (FALEIRO et al.,1996; FALEIRO et al., 1999). Estes locos podem ser
constituídos por genes isolados e organizados de forma seqüencial, ou por genes que
possuem diferentes alelos. Um exemplo é o loco M de resistência à ferrugem do linho
causada pelo fungo Melampsora lini (Ehrenb.) Desmag. Neste loco os genes R estão
arranjados em tandem e são relacionados com diferentes especificidades encontradas no
genoma da planta (ELLIS et al., 1988).
Faleiro et al. (2000) estudaram genes de resistência à ferrugem e à antracnose da
cultivar de feijão “Ouro Negro” e identificaram cinco marcadores RAPD no mesmo grupo
de ligação. Após a avaliação para a resistência à ferrugem, as mesmas plantas RC
3
F
2
foram
inoculadas com a raça 89 de C. lindemuthianum. A análise dos sintomas evidenciou que
tanto a resistência à ferrugem quanto a resistência à antracnose são controladas por fatores
dominantes únicos. Foi também observado que os genes de resistência à ferrugem e à
antracnose presentes em “Ouro Negro” estão ligados entre si.
A grande quantidade de marcadores disponíveis possibilitou o desenvolvimento de
muitos mapas de ligação, sendo possível correlacionar a presença de um marcador,
morfológico ou molecular, aos fatores genéticos que controlam determinadas características
agronômicas, podendo ser aplicado em diversas espécies: batata, milho, arroz, soja e feijão
(VALLEJOS et al., 1992). Os autores Nodari et al. (1993), com o auxílio de marcadores
moleculares, mapearam o gene Phs responsável pela produção da faseolina, a principal
proteína de reserva das sementes de feijão, e o gene nts (nodulação tolerante ao nitrato).
Santos et al. (2003), com o objetivo de complementar um mapa genético do
feijoeiro, encontraram 11 grupos de ligação por meio de 143 marcadores moleculares
RAPD, cobrindo 1234,5 cM do genoma. Este mapa foi usado para detectar QTL’s
associados à resistência a Xanthomonas axonopodis pv. phaseoli. em folhas e em vagens.
Em meio a tantas possibilidades que os marcadores moleculares proporcionam,
como relatado anteriormente, Alzate-Marin et al. (1999e) ressaltam a grande
importância da técnica RAPD no mapeamento de genes de resistência a doenças, tendo
em vista que a identificação de marcadores fortemente ligados a esses genes permite a
prática da seleção indireta (marcador molecular como critério de seleção).
A partir da associação de marcadores RAPDs a genes de resistência a
doenças, muitos autores têm relatado com sucesso a conversão desses
marcadores em SCARs (Sequence Characterized Amplified Regions). Os
trabalhos citam a transformação desses marcadores associados a genes de
resistência a doenças em diversas culturas de importância agronômica, tal
como o feijoeiro a antracnose (ALZATE-MARIN et al., 1997a, YOUNG et al.,
1998, GEFFROY et al., 1998, KELLY et al., 2003). Além da associação às
doenças, o uso de SCARS tem sido bastante eficiente em outras características
de importância agronômica, como seleção de cor de sementes em Brassica
napus (NEGI et al., 2000).
3. MATERIAL E MÉTODOS
3.1. Avaliação dos genótipos de feijoeiro quanto à resistência às três raças
31, 65 e 89 de Colletotrichum lindemuthianum
3.1.1. Germoplasma de feijão
Duzentos e quarenta e dois acessos para a raça 31, duzentos e quarenta e um para a
raça 65 e duzentos e quarenta e quatro para a raça 89 foram escolhidos do Banco de
Germoplasma do IAC pela importância econômica dos mesmos ao melhoramento genético
do feijoeiro para as condições edafoclimáticas do Estado de São Paulo e por apresentarem
ampla e diferenciada resposta a infecção de C. lindemuthianum. Dentre os acessos, há
representantes dos centros de origem Andina e Mesoamericana da espécie, diversas raças
locais de diferentes países sul-americanos e linhagens provenientes de programas de
melhoramento genético de Instituições de pesquisa nacionais e internacionais (Tabela 5).
3.1.2. Obtenção das Raças de Colletotrichum lindemuthianum
Foram utilizadas as raças 31, 65 e 89 de C. lindemuthianum da micoteca do Centro
de Pesquisa e Desenvolvimento de Fitossanidade – IAC.
Tabela 5: Acessos de feijão do Banco Ativo de Germoplasma (BAG)-IAC com potencial
agronômico para as condições edafoclimáticas do Estado de São Paulo com ampla e diferenciada
reação ao Coletotrichum lindemuthianum.
ACESSO NOME SIGLA
A
CESS
O
NOME SIGLA
1 Frijol Negro P440-A 316 Mamoninha 2063-N-1892
2 Sanilac 317 Tupi
E
EP-12080(20860
15 Rosinha IG-1169 319 Preto-196 Col. Neg-658
17 Rosinha 29/Dez 320 Black Turtle Soup Bean
21 Baio da Praia 1927 325 Rosinha G2
24 Rosinha-145-1-1 339 Rim de Porco
25 Leg. Floresta-5 350 Preto-167 CMG
28 Uberabinha CF-830348 354 Preto-146 CMG
32 Rosinha-127 360 MDR
K
33 Jalo EE-14559 368 Porrillo-1
35 ECU-208 373 México-498
49 Carioca-80 374 Monte Negro-1349 1848
50 Chileno/Branco 385 México-488
56 ECU-311 389 Small White 59 Preto
60 Rim de Porco 392 Perry Marron
71 Vermelhinho CF-840123 393 Feijão Ingá CF-800084
72 Alemão CF-800227 395 Mortiño
73 Rosinha CF-840657 398 Cornell-49242
74 Enxofre (Diacol Mina Pent) CF-840081 405 TIB-3042
75 Bagajo CF-810425 415 73VUL-3205
83 Baetão 30273 416 Rosado-13
89 Venezuela-350 427 Safira
90 B. Turrialba P-709 431 BB Lake
99 México-115 437 A-ICA-TUI P458
107 Guatemala-2226 B-21 439 B-Puebla-40 490
109 Red Kidney 443 Canário-101
112 Baetão N-314-EEAL 445 B. Porrillo-70 P448
113 Sem. Gde. Cor Vinho 449 Copinho Grande Preto EERC-236
114 Bataa
v
455 Preto Lages EERC
121 S/ Nome Rosinha Leg-13 457 Cavalo Amarelo 2229
125 Chumbinho-63 462 Branco Graúdo CF-840230
138 Leg. Rosinha CIAT-63 465 Porrillo Sintético
149 Baetão 466 Mulatinho 1194
152 STO ROSS 478 xico-12
154 60 Dias 481 Carioca MG
159 Aete-2 485 D. Timóteo
160 Uberabinha N1/220 492 G11796
171 Vermelho de Minas CF-830393 494 Bolon Bayo
172 IPA-2 73VUL 497 Terra Velha
179 Manteiguinha CF-830456 499 Feijão Vermelho Graúdo CF-830186
180 Branco-119 515 Preto Dom Feliciano CF-840204
183 Actopan 521 Chileno/Preto
186 Coco Blanchi IG-749 525 Baetão CF-840727
196 HIBC 528 Baetão CF-840856
203 Rosado-14 (mulatinho) 531 PI-310724 CIAT
211 Retinto Santa Rosa 51 533 Puebla-152 CIAT
213 Preto-158 29/162 534 Jamapa CIAT
215 Pirata-1 543 Jalo-110
222 Venezuela-42-5-1 544 IAPAR-80
225 México-309 546 Gordo Branco CF-860112
228 México-44 1820 550 Caeté (preta) CF-860125
236 Preto-208 CMG 556 Rico-23 CF-830248
239 México-435 558 Mulata Gorda CF-840500
249 Preto Uberabinha 559 Iraí
251 Costa Rica 566 Pijão CNF-3444
254 Quarenteno 567 IAPAR-65
257 Preto-184 CMG 568 IAPAR-57
267 Honduras-32 569 IAPAR-72
268 Rico CMG-23 570 MD-806
271 Guatemala-479 571 A-300 CNF-4045
276 IPA-8 572 Jamapa
278 Venezuela 1832-8371 573 Jalo Itara
279 Ouro Negro 574 Puebla-152 CNF-1807
287 Jamapa CNF-1671 575 RAI-76
288 Rosinha 576 EMP-81
296 Mulatinho H-6-1 577 Jalo EEP-558
297 I-114 578 Tarumã
311 73VUL-3210 580 Conejo G22029
Tabela 5: Acessos de feijão do Banco Ativo de Germoplasma (BAG)-IAC com potencial
agronômico para as condições edafoclimáticas do Estado de São Paulo com ampla e diferenciada
reação ao Colletotrichum lindemuthianum (Continuação).
ACESSO NOME SIGLA ACESSO NOME SIGLA
582 IAPAR-44 647 Bat-477
583 ARC-1 648 IPA-1
584 ARC-2 649 A-211
585 ARC-3 650 Mex-222
586 ARC-4 651 G2338
587 Vermelho Desconhecido 652 Raven
588 Ovo de Codorna Tyunaga Vermelho 653 Michelite
589 Sangre-Toro G5704 654 A-21
590 Real Mexican-34 CNF-0541 655 A-55
592 Cal-153 663 A-322
593 EMP-407 671 PI-165426
595 CNF-86-9 672 IAPAR-81
596 IAPAR-BAC 6 R. Bac. 673 MAM-38
597 IAPAR-31 674 DOR-390
598 EMP-408 675 DOR-391
599 AFR-188 676 DOR-476
600 G4000 677 DOR-482
601 Tenderette 678 Mar/03
602 R.Bac. Hx82-7-3-3-1,CM 679 Turrialba-1
603 R.Bac. GNN-Sel 1(27) 680 Durango-222
604 IAPAR-14 681 Xan-112
605 LP-88-175 682 Xan-159
606 Apetito Branco CNF-1709 683 Xan-251
607 Barbunya CNF-1798 684 AND-279
608 Pompador CNF-1429 685 G5207
610 Oito e Nove 749 Car Marrom L359-1
611 Alemão 815 RAZ-56
612 Bat-93 816 RAZ-49
613 D. Calima 817 RAZ-43
614 Pinto-114 818 RAZ-59
615 A-439 (R.Nem.) 819 RAZ-55
616 A-443 (R.Nem.) 863 Pirapora (CB)
617 Bat-332 905 Rosa Do Guaranésio Tipo B
618 Mex-54 911 Goytacazes
619 Flor de Mayo 921 Batista Brilhante (CB)
620 Pan-72 926 WAF-69
621 A-449 928 WAF-74
622 G2858 930 Rosa Do Guaranésio Tipo C
623 G5686 937 Contender
624 Mar/01 948 WAF-75
625 Mar/02 995 Pompadair
626 FEB-29 1052 A-285
627 Amendoim 1062 PR-733612
628 Cal-143 1081 CF-840743
629 Montcalm 1088 PI-329247
630 HF5465-63-1 1103 PR-733639
631 Frijólica 03-1 1114 México-187 6153
632 Aporé 1116 PI-417660
633 RG1342 CH60 (MA) 1121 Feijão Pintado
634 AND-277 (MA) 1132 Negro Vera Cruz X066-24
635 RIZ-30 1135 Rosada PR-9457-43
636 G916
637 T
U
638 TO
639 Antioquia-8 G8147
641 AB-136
642 Widusa
643 PI-207262
645 G2333
646 Mex-279
Essas raças foram originalmente classificadas como mesoamericanas. A escolha
dessas três raças foi por serem as três principais raças que ocorrem no Estado de São Paulo
(ITO et al. 2002), sendo que a raça 89 tem sido mais agressiva, apresentando
potencialidade de redução de colheita em até 100%, (CARBONELL, 1999) e a raça 65
pertence ao grupo de raças amplamente disseminadas no Brasil, segundo (TALAMINI et
al., 2002). A classificação das raças foi baseada na resposta de inoculação das 12
variedades diferenciadoras e na utilização do sistema binário de classificação e
caracterização da resposta de infecção pelas variantes (raças ou patótipos) de C.
lindemunthianum (CIAT, 1990).
