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Universidade de São Paulo
Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz
A balança comercial do agronegócio brasileiro de 1989 a 2005: seus
determinantes, cenários e perspectivas
Simone Fioritti Silva
Dissertação apresentada para obtenção do título de Mestre em
Ciências. Área de concentração: Economia Aplicada
Piracicaba
2006
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Simone Fioritti Silva
Bacharel em Ciências Econômicas
A balança comercial do agronegócio brasileiro de 1989 a 2005: seus determinantes, cenários
e perspectivas
Orientador:
Prof
o
. Dr
o
. GERALDO SANT´ANA DE CAMARGO BARROS
Dissertação apresentada para obtenção do título de Mestre em
Ciências. Área de concentração: Economia Aplicada
Piracicaba
2006
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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
DIVISÃO DE BIBLIOTECA E DOCUMENTAÇÃO - ESALQ/USP
Silva, Simone Fioritti
A balança comercial do agronegócio brasileiro de 1989 a 2005: seus determinantes,
cenários e perspectivas / Simone Fioritti Silva. - - Piracicaba, 2006.
143 p.
Dissertação (Mestrado) - - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, 2007.
Bibliografia.
1. Agribusiness 2. Balança comercial 3. Exportação 4. Fertilizantes 5. Importação
6. Indústria de alimentos 7. Produtos agrícolas 8. Produtos pecuários I. Título
CDD 338.13
“Permitida a cópia total ou parcial deste documento, desde que citada a fonte – O autor”
3
DEDICATÓRIA
À felicidade de todos
4
AGRADECIMENTOS
Agradeço aos meus pais por todo o esforço que fizeram a fim de me oferecer uma boa
educação, além do apoio, carinho e amor que me dedicam a cada dia.
Ao meu querido orientador Prof. Dr. Geraldo Barros que me ajudou não só com sua
marcante competência profissional, mas também com seu bom exemplo e a especial amizade que
construímos durante todos esses anos.
À Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – FAPESP - pelo apoio
financeiro, essencial ao desenvolvimento da pesquisa.
Às professoras Mirian, Sílvia e Heloísa do Departamento de Economia,
Administração e Sociologia da ESALQ/USP pelas contribuições no trabalho e a todos os
professores que contribuíram na minha formação acadêmica.
Aos amigos Lucílio e Luciane que me ajudaram muito em diversas etapas da
elaboração deste trabalho.
À equipe Macro- CEPEA: Bruna, Elisa, Fabiana, Gustavo, Humberto e Marcos pela
companhia diária e apoio, e à Luciane e à Elisângela sempre tão dispostas a ajudar.
Aos meus queridos amigos que sempre estiveram muito próximos: Andréa (Diu),
Caroline (Bentis), Elisa (Pe), Elisa (Ravis), Julinha, Laura (K-nela), Ricardo (Ronaldiño),
Roberta ... e tantos outros que amo muito e que me ajudaram com conversas, risadas e abraços.
Aos funcionários do Departamento de Economia da ESALQ: Cris, Helena, Pedro e
especialmente à Maielli, nossa mãe!
Agradeço a todos os seres que direta e indiretamente me ajudam a cada segundo ...
5
SUMÁRIO
RESUMO ........................................................................................................................................8
ABSTRACT ....................................................................................................................................9
LISTA DE FIGURAS ...................................................................................................................10
LISTA DE TABELAS ..................................................................................................................12
1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................................16
1.1 Objetivos..................................................................................................................................23
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA...................................................................................................25
2.1 A balança comercial do agronegócio.......................................................................................25
2.1.1 O conceito de balança comercial..........................................................................................25
2.1.2 O conceito de agronegócio e a balança comercial do setor..................................................25
2.2 Os modelos de exportação e importação.................................................................................28
2.2.1 Modelo geral.........................................................................................................................28
2.2.2 Modelos empíricos setoriais.................................................................................................30
2.2.2.1 Modelos de exportação......................................................................................................30
2.2.2.2 Os modelos de importação ................................................................................................37
3 METODOLOGIA.......................................................................................................................40
3.1 O conceito de agronegócio e a balança comercial do setor.....................................................40
3.2 Modelos básicos para as importações e exportações...............................................................41
3.2.1 Fundamentação gráfica.........................................................................................................41
3.2.2 Modelos empíricos setoriais.................................................................................................43
3.3 Procedimentos metodológicos.................................................................................................48
3.3.1 Testes econométricos............................................................................................................50
3.4.1 Os testes de raiz unitária.......................................................................................................51
3.4.2 Os testes de co-integração ....................................................................................................54
3.5 Fonte de dados.........................................................................................................................54
3.5.1 Dados de exportação e importação.......................................................................................54
3.5.2 Renda externa .......................................................................................................................55
3.5.3 Preços externos.....................................................................................................................55
3.5.3.1 Produtos agrícolas, produtos de origem animal e indústria de alimentos .........................55
3.5.3.2 Fertilizantes .......................................................................................................................57
6
3.5.4 Taxa de câmbio.....................................................................................................................57
3.5.4.1 Produtos agrícolas, produtos de origem animal e indústria de alimentos .........................57
3.5.4.2 Fertilizantes .......................................................................................................................57
3.5.5 Atratividade ..........................................................................................................................58
3.5.6 Renda interna........................................................................................................................58
3.5.7 Preços internos......................................................................................................................58
3.5.8 Produtividade........................................................................................................................59
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ...............................................................................................61
4.1 Produtos agrícolas ...................................................................................................................61
4.1.1 Testes de raiz unitária e co-integração .................................................................................61
4.1.2 O modelo de auto-regressão vetorial com termo de correção de erro..................................63
4.1.2.1 A matriz de coeficientes de relações contemporâneas ......................................................63
4.1.2.2 A decomposição da variância dos erros de previsão.........................................................65
4.1.2.3 Função impulso resposta acumulada.................................................................................68
4.2 Indústria de alimentos..............................................................................................................71
4.2.1 Testes de raiz unitária e co-integração .................................................................................71
4.2.2 O modelo de auto-regressão vetorial com termo de correção de erro..................................73
4.2.2.1 A matriz de coeficientes de relações contemporâneas ......................................................73
4.2.2.2 A decomposição da variância dos erros de previsão.........................................................74
4.2.2.3 Função impulso resposta acumulada.................................................................................77
4.3 Produtos de origem animal......................................................................................................79
4.3.1 Os testes de raiz unitária e co-integração .............................................................................79
4.3.2 O modelo de auto-regressão vetorial com termo de correção de erro..................................80
4.3.2.1 A matriz de coeficientes de relações contemporâneas ......................................................80
4.3.2.2 A decomposição da variância dos erros de previsão.........................................................81
4.3.2.3 Função impulso resposta acumulada.................................................................................84
4.4 Fertilizantes .............................................................................................................................85
4.4.1 Testes de raiz unitária e co-integração .................................................................................85
4.4.2 O modelo de auto-regressão vetorial com termo de correção de erro..................................87
4.4.2.1 A matriz de coeficientes de relações contemporâneas ......................................................87
4.4.2.2 A decomposição da variância dos erros de previsão.........................................................88
7
4.4.2.3 Função impulso resposta acumulada.................................................................................91
5 CONCLUSÕES..........................................................................................................................94
REFERÊNCIAS ............................................................................................................................98
ANEXOS.....................................................................................................................................101
8
RESUMO
A balança comercial do agronegócio brasileiro de 1989 a 2005: seus determinantes, cenários
e perspectivas.
Este trabalho analisa a contribuição do agronegócio para o saldo comercial do Brasil
desde 1989 de sorte a que se possa antecipar a possibilidade de ocorrer conflitos entre a geração
dos superávits do setor e a manutenção do custo de vida e da inflação sob controle. Há que se
determinar relações entre taxas de câmbio, taxa de crescimento do PIB, preços internacionais de
commodities assim como o comportamento da produtividade com o superávit comercial do
agronegócio. Uma nova classificação de balança comercial do agronegócio foi criada e usada
para analisar os lados dos produtos exportados - representados pelos produtos agrícolas não
processados, produtos de origem animal não processados e alimentos industrializados e dos
insumos importados – representados pelos fertilizantes - para o período de 1989 a 2005.
Elaboraram-se modelos de importação e exportação a fim de retratar e explicar o comportamento
dessas variáveis empregando a Análise de Auto-Regressões Vetoriais (Vector Autoregression
Analysis, VAR). Pôde-se observar que um aumento de 1% na atratividade – dada pelo produto do
câmbio e dos preços externos - impulsiona as exportações de produtos agrícolas não processados
em 1,71% imediatamente, estabilizando-se em 2% após alguns trimestres. A atratividade explica
de 60% a 74% da variância dos erros de previsão dessas exportações. Um aumento de 1%
atratividade eleva os preços agrícolas em 0,29% de imediato e em pouco mais de 0,2% no longo
prazo. A demanda externa por fertilizantes mostrou-se inelástica: 1% de aumento no seu custo
eleva o valor das importações em 0,55%. Nota-se assim que uma desvalorização cambial, por
exemplo, aumenta mais as exportações de produtos do que as importações de fertilizantes. Além
disso, um crescimento de 1% no PIB doméstico exerce impacto expressivo (convergindo em -
1,7%) de contenção das exportações dos produtos agrícolas. Embora estes efeitos não tenham
apresentado poder relevante de explicação dos erros de previsão, eles alertam para possíveis
quedas no ritmo exportador do agronegócio face a uma retomada do crescimento econômico
brasileiro. Nesse caso, cada ponto percentual de crescimento do PIB teria de ser compensado por
idêntica desvalorização cambial para conter a demanda interna e manter as exportações. Salienta-
se, entretanto, que a expansão das exportações do agronegócio tem-se dado sob incremento
importante da produtividade, que pode ser o elemento capaz de compatibilizar o crescimento das
exportações e o atendimento do mercado interno sem pressões inflacionárias relevantes.
Palavras-chave: Balança comercial do agronegócio; Produtos agrícolas; Produtos animais;
Indústria de alimentos; Fertilizantes; Crescimento econômico; Atratividade;
Exportações; importações; Produtividade
9
ABSTRACT
The Brazilian agribusiness trade balance from 1989 to 2005: determinants, scenarios and
perspectives.
This study aims to analyze the agribusiness contribution to Brazil’s trade balance
since 1989 until 2005 to evaluate the possibility of conflicts involving surplus generation, cost of
living and inflation. The study determines the relationships among interest rates, GDP growth
rate, commodities international prices as well as the productivity behavior with the agribusiness
trade surplus. A new classification of the agribusiness trade balance was proposed and used to
analyze the aspects of the exported products –non processed agricultural products, non processed
products of animal origin, industrialized foods and imported inputs – represented by fertilizers.
Imports and exports vector autoregression models were used to explain the behavior of these
variables. An increase of 1% in the attractiveness – product of the exchange rate by the
international prices – boosts immediately the exports of non processed agricultural products by
1.71%, stabilizing at 2% after some trimesters. The attractiveness explains 60 to 74% of the
forecast error variances of these exportats. An increase of 1% in the attractiveness raises the
agricultural prices by 0.29% at the first moment and slightly higher than 0.2% in the long run.
The demand for fertilizers is inelastic: an increase of 1% in price generates a rise in the imports
value of 0.55%. It is noted, thus, that an exchange rate devaluation stimulates more the exports of
products than it does the fertilizer imports. Besides, an increase of 1% of the GDP has an
expressive impact (converging into -1.7%) on agricultural products exports. Although these
effects have not presented relevant power to explain the forecast errors, they signal to a possible
drop of the agribusiness exporting rhythm in the face of an economic recovery of the Brazilian
economy. In this case each percent point of the GDP growth would have to be compensated by an
identical devaluation of the exchange rate in order to keep the exports level. It is highlighted,
however, that the expansion of agribusiness exports has been attributed to an important increase
in productivity, which can be the element to balance the exportation growth and the domestic
market demands without relevant inflationary pressures.
Keywords: Agribusiness trade balance; Agricultural products; Animal products; Food industry;
Fertilizers; Economic growth; Attractiveness; Exports; Imports; Productivity
10
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Saldo dos fatores de produção .....................................................................................17
Figura 2 – Saldo agropecuário.......................................................................................................17
Figura 3 – Saldo agroindústria (1).................................................................................................18
Figura 4 – Saldo agroindústria (2).................................................................................................18
Figura 5 – Saldo total do agronegócio...........................................................................................19
Figura 6 – Equilíbrio em um economia aberta segundo o modelo keynesiano.............................29
Figura 7 – Obtenção da curva de excesso de oferta ......................................................................35
Figura 8 – Diagrama “back to back” para um pequeno país exportador.......................................42
Figura 9 – Diagrama “back to back” para um grande país exportador .........................................43
Figura 10 – Procedimentos para testar a existência de raiz unitária............................................53
Figura 11 – Função de impulso resposta de cada variável a impulso nelas próprias ..................69
Figura 12 – Função impulso resposta da exportação de agrícolas a impulso de cada variável...70
Figura 13 Função impulso resposta acumulada da exportação sobre a atratividade e sobre o
preço interno, da atratividade sobre o preço interno e da produtividade sobre o
preço interno.............................................................................................................71
Figura 14 – Função de impulso resposta acumulada de cada variável a impulso nelas próprias 77
Figura 15 Função de impulso resposta acumulada da exportação da indústria de alimentos
a impulso de cada variável .......................................................................................78
Figura 16 Função de impulso resposta acumulada da exportação sobre a atratividade e
sobre o preço interno e da atratividade sobre o preço interno..................................78
11
Figura 17 – Função de impulso resposta de cada variável a impulso nelas próprias .................84
Figura 18 Função de impulso resposta acumulada da exportação de produtos de origem
animal a impulso de cada variável ...........................................................................85
Figura 19 – Função de impulso resposta acumulada de cada variável a impulso nelas próprias
..................................................................................................................................91
Figura 20 Função de impulso resposta acumulada da importação de fertilizantes a impulso
de cada variável........................................................................................................92
12
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Os principais fertilizantes importados pelo Brasil (2001-2005) ..............................20
Tabela 2 - Os principais produtos de origem animal exportados pelo Brasil (2001-2005).......21
Tabela 3 - Os principais produtos agrícolas exportados pelo Brasil (2001-2005) ....................22
Tabela 4 - Os principais produtos da indústria de alimentos exportados pelo Brasil (2001-
2005).........................................................................................................................23
Tabela 5 - Resultados dos testes de raiz unitária de Dickey-Fuller para as séries exportação
de produtos agrícolas, renda externa, atratividade, renda interna, preço interno e
produtividade –1989 a 2005.....................................................................................62
Tabela 6 - Modelo para a exportação dos produtos agrícolas – resultados dos testes de co-
integração de Johansen entre as séries exportação, renda externa, produtividade,
preço interno, renda interna e atratividade – 1989 a 2005 .......................................63
Tabela 7 - Estimativa da matriz de coeficientes de relações contemporâneas para os produtos
agrícolas ...................................................................................................................64
Tabela 8 - Decomposição histórica da variância do erro de previsão devido aos choques
(%) para a exportações de produtos agrícolas..........................................................65
Tabela 9 - Decomposição histórica da variância do erro de previsão devido aos choques
(%) para a atratividade dos produtos agrícolas .......................................................66
Tabela 10 - Decomposição histórica da variância do erro de previsão devido aos choques
(%) para a renda externa...........................................................................................66
Tabela 11 - Decomposição histórica da variância do erro de previsão devido aos choques
(%) para a produtividade..........................................................................................67
Tabela 12 - Decomposição histórica da variância do erro de previsão devido aos choques
(%) para os preços internos agrícolas.......................................................................67
13
Tabela 13 - Decomposição histórica da variância do erro de previsão devido aos choques
(%) para a renda interna ...........................................................................................68
Tabela 14 - Resultados dos testes de raiz unitária de Dickey Fuller para as séries exportação
da indústria de alimentos, atratividade, renda interna e preço interno – 1989 a
2005..........................................................................................................................72
Tabela 15 - Modelo para a exportação da indústria de alimentos – resultados dos testes de
co-integração de Johansen entre as séries exportação, preço interno, renda
interna e atratividade – 1989 a 2005 ........................................................................73
Tabela 16 - Estimativa da matriz de coeficientes de relações contemporãnea para a indústria
de alimentos..............................................................................................................74
Tabela 17 - Decomposição histórica da variância do erro de previsão devido aos choques
(%) para as exportações da indústria de alimentos ..................................................75
Tabela 18 - Decomposição histórica da variância do erro de previsão devido aos choques
(%) para a atratividade da indústria de alimentos ....................................................75
Tabela 19 - Decomposição histórica da variância do erro de previsão devido aos choques
(%) para a renda interna ...........................................................................................76
Tabela 20 - Decomposição histórica da variância do erro de previsão devido aos choques
(%) para o preço interno da indústria de alimentos..................................................76
Tabela 21 - Resultados dos testes de raiz unitária de Dickey Fuller para as séries exportação
de produtos de origem animal, renda externa, atratividade, renda interna e preço
interno – 1989 a 2005...............................................................................................79
Tabela 22 - Modelo para a exportação dos produtos de origem animal – resultados dos testes
de co-integração de Johansen entre as séries exportação, renda externa, preço
interno, renda interna e atratividade – 1989 a 2005 .................................................80
Tabela 23 - Estimativa da matriz de coeficientes de relações contemporâneas..........................81
14
Tabela 24 - Decomposição histórica da variância do erro de previsão devido aos choques
(%) para a exportação de produtos de origem animal..............................................82
Tabela 25 - Decomposição histórica da variância do erro de previsão devido aos choques
(%) para a atratividade dos produtos de origem animal...........................................82
Tabela 26 - Decomposição histórica da variância do erro de previsão devido aos choques
(%) para a renda externa...........................................................................................83
Tabela 27 - Decomposição histórica da variância do erro de previsão devido aos choques
(%) para o preço interno dos produtos animais.........................................................83
Tabela 28 - Decomposição histórica da variância do erro de previsão devido aos choques
(%) para a renda interna............................................................................................84
Tabela 29 - Resultados dos testes de raiz unitária de Dickey Fuller para as séries importação
de fertilizantes, atratividade, preço interno e preço interno dos produtos agrícolas
– 1989 a 2005 ...........................................................................................................86
Tabela 30 - Modelo para a importação de fertilizantes – resultados dos testes de co-integração
de Johansen entre as séries importação, preço interno, preço interno dos produtos
agrícolas e atratividade – 1989 a 2005.....................................................................87
Tabela 31 - Estimativa da matriz de coeficientes de relações contemporâneas para os
fertilizantes...............................................................................................................88
Tabela 32 - Decomposição histórica da variância do erro de previsão devido aos choques
(%) para a importação de fertilizantes......................................................................89
Tabela 33 - Decomposição histórica da variância do erro de previsão devido aos choques
(%) para a atratividade dos fertilizantes...................................................................89
Tabela 34 - Decomposição histórica da variância do erro de previsão devido aos choques
(%) para o preço interno dos fertilizantes ................................................................90
15
Tabela 35 - Decomposição histórica da variância do erro de previsão devido aos choques
(%) para o preço interno dos produtos agrícolas......................................................90
16
1 INTRODUÇÃO
Através de uma significativa revolução tecnológica foram alcançados aumentos de
produtividade que contribuíram para a competitividade e eficiência do agronegócio brasileiro.
Seu desempenho – particularmente após o Plano Real – proporcionou, a partir dos anos 1990, (a)
um crescimento da produção acompanhado de queda real dos preços aos consumidores que muito
beneficiou a sociedade como um todo, principalmente as camadas mais pobres da população,
além de ter facilitado a manutenção das baixas taxas de inflação observadas no período; (b)
saldos comerciais que variaram entre 9 e 32 bilhões de dólares por ano, atenuando, assim, os
déficits comerciais do país que de outra forma poderiam tornar-se insuportáveis para a economia.
No entanto, à medida que se distancia do momento da implantação do Plano Real, vai
se generalizando a impressão de que é extremamente difícil juntar ao sucesso da estabilização –
ou seja, do controle da inflação – um ritmo de crescimento econômico mais acelerado que
promova aumento do emprego e no bem-estar da população como um todo. Estudos recentes têm
indicado que uma aceleração no crescimento poderia comprometer as exportações devido ao
aumento da demanda interna pelos produtos que seriam exportados (BARROS et al., 2002).
Maiores taxas de crescimento também redundariam em aumentos de importações. De ambas as
formas o fluxo de divisas para o país poderia ficaria comprometido. Acredita-se ainda que a
alternativa das desvalorizações – além das dificuldades operacionais num regime de flutuação
como o brasileiro – pode resultar numa ruptura do controle inflacionário ao acirrar a disputa entre
as demandas doméstica e externa. De qualquer forma, permanece a questão dos ganhos ou perdas
associadas aos movimentos cambiais, num sentido ou outro, decorrentes da atuação das forças de
mercado.
Torna-se, assim, importante a análise dos fatores explicativos da formação de
superávits comerciais pelo agronegócio de sorte a que se possa antecipar a possibilidade de, a
partir de algum ponto passar a ocorrer conflitos entre a geração de tais superávits e a manutenção
da inflação sob controle. Dessa forma, é necessário determinar as relações entre taxas de câmbio,
taxa de crescimento do PIB, preços internacionais de commodities, assim como o comportamento
da produtividade, com o superávit comercial do agronegócio.
Observando os sub-setores do agronegócio, pode-se notar que alguns têm contribuído
significativamente ao desempenho exterior do setor.
17
Como mostra a Figura 1, o agronegócio brasileiro vem mantendo uma dependência
relativamente estável na área de defensivos ao lado de uma dependência crescente no segmento
de fertilizantes. Esse fato sinaliza que podem ocorrer situações em que o objetivo de aumento do
superávit comercial não possa simplesmente ser alcançado por via da desvalorização cambial.
Figura 1 - Saldo dos fatores de produção
Fonte: Elaborado a partir de dados de Brasil (2006)
A Figura 2 ilustra o desempenho favorável dos produtos agrícolas, ao lado de uma
evolução excepcional dos produtos animais do lado das exportações. Para os saldos favoráveis
tem contribuído a queda nas importações de produtos animais.
Figura 2 - Saldo agropecuário
Fonte: Elaborado a partir de dados de Brasil (2006)
-3000
-2500
-2000
-1500
-1000
-500
0
500
1000
1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
anos
valores em US$ milhões
fertilizantes defensivos máquinas (incluindo tratores)e implementos
-1000
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
8000
1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
anos
valores em US$ milhões
produtos agrícolas produtos de origem animal
18
Detalhes por grupos específicos de produtos agroindustriais são apresentados nas
Figuras 3 e 4. Nota-se a grande importância desempenhada pela indústria de alimentos no saldo
comercial do agronegócio brasileiro como um todo. Com saldos em torno de 6 a 7 bilhões de
dólares por ano, esse segmento vem sustentando de forma consistente a participação brasileira
nos segmentos de maior valor agregado no mercado internacional.
Figura 3 - Saldo agroindústria (1)
Fonte: Elaborado a partir de dados de Brasil (2006)
A importância desempenhada pelo setor de fabricação de calçados e a grande
ascensão do setor de madeira e mobiliário podem ser observadas pela Figura 4.
Figura 4 - Saldo agroindústria (2)
Fonte: Elaborado a partir de dados de Brasil (2006)
-2000
0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
anos
valores em US$ milhões
indústria de alimentos bebidas
fumo gorduras e óleos e c eras animais e vegetais
produtos químicos
-2000
-1000
0
1000
2000
3000
4000
1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
anos
valores em US$ milhões
fabricação de calçados indústria têxtil e artigos de vestuário
borracha natural madeira e mobiliário
celulose, papel e gráfica
19
Finalmente, pela Figura 5, que reúne os sub-grupos considerados nas Figuras de 1 a 4,
pode-se notar que, nos últimos anos, as exportações do agronegócio como um todo têm crescido,
ao contrário das importações, que têm decrescido, particularmente após as desvalorizações
cambiais de 1999 e subseqüentes. Em 2005, um saldo de 32 bilhões de dólares foi alcançado.
Figura 5 - Saldo total do agronegócio
Fonte: Elaborado a partir de dados de Brasil (2006)
Através dos gráficos acima, pôde ser observado que o Brasil depende, de forma
crescente, da importação de fertilizantes. A tabela abaixo mostra, em média, as importações de
2001 a 2005 dos principais fertilizantes importados. Pode-se observar que a maior parte deles são
fertilizantes potássicos.
0
5.000
10.000
15.000
20.000
25.000
30.000
35.000
40.000
45.000
1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
anos
valores em US$ milhões
exportações importões saldo
20
Tabela 1 - Os principais fertilizantes importados pelo Brasil (2001-2005)
NCM Descrição Valor em US$ FOB Participações
(%)
31042090 Outros cloretos de potássio 236.826.348 51,21
31021010 Uréia com teor de N>45% em peso 121.859.859 15,88
31022100 Sulfato de amônio 27.625.242 9,42
31031030 Superfosfato, teor de pentóxido de
fósforo (P
2
O
5
)>45%
12.410.945 8,24
31055900 Outros adubos/fertilizantes miner.
Químicos com nitrogênio e fósforo
130.608.437 3,67
31023000 Nitrato de amônnio, mesmo em solução
aquosa
7.899.273 3,67
31031010 Superfosfato, teor de pentóxido de
fósforo (P2O5)<=22%
59.244.682 2,14
31059011 Nitrato de sódio potássico, teor de
N<=15% e K2O<=15%
24.329.300 1,60
31055100 Adubos ou fertilizantes com nitrato e
fosfato
45.754.880 1,09
Fonte: Elaborado a partir de dados de Brasil (2006)
1
Outro grupo bastante representativo para o agronegócio é o que inclui os produtos
animais. Dentro deste merecem destaque as carnes de frango (“pedaços e miudezas, comestíveis
de galos/galinhas congelados”) e bovina (“carnes desossadas de bovino, congeladas”).
1
Selecionou-se os fertilizantes que somaram, em valor, 85% de todos considerados (Anexo) e a partir desses
calculou-se as participações apresentadas.
21
Tabela 2 - Os principais produtos de origem animal exportados pelo Brasil (2001-2005)
NCM Descrição Valores em US$ FOB Participações (%)
2071400 Pedaços e miudezas, comestíveis de
galos/galinhas, congelados
205.848.856 29,78
2071200 Carnes de galos/galinhas, não cortadas em
pedaço, congeladas
106.516.088 15,41
2072700 Carnes de peruas/perus, em pedaços e
miudezas, congeladas
21.852.174 3,16
2023000 Carnes desossadas de bovino, congeladas 150.592.926 21,79
2013000 Carnes desossadas de bovino, frescas ou
refrigeradas
66.222.689 9,58
2032900 Outras carnes de suíno, congeladas 71.329.624 10,32
2032100 Carcaças e meias-carcaças de suíno,
congeladas
23.592.504 3,41
Fonte: Elaborado a partir de dados de Brasil (2006)
2
No caso dos produtos agrícolas, pode-se observar que a soja em grão (“outros grãos de
soja, mesmo triturados”) corresponde à mais da metade do total exportado no período de 2001 a
2005, em média. Em seguida, nota-se a grande importância desempenhada pelo café (“café não
torrado, não descafeinado, em grão”).
2
Foram analisados os capítulos aos quais se referiam o grupo de produtos animais (Anexo) de forma a encontrar a
soma dos produtos que representaram mais do que 70% para cada capítulo no ano de 2004. Em alguns casos, foram
considerados os capítulos em sua totalidade por nenhum item sozinho ou no mínimo dez representarem mais do que
70% de cada capítulo considerado no grupo. A partir disso, calculou-se as participações apresentadas.
22
Tabela 3 - Os principais produtos agrícolas exportados pelo Brasil (2001-2005)
NCM Descrição Valores em US$ FOB Participações (%)
12010090 Outros grãos de soja, mesmo
triturados
638.948.747 54,39
15071000 Óleo de soja, em bruto, mesmo
degomado
132.605.034 11,29
15079019 Óleo de soja, refinado, em recipientes
com capacidade >5L
19.465.753 1,66
9011110 Café não torrado, não descafeinado,
em grão
245.254.456 20,88
10059010 Milho em grão, exceto para
semeadura
55.566.750 4,73
8013200 Castanha de caju, fresca ou seca, sem
casca
22.604.455 1,92
Fonte: Elaborado a partir de dados de Brasil (2006)
3
Entre os produtos agroindustriais, nota-se que a indústria de alimentos é a que mais
contribui para os saldos superavitários do agronegócio. Pode-se perceber que os principais
produtos exportados no período foram farelo de soja (“bagaços e outro resíduos sólidos, da
extração de óleo de soja”), açúcar (“açúcar de cana, em bruto”) e suco de laranja (“sucos de
laranja, congelados, não fermentados”).
3
Foram analisados os capítulos aos quais se referiam o grupo de produtos agrícolas (Anexo) e indústria de alimentos
(anexo) de forma a encontrar a soma dos produtos que representaram mais do que 70% para cada capítulo no ano de
2004. Em alguns casos, foram considerados os capítulos em sua totalidade por nenhum item sozinho ou no mínimo
dez representarem mais do que 70% de cada capítulo considerado no grupo. A partir, calculou-se as participações
apresentadas.
23
Tabela 4 - Os principais produtos da indústria de alimentos exportados pelo Brasil (2001-2005)
NCM Descrição Valores em US$ FOB Participações (%)
23040090 Bagaços e outros resíduos
sólidos, da extração de
óleo de soja
399.913.709 34,947
17011100 Açúcar de cana, em bruto 238.625.795 20,853
17019900 Outros açúcares de cana,
beterraba, sacarose, quim.
Pura, sol.
163.581.974 14,295
20091100 Sucos de laranjas,
congelados, não
fermentados
128.550.902 11,234
20091900 Outros sucos de laranjas,
não fermentados
24.071.986 2,104
16025000 Preparações alimentícias e
conservas de bovinos
57.251.045 5,003
16023200 Preparações alimentícias e
conservas de galos e
galinhas
14.597.214 1,276
21011110 Café solúvel, mesmo
descafeinado
37.055.657 3,238
Fonte: Elaborado a partir de dados de Brasil (2006)
3
1.1 Objetivos
O presente trabalho objetiva analisar a balança comercial do agronegócio,
desdobrando-a em seus componentes considerados mais representativos dos lados dos produtos e
insumos para o período de 1989 a 2005 de modo a permitir uma análise mais integrada dos
efeitos de políticas econômicas que afetam de forma diversa os grupos do setor. Tentar-se-á
antecipar a possibilidade de ocorrer conflitos entre a geração dos superávits do setor e a
manutenção do custo de vida e da inflação sob controle.
Alguns grupos que compõem o saldo comercial do agronegócio brasileiro serão
analisados: fertilizantes, produtos agrícolas, produtos de origem animal e indústria de alimentos.
24
Deste modo, espera-se obter uma visão mais detalhada dos segmentos do agronegócio
no tocante ao relacionamento externo, sem se perder, porém, em minúcias específicas a cada tipo
de produto. A proposta é traçar um retrato geral de cada grupo, que evidencie seu comportamento
durante o período de análise e que sirva de instrumental para analisar de forma mais adequada a
contribuição de cada um para o saldo comercial.
Serão analisadas as exportações dos produtos agrícolas, produtos de origem animal e
indústria de alimentos já que, para estes, os aumentos nas exportações são os maiores
determinantes para os crescentes saldos observados. No caso dos fertilizantes, a proposta é focar
a análise nas importações, cujo crescimento tem-se mostrado muito significativo.
Para tanto, serão elaborados modelos de importação e exportação que retratem o
comportamento dessas variáveis frente aos seus determinantes, tais como: renda interna, taxa de
câmbio, além das variações de preços internos (representando o comportamento do mercado
interno), externos (representando o comportamento do mercado externo), e da produtividade
observadas no período. Neste último ponto, espera-se encontrar uma medida adequada da
produtividade que não fique prejudicada pela evolução dos preços: é comum, no agronegócio, os
preços caírem em decorrência da elevação da produtividade, efeito que precisa ser eliminado para
computar a evolução da produtividade.
25
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 A balança comercial do agronegócio
2.1.1 O conceito de balança comercial
O Fundo Monetário Internacional - FMI define Balanço de Pagamentos como o
registro sistemático das transações econômicas entre residentes e não-residentes de um país
durante um determinado período de tempo, podendo ser dividido nas contas corrente e de capital.
A conta corrente pode ser subdividida em: Balança Comercial (em que são registrados os valores
das exportações e das importações de mercadorias), os Serviços de não-fatores (como fretes,
seguros, turismo e serviços diplomáticos, pagos ou recebidos do exterior), Serviços de fatores
(como salários, aluguéis, juros, lucros e dividendos, remetidos ou recebidos do exterior) e
Transferências unilaterais (como as doações entre países ou seus residentes e as remessas ou
recebimentos de migrantes). Já a conta financeira pode ser subdividida em: Investimento direto
(que representa o saldo das contas dos investimentos de empresas estrangeiras no país e dos
investimentos das empresas do país no exterior), Empréstimos e financiamento (contraídos ou
concedidos por bancos, empresas nacionais e governos), Amortizações (parcelas vincendas de
empréstimos anteriormente obtidos ou concedidos) e Outros capitais. A soma dessas contas com
o saldo de uma conta de erros e omissões resulta no saldo do balanço de pagamentos, no qual,
como apresentado, está incluída a balança comercial.
2.1.2 O conceito de agronegócio e a balança comercial do setor
O conceito de agronegócio foi pela primeira vez enunciado por Davis e Goldberg na
década de 50, passando-se a enfatizar cada vez mais a grande interdependência existente entre
“fazendeiros e empresários, no duplo papel de compradores e vendedores” (PINAZZA;
ARAÚJO, 1993). Os segmentos a montante e a jusante da produção passaram a ser cada vez mais
importantes à medida que a agricultura se modernizava. Desta forma, o setor passou a ser
26
considerado sob uma visão sistêmica, formando uma grande rede de inter-relações com o restante
da economia.
Segundo o estudo realizado por Tomich et al. (2001), a base comum para a definição
de agronegócio seria: “a maior intensidade das relações intersetoriais que determinados setores
econômicos apresentam com a agropecuária”. Tais relações são baseadas em atividades que
proporcionem acumulação de capital, investimentos e progresso tecnológico.
Tal estratégia necessariamente tinha de ter em conta a grande complexidade do
agronegócio. Como resultado, têm-se observado diferentes delimitações do setor por autores
diversos. Os segmentos a jusante (agroindustriais) têm levado a maiores disparidades em termos
de concentração.
Através do Sistema de Contas Nacionais do Brasil do Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística - IBGE e da matriz insumo-produto do Brasil foram elaborados importantes
trabalhos que buscam melhor retratar as relações intra e intersetoriais do setor. Aqui cita-se o
elaborado pela aliança Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” - ESALQ e
Confederação da Agricultura - CNA, e outro publicado pela Associação Brasileira de
Agribusiness - ABAG.
Segundo o relatório metodológico elaborado, no estudo do PIB do agronegócio
poderiam ser consideradas atividades do setor: madeira e mobiliário; celulose, papel e gráfica;
elementos químicos; indústria têxtil; artigos de vestuário; fabricação de calçados; indústria do
café; beneficiamento de produtos vegetais; abate de animais; indústria de laticínios; fabricação do
açúcar e fabricação de óleos vegetais (BARROS; FURTUOSO; GUILHOTO, 2002).
Já segundo Nunes e Contini (2000), as atividades e produtos do complexo
agroindustrial – CAI foram classificadas em três grandes componentes: (I) Núcleo do CAI:
Agropecuária; (II) Antes da Porteira: Insumos para a agropecuária; e, (III) Depois da Porteira:
Agroindústria e Serviços. Para o componente (III) - Agroindústria e Serviços separaram-se as
atividades entre Exclusivas do CAI e Pertencentes Parcialmente ao CAI.
As Atividades Exclusivas do CAI (os produtos pertencentes integralmente ao
complexo agroindustrial) foram: celulose, papel e gráfica; indústria do café; beneficiamento de
produtos vegetais; abate de animais; indústria de laticínios; indústria do açúcar; fabricação de
óleos vegetais; outros Produtos Alimentares. Já as Atividades Pertencentes Parcialmente ao CAI
27
(atividades que contém alguns produtos pertencentes ao CAI e outros que não pertencem a ele)
incluiriam: Siderurgia; Indústria da Borracha; Madeira e Mobiliário; Elementos Químicos;
Indústria Têxtil; Artigos do Vestuário; Fabricação de Calçados.
Já segundo Tomich et al. (2001), a construção da balança comercial para o
agronegócio foi possível através de “o procedimento mais simples de selecionar os
setores/produtos que usualmente são considerados componentes do agronegócio por diferentes
autores da área”. Assim, foram selecionados os produtos do capítulo correspondente da
Nomenclatura Comum do Mercosul - NCM, e, para defensivos ou máquinas, identificaram-se os
itens relacionados às atividades agropecuárias ou agroindustriais.
A partir desse procedimento, os autores consideraram os seguintes setores da balança
de comércio exterior do agronegócio nacional: fatores de produção: fertilizantes, defensivos,
máquinas e implementos agrícolas, tratores; Agropecuária: produtos agrícolas, incluindo gomas e
resinas de origem vegetal e produtos de origem animal, incluindo pescados e moluscos;
Agroindustriais, subdivididos em Agroindústria 1: indústria de alimentos, bebidas, fumo,
gorduras e óleos e ceras animais e vegetais e Agroindústria 2: peles, couros, fibras, fios e tecidos
naturais; além de borracha natural, madeira e celulose.
Existem ainda informações sobre o comércio exterior elaboradas pela Companhia
Nacional de Abastecimento - CONAB, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
- MAPA, pelo Sistema de Importações e Exportações dos Agronegócios - Agência Paulista de
Tecnologia dos Agronegócios - APTA, pela Confederação Nacional da Agricultura - CNA, entre
outras. As estatísticas diferem entre si devido ao grau de arbitrariedade atribuída na classificação
das mercadorias que compreenderiam o setor além do fato de que “tentativas de obter dados mais
confiáveis, com base nos dados da SECEX em nível de mercadoria, são extremamente
trabalhosas e morosas, pela dificuldade classificar as mais de 8 mil mercadorias da pauta sem a
ajuda de rotinas automáticas” (VICENTE et al., 2002).
28
2.2 Os modelos de exportação e importação
2.2.1 Modelo geral
Do ponto de vista macroeconômico, os equilíbrios interno e externo envolvem os
mercados de bens e serviços, moeda e balanço de pagamentos.
Segundo o modelo Keynesiano de uma economia aberta, o mercado de bens e serviços
pode ser representado pela curva IS, a qual é definida por:
)()
)
)
)
ePyimePexgriytycyIS ,,,
+
+
+
= (1)
em que c é o consumo agregado, i é o investimento privado , g são os gastos do governo, ex são
as exportações de bens e serviços, im são as importações de bens e serviços, t são os impostos, y,
a renda e r, a taxa de juros.
Segundo Branson (1978), para um dado nível de preços, P, e dada uma procura
externa agregada, as exportações em termos reais vão depender dos preços no país em questão, P,
e da taxa de câmbio, e. Já no caso das importações, estas dependem da renda interna do país em
questão, y, da taxa de câmbio e dos preços dos produtos concorrentes. Assim, a Balança
Comercial pode ser definida por:
() ()
ePyim
e
P
ePxPIMX
f
,,, = , em que P
f
é o preço no exterior e P
f
= P.e. (2)
Ao se incluir a saída líquida de capitais, F, associada diretamente à taxa de juros
doméstica e negativamente à externa, obtém-se a curva BP:
() ()()
rFePyim
e
P
EPxPBPBP
f
= ,,, (3)
29
Já a curva LM, que representa o mercado de moeda, é definida por:
)
rymmPMLM ,/
=
=
(4)
O equilíbrio entre essas três curvas pode ser representado pela figura 6, com r* sendo
a taxa de juros de equilíbrio e y*, a renda de equilíbrio.
Figura 6 – Equilíbrio em uma economia aberta segundo o modelo keynesiano
Fonte: Branson (1978)
As respectivas derivações e explicações das curvas IS-LM-BP podem ser encontradas
detalhadamente em Branson (1978) e Parkin (1984), por exemplo. Optou-se, nesse item, apenas
apresentar o modelo keynesiano para uma economia aberta a fim de ilustrar o contexto no qual se
insere a balança comercial e ressaltar seus determinantes gerais.
Fica claro, todavia, que o saldo comercial do agronegócio aparece tanto na curva IS
como BP. Uma desvalorização cambial real, por exemplo, desloca IS e BP para a direita, sendo o
agronegócio um dos setores mais relevantes para essa movimentação que resulta numa expansão
da economia como um todo. Fenômeno equivalente ocorre devido ao crescimento da
produtividade do setor. Essas mesmas curvas se deslocam promovendo o crescimento da
economia. Como neste último caso o potencial produtivo da economia aumenta, há também um
deslocamento para a direita da oferta agregada do país, contendo dessa forma o possível impacto
inflacionário do aquecimento da economia.
LM
BP
IS
y
r
y
*
r *
30
2.2.2 Modelos empíricos setoriais
2.2.2.1 Os modelos de exportação
Três formas básicas de um modelo de exportação são citadas em Barros et al. (2002),
Cavalcanti e Ribeiro (1998): primeiro, o país analisado pode ser considerado um país pequeno
internacionalmente, sendo incapaz de influenciar os preços no mercado externo e a modelagem
resumindo-se à estimação de equações de oferta de exportação. Segundo, uma forma alternativa é
empregada se a função de oferta pode ser considerada perfeitamente elástica (pressupondo-se a
existência de capacidade ociosa na indústria doméstica e/ou de tecnologia de produção com
retornos constantes ou crescentes à escala) e a função de demanda por exportação com
elasticidade-preço finita (pressupondo-se representatividade no mercado mundial e/ou produção
de bens não substitutos perfeitos). Por fim, a terceira alternativa envolve a consideração de um
modelo onde preço e quantidade exportada são determinados simultaneamente pela interação de
funções de oferta e demanda com elasticidades-preços finitas.
Goldestein e Khan (1978) propuseram dois modelos para a análise empírica do
comércio internacional entre os anos 1955 e 1970 para oito países industriais: um modelo de
equilíbrio entre quantidade ofertada de exportação e um modelo especificado com base em um
mecanismo de ajustamento parcial – considerando-se um desequilíbrio momentâneo de mercado.
No modelo de equilíbrio, a demanda por exportação foi especificada da seguinte
forma:
log X
t
d
=
α
0
+
α
1
log (PX/PXW)
t
+
α
2
logYW
t
(5)
onde:
X
d
= quantidade demandada de exportação; PX= preço das exportações; PXW = média ponderada
dos preços dos produtos concorrentes de outros países; YW= média ponderada das rendas reais
dos parceiros comerciais do país exportador.
Os autores admitem a hipótese de homogeneidade de preços de forma que as
variações em qualquer um dos componentes da relação – preço das exportações/preço dos
produtos concorrentes – geram efeitos de mesma magnitude.
31
Também foi especificada uma função de oferta de exportações, expressa em função do
preço relativo (de exportação em relação ao doméstico) e de um índice representativo da
capacidade produtiva do país exportador (representada pela linha de tendência do logaritmo do
PIB real do Brasil):
log X
t
s
=
β
0
+
β
1
log (PX/P)
t
+
β
2
log Y*
t
(6)
onde:
X
s
é a quantidade ofertada de exportação; PX é o preço das exportações; P é o preço doméstico;
Y* é a capacidade produtiva doméstica (produto potencial).
Esta equação incorpora a premissa de que se houver uma elevação do preço das
exportações em relação aos preços domésticos, gerando aumento da lucratividade de produção
destinada à exportação, aumentará a oferta por parte dos exportadores. Admite-se, ainda, que
coeteris paribus, há uma relação positiva entre a capacidade produtiva doméstica e a capacidade
ofertada para as exportações. Um mecanismo de ajustamento para o quantum demandado e
ofertado é utilizado pelos autores no modelo de desequilíbrio.
A equação acima pode ser escrita como:
log PX
t
= b
0
+ b
1
log X
s
t
+ b
2
log Y*
t
+ b
3
log P
t
(7)
em que b
0
= -
1
0
β
β
; b1=
1
1
β
; b
2
= -
1
2
β
β
e b
3
=
1
1
β
β
Para obter apenas os efeitos das variáveis exógenas, os autores apresentam as
equações (6) e (7) na forma reduzida:
ttttt
P
b
b
Y
b
b
YW
b
PXW
bb
b
X log
1
*log
1
log
1
log
11
log
11
31
11
21
11
2
11
1
11
010
α
α
α
α
α
α
α
α
α
α
α
+
+
+
+
= (8)
ttttt
P
b
b
Y
b
b
YW
b
b
PXW
b
b
b
bb
PX log
1
*log
1
log
1
log
11
log
11
3
11
2
11
12
11
11
11
100
ααα
α
α
α
α
α
+
+
+
+
= (9)
Já no modelo de desequilíbrio os autores utilizam o mecanismo de ajustamento para o
quantum demandado, considerando que ele pode ocorrer com algum atraso:
32
1
logloglog
=
t
d
tt
XXX
γ
0 γ 1 (10)
onde: γ é o coeficiente de ajustamento e é o operador de primeira diferença.
Substituindo a equação (5) em (10), tem-se:
13210
loglogloglog
++
+=
tt
t
t
XcYWc
PXW
PX
ccX
(11)
onde:
γ
γα
γα
γα
=
=== 1,,,
3221100
cccc
Apoiando-se no modelo desenvolvido por Goldstein e Khan (1978), Zini Júnior
(1988) estimou funções de exportação e importação para o Brasil, sendo os resultados
diferenciados entre produtos industrializados, produtos agrícolas, produtos minerais e total do
comércio. No caso das exportações, suas funções de demanda e oferta seriam especificadas
como:
lnX
t
d
=a
11
+a
12
ln (PX
t
/PXW
t
)+ a
13
lnYW
t
+ u
1t
(12)
lnX
t
s
=b
11
+b
12
ln (e
t
PX
t
S
t
/PD
t
)+ b
13
lnYT
t
+ b
14
lnU
t
+ u
21
(13)
onde X
d
é a quantidade demandada de exportação, X é a quantidade ofertada de exportação, PX é
o preço da exportação em dólares, PXW é o preço dos bens competitivos no resto do mundo, YW
é a renda real no resto do mundo, PD é o nível de preço doméstico , (índices de preço por atacado
da FGV), S é a taxa média de subsídios, YT é a capacidade produtiva doméstica (produto
potencial), U é o índice de ciclos domésticos (utilização da capacidade), e é a taxa de câmbio
nominal e u
1
e u
2
são termos de subsídios aleatórios com média zero, variância constante,
independentes das variáveis exógenas e Cov (u
1
, u
2
) 0.
O autor reorganizou a função de oferta acima a fim de investigar o papel específico da
taxa de câmbio real:
ttt
t
t
t
t
t
t
tt
s
t
uUbYTb
Sb
PAD
PD
b
PAW
PX
b
PAD
PAWe
bbX
32726
2524232221
lnln
lnlnlnlnln
+++
++
+
+
+=
(14)
33
onde: PAW
t
= preço do resto do mundo e PAD
t
= preço doméstico do resto do mundo.
Cardoso e Dornbush (1980) também se basearam em Goldstein e Khan (1978).
Segundo os autores, o comportamento das exportações de produtos manufaturados é de vital
importância para a formulação de políticas econômicas. A função de comportamento da oferta de
exportações foi definida como:
yapaax
210
+
=
+
(15)
onde: x representa a participação das exportações no produto de bens manufaturados; p é o preço
internacional das manufaturas, ajustado para os subsídios às exportações e deflacionado pelo
preço interno desses bens. A variável y mede o excesso cíclico da demanda.
Barros et al. (2002) estimaram a equação de oferta, derivada das funções de demanda
e oferta internas, de produtos agropecuários para o Brasil de 1992 a 2000. Definiu-se a oferta e a
demanda domésticas na forma logarítmica como:
q
s
=
φ
+
γ
p
d
+
µ
ƒ
(16)
q
d
=
+
η
p
d
+
θ
y (17)
em que: qs e qd são as quantidades oferecida e demandada; pd é o preço; ƒ é um deslocador de
oferta; y é a renda real.
Em equilíbrio, tem-se:
qs = qd (18)
logo:
φ
+
γ
p
d
+
µ
ƒ
=
p
d
+
θ
y (19)
A partir dessa igualdade determina-se:
p
d
= [ (
-
φ
) +
θ
y -
µ
ƒ
] / ( y -
µ
ƒ
) (20)
(20) representa (logaritmo do) preço doméstico de equilíbrio, que vigora na ausência de comércio
com o exterior.
Supõe-se que o produto doméstico possa ser exportado ao preço p
x
(expresso em
moeda do país exportador). Pressupõe-se, ainda, que o produto selecionado para exportação reduz
34
a disponibilidade interna (e eleva o preço doméstico), sem influenciar o padrão de qualidade do
produto comercializado internamente, pressupondo-se que não há controle rigoroso de sua
qualidade.
Relacionando-se o preço externo (P
x
) e o interno (P
d
), tem-se uma margem de
exportação (M = P
x
/ P
d
) que cobre o custo dessa operação. O preço externo é fixado no mercado
internacional e seu valor não sofre influência do volume exportado pelo país em questão, ou seja,
tem-se uma demanda externa perfeitamente elástica.
Admite-se que a margem m (representada de forma logarítmica) seja relacionada a p
d
.
m =
α
p
d
(21)
em que a é a elasticidade relacionando m e pd.
Tendo-se em conta que p
x
= p
d
+ m, tem-se que:
p
d
= p
x
– m = p
x
-
α
p
d
(22)
Assim, as equações (16) e (17) podem ser reescritas como:
q
s
=
φ
+
γ
p
x
-
γ
α
p
d
+
µ
f (16´)
q
d
=
+
η
p
x
-
η
α
p
d
+
θ
y (17´)
Pode-se, agora, proceder à especificação da oferta de exportação, que é expressa como
o excesso de oferta sobre a demanda doméstica. Portanto, ela envolve as mesmas variáveis que
afetam essas duas funções. Dessa forma, pode-se representá-la genericamente em logaritmo
como:
q
x
=(
φ
-
)+(
γ
-
η
)p
x
α
(
γ
-
η
)p
d-
µ
f-
θ
y =
q
x
=
ƒ
( p
x
, p
d
, f, y ) (23)
Na Figura 7, representam-se as curvas de oferta e demanda domésticas (q
s
e q
d
). Além
disso, p
d
é o preço doméstico na ausência de comércio com o exterior; q* é a quantidade de
equilíbrio (ver ponto A).
Ao se considerar a possibilidade de comércio com o exterior, tem-se que obter a
oferta de exportação (q
x
). Para sua obtenção, primeiramente se obtêm a linha correspondente ao
excesso de oferta (q
x
= q
s
– q
d
) para preços acima de p
d
. Obtida essa linha, adiciona-se a ela
35
margem de exportação. A nova linha será a curva de oferta de exportação (q
x
). Agora, se
considerarmos uma demanda por importação perfeitamente elástica dada pela linha de preço p
x
,
então o preço FOB de exportação será p
x
, o preço doméstico será p’
d
e a quantidade vendida no
exterior será q
s
x
= p
x
B = p’
d
C = DD´.
Figura 7 – Obtenção da curva de excesso de oferta
Fonte: Barros et al. (2002)
Voltando à equação (23), tem-se que a oferta por exportações é dada por:
q
x
=
ƒ
( p
x
, p
d
, f, y ) (23)
Sabendo-se que:
p
x
= p
e
Tc
em que p
e
é o preço das exportações em moeda estrangeira e T
c
, a taxa de câmbio real, pode-se
reescrever a equação (6) como:
q
x
=
ƒ
( pe, Tc, pd, f, y ) (23´)
Dessa forma, foi estimada a equação de oferta, derivada das funções de demanda e
oferta internas, de produtos agropecuários para o Brasil de 1992 a 2000 na forma reduzida como:
q
x
=
ƒ
( pe, Tc, pd, f, y ) (24)
q q*
p
q
s
q
d
p
*
d
p
x
p
d
q
x
s
B
DD´
A
C
q
x
36
em que: q
x
é a quantidade a ser ofertada, pe é o preço das exportações em moeda estrangeira;
Tc, a taxa de câmbio real, pd é o preço doméstico; f é um deslocador de oferta; y é a renda
efetiva real. Os autores observaram que, do lado das exportações, a renda interna apresentou
sempre coeficiente negativo, a taxa de câmbio, sinal positivo, além dos preços internacionais em
dólar, sinal positivo, e dos preços domésticos, em reais, sinal negativo.
Cavalcanti e Ribeiro (1998) para analisar o comportamento das exportações de
básicos, semifaturados e manufaturados, estimaram equações para cada grupo de produtos. A
seleção das variáveis que pudessem contribuir para a análise das exportações foi baseada a partir
de especificações típicas para as funções de oferta e demanda de exportação. As primeiras
seriam condicionadas à renda mundial, ao preço das exportações e ao preço dos bens
concorrentes; e as segundas ao preço das exportações, a um índice de incentivos às exportações, à
taxa de câmbio nominal, a um índice de preços domésticos dos produtos exportados, a um índice
de custos de insumos e/ou fatores de produção, à taxa de utilização da capacidade produtiva e a
um índice de produto potencial. Os dados de exportação correspondem aos índices de quantum e
preço divulgados pelo convênio IPEA/FUNCEX; os dados referentes às variáveis externas foram
extraídos do International Financial Statistics - FMI e os demais, do Boletim Mensal do Banco
Central, Conjuntura Econômica e IBGE.
Segundo Cavalcanti e Ribeiro, os resultados apontam, resumidamente
“a importância das variáveis de preço relativo enquanto determinantes
fundamentais para as exportações brasileiras e, no caso de produtos industriais,
sugere a existência de uma tendência exógena de crescimento bastante forte, a qual
não pode ser identificada explicitamente, mas que provavelmente relaciona-se à
expansão da capacidade produtiva doméstica ou da demanda mundial”
(CAVALCANTI; RIBEIRO, 1998, p. 37).
Carvalho e Negri (2000) estimaram equações de importação e exportação de produtos
agropecuários para o Brasil de 1977 a 1998 através do ajustamento de um modelo uniequacional.
Para as exportações, considerou-se um modelo reduzido, definido pela expressão:
X = f (( E. Px . (1 + S) / Pd), Y, Y*) (25)
onde E é a taxa de câmbio nominal; Px é o preço do produto exportado; Pd é o preço do produto
doméstico; S é a taxa média de subsídio; Y é a renda interna; Y* é a renda externa.
37
Além deste, foram ajustadas equações alternativas para as exportações em que
inseriram variáveis que representam o produto potencial (capacidade doméstica de produção) –
Yp e variável que representa a utilização da capacidade instalada – Y/Yp. Os autores concluíram
as exportações são muito afetadas pelo nível de atividade mundial e pouco pela taxa de câmbio
real.
Com o objetivo de estimar equações para as exportações e para as importações totais e
desagregadas – por fator agregado e categorias de uso, respectivamente – para o período 1955 a
1995, Castro e Cavalcanti (1997) realizaram uma análise empírica investigando as propriedades
de integração e co-integração das séries. A abordagem utilizada parte da representação das séries
como um processo VAR (Vetor Auto-Regressivo). As variáveis explicativas utilizadas para as
exportações consistem na taxa de câmbio real, numa proxy para o nível de renda mundial e num
indicador do nível de atividade doméstica.
De maneira geral, os trabalhos apresentados consideram como determinantes das
exportações a taxa de câmbio, o preço do produto exportado, o preço do produto doméstico, uma
taxa média de subsídio, a renda interna, a renda externa e a capacidade produtiva doméstica.
2.2.2.2 Os modelos de importação
A partir do final dos anos 80 e intensificado com o Plano Real, o processo de abertura
comercial promoveu um aumento considerável das importações, contribuindo para os sucessivos
déficits na balança comercial brasileira. Desta forma, torna-se relevante a análise do
comportamento da demanda brasileira por produtos importados.
Para as importações, Zini Júnior (1988) supôs que o modelo de economia pequena
(oferta de importação infinitamente preço-elástica) era válido e estimou uma função na forma log
linear como:
lnM
t
d
=c
11
+b
12
ln (e
t
PM
tt
/PD
t
)+ c
13
lnTR
t
+ c
14
lnU
t
+ c
15
lnYTt + u
6t
(26)
onde Md é a quantidade demandada por importação, PM é o preço dos bens em dólares, PD é o
preço doméstico dos produtos substitutos da importação, YT é a renda doméstica tendencial (linha
de tendência do logaritmo da renda real), U é o índice de ciclos domésticos (utilização da
38
capacidade instalada), TR é a tarifa média (razão entre a arrecadação tarifária e o valor das
importações),
e é a taxa de câmbio nominal, u
6
é um termo de distúrbio aleatório.
Leamer e Stern (1970) consideraram a função de demanda por importação como:
=
Pd
Y
Pd
Pm
fM
it
, ou ),( YpfM
it
=
(27)
onde: Pm= preço do produto importado; Pd=preço do produto doméstico; M=quantidade do
produto importado; Pm / Pd = P= preço relativo importado e Y / Pd = Y = renda real.
Espera-se uma relação inversa entre os preços internacionais e as importações. Uma
relação direta pode ser esperada entre os preços domésticos e as compras externas. Além desses
preços, as importações estão sujeitas, assim como as exportações - porém no sentido inverso –
aos efeitos da taxa de câmbio (proxy dos preços relativos) e do PIB. Neste último ponto, se a
renda doméstica aumentar e o consumo doméstico aumentar mais rapidamente que a produção
doméstica, aumentará a quantidade de importados. Já se a renda doméstica aumentar e o consumo
doméstico diminuir mais rapidamente que a produção doméstica, reduzirá a quantidade de
importados (OSAKI, 2003).
Carvalho e Negri (2000) estimaram equações de importação e exportação de produtos
agropecuários para o Brasil de 1977 a 1998 através do ajustamento de um modelo uniequacional.
As formas funcionais alternativas para o modelo estrutural da quantidade demandada foram:
M
d
= f (Y, E.Pm. (1+T) / Pd, Y/Y
p
) (28)
M
d
= f (Y, E.Pm. (1+T) / Pd, Y
p
) (29)
onde E é a taxa de câmbio nominal; Pm é o preço das importações; Pd, o preço o preço
doméstico; T, a tarifa de importação; Y/Yp,é a utilização da capacidade instalada; Yp , é o produto
potencial; Y, é a renda interna. Os autores concluíram que as importações do setor são
dependentes da taxa de câmbio real e da taxa de utilização da capacidade instalada.
Santos (2004), analisando o mercado lácteo, definiu o modelo de importações como:
tttmtdtdt
DDYEPPM
ε
γ
γ
α
α
α
θ
θ
+
+
+
+
+
+
+=
221143210
(30)
39
onde: M
d
= quantidades mensais de importação de lácteos no período de 1991 a 2003;
0
θ
=
coeficiente autônomo;
1234112
,,,,,,
θ
αααβγγ
= coeficientes associados às variáveis explicativas;
P
dt
= preços mensais e leite em $/1000 litros no período e 1991 a 2003; P
mt
= preços mensais de
importação de lácteos em US$/1000 litros no período de 1991 a 2003; Y
t
= produto interno mensal
per capita deflacionado pelo IGP-DI no período de 19991 a 2003; D
1
= estabilização monetária no
mês de julho de 1994 (0 até junho de 1994 e 1 nos demais meses do ano); D
2
= medidas anti-
dumping a partir de janeiro de 1999 (0 até dezembro de 1998 e 1 nos demais meses);
ε
t
= um erro
aleatório. Segundo a autora, a literatura sugere que se aplique o modelo duplo-logaritmo.
O nível de atividade e os preços relativos representam as variáveis condicionantes que
foram consideradas na análise empírica de Castro e Cavalcanti (1997) citada no item anterior. Os
procedimentos econométricos utilizados deram atenção à não-estacionariedade das variáveis sob
análise, e se basearam nos modelos de co-integração e análise de erros.
Para analisar as importações de cebola da Argentina pelo Brasil, Osaki (2003) utilizou
o método dos mínimos quadrados em dois estágios e considerou a oferta e a demanda por
importações em dois modelos: um modelo de economia fechada e outro de comércio entre duas
regiões. Em ambos, a demanda seria determinada pelo preço e pela renda; já a oferta, pelo preço.
De maneira geral, dentre os determinantes para a demanda de importações, destacam-
se: a taxa de câmbio, o preço das importações, o preço doméstico, uma tarifa de importação, a
utilização da capacidade instalada, o produto potencial e a renda interna.
40
3 METODOLOGIA
3.1 O conceito de agronegócio e a balança comercial do setor
O estudo de Tomich et al. (2001) constitui o alicerce para a construção da balança
comercial do agronegócio. Isso se deve à forma de agregação dos setores. Primeiramente,
encontram-se os fatores de produção – cuja análise é essencial, principalmente do lado das
importações, ao se aprofundar na questão do trade-off entre crescimento econômico e
desvalorização cambial, pois ao mesmo tempo em que esta contribui ao superávit comercial via
exportações, encarece os produtos importados, essenciais para toda a cadeia produtiva. Em
seguida, os produtos agropecuários, no qual se incluem, por exemplo, as commodities agrícolas,
nas quais o país apresenta, em geral., vantagem comparativa. Posteriormente, os segmentos de
maior valor agregado ou agroindustriais, sendo a indústria de alimentos a mais representativa.
Através dessa estrutura, será possível analisar os principais grupos de produtos do agronegócio
brasileiro e destacar suas importâncias.
As mercadorias consideradas neste projeto podem ser encontradas no Anexo A.
Buscou-se considerar os setores classificados pela ESALQ / CNA e ABAG já que possuem um
maior rigor proporcionado pela análise da matriz insumo produto. Para os itens correspondentes a
fatores de produção, a classificação do IEA auxiliou no processo de classificação devido à
necessidade de respaldo de um conhecimento técnico mais aprofundado e adequado. Além disso,
a classificação do MAPA também forneceu grande auxílio no caso, principalmente, das
mercadorias incluídas em Agroindústria (2).
Portanto, a balança comercial do agronegócio, elaborada segundo os critérios
anteriores, organizar-se-á da seguinte forma:
I)Fatores de produção: fertilizantes, máquinas (incluindo tratores) e defensivos.
II)Agropecuária: produtos agrícolas e produtos de origem animal.
III)Agroindustriais
IIIa) Agroindústria (1): indústria de alimentos, bebidas, fumo, gorduras e óleos e ceras animais
e vegetais, produtos químicos.
41
IIIb) Agroindústria (2): fabricação de calçados, indústria têxtil e artigos de vestuário, borracha
natural, madeira e mobiliário e celulose, papel e gráfica.
Em relação aos dados trimestrais de importação e exportação, todos foram obtidos
através do Sistema Aliceweb (Brasil, 2006). Todos os valores foram deflacionados pelo Índice de
Preços ao Consumidor dos EUA, tendo como base o ano de 2004 e podem ser encontrados anexo.
3.2 Modelos básicos para as importações e exportações
3.2.1 Fundamentação gráfica
Os modelos básicos foram baseados em Barros (1987) que, através do diagrama “back
to back”, representam o comércio entre duas regiões.
Na Figura 8, à direita do eixo vertical aparecem as curvas nominais de oferta e
demanda para o Brasil. As curvas de excesso de oferta são traçadas para o Brasil e para o resto
do mundo, relacionando diferentes níveis de preços e os respectivos montantes pelos quais as
ofertas regionais excedem as demandas regionais. A curva de excesso de oferta pode positiva –
trecho que se situa no quadrante das quantidades referentes ao Brasil – ou negativa – situando-se
no quadrante referente ao Resto do Mundo. Neste último caos, pode referir-se à curva como
representando excesso de demanda, ou curva de importação pelo Brasil.
Considerando o Brasil um pequeno país exportador, nota-se, pela figura 8, que acima
de P*
BR
, a oferta interna é maior que a demanda interna. Dessa forma, pode ser a curva de
excesso de oferta é positiva, sendo uma oferta de exportação do Brasil. Já abaixo de P*
BR
, a
demanda interna é maior que a oferta e a curva de oferta traçada passa agora a ser negativa,
tratando-se da curva de excesso de demanda, ou demanda de importação.
Dessa forma, sendo o Brasil um pequeno país exportador ele não poderá afetar os
preços do resto do mundo de forma que a curva de excesso de oferta deste último é representada
por uma linha horizontal. Na Figura 9, com o comércio, a produção passaria de OB para OC, o
consumo interno de OB para AO e as exportações seriam iguais a AC.
42
Figura 8 - Diagrama “back to back” para um pequeno país exportador
Na Figura 9, à esquerda, as curvas do resto do mundo aparecem invertidas, pois as
quantidades que aparecem são medidas da direita para a esquerda a partir do ponto O. Este caso
se aplicaria quando o Brasil fosse considerado um grande país exportador. As curvas de excesso
de oferta e demanda são obtidas segundo procedimento descrito anteriormente.
Com o comércio, a produção passa de OB para OD, o consumo interno de OB para
AO e as exportações do Brasil (ou importações do resto do mundo) são representadas pelas
quantidades OB=SP=AC.
Por exemplo, um aumento na renda interna proporcionaria um deslocamento para a
direita da demanda de forma a aumentar os preços internos, aumentando as importações e
diminuindo as exportações. Já um aumento de produtividade deslocaria para baixo a curva de
oferta no mercado doméstico, reduziria os preços internos, diminuiria as importações e
aumentaria as exportações.
Q
RM
O
B
Q
BR
D
BR
ES
RM
ES
BR
P
P
o
a
P*
BR
S
BR
43
Figura 9 - Diagrama “back to back” para um grande país exportador: aumento da renda interna
3.2.2 Modelos empíricos setoriais
Considerando os diversos modelos examinados na revisão de literatura, serão
elaborados modelos empíricos de exportação para análise dos setores agrícola sem
processamento, animais sem processamento e alimentos processados. Será realizada também a
análise das importações de fertilizantes pelo Brasil.
A técnica econométrica empregada será o método de Análise de Auto-regressões
Vetoriais (Vector Autoregression Analysis - VAR), que será exposto mais adiante. A escolha
desse método decorre em primeiro lugar do número relativamente alto de variáveis
interdependentes envolvidas na análise. O método tem ainda provado capaz de adicionar
dimensões analíticas relevantes, indo além dos métodos convencionais de estática comparativa.
Por enquanto basta saber que este método pressupõe que todas as variáveis analisadas possam ser
endógenas, em princípio. Assim, embora haja relações contemporâneas inspiradas nos modelos
estático-comparativos expostos na revisão de literatura, toda e qualquer variável está sujeita aos
S
BR
D
BR
ES
BR
S
RM
D
RM
ES
RM
R
P
BR
P
RM
P
Q
RM
O
S
P
A
C
D
P
44
efeitos defasados das demais. Os efeitos ao longo do tempo de variação em uma variável sobre as
demais são examinados considerando que essa variável sofre um choque (variação) não-esperado
ou não-antecipado. Seu efeito sobre uma outra variável é medido pela alteração provocada pela
variação na primeira no valor previsto da segunda. Tendo essa perspectiva em mente, procede-se
à formulação dos modelos empíricos.
Modelo de exportação
Um mesmo modelo geral comum será formulado para os três grupos de produtos de
exportação. Um modelo específico será estipulado a seguir para o caso das importações de
fertilizantes. Pressupõe-se que o Brasil seja em todos os casos um tomador de preços.
O modelo aqui apresentado utiliza as idéias básicas desenvolvido por Blanchard e
Quah (1989), e adaptadas ao setor agrícola por Alves (2006) e Spolador (2006). Neste caso,
pretende-se verificar em que medida o desempenho da exportação do agronegócio e seus setores
individuais pode ser atribuído a choques provenientes de fatores ligados à demanda interna –
como a renda, à atratividade do mercado externo – como o câmbio e os preços internacionais, à
renda externa, além dos fatores relacionados à oferta – como a produtividade. Ao contrário do
modelo de Blanchard e Quah (1989), não será imposta restrição de longo prazo para captar os
efeitos permanentes e temporários. Sem perda de generalidade, supõe-se elasticidades unitárias
nas várias relações envolvidas.
Apresenta-se primeiramente o modelo para o segmento de produtos agrícolas. O
mesmo modelo se aplica para produtos animais e alimentos processados; nesses dois casos,
porém, não é incluída a variável produtividade pela dificuldade de medida dessa variável. No
caso da pecuária, a dificuldade deve-se à falta de uma medida adequada da produção de produtos
animais. No caso de produtos processados, faria mais sentido medi-la em relação à mão-de-obra.
Novamente falta uma série consistente de dados para tal.
A demanda interna pelo produto do agronegócio (em logaritmos) é dada por:
tt
d
t
pmy = (31)
45
onde y é a quantidade, m a renda nacional real e p é o preço doméstico do produto.
O produto (em logaritmos) é dado ainda por:
tt
s
t
y
θη
+=
(32)
ou
tt
s
t
pEy
θ
+= )(
(32’)
em que
θ
é a produtividade da terra e
η
a área colhida (que depende da expectativa de preço).
A exportação (x) é dada pelo excedente de mercado interno, identificado como:
d
t
s
tt
yyx = (33)
Outros componentes do modelo são:
a) choques de renda interna (e
d
):
d
ttt
emm +=
1
(34)
b) choques de produtividade, que afetam a oferta (e
s
):
1
s
ttt
e+=
θθ
(35)
c) choques de preço interno (ep):
O preço interno é representado de forma estilizada como sendo ligado ao preço externo
(expresso em reais) por uma margem de exportação. Supõe-se que até produtos que não sejam
transacionados externamente sejam influenciados pelos preços externos daqueles que o são.
Efeitos-substituição na produção se encarregariam dessa relação. Seja então :
p
t
x
tt
epp ++=
α
(36)
onde
α
é o log da margem de exportação e
x
p é o preço externo transformado em reais. Este
valor mede a atratividade da exportação, sendo o produto do preço externo em dólares pela taxa
de câmbio (reais/dólar).
d) choque de preço externo (
px
t
e )
46
px
t
x
t
x
t
emp += (37)
onde m
x
é a renda externa,dada por
mx
t
x
t
x
t
emm +=
1
(38)
Os choques e
s
t
, e
d
t
, e
p
t
, e
px
t
e e
mx
t
têm média zero, são não-correlacionados e não
apresentam auto-correlações.
Retomando a expressão para exportação:
d
t
s
tt
yyx = (39)
)()(
ttttt
pmx
+
=
θ
η
(40)
)]()[()]()([
11
p
t
x
t
d
tt
s
tttt
epemepEx +++++=
αθ
(41)
)]()[()]()[(
111
p
t
x
t
t
dt
s
tt
x
tt
epememx ++++++=
αθα
(42)
e variação em x (ou taxa de crescimento da exportação) será:
)()(2
11
1
p
t
p
t
px
t
px
t
d
t
s
t
mx
tt
eeeeeeex
+++= (43)
Assim, observa-se que:
a) aumentos na renda a externa elevam as exportações após uma defasagem pelo efeito que a
elevação do preço externo tem no preço interno, que pela sua vez, eleva a produção e
reduz a demanda;
b) aumentos na produtividade elevam as exportações porque deslocama a oferta doméstica
para a direita
c) aumentos na demanda interna reduzem as exportações
d) aumentos no preço externo aumentam as exportações (ao reduzirem a demanda interna)
quando ocorrem e a reduzem no momento seguinte
e) aumentos no preço interno aumentam as exportações (ao reduzirem a demanda interna)
quando ocorrem e a reduzem no momento seguinte
47
Modelo de Importação
No caso do modelo para importação de fertilizante, também se considera a expressão
geral
s
t
d
tt
zzx = (44)
onde
s
t
z e
d
t
z são a oferta e demanda domésticas de fertilizantes. A demanda é dada por
tt
d
t
rpEz
β
= )( (45)
sendo p o preço interno dos produtos agrícolas e r o preço interno de fertilizantes. A oferta é dada
por
t
s
t
rz
δ
= (46)
Os componentes do modelo são:
a) preço interno dos fertilizantes:
r
t
x
tt
err ++=
γ
(47)
b) o preço externo dos fertilizantes convertido em reais, r
x
:
rx
t
x
t
x
t
err +=
1
(48)
c) preço interno dos produtos agrícolas:
p
t
x
tt
epp ++=
α
(49)
d) preço externo dos produtos agrícolas:
px
t
x
t
x
t
epp +=
1
(50)
Logo:
tttt
rrpEx
δβ
= )( (51)
))(()(
r
t
x
ttt
erpEx +++=
γβδ
(52)
)()[(
11
r
t
rx
t
x
t
x
tt
eerpx +++++=
γβδα
(53)
48
e variação em x (ou taxa de crescimento da importação):
)]()[(
1
1
r
t
r
t
rx
t
px
t
t
eeeex
++=
βδ
(54)
À luz desses resultados tem-se as seguintes hipóteses:
a) aumentos no preço externo do produto
)0( >
px
t
e aumentarão as importações de fertilizantes no
período seguinte;
b) aumentos no preço externo de fertilizante
)0( >
rx
t
e reduzirão as importações de fertilizantes
d) aumentos no preço doméstico de fertilizante
)0( >
r
t
e reduzirão as importações de fertilizantes
no momento corrente e aumentarão no momento seguinte, desaparecendo seu efeito.
3.3 Procedimentos metodológicos
A técnica econométrica empregada será o método de Análise de Auto-Regressões
Vetoriais (Vector Autoregression Analysis - VAR), por suas características de (a) permitir
considerar, em princípio, todas as variáveis como endógenas; (b) considerar os choques causais
com evolução típica e não constantes como se dá nas análises “coeteris paribus”; (c)
explicitamente considerar os impactos de choques não-antecipados; (d) fornecer uma previsão
dinâmica dos efeitos, indicando a os impactos acumulados ao longo do tempo. O modelo de
vetores auto-regressivos foi proposto por Sims (1980) que defendeu a premissa de que todas as
variáveis devem ser tratadas de forma simultânea e simétrica. Isso é feito através das análises da
matriz de coeficientes contemporâneos, da decomposição da variância dos erros de previsão k
períodos à frente em % relacionadas a quanto cada variável é explicada pelas demais e ainda as
elasticidades de impulso-resposta aos choques. Além disso, apresenta a vantagem de possuir
poucas restrições na sua estrutura, sendo necessário apenas definir as variáveis que possivelmente
interajam no sistema e o número de defasagens necessárias para captar a dinâmica de interação
entre as variáveis do modelo (ALVES, 2003).
A metodologia VAR pode ser convencional ou estrutural. Como o VAR convencional
possui a limitação de ter uma estrutura recursiva para as relações contemporâneas entre as
49
variáveis, neste trabalho será utilizado o VAR estrutural desenvolvido por Bernanke (1986).
Assim, será possível estabelecer relações contemporâneas tomando a teoria econômica como
referência.
Baseando-se em Alves e Bacchi (2004), um modelo VAR estrutural pode ser
representado por:
B
0
y
t
= B
1
y
t-1
+ B
2
y
t-2
+ ... + B
p
y
t-p
+ e
t
(55)
onde y
t
é um vetor com variáveis de interesse; B
j
são matrizes (n x n) para qualquer j, com B
o
sendo a matriz de relações contemporâneas e e
t
é um vetor n x 1 de choques ortogonais. Além de
se considerar que os componentes de e
t
são não correlacionados serialmente, adota-se a suposição
de que eles são mutuamente não correlacionados, de tal forma que E(e
t
t
)=D. A equação (55)
pode ser escrita como:
B(L) = e
t
(56)
onde B(L) é um polinômio em L (B
o
+B
1
L+B
1
L
2
+...+B
p
L
P
) com L sendo o operador de defasagem
tal que L
j
y
t
= y
t-j
para j inteiro.
Para fins de estimação, pré multiplica-se (56) por B
o
-1
e obtém-se a forma reduzida:
A(L)y
t
= u
t
(57)
onde A(L) = B
0
-1
B(L) , A
0
= I
n
e u
t
= B
o
-1
e
t
. A equação (57) pode ser estimada por Mínimos
Quadrados Ordinários. Os coeficientes de B
o
e D podem ser estimados através da maximização
da função de verossimilhança.
Se o processo é estacionário, a equação (57) pode ser escrita na forma de média
móvel:
y
t
= C(L)u
t
(58)
onde C(L), que é estimado conhecendo-se A(L), é um polinômio de ordem infinita de matrizes C
j
.
Escrevendo a equação (58) em termos de e
t
tem-se
y
t
= C(L)B
o
-1
e
t
(59)
Essa equação pode ser usada para analisar os efeitos dos choques e a decomposição da
variância do erro de previsão. Uma vez que o modelo requer o uso de séries estacionárias ou
50
séries que se tornam estacionárias após a diferenciação, deve-se testar a estacionariedade das
séries, utilizando-se, por exemplo, os testes de Dickey-Fuller. Após isso, sendo as séries são
integradas de mesma ordem e co-integradas, um termo de correção de erro deve ser incluído no
modelo. Detalhes sobre a metodologia VAR estão descritos em Enders (1995).
Para estimar os testes de raiz unitária utilizar-se-á o software Regression Analysis of
Time Series (RATS) versão 4.0 e para os testes de co-integração e para a especificação do
modelo VAR, o RATS versão 5.0.
3.4 Testes econométricos
As hipóteses do modelo clássico de regressão linear pressupõem que as variáveis
sejam estacionárias, os erros tenham média zero e variância finita. No entanto, na presença de
variáveis não-estacionárias, a relação obtida entre as variáveis pode ser chamada de “espúria”.
Há 4 casos que devem ser considerados segundo Enders (1995):
Considerando a regressão y
t
= a
0
+ a
1
z
t
+ e
t
(60)
1) Se ambas {y
t
} e {z
t
} são estacionárias. Quando ambas variáveis são estacionárias, o modelo
clássico de regressão é apropriado.
2) Sendo as seqüências {y
t
} e {z
t
} integradas de diferentes ordens, a regressão não terá sentido,
pois a seqüência de resíduos {et} serão não-estacionárias.
3) Sendo as seqüências {y
t
} e {z
t
} são integradas de mesma ordem e a seqüência de resíduos
contendo uma tendência estocástica, trata-se de uma regressão espúria. Neste caso, é
recomendado que a regressão seja estimada em primeiras diferenças para que elas se tornem
estacionárias, sendo as hipóteses usuais aplicáveis. No entanto, se uma das tendências for
determinística e a outra estocástica, a primeira-diferenciação de cada não é apropriada.
4) As seqüências {y
t
} e {z
t
} são integradas de mesma ordem e a seqüência de resíduos é
estacionária. Nestas circunstâncias, {y
t
} e {z
t
} são co-integradas.
Portanto, a estacionariedade das variáveis consideradas deve ser previamente
verificada, a fim de que as séries relacionadas no modelo estejam corretamente especificadas.
51
3.4.1 Os testes de raiz unitária
O teste de raiz unitária tem por objetivo averiguar a estacionariedade das séries
temporais. Uma série considerada estacionária é aquela em que as médias e variâncias são
constantes ao longo do tempo e o valor da covariância entre dois períodos depende somente do
intervalo de tempo.
Caso a variável não seja estacionária, de forma geral, diferenciando-a um certo
número de vezes, ela tornar-se-á estacionária. O número de vezes que a série deve ser
diferenciada é a ordem de integração dessa variável.
Baseando-se no procedimento proposto por Enders (1995) para testar a presença de
raiz unitária, tomamos a seguinte equação e descrevemos os passos necessários para o teste:
=
+
++++=
p
i
tititt
ytayay
2
1210
εβγ
(61)
Passo 1) Como mostrado na Figura 10, inicia-se ajustando o modelo menos restritivo (geralmente
incluindo tendência e constante), utilizando a estatística τ
τ
para testar a hipótese nula γ = 0.
Testes de raiz unitária têm pouco poder para rejeitar a hipótese nula; assim, se a hipótese nula de
uma raiz unitária é rejeitada, não há necessidade de prosseguir. Conclui-se que a seqüência de
{y
t
} não contêm raiz unitária.
Passo 2) Se a hipótese nula não é rejeitada, é necessário determinar se foram incluídos
regressores determinísticos a mais no passo 1 acima. Testa-se a significância da variável
tendência sob a nulidade da raiz unitária (utiliza-se a estatística τ
βτ
para testar a significância de
a
2
). Deve-se tentar confirmar este resultado testando a hipótese a
2
= γ = 0 usando a estatística Φ
3
.
Se a tendência não for significativa, segue-se para o passo 3. Caso contrário, se a tendência for
significativa, é preciso testar novamente a presença de raiz unitária (γ = 0) usando a distribuição
padronizada. Depois disso, se for concluído que a tendência foi indevidamente incluída na
equação estimada, a distribuição limite de a
2
é a normal padronizada. Se a nulidade da raiz
unitária é rejeitada, conclui-se que {y
t
} não contém uma raiz unitária. Se a hipótese nula não for
rejeitada, conclui-se que {y
t
} tem uma raiz unitária.
52
Passo 3) Estima-se a equação (61) sem o termo tendência. Testa-se para a presença de raiz
unitária usando a estatística τ
µ
. Se a hipótese nula for rejeitada, conclui-se que o modelo não
contém uma raiz unitária. Se a hipótese nula de uma raiz unitária não for rejeitada, verifica-se a
significância da constante (usa-se a estatística τ
αµ
para testar a significância de a
0
, dado γ = 0). A
confirmação adicional deste resultado pode ser obtido testando a hipótese a
0
= γ = 0 usando a
estatística Φ
1
. Se a constante não é significativa, estima-se uma equação na forma
=
+
+++=
p
i
tititt
ytayy
2
121
εβγ
e procede-se ao passo 4. Se a constante é significativa,
testa-se a presença de raiz unitária, usando a distribuição normal. Se a hipótese nula de existência
de raiz unitária é rejeitada, conclui-se que a seqüência de { y
t
} não contém raiz unitária. Caso
contrário, conclui-se que a seqüência { y
t
} contém uma raiz unitária.
Passo 4) Estima-se a equação (61) sem tendência ou constante, ou seja, estima-se um modelo na
forma apresentada no passo 3. Usa-se a estatística τ para testar a presença de raiz unitária. Se a
hipótese nula de existência de raiz unitária for rejeitada, conclui-se que a seqüência { y
t
} não tem
raiz unitária. Caso contrário, a seqüência {y
t
} contém uma raiz unitária.
Como podemos notar, o coeficiente de interesse para se testar a estacionariedade da
série é γ; se γ=0, a equação está inteiramente na primeira diferença de modo que uma raiz
unitária, caso γ < 1 o processo é estacionário.
Já p refere-se à ordem do processo regressivo que descreve o comportamento da série
temporal. Para se determinar o p, alguns critérios como de Akaike (Akaike Information Criterion
– AIC) e Schwarz (Schwartz Bayesian Criterion – SBC) são utilizados.
53
Figura 10 - Procedimentos para testar a existência de raiz unitária
Fonte: Adaptado de Enders (1995)
γ = 0 ?
N
ão há raiz unitária
a
2
= 0 dado
γ = 0
?
γ = 0 usando
distribuição
normal?
Estimada
=
+
+++=
p
i
tititt
yyay
2
110
εβγ
γ = 0?
N
ão há raiz unitária
γ = 0 usando
distribuição
normal?
N
ão
Sim: Testar para a
presença de tendência
Não
Si
m
Sim
N
ão
N
ão
Não
Sim
Sim
N
ão
Sim
N
ão
Conclui-se que {yt} tem uma
raiz unitária
Conclui-se que {yt} tem uma
raiz unitária
Conclui-se que {yt} tem
uma raiz unitária
Sim: teste para a para
a presença de drift
Conclui-se que não há raiz
unitária
a
0
=0 dado γ
= 0
?
Estimada
=
+
++=
p
i
tititt
yyy
2
11
εβγ
γ = 0?
54
3.4.2 Os testes de co-integração
O teste de co-integração é aplicado na investigação da hipótese de existir relação
estável de longo prazo entre as variáveis integradas de mesma ordem. Se essa relação se verifica,
pode-se, utilizando um mecanismo de correção de erros, contornar o problema causado pela
perda de informações no longo prazo quando se diferenciam as séries para torná-las estacionárias
(MIRANDA, 2001).
Segundo Engle e Granger (1987), componentes de um vetor xt são co-integrados de
ordem d,b denotado por xt ~ CI (d,b) quando:
- todos os componentes são I(d), ou seja, todos os componentes de xt são integrados de ordem d;
- existe um vetor β 0 tal que zt = β’xt é I(d-b) com b>0.
Ao se verificar a co-integração das séries é recomendado utilizar um modelo de
correção de erros. Ao se incluir um coeficiente do erro defasado (termo de correção de erros) é
expresso quanto do desequilíbrio de longo-prazo é corrigido em um período (coeficiente de
ajustamento).
Os métodos de Engle e Granger, que não é recomendado quando houver a
possibilidade de existir mais de um vetor de co-integração, e de Johansen (1998) são alguns para
testar a co-integração. Os procedimentos para o teste de co-integração estão descritos em Enders
(1995).
3.5 Fonte de dados
3.5.1 Dados de exportação e importação
Em relação aos dados trimestrais de exportação e importação para o período de 1989 a
2005, todos foram obtidos através do Sistema Aliceweb (BRASIL, 2006). Os valores foram
55
deflacionados pelo Índice de Preços ao Consumidor dos EUA, do Instituto em Economia
Aplicada – IPEA, tendo como base o ano de 2004.
3.5.2 Renda externa
A exemplo de um grande número de trabalhos, o valor das importações mundiais foi
utilizado como proxy da renda externa. A série, em bilhões de dólares, é divulgada pelo IPEA e
foi deflacionada pelo IPC-EUA, base 2004.
3.5.3 Preços externos
3.5.3.1 Produtos agrícolas, produtos de origem animal e indústria de alimentos
A partir das mercadorias consideradas neste trabalho, foram selecionados os produtos
mais representativos.
1) Para alguns grupos, foram analisados os capítulos aos quais se referiam de forma a
encontrar a soma dos produtos que representaram mais do que 70% para cada capítulo no
ano de 2004. Foi o caso dos produtos agrícolas; produtos de origem animal; bebidas;
fumo; gorduras; óleos e ceras animais e vegetais e celulose, papel e gráfica. Em alguns
casos, foram considerados os capítulos em sua totalidade por nenhum item sozinho ou no
mínimo dez representarem mais do que 70% de cada capítulo considerado no grupo.
2) Outros grupos como fertilizantes, defensivos, máquinas e implementos, incluindo tratores,
produtos químicos e borