Download PDF
ads:
ASPECTOS CLÍNICOS E LABORATORIAIS DE CÃES SUSPEITOS DE
INFECÇÕES CAUSADASPOR Ehrlichia spp. E Anaplasma spp. EM
CAMPOS DOS GOYTACAZES, RJ.
MARIA VERÔNICA GALARCE ZAVALA
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE FLUMINENSE DARCY RIBEIRO
CAMPOS DOS GOYTACAZES – RJ
JUNHO – 2007
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
ASPECTOS CLÍNICOS E LABORATORIAIS DE CÃES SUSPEITOS DE
INFECÇÕES CAUSADASPOR Ehrlichia spp. E Anaplasma spp. EM
CAMPOS DOS GOYTACAZES, RJ.
MARIA VERÔNICA GALARCE ZAVALA
Orientador: Prof. Antonio Peixoto Albernaz
CAMPOS DOS GOYTACAZES – RJ
JUNHO – 2007
Tese apresentada ao Centro de
Ciências e Tecnologias Agropecuárias
da Universidade Estadual do Norte
Fluminense Darcy Ribeiro, como parte
das exigências para obtenção do título
de Mestre em Produção Animal.
ads:
ASPECTOS CLÍNICOS E LABORATORIAIS DE CÃES SUSPEITOS DE
INFECÇÕES CAUSADASPOR Ehrlichia spp. E Anaplasma spp. EM
CAMPOS DOS GOYTACAZES, RJ.
MARIA VERÔNICA GALARCE ZAVALA
Aprovada em 01 de junho de 2007:
Comissão Examinadora:
Prof. Clóvis de Paula Santos (D.Sc., Medicina Veterinária, Parasitologia
Veterinária – UENF)
Prof. Dalton Garcia de Matos Júnior (Ph.D., Parasitologia) – UFF
Prof. Eulógio Carlos Queiroz de Carvalho (D.Sc., Patologia) – UENF
Prof. Antonio Peixoto Albernaz (D.Sc., Clínica Médica) – UENF
(Orientador)
Tese apresentada ao Centro de
Ciências e Tecnologias Agropecuárias
da Universidade Estadual do Norte
Fluminense Darcy Ribeiro, como parte
das exigências para obtenção do título
de Mestre em Produção Animal.
ii
Ao
Meu pai e minha mãe que sempre estiveram ao meu lado, me
apoiando e incentivando nos momento importantes e difíceis da minha
vida.
Aos
Meus irmãos, Viviana e Paulo, pelo estimulo e apoio.
Ao
meu Orientador, Antonio Peixoto Albernaz, por todas as vezes
que teve paciência comigo e por todas as vezes que foi amigo, pai e
irmão.
DEDICO
iii
AGRADECIMENTOS
A Deus, o que há de mais importante na minha vida.
Aos meus pais, pelo exemplo e amor incondicional.
A minha irmã, Viviana Galarce, que sempre acreditou que eu era
capaz.
Ao meu irmão, Paulo Zavala, que abriu meus horizontes para
continuar meus estudos.
Aos meus amigos, Aline Coelho, Fabíola Rangel, Lígia Chagas,
Marcus Crespo, Paula Palmeira, Ricardo Benjamin, Tatiana Marcial,
Thatiana Gomes, pela força, paciência, companheirismo, incentivo,
compreensão, conselhos e ajuda na elaboração deste trabalho.
Ao meu ex-marido, Eduardo César, por me incentivar a fazer a prova
do mestrado.
Ao Prof. Cláudio Baptista, por sempre dar sugestões e incentivos.
Ao Prof. Antonio Peixoto Albernaz, por sempre exigir mais de mim.
iv
Aos cnicos Orlando Jr. e Josias Machado, pela ajuda, atenção e
paciência, todas as vezes que chegava cheia de exames.
Aos Animais, que permitiram a realização deste estudo.
Aos meus cães, Babi, Clara, Kauan, Bisteca e Matheus, por sempre
me festejar quando chegava em casa cansada e por todas as vezes
que tirei sangue.
A todas as pessoas que contribuíram direta ou indiretamente na
realização deste sonho.
v
BIOGRAFIA
Maria Verônica Galarce Zavala, filha de Hernan Andrés Zavala
Venegas e Maria Angélica Galarce Mansuy, nasceu em 18 de agosto
de 1977, na cidade de Rio de janeiro – RJ.
Graduou-se em Medicina Veterinária pela Universidade Estadual
do Norte Fluminense Darcy Ribeiro – UENF no ano de 2002.
Foi aprovada, no segundo período de 2004, no curso de pós-
graduação em Produção Animal, mestrado, no Laboratório de
Sanidade Animal do Centro de Ciências e Tecnologias Agropecuárias
da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro UENF,
em Campos dos Goytacazes RJ, submentendo-se ‘a defesa de Tese
para conclusão do curso em junho de 2007.
vi
CONTEÚDO
RESUMO ..............................................................................................................................
x
ABSTRACT..........................................................................................................................
xii
LISTA DE TABELAS E ANEXOS........................................................................................
vii
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................................
1
2. REVISÃO DE LITERATURA...........................................................................................
3
2.1. Histórico das principais Ehrlichioses caninas..........................................................
3
2.2. Posição sistemática.................................................................................................
4
2.3. Aspectos morfológicos.............................................................................................
5
2.4. Infecção e doença....................................................................................................
6
2.5. Patogenia.................................................................................................................
7
2.5.1. Ehrlichia spp.................................................................................................
8
2.5.2. Anaplasma spp.....................................................….....................................
9
2.6. Fases da doença.....................................................................................................
9
2.6.1. A doença na fase aguda.............................................................................
9
2.6.1.1. Ehrlichia spp...................................................................................
9
2.6.1.2. Anaplasma spp..............................................................................
11
2.6.2.A doença na fase subclínica.......................................................................
11
2.6.2.1. Ehrlichia spp...................................................................................
11
2.6.2.2. Anaplasma spp..............................................................................
12
2.6.3. A doença na fase crônica...........................................................................
12
2.6.3.1. Ehrlichia spp...................................................................................
12
2.6.3.2. Anaplasma spp..............................................................................
13
vii
2.7.
Bioquímica Sérica..................................................................................................
14
2.7.1. Alanina Aminotransferase (ALT)................................................................
14
2.7.2.Fosfatase Alcalina (FA).............................................................................. 15
2.7.3. Uréia.......................................................................................................... 16
2.7.4. Albumina.....................................................................................................
16
2.7.5.Proteínas totais............................................................................................
17
2.8.
Testes de Coagulação...........................................................................................
17
2.9.
Diagnóstico............................................................................................................
18
3.
MATERIAL E MÉTODOS...............................................................................................
20
3.1.
Amostragem...........................................................................................................
20
3.2.
Colheita de material e procedimento laboratorial..................................................
21
3.2.1. Pesquisa de hemocitozoários.....................................................................
21
3.2.2. Colheita sangüínea para realização dos testes..........................................
21
3.3.
Análise Estatística..................................................................................................
22
4.
RESULTADOS ..............................................................................................................
23
4.1.
Pesquisa de Hematozoários..................................................................................
23
4.2.
Hemograma...........................................................................................................
23
4.3.
Bioquímica sérica...................................................................................................
24
4.4.
Testes de coagulação...........................................................................................................
25
5.
DISCUSSÃO...................................................................................................................
26
5.1.
Hemograma...........................................................................................................
26
5.2.
Bioquímica Sérica..................................................................................................
29
5.2.1.Avaliação Enzimática do Sistema hepatobiliar (ALT, FA).............................
29
5.2.2. Proteínas totais............................................................................................
30
5.2.3. Albumina......................................................................................................
31
5.2.4. Uréia............................................................................................................ 32
5.3.
Testes de coagulação............................................................................................
32
6.
CONCLUSÕES...............................................................................................................
34
7.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. ...........................................................................
35
viii
LISTA DE TABELAS E FIGURAS
Tabela 1. Análise descritiva (valores médios e desvios-padrão - X±DP) e
comparação estatística (p0,05) do hemograma de caninos assintomáticos (grupo
C) e suspeitos positivos (SP) para Erliquiose em Campos dos Goytacazes, RJ.
................................................................................................................................23
Tabela 2. Análise descritiva (valores médios e desvios-padrão - X±DP) e
comparação estatística (p0,05) da bioquímica sérica de caninos assintomáticos
(grupo C) e suspeitos positivos (SP) para Erliquiose em Campos dos Goytacazes,
RJ............................................................................................................................24
Tabela 3. Análise descritiva (valores médios e desvios-padrão = X±DP) e
comparação estatística (p0,05) do Tempo de Pro-trombina (TPT) e do Tempo de
Tromboplastina parcial ativada (TTPA) de caninos assintomáticos (grupo C) e
suspeitos positivos (SP) para Erliquiose em Campos dos Goytacazes, RJ.
................................................................................................................................25
Ficha Clínica..........................................................................................................51
Quadro 1. Caracterização dos cães positivos para infecções causadas por
Ehrlichia spp. e Anaplasma spp. em Campos dos Goytacazes,
RJ............................................................................................................................52
ix
Quadro 2. Caracterização dos cães assintomáticos (grupo controle).
................................................................................................................................53
Quadro 3. Valores de bioquímica sérica dos cães positivos para infecções
causadas por Ehrlichia spp. e Anaplasma spp. em Campos dos Goytacazes,
RJ............................................................................................................................54
Quadro 4. Valores de bioquímica sérica dos cães assintomáticos (grupo controle).
................................................................................................................................55
Quadro 5. Valores obtidos nos testes de coagulação e plaquetometria dos cães
positivos para infecções causadas por Ehrlichia spp. e Anaplasma spp. em
Campos dos Goytacazes, RJ. ...............................................................................56
Quadro 6. Valores obtidos nos testes de coagulação e plaquetometria dos cães
assintomáticos (grupo controle). ...................................................... .....................57
Quadro 7. Valores obtidos no eritrograma dos cães positivos para infecções
causadas por Ehrlichia spp. e Anaplasma spp. em Campos dos Goytacazes, RJ.
................................................................................................................................58
Quadro 8. Valores obtidos no eritrograma dos cães assintomáticos (grupo
controle)..................................................................................................................59
Quadro 9. Valores obtidos no leucograma dos cães positivos para infecções
causadas por Ehrlichia spp. e Anaplasma spp. em Campos dos Goytacazes, RJ.
................................................................................................................................60
Quadro 10. Valores obtidos no leucograma dos cães assintomáticos (grupo
controle)..................................................................................................................61
x
RESUMO
ZAVALA, Maria Verônica Galarce; Aspectos clínicos e laboratoriais de cães
suspeitos de infecções causadas por Ehrlichia spp. E Anaplasma spp. em Campos
dos Goytacazes, RJ.; Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro;
Junho de 2007; Aspectos clínicos e laboratoriais de cães suspeitos de infecções
causadas por Ehrlichia spp. E Anaplasma spp. em Campos dos Goytacazes, RJ;
Professor orientador: Prof. Antonio Peixoto Albernaz. Professor Conselheiro:
Cláudio Baptista.
A Erliquiose canina é uma doença causada por bactérias gram negativas da
ordem rickettsiales. A doença possui três fases clínicas: aguda, sub-aguda e
crônica. No hemograma as alterações comumente observadas são: anemia
normocítica normocrômica, leucocitose neutrofílica com dnne leve e
trombocitopenia. Neste estudo, realizado em caninos residentes na cidade de
Campos dos Goytacazes, RJ, foram observados 30 cães assintomáticos,
formando o grupo “C” e 29 cães positivos, confirmados através do mesmo exame,
formando o grupo “SP”. Foram realizados os seguintes exames laboratoriais:
hemograma, pesquisa de hemocitozoários, mensuração de alanina
aminotransferase (ALT), albumina, fosfatase alcalina (FA), proteínas totais e uréia,
além do tempo de pro-trombina (TPT) e tempo de tromboplastina parcial ativada
(TTPA). Os resultados mostraram diferença significativa (p0,05) nos seguintes
parâmetros; hemograma: hematimetria, volume globular, hemoglobinometria e
plaquetometria; bioquímica sérica: ALT, FA, proteínas totais, albumina e uréia;
xi
testes de coagulação: TTPA. Concluiu-se que a avaliação hematológica foi
fundamental para a avaliação clínica, prognóstica e terapêutica, a avaliação da
capacidade hemostática mostrou-se eficaz na triagem clínica dos pacientes e a
avaliação laboratorial bioquímica sérica figurou como uma ferramenta diagnóstica
complementar fundamental, possibilitando evidenciar lesões em sistemas e/ou
órgãos.
Unitermos: Erliquiose, hemostasia e Plaquetometria
xii
ABSTRACT
The canine ehrlichiosis is a disease caused by gram-negative bacteria which
belongs to the Rickettsiales order . Clinically, the disease presents three stages:
acute, sub-acute and chronic. The most commonly observed hematologic changes
are: nonregenerative anemia, neutrofilic leukocitosis with marked mature
neutrophilia left shift and thrombocytopenia. In this study, realized in dogs living in
Campos dos Goytacazes city, RJ, were included 30 assinthomatic individuals,
named as Group "C" and other 29 presenting positive infection, confirmed through
the same laboratory analyses, forming part of the group named "SP". The
laboratory analyses included: hemograms, search of intracellulars parasite,
measure of ALT (Alanine Amine transferase), albumin, AF (alkaline phosphates),
proteins total and urea, besides PT (prothrombin time) and APTT (activated partial
thromboplastin time)
The results achieved presented significative difference (p < 0,05) in the followings
parameters: Hemograms: Haematometry, global volume, hemoglobinemetry and
plaquetometry. Serical biochemical: ALT, FA, totals proteins, albumin and urea
Test of coagulation: TTPA. In this way, it may be concluded that the hematologic
analyses was fundamental for the clinic evaluation, for the prognostic and
therapeutical providences. Besides, the evaluation of the haemostatic capacity of
patients presented large efficiency in the clinical evaluation of patients and the
xiii
evaluation of the serical biochemical laboratory tests became a valorous and
fundamental skill in the complemental diagnosis, preventing and discovering
lesions in the systems and/or organs.
Key-words: Ehrlichiosis, hemostasia, platelet count
1
1. INTRODUÇÃO
A Erliquiose canina é uma doença que acomete cães de todas as regiões do
mundo (ALMOSNY et al., 2002), principalmente nas regiões tropicais e subtropicais
(BROUQUI et al., 1991).
O gênero Ehrlichia faz parte de um grupo de microorganismos constituídos por
bactérias intracelulares obrigatórias em vacúolos de células eucarióticas, como
leucócitos (DUMLER et al., 2001), seu desenvolvimento possui 3 estágios: corpúsculo
elementar, corpúsculo inicial e mórula. Individualmente a bactéria é denominada:
corpúsculo elementar, com aspecto cocóide ou elipsóide, porém o pleomorfismo é
notado com freqüência (MCDADE, 1990). Segundo CAMPBELL (1994) e STILES
(2000) a Erliquiose canina é causada por um cocobacilo Gram-negativo, parasita
obrigatório de células mononucleares do sangue, a Ehrlichia canis.
HOSKINS (1991) relatou que a Erliquiose canina é transmitida por carrapatos
Rhipicephalus sanguineus que infectam os hospedeiros quando se alimentam e sua
secreção salivar é inoculada no local da picada (GROVES et al.,1975 e MCDADE,
1990).