Para cada acesso foram utilizadas seis plantas, tendo sido utilizada a cultivar
Rosinha G2 como testemunha. Plântulas de cada genótipo foram obtidas após germinação
em papel de pH neutro (Germitest), à temperatura de 25
o
C, por um período de
aproximadamente três dias. Após este período, as plântulas com aproximadamente 2 cm de
comprimento de radícula foram transplantadas para bandejas plásticas ou copos plásticos
descartáveis de 300 mL, contendo como substrato vermiculita esterilizada. Após cinco dias
do transplante, as plântulas foram inoculadas com uma suspensão de 1,2 x 10
6
conídios/mL/raça de C. lindemuthianum, em sala climatizada, (temperatura de ± 20
o
C e
umidade relativa alta).
Para a produção do inóculo, cada isolados das raças 31, 65 e 89 de C.
lindemuthianum foi cultivado em placas de petri contendo o meio de cultura Mathur
(glicose + MgSO
4
.7H
2
O+ KH
2
PO
4
+ peptona + ágar + H
2
O destilada). Após a repicagem
dos fungos, as raças foram mantidas em estufa incubadora a 22
o
C (±1
o
C), no escuro,
durante 8 dias. Após esse período, foi preparado o inóculo adicionando-se cerca de 10 mL
de água destilada e esterilizada sobre a superfície da colônia e então uma leve raspagem
com auxílio de uma lâmina de vidro. A suspensão de micélio e esporos foi filtrada em gaze
e a concentração do inóculo ajustada para 1,2. 10
6
esporos/mL.
A inoculação foi efetuada com o auxílio de um ‘DeVilbiss’ acoplado numa bomba
de vácuo e pressão, pulverizando-se o inóculo nas faces inferior e superior das folhas e toda
a superfície das plântulas que foram mantidas em sala climatizada com alta temperatura (20
± 2
o
C) e umidade relativa do ar proporcionado por aparelho de nebulização, por um
período de 48 horas e, em seguida, mantidas sem nebulização, à mesma
temperatura de 20
± 2ºC.
3.1.3. Avaliação dos sintomas da antracnose
A avaliação foi feita seguindo o sistema padrão de escala de notas de 1 a 9,
conforme as normas propostas pelo CIAT (1990) e também descritas por RAVA et al.
(1993), que utiliza a nota 1 para aquelas resistentes (sem sintomas) e 9 para as suscetíveis
(mortas), aos 10 a 14 dias após a inoculação. O critério adotado para as notas foi 1 para
ausência de sintomas visíveis; 2 e 3 igual menos de 25% de área foliar afetada com
manchas necróticas podendo, em alguns casos, serem visualizadas apenas na parte inferior
das folhas; 4 e 5 igual de 1 a 3% da área foliar afetada; 6 igual quando as manchas
necróticas nas nervuras são perceptíveis em ambas as faces das folhas e as notas 7, 8 e 9
igual 25% ou mais da área afetada. A nota 7 determina quando as manchas necróticas estão
presentes na maioria das nervuras e em grande parte do tecido do mesófilo e presença de
lesões abundantes nos caules, ramos e pecíolos. A nota 8 é quando as manchas necróticas
se encontram em quase todas as nervuras, ocasionando ruptura, desfolha e redução do
crescimento da planta. A nota máxima 9 é dada quando a maioria das plantas está morta. Os
genótipos com notas de 1 a 3 são classificados como resistentes e acima de 3 como
suscetíveis.
3.2. Marcadores RAPD ligados aos Alelos de Resistência em Feijoeiro às Raças de
Colletotrichum lindemuthianum
3.2.1. Extração de DNA das amostras de
Phaseolus vulgaris
Para cada genótipo, não inoculado com C. lindemuthianum, foi feita a extração de
DNA seguindo o protocolo utilizado por CIMMYT (Laboratory Protocols - CIMMYT
Applied Molecular Genetics Laboratory), que vem sendo aplicado no Laboratório de
Genética e Biologia Molecular do IAC. Em um tubo plástico (eppendorf) de volume total
de 2,0
μl foram colocados 0,2g de tecido foliar moído no almofariz com o auxílio de
nitrogênio líquido e depois adicionados 800 mL de tampão de extração (pré-aquecido a
65
o
C com 0,2% de mercaptoetanol). As amostras foram incubadas por 60 minutos a 65
o
C
em banho-maria e a cada 15 minutos eram agitadas. Decorridos os 60 minutos, os tubos
contendo as amostras foram removidos e deixados por 10 minutos na bancada, para
retornarem à temperatura ambiente, para então adicionar clorofórmio-álcool isoamílico
(24:1) até completar o volume do tubo. As amostram foram agitadas levementes por 1
minuto e centrifugadas por 10 minutos a 10.000 rpm em temperatura ambiente. Após esta
etapa, a fase superior foi transferida para um novo tubo e adicionado o mesmo volume (do
recuperado) de clorofórmio álcool isoamílico (24:1), agitada lentamente por 1 minuto e a
mistura centrifugada por 10 minutos a 10.000 rpm em temperatura ambiente. A fase
superior (líquida) do tubo foi recuperada em outro tubo e adicionados 80% do volume (do
recuperado) de isopropanol (gelado). A mistura foi obtida por inversão dos tubos por cerca
de 10 minutos e a seguir centrifugados por 10 minutos a 5.000 rpm. Após a eliminação do
sobrenadante, o DNA total precipitado foi lavado com 300
μL de etanol 70%, centrifugado
por 5 minutos a 5.000 rpm e, após a eliminação do sobrenadante, foi deixado para secar na
bancada para então suspendê-lo em 200
μL de TE.
Para o teste de quantidade de DNA foram utilizadas duas concentrações de lambda,
de 40 ng e 100
ηg, como comparação. O produto da extração foi visualizado em gel de
agarose a 0,8%, usando um tampão TAE 1X (40mM Tris, 1 mM Ácido acético e 1,8 mM
EDTA dissódico) e tratamento com brometo de etídeo e visualização do produto sob luz
U.V. A imagem foi digitalizada em foto documentador específico.
3.2.2. Marcador molecular: RAPD
Os marcadores utilizados foram os mesmos citados em literatura e ligados a locos de
resistência à antracnose do feijoeiro (Tabela 6). Os protocolos descritos por Rafalski et al.
(1996) foram utilizados para o genoma de feijão. A reação de PCR foi montada utilizando-se
reagentes comercialmente disponíveis tais como MgCl
2
, enzima, primers (Operon
Technologies, Alameda, CA, EUA) e o DNA a ser estudado. As condições das reações e as
concentrações ótimas dos componentes foram estabelecidas experimentalmente. O volume
final de cada reação foi de 25
μL contendo 5 pmols de cada primer, 1,0 unidade de Taq-
polimerase (Invitrogen), 2,5
μL de Buffer 10X, 1,5μL de dNTP 2,5 mM, 0,75μL de MgCl
2
50 mM (1,5mM final) e 3,0
μL de DNA (aproximadamente 40ηg), além de água Milli-Q
(q.s.p.). O termociclador utilizado foi o PTC- 100 (MJ Research, Inc) programado para um
ciclo a 95ºC por 5 minutos (temperatura necessária para a desnaturação da cadeia de DNA),
seguido de 43 ciclos a 94ºC por um minuto (desnaturação), 35ºC por um minuto
(pareamento do primer), 72ºC por 1 minuto e 30 segundos (extensão) e, por último, a
temperatura de 72ºC por 7 minutos para extensão final.
Os fragmentos amplificados foram separados por eletroforese (120Volts, 200mA
durante, aproximadamente 2,5 - 3 horas) em géis de agarose a 1,5%, usando um tampão
TAE 1X (40mM Tris, 1 mM Ácido acético e 1,8 mM EDTA dissódico) e revelados através
de tratamento com brometo de etídeo sob luz U.V. e a imagem digitalizada em
fotodocumentador específico. Sendo assim, os registros foram tomados com a presença ou
ausência (1 ou 0, respectivamente) de cada fragmento de DNA reprodutível, comparando o
perfil de bandas amplificadas para cada marcador com um ladder de mesmo peso
molecular (100 pares de bases -pb), no conjunto de acessos de feijão. Um mesmo genótipo
(número 60) foi utilizado como testemunha por reproduzir um bom perfil de bandas em
todas reações com todos os marcadores.
Tabela 6: Marcadores RAPD ligados a genes de resistência a Colletotrichum lindemuthianum em
feijoeiro indicando se estão em repulsão ou associação, a distância do gene e em que genótipos se
Gene de
Marcador resistência Distância (cM) Orientação Genótipo
F10(530)
Co-1 1.9-1.4cM repulsão MDRK
H20
(450)
Co-2 0.5cM associação Cornell 49-242
Q4
(1440)
Co-2 5.5cM associação Cornell 49-242
A18
(830)
Co-4 17.4cM repulsão TO (5)
B3
(1800)
Co-4 3.7cM repulsão TO
C8
(900)
Co-4 9.7cM associação TO
Y20
(830)
Co-4 0.0cM sem recombinação TO
I16
(850)
Co-4 14.3cM associação TO
J01
(1380)
Co-4 18.1cM associação TO
AL9
(740)
Co-4(2) 4.5cM associação G2333
AS13
(950)
Co-4(2) 0.0cM sem recombinação SEL1308
H18
(1100)
Co-4(2) 9.2/ 5.6cM associação G2333
L4
(1000)
Co-4(2) 0.0cM associação G2333
AB3
(450)
Co-5 5.9cM associação TU, G2333, SEL1360
AH1
(780)
Co-6 12.3cM associação AB136
AK20
(890)
Co-6 7.3cM repulsão Catrachita
Z4
(560)
Co-6 2.5cM associação AB136
Z9
(950)
Co-6 20.4cM repulsão AB136
AZ20
(940)
Co-6 7.1cM associação AB136
6; 10
9
9
9
Referência
3
1; 14
2; 14
6; 12; 9
5; 6; 9
4
7
4
6; 9; 10; 12
3
13
2
3
8; 11; 12
8; 11; 12
*- 1- AdamBlondon et al., 1994; 2- Young & Kelly, 1996; 3- Young & Kelly, 1997; 4- Young et al., 1998; 5-
Catanheira
et al., 1999; 6- Alzate-Marin et al., 1999a; 7- Alzate-Marin et al., 1999b; 8- Alzate-Marin et al.,
1999c; 9- Arruda
et al., 2000; 10- Costa et al., 2000; 11- Golçalves-Vidigal et al., 2001; 12- Ragagnin et al.,
2001; 13- Silva & Santos, 2001; 14- Alzate-Marin
et al., 2003.
*
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1. Avaliação dos Genótipos de Feijoeiro quanto à Resistência às Raças 32, 65 e 89 de
Colletotrichum lindemuthianum
Para a avaliação foi aplicada a escala de notas proposta por Rava et al. (1993) que
foi aplicada por uma mesma pessoa para que não houvesse julgamento diferente na
atribuição das notas (Tabela 7). Foram avaliados 242 genótipos quanto à infecção da raça
31 de C. lindemuthianum e, dentre elas, 108 (44%) mostraram-se resistentes. Para a raça
65, 241 acessos foram avaliadas sendo que 99 (40%) apresentaram incompatibilidade a esse
patótipo. Já a raça 89 mostrou ser a mais virulenta, infectando 157 genótipos do total de
244 (65%), resultado coerente com o descrito por Carbonell et al. (1999), que destacaram a
agressividade da raça 89. A Figura 1 resume os resultados obtidos a partir das inoculações
dos acessos.
R: Resistente; S: Suscetível
Figura 1: Resposta diferenciada dos genótipos à infecção das três raças de Colletotrichum
lindemuthianum: 31
,
65 e 89.
Raça 31
43%
57%
R S
Raça 65
41%
59%
Raça 89
36%
64%
Acesso Nota Classificação Nota Classificação Nota Classificação Acesso Nota Classificação Nota Classificação Nota Classificação
1 1R1R1R287 9S9S9S
2 9S1R1R288 9S1R9S
15 9S1R9S296 9S9S9S
17 9S9S7S297 9S9S9S
21 9S9S9S311 9S9S9S
24 9S9S9S316 9S9S9S
25 8S7S7S317 9S9S9S
28 1R1R1R319 9S9S9S
32 9S9S9S320 9S9S9S
33 1R1R2R325 9S9S9S
35 2R9S 9 S339 1R1R1R
49 9S1R9S348 7S9S9 S
50 1R1R1R349 9S9S9S
56 9S9S9S350 9S9S9S
60 9S9S2R354 9S1R1R
71 1R1R1R360 9S9S9S
72 1R1R1R368 9S9S9S
73 1R1R1R373 2R9S9S
74 1R1R1R374 1R9S2R
75 9S7S9S385 9S9S9S
83 9S9S9S389 8S9S9S
89 9S9S9S392 1R9S9S
90 9S9S9S393 9S9S9S
99 9S9S9S395 9S1R9S
107
2R9S 9 S398 1R1R9S
109 1R1R1R405 1R7S1R
112 9S1R1R415 9S9S9S
113 9S1R1R416 1R1R1R
114 9S9S9S427 9S9S8S
121 9S9S9S431 9S9S1R
125 1R9S 9 S437 9S9S9S
138 9S9S9S439 1R7S9S
149 9S9S9S443 9S9S9S
152 9S9S9S445 9S8S9S
154 9S9S9S449 9S9S9S
159 9S9S9S455 9S9S9S
160 1R9S 9 S457 1R1R9S
171 1R7S 8 S462 9S8S9S
172 9S9S9S465 9S9S9S
179 9S1R1R478 9S2R9S
180 1R1R8 S481 9S9S9S
183 2R9S 9 S485 8S9S9S
186 9S9S9S492 9S9S9S
196 9S9S9S494 1R1R1R
203 9S9S9S497 1R7S9S
211 9S1R9S499 9S9S7S
213 1R9S 9 S515 1R1R9S
215 1R9S 9 S521 9S9S1R
222 1R9S 9 S525 1R1R1R
225 9S9S9S
528 9S7S9S
228 1R8S 1R531 9S9S9S
236 9S9S9S533 1R2R1R
239 7S7S9S534 9S9S1R
249 1R1R9 S543 9S9S9S
251 9S7S9S544 9S9S9S
254 9S9S9S546 2R1R8S
257 9S9S9S550 9S9S9S
267 9S9S9S556 1R1R9S
268 1R7S 9 S558 1R1R9S
271 9S9S9S559 9S9S1R
276 9S9S9S566 1R1R8S
278 9S9S9S567 9S1R9S
279 0-0-0-568 1R1R2R
65 89
Raças do
Colletotrichum lindemuthianum
Raças do
Colletotrichum lindemuthianum
31 65 89 31
Tabela 7: Reação dos genótipos de feijoeiro inoculados com as raças 31, 65 e 89 de
Colletotrichum lindemuthianum e classificação em resistentes e suscetíveis
Acesso Nota Classificação Nota Classificação Nota Classificação Acesso Nota Classificação Nota Classificação Nota Classificação
569 1 R 2 R 2 R 633 9S9S9S
570 1 R 1 R 1 R 634 9S1R1R
571 9 S 2 R 9 S 635 9S9S9S
572 9 S 9 S 9 S 636 9S9S1R
573 9 S 1 R 1 R 637 1R1R1R
574 1 R 1 R 2 R 638 1R1R1R
575 9 S 1 R 2 R 639 9S1R9S
576 1 R 1 R 1 R 641 1R1R1R
577 9 S 9 S 9 S 642 1R7S9S
578 1 R 1 R 2 R 643 1R1R1R
580 9 S 1 R 2 R 645 1R1R1R
582 9 S 1 R 1 R 646 1R1R1R
583 9 S 9 S 9 S 647 1R1R9S
584 9 S 9 S 1 R 648 9S9S9S
585 7 S 9 S 7 S 649 9S7S7S
586 9 S 9 S 9 S 650 1R1R1R
587 8 S 9 S 9 S 651 1R9S9S
588 9 S 1 R 9 S 652 9S1R1R
589 9 S 9 S 9 S 653 9S9S9S
590 1 R 1 R 1 R 654 9S1R7S
592
1
R
1
R
9
S
655 1R7S9S
593
1
R
1
R
1
R
663 1R1R1R
595
7
S
2
R
7
S
671 7S9S9S
596
9
S
9
S
9
S
672 9S1R9S
597
1
R
1
R
1
R
673 1R1R1R
598
9
S
9
S
9
S
674 9S9S9S
599
1
R
9
S
1
R
675 9S9S9S
600
9
S
1
R
9
S
676 7S2R9S
601
9
S
1
R
9
S
677 9S2R9S
602
1
R
9
S
1
R
678 1R1R1R
603 9S9S9S679 1R7S9S
604 9S1R1R680 1R1R1R
605 1R1R2R681 9S8S9S
606 1R7S 9 S682 9S9S9S
607 9S9S9S683 9S9S9S
608 1R1R1R684 9S9S9S
610 1R1R1R685 1R1R1R
611 1R1R1R749 5S1R9S
612 1R1R1R815 1R1R1R
613 1R1R9 S816 1R1R1R
614 9S9S9S817 0-1R9S
615 1R1R9 S818 1R1R1R
616 1R1R9 S819 1R1R1R
617 9S7S9S863 9S7S2R
618 9S9S9S905 0-0-0-
619 8S9S9S911 9S1R9S
620 9S9S9S921 1R2R1R
621 9S1R8S926 1R1R1R
622 1R1R7 S928 1R1R1R
623 1R1R1R930 9S0-0-
624 7S1R9S937 9S9S9S
625 1R1R1R948 1R1R1R
626 9S9S9S995 1R1R1R
627 9S9S9S1052 1R8S9S
628 1R1R7 S1062
0-0-1R
629 9S1R1R1081 7S1R1R
630 1R1R1R1088 1R1R1R
631 9S9S1R1103 1R1R1R
632 1R1R9 S1114 0-0-2R
1116 0-0-0-
1121 2R9S1R
1132 1R1R2R
1135 1R0 -8S
65 8931 65 89 31
Raças do
Colletotrichum lindemuthianum
Raças do
Colletotrichum lindemuthianum
Tabela 7: Reação dos genótipos de feijoeiro inoculados com as raças 31, 65 e 89 de
Colletotrichum lindemuthianum e classificação em resistentes e suscetíveis (Continuação)
4.2. Co-evolução entre Phaseolus vulgaris e Colletotrichum lindemuthianum
A diversidade genética desse patógeno e sua co-evolução com o grupo de origem do
feijoeiro Andino e Mesoamericano permitem que, além da classificação binária em raças,
seja feita uma divisão, semelhante ao seu hospedeiro, em Andinos e Mesoamericanos,
dependendo do conjunto gênico da cultivar em que o isolado foi identificado. Genótipos
mesoamericanos são predominantemente mais resistentes a isolados andinos e genótipos
andinos a isolados mesoamericanos, como descrito por Young & Kelly (1997) e Balardin &
Kelly (1998). Dessa maneira, a utilização de fontes de resistência às principais raças do
patógeno, visando a piramidação de genes andinos e mesoamericanos, constitui uma das
estratégias de programas de melhoramento para a obtenção de variedades comerciais de
resistência durável.
O BAG-Feijão do IAC é representado por acessos de origem andina,
mesoamericana, geneticamente melhorado vindo tanto do programa de melhoramento do
IAC como de outras instituições e muitos de origem desconhecida. De todo o material do
estudo, 241 foram avaliados quanto à resposta diferenciada à reação das três raças
fisiológicas do patógeno (31, 65 e 89), originalmente classificadas como mesoamericanas, e
também quanto à associação entre ambos conjuntos gênicos, do P. vulgaris e do C.
lindemuthianum.
Dos 29 acessos de origem andina, 59% apresentaram resistência, enquanto dos 37
mesoamericanos e dos 120 de origem desconhecida, apenas 37% e 31% foram resistentes,
respectivamente (Figura 2). Os resultados confirmaram o esperado, ou seja, a ocorrência de
maior número de genótipos andinos resistentes, devido aos isolados pertencerem ao
conjunto gênico mesoamericano.
No caso dos 55 acessos resultantes de programas de melhoramento genético, 55%
foram resistentes às três raças do patógeno, provavelmente resultado de seleções realizadas
para o caráter resistência a C. lindemuthianum. Dentre os 120 acessos de origem
desconhecida, 69% apresentaram susceptividade, sugerindo que a grande maioria destes
genótipos seja de origem mesoamericana, uma vez que, aliado à esta informação, os
genótipos possuem tegumentos de coloração preta e sementes pequenas, características
típicas de origem mesoamericana, conforme descrição observada no BAG- IAC.
No entanto, apesar desse resultado ter coincidido com a teoria de que genótipos
mesoamericanos são predominantemente mais resistentes a isolados andinos e genótipos
Figura 2. Resposta de acessos de feijoeiro à infecção de três raças de Colletotrichum lindemuthianum: Raça
31; Raça 65 e, Raça 89. Os acessos foram classificados segundo sua origem em mesoamericanos (MA),
andinos (A), geneticamente melhorados (GM) e desconhecidos (D). R e S: genótipos resistentes e suscetíveis,
respectivamente.
b)
c)
a)
Raça 65
12
16
33
47
22
74
12
25
0
40
80
120
MA A GM D
R S
Raça 31
15
17
29
38
22
12
25
84
0
40
80
120
MA A GM D
R S
Raça 89
11
18
30
28
26 12
26
93
0
40
80
120
MA A GM D
R S
andinos a isolados mesoamericanos, MAHUKU e RIASCOS (2004) a partir de 200 isolados
vindos dos dois conjuntos gênicos coletados em regiões do mundo inteiro e mantidos na
coleção do CIAT, mostraram, recentemente, por meio de Rep-PCR (DNA sequence of
repetitive-elements) e RAMS (Random Amplified Microssatellites), não haver diferenças
genéticas marcantes entre isolados andinos e mesoamericanos, para serem classificados em
grupos distintos. Os dados obtidos por esses autores vão contra os obtidos pelos autores
B
ALARDIN e KELLY (1998) e SICARD et al. (1997), que dizem existir uma co-evolução
patógeno hospedeiro possibilitando os mesmos serem classificados em dois conjuntos
gênicos. No entanto, estão de acordo com proposta de B
ALARDIN et al. (1997); BALARDIN
et al. (1999) e F
ABRE et al. (1995), que reportam à falta de diferenças geográficas entre os
patógenos e que, portanto não se pode, conclusivamente, estabelecer que houve uma co-
evolução dentro dos conjuntos gênicos de P. vulgaris e C. lindemuthianum.
Adicionalmente, os autores M
AHUKU e RIASCOS (2004) também observaram que
dentre os isolados selecionados, a maioria era mesoamericano ainda que tenham se
originado a partir de genótipos Mesoamericanos assim como em Andinos. Essa observação
era esperada pois as raças mesoamericanas tem mostrado uma ampla virulência
MELOTTO e
KELLY (2000), e pode ser explicada pela sugestão de que o patógeno pode ter-se originado
e disseminado a partir da região mesoamericana, ou seja, a sua população ancestral é
Mesoamericana. Essa hipótese também foi suportada pelos autores Sicard et al. (1997), que
usando marcadores RAPDs e RFLP analisaram isolados do C. Lindemthianum e
observaram que os alelos encontrados nas raças vindas do Equador e Argentina também
foram observados nas raças vindas do México entranto, mais alelos foram encontrados em
populações mexicana do patógeno levando aos autores a mesma hipótese de MAHUKU e
RIASCOS (2004).
4.3. Associação dos Marcadores RAPD aos Alelos de Resistência às Raças do Patógeno
No presente estudo dentre os 248 separados, apenas 16 genótipos foram
anteriormente estudados por diversos autores, associando genes de resistência à
antracnose aos marcadores RAPDs e permitindo, dessa maneira, se fazer um
paralelo entre os resultados. Destas, 11 fazem parte do conjunto das
diferenciadoras, sendo que apenas Kabbon não foi caracterizada molecularmente
nas avaliações do IAC. Já as cultivares Sanilac, Montcalm, Raven e Pinto 114,
apesar de não fazerem parte do conjunto internacional de diferenciadoras, foram
previamente analisadas por meio dos marcadores estreitamente ligados ao loco
Co.
Os marcadores RAPDs podem estar ligados ao gene de interesse de duas
maneiras, acoplamento ou repulsão. Quando os sítios de amplificação estão
extremamente próximos um do outro em cromossomos homólogos operando
funcionalmente como alelos co-dominantes de um mesmo loco estão em repulsão ou
quando os sítios estão no mesmo cromossomo estão em acoplamento.
Um marcador em fase de acoplamento ligado ao loco Co amplifica a banda
enquanto que o marcador em fase de repulsão amplifica a banda quando ligada ao coco.
Assim, para o marcador em acoplamento a banda é
presente quando o genótipo é resistente
e homozigoto dominante (CoCo) ou heterozigoto (Coco) e ausente quando as plantas são
suscetíveis e homozigotas recessivas (coco).
Já para o marcador em repulsão, o gene CoCo ou Coco é representado pela
ausência da banda em genótipos resistentes e coco pela presença da banda em genótipos
suscetíveis. As plantas que apresentam associações diferentes dessas possivelmente
correspondem aos genótipos recombinantes. A orientação do marcador relacionada ao
genótipo da planta e ao fenótipo produzido a partir da infecção do patógeno pode ser
resumida na tabela 8.
Os marcadores RAPD são dominantes e, portanto, quando se objetiva identificar
regiões heterozigotas, utiliza-se os marcadores aos pares, ou seja, dois marcadores do tipo
RAPD ligados, cada um amplificando para um dos parentais. Por exemplo, a amplificação
de ambos marcadores do par é diagnóstico para uma região genômica heterozigota. O uso
de marcadores RAPD como codominantes mostram a importância na identificação de
genótipos em populações segregantes.
Tabela 8: Associação da orientação do marcador RAPD ao fenótipo de cada acesso de feijoeiro
lif ãd
Cll ih lid hi
acoplamento (+) repulsão (-)
Plantas resistentes CoCo
CoCo (+) CoCo (-)
Co_
Co_ (+) Co_ (+)
Plantas recombinantes
Co_ (-)
Plantas suscetíveis coco
coco (-) coco (+)
Orientação do marcador
Fenótipo Genótipo
4.3.1. Gene Co-1
O Co-1 é um gene andino que confere resistência à raça fisiológica 65 de
C. lindemuthianum. O marcador F10
foi identificado como ligado a esse gene em
fase repulsão a 1,9 cM de distância, através do qual puderam confirmar
indiretamente a presença de
Co-1 em alguns genótipos quando inoculadas com a
raça 65 do patógeno, através da ausência do fragmento de tamanho de 530 pares
de bases (pb)(YOUNG & KELLY, 1997).
Entre as cultivares do presente estudo, portadoras deste gene, estão
MDKR, Montcalm, Ravem, Sanilac, as quais não amplificaram o fragmento. Já em
Pinto 114 e AB 136 (conhecidas por não possuírem o alelo) a banda foi presente e
nos genótipos G2333 e Perry Marron, apesar de não se ter determinado a
existência do gene
Co-1, o marcador foi ausente (Figura 3). Estes resultados
foram coerentes com os descritos por Young & Kelly (1997).
Ladder 1 2 3 4 5 6 7 8
(100pb)
F10
Figura 3: Amplificação do marcador F10
(530pb)
.
Seqüência dos indivíduos resistentes à raça 65: 1:
MDKR (
Co-1), 2: Montcalm (Co-1), 3: Sanilcac (Co-1),
4: Raven (
Co-1), 5: Pinto 114, 6: AB 136, 7: G2333 e 8:
Perry Marron (
Co-1
3
).
F10
(
530
p
b
)
A cultivar Perry Marron não amplificou o segmento, indicando a possível
presença do gene e ainda, nas avaliações quanto à infecção as três raças do
C.
lindemuthianum, foi resistente às raças 65 e 89. Segundo Melotto & Kelly (2000),
um alelo identificado nesta cultivar é o
Co-1
3
e este resultado corrobora aqueles
obtidos por Pastor-Corrales
et al. (1994) e Del Peloso et al. (1989), que dizem ser
mais de um fator genético que condiciona resistência à raça 65 em Perry Marron e
em G2333. Dessa maneira, sugere-se que o marcador ligou-se a algum alelo
presente em Perry Marron.
A insuficiência de dados, da literatura, a respeito da ausência ou da presença do
gene Co-1 em genótipos dificultou as análises de associação desse marcador com o gene de
resistência. Por isso é necessário cuidado ao usar esse marcador, pois em alguns genótipos
portadores do gene a banda não é amplificada, como citado pelos autores Young & Kelly
(1997), em que a cultivar Seafearer, que possui o gene Co-1, amplificou o fragmento
correspondente ao marcador.
Ao considerar que a ausência do marcador indicou a presença deste gene, sugere-se
que a maioria dos acessos não o possui, pois grande parte deles foi suscetível e apresentou a
banda, assim como, uma pequena quantidade de acessos resistentes não amplificou o
fragmento associado à presença de Co-1. No entanto, de todos os marcadores, esse foi o
segundo que mais revelou genótipos com provável associação entre a orientação do
marcador com a presença do gene (82 genótipos). Porém, o marcador F10
(530)
é considerado
“gene-não específico”.
Nos acessos com ausência do marcador e que houve reação de compatibilidade com
o patótipo, supõe-se que existam diferentes alelos ou então, que a resistência as três raças
de C. lindemuthianum seja condicionada por outros fatores genéticos, além do alelo Co-1
(Figura 4).
4.3.2. Gene
Co-2
A cultivar Cornell 49-242, portadora do gene Co-2, é uma das mais antigas fontes
de resistência à antracnose apresentando resistência a 22 dos 35 patótipos identificados no
Brasil, entre os anos 1994 e 2000. Dentre as raças de C. lindemuthianum incompatíveis a
essa cultivar estão as raças 65 (RAVA et al., 1994; ANDRADE et al., 1999) e 31
(THOMAZELLA et al., 2000) e, compatível, a raça 89 (ALZATE-MARIN et al., 2003;
RAVA et al., 1994).
Figura 4: Acessos de feijoeiro de diferentes origens submetidas à infecção pelas raças 31, 65 e 89 de
Colletotrichum lindemuthianum, em que ocorreram amplificações RAPD do marcador F10
(530)
(Operon
Technologies).
R e S: acessos resistentes e suscetíveis com a presença da banda, respectivamente.
Ra e Sa: Acessos resistentes e suscetíveis, com a ausência da banda, respectivamente
.
Raça 31
0
25
50
75
100
125
RSRaSa
Raça 89
0
25
50
75
100
125
RSRaSa
Raça 65
0
25
50
75
100
125
RSRaSa
Os marcadores Q4
(1440)
e H20
(450)
, identificados como ligados ao gene Co-2, estão em
fase de acoplamento e a uma distância de 5.5 e 0.5 cM do gene, respectivamente. Os
autores Costa et al. (1999) relataram a presença do gene Co-2 em populações derivadas a
partir do cruzamento entre Rudá (suscetível à raça 81) e Cornell 49-242 (resistente), a uma
distância de 33,4 cM do marcador Q4
(1440)
. Esse marcador é muito importante em programas
de melhoramento que utilizam o gene Co-2 como fonte de resistência.
Esses marcadores foram presentes na cultivar Cornell 49-242. As cultivares Perry
Marron, TU, TO e Mex 222, que possuem os genes Co-1, Co-5, Co-4 e Co-3,
respectivamente, não amplificaram o segmento associado ao Co-2 (Figuras 5a e 5b). Ao
analisar as bandas geradas em todos os acessos, verificarou-se a ausência das mesmas na
maioria dos acessos suscetíveis às infecções, permitindo inferir a ausência do gene Co-2
nesses genótipos.
Dentre os genótipos com ausência de ambos marcadores, aqueles resistentes
provavelmente possuem outros genes de resistência diferentes de Co-2 e que,
supostamente, ainda não foram identificados ou ainda pode ter ocorrido quebra de ligação.
As plantas suscetíveis que amplificaram a banda indicam que o marcador pode ter se
associado a algum fator complementar, ou ainda a algum alelo do gene. Além disso,
também supõe-se que seja um fragmento de tamanho idêntico, mas proveniente de outra
região do genoma.
As figuras 6 e 7 resumem o resultados das amplificações dos marcadores Q4
(1440)
e
H20
(450)
, respectivamente, nos conjuntos de acessos analisados, que foram agrupados em
função da origem dos mesmos. Considerando que isolados mesoamericanos são menos
agressivos em genótipos andinos, nota-se que os genótipos de origem andina são mais
resistentes. Essas observações foram feitas tanto nos genótipos andinos com a presença da
banda, quanto nos com a ausência da mesma. Sugere-se, dessa maneira, que não apenas o
gene Co-2 confere resistência as três raças mesoamericanas nesses acessos, mas também
que outros genes, andinos ou meoamericanos, incompatíveis ao patógeno, estariam
presentes nestes genótipos.
Essa sugestão pode ser suportada pela quantidade de genótipos geneticamente
melhorados que foram resistentes. Essas cultivares melhoradas, vindas tanto do programa
de melhoramento do IAC como de outras instituições, foram desenvolvidas para muitos
H20
Figura 5
: a) Amplificação do marcador
Q4
(1440)
. Seqüência dos genótipos: 1: Cornell
49242 (
Co-2), 2: Perry Marron (Co-1), 3: TU
(
Co-5), 4: TO (Co-4) e 5: Mex 222 (Co-3).
Figura 5: b) Amplificação do marcador
H20
(450)
. Seqüência dos genótipos: 1: Cornell
49242 (
Co-2), 2: Perry Marron (Co-1), 3: TU
(
Co-5), 4: TO (Co-4) e 5: Mex 222 (Co-3).
Ladder 1 2 3 4 5
(100pb)
Ladder 1 2 3 4 5
(
100
p
b
)
a) b)
H20
(450pb)
Q
4
Q
4
(1440pb)
caracteres agronômicos desejáveis, dentre os quais, resistência a C. lindemuthianum.
Portanto, essas cultivares podem conter genes vindos dos dois conjuntos gênicos.
Figura 6: Acessos de feijoeiro de diferentes origens submetidas à infecção pelas raças 31, 65 e 89 de
Colletotrichum lindemuthianum, em que ocorreram amplificações RAPD do marcador Q4
(1440)
(Operon
Technologies).
Figura 7: Acessos de feijoeiro de diferentes origens submetidas à infecção pelas raças 31, 65 e 89 de
Colletotrichum lindemuthianum, em que ocorreram amplificações RAPD do marcador H20
(450)
(Operon
Technologies).
Raça 31
0
50
100
150
RSRaSa
Raça 65
0
50
100
150
RSRaSa
Raça 89
0
50
100
150
RSRaSa
R e S: acessos resistentes e suscetíveis com a presença da banda, respectivamente.
Ra e Sa: Acessos resistentes e suscetíveis, com a ausência da banda, respectivamente
.
R e S: acessos resistentes e suscetíveis com a presença da banda, respectivamente.
Ra e Sa: Acessos resistentes e suscetíveis, com a ausência da banda, respectivamente
.
Raça 31
0
50
100
150
RSRaSa
Raça 65
0
50
100
150
RSRaSa
Raça 89
0
50
100
150
RSRaSa
4.3.3. Gene Co-4
O Co-4 é responsável pela resistência a muitas raças de C. lindemuthianum
e está presente na cultivar TO. Dessa maneira, a identificação desta fonte de
resistência nos acessos do BAG-IAC é muito importante para o programa de
melhoramento do feijoeiro.
Seis marcadores ligados a esse gene foram identificados em populações quando
inoculadas com a raça 65 do patógeno. Quatro deles estão em fase de acoplamento:
Y20
(800)
, C8
(900)
, I16
(830)
e J1
(1380)
, a uma distância do gene de 0,0; 9,7; 14,3 e 18,1 cM,
respectivamente, e dois em repulsão: B3
(1800)
e A18
(830)
, a 3,7 e 17,4 cM distância do gene,
respectivamente. Para selecionar os genótipos que provavelmente possuem o gene Co-4,
considerou-se pelos menos quatro marcas dos seis marcadores que apresentassem
amplificações simultâneas para o mesmo acesso.
