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valores de 27,0 e 9,8 respectivamente, destacando mais uma vez a
suscetibilidade do genitor ECW.
Nos dois testes de médias envolvendo as avaliações por escala de notas
e AACPD, possivelmente os indivíduos caracterizados no primeiro grupo
correspondem a heterozigotos F
2
selecionados previamente para resistência à
mancha-bacteriana no primeiro experimento, pois apresentaram segregação nas
linhas F
3
, registrando variação nos valores de notas. No campo, foi possível
observar que as linhas F
3
que não segregaram para resistência foram: 3, 4, 6, 8,
9, 10, 11, 16, 17, 18, 19, 20, 24, 25, 26, 27 e 28. Já as linhas F
3
que segregaram
para resistência foram: 1, 2, 5, 7, 12, 13, 14, 15, 21, 22 e 23.
Desse modo, foi possível observar que os tratamentos presentes no
primeiro grupo fazem parte dos indivíduos segregantes para o caráter em
questão, e sua distribuição faz-se por maior intensidade da nota ou maior
freqüência com que a nota foi registrada, dependendo da avaliação ser realizada
por escala de notas ou cálculo da AACPD (Tabelas 3 e 4).
Trabalhos com escalas de notas são observados por vários
pesquisadores. Souza e Duarte (2002), por exemplo, estimaram a área abaixo da
curva de progresso da doença (AACPD) em relação à avaliação da severidade da
doença causada por Phaeosphaeria maydis em populações primitivas,
melhoradas e híbridos comerciais de milho, utilizando uma escala de notas
variando de 1 (altamente resistente) a 9 (altamente suscetível). Considerando-se
os valores de AACPD, foi possível identificar os genótipos mais resistentes à
Phaeosphaeria maydis, identificados como Azteca, C 435, AG 1051 e C 333B, ao
passo que o mais suscetível foi o AG 9012.
A pequena diferença observada nos dois tipos de avaliação, escala de
notas e AACPD, pode ser explicada a partir da maior precisão e confiabilidade
que a análise de AACPD permite ao considerar os dias de avaliação. A AACPD
tem merecido uma maior atenção devido à maior consistência dos dados, por
computar as variações observadas na severidade da doença em decorrência do
seu período de progressão, ou seja, o método leva em conta o período de tempo
em que são realizadas as avaliações e como foi o comportamento do progresso
da doença neste período (Riva, 2006).
Situação diferente ocorre para a avaliação por meio de escala de notas,
na qual o resultado principal é o registro do último dia de avaliação, ou seja, neste
estudo foram realizadas cinco avaliações num período de 15 dias, mas somente a