De acordo com WOODY & HOSKINS, (1991) o período de incubação da doença
varia entre 8 e 15 dias para os casos agudos ou de meses ou anos nos cursos
crônicos, que geralmente são fatais. Entre as fases agudas e crônicas, ocorre um
período no qual não existem alterações fisiológicas perceptíveis ao exame clínico,
2
sendo denominada de fase subclínica, pode durar anos até que a doença evolua para a
cronicidade.
As anormalidades hematológicas freqüentemente observadas por TROY &
FORRESTER (1990), HOSKINS (1991) e SKOTARCZAK (2003) são: anemias não
regenerativas, trombocitopenia e leucopenia. A monocitose é um achado freqüente
relatado por HARRUS et al. (1997). MIRANDA et al. (2004), observaram 557 canídeos
suspeitos de Erliquiose na cidade de Campos dos Goytacazes, RJ, dos quais 69
apresentaram-se positivos a partir de avaliação em esfregaço sanguíneo, que
correspondem à ocorrência de 12,4% na área e FAJARDO (2005) estudando 1300
caninos suspeitos constatou que 170 foram positivos ao exame de esfregaço sanguíneo
(pesquisa de hemoparasitas) caracterizando freqüência de 13%.
O exame clínico acompanhado do histórico e de exames complementares
representam a tríade fundamental para uma abordagem inicial segura do paciente.
Exames laboratoriais rotineiros são utilizados como importante ferramenta diagnóstica
(MEYER et al., 1995). Conforme EWING et al.(1996) para se realizar o diagnóstico da
doença o parasita deve ser detectado em microscopia óptica, através de hematoscopia,
utilizando-se esfregaços sangüíneos corados pelo método May-Grunwald-Giemsa.
KAKOMA et al. (2000) consideraram que não existe uma padronização internacional
para o diagnóstico da Erliquiose canina e que o desenvolvimento de novas técnicas,
com baixos custos operacionais e de fácil execução pelo clínico torna-se importante
para a confirmação da doença em sua fase inicial, aumentando as chances de
tratamento e cura dos animais.
O presente estudo objetivou avaliar e caracterizar clinica e laboratorialmente as
infecções determinadas por Erlichia spp. e Anaplasma spp. em cães no Município de
Campos dos Goytacazes, RJ, visando facilitar a conduta do médico veterinário diante
da impossibilidade da realização de um diagnóstico laboratorial complementar,
sorológico e através da pesquisa dos hematozoários em esfregaços sanguíneos,
gerando resultados que possam ser utilizados para melhor avaliação do paciente
canino infectado, melhorando desta forma a conduta terapêutica e o controle da
doença.
3
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1. Histórico das principais Ehrlichioses caninas
Donatien & Lestoquard (1935) apud ALMOSNY (1998) descreveram a
Rickettsiose canina pela primeira vez como Rickettsia canis, na Argélia. Desde então
algumas descrições ocorreram em cães na África (HILDEBRANDT et al., 1972).
Em 1945, Moshkovski renomeou o microorganismo como Ehrlichia canis, em
homenagem a Paul Ehrlich (MCDADE, 1990). Posteriormente, a Ehrlichia canis foi
reconhecida em 1957 em Aruba, região das Antilhas Holandesas, numa infecção
associada à Babesia canis e descrita em Oklahoma, EUA por EWING & PHILIP, em
1966.
A disseminação mundial ocorreu durante a Guerra do Vietnã, através dos cães
militares acometidos com hemorragia severa nas tropas da Inglaterra e dos Estados
Unidos (HUXSOLL, 1976). Segundo HOILIEN et al., (1981) e RIKIHISA et al., (1991)
160 cães pastores foram acometidos pela infecção de E. canis na Guerra do Vietnã.
O primeiro caso no Brasil, ocorreu em Belo Horizonte, MG em 1973, citado por
COSTA et al. Após três anos, em 1976, CARRILO et al. relataram a doença no Rio de
Janeiro, RJ em cães da Polícia Militar.
PAES (1995) postulou que a doença se encontrava amplamente distribuída no
Brasil. Em 2002, 67 casos foram encontrados e descritos por BULLA et al. (2004) em
4
um mês na cidade de Botucatu, SP, mostrando que a Ehrlichiose está presente em
várias regiões do Brasil.
A doença foi descrita em todos os continentes por WANER et al., (1996) e foi
reconhecida como ehrlichiose canina ou ehrlichiose monocítica canina por HARRUS et
al., em 1997 e NEER em 1998.
Segundo vários autores como MORAIS et al. (2002), LABARTHE et al. (2003) e
BULLA et al. (2003) a doença no Brasil é considerada enzoótica, conforme estimativas
e dados recentemente obtidos. MORAIS et al. (2002), estimaram a prevalência da
Rickettsiose canina em cerca de 20% em vários estados como, Paraná, Bahia, Rio de
Janeiro, Santa Catarina, São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Ceará, Alagoas,
Pernambuco, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal. em um estudo retrospectivo
realizado por BULLA et al., em 2003, no interior de São Paulo com 246 amostras,
verificou que 30,9% das amostras tinha a presença de E. canis, sendo considerada um
doença enzoótica na cidade de Botucatu (SP), que as condições climáticas
favoreceram a disseminação do carrapato R. sanguineus.
Em alguns países, a incidência de Erliquiose é maior no verão, sendo descrita
por DAVOUS et al.(1990), KEYSARY et al. (1996) e HARRUS et al. (1997). Segundo
KEEFE et al. (1982) o stress do calor aumenta a probabilidade do desencadeamento da
doença.
Anaplasma platys é um parasita de plaquetas circulantes em cães, que foi
descrita em 1978 por HARVEY et al.
A primeira detecção de inclusões no Japão de Anaplasma platys foi descrita em
agosto de 2001 por INOKUMA et al.
2.2. Posição sistemática
A classificação taxionômica entrou em conflito nos últimos três anos, pois as
primeiras diferenciações feitas entre as espécies de parasitas foram baseadas no tipo
de células parasitadas, na distribuição geográfica e na severidade da doença
(ALMOSNY, 2002), e com o desenvolvimento científico, a análise de DNA dos parasitas
identificou as semelhanças entre as mesmas, ocorrendo uma nova reestruturação da
classificação em um esquema de genogrupos (DUMLER et al., 2001).
5
DUMLER et al. (2001) descreveram e reorganizaram os gêneros Ehrlichia e
Anaplasma nas famílias Rickettsiales e Anaplasmataceae dentro da ordem
Rickettsiales. A partir de então, Ehrlichia platys foi renomeada para Anaplasma platys
A posição taxionômica da Ehrlichia canis reformulada a partir de então, passou a
constituir a seguinte forma;
Ordem: Rickettsiales,
Família: Anaplasmataceae,
Gênero: Ehrlichia,
Espécie: Ehrlichia canis.
A posição taxionômica do Anaplasma platys;
Ordem: Rickettsiales,
Família: Anaplasmataceae,
Gênero: Anaplasma,
Espécie: Anaplasma platys.
2.3. Aspectos morfológicos
A Ehrlichia canis é um microorganismo intracelular obrigatório, que pode ser
encontrado isolado, em colônias compactas ou formando mórulas em leucócitos
mononucleares (BULLA et al., 2004), esta bactéria tem tropismo por células
hematopoiéticas (SKOTARCZAK, 2003).
Seu desenvolvimento possui três estágios, quais sejam: corpúsculo elementar,
corpúsculo inicial e mórula. Individualmente a Ehrlichia é denominado corpúsculo
elementar, com aspectos cocóide ou elipsóide não móveis, porém o pleomorfismo é
notado com frequência (ALMOSNY, 1998; MCDADE, 1990).
O número de corpúsculos elementares em cada vacúolo é variável, de 2 a 40
corpúsculos elementares, os quais se multiplicam por fissão binária (HILDEBRANDT et
al., 1972).
A primeira fase do ciclo é caracterizada pela penetração de corpúsculos
elementares em células mononucleares (DAVOUST et al. 1993). Após ocorre a
6
multiplicação da rickettsia dentro do fagossomo de células mononucleares, onde se
desenvolve em mais dois estágios, em corpúsculo inicial e mórula (MCDADE, 1989).
Estes dois autores concordam que os corpúsculos elementares são fagocitados por
leucócitos mononucleares, porem a fusão fagossomo-lisossomo não ocorre em células
infectadas, permitindo a divisão binária.
NYINDO et al. (1971) afirmaram que os corpúsculos elementares aumentam em
número e se agrupam formando incluções denominadas corpúsculos iniciais. Nos sete
a doze dias posteriores ocorre a multiplicação dos corpúsculos e formação de mórulas
(SIMPSON, 1972).
As mórulas são estruturas com coloração semelhante a dos corpúsculos iniciais
e são constituídos por um a três vacúolos contendo de um a quarenta corpúsculos
elementares, que podem estar compactos ou difusos em seu interior (HUXSOLL et al.,
1970; DAVOUST, 1993; BEAUFILS et al., 1995). Após 12 a 18 dias de incubação, as
mórulas se dissociam do citoplasma e podem liberar corpúsculos iniciais ao se
romperem, que irão infectar outras células sanguíneas (NYINDO et al., 1971;
CAMPBELL,1994).
O parasito se localiza nas células reticuloendoteliais do fígado, baço, e nódulos
linfáticos, onde ocorre a replicação primária em macrófagos mononucleares e linfócitos
(SWANGO et al., 1989).
A Anaplasma platys é uma rickettsia específica de plaquetas de cães que causa
trombocitopenia cíclica canina (HARVEY et al., 1978 citado por INOKUMA et al., 2002).
A. platys, um microorganismo antigenicamente não relacionado com E. canis ou E.
equi, consiste no agente causador da Trombocitopenia cíclica infecciosa dos cães
(SWANGO et al., 1989).
Segundo WOODY & HOSKINS, (1991), A. Platys foram observados apenas em
plaquetas, podendo ocorrer com uma, duas ou três inclusões. De coloração basofílica
em esfregaços corados pelo Giemsa, mede entre 0.4 a 1.2 µm, podendo ser
arredondada, oval ou achatada. É rodeada por membrana dupla e se reproduz por
fissão binária.(RISTIC et. al.,1984).
Os cães infectados não apresentam enfermidade clínica e raramente mostram
sinais de hemorragia significativa, mesmo tendo plaquetopenias pronunciadas. As
7
infecções associadas de A. platys e E. canis são comuns (HOSKINS, 1991 e HARRUS
et al., 1997).
Existem dificuldades no diagnóstico de A. platys através da observação de
mórulas devido ao caráter cíclico da trombocitopenia e o teste de imunofluorescência
indireta detecta anticorpos para E. platys durante um curto período após o
aparecimento de plaquetas parasitadas (FRENCH & HARVEY, 1983 e WOODY &
HOSKINS, 1991).
2.4. Infecção e doença
A Ehrlichia canis é a mais importante espécie de ehrlichia em cães
(SKOTARCZAK, 2003), sendo uma doença emergente em todo o mundo (INOKUMA et
al., 2000). Porém, as manifestações clínicas podem variar conforme a região geográfica
(DAGNONE et al., 2003).
A infecção canina por Anaplasma platys foi descrita nos EUA, Itália, França,
Grécia, Espanha, Taiwan, Thailândia e Venezuela (INOKUMA et al., 2002).
O carrapato marrom Rhipicephalus sanguineus é o vetor de rickettsiose canina,
causada pela Ehrlichia canis e Anaplasma platys (INOKUMA et al., 2000). A infecção
dos hospedeiros ocorre quando os carrapatos contaminados se alimentam e sua
secreção salivar é inoculada no local da picada, podendo transmitir a rickettsia por 155
dias (ALMOSNY, 2002).
Entre animais, EWING & BUCKNER (1965) constataram que o principal
mecanismo de transmissão da infecção natural se pela picada do R. sanguineus em
qualquer estágio.
GROVES et al. (1975) afirmaram que a transmissão da rickettsia entre
carrapatos ocorre de forma trans-estadial sem que haja passagem trans-ovariana, e
SMITH et al. em 1976 confirmaram a afirmativa, observando que após a ingestão de
sangue de um animal infectado. A multiplicação de E. canis ocorreu nas glândulas
salivares e nas células intestinais do carrapato R. sanguineus, mas não foi encontrado
nenhuma evidencia ou estrutura de E. canis nos ovários do carrapato.
A passagem de E. canis para o carrapato ocorre duas a três semanas após o
cão ser inoculado com a bactéria (WOODY & HOSKINS, 1991). Nos casos de cães na
8
fase crônica é pouco provável a transmissão do agente para o seu vetor biológico
(LEWIS Jr. et al., 1977)
Os fatores que podem afetar a severidade clínica e a progressão da doença nos
cães podem estar ligados a raça, diferenças individuais na resposta imune, carga
infectante e a patogenicidade da linhagem (RIKIHISA et al., 1991), além disso, deve-se
levar em consideração a idade e a possibilidade de doença concomitante (WOODY &
HOSKINS, 1991). O quadro clínico do animal pode ser agravado com co-infecções, que
podem ocorrer com Anaplasma platys, Babesia canis, Hepatozoon canis ( EWING &
BUCKNER, 1965; PRICE et al., 1987; MATTHEWMAN et al., 1993).
HARRUS et al. (1997) afirmaram que em relação ao sexo dos animais, não
existe predisposição para infecção por E. canis.
2.5. Patogenia
2.5.1. Ehrlichia spp.
A Ehrliquiose canina é considerada uma síndrome altamente variável em suas
alterações clínicas e hematológicas, mimetizando doenças metabólicas e infecciosas
(KAKOMA et al., 2000), como Trombocitopenia auto-imune idiopática ou secundária,
doenças causadas por hematozoários, Lupus eritematoso sistêmico, Leucemias,
Coagulação intravascular disseminada (CID), Neoplasia esplênica e Esplenite, o que
dificulta seu diagnóstico diferencial ( HARRUS et al., 1999), duração e severidade dos
sinais clínicos (HUXSOLL et al., 1972).
Os animais com Ehrliquiose monocítica canina (EMC) apresentam sinais clínicos
severos que podem variar conforme o estágio da doença. Os sintomas mais frequentes
são febre alta, anorexia, magreza, hepatomegalia, esplenomegalia, linfadenopatia,
distúrbios cardíacos, respiratórios, nervosos e oftalmopatias (WALKER et al., 1970;
TROY & FORRESTER, 1990 apud CASTRO et al., 2003).
Segundo HARRUS et al. (1996 e 2001) os sinais mais freqüentes apresentados
pela doença são depressão, letargia, anorexia, febre, linfadenomegalia,
esplenomegalia, trombocitopenia e hemorragias associadas e hipergamaglobulinemia
9
(RISTIC & HOLLAND, 1993). Outros autores também incluem a pancitopenia como um
achado comum (WOODY & HOSKINS, 1991; HARRUS et al., 1996).
O período de incubação da Erliquiose canina segundo PRICE et al. (1987) varia
de uma a três semanas e a doença pode apresentar três fases, de acordo com as
alterações clínicas e hematológicas. As três fases da doença são: fase aguda, fase
subclínica e fase crônica (SKOTARCZAK, 2003).
2.5.2. Anaplasma spp.
Segundo ARRAGA-ALVARADO et al. (1996), a infecção por A. Platys não é
considerada um microorganismo muito patogênico ou um importante causador da
doença. As inclusões ou mórulas de A. Platys geralmente são um achado acidental na
amostra de esfregaço sangüíneo (BREITSCHWERDT et al., 1997)
2.6. Fases da doença
2.6.1. A doença na fase aguda
2.6.1.1. Ehrlichia spp.
Na fase aguda, que pode durar de duas a quatro semanas, o agente se multiplica
em leucócitos mononucleares, disseminando-se para órgãos como fígado, baço e
linfonodos (NEER, 1998). Nesse período, é mais comum a detecção de mórulas de E.
canis em esfregaço sanguineo e a presença de carrapatos nos cães (WALKER et al.,
1970).
Segundo SKOTARCZAK (2003), O primeiro é o estágio agudo, com período
entre 8 e 20 dias após infecção, manifestando-se com febre, depressão, dispnéia,
anorexia e pequenos prejuízos. Apresenta também trombocitopenia, leucopenia, leve
anemia e hipergamaglobulinemia.
Em animais experimentalmente infectados o aparecimento dos sinais clínicos
pode variar entre o décimo e o décimo quarto dia (HUXSOLL et al., 1972; PIERCE et
10
al., 1977 e CASTRO, 1997), ou no décimo quinto dia (KEYSARY et al., 1996 e
HARRUS et al., 1996).
Os principais achados clínicos na fase aguda de acordo com HUXSOLL et al.
(1969), WALKER et al. (1970), HUXSOLL et al. (1972), HARRUS et al. (1996),
HARRUS et al. (1997), ALMOSNY (1998) e FRANK& BREITSCHWERDT (1999), são
febre, letargia e apatia.
WALKER et al., em 1970 afirmaram que a anorexia e a perda de peso ocorrem
sete dias após a infecção do animal e de acordo com ALLSOPP & ALLSOPP (2001), a
anorexia e a debilidade generalizada podem ser sugestivas de Erliquiose quando não
existem outros sinais.
Em 373 cães estudados por PRICE et al. (1987) foram encontrados sinais
clínicos como emaciação, febre, depressão, anorexia, vômito, esplenomegalia e palidez
de mucosas, assim como no estudo de HARRUS et al. (1997) e CASTRO (1997).
Uma conseqüência da Erliquiose canina ao organismo do animal é a constatação
de Hepatomegalia e linfadenomegalia por causa da multiplicação da ricketsia e da
hiperplasia linforeticular (WALKER et al., 1970; CASTRO, 1997; HARRUS et al., 1997;
ALMOSNY, 1998 e ALMOSNY et al., 2002).
A anemia caracteriza-se pela redução no número de hemácias, ou no teor de
hemoglobina, ou em ambos. É um reflexo de um estado patológico. A anemia ocorre
em razão a uma excessiva perda de sangue (hemorragias), destruição (hemólise), ou
queda na produção de eritrócitos (BIRCHARD & SHERDING, 2003).
Durante a fase aguda pode haver um aumento no seqüestro e destruição de
células sanguíneas provocando uma pancitopenia transitória, que a medula óssea
continua a função de produção normalmente (BUHLES Jr. et al., 1975 e PRICE et al.,
1987).
Trombocitopenia é o mais proeminente e consistente achado hematológico que
ocorre na EMC (HARRUS et al., 1997). De acordo com MEYER et al., (1995) a
trombocitopenia é clinicamente seguida pelo achado de hemorragias petequiais e
equimóticas nas membranas, mucosas ou pele, sendo confirmada pela contagem de
plaquetas.
11
A presença contínua de trombocitopenia em animais com Erliquiose canina é
considerada alta por NEER (1998) e descrita como alteração em 100% dos animais por
TROY et al. (1980).
A trombocitopenia também tem sido associada a trombocitopatias funcionais
como consumo plaquetário (SMITH et al., 1975), redução da meia vida (SMITH et al.,
1975; PIERCE et al., 1977), da adesão (LOVERING et al., 1980) e da agregação
plaquetária (HARRUS et al., 1996; VARELA et al., 1997; HARRUS et al., 2001)
WOODY & HOSKINS (1991) relataram outros achados na fase aguda, como
anemia e leucopenia, devido ao sequestro e destruição de células sanguíneas.
Hiperproteinemia, decorrente da elevação de gamaglobulinas (HOSKINS et al., 1983;
RIKIHISA et al., 1994; HARRUS et al., 1996), em resposta ao estímulo antigênico e/ou
uma hipersensibilização provocada pela E. canis (BURGHEN et al., 1971)
MCBRIDE et al. (2003) afirmou que cães que apresentam a fase aguda podem
eliminar a infecção ou desenvolver uma infecção crônica assintomática.
2.6.1.2. Anaplasma spp.
Segundo FELDMAN et al. (2000) durante a fase aguda, observa-se parasitemia
cíclica das plaquetas, seguida de trombocitopenia cíclica em intervalos de7 a 14 dias, o
que sugere reação imunológica. Após um período de trombocitopenia, as plaquetas
tendem a retornar a valores normais após 3 a 4 dias (ALMOSNY et al., 2002).
HUANG et al. (2005) relataram que cães infectados com Anaplasma Platys que
se apresentavam na faes aguda das doença não apresentavam alterações severas e
hemorragias significativas.
2.6.2. A doença na fase subclínica
2.6.2.1. Ehrlichia spp.
A fase subclínica ocorre entre 40 e 120 dias, podendo durar até alguns anos sem
sinais clínicos ou com leve trombocitopenia (SKOTARCZAK, 2003).
A fase subclínica pode durar até 6 a 9 semanas (WOODY e HOSKINS, 1991),
12
podendo persistir por 4 a 5 anos em áreas enzoóticas (CODNER e FARRIS-SMITH,
1986 e WANER et al., 1997)
Embora os animais não apresentem sinais clínicos, pode-se observar
emaciação, apetite seletivo e letargia intermitente (PRICE et al., 1987).
As alterações hematológicas são semelhantes ‘as ocorridas na fase aguda,
podendo apresentar uma hipoplasia medular, assim como, trombocitopenias,
linfocitose, neutropenia e hiperglobulinemia (CODNER e FARRIS-SMITH, 1986).
Segundo WANER et al. (1997) redução do número de plaquetas, aumento do
seu tamanho, e redução da contagem leucocitária e neutrofílica, mas sem
ultrapassagem do limite inferior de referências adotadas pelo autor.
ALMOSNY et al. (2002) afirmaram que cães imunocompetentes são capazes de
eliminar a infecção na fase subclínica que pode persistir por 4 a 5 anos, ou passar para
a fase crônica da doença (WOODY & HOSKINS, 1991).
2.6.2.2. Anaplasma spp.
Nesta fase da doença ALMOSNY et al., (2002) descreve que ocorre uma
alteração na função plaquetária , hiperplasia megacariocítica e dificilmente as inclusões
são observadas no esfregaço sanguineo , porem os valores do eritrograma e do
leucograma permanecem normais.
2.6.3.A doença na fase crônica
2.6.3.1. Ehrlichia spp.
A fase crônica segundo WOODY & HOSKINS (1991) e MATTHEWMAN et al.
(1993), pode ocorrer a partir de meses ou até 4 a 5 anos após a infecção do animal,
podendo promover uma doença moderada, com sinais atenuados da fase aguda, ou
promover uma doença severa que pode levar a óbito.
O último estágio é a fase crônica, caracterizada por hemorragias, epistaxis,
petéquias e edema, e os achados laboratoriais semelhante à fase aguda,
13
(SKOTARCZAK, 2003) levando à pancitopenia e maior destruição das plaquetas
(SWANGO et al.,1989).
Os sinais clínicos da Erliquiose canina crônica são semelhantes aos de uma
doença imunomediada (TROY & FORREST, 1990). Geralmente os animais
apresentam-se caquéticos, apáticos e com suscetibilidade a infecções secundárias pelo
comprometimento da imunidade do animal (WOODY & HOSKINS, 1991).
De acordo com NEER (1998) os animais apresentam distúrbios hemostáticos,
oftalmopatias e nefropatias, em decorrência de trombocitopenias, disfunção plaquetária
e vasculite (CODNER et al., 1985).
Animais com Erliquiose canina que apresentaram trombocitopenia acentuada
possuíram tendências hemorrágicas de acordo com WOODY & HOSKINS (1991),
sendo observado epistaxe e/ou rinorragia por HUXSOLL et al. (1970), PRICE et al.
(1987), HARRUS et al. (1987). Outros sinais de hemorragia foram descritas por
WOODY & HOSKINS (1991) como petéquias, equimoses, melena e sangramentos
prolongados. Hematúria, hifema, hemorragia retinal, hemoptise e hematemese foram
menos freqüentes.
Nesta fase comumente ocorre pancitopenia, sendo uma conseqüência da
hipoplasia medular (SMITH et al., 1974; BUHLES Jr. et al., 1975; PRICE et al., 1987 e
HARRUS et al., 1999). Porém as concentrações de gamaglobulinas em animais
pancitopênicos foram menores que ‘as obtidas em cães sem pancitopenia. Segundo
HARRUS et al. (1996) a combinação de hipogamaglobulinemia e neutropenia permite
que os animais com pancitopenia sejam mais suscetíveis ‘as infecções secundárias.
Alterações clínicas como febre, anorexia, petéquias hemorrágicas e uveíte são
observadas na infecção por Anaplasma platys (INOKUMA et al., 2002).
2.6.3.2. Anaplasma spp.
Segundo HARRUS et al (1996) na fase crônica o ciclo parasitemia-
trombocitopenia diminui ocorrendo lenta resolução da trombocitpenia e da parisitemia
esporádica, podendo ocorrer anemia e/ou leucopenia.
14
2.7. Bioquímica Sérica
A avaliação bioquímica sérica vem sendo utilizada extensivamente em Medicina
Veterinária, não somente para avaliação clínica individual, como também para avaliar
populações de animais (PAYNE & PAYNE, 1987). Quando interpretados
adequadamente, os resultados fornecem importantes informações em relação ao
estado clínico do paciente, ao balanço nutricional, a situações deficitárias, a
monitorações de tratamento e a prognóstico (GONZALES et al., 2001)
A maioria dos valores de referência disponível na literatura é de autores
estrangeiros (KELLER, 1981; FUKUDA et al., 1989; LUMSDEN & JACOBS, 1989;
MATSUZAWA et al., 1993; KANEKO et al., 1997) o que limita a adequada interpretação
do perfil bioquímico sanguíneo de caninos criados no Brasil (GONZALES et al., 2001)
Os parâmetros clinicopatológicos usados para avaliar o fígado refletem estes
componentes estruturais e podem ser divididos em testes de enzimas séricas; alanina
aminotransferase (ALT), aspartato aminotransferase (AST), e testes funcionais;
albumina, uréia e fatores de coagulação (MEYER et al.,1995).
2.7.1. Alanina Aminotransferase (ALT)
A Alanina Aminotransferase é uma das enzimas que podem ser mensurada no
soro, e está em altas concentrações no fígado. Em injúrias hepáticas esta enzima está
aumentada, sendo um valor útil no diagnóstico (KANEKO et al., 1997).
Em casos de lesão hepática aguda ou crônica de animais domésticos, a
atividade da ALT no soro está aumentada. Essa atividade é grande no pâncreas, rim,
eritrócito e quando há injúrias a atividade enzimática no soro é esperada aumentada
(KANEKO et al., 1997).
Um significativo aumento da atividade sérica indicada pela degeneração ou
necrose hepatocelular, sendo que uma necrose muscular severa pode elevar os valores
em cães sem que ocorra doença hepática concomitante, não obstante degenerações
ou necrose focal da massa muscular não elevam sua atividade sérica (GELLA, 1994).
15
Segundo AMARAL et al. (1996) a pequena quantidade de ALT existente no soro,
é decorrente da substituição fisiológica de algumas células do tecido hepático, pela
liberação da enzima. De acordo co MEYER et al. (1992) ALT estará aumentada no soro
quando ocorrerem alterações na permeabilidade da membrana dos hepatócitos, como
agressões por toxinas e hipóxia.
A atividade plasmática da ALT é citada como dentro da média normal ou
levemente maior para cães adultos (CENTER et al., 1993).
2.7.2.Fosfatase Alcalina (FA)
A fosfatase alcalina também é uma enzima presente no fígado, que demonstra a
atividade hepática (KANEKO et al., 1997). Conforme MEYER et al. (1992) a fosfatase
alcalina é ligada ‘a membrana celular e pode ser encontrada em uma variedade de
tecidos, sendo que cada tecido produz uma diferente izoenzima.
A atividade da FA no soro total, consiste na combinação de izoenzimas
produzidas no fígado, ossos, rins, placenta e intestino, sendo que as maiores frações
são representadas pelas izoenzimas do fígado e ossos (KANEKO et al., 1997).
Segundo KRAMER & HOFFMANN (1997), ainda existe uma enzima induzida por
corticosteróide. Outras drogas podem induzir a hiperatividade da FA, como esteróides,
barbitúricos, cefalosporinas, fenobarbital, fenotiazinas, fenilbutazona, tetraciclinas,
tiabendazol e halotano (WILLARD et al., 1993).
Geralmente os aumentos da atividade sérica da FA são de origem hepatobiliar,
com exceção de animais em crescimento ou com doenças ósseas (MEYER et al.,
1992).
A isoenzima óssea FA, derivada da atividade osteoblástica, pode aumentar a
atividade sérica da FA dos animais em desenvolvimento, a magnitude desse aumento
chega a cerca de 2-3 vezes o normal. Indicando que a FA o pode ser utilizada no
diagnóstico de disfunções hepáticas durante o período de crescimento (CENTER et al.,
1993).
A alteração da fosfatase alcalina está ligada a ingestão de uma dieta rica em
farinha de trigo, causando uma diminuição e perda da atividade de FA (BATT et al.,
16
1987). Portanto a alimentação do animal também pode interferir nos resultados das
alterções nos níveis séricos de FA.
2.7.3. Uréia
A uréia é um soluto permeável sintetizada no fígado a partir da amônia, sendo
transportado do fígado e se difunde passivamente a todos os compartimentos líquidos
do organismo (OLIVEIRA, 2004).
A uréia é excretada principalmente pelos rins, mas nem toda a uréia filtrada é
excretada na urina, devido a reabsorção passiva nos túbulos renais, a concentração
sérica de uréia é dependente da velocidade de filtração glomerular e alterações na
velocidade do fluxo urinário (OLIVEIRA, 2004).
A avaliação da função renal rotineiramente utiliza a dosagem de uréia no soro,
tendo pouca ou nenhuma toxicidade até que as concentrações no sangue excedam os
limites normais detectados pela falência renal (KANEKO et al., 1997). Este autor ainda
cita que uma grande variedade de alterações bioquímicas existentes no fluido
extracelular durante a falência renal suscita metabolismo celular anormal o qual é
manifestado com sinais urêmicos.
2.7.4. Albumina
A albumina é uma proteína de relativo baixo peso molecular e que contribui em
cerca de 75% para a pressão coloidosmótica plasmática, mesmo somando apenas 50%
da concentração protéica total do plasma. A albumina é sintetizada no fígado e sua
produção é regulada pela pressão osmótica e osmolaridade do espaço extravascular
intra-hepático. Depois é lançada à circulação, cumprindo um ciclo de meia vida de 16
horas, em que sai do espaço intravascular para o interstício, retornando através da
circulação linfática (VIEIRA et al., 2004).
A albumina não é armazenada no fígado. Ela é imediatamente excretada no
sistema linfático hepático ou nos sinusóides. A meia-vida da circulação da albumina é
de aproximadamente 16 horas (MARGANSON et al. 1998).
17
O fator primário que regula a ntese é a pressão osmótica e osmolaridade do
espaço extravascular intra-hepático (PIETRANGELO et al., 1992; YAMAUCHI et al.,
1992). Outros fatores que regulam a síntese são a disponibilidade de alguns
aminoácidos essenciais e hormônios (ROTHSCHILD et al., 1988; HUTSON et al.,
1987).
Uma das importantes funções da albumina é o seu papel na manutenção do
volume plasmático circulante, devido ao seu peso molecular relativamente baixo e ‘a
sua alta concentração (DOWEIKO et al., 1991).
2.7.5.Proteínas totais
As proteínas são compostos indispensáveis ‘a vida, representando a base da
estrutura de células, tecidos e órgãos. Funcionam como catalisadores enzimáticos nas
reações bioquímicas, carreadores de muitos constituintes do plasma e na defesa
orgânica como anticorpos (KANEKO et al., 1997).
A proteínas plasmáticas representam um grupo heterogêneo, de diferentes
pesos moleculares. Consistem basicamente albumina, globulinas e fibrinogênio
(COLES, 1986).
Alterações nos padrões das frações protéicas não são características de uma
doença em particular, mas podem trazer importantes informações diagnósticas, quando
usadas em conjunto com outros achados clínicos e laboratoriais (FELDMAN et al.,
2000).
2.8. Testes de Coagulação
A coagulação pode ser ativada pelas vias intrínseca, extrínseca e comum. A via
intrínseca é avaliada pelo tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPA); a via
intrínseca é avaliada pelo tempo de protombina (PTT), e a via comum pode ser avaliada
pelos dois parâmetros, TTPA e PTT (MEYER et al.,1995).
A integridade da cascata de coagulação é importante para a hemostasia perfeita
e a deficiência de qualquer um dos fatores da coagulação pode resultar em
18
hemorragias (GUYTON & HALL, 2002).
O sangramento espontâneo, de surgimento mais tardio, e de duração mais
prolongada, causando hematomas, hemartrose ou hemorragia nos tecidos profundos
ou cavidades corporais está ligado a distúrbios da formação do tampão hemostático
secundário, que ocorre em pacientes com deficiências de fatores da coagulação
(GREEN & THOMAS, 1997).
BIRCHARD & SHERDING (2003) afirmaram que as deficiências de fator de
coagulação tendem a causar sangramentos espontâneos no tórax, abdômen ou
músculos, predispondo a uma formação de hematocistos subcutâneos.
De acordo com MEYER et al, (1995), a infecção por rickettsia pode alterar a
hemostasia. Os três principais componentes da hemostasia são, a integridade vascular,
as plaquetas e a coagulação do sangue. Os mesmos autores relataram ainda que as
alterações dos fatores vasculares causam prejuízos à integridade do endotélio podendo
ocasionar descoloração cutânea difusa. Van- Lue et al, (2006) afirmaram que os testes
necessários para o estudo de parâmetros hemostáticos incluem os testes de Tempo de
Pro-trombina (TPT) e do Tempo de Tromboplastina parcial ativada (TTPA).
3.9. Diagnóstico
A doença é diagnosticada pelos sinais clínicos e hematológicos, demonstração
da mórula em monócitos periféricos e detecção de anticorpos para E. canis pela técnica
de imunofluorescência indireta de anticorpos (IFA). Nos EUA, a técnica de cultivo in
vitro é muito utilizada (RISTIC & HOLLAND, 1993). Também inclui isolação sorológica e
técnicas moleculares (INOKUMA et al., 2001).
ALMOSNY et al. (2002) afirmou que o diagnóstico laboratorial mais comum é
baseado na observação de mórulas em esfregaços de sangue periférico, feitos com a
primeira gota de sangue da ponta de orelha.
A mórula é encontrada principalmente durante a fase aguda da doença, porém a
dificuldade em encontrá-la limita o diagnóstico a 4% dos casos (BULLA et al., 2004). Os
mesmos autores citaram que foram encontrados 5,23% de infecções concomitantes
com Anaplasma platys e 2,63% com Babesia canis.
19
Uma vantagem do método de diagnóstico molecular sobre as outras técnicas é a
sensibilidade e especificidade na detecção do patógeno no sangue periférico ou no
vetor artrópode (INOKUMA et al., 2003).
Análise de materiais aspirados de pulmão, linfonodos e baço são descritos como
métodos poucos eficientes (IQBAL & RIKIHISA, 1994).
Segundo ALMOSNY et al. (2002), os Testes ELISA são utilizados no diagnóstico
de Rickettsiose subclínica ou crônica pela baixa freqüência de mórulas nestas fases.
20
3. MATERIAL E MÉTODOS
3.1. Amostragem
Foram utilizados 29 cães suspeitos de Erliquiose canina e 30 cães assintomáticos
(sadios), todos adultos (idade variando entre um e sete anos), sem definição de raça,
de ambos os sexos, domiciliados em Campos dos Goytacazes, RJ.
Foram divididos em três grupos
Suspeitos e positivos, composto de 29 animais, denominado grupo
SP;
Animais assintomáticos, composto de 30 animais, caracterizando o
grupo controle, denominado grupo C.
Todos os animais possuíram uma ficha clínica individual com seus dados e
possíveis alterações clínicas como no anexo (pág 52)
Foram considerados suspeitos os cães onde foram constatados pelo menos dois
sinais clínicos relacionados por KAKOMA et al. (2000): apatia, anorexia, emaciação,
letargia, sinais de depressão, febre, palidez de mucosas, ou sinais de distúrbios de
coagulação como epistaxe, petéquias, sufusões, melena, hematúria ou hifema.
A positividade para a doença foi definida a partir da avaliação do esfregaço
sangüíneo dos animais, ou seja, aqueles que apresentaram alterações clínicas e
formas reprodutivas da ordem Ricketsialles observadas ao exame laboratorial foram
incluídos no grupo SP.
21
Foram considerados assintomáticos os cães que foram avaliados e não
apresentaram nenhuma alteração clínica nem suspeita clínica evidente, portanto
clinicamente hígidos, todos triados na Veterinária São Francisco de Assis, no Município
de Campos dos Goytacazes, RJ, esses cães foram incluídos no grupo C.
3.2. Colheita de material e procedimento laboratorial
3.2.1. Pesquisa de hemocitozoários
Foi realizada pesquisa de hemocitozoários em esfregaço sangüíneo
confeccionado com uma gota de sangue periférico. As lâminas foram coradas
utilizando-se corante Panótico NEWPROV
e avaliadas à microscopia óptica, em
objetiva de imersão.
3.2.2. Colheita sangüínea para realização dos testes
Foram coletados 6ml de sangue total da veia cefálica de cada animal com a
utilização de agulha hipodérmica (25 x 7 mm) e seringas descartáveis (10 ml) e
distribuídos em 3 frascos:
Com anticoagulante EDTA para realização de hemograma em equipamento
automatizado da modelo MS4, marca Melet Schloesing Laboratoires;
Sem anticoagulante com gel separador de coágulo para realização de provas
bioquímicas séricas, onde foram mensurados os seguintes elementos:
Uréia, creatinina, fosfatase alcalina, alanina aminotransferase,
proteínas totais e albumina. A análise foi realizada em equipamento
semi-automatizado da marca Merck, modelo Microlab 200/Merck®,
com kits reagentes da marca LABTEST.;
Com citrato de sódio à 3,2% visando realização de testes de coagulação:
22
Tempo de Pro-trombina (APT Test);
Tempo de Tromboplastina parcial ativada (Soluplastin), ambos
utilizando kits da marca Wiener Lab
.
3.3. Análise Estatística.
Os resultados foram tabulados em “EXCEL”. Foram realizadas análises preliminares
das informações visando obter valores médios, desvios-padrão e coeficiente de
variação (SAS, 1996). Na avaliação final dos resultados referentes à bioquímica sérica
utilizou-se análise de variância, este teste foi realizado com o PROC GLM. As médias
referentes às outras análises realizadas foram comparadas pelo teste “t” ao 5% (SAS,
1996).
23
4. RESULTADOS
Os resultados dos exames realizados e a estatística descritiva dos elementos
estudados são demonstrados abaixo, nas tabelas 1, 2 e 3.
4.1. Pesquisa de Hematozoários
Os resultados das lâminas dos cães apresentaram estruturas com a seguinte
morfologia: mórula e/ou corpúsculo inicial, que podem ser Ehrlichia spp. e Anaplasma
spp., ocorrendo em infecções simples ou múltiplas.
4.2. Hemograma
Tabela 1 Análise descritiva (valores médios e desvios-padrão - X±DP) e comparação
estatística (p0,05) do hemograma de caninos assintomáticos (grupo C) e suspeitos
positivos (SP) para Erliquiose em Campos dos Goytacazes, RJ.
Grupo SP
n=29
x ± D.P
Grupo C
n=30
x ± D.P
Hematimetria
(X x 10
6
)
5,20 ± 1,33
A
6,45 ± 0,77
B
Volume globular
(%)
36,95 ± 10,59
A
44,63 ±4,35
B
24
Hemoglobinometria
(g/dL)
11,66 ± 3,09
A
15,02 ± 1,54
B
Volume Corpuscular Médio
(fL)
68,62 ± 5,75
A
69,55 ± 3,59
A
Concentração de Hemoglobina
Corpuscular Média
(%)
32,76±2,77
A
33,61 ± 1,13
A
Leucometria Global
9841,66 ± 9457,74
A
8890,00 ±2782,87
A
Eosinófilos
(valores absolutos)
331,74±335,49
A
699,63 ±855,01
A
Neutrófilos em bastão
(valores absolutos)
181,86±309,66
A
110,31±60,18
A
Neutrófilos segmentados
(valores absolutos)
7359,52±8114,41
A
6297,50±1999,03
A
Linfócitos
(valores absolutos)
1173,26±739,01
A
1466,26±732,72
A
Monócitos
(valores absolutos)
775,56±1133,37
A
414,30±285,19
A
Plaquetas
(x 10
3
/ µl )
140,0±99,0
A
277,0±91,9
B
Letras diferentes na mesma linha indicam diferença significativa.
4.3. Bioquímica sérica
Tabela 2 Análise descritiva (valores médios e desvios-padrão - X±DP) e comparação
estatística (p0,05) da bioquímica sérica de caninos assintomáticos (grupo C) e
suspeitos positivos (SP) para Erliquiose em Campos dos Goytacazes, RJ.
Grupo SP
n=29
x ± D.P
Grupo C
n=30
x ± D.P
Alanina aminotransferase
(UI/L)
66,72 ± 54,49
A
43,46 ± 30,19
B
Fosfatase alcalina
(UI/L)
45,23 ± 47,64
A
29,27 ± 44,93
B
Proteínas totais
(g/dl)
7,38 ± 1,61
A
7,42 ± 1,57
A
Albumina
(g/dl)
4,09 ± 2,97
A
4,00 ± 1,49
B
Uréia
(mg/dl)
51,00 ± 27,53
A
36,32 ± 23,85
B
Letras diferentes na mesma linha indicam diferença significativa.
25
4.4. Testes de coagulação
Tabela 3 Análise descritiva (valores médios e desvios-padrão = X±DP) e comparação
estatística (p0,05) do Tempo de Pro-trombina (TPT) e do Tempo de Tromboplastina
parcial ativada (TTPA) de caninos assintomáticos (grupo C) e suspeitos positivos (SP)
para Erliquiose em Campos dos Goytacazes, RJ.
Grupo SP
n=29
x ± D.P
Grupo C
n=30
x ± D.P
TTPA*
(segundos)
11,20 ± 2,46
A
9,07 ± 3,11
B
TPT**
(segundos)
25,72 ± 4,82
A
23,66 ± 4,82
A
Letras diferentes na mesma linha indicam diferença significativa.
* Tempo de tromboplastina parcial ativada
** Tempo de Pró-Trombina
26
5. DISCUSSÃO
5.1. Hemograma
Conforme mostra a Tabela 1, as médias obtidas na hematimetria, no volume
globular e na hemoglobinometria apresentaram diferença significativa entre os grupos
estudados.
Os resultados de acordo com a tabela 1 mostraram que na hematimetria o grupo
C apresentou uma média maior do que o grupo SP. o volume globular apresentou
diferença significativa somente entre o grupo C e o grupo SP, e a hemoglobinometria
não apresentou diferença entre o grupo C e o grupo SP.
De acordo com ALMOSNY (1998), em cães experimentalmente infectados, os
valores de Volume Globular, hematimetria e hemoglobinometria, apresentaram uma
redução bastante acentuada a partir da primeira semana, e em alguns animais, a
desidratação observada oculta os reais valores de volume globular devido ‘a
hemoconcentração, diferenciando do resultado apresentado neste estudo, além disso,
ALMOSNY et al., (2002) relataram ainda que a anemia, quando presente, geralmente é
arregenerativa, porém, a anemia pode ser regenerativa quando houver hemólise
concomitante como no caso de infecção com Babesia canis ou ocorrência de
hemorragia (NELSON & COUTO, 2001; BIRCHARD & SHERDING, 2003).
Os resultados de acordo com a tabela 1 mostram que não houve diferença
significativa entre os grupos estudados em relação ao volume corpuscular médio, a
27
concentração de hemoglobina corpuscular média, a leucometria global, eosinófilos,
neutrófilos em bastão e segmentados, linfócitos e monócitos. Apesar de não ter sido
encontrada diferença significativa nestes parâmetros, alguns autores descreveram
alterações leucocitárias importantes, segundo HARRUS et al.,(1997), a monocitose é
um achado freqüente e é um forte indicativo da possibilidade de uma erliquiose mesmo
antes da observação das mórulas, CODNER et al., (1985), afirmaram que a monocitose
nem sempre é observada em animais com erliquiose canina.
Contudo, BULLA et al., (2004) demonstraram que em 24% dos casos positivos o
número de monócitos se encontrou aumentado, em 64% dos casos os monócitos se
apresentaram normais, demonstrando que a alteração do número de monócitos ou a
ativação não são achados muitos freqüentes na fase aguda da doença. Com a indução
do seqüestro por mecanismos imunológicos ou utilização inflamatória, o número de
leucócitos pode ser diminuído.
Em poucos animais observa-se leucopenia durante a fase aguda, estando ela
presente na fase crônica da Erliquiose canina (ALMOSNY, 1998). Miranda et al. (2004)
estudaram 557 caninos do Município de Campos dos Goytacazes, RJ, encontrando 69
(12,4%) animais positivos em pesquisa de esfregaço sanguineo, observaram-se anemia
normocítica normocrômica, leucocitose neutrofilica com DNNE leve, linfopenia e
eosinopenia absolutas, as mesmas alterações foram descritas por Fajardo (2005), que
avaliando 1300 caninos suspeitos para a doença, constatou uma freqüência de 13%
(170 caninos) de positividade para a Erliquiose canina em Campos dos Goytacazes,
RJ, ressaltando a ocorrência de anemia normocítica normocrômica em 70 pacientes
caninos (41,2%).
Os resultados de acordo com a tabela 1 mostram que em relação as plaquetas,
houve diferença significativa entre o grupo C e o grupos SP, apresentando valor inferior
nos animais suspeitos, destarte, evidencia-se a trombocitopenia como um achado
hematológico comum, mesmo porque, ALMOSNY et al., (2002) descreveram que a
trombocitopenia que se desenvolve durante a fase aguda é atribuída ao decréscimo da
meia vida das plaquetas circulantes, o que pode ser caracterizado como um mecanismo
imunomediado (MEYER et al., 1995), entretanto, também foi demonstrada ausência de
trombocitopenia em alguns cães positivos (SMITH et al., 1975; PIERCE et al., 1977).
vale ressaltar que WANER et al. (1997) postularam que redução do número de
28
plaquetas, aumento do seu tamanho, e redução da contagem leucocitária e neutrofílica,
mas sem ultrapassagem do limite inferior referencial adotado pelo autor.
Mendonça et al. (2002) no Hospital Veterinário da Universidade Federal de
Uberlândia com 109 animais naturalmente infectados, houve uma grande amplitude de
variação nos valores dos constituintes do eritrograma e do leucograma, embora
inespecíficos, os pacientes apresentaram trombocitopenia, anemia arregenativa,
eosinopenia, desvio nuclear de neutrófilos à esquerda, estes autores afirmaram que a
amplitude das variações ocorreram pelos fatores inerentes a patogenicidade da cepa,
curso da infecção, resposta individual dos animais e a presença de agentes infecciosos
concomitantes, não obstante, em estudo feito por Faria et al. (2005) no Hospital
Veterinário da UNESP/ Jaboticabal com 31 animais suspeitos de erliquiose, todos
apresentaram trombocitopenia, 80% apresentaram anemia e 35% apresentaram
leucopenia.
Hooskins (1991) observou que cães com problemas hemorrágicos e com tempo
de sangramento prolongado são observados com freqüência, relatou ainda que o
prolongamento do tempo de sangramento ocorre por conta de trombocitopenia ou má
função plaquetária, além disso Ewing et al. (1966) e Almosny et al. (2002), em animais
que apresentaram leucopenia e trombocitopenia na fase aguda da doença,
descreveram que os tempos de coagulação e de protrombina estavam normais, já Neer
(1998), estudando animais com trombocitopenias, disfunção plaquetária e vasculite
(CODNER et al., 1985) percebeu que estes apresentaram distúrbios hemostáticos,
oftalmopatias e nefropatias, por conseguinte, Takahira et al. (2003), enfatizaram que a
trombocitopenia é o principal fator causador de distúrbios hemostáticos, lembrando que
na erliquiose importantes alterações morfológicas e funcionais nas plaquetas,
postulou ainda que eventos fisiológicos e bioquímicos envolvendo a dinâmica do fluxo
sanguineo, componentes do endotélio vascular, fatores de coagulação, plaquetas e os
mecanismos fibrinolíticos interagem para minimizar a perda de sangue e promover a
subseqüente reparação tecidual.
Na leucometria global Fajardo (2005) descreveu um caso de Leucocitose, 17
casos de leucopenia e 152 casos sem alteração na leucometria global, 38 animais
positivos, apresentaram eosinopenia relativa e absoluta, 42 apresentaram neutrofilia
relativa, Ocorreu leucocitose neutrofílica com DNNE leve e monocitose em 27 casos,
29
sendo 10 animais com monocitose relativa, 6 apresentando monocitose absoluta e 11
com monocitose relativa e absoluta, em 42 casos de monocitopenia, um foi de
monocitopenia absoluta, 14 de monocitopenia relativa e absoluta, e 27 caninos
apresentando monocitopenia relativa.
Miranda et al. (2004) estudaram 557 canídeos do Município de Campos dos
Goytacazes, RJ, encontrando 69 animais positivos em pesquisa de esfregaço
sanguineo, cerca de 12,4% dos animais. As principais alterações hematológicas
encontradas neste estudo foram: trombocitopenia, anemia normocítica normocrômica,
leucocitose neutrofilica com DNNE leve, linfopenia e eosinopenia absolutas.
Segundo Sainz et al. (2000), a erliquiose canina denominava-se Pancitopenia
Tropical Canina, tanto que nos resultados do autor 15% dos cães doentes
apresentaram uma queda na hematimetria, leucometria e plaquetometria.
Fajardo (2005) também observou Pancitopenia em 17 casos, ou seja, em 10%
dos animais positivos para a Erliquiose canina. A prevalência de 76,4%
trombocitopenia, 1,8% de Trombocitose e 21,8% de casos positivos sem alterações na
plaquetometria foi constatado por Fajardo (2005).
A pancitopenia, segundo HARRUS et al. (1997) é característica da fase crônica
da doença e é conseqüente a supressão de medula óssea observada.
5.2. Bioquímica Sérica
5.2.1.Avaliação Enzimática do Sistema hepatobiliar (ALT, FA)
Os resultados de acordo com a tabela 2 mostram que houve diferença
significativa entre os grupos SP e C em relação a ALT.
A elevação da atividade sérica da ALT indica dano hepático (ALMOSNY et al.,
2002), enquanto que a diminuição da concentração de albumina evidenciaria processo
inflamatório, que a mesma é caracterizada como uma proteína de fase aguda
negativa (KANEKO et al., 1997), quanto ao aumento da uréia é aceitável que essa
alteração seja de origem pré-renal, conseqüência da diminuição da perfusão renal e
30
certamente da velocidade de filtração glomerular (MEYER et al., 1995; LOPES et al.,
1996; KANEKO et al., 1997).
Na avaliação da atividade enzimática sérica, elevação da concentração da
alanina aminotransferase (ALT) e fosfatase alcalina nos animais suspeitos. As
atividades de ALT e fosfatase alcalina elevam-se de forma mais efetiva que AST.
Atividade de AST eleva-se mais tardiamente e os veis máximos são inferiores aos de
ALT na maioria dos cães. Em alguns animais, a elevação acentuada da atividade sérica
destas enzimas sugere lesão hepatocelular associada a lesão biliar (colestase)(MEYER
et al., 1995).
Os resultados de acordo com a tabela 2 mostram que houve diferença
significativa entre os grupos SP e C em relação a FA. A elevação da atividade de FA
sugere dano hepático. Porém, existem casos em que a atividade da enzima hepática,
assim como os níveis de uréia estão normais (TROY 1990).
Em infecção experimental, as atividades séricas de ALT, FA elevaram-se,
significativa e progressiva, entre a e a 10ª semana e decresceram até níveis
próximos aos da normalidade na 14ª semana (KANEKO 1977).
Em um estudo no Hospital Veterinário Governador Laudo Natel, da Universidade
Estadual Paulista UNESP, campus Jaboticabal (SOUSA et al., 2005), no período de
agosto a dezembro de 2001, com 9 cães divididos em 2 grupos, e a dosagem de ALT,
FA e creatinina séricas feitas antes e depois do tratamento da Erliquiose mostrou que
tais parâmetros bioquímicos encontravam-se dentro da faixa de normalidade.
5.2.2. Proteínas totais
Os resultados de acordo com a tabela 2 mostram que nas proteínas totais entre o
grupo SP e C não houve diferença significativa. Entre os Grupos SP e SN ocorreu
diferença significativa entre proteínas totais.
Inicialmente a hiperproteinemia é relativa a hipergamaglobulinemia devido a
nutrição, causa renal, doença hepática associada e devido ao edema secundário a
vasculite (HOOSKINS, 1991).
A mensuração de proteínas séricas totais é importante, observa-se no início da
doença uma hiperproteinemia devido a uma hipergamaglobulinemia responsiva à
31
inoculação do hemoparasita no hospedeiro, posteriormente ocorre uma hipoalbunemia
devido à má nutrição, possível disfunção renal ou ainda devido à doença hepática
associada, o que suscita processos edematosos (MEYER et al., 1995).
A concentração plasmática de proteínas é o maior determinante do aumento da
viscosidade. A hiperproteinemia também esta relacionada ‘a redução da função
plaquetária (ALMOSNY et al, 2002).
5.2.3. Albumina
Os resultados de acordo com a tabela 2 mostram que houve diferença
significativa entre os grupos SP e C em relação a albumina.
A concentração media de albumina foi significativamente baixa quando
comparados nos grupos de animais doentes ou não com o grupo controle do estudo de
HARRUS et al., (1996), não tendo diferença significativa mesmo em animais que se
encontram muitos debilitados (ALMOSNY, 2002)
A hipoalbuminemia vista no estudo de HARRUS et al., (1996), pode ser
conseqüência de outros fatores, como anorexia e outras doenças associadas,
CODNER et al., (1992) relataram albuminuria transitória durante a fase aguda de
ehrliquiose em 6 beagles experimentalmente infectados.
Uma diminuição na concentração sérica da albumina pode atuar como um
mecanismo compensatório para manter o estado hiperglobulinemico em ordem da
pressão oncótica e prevenir inclusive a viscosidade do sangue (WOODY & HOSKINS,
1991)
A hipoalbuminemia em pacientes criticamente doentes (pacientes críticos) está
mais freqüentemente relacionada a um aumento da permeabilidade capilar e alteração
da distribuição da albumina. Nesses pacientes a síntese de albumina está aumentada
em comparação a adultos saudáveis, mas a correlação entre pressão coloidosmótica e
níveis de albumina sérica é baixa. Isso pode explicar porque a suplementação de
albumina para o tratamento de hipoalbuminemia apenas é ineficaz (VIEIRA et al., 2004)
Segundo BULA et al. (2004) 54% dos animais acometidos com a Erliquiose
canina apresentaram hipoproteinemia. Este achado pode estar associado ‘a
32
concentração de albumina diminuída, provavelmente causada pela diminuição de
ingestão alimentar e/ou pela perda por hemorragia, ou ainda, pela perda da urina.
5.2.4. Uréia
Os resultados de acordo com a tabela 2 mostram que houve diferença
significativa entre os grupos SP e C em relação a uréia.
Os testes de função renal podem ser usados para monitorar o avanço da
erliquiose canina, rotineiramente mensuram-se uréia (MEYER et al., 1995; LOPES et
al., 1996; KANEKO et al., 1997). Nesta doença, na fase aguda, é possível verificar
elevação na concentração sérica da uréia, devido ao dano glomerular
(MEYER et al.,
1995).
Na fase aguda, elevações séricas dos valores de uréia, é atribuídas a azotemia
pré-renal, pois a densidade elevada seria um indicativo de habilidade em concentrar
líquidos (HOSKINS, 1991).
Não são raros os casos de erliquiose em animais nos quais os valores de uréia
estão dentro dos parâmetros de normalidade (ALMOSNY et al., 2002)
Os casos de elevação acentuadas de uréia estão relacionadas a casos
avançados na erliquiose crônica. As lesões renais agudas caracterizam-se,
primeiramente, por proteinúria (KANEKO, 1977).
5.3. Testes de coagulação
Os resultados de acordo com a tabela 3 mostram que as médias obtidas no
TTPA apresentaram diferença significativa entre o grupo C e o grupo SP, sendo menor
no grupo controle, formado por cães assintomáticos, o que sugere a caracterização
laboratorial da doença (HOSKINS, 1991), não houve diferença significativa em relação
ao TPT, neste, quando os valores são confrontados com aqueles descritos por Kaneko
(1997) e Lopes (2005), os mesmos apresentam-se elevados, certamente, que se
valorizar a caracterização regional dos grupos estudados (GREENE et al, 1981;
DUNCAN et al, 1994; MONCE et al, 1995; TSENG, 2001).
33
No Estudo realizado por Lopes et al. (2005) foram utilizados 40 cães
clinicamente sadios, sem raça definida, machos ou fêmeas, de diferentes idades. Da
cidade de Santa Maria, RS. Os resultados obtidos das médias foram de 6,87 ± 1,4
segundos para TP e 15,10 ± 1,6 segundos para TTPa. Os valores de tempo de
protombina e de tempo de tromboplastina parcial ativada obtidos no trabalho podem ser
utilizados como referência na região e no Brasil. Os autores ressaltaram que os
reagentes humanos utilizados no estudo podem ser empregados para o plasma de
cães, diante da inexistência destes reagentes específicos para uso veterinário.
Hooskins (1991) observou que cães portadores de erliquiose freqüentemente
apresentam problemas hemorrágicos e tempo de sangramento prolongado, relatou
ainda que o prolongamento do tempo de sangramento ocorre por conta de
trombocitopenia ou função plaquetária, Neer (1998), estudando animais
trombocitopênicos, com disfunção plaquetária e vasculite (CODNER et al., 1985)
percebeu que estes apresentaram distúrbios hemostáticos, oftalmopatias e nefropatias,
Takahira et al. (2003), enfatizaram que a trombocitopenia é o principal fator causador
de distúrbios hemostáticos, lembrando inclusive que na erliquiose importantes
alterações morfológicas e funcionais nas plaquetas, postularam ainda que eventos
fisiológicos e bioquímicos envolvendo a dinâmica do fluxo sanguineo, componentes do
endotélio vascular, fatores de coagulação, plaquetas e os mecanismos fibrinolíticos
interagem para minimizar a perda de sangue e promover a subseqüente reparação
tecidual, todavia, também foi demonstrada ausência de trombocitopenia em alguns
cães positivos (SMITH et al., 1975; PIERCE et al., 1977), além disso, Ewing et al.
(1996) e Almosny et al. (2002), relataram que animais leucopênicos e
trombocitopênicos na fase aguda da doença, podem apresentar tempos de coagulação
e de protrombina normais
34
6. CONCLUSÕES
A avaliação hematológica de pacientes caninos, em Campos dos Goytacazes,
RJ, suspeitos ou positivos para Ehrlichia spp e Anaplasma spp, evidenciou alterações
eritrocitárias e plaquetárias, sendo capaz de sedimentar a avaliação clínica, prognóstica
e terapêutica.
A avaliação laboratorial referente a observação da capacidade hemostática de
pacientes caninos, em Campos dos Goytacazes, RJ, suspeitos ou positivos para
Ehrlichia spp e Anaplasma spp demonstra eficácia na triagem clínica destes pacientes.
A observação laboratorial bioquímica sérica em pacientes caninos, em Campos
dos Goytacazes, RJ, suspeitos ou positivos para Ehrlichia spp e Anaplasma spp deve
ser encarada como uma ferramenta diagnóstica complementar fundamental,
possibilitando evidenciar lesões em sistemas e/ou órgãos fundamentais para a
manutenção da homeostase.
35
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALLSOPP, M.T.E.; ALSOPP, B.A. (2001).Novel Ehrlichia genotype detected in dogs in
South África. J. Clin. Microbiol., Washington, v. 39, p.4204-4207,.
ALMOSNY, N.R.P. (1998). Ehrlichia canis (DONATIEN & LESTOQUARD, 1935):
Avaliação Parasitológica, Hematológica e bioquímica Sérica da fase Aguda de Cães
e Gatos Experimentalmente Infectados. U.F.R.R.J. , Faculdade de Medicina
Veterinária, Rio de Janeiro -Tese de Doutorado, p.202,.
ALMOSNY, N.R.P.; MASSARD, C. L., (2002). Erliquiose em pequenos animais
domésticos e como zoonose. Rio de Janeiro. L. F. Livros de Veterinária Ltda. p.174.
AMARAL A.S.; GASPAR L.F.J.; HENNEMANN C.R.A. (1996). Valores de Referência de
Constituintes Bioquímicos Séricos para Cães da Região de Santa Maria, RS.
Uruguaiana: Revista Fac. Zootec. Vet. Agro. 2(1):81-86.
ARRAGA-ALVARADO, C.; MONTERO-OJEDA, M.; BERNARDONI, A.; ANDERSON,
B.E. & PARRA, O. (1996). Human ehrlichiosis: report of the 1
st
case in Venezuela.
Investigative clinic. V.37, n.1, p.35-49.
36
BATT R.M.; MCLEAN L.; CARTER N.W. (1987). Sequential morphologic and
biochemical studies of naturally occurring wheat-sensitive enteropathy in Irish setter
dogs. Dig Dis Sci. 32(2):184-94.
BEAUFILS, J.; MARTIN-GRANEL, J.; JUMELLE, P. (1995). Intérêt des corps d’inclusion
dans le diagnostic cytologique de l’ehrlichiose canine. Bull. Acad. Vet. De France.,
Paris, v.68, p.57-62.
BIRCHARD, S. J. & SHERDING, R. G., (2003). Manual Saunders - Clínica de Pequenos
Animais. São Paulo. Roca. p.1591.
BREITSCHWERDT, E. B; HEGARTY, B. C. & HANCOCK, S.I., (1997). Doxycycline
hyclate treatment of experimental canine ehrlichiosis followed by challenge
inoculation with two Ehrlichia canis strains. American Society for Microbiology, v.42,
(2), p.362-368.
BROUQUI, P.; DAVOUST, B.; HADDAD, S.; VIDOR, E.; RAOULT, D., (1991).
Serological evaluation of Ehrlichia canis infection in military dogs in Africa and
Reunion Island. Vet. Microbiol. v.26, p. 103-105.
BUHLES Jr., W.C.; HUXSOLL, D.L.; HILDEBRANT, P.K. (1975). Tropical canine
pancytopenia: role of aplastic anemia in the pathogenesis of severe disease. J.
Comp. Pathol., Edinburgh, v.85, p.511-521.
BULLA, C. (2003). Contagem de plaquetas como um teste de triagem para o
diagnóstico da infecção por Ehrlichia canis. Dissertação ( Mestrado em Medicina
Veterinária) Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Medicina Veterinária e
Zootecnia, Botucatu, p. 65.
BULLA, C.; TAKAHIRA, R. K.; PAPAROTTO, T.; LANGRAFE, L.; PAES, P. R. O.;
LOPES, R. S., (2004). Fase aguda da Ehrlichiose monocítica canina: um estudo
37
restrospectivo de 10 anos. Medvep Revista Científica de Medicina Veterinária,
pequenos animais; v.2 (6). p. 82-85.
BURGHEN, G.A.; BEISEL, W.R.; WALKER, J.S.; NIMS, R.N.; HUXSOLL, D.L.;
HILDEBRANDT, P.K. (1971). Development of hypergammaglobulinemia in Tropical
Canine Pancytopenia. Am. J. Vet. Res., Schaumburg, v. 32, p. 749-759.
CAMPBELL, H.F.; KELLY, P.J.; MATHEWMAN, L.A.; AHOU, R.; MASON, P.R. (1994).
Comparison of the dot-blot enzyme linked immunoassay with immunofluorescence
for detecting antibodies to Ehrlichia canis. Vet. Rec., London, v.135, p.362.
CARRILLO, B.J.; RESENDE, H.E.B. & MASSARD, C.L., (1976). Erliquiose canina no
Estado do Rio de Janeiro, Brasil. XV Congresso Brasileiro de medicina Veterinária.
Rio de Janeiro. Anais. p. 162.
CASTRO, M.B. (1997). Avaliação das alterações hematológicas, imunológicas e
anatomopatológicas na infecção aguda experimental de cães por Ehrlichia canis (
Donatien & Lestoquard, 1935) moshkovsky, 1945. Dissertação ( Mestrado em
Medicina Veterinária ) Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências
Agrárias e Veterinárias, Jaboticabal, p.67.
CASTRO, M.B.; MACHADO, R.Z.; AQUINO, L.P.C.T.; ALESSI, A.C.; COSTA, M.T.,
(2003). Experimental acute canine monocytic ehrlichiosis: clinicopathological and
immunopathological findings. Veterinary Parasitology. v. 119, p. 73-86.
CENTER, S.A.; HORNBUCKLE, W.E.; HOSKINS, J.D (1993). O Figado e o Pancreas.
In: HOSKINS J.D. (ed.) Pediatria veterinária: cães e agtos até 6 meses de idade. 1
ed. São Paulo: Editora Manole, p.223-227.
CODNER, E.C.; ROBERTS, R.E.; AINSWORTH, A.G. (1985). Atypical finding in 16
cases of canine ehlichiosis. J. Am. Vet. Med. Assoc., Schaumburg, v.186, p. 166-
169.
38
CODNER, E.C.: FARRIS-SMITH, L.L. (1986). Characterization of the subclinical phase
of ehrlichiose in dogs. J.Am. Vet. Med. Assoc., Schaumburg, v.189, p.47-50.
COSTA, J.O.; BATISTA Jr, J.A.; SILVA, M & GUIMARÃES, M. P., (1973). Ehrlichia
canis infection in dog in Belo Horizonte - Brazil. Arquivos da Escola Veterinária, v.
25, (2): p. 199-200.
DAGNONE, A.S.; MORAIS, H.S.A.; VIDOTTO, M.C; JOJIMA, F.S.;VIDOTTO, O.,
(2003). Ehrlichiosis in anemic, thrombocytopenic, or tick – infested dogs from a
hospital population in South Brazil. Veterinary Parasitology. v.117, p. 285-290.
DAVOUST, B.; BROUQUI, P.; RAFFI, A.; RAOULT, D. (1990). L’erlichiose Canine dans
les chenils militaries du Sud-Est: ‘a propos de 14 cas. Point Vet., Maison Alfort, v.21,
p.63-67.
DAVOUST, B. (1993). L’erlichiose Canine. Point Vet., Maison Alfort, v.25, p.43-51.
DOWEIKO J.P.; NOMPLEGGI D.J., (1991). Role of albumin in human physiology and
pathophysiology. JPEN vol 15(2):207-11.
DUMLER, J.S.; BARBET, A.F.; BEKKER,C.P.J.; DASCH,G.A.; PALMER,G.H.;
RAY,S.C.; RIKIHISA,Y., (2001). Reorganization of genera in the families
Rickettsiaceae and Anaplasmataceae in the order Rickettsiales: unification of some
species of Ehrlichia with Neorickettsia, descriptions of six new species combinations
and designations of Ehrlichia equi and ‘’HGE agent’’ as subjective synonyms of
Ehrlichia phagocytophyla. International journal of systematic and evolutionary
microbiology. v. 51, p 2145-2165.
DUNCAN, J.R., et al. (1994).Quality control, test validity, and reference values. In:____.
Veterinary laboratory medicine-clinical pathology. 3.ed. Iowa: Iowa state University,
1994. Cap. 13, p.229-234.
39
EWING, S.A; BUCKNER, R.G. (1965). Manifestation of babesiosis, ehrlichiosis, and
combined infections in the dogs. Am. J. Vet. Res., Schaumburg, v.26, p. 815-828.
EWING, S.A; & PHILIP, C.B., (1966). Ehrlichia - Like Rickettsiosis in dog in Oklahoma
and its relations to Neorickettsia helminthoeca. American Journal of Veterinary
Association, v.27, (116): p. 67-69.
EWING, S.A; DAWSON, J.E.; PANCIERA, R.J; MATHEW, J.S; PRATT, K.W;
KATAVOLOS, P & TELFORD, S.R., (1996). Dogs infected with a human granulocitic
Ehrlichia spp. (Rickettsiales: Ehrlichieae).Med Entomol. v.34, (6), p.710-718.
FAJARDO, H. V. (2005). Aspectos hematológicos das rickettsioses caninas
diagnosticadas na cidade de Campos dos Goytacazes, RJ. Monografia Campos
dos Goytacazes RJ, Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro
UENF, p.49.
FELDMAN, B.V.; ZINK, J.G. & JAIN, N.C. (2000). Schalm’s veterinary hematology. 5 ed.
Philadelphia. Lippincott Willians & Wilkins. 1344p.
FRANK, J.R.; BREITSCHWERDT, E.B. (1999). A retrospective study of ehrlichiosis in
62 dogs from North Carolina and Virginia. J. Vet. Intern. Med., Philadelphia, v.13,
p.194-201.
FRENCH, T.W & HARVEY, J.W. (1993). Serologic diagnosis of infections cyclic
thrombocytopenia in dogs using an indirect fluorescent antibody test. American
Journal of Veterinary Research, v.44, n.12: p. 2407-2411.
FUKUDA S., KAWASHIMA N., IIDA H., AOKI J., TOKITA K. (1989). Age dependency of
hematological values and concentration of serum biochemical constituents in normal
Beagles from 1 to 14 years of age. Japonese Journal of veterinary Science 51, p.
636-641.
40
GELLA, J. (1994). Enzimologia clínica. In: SASTRE, F. G. (ed) Bioquímica clínica.
Barcelona: barcanova, p.113-124.
GONZALES F.H.D., CARVALHO V., MOLLER V.A. & DUARTE F.R. (2001). Perfil
Bioquímico sanguineo de cães e gatos na cidade de Porto Alegre, Rio Grande do
Sul, Brasil. Arq. Fac. Vet. UFRGS, 29:p.1-6.
GREENE, C.E. et al. (1981). Coagulation studies of plasmas from healthy domesticated
animals and persons. Am. J. Vet. Res. V.42, n. 12, p. 2170-2177.
GROVES,M.G.; DENNIS,G.L.; AMYX,H.L. & HUXSOLL,D.L., (1975). Transmission of
Ehrlichia canis to dogs by Tics (Rhipicephalus sanguineus) Am. J. Vet. Res. v.36,(7).
p.937- 941.
HARRUS, S ; WANER, T.; AVIDAR, Y.; BOGIN, E.; PEH, H.; BARK, H., (1996). Serum
protein alterations in canine ehrlichiosis. Veterinary Parasitology. v.66, p. 241-249.
HARRUS, S ; WANER, T.; AIZENBERG, I.; FOLEY, J. E.; POLAND, A. M.; BARK, H.,
(1997). Amplification of Ehrlichial DNA from dogs 34 months after infection with
Ehrlichia canis. Journal of Clinical Microbiology. v.36, (1), p. 73-76.
HARRUS, S ; WANER, T.; BARK, H. (1997). Canine monocytic ehrlichiosis: an update.
Compend. Contin. Educ. Pract. Vet., Priceton Junction, v. 19, p. 431-447.
HARRUS, S ; WANER, T.; AIZENBERG, I.; BARK, H., (1998). Therapeutic effect of
doxycycline in experimental subclinical Canine Monocytic Ehrlichiosis: evaluation of
a 6-week course. Journal of Clinical Microbiology. v.36, (7), p. 2140-2142.
HARRUS, S ; WANER, T.; BARK, H.; JONGEJAN, F.; CORNELISSEN, A.W.C.A.
(1999). Recents advances in determining the pathogenesis of canine monocytic
ehrlichiosis. J. Clin. Microbiol., Washington, v. 37, p.2745-2749.
41
HARRUS, S ; WANER, T.; AYALI, D. S.; BARK, H.; JONGEJAN, F.; HECHT, G.;
BANETH, G., (2001). Dynamics of IgG1 and IgG2 subclass response in dogs
naturally and experimentally infected with Ehrlichia canis. Veterinary Parasitology. v.
99, p. 63-71.
HARVEY, J.W; SIMPSON, C.F.; GASKIN, J.M., (1978). Cyclic thombocitopenia induced
by a Rickettsia like agent in dogs. Journal Infectious Disease, v. 137, (2), p. 182-188.
HILDEBRANDT, P. K.; CONROY, J. D.; MCKEE, A. E.; NYINDO, M. B. A.; HUXSOLL,
D. L., (1972). Ultrastructure of Ehrlichia canis. J. Clin. Microbiol. v. 7, (2), p. 265-271.
HOILIEN, C. A.; RISTIC, M.; HUXSOLL, D.L.;RAPMUND, G., (1981). Rickettsia
sennetsu in human bloodmonocyte cultures: Similarities to the browth cycle of
Ehrlichia canis. Infection and Immunity. v. 35, (1), p. 314-319.
HOSKINS, J.D.; BARTA, O& ROTHSCHMITT, J. (1983). Serum hiperviscosity
syndrome associated with Ehrlichia canis infection in a dog. Journal of the American
Veterinary Medical Association, v. 183, n.9, p.1011-1013.
HOSKINS, J.D. (1991). Tick-Borne Zoonoses: Lyme Disease, Ehrlichiosis, and Rocky
Montain Spotted Fever. Small Anim. v. 6, (3), p.236-243.
HUANG, H.; UNVER, A.; PEREZ, M.J.; ORELLANA, N.G.; RIKIHISA, Y. (2005).
Prevalence and molecular análisis of Anaplasma Platys in dogs in Lara, Venezuela.
Brazilian Journal of Microbiology v. 36, p. 211-216.
HUTSON S.M.; STINSON-FISHER C.; SHIMAN R.; JEFFERSON L.S. (1987).
Regulation of albumin synthesis by hormones and amino acids in primary cultures of
rat hepatocytes. Am J Physiol , vol.252, p.291– 298.
42
HUXSOLL, D. L., HILDEBRANDT, P. K.; NIMS, R.M.; FERGUNSON, J.A.; WALKER,
J.S. (1969). Ehrlichia canis. The causative agent of a hemorrhagic disease of dogs.
Vet. Rec., London, v. 85, p. 587.
HUXSOLL, D. L., HILDEBRANDT, P. K.; NIMS, R.M.; WALKER, J.S. (1970). Ehrlichia
canis. Tropical Canine Pancytopenia. J. Am. Vet. Med. Assoc. v. 157, p.1627-1632.
HUXSOLL, D. L.: AMYX, H.L.; HEMELT, I.E.; HILDEBRANDT, P. K.; NIMS, R.M.;
GOCHENOUR Jr., W.S. (1972). Laboratory studies of tropical canine pancytopenia.
Exp. Parasitol., San Diego, v. 31, p. 53-59.
HUXSOLL, D.L., (1976). Canine Ehrlichiosis (Tropical canine Pancytopenia) : A Review.
Veterinary Parasitology, v. 2, p. 49-60.
INOKUMA, H.;OHNO, K.; ONISHI, T., (2000). Is the detection of anti- Rhipicephalus
sanguineus (Rs24p) antibodies a valuable epidemiological tool of tick infestation in
dogs? Vet. Res. v. 31, Short note, p. 365-369.
INOKUMA, H.; RAOULT, D.; BROUQUI, P., (2000). Detection of Ehrlichia platys DNA in
brown dog ticks ( Rhipicephalus sanguineus ) in Okinawa Island, Japan. Journal of
Clinical Microbiology, v. 38, (11) p. 4219-4221.
INOKUMA, H.; BROUQUI, P..; DRANCOURT, M.; RAOULT, D., (2001). Citrate
synthase gene sequence: a new toll for phylogenetic analysis and identification of
Ehrlichia. Journal of Clinical Microbiology , v. 39, (9), p. 3031-3039.
INOKUMA, H.; FUJII, K.; MATSUMOTO, K.; OKUDA, M.; NAKAGOME, K.; KOSUGI, R.;
HIRAKAWA, M.; ONISHI, T., (2002). Demonstration of Anaplasma (Ehrlichia) platys
inclusions in peripheral blood platelets of a dog in Japan. Veterinary Parasitology. v.
110, p. 145-152.
43
INOKUMA, H.;FUJII, K.; OKUDA, M.; ONISHI, T.; BEAUFILS, J. P.; RAOULT, D.;
BROUQUI, P., (2002). Determination of the nucleotide sequences of heat shock
operon groESL and the citrate synthase gene (gltA) of Anaplasma (Ehrlichia) platys
for phylogenetic and diagnostic studies. Clinical and Diagnostic Laboratory
Immunology. v. 9, (5), p. 1132-1136.
INOKUMA, H.; BEPPU, T.; OKUDA, M.; SHIMATA, Y.; SAKATA, Y., (2003).
Epidemological survey of Anaplasma platys and Ehrlichia canis using ticks collected
from dogs in Japan. Veterinary Parasitology. v .115, p. 343–348
IQBAL, Z. & RIKIHISA., (1994). Reisolation of ehrlichia canis from blood and tissues of
dogs after doxycycline treatment. J. Clin. Microbiol, v. 32, (7), p. 1644-1649.
KAKOMA, I.; SAINZ, A.; TESOURO, M.; AMUSATEGUI, I.; KIM, C.; BIGGERSTAFF, J.;
McPEAK, J.; LEVY, M.G. (2000). Standardization of the diagnostic criteria for canine
ehrlichiosis: towards a universal case definition. Ann. N. Y. Acad. Sc., New York, v.
916, p. 396-403.
KANEKO J.J., HARVEY J.W., BRUSS M.L. (1997). Clinical Biochemistry of Domestic
Animals. 5 ed. San Diego: Academic Press, p. 932.
KEEFE, T.J.; HOLLAND, C.J.; SALYER, P.E.; RISTIC, M. (1982). Distribution of
Ehrlichia canis among military working dogs in the world and selected civilian dogs in
the United State. J. Am. Vet. Med. Ass., Schaumburg, v. 181, p. 236-238.
KELLER P. (1981). Enzyme activities in the dog: tissue analysis, plasma values and
intracellular distribution. American Journal of Veterinary Research v. 42, 575-582.
KEYSARY, A.; WANER, T.; ROSNER, M.; WARNER, C.K.; DAWSON, J.E.; ZASS, R.;
BIGGIE, K.L.; HARRUS, S. (1996). The First isolation, in vitro propagation, and
44
genetic characterization of ehrlichia canis in Israel. Vet Parasitol., Amsterdam, v. 62,
p. 331-340.
KRAMER, J.W.; HOFFMANN, W.E. (1997) Clinical enzymology. In: KANEKO, J.J.:
HARVEY J.W., BRUSS M.L. (1997). Clinical Biochemistry of Domestic Animals. 5
ed. San Diego: Academic Press, v. 12, p.303-325.
LABARTHE, N.; CAMPOS PEREIRA, M. de; BALBARINI, O.; McKEE, W.; COIMBRA,
C.A.; HOSKINS, J. (2003). Serologic prevalence of Dirofilaria immitis, Ehrlichia canis,
and Borrelia burgdorferi infections in Brazil. Vet Ther., Trenton, v. 4, p. 67-75.
LEWIS Jr., G.E.; RISTIC, M.; SMITH, R.D.; LINCOLN, T.; STEPHENSON, E.H. (1977).
The brown dog tick Rhipicephalus sanguineus and the dog as experimental hosts of
Ehrlichia canis. Am. J. Vet. Res., Schaumburg, v. 38, p. 1953-1955.
LOPES, S.T.A.; CUNHA, C.M.S.; BIONDO, A.W.; FAN, L.C. (1996) Patologia Clínica.
UFSM, Santa Maria, p.160.
LOPES S.T.A.; EMANUELLI M.P.; SCHMIDT C.; RAISER A. G.; MAZZANTI A.; ALVES
A.S. (2005). Valores de Referência do Tempo de Protombina (TP) e Tempo de
Tromboplastina Parcial Ativada (TTPa) em cães. Ciência Rural, Santa Maria, v.35, n.
2. p. 381-384.
LOVERING, S.L.; PIERCE, K.R.; ADAMS, L.G. (1980). Serum complement and blood
platelets adhesiveness in acute canine ehrlichiosis. Am. J. Vet. Res., Schaumburg, v.
41, p. 1266-1271.
LUMSDEN J.H. & JACOBS R.M. (1989). Clinical chemistry: in-clinic analysis, quality
control, references values and system selection. Veterinary Clinics of North America:
Small Animal Pratice 19, p. 875-897.
45
MARGARSON M.P., SONI N. (1998). Serum albumin: touchstone or totem?
Anaesthesia 53(8), p.789-897.
MATSUZAWA T., NOMURA M., UNNO T. (1993). Clinical pathology reference ranges of
laboratory animals. Japonese journal of veterinary Science, v. 55, p. 351-362.
MATTHEWMANN, L.A.; KELLY, P.J.; BOBADE, P.A.; TAGWIRA, M.; MASON, P.R.;
MAJOK, A.; BROUQUI, P.; RAOULT, D. (1993). Infections with Babesia canis and
Ehrlichia canis in dogs in Zimbabwe. Vet. Rec., London, v. 133, p. 344-346.
MCBRIDE, J. W; CORSTVET, R. E.; GAUNT, S.D.; BOUDREAUX, C.; GUEDRY, T.;
WALKER, D. H., (2003). Kinetics of antibodies response to Ehrlichia canis
immunoreactive proteins. J. Clin. Microbiol. v.71, (5), p. 2516-2524.
McDADE, J. E, (1990). Ehrlichiosis - A disease of Animals and Humans. J. Inf. Dis.
v.161: p. 609-617.
MEYER, D.; COLES, H. E.; RICH, L.J., (1992). Hepatic test abnormalities In: Veterinary
Laboratory Medicine. Philadelphia: W.B. Saunders, p. 55-70.
MEYER, D.; COLES, H. E.; RICH, L. J., (1995). Medicina de Laboratório Veterinária:
interpretação e diagnóstico. São Paulo. ROCA, p.308.
MIRANDA, F. J. B.; FAJARDO, H. V.; ALBERNAZ, A. P.; MELO Jr., O. A.; MACHADO,
J. A., (2004). Abordagem hematológica de canídeos portadores de Erliquiose canina
no município de Campos dos Goytacazes, RJ. Anais do XIII Congresso Brasileiro de
Parasitologia Veterinária e I Simpósio Latino-Americano de Rickettsioses. Revista
Brasileira de Parasitologia Veterinária. v. 13 p. 396.
MONCE, K.A. et al. (1995). Evaluation of a commercially available prothorombin time
assay kit for use in dogs and cats. J. Am. Vet. Med. Assoc. v.207, p.581-584.
46
MOTTA V.T. (2000). Bioquímica clínica: Princípio e Interpretação. Porto Alegre: Ed.
Médica Missou, p. 234-246.
MORAIS, H.A.; HOSKINS, J.; ALMOSNY, N.R.P.; LABARTHE, N. (2002). Erliquiose In:
CONGRESSO ESTADUAL DE CLÍNICOS VETERINÁRIOS DE PEQUENOS
ANIMAIS DO RIO DE JANEIRO, v.4., Rio de Janeiro. Resumos, Anclivepa.
NEER, T.M. (1998) Erlichiosis: Canine Monocytic and granulocytic ehrlichiosis. In:
GREENE, C.E. (Org.). Infectious diseases of the dog and cat. 2nd ed. Philadelphia:
W. b. Saunders., p. 139-154.
NELSON R.W., COUTO C.G., 2001. Medicina Interna de Pequenos Animais. 2 ed. Rio
de Janeiro: Guanabara Koogan. p.377-404, e p.453-479.
NYINDO, M.B.A.; RISTIC, M.; HUXSOLL, D.L. & SMITH, A.R. (1971). Tropical canine
pancytopenia: In vitro cultivation of the causative agent-Ehrlichia canis. American
Journal of Veterrinary Research, v.32, n.11, p. 1651-1658.
OLIVEIRA S.T. (2004). Alterações de Compostos Nitrogenados Nçao-Proteicos em
Cães e gatos; www6.ufrgs.br/bioquímica/posgrad/TMAD/alterações –nnp.pdf. em
06/02/06, página mantida pela UFRGS.
PAES, P. R. (1995). Ehrlichiose canina: Avaliação hematológica e ocorrência nas
cidades do Rio de Janeiro e Niterói. UFF. Monografia da disciplina de estágio
supervisionado apresentada ao curso de graduação em Medicina Veterinária da
Universidade Federal Fluminense,53 p.
47
PAYNE J.M. & PAYNE S. (1987). The Metabolic Profile Test. New York: Oxford
University Press, 179p.
PIERCE, K.R; MARS, G.E.; HIGHTOWER, D. (1977).Acute canine ehrlichiosis: platelet
survival and factor 3 assay. Am. J. Vet. Res., Schaumburg, v. 5, p. 185-198.
PIETRANGELO A, PANDURO A, CHOWDHURY JR, SHAFRITZ DA. (1992). Albumin
gene expression is downregulatedby albumin or macromolecule infusion in the rat. J
Clin Invest vol.89(6) p.1755–60.
PRICE, J.E.; SAYER, P.D.; DOLAN, T.T. (1987). Improved clinical approach to the
diagnosis of canine ehrlichiosis. Trop. Anim. Hlth. Pord., Edinburgh, v. 19, p. 1-8.
RIKIHISA,Y.; EWING, S. A.; FOX, J. C.; SIREGAR, A. G.; PASARIBU, F. H.; MALOLE,
M.B., (1991). Analyses of Ehrlichia canis and a canine granulocytic Ehrlichia
infection. J. Clin. Microbiol, v.30, (1), p. 143-148.
RIKIHISA,Y.; YAMOTO, S.; KWAK, I.; IQBAL, Z.; KOCIBA, G.; MOTT, J.;
CHICHANASIRIWITHAYA, W. (1994). C-reative protein and α 1-acid glycoprotein
levels in dogs infected with Ehrlichia canis. J. Clin. Microbiol, v.32, (1), p. 912-917.
RISTIC, M. & HUXSOLL, D.L. (1984). Tribe EHRLICHIAE (Philip, 1957). In: Bergey’s
Manual of Systematic Bacterology, 1:p. 704-709.
RISTIC, M.; HOLLAND, C.J. (1993). Canine ehrlichiosis. In: Woldehiwet, Z., RISTIC, M.
(Eds.), Rickettsial and Chlamydial Diseases of Domestic Animals. Pergamon Press,
Oxford, p. 169-186.
48
ROTHSCHILD M.A.; ORATZ M.; SCHREIBER S.S. (1988). Serum albumin. Hepatology
vol. 8(2), p.385– 401.
SANTOS, A.P. (2005). Avaliação da hemostasia e distúrbios da coagulação. In:
Gonzáles, FH.D., Santos, A.P. (eds.): Anais do II Simpósio de Patologia Clínica
Veterinária da Região Sul do Brasil. Porto Alegre: Universidade federal do Rio
Grande do Sul, p. 46-61.
SOUZA, A.M.;BACELLAR, D.T.L.; AMARAL, J.O.; SANTOS, R.C.S. (2005). Anaplama
Platys: Alterações hematológicas observadas em cães (canis familiaris)
naturalmente infectados. Rev. Univ. Rural, Sér. Ci. Vida. Seropédica, Rj, EDUR,
v.25.
SAS (1996) Statistical Analysis System. Inc, Cary, NY.
SIMPSOM, R.V. (1972). Canine Ehrlichiosis - A contrast of the domestic Disease and
tropical canine pancytopenia. The Soutnwestern veterinary, v.3: p. 31-33.
SKOTARCZAK, B., (2003). Canine ehrlichiosis. Ann Agric Environ Med. v. 10, p.137-
141.
SMITH, R.D,; RISTIC, M.; HUXSOLL, D.L.; BAYLOR, R.A. (1975). Platelet Kinetics in
canine ehrlichiosis: evidence for incresead platelet destruction as the cause of
thrombocytopenia. Infect. Immun., Washington, v.11, p. 1216-1221.
STILES, J. (2000). Canine rickettsial infectious. Vet. Clin. North Am. Small Anim. Pract.,
Philadelphia, v. 30, p. 1135-1150.
SWANGO, L.J.; BANKEMPER.K.W & KONG,L.I. (1989).: Bacterial, Rickettsial,
Protozoal and Miscelalaneous infections. In: Ettinger.S.J.(ed): Textbook of Veterinary
Internal Medicine. Philadelphia, W,b. Saunders Co, p. 265-297.
49
TAKAGI M, OGATA K. (1968). Direct evidence for albumin biosynthesis by membrane
bound polysomesin rat liver. Biochem Biophys Res Commun vol. 33(1) p.55 –60.
TAKAHIRA, R. (2003). Hemostasia Veterinária. In: Gonzales, FH.D., Campos. R. (eds.):
Anais do I Simpósio de Patologia Veterinária da região Sul di Brasil. Porto Alegre;
Gráfica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. p. 49-64.
TSENG, L.W et al. (2001). Evaluation of a poit-of-care coagulation analyzer for
measurement of prothombin time, activated partial thromboplastin time, and
activated clotting time in dogs. Am. J. Vet. Res. V.62, n.9, p. 1455-1460.
TROY, G.C.; VULGAMMOTT, J.C.; TURNWALD, G.H., (1980). Canine Ehrlichiosis: a
retrospective study of 30 naturally occurring cases. J. Am. Anim. Hosp. Assoc.,
Denver, v. 6, p. 181-187.
TROY, G.C. & FORRESTER, S. D. (1990). Canine Ehrlichiosis. In: GREENE, C.E.
Clinical Microbiology Infectious Diseases of the Dog and Cat, Philadelphia. WB
Saunders Company, p. 404-417.
VAN-LUE, A.P.; JENSEN, A.L.; STROM, H.; KRISTENSEN A.T. 2006.Comparative
análisis of haematological, haemostatic, and inflammatory parameters in canine
venous and arterial blood samples. The Vet. Journal. Disponível em
www.sciencedirect.com. Acesso em 12 /03/06.
VARELA, F.; FONT, X.; VALLADARES, J.E; & ALBEROLA, J. (1997).
Thrombocytopathia and light-chain proteinúria in a dog naturally infected with
Ehrlichia canis. Veterinary Internal Medicine, v.11, n.5, p. 309-311.
WALKER, J.S.; RUNDQUIST, J.D.; TAYLOR, R.; WILSON, B.L.; ANDEWS, M.R.;
BARCK, J.; HOGGE Jr.; A.L.; HUXSOLL, D.L.; HILDEBRANT, P.K.; NIMS, R.M.
50
(1970). Clinical and clinicopathologic findings in Tropical Cainine Pancitopenia. J.
Am. Vet. Med. Assoc., Schaumburg, v.157, p. 43-55.
WANER, T.; ROSNER, M.; HARRUS, S.;NAVEH, A.; ZASS, R.; KEYSARY, A. (1996).
Detection of ehrlichial antigen in plasma of beagle dogs with experimental acute
Ehrlichia canis infection. Vet. Parasitol., Amsterdam, v. 63, p. 331-335.
WEN, B.; RIKIHISA, Y. MOTT, J. M.; GREENE, R.; KIM, H. Y.; ZHI, N.; COUTO, G.C.;
UNVER, A.; BARTSCH, R., (1997). Comparison of nested PCR with
imunofluorescent-antibody assay for detection of Ehrlichia canis infection in dogs
treated with doxycycline. J. Clin. Microbiol. v.35 (7): p. 1852-1855.
WILLARD, M.; TVEDTEN, H.; TURNWALD, G.H. (1993). Diagnóstico clínico patológico
practico en los animals pequeños. Buenos Aires: ed. Intermedica .
WOODY, B.J. & HOSKINS, J.D. (1991). Ehrlichial diseases of dogs. Veterinary Clinical
of North American Small Animal Practice, v. 21, (1): p. 75-97.
YAMAUCHI A.; FUKUHARA Y.; YAMAMOTO S.; YANO F.; TAKENAKA M.; IMAI E.
(1992). Oncotic pressure regulates gene transcriptions of albumin and apolipoprotein
B in cultured rat hepatoma cells. Am. J. Physiol., vol.263, p.397–404.
51
Ficha clínica
Número:
Animal
Assintomático ( ) Suspeito ( )
Proprietário:
Endereço:
Telefone:
e-mail:
Nome: Espécie: Nascimento:
Peso: Raça: Sexo:
Histórico:
Alterações clínicas:
Hemorragia
a) Petéquia ( )
b) Equimose ( )
c) Sufusão ( )
d) Epistaxe ( )
e) Outras ( )_______________________________________________________
Tratamento:
52
Quadro 1 Caracterização dos cães positivos para infecções causadas por Ehrlichia
spp. e Anaplasma spp. em Campos dos Goytacazes, RJ.
N˚ animal Raça Idade Sexo
01 SRD 4 anos F
02 Pastor Alemão 2 anos F
03 SRD 5 anos F
04 Dalmata 1 ano M
05 Poodle 4 anos F
06 Cocker spaniel 7 anos M
07 SRD 2 anos M
08 Labrador 7 anos F
09 Pastor Belga 4 anos F
10 Poodle 3 anos M
11 SRD 1 ano M
12 SRD 3 anos M
13 Poodle 5 anos F
14 Dog Alemão 4 anos M
15 Cocker spaniel 2 anos M
16 Rottweiler 6 anos F
17 Shit zu 1 Ano F
18 SRD 2 anos M
19 Poodle 5 anos F
20 Pit Bull 4 anos M
21 Labrador 4 anos M
22 Labrador 2 anos F
23 Poodle 6 anos M
24 Poodle 1 ano F
25 Basset Hound 7 anos F
26 SRD 3 anos F
27 Poodle 2 anos M
28 Pit Bull 3 anos M
29 SRD 4 anos F
53
Quadro 2 – Caracterização dos cães assintomáticos (grupo controle).
N˚ animal Raça Idade Sexo
01 Poodle 4 anos F
02 Labrador 2 anos M
03 SRD 6 anos F
04 SRD 1 ano M
05 Basset Hound 2 anos M
06 Poodle 5 anos F
07 Poodle 4 anos F
08 SRD 1 ano F
09 Pastor Alemão 7 anos F
10 SRD 3 anos F
11 Poodle 4 anos F
12 Pit Bull 2 anos M
13 Poodle 5 anos M
14 SRD 1 ano F
15 Weimaranner 4 anos F
16 SRD 7 anos M
17 Poodle 2 anos F
18 SRD 7 anos F
19 SRD 3 anos F
20 Labrador 2 anos F
21 Puit Bull 2 anos M
22 Dachshund 7 anos F
23 SRD 4 anos M
24 Poodle 3 anos F
25 SRD 6 anos F
26 Poodle 2 anos M
27 SRD 1 ano F
28 Labrador 7 anos M
29 SRD 3 anos F
30 Pit Bull 4 anos M
54
Quadro 3 Valores de bioquímica sérica dos cães positivos para infecções causadas
por Ehrlichia spp. e Anaplasma spp. em Campos dos Goytacazes, RJ.
N˚ animal ALT FA Ptns Totais Albumina Uréia
01 99 123 8,85 4,8 48
02 28 83 5,28 3,48 55
03 78 142 3,99 1,89 31
04 120 43 5,57 2,15 36
05 25 65 7,71 2,33 38
06 28 96 7,85 1,23 80
07 69 163 6,51 4,5 68
08 212 19 5,93 3,11 95
09 59 78 7,16 4,09 73
10 23 12 6,83 3,98 39
11 34 38 9,09 2,2 45
12 47 73 6,45 4,52 97
13 184 40 10,38 4,62 59
14 141 73 10,51 5,79 93
15 184 20 10,38 4,62 104
16 115 0,7 7,22 3,45 52
17 62 1,5 8,6 4 41,1
18 50 1,4 6,9 2,4 15,8
19 43 1,7 7,8 4,9 15,8
20 37 0,6 6 17,9 6,3
21 77 1 8 3,2 22
22 17 18 6,8 2,7 32
23 39 20 7,7 2,6 33
24 26 6 5,4 2,9 45
25 32 12 5,6 2,55 *
26 26 * 8,2 5,31 *
27 23 * 6,7 7,17 *
28 23 * 7,6 4,29 *
29 34 * 9,09 2,2 *
* parcela perdida
55
Quadro 4 – Valores de bioquímica sérica dos cães assintomáticos (grupo controle).
N˚ animal ALT FA Ptns Totais Albumina Uréia
01 20 56 6,99 4,5 61
02 25 4 4,99 2,92 49
03 8 3 8,3 4,77 43
04 28 38 6,6 5,79 51
05 15 69 6,4 4,32 51
06 118 35 6,28 4,64 21
07 28 38 6,6 5,79 27
08 49 26 8,6 6,49 42
09 26 18 8,2 5,31 22
10 23 20 6,7 7,17 32
11 23 6 7,6 4,29 33
12 31 224 7,42 4,13 66
13 24 22 5,28 3,17 41
14 25 18 7,28 3,42 37
15 36 53 8,3 2,4 9,5
16 55 25 7,28 2,97 40
17 82 36 7,54 4,79 70
18 116 20 13,09 6,12 84
19 96 17 6,7 4,46 70
20 93 1,1 9,73 4,62 57
21 31 0,3 6,1 3,2 3,2
22 45 0,2 6,8 0,6 12,7
23 31 1,2 7,2 2,8 63
24 22 0,2 9 2,5 12,6
25 57 0,9 5,7 2,6 6,3
26 48 * 8,5 2,4 3,2
27 39 * 6,5 3,1 3,2
28 23 * 8,1 2,8 6,3
29 * * * * *
30 * * * * *
* parcela perdida
56
Quadro 5 – Valores obtidos nos testes de coagulação e plaquetometria dos cães
positivos para infecções causadas por Ehrlichia spp. e Anaplasma spp. em Campos
dos Goytacazes, RJ.
N˚ animal TTPA TPT
Plaquetas / µL
01 8 21 12000
02 9 18 *
03 * * *
04 8 22 56000
05 * * 430000
06 15 31 172000
07 12 32 36000
08 9 22 220000
09 13 20 95000
10 9 37 31000
11 11 26 129000
12 * * 210000
13 9 31 39000
14 * * 237000
15 11 31 78000
16 11 21 276000
17 13 22 146000
18 14 26 114000
19 16 29 64000
20 17 26 113000
21 11 23 136000
22 9 20 191000
23 9 31 152000
24 10 29 12000
25 11 26 *
26 9 22 *
27 11 29 56000
28 13 26 430000
29 12 22 172000
* parcela perdida
57
Quadro 6 – Valores obtidos nos testes de coagulação e plaquetometria dos cães
assintomáticos (grupo controle).
N˚ animal TTPA TPT
Plaquetas / µL
01 8 21 178000
02 8 13 263000
03 6 19 320000
04 6 20 519000
05 6 23 266000
06 6 19 346000
07 * * 336000
08 5 24 79000
09 8 26 *
10 8 28 412000
11 7 26 290000
12 * * 408000
13 7 22 364000
14 * * 110000
15 7 26 294000
16 8 28 369000
17 10 25 322000
18 16 40 229000
19 13 24 200000
20 13 24 226000
21 7 28 175000
22 9 21 273000
23 15 25 253000
24 14 26 260000
25 8 24 263000
26 14 22 235000
27 8 18 321000
28 11 26 198000
29 10 22 217000
30 7 19 308000
* parcela perdida
58
Quadro 7 Valores obtidos no eritrograma dos cães positivos para infecções causadas
por Ehrlichia spp. e Anaplasma spp. em Campos dos Goytacazes, RJ.
N˚ animal Hemácias Hematócrito Hemoglobinometria VCM CHCM
01 4,62 67,2 10,5 67,6 4,62
02 5,93 40,7 14,5 68,7 5,93
03 4,3 32 10,5 74,5 4,3
04 2,42 16,1 5,8 66,6 2,42
05 3,75 27 9,3 72,1 3,75
06 5,45 36,2 11,7 66,6 5,45
07 3,03 20,2 6,8 66,7 3,03
08 3,3 30 10 90,91 3,3
09 6,23 39,9 9,2 64,1 6,23
10 3,73 24,7 7,5 66,3 3,73
11 6,61 44,1 14,3 66,8 6,61
12 6,88 45,7 15,9 66,5 6,88
13 5,31 33,9 10,1 63,9 5,31
14 4,67 33,5 10,5 66,6 4,67
15 4,01 26,07 7,6 66,6 4,01
16 5,22 37,2 12,4 71,3 5,22
17 6,23 43,9 15,8 70,6 6,23
18 6,1 43 15,2 71,4 6,1
19 5,8 39,3 13,6 67,8 5,8
20 4,62 31,5 10,5 68,3 4,62
21 6,67 47,8 16,4 71,8 6,67
22 6,59 44,2 14,3 67,2 6,59
23 6,59 38,8 13,3 58,9 6,59
24 6,75 43,8 14,3 65 6,75
25 5,28 38,3 11,1 72,7
28,9
26 6,59 38,8 13,3 58,9
34,2
27 6,45 41,0 13,1 63,6
31,9
28 5,11 32,4 9,3 63,3
28,7
29 5,8 39,3 13,6 67,8 34,8
59
Quadro 8 – Valores obtidos no eritrograma dos cães assintomáticos (grupo controle).
N˚ animal Hemácias Hematócrito Hemoglobinometria VCM CHCM
01 5,89 45,1 15,7 76,6 34,8
02 5,56 40,6 13,9 73,2 34,2
03 6,17 46 16,5 74,6 35,8
04 5,51 38,6 12,9 72,8 33,4
05 6,25 44,9 16 71,9 35,6
06 5,67 38,4 13,1 67,8 34,1
07 6,62 43,9 14,7 66,4 33,4
08 6,64 47 15,7 70,9 33,4
09 5,95 44,9 15 75,5 33,4
10 5,52 39,2 13 71,1 33,1
11 7,15 46,8 15 65,5 32
12 6,93 48,2 16,2 69,6 33,6
13 5,51 38 13,3 69,1 35
14 6,16 42 13,2 68,2 31,4
15 6,42 44,1 14,9 68,7 33,7
16 6,08 41,3 14,5 68 35,1
17 6,96 52 17,6 74,8 33,8
18 6,08 42,1 14,1 69,4 33,4
19 6,09 43,6 15,2 71,7 34,8
20 5,39 38,9 12,6 72,3 32,3
21 5,65 39,2 13,1 69,5 33,4
22 6,62 45 15,4 68 34,2
23 7,62 47,9 16,1 62,9 33,6
24 7,87 53,8 17,5 68,7 32,5
25 7,2 45,2 14,2 62,8 31,4
26 6,34 43,8 14 69,1 31,9
27 7,17 50,2 16,8 70,1 33,4
28 6,71 45,9 15,2 68,5 33,1
29 8,33 51,8 17,7 62,3 34,1
30 7,61 50,6 17,5 66,5 34,5
60
Quadro 9 Valores obtidos no leucograma dos cães positivos para infecções causadas
por Ehrlichia spp. e Anaplasma spp. em Campos dos Goytacazes, RJ.
N˚ animal Leucometria
global
Eosinófilos Bastão Segmentado Linfócitos Monócitos
01 7800 78 78 6006 702 932
02 9500 950 0 6365 1615 570
03 13900 278 139 11815 1112 556
04 7500 75 75 6000 750 600
05 9300 930 93 6138 1023 1116
06 6200 186 62 4712 1116 124
07 650 * * * * *
08 6350 0 127 4508 1524 190
09 6100 183 61 4575 1220 61
10 5200 52 52 4056 936 104
11 9000 540 90 7020 990 360
12 6300 315 63 5040 693 189
13 5400 162 216 2646 1256 1080
14 8700 348 174 7047 870 261
15 8400 504 168 6048 756 924
16 4600 184 46 2944 874 552
17 7800 156 234 5616 1092 702
18 9000 360 270 5940 1530 900
19 10100 101 202 5050 4141 606
20 13200 1320 132 9504 1320 924
21 4800 240 48 3312 1008 192
22 15100 151 302 12533 906 1208
23 51700 517 1551 42394 1551 5687
24 9600 960 96 6336 1056 1156
25 14400 288 144 10368 2150 1450
26 7200 72 72 5760 720 576
27 6300 126 63 4410 63 1638
28 11700 1170 117 8424 1170 819
29 8300 83 166 4150 3403 498
* parcela perdida
61
Quadro 10 – Valores obtidos no leucograma dos cães assintomáticos (grupo controle).
N˚ animal
Leucometria global
Eosinófilos
Bastão
Segmentado
Linfócitos
Monócitos
01 11400 228 114 9006 1482 570
02 8900 267 89 7120 1246 178
03 8200 1968 82 4838 1148 164
04 7900 711 79 4819 2054 237
05 7200 216 72 5184 1584 144
06 10600 318 106 6996 2438 742
07 7000 350 140 4200 1820 490
08 4600 92 138 3680 506 184
09 7500 975 150 5250 900 225
10 13000 390 260 9620 2470 260
11 9900 198 99 7029 2475 99
12 8200 164 82 5658 2050 246
13 10100 404 101 6060 3333 202
14 7300 73 73 6497 584 73
15 5500 55 55 4895 440 55
16 8400 1428 84 5628 924 336
17 10600 530 106 8586 1166 212
18 6600 462 66 4620 792 660
19 6200 124 62 3844 1612 558
20 6900 690 138 4278 1311 483
21 6500 455 65 4745 650 585
22 6000 420 60 4380 900 240
23 10400 312 * 6864 2496 728
24 13000 4160 130 6760 1430 520
25 17000 1020 340 11900 2550 1020
26 13600 544 136 10200 1496 1224
27 7000 840 70 5110 770 210
28 9100 728 91 6734 910 637
29 9200 368 92 6808 1380 552
30 11900 2499 119 7616 1071 595
parcela perdida
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo