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UNESP de Rio Claro, com a utilização das TICs. Essa disciplina tem Borba como
docente, para a maioria de suas turmas, desde 1993, na qual se utilizam
basicamente dois enfoques pedagógicos: experimental com tecnologias e
Modelagem. Para esse trabalho, no início de cada semestre, é solicitado que os
alunos, em grupos, escolham temas quaisquer de seu interesse e desenvolvam
projetos ao longo do semestre. (BORBA e MALHEIROS, 2007).
No final do semestre, os estudantes realizam uma apresentação oral e,
posteriormente, entregam a versão final escrita, incorporando possíveis sugestões
apontadas durante a exposição, juntamente com as sugestões e encaminhamentos
existentes nas versões escritas preliminares, entregues ao longo do semestre ao
professor (BORBA e MALHEIROS, 2007).
Ainda segundo os autores, a prática da Modelagem, ao longo dos anos, levou
o pesquisador a considerar também, como a internet poderia ser utilizada em seu
próprio trabalho. Fruto de suas dificuldades surgiu a ideia da criação do CVM como
ambiente virtual de apoio ao professor que trabalha com esse enfoque, e para
intercâmbio e ajuda mútua entre professores e pesquisadores que utilizam a
Modelagem em suas salas de aula.
Em alguns projetos, as TICs, principalmente a internet, foram utilizadas como
um meio para coleta de informações considerando que alguns temas seriam difíceis
de investigar sem o auxílio da internet, já que os alunos se interessaram por alguns
assuntos justamente pelo destaque que os meios de comunicação dão ao tema
naquele momento. As referências bibliográficas dos projetos são, praticamente,
todas retiradas da rede. Sendo assim, a internet se torna uma grande biblioteca ou
um gigantesco banco de dados permitindo que determinados projetos de
Modelagem sejam desenvolvidos, o que caracteriza a webgrafia dos trabalhos
(BORBA e MALHEIROS, 2007).
Os autores consideram que há, portanto, diferentes tipos de transformações
engendrados pelo uso da internet nos trabalhos dos alunos. A cada dia que passa,
os recursos tecnológicos vêm se desenvolvendo, modificando ações do cotidiano, e,
na Educação, esse processo não é diferente. Cabe aos docentes saber como utilizá-
las, seja como fonte de dados, seja para realizar experimentações, resolver
problemas, preparar suas aulas, etc. (BORBA e MALHEIROS, 2007).