Os marcadores B3
(1800)
e Y20
(830)
, em trabalhos anteriormente realizados (Arruda et
al., 2000), foram utilizados como par codominante. Os autores mostraram que a eficiência
do primer B3 para selecionar plantas homozigotas (CoCo) resistentes foi de 95%.
Entretanto, esse marcador não pode ser usado para plantas heterozigotas e homozigotas
suscetíveis, por não serem facilmente distinguíveis e que deveria ser usado em população
segregante com grande quantidade de heterozigotos.
As amplificações dos marcadores C8
(900)
e Y20
(830)
e B3
(1800)
nos acessos TO
(portador do gene Co-4), Montcalm (Co-1) e PI 207.262 (algum alelo de Co-4)
confirmaram o esperado. Em TO o fragmento foi presente para os marcadores C8
(900)
e
Y20
(830)
e, em Montcalm e PI 207.262, ausentes. Já o marcador B03 não amplificou a banda
no acesso TO e nas demais a banda foi presente (Figura 8).
A ausência da associação de orientação dos três marcadores à presença do gene Co-
4 ou ao seu alelo Co-4
2
em Montcalm permite inferir que a cultivar não possui este gene.
Esta hipótese é também reforçada pela ausência no mesmo genótipo dos demais marcadores
ligados ao alelo Co-4
2
(H18
(1100)
, L4
(1000)
, AL9
(740)
e AS13
(950)
).
Esses mesmos marcadores, quando testados nos acessos de feijoeiro do IAC,
revelaram perfis de amplificações bastante coerentes com orientações de cada qual, ou seja,
Ladder 1 2 3 4 5 6 7 8 9
(100pb)
C8
B3
Figura 8
: Amplificação dos marcadores C8
(900)
, B3
(1800)
e Y20
(830)
. Seqüência: 1, 4 e
7: TO (
Co-4), 2, 5 e 8: Montcam (Co-1), 3, 6 e 9: PI 207.262 (Co-4
3
).
Y20
B3
(
1
800pb)
C8
(900pb)
Y20
(830pb)
opostas para o mesmo gene. O marcador Y20
(800)
na maioria dos genótipos não amplificou
a banda, assim como o marcador B3
(1800)
amplificou o fragmento em grande parte dos
acessos. Esse resultado permitem sugerir que aproximadamente 86% dos acessos não
possui tal gene (Figuras 9 e 10).
As amplificações obtidas a partir do marcador B3
(1800)
foram acentuadamente
representadas pelos acessos suscetíveis (60%), mostrando assim que a grande maioria
não possui o gene Co-4. Dentre os genótipos que amplificaram a banda, nota-se que
apenas para a raça 65 a quantidade de plantas suscetíveis foi maior (72%) que a de
resistentes. Da mesma maneira, para os marcadores C8
(900)
e Y20
(830)
, em acoplamento,
uma maior quantidade de acessos suscetíveis (67%) não amplificou o fragmento
correspondente para esses marcadores (Figuras 9, 10 e 11). Esses três marcadores foram
originalmente identificados em população inoculadas, com a raça 65 de C.
lindemuthianum (ARRUDA et al., 2000).
Entretanto, o marcador C8
(900)
não apresentou resultado tão marcante quanto o
marcador Y20
(830)
, que está ligado a 0,0 cM, enquanto que C8
(900)
está a 9,7 cM, ou seja,
numa condição mais favorável para a ocorrência de recombinação entre o marcador e o
gene. Segundo Ragagnin et al. (2001), marcadores mais próximos dos genes ligados a
uma distância inferior a 7,1 cM mantêm-se ligados enquanto que, aqueles com distância
maior podem sofrer recombinação.
R e S: acessos resistentes e suscetíveis com a presença da banda, respectivamente.
Ra e Sa: Acessos resistentes e suscetíveis, com a ausência da banda, respectivamente
.
Raça 31
0
50
100
150
RSRaSa
Raça 89
0
50
100
150
RSRaSa
Raça 65
0
50
100
150
RSRaSa
Figura 10: Acessos de feijoeiro de diferentes origens submetidos à infecção pelas raças 31, 65 e 89 de
Colletotrichum lindemuthianum, em que ocorreram amplificações RAPD do marcador B3
(1800)
(Operon
Technologies).
Figura 9: Acessos de feijoeiro de diferentes origens submetidos à infecção pelas raças 31, 65 e 89 de
Colletotrichum lindemuthianum, em que ocorreram amplificações RAPD do marcador Y20
(830)
(Operon
Technologies).
Figura 11: Acessos de feijoeiro de diferentes origens submetidos à infecção pelas raças 31, 65 e 89 de
Colletotrichum lindemuthianum, em que ocorreram amplificações RAPD do marcador C8
(900)
(Operon
Technologies).
R e S: acessos resistentes e suscetíveis com a presença da banda, respectivamente.
Ra e Sa: Acessos resistentes e suscetíveis, com a ausência da banda, respectivamente
.
R e S: acessos resistentes e suscetíveis com a presença da banda, respectivamente.
Ra e Sa: Acessos resistentes e suscetíveis, com a ausência da banda, respectivamente
.
Raça 31
0
50
100
150
RSRaSa
Raça 65
0
50
100
150
RSRaSa
Raça 89
0
50
100
150
RSRaSa
Raça 31
0
50
100
150
RSRaSa
Raça 65
0
50
100
150
RSRaSa
Raça 89
0
50
100
150
RSRaSa
O resultado obtido a partir desses marcadores mostrou que dentre os acessos
resistentes com associação à orientação dos marcadores (indicando a presença do gene),
a resistência à raça 65 de C. lindemuthianum foi de 51%, enquanto que para as raças 31
e 89 foram de 42% e 30%, respectivamente.
Os marcadores J1
(1380)
e I16
(850)
, previamente identificados como ligados ao gene
Co-4 (ARRUDA et al., 2000), comportaram-se de maneira similar, ou seja, revelaram
que a maioria dos acessos (86%) não possui esse gene. Os acessos suscetíveis, às raças
31 e 89 foram em maior quantidade (61%) quando comparados com os acessos
suscetíveis à raça 65 (39%) (Figuras 12 e 13).
Figura 12: Acessos de feijoeiro de diferentes origens submetidos à infecção pelas raças 31, 65 e 89 de
Colletotrichum lindemuthianum, em que ocorreram amplificações RAPD do marcador J1
(1380)
(Operon
Technologies).
R e S: acessos resistentes e suscetíveis com a presença da banda, respectivamente.
Ra e Sa: Acessos resistentes e suscetíveis, com a ausência da banda, respectivamente
.
Raça 31
0
50
100
150
RSRaSa
Raça 65
0
50
100
150
RSRaSa
Raça 89
0
50
100
150
RSRaSa
Raça 31
0
50
100
150
RSRaSa
Raça 65
0
50
100
150
RSRaSa
Raça 89
0
50
100
150
RSRaSa
O marcador A18
(830)
apresentou um resultado diferente dos demais, esperava-se
que a presença indicasse a ausência do Co-4. Por estar em fase de repulsão, como o B03,
a maioria dos acessos deveria amplificar o fragmento. No entanto, não foi o que se
observou. A banda foi ausente numa acentuada quantidade de acessos. Contrário ao
demais marcadores, caso seja considerado apenas a orientação desse marcador A18,
mostra que 217 genótipos dentre 244 possuem o Co-4. Contudo, é importante considerar
a distância desse marcador, que está a 17,4 cM do gene, possibilitando a ocorrência de
recombinações (Figura 14).
4.3.3.1. Gene
Co-4
2
Figura 13: Acessos de feijoeiro de diferentes origens submetidos à infecção pelas raças 31, 65 e 89 de
Colletotrichum lindemuthianum, em que ocorreram amplificações RAPD do marcador I16
(850)
(Operon
Technologies).
Figura 14: Acessos de feijoeiro de diferentes origens submetidos à infecção pelas raças 31, 65 e 89 de
Colletotrichum lindemuthianum, em que ocorreram amplificações RAPD do marcador A18
(830)
(Operon
Technologies).
R e S: acessos resistentes e suscetíveis com a presença da banda, respectivamente.
Ra e Sa: Acessos resistentes e suscetíveis, com a ausência da banda, respectivamente
.
R e S: acessos resistentes e suscetíveis com a presença da banda, respectivamente.
Ra e Sa: Acessos resistentes e suscetíveis, com a ausência da banda, respectivamente
.
Raça 31
0
50
100
150
RSRaSa
Raça 89
0
50
100
150
RSRaSa
Raça 65
0
50
100
150
RSRaSa
O alelo Co-4
2
foi localizado no mesmo loco do gene Co-4 da cultivar TO,
identificado na seleção 1308 de G2333 (SEL 1308) e é responsável pela resistência à raça
2047 de C. lindemuthianum. Os marcadores identificados como ligados a esse alelo foram
AS13
(950)
, AL9
(740)
e L4
(1000)
, em fase de acoplamento e a uma distância de 0,0 e 4,5 e 0,0
cM, respectivamente.
Ao analisar as amplificações desses marcadores nas 11 variedades diferenciadoras
existentes no BAG-feijoeiro, notou-se reprodutibilidade dos resultados obtidos quando
comparados aos trabalhos realizados anteriormente com as mesmas cultivares (COSTA et
al., 2000). Os marcadores AS13
(950)
e AL9
(740)
foram presentes em G2333, TO, Widusa e
em PI 207.262 (Figura 15).
AL9
L4
Ladder 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
(100pb)
Figura 15
: Amplificação dos marcadores AL9
(740)
, AS13
(950)
e L4
(1000)
. Seqüência dos acessos: 1, 5 e 9: G2333,
2
,
6 e 10: TO
,
3
,
7
,
e 11: Widusa e 4
,
8 e 12: PI 207.262.
AL9
(7
4
0pb)
AS13
L4
(1000pb)
AS13
(950pb)
O marcador H18
(1100)
também foi identificado como ligado em acoplamento ao alelo
Co-4
2
a uma distância de 5,6 cM do gene, em populações inoculadas com a raça 73 de C.
lindemuthianum. Esse marcador, assim como os anteriormente citados ligados ao Co-4
2
,
comportou-se de maneira similar, quando testado no conjunto dos acessos, cuja maioria
(74%) não amplificou o fragmento esperado podendo, dessa maneira, supor a inexistência
desse gene.
O grupo dos genótipos em que a banda foi ausente é composto, em grande parte, de
acessos suscetíveis. Para os genótipos resistentes sem a banda supõe-se que os marcadores
tenham se ligado a algum outro alelo ou que a resistência seja condicionada por fatores
complementares (Figuras 16, 17, 18 e 19).
Figura 16: Acessos de feijoeiro de diferentes origens submetidos à infecção pelas raças 31, 65 e 89 de
Colletotrichum lindemuthianum, em que ocorreram amplificações RAPD do marcador AL9
(740)
(Operon
Technologies).
R e S: acessos resistentes e suscetíveis com a presença da banda, respectivamente.
Ra e Sa: Acessos resistentes e suscetíveis, com a ausência da banda, respectivamente
.
Raça 31
0
50
100
150
RSRaSa
Raça 89
0
50
100
150
RSRaSa
Raça 65
0
50
100
150
RSRaSa
Figura 17: Acessos de feijoeiro de diferentes origens submetidos à infecção pelas raças 31, 65 e 89 de
Colletotrichum lindemuthianum, em que ocorreram amplificações RAPD do marcador AS13
(950)
(Operon
Technologies).
Figura 18: Acessos de feijoeiro de diferentes origens submetidos à infecção pelas raças 31, 65 e 89 de
Colletotrichum lindemuthianum, em que ocorreram amplificações RAPD do marcador L4
(1000)
(Operon
Technologies).
R e S: acessos resistentes e suscetíveis com a presença da banda, respectivamente.
Ra e Sa: Acessos resistentes e suscetíveis, com a ausência da banda, respectivamente
.
R e S: acessos resistentes e suscetíveis com a presença da banda, respectivamente.
Ra e Sa: Acessos resistentes e suscetíveis, com a ausência da banda, respectivamente
.
Raça 31
0
50
100
150
RSRaSa
Raça 65
0
50
100
150
RSRaSa
Raça 89
0
50
100
150
RSRaSa
Raça 31
0
50
100
150
RSRaSa
Raça 65
0
50
100
150
RSRaSa
Raça 89
0
50
100
150
RSRaSa
4.3.4. Gene
Co-5
O gene Co-5 está entre os três presentes na cultivar G2333 e que são responsáveis
pela resistência a todos patótipos de C. lindemuthianum identificados no Brasil, sendo que,
os genes envolvidos na resistência às raças 73 e 89 seriam os Co-5 e Co-4
2
. Este gene
também está presente na cultivar TU (YOUNG & KELLY, 1996).
O marcador AB3
(450)
foi identificado como ligado ao Co-5 em fase de acoplamento,
a uma distância 5,9 cM em populações inoculadas com a raça 65 (YOUNG & KELLY,
1997).
Adicionalmente aos estudos que envolvem este gene, alguns autores tentaram
associar outros marcadores ao gene Co-5. Castanheira et al. (1999) identificaram o
marcador F10
(912)
pb em populações provenientes dos cruzamentos Carioca 300V x Ouro e
P24 x Ouro. No presente estudo, esse marcador foi considerado ligado apenas ao gene Co-
Figura 19: Acessos de feijoeiro de diferentes origens submetidos à infecção pelas raças 31, 65 e 89 de
Colletotrichum lindemuthianum, em que ocorreram amplificações RAPD do marcador H18
(1100)
(Operon
Technologies).
R e S: acessos resistentes e suscetíveis com a presença da banda, respectivamente.
Ra e Sa: Acessos resistentes e suscetíveis, com a ausência da banda, respectivamente
.
Raça 31
0
50
100
150
RSRaSa
Raça 65
0
50
100
150
RSRaSa
Raça 89
0
50
100
150
RSRaSa
1. Alzate-Marin et al. (1999d), estudaram populações de retrocruzamentos derivadas de
G2333 x Rudá com a finalidade de se encontrar o alelo Co-4
2
através do marcador H18
(1100)
e sugeriram que, estas populações continham o gene Co-5, com base na ausência desse
marcador, quando inoculadas com a raça 89 do C. lindemuthianum.
Os resultados das amplificações do marcador AB3
(530)
mostraram que 66% dos
acessos não produziram o fragmento esperado. Apesar desse resultado, este marcador foi
o que mais apresentou associação com o gene mostrando que 82 genótipos são
candidatos a possuírem o Co-5. Entretanto, no presente estudo, apenas um marcador foi
utilizado para esse gene (AB3
(450)
). Portanto, deve-se levar em consideração os possíveis
problemas existentes quando se utiliza um marcador em condições diferentes daquelas
em que ele foi originalmente identificado, como por exemplo a mudança do genótipo e o
grau de ligação entre o gene e o marcador.
Dentre os acessos que amplificaram o fragmento de 450pb para as raças 31 e 89,
os genótipos suscetíveis apareceram em maior quantidade (57%). Já para a raça 65,
dentre os genótipos que amplificaram a banda, os resistentes foram em maior quantidade
(56%) (Figura 20).
Figura 20: Acessos de feijoeiro de diferentes origens submetidos à infecção das raças 31, 65 e 89 de
Colletotrichum lindemuthianum, em que ocorreram amplificações RAPD do marcador AB3
(450)
(Operon
Technologies).
R e S: acessos resistentes e suscetíveis com a presença da banda, respectivamente.
Ra e Sa: Acessos resistentes e suscetíveis, com a ausência da banda, respectivamente
.
Raça 31
0
50
100
150
RSRaSa
Raça 65
0
50
100
150
RSRaSa
Raça 89
0
50
100
150
RSRaSa
4.3.5. Gene
Co-6
A variedade AB136 é geralmente utilizada no Brasil como parental doador do gene
Co-6 em retrocruzamentos, visando a criação de cultivares resistentes à antracnose, por
mostrar-se incompatível a todas as raças de C. lindemuthianum identificadas no país.
O marcador AZ20
(940)
foi identificado originalmente ligado a esse gene em
acoplamento e à distância de 7,1 cM em populações inoculadas com a raça 89 de C.
lindemuthianum. O marcador AH1
(780)
foi identificado em acoplamento ao Co-6 e o
AK20
(890)
em repulsão, distantes a 12,3 cM e a 7,3 cM do gene, respectivamente (YOUNG
& KELLY, 1997).
Alzate-Marin et al. (1999c) também identificaram na cultivar AB136 outros dois
marcadores ligados em fases opostas ao mesmo gene: Z4
(560)
e Z9
(950).
O marcador Z4
(560)
está ligado em acoplamento a uma distância de 8,5 cM do gene enquanto que o Z9
(950)
está
em repulsão a 20.4 cM de distância. Complementando estudos relacionados ao gene Co-6,
Gonçalves-Vidigal et al. (2001) identificaram o marcador Z4
(560)
ligado a 1,7 cM de
distância de Co-6 na cultivar AB136, conferindo resistência às raças 31 e 69. Os autores
concluíram que este gene é o mesmo anteriormente identificado como responsável pela
resistência às raças 89, 73, 81 e 64 ou, então, que este gene está no mesmo bloco de ligação
que controla a resistência a essas raças.
Os marcadores Z9
(950)
, Z4
(560)
, AH1
(780)
e AZ20
(940)
foram testados nas cultivares
AB136 (fonte do Co-6) e na Perry Marron fonte do Co-1
3
. Na cultivar AB136 o marcador
Z9
(950)
não amplificou o segmento, pois este está ligado em repulsão ao gene enquanto que
na cultivar Perry Marron produziu a banda de 950pb, confirmando a ausência do gene. O
marcador AH1
(780)
não produziu o fragmento e o marcador AZ20
(940)
apresentou a banda
quando testado em AB136. Embora as amplificações desses três marcadores sejam
coerentes, o marcador Z4
(560)
mostrou resultado contrário ao esperado. Esperava-se
ausência do mesmo em Perry Marron e presença em AB136.
Ladder 1 2 3 4 5 6
(250pb)
Z9
Z4
AH1 AZ20
AH1
(780pb)
AZ20
(9
4
0pb)
Z9
(950pb)
Z4
(560pb)
Figura 21:
Amplificação dos marcadores Z9
(950)
, Z4
(560)
, AH1
(780)
e AZ20
(940)
. Seqüência dos
acessos: 1, 3 e 5: Perry Marron, 2, 4 e 6: AB136.
Os resultados das amplificações obtidas com os marcadores AK20
(890)
, AZ20
(940)
e
com o AH1
(780)
indicaram que 77% dos genótipos possuem o gene Co-6. Apesar desses
acessos mostrarem associação entre o marcador e a presença do gene, cerca de 66% deles
são suscetíveis. Essa diferença entre os resultados das análises moleculares com os das
inoculações permite sugerir que a resistência, nesses genótipos, não seja conferida por
apenas Co-6. Possivelmente existam outros alelos ou fatores complementares atuando na
resistência (Figuras 22, 23 e 24).
Figura 22: Acessos de feijoeiro de diferentes origens submetidas à infecção pelas raças 31, 65 e 89 de
Colletotrichum lindemuthianum, em que ocorreram amplificações RAPD do marcador AK20
(890)
(Operon
Technologies).
R e S: acessos resistentes e suscetíveis com a presença da banda, respectivamente.
Ra e Sa: Acessos resistentes e suscetíveis, com a ausência da banda, respectivamente
.
Raça 31
0
50
100
150
RSRaSa
Raça 65
0
50
100
150
RSRaSa
Raça 89
0
50
100
150
RSRaSa
Figura 23: Acessos de feijoeiro de diferentes origens submetidas à infecção pelas raças 31, 65 e 89 de
Colletotrichum lindemuthianum, em que ocorreram amplificações RAPD do marcador AZ20
(940)
(Operon
Technologies).
Figura 24: Acessos de feijoeiro de diferentes origens submetidas à infecção pelas raças 31, 65 e 89 de
Colletotrichum lindemuthianum, em que ocorreram amplificações RAPD do marcador AH1
(780)
(Operon
Technologies).
R e S: acessos resistentes e suscetíveis com a presença da banda, respectivamente.
Ra e Sa: Acessos resistentes e suscetíveis, com a ausência da banda, respectivamente
.
R e S: acessos resistentes e suscetíveis com a presença da banda, respectivamente.
Ra e Sa: Acessos resistentes e suscetíveis, com a ausência da banda, respectivamente
.
Raça 31
0
50
100
150
RSRaSa
Raça 65
0
50
100
150
RSRaSa
Raça 89
0
50
100
150
RSRaSa
Raça 31
0
50
100
150
RSRaSa
Raça 65
0
50
100
150
RSRaSa
Raça 89
0
50
100
150
RSRaSa
Com as amplificações com os marcadores Z9
(950)
e Z4
(560)
foi possível classificar os
acessos em quantidades praticamente iguais em relação à presença ou ausência destes
marcadores. No entanto, ambos marcadores estão em orientações opostas para o mesmo
gene e, por isso, esperava-se resultados semelhantes aos demais marcadores usados como
pares codominantes, como B3
(1800)
com Y20
(830)
ou AK20
(890)
, AZ20
(940)
e AH1
(780)
, que
indicaram resultados concordantes, apesar de terem revelado quantidade de bandas com
valores opostos.
O primer Z4 amplificou o fragmento esperado (560pb), tanto para os genótipos
resistentes quanto para os suscetíveis. Dentre os acessos suscetíveis (com a presença da
banda) as raças 89 e 31 mostraram-se pouco mais agressivas (58%) se comparadas à raça
65, em que a banda foi presente em praticamente 50% dos acessos, tanto resistentes quanto
suscetíveis. Esse marcador foi identificado como ligado ao gene Co-6, responsável por
conferir resistência a muitas raças do patógeno, inclusive às raças 89 e 31. Sendo assim, o
que se nota é que apesar do marcador estar presente para estas duas raças, indicando a
presença do gene, ele não é suficiente para proporcionar a resistência total em alguns
genótipos.
Resultado similar se observa para o marcador Z9
(950)
, em que sua ausência foi
observada tanto para os genótipos resistentes quanto para os suscetíveis. Para as raças 31 e
89 os genótipos resistentes apresentaram-se em menor quantidade, 40% e 26%,
respectivamente. Já para a raça 65, 44% dos acessos sem a banda são resistentes. Tanto o
primer Z4 quanto o Z9, produziram resultados coerentes com a resistência dos genótipos,
quando submetidos à infecção pela raça 65, embora não seja a mesma originalmente
avaliada para esses marcadores (Figuras 25 e 26).
O marcador Z4
(560)
foi mapeado como ligado ao gene Co-6 para as raças 89, 73, 81
e 64, nas distâncias de 8,5; 2,9; 2.8 e 7,5 cM do loco, respectivamente (ALZATE-MARIN
et al., 1999b). No caso dos resultados obtidos com a raça 65, o marcador poderia estar
ligado mais próximo ao gene ou a algum outro alelo responsável pela resistência a esta
raça. Para a raça 89, podemos supor que a distância entre o marcador e o gene tenha
interferido no resultado, pois foi originalmente mapeado a uma distância maior que 7,1 cM,
permitindo possíveis recombinações.
Figura 25: Acessos de feijoeiro de diferentes origens submetidas à infecção pelas raças 31, 65 e 89 de
Colletotrichum lindemuthianum, em que ocorreram amplificações RAPD do marcador Z4
(560)
(Operon
Technologies).
R e S: acessos resistentes e suscetíveis com a presença da banda, respectivamente.
Ra e Sa: Acessos resistentes e suscetíveis, com a ausência da banda, respectivamente
.
Raça 31
0
50
100
150
RSRaSa
Raça 65
0
50
100
150
RSRaSa
Raça 89
0
50
100
150
RSRaSa
4.4. Considerações Gerais
Alguns marcadores mostram-se mais eficientes do que outros, produzindo bandas
mais intensas e de melhor visualização. A reprodutibilidade dos experimentos baseados em
RAPD pode ser baixa, se alguns cuidados básicos não forem tomados, como a otimização
da condição de reação para a espécie e condução adequada e padronizada dos experimentos
como descrito por Penner et al. (1993) e Wang et al. (1993).
Figura 26: Acessos de feijoeiro de diferentes origens submetidas à infecção pelas raças 31, 65 e 89 de
Colletotrichum lindemuthianum, em que ocorreram amplificações RAPD do marcador Z9
(950)
(Operon
Technologies).
R e S: acessos resistentes e suscetíveis com a presença da banda, respectivamente.
Ra e Sa: Acessos resistentes e suscetíveis, com a ausência da banda, respectivamente
.
Raça 31
0
50
100
150
RSRaSa
Raça 65
0
50
100
150
RSRaSa
Raça 89
0
50
100
150
RSRaSa
Embora cuidados necessários para se realizar as reações tenham sido adotados,
ainda assim alguns marcadores apresentaram perfis de amplificações melhores que outros.
Dentre os que apresentaram melhores amplificações destacam-se F10
(530)
, AS13
(950)
,
H18
(1100)
, A18
(830)
, C8
(900)
, AL9
(740)
, L4
(1000)
, Z9
(950)
e I16
(850)
(Tabela 9).
O resultado obtido neste trabalho foi inesperado. Era esperado encontrar marcadores
que pudessem ser padronizados para seleção de fontes de resistência nos genótipos, bem
como apontar marcadores ainda não identificados ligados a genes de resistência, e isso não
aconteceu.
No caso dos resultados inesperados, tanto para presença como ausência do
marcador, deve-se considerar que tanto as raças de C. lindemuthianum inoculadas quanto os
genótipos do BAG de feijão utilizados no presente estudo não coincidem totalmente com o
Tabela 9: Número de acessos de feijoeiro do BAG-IAC, que amplificaram os marcadores ligados a
genes de resistência às raças 31, 65 e 89 de
Colletotrichum lindemuthianum.
65 31 89 Q4 AK20 F10 AS13 AZ2
0
J01 Z9 H20 H18 Z4 A18 C8 B3 L4 AL9 I16 AB3 Y20 AH1
RRR12 35 28 15 43 732 4 10 22 4626172120 10 24 6 7
S S S 10 63 36 35 78 10 64 4 13 36 82 31 18 25 15 15 27 14 13
R S S 0 16 9 6 20 1 14 0 2 10 24 11 4 6 5 2 10 1 4
SRS2159922013121222103731642
SSR3134412240341471213510
RRS31668152121081453364762
SRR0301 302022410000030
RSR3105513172481470422631
R: acesso resistente; S: acesso suscetível
Marcadores
Reação em
Laboratório
Locos em repulsão cuja presença de banda foi invertida para ausëncia indicando a presença do gene
material utilizado nos estudos anteriormente realizados, a partir dos quais os marcadores
foram identificados.
Os genótipos resistentes, em que houve coincidência com uma das orientações do
marcador possivelmente possuem o gene ou genes compatíveis as três raças de C.
lindemuthianum avaliadas no estudo. Entretanto, muitos deles mesmo sendo resistentes não
revelaram associação com o marcador. Neste caso, sugere-se que tenha ocorrido quebra da
ligação por recombinação ou que se trata de um outro gene de resistência não identificado,
como ligado a algum dos marcadores relacionados neste estudo.
As plantas suscetíveis que amplificaram marcadores ligados a genes de resistência
indicam que, apesar da existência de algum gene de resistência, este não foi suficiente para
condicionar a resistência total as três raças, ressaltando a interação gene “raça-específico".
Deve-se ainda citar a possibilidade da ocorrência de quebra de ligação entre o marcador e o
loco ou que o fragmento amplificado, apesar de ter o mesmo tamanho esperado, conforme
literatura, seja proveniente de outra região do genoma.
Os marcadores RAPDs previamente associados aos genes de resistência à
antracnose mostraram-se bastante eficientes quando aplicados nas mesmas cultivares em
que foram originalmente identificados. No entanto, quando utilizados em todos os acessos,
muitos dos quais desconhecidos, notou-se que para alguns marcadores a mudança do
genótipo e ou da raça do patógeno comprometeu a utilidade dos mesmos.
Com isso, se por um lado os marcadores têm se mostrado como uma forte
ferramenta em auxílio ao programas de melhoramento genético, que visam a identificação
de genes de resistência e o desenvolvimento de variedades melhoradas, por outro, as
diferenças nas condições ideais para a sua utilização podem limitar o impacto esperado no
melhoramento assistido pelos mesmos. Assim, tendo em vista as observações nas análises
moleculares obtidas em relação à literatura citada dos mesmos e com o objetivo de inferir
sobre os possíveis genes presentes nos acessos analisados, encontram-se na tabela 10
aqueles que apresentaram as melhores associações com os marcadores e que são sugeridos
como possíveis fontes de genes de resistência as três raças de C. lindemuthianum.
Os resultados obtidos no presente estudo permitem estabelecer uma
associação de co-evolução entre o hospedeiro
P. vulgaris e o patógeno C.
lindemuthianum
. Os acessos cujas marcas identificaram a presença de um dos
Tabela 10: Acessos de feijoeiro com possíveis genes de resistência às raças 31, 65 e 89 de
Colletotrichum lindemuthianum.
Uberabinha
Co-1 Co-4(2)
A-ICA-TUI
Co-4(2) Co-5 Co-6
Baetão-30273
Co-5 Co-6
Red Kidney Co-1 Co-5 Jamapa Co-1 Co-5 México-115 Co-1 Co-6
Puebla-152 Co-5 Co-6 A-211 Co-1 Co-5 Co-6 73VU-3210 Co-1 Co-6
IAPAR-57 Co-1 Co-5 Co-6 Tupi Co-1 Co-4(2) Co-6
IAPAR-72 Co-1 Co-6 Preto-196 Co-1 Co-4(2) Co-6
MD-806
Co-1 Co-6
ECU-208
Co-1 Co-6
Pato de Minas
Co-1 Co-5 Co-6
EMP-81
Co-1 Co-6
TIB-3042
Co-5 Co-6
Porrillo-1
Co-1 Co-5 Co-6
Tarumã
Co-1 Co-6
Widusa
Co-1 Co-4(2) Co-5
Small White 59 Preto
Co-1 Co-6
Pompador Co-1 Co-5 G2338 Co-1 Co-5 BB Lake Co-4(2) Co-5 Co-6
Oito e Nove Co-5 Co-6 Turrialba-1 Co-1 Co-5 Copinho Grande Preto Co-4(2) Co-6
Alemão Co-1 Co-6 Carioca MG Co-5 Co-6
mar/02 Co-4 Co-5 Co-6 Baetão-CF-840856 Co-1 Co-6
HF5465-63-1
Co-1 Co-5 Co-6
Preto-146
Co-1 Co-6
PI-310724
Co-4(2) Co-5
TU
Co-1 Co-6 Co-5
México-12
Co-4(2) Co-5 Co-6
Jalo-110
Co-1 Co-5
TO
Co-1 Co-4 Co-4(2) Co-5
Tenderete
Co-1 Co-5
Jamapa
Co-1 Co-4
G2333 Co-1 Co-4(2) Co-5 A-449 Co-4(2) Co-5 Jalo Co-2 Co-4(2)
Mex-279 Co-4(2) Co-6 Mare/01 Co-5 Co-6 EMP-408 Co-1 Co-5
Mex-222 Co-4(2) Co-5 Co-6 Antioquia-8 Co-5 Co-6 Barbunya Co-1 Co-5
mar/03 Co-4 Co-4(2) Co-5 A-21 Co-5 Co-6 Mex-54 Co-1 Co-5
Durango-222 Co-1 Co-4 Co-4(2) Co-5 IAPAR-81 Co-4(2) Co-5 Amendoin FEB-29 Co-1 Co-5
G5207 Co-1 Co-4 Co-5 Co-6 DOR-391 Co-1 Co-5 RIZ-30 Co-1 Co-5
RAZ-49 Co-4(2) Co-6 DOR-482 Co-1 Co-4(2) Co-5 PI-165426 Co-1 Co-5
RAZ-59 Co-4(2) Co-6 RAZ-43 Co-5 Co-6 DOR-390 Co-4(2) Co-5
RAZ-55 Co-1 Co-4(2) Co-6 Cavalo Amarelo Co-5 Co-6 DOR-391 Co-1 Co-5
Batista Brilhante(CB) Co-1 Co-6 Xan-112 Co-1 Co-4(2) Co-5
G11796
Co-1 Co-5
Mulata Gorda Co-1 Co-5 Xan 251 Co-5 Co-6
Baetão-N314-EEAL
Co-1 Co-5
D. Calina
Co-4 Co-5 Co-6
Sem. Gde. Cor Vinho
Co-5 Co-6
G2858
Co-1 Co-4(2)
Jalo Itararé
Co-2 Co-4
Cal-143
Co-1 Co-5
Montcalm Co-1 Co-5 Bat-477 Co-5 Co-6
PI-329247 Co-2 Co-4(2) Co-6 Contender Co-1 Co-6
Cornell-49242 Co-1 Co-2 Co-5
Co-1: Co-4(2):
Co-2 : Co-5 :
Co-4 : Co-6 :
Z4(560pb); Z9(950pb)
AK20(890pb); AZ20(940pb); AH1(780pb);
Marcadores associados aos principais genes de resistência a C. lindemuthianum
J1(1380pb); A18(830pb); C8(900pb);
B3(1800pb); I16(850pb); Y20(830pb)
Q4(1440pb); H20(450pb)
F10(530pb) AS13(950pb); L4(1000pb); AL9(740pb);
AB3(450pb)
Resistente às raças 65 e 89
Resistente às raças 31 e 65
Resistente às raças 31, 65 e 89 Suscetível às raças 31, 65 e 89
Resistente à raça 65
Resistente à raça 31
Resistente à raça 89
genes de resistência foram grupados em resistentes e não resistentes e, dentro de
cada grupo, subdivididos em função do local de origem dos mesmos. O marcador
F10
(530)
foi identificado como ligado ao gene andino Co-1 em fase repulsão a 1,9
cM de distância do gene (Y
OUNG e KELLY, 1997), através do qual pode-se
confirmar indiretamente a presença do gene em algumas cultivares. Os
marcadores Q4
(1440)
e H20
(450)
foram identificados como ligados ao gene
mesoamericano
Co-2, à distância de 5,5 (YOUNG e KELLY, 1996) e 0,5 cM
(A
DAMBLONDON et al., 1994) do gene, respectivamente.
O marcador F10
(530)
foi observado majoritariamente naqueles acessos de origem
andina que apresentaram incompatibilidade às raças do patógeno, enquanto que os acessos
suscetíveis foram mais representados por mesoamericanos (Figura 27).
Resultados similares podem ser observados para os marcadores Q4
(1440)
e H20
(450)
,
ambos ligados ao gene mesoamericano Co-2. As amplificações obtidas a partir desses
marcadores mostram que dentre os acessos apresentando com a banda, os de origem andina
Raça 31
1
10
100
RS
Mesoamericano Andino
Geneticamente Melhorado Desconhecido
Raça 89
1
10
100
RS
Raça 65
1
10
100
RS
R e S: acessos resistentes e suscetíveis com a presença da banda, respectivamente.
Figura 27: Amplificações do marcador F10
(530)
associadas à co-evolução entre Phaseolus vulgaris e
Colletotrichum lindemuthianum, raças 31, 65 e 89.
foram mais resistentes se comparado aos mesoamericanos. Esses resultados reforçam a
teoria de que, genótipos andinos tendem a ser mais resistentes a isolados mesoamericanos,
como preconizado por B
ALARDIN e KELLY (1998) e MELOTTO & KELLY (2000) (Figuras 28
e 29).
Raça 89
1
10
100
RS
Raça 65
1
10
100
RS
Raça 31
1
10
100
RS
Mesoamericano Andino
Geneticamente Melhorado Desconhecido
Raça 89
1
10
100
RS
Raça 65
1
10
100
RS
R e S: acessos resistentes e suscetíveis com a presença da banda, respectivamente.
R e S: acessos resistentes e suscetíveis com a presença da banda, respectivamente.
Figura 28: Amplificações do marcador Q4
(1440)
associadas à co-evolução entre Phaseolus vulgaris e
Colletotrichum lindemuthianum, raças 31, 65 e 89.
Figura 29: Amplificações do marcador H20
(450)
associadas à co-evolução entre Phaseolus vulgaris e
Colletotrichum lindemuthianum, raças 31, 65 e 89.
Raça 31
1
10
100
RS
Mesoamericano Andino
Genticamente Melhorado Desconhecidos
5. CONCLUSÕES
O presente estudo conclui que:
a) As análises moleculares realizadas sugerem que o gene Co-6 é o mais
freqüente entre os 248 acessos, com 64 genótipos candidatos a portadores do gene. Os
melhores marcadores para este gene foram: AZ20
(940)
, AK20
(890)
e AH1
(780)
. Os genes
Co-1 e Co-5 estão presentes em 91 e 82 acessos, apresentando associação com os
marcadores F10
(530)
e AB3
(450)
, respectivamente. Ao contrário do gene Co-6, que possui
vários marcadores, o grau de confiança sobre a presença deste gene nos acessos é menor
por possuir apenas um marcador. Para o alelo Co-4
2
,
as amplificações dos marcadores
L4
(1000)
, AS13
(950)
e AL9
(740)
indicaram 35 acessos portadores deste alelo. Já para o gene
Co-4, apenas 13 genótipos devem possuir este gene, cujos marcadores são B3
(1800)
e
C8
(900)
. O gene Co-2 apresentou menor freqüência de ocorrência, com somente quatro
possíveis cultivares candidatas a portadoras desse gene.
b) Dentre os 248 acessos, os mais indicados como melhores fontes de genes de
resistência as três raças 31, 65 e 89 de C. lindemuthianum seriam os genótipos Durango-
222 (Co-1, Co-4, Co-4
2
e Co-5) e G5207 (Co-1, Co-4, Co-5 e Co-6), contendo cada um
quatro genes; para resistência às raças 65 e 89 pode-se indicar o acesso PI-329247 (Co-
2, Co-4
2
e Co-6), enquanto que para a resistência às raças 31 e 65 seria indicado o
genótipo D. calima (Co-4, Co-5 e Co-6).
c) A identificação da presença e ausência dos marcadores nos acessos resistentes
à antracnose e, conseqüentemente, de um ou mais genes de resistência a C.
lindemuthianum, abre novas perspectivas de utilização dos marcadores moleculares na
seleção assistida, que futuramente poderá ser associada a outros caracteres de
importância agronômica.
d) No caso dos acessos resistentes à antracnose, em que não foi possível associar
qualquer marcador, evidencia-se que novas fontes de resistência a C. lindemuthianum
podem estar presentes nesses acessos.
6. PERSPECTIVAS
Uma das principais atividades do Instituto Agronômico-IAC é o
desenvolvimento de variedades e cultivares de feijoeiro melhoradas, sendo que muitas
cultivares já foram disponibilizadas aos agricultores. Praticamente todas as cultivares e
ou variedades de plantas existentes foram obtidas por meio de procedimentos
convencionais de melhoramento genético.
Não diminuindo a importância e a eficiência do melhoramento convencional,
tem-se observado uma participação cada vez maior de técnicas de marcadores
moleculares no apoio a programas de melhoramento genético de plantas em outros
países. Com isso, o presente estudo se apresenta como uma aplicação dos marcadores
moleculares em apoio a um importante programa de melhoramento genético do IAC,
como é o do feijoeiro, com praticamente 70 anos de existência, sendo que, os benefícios
proporcionados por essa ferramenta poderão ser observados de imediato. A confirmação
dos marcadores, associados a alguns genes de resistência à antracnose, possibilitará a
realização da piramidação dos genes de forma rápida e segura, por meio da seleção
assistida por marcadores.
Numa fase seguinte, as bandas de RAPD de cada gene poderão ser purificadas e
clonadas, para posterior seqüenciamento e obtenção de novos SCARs (Sequence
Characterized Amplified Regions), para os genes de resistência à antracnose que ainda
não foram feitos. A conversão de marcadores do tipo RAPDs em marcadores SCARs,
associados a genes de resistência a doenças, tem propiciado ao melhorista rapidez e
praticidade na identificação de plantas com fontes de resistência à doença.
Os SCARs, assim como os RAPDs, são técnicas simples de serem
implementadas e poderão ser incorporadas como rotina na aplicação da seleção assistida
por marcadores, em programas de melhoramento. Ainda, os genes identificados poderão
ser mapeados e clonados para transformação genética.
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APÊNDICE
Acesso
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1RRR
11 1 ?1 1
28 R R R 11 1 1 11 1 1
33 R R R
11 1 1 11111 ?
50 R R R 1111 111 ?
71 R R R 11 1 1 11 1 11 ? 1
72 R R R
111?
73 R R R 111 11 ?
74 R R R 11 1 1 111 1
109 R R R 11 1 1 1 1 1 1 1 1
339 R R R
1111 1 1
494 R R R 1111 1
525 R R R 11 111
533 R R R
111 1 11 1
568 R R R 11 1 1 1 111 1 1
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570 R R R
11 1 11 1 1
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11 11 1 1
576 R R R 11 1 111 1 1
578 R R R 11 1 1 1 1
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111 11 1
593 R R R 1111111
597 R R R 11111111 1
605 R R R
11111111
608 R R R 11 1 1 1 1 11 1 1
610 R R R 11 111 1
611 R R R 111 1 1 111 1 1
612 R R R
11 111 1111
623 R R R 11 111 1
625 R R R 111111 1?
630 R R R
11 1 1 1 1 1?
637 R R R 11 111 1 ?
638 R R R 11 1 11 11 1 ?
641 R R R 11 111111?
643 R R R
11 1 1 111 11 1 1
645 R R R 11 1 1 ? 1 1 1 1 ?
646 R R R 111?111?
663 R R R
1111111111?
673 R R R 11 111?
678 R R R 11 1 1 1 1 1 1 1 1 ? ?
680 R R R
111 1 11 1 1 1 11
685 R R R 111 1 11111 1 1 1
815 R R R ?111 1? 1??
816 R R R 111 1 1 ?
818 R R R
11 1 1 1 1 11 1 ? ? ?
819 R R R ?11 1 111 11 1 ? ?
921 R R R 111 11111 ? ?
926 R R R
11 1 1 1 11 1 ?
948 R R R ?1 11 ?1?
1088 R R R ?1 1 1 1 1 1 ? ?
1103 R R R 1 1 1 1 11 11 ? ?
1132 R R R
11 111111?
Raças
Acessos de feijoeiro do BAG-IAC, que amplificaram os marcadores RAPD ligados a genes de
resistência às raças 31, 65 e 89 de
Colletotrichum lindemuthianum.
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17 S S S 11 1 1
21 S S S 11 1 1
24 S S S 11 11
25 S S S
11 1 1 1 1
32 S S S 11 1 1 1 1 ?
56 S S S 111 1 1 1 ? 1
75 S S S 1111111 1
83 S S S 11 111 1
89 S S S
11 1 1 1
90 S S S 11 1 ? 1 1 ?
99 S S S 11 111 1
114 S S S 11 1
121 S S S 111
138 S S S
11 1 1
149 S S S 1111111 1
152 S S S
111 111
154 S S S 11 1 1 11 1 1
172 S S S 111 111
186 S S S 11 1 1 1 11
196 S S S 11 111 1
203 S S S
11 11111
225 S S S 11 111
236 S S S 11 111
239 S S S 11 11
251 S S S 11 1 11 11
254 S S S
11 111 1
257 S S S 111 111 ?
267 S S S 11 11 1
271 S S S 111 111
276 S S S 11 1 11 1
278 S S S
11 1 111 1
287 S S S 111 11
296 S S S 11 1 1
297 S S S 11 1 1 1 1
311 S S S 11 1 11 1
316 S S S
1111 111111
317 S S S 111 1 11 1
319 S S S 11 1 1 1
320 S S S 11 1 11 1
325 S S S 111 11 1 1
348 S S S
1111 11
349 S S S 11 1 111 1 1
350 S S S
11 111
368 S S S 1111111 ?
389 S S S 111 1 1111
393 S S S 111 ?11
431 S S S 111 1 11 11
443 S S S
1111111
445 S S S 1111 1111 1
449 S S S 111 11 11 11
455 S S S 111111
Raças
Acessos de feijoeiro do BAG-IAC, que amplificaram os marcadores RAPD ligados a genes de
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462 S S S
1111111 1
465 S S S 11 1111 11
481 S S S 111 1 1 1 1 1
485 S S S
111 1 1 1
492 S S S 11 1 11 11 1
499 S S S 11 1111 1
528 S S S
11 11111
531 S S S 11 1 1 11 1
543 S S S 111 11 1111 1 11
544 S S S 11 1 1 1 1
550 S S S 111111111
572 S S S
11 1 1 11 1
577 S S S 11 1 1 1111 11
583 S S S 11 111
585 S S S 1111111 1
586 S S S 11 1111
587 S S S
11 111
589 S S S 111111
596 S S S 111
598 S S S 11 1 1 1
603 S S S 111 1 111 1
607 S S S
11 1 11 1
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11 1 111
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620 S S S 11 111
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627 S S S 111 1111 1?
633 S S S
11 11 ?
635 S S S 11 1 111 1 1 1 1?
648 S S S 111111?
653 S S S 1111 1111 ??
671 S S S 11 1 11 1 ?
674 S S S
111111?
675 S S S 111111??
681 S S S 11 1 11 1111 1
682 S S S 1111 11 1 1
683 S S S 11 111111
684 S S S
11 1111
930 S S - 11 1 11 1 1 ?
427 S S R 111 11
60 S S R
1111 1111 ?
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415 S S R 111111111 1
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534 S S R
11 1 1 1 1 1
559 S S R 11 1 1 11 11
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631 S S R ?1111?
Raças
Acessos de feijoeiro do BAG-IAC, que amplificaram os marcadores RAPD ligados a genes de
resistência às raças 31, 65 e 89 de
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636 S S R
11?1 ?11 1 ?
649 S S R 11 1 1 1 1 1 1 ?
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11 1 1 11 ? 1
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1114 - - R ?1 11 1 11 1 ?
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1111111
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1111
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11 1 1
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374 S R S 11 1 1 11 1 ? 1
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11 1 1 111 1
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655 S R S 11 11 1 1??
679 S R S
111 111 1??
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228 S R R 1111 1
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11 1111 1
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159 R S S 1111111
211 R S S
111 111
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11 111 11
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642 R S S
111 1 11 1 1 1
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672 R S S 11 1 1 1 1 1??
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11 11 111?
677 R S S 111 11111 1??
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817 R - S
11 11111?
995 R S R 11 1 1 1 1 1 1 1 ? ?
2RSR 1111
112 R S R 11 111 1
113 R S R 11 1 1111 1
179 R S R
111 1 1 11 1 1
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392 R S R 11 1 1 1111
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582 R S R 11 11
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11 1 111111 1 1 ??
1081 R S R 1? 1 1 1 1 11 1 1 ? 1
416 R R S 11 1 11 1
180 R R S
1111 1111
249 R R S 1111111
515 R R S 1111?1
546 R R S 11 111 11
556 R R S 111 11 1 1 1
558 R R S
111 1 1 1 1 1 1
566 R R S 11 111 1
592 R R S 11 1 1 1 1 11 1
613 R R S 11 11 11?
615 R R S 11 111 ?
616 R R S
11 1 11 1 1
622 R R S 111 1 1 1111 1
628 R R S 11 11111
632 R R S 1 111 ?
647 R R S 11 1 11?
911 R R S
1111111?
937 R R S 111 11 1 1 ? ?
Locos em repulsão cuja a presença de banda foi invertida para a ausência indicando a presença do gene.
Raças
Resistente à 31 Resitente à 31 e 89
Resistente à 65 Resistente à 31 e 65
Genótipos com a presença da banda
Suscetível às três raças Resistente à 89
Resistente às três raças Resistente à 65 e 89
Acessos de feijoeiro do BAG-IAC, que amplificaram os marcadores RAPD ligados a genes de
resistência às raças 31, 65 e 89 de
Colletotrichum lindemuthianum.
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