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1 INTRODUÇÃO
1.1 Na trajetória, as origens da pesquisa
A minha vida profissional sempre foi no segmento da educação. Hoje,
trazendo à memória toda essa trajetória, na realidade, é uma história com inícios e
reinícios. Uma história vivida por um único personagem principal, salpicada de
desafios e que, a cada resposta, configurava-se um reinício e até mesmo um início.
Fundação Casa de Rui Barbosa foi o local da minha primeira experiência
profissional, onde, no dia-a-dia, vivenciei e aprendi, trabalhando com uma pessoa
com deficiência física, dizia que o importante é viver a nossa vida ao máximo, sem
olhar as nossas limitações, sejam elas quais forem porque, no fundo, somos todos
iguais. Essa convivência despertou, em mim, a sensibilidade e o interesse por este
assunto na medida em que, nele, encontro respostas e significados das muitas
ações e decisões do dia-a-dia do trabalho.
Reportando-me, ainda, à experiência inicial, ela foi marcada por momentos
repletos de significados que possibilitaram revelar a essência profissional do ser
bibliotecário. O prazer da busca de informações e conhecimentos, do indicar
caminhos que conduzem a aprendizados, de mediatizar entre o ser que desconhece
e o conhecido, da generosidade e solidariedade, do amor e dedicação ao usuário e
também o papel de guardiã do maior legado das civilizações, a memória da
humanidade.
Passados esses momentos iniciais de euforia e entusiasmo, surge o desafio
de analisar e apreciar o bibliotecário em ação. Algumas ações trazem boas
lembranças e proporcionam momentos agradáveis de reflexão; outras muitas, com
duplo significado ou mesmo antagônicas, vêm impregnadas de tristeza e alegria, de
frustração e satisfação.
O bibliotecário, que há séculos organiza livros e informações, atua como
mediador entre a informação e o sujeito em formação. Assim, o bibliotecário deve
estar capacitado para atender as necessidades de informação de todos os usuários
com responsabilidade, sensibilidade e respeito para com a diversidade que lhe é
apresentada em seu cotidiano.