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características da superfície do substrato. Os aditivos encontram interesse
particular, uma vez que estes adsorvem tanto na superfície do substrato como
na superfície eletrodepositada em crescimento. Por outro lado, e de forma
significativa, a estrutura de eletrodepósitos depende das propriedades
cristalográficas do metal a ser depositado, enquanto que as características
morfológicas dependem grandemente das condições de eletrocristalização
(BOCKRIS e KHAN, 1993; PLETCHER e WALSH, 1990; BOCKRIS e
RAZUMNEY, 1967; RAUB e MULLER, 1967; EYRING, 1970; CALVO e
MOINA, 1980; NOGUEIRA, 1996; GABE, 1997; RAUBE, 1987; KUZNETSOVA
e KOVARSKII, 1993; SEKAR et. al, 1999 e WINAND, 1991).
O principal fator na determinação da forma de crescimento das
camadas de eletrodepósito é a densidade de corrente ou o potencial, O modelo
de Pletcher (PLETCHER e WALSH, 1990) mostra que a estrutura da camada
de crescimento é, basicamente, determinada pelas velocidades relativas das
etapas associadas à transferência de carga para a formação de um adátomo
ou adíon e, à difusão do adátomo ou adíon na superfície do eletrodo até uma
posição na rede cristalina do metal em crescimento. Logo, o modelo evidencia
que em condições galvanostáticas a estrutura do eletrodepósito é, de fato,
determinada pela densidade de corrente de eletrodeposição. Para baixas
densidades de corrente, quando comparada à densidade de corrente limite em
que o processo é controlado exclusivamente por transporte de massa na
solução, a velocidade de difusão superficial é muito maior que a velocidade de
transferência de carga. Assim, os adátomos atingem posições estáveis na rede
cristalina da camada em crescimento em tempos suficientes, incrementando a
formação de estruturas bem definidas, tais como espirais, blocos ou colunas e
camada por camada. Cabe salientar que, nestas condições de deposição, as
quais não são usuais em prática, é observado que as formas espiraladas de
crescimento originam formas piramidais, decorrentes do crescimento de
discordância em hélice, que acabam colidindo entre si. As estruturas camada
por camada, no entanto, se formam devido à baixa velocidade de nucleação,
quando comparada com a velocidade de crescimento dos núcleos.