população rural da região Nordeste (Gurgel e Matos, 1984). Esta espécie é
encontrada em quase todo o território nacional e, portanto, o seu cultivo na maior
parte do país, não oferece riscos de introdução de espécies exóticas na natureza por
escape de viveiros de aqüicultura. Apresentando assim características importantes
de espécies com potencial para a Aquicultura. No entanto o Macrobrachium
amazonicum vem sendo largamente utilizado em pesca artesanal na região
Nordeste (Gurgel e Matos, 1984) e nos estados do Pará e Amapá (Odinetz-Collart,
1987; Odinetz-Collart e Moreira, 1993). Desta forma, faz-se necessários estudos que
gerem informações para subsidiar tecnicas de produção, seja através dos sistemas
de cultivo comercial, ou através de exploração racional dos estoques naturais,
evitando-se os riscos do seu esgotamento. No entanto, alguns testes de larvicultura
e engorda desta espécie foram realizados no estado do Pará em 1996, mas não
tiveram continuidade devida à falta de tecnologia adequada (Moraes-Riodades et al.,
1999).
Com o intuito de ampliar a produção da espécie Macrobrachium amazonicum,
muitos estudos vem sendo realizado, principalmente em relação à ecologia e
biologia pesqueira de populações naturais (Odinetz-Collart, 1987; 1991a; 1991b;
Odinetz-Collart e Moreira, 1993; Odinetz-Collart e Magalhães, 1994). Foram
investigados outros aspectos, tais como a fecundidade (Lobão et al., 1986; Scaico,
1992; Odinetz-Collart e Rabelo, 1996), o desenvolvimento gonadal (Bragagnoli e
Grotta, 1995), o desenvolvimento larval (Guest, 1979; Romero, 1982; Barreto e
Soares, 1982; Magalhães, 1985; Lobão et al., 1987; Rojas et al., 1990), e a
alimentação e manutenção dos animais em laboratório (Alves, 1986; Roverso et al.,
1990; Lobão et al., 1994).
Nos últimos anos, outros fatores vêm sendo investigados sobre a biologia do
camarão Macrobrachium amazonicum, como por exemplo: testes de laboratório
sobre técnicas de estocagem, alimentação, manutenção e crescimento de pós-
larvas (Barreto e Soares, 1982; 1982b; Lobão et al., 1987; 1994; 1996; Rojas et al.,
1990; Roverso et al., 1990) e adultos (Alves, 1986). Portanto, a avaliação do
potencial das espécies de crustáceos para a produção, assim como, os
aprimoramentos de técnicas que melhorem seu cultivo estão embasados na
ampliação dos conhecimentos sobre ecologia e biologia das espécies. Estes dados