O surgimento de novos loteamentos nesta década trouxeram diversas conseqüências ao
município, como se comenta no texto abaixo.
Como uma de suas conseqüências, o parcelamento das chácaras que compunham o
cinturão verde adjacente à malha urbana do projeto urbanístico original da cidade, as
quais, por serem de reduzidas dimensões, passaram a gerar loteamentos pequenos,
desconectados entre si, e com arruamentos visando apenas o maior aproveitamento
de lotes, sem levar em conta a necessária articulação viária com loteamentos
vizinhos, o correto dimensionamento das ruas e a melhor integração destas com a
base natural, além de não disporem da infra-estrutura necessária, o que, em diversos
casos, resultou em problemas ambientais graves, tais como erosão remontante e
poluição hídrica. Como resultado do crescimento baseado na subdivisão desses
pequenos lotes rurais, a cidade passou a apresentar uma urbanização mais
fragmentada que veio a romper a coesão da malha urbana presente no projeto
original (PREFEITURA MUNICIPAL DE APUCARANA, 2003, p. 113-114).
Em relação ao número de lotes, durante os anos de 1960 foram criados 4.625 unidades,
totalizando 11.014 datas, ao final deste e início de 1970. Dentre estas datas, mencionadas,
1974 (27,5% do total) surgiram em conjuntos habitacionais populares implantados como
conseqüência da criação do Banco Nacional de Habitação (BNH) em 1965.
Um fator que demonstra a recuperação da região e o adensamento da ocupação urbana é o
censo demográfico de 1970, aonde a população da cidade chegou a 41.813 habitantes, uma
densidade demográfica de 65,1 hab/ha, divididos em uma área de 642,7 ha, tais números
refletem um crescimento de quase 30% maior que aquele registrado em 1960, o que se
percebe no texto abaixo.
O intenso crescimento nos anos 60 provocou grande valorização da terra,
determinando, entre outros efeitos, o parcelamento de glebas cada vez mais
afastadas do centro e em praticamente todas as direções. O que implicou na abertura
de loteamentos localizados freqüentemente em áreas impróprias à urbanização e
com sérias deficiências em infra-estrutura, que contribuíram para rebaixar o padrão
de qualidade do espaço urbano. Assim, a urbanização começou a assumir uma
tendência centrífuga, espraiando-se pelos divisores de águas secundários que se
ramificavam do espigão principal, com o que passaram a ser internalizados à malha
urbana as cabeceiras e fundos de vales que seccionavam a cidade. Tal processo
gerou um modelo de urbanização marcado por bairros estanques entre si, à
semelhança dos dedos de uma mão espalmada, o que, além de penalizar seus
moradores com o isolamento social, veio a acentuar a fragmentação territorial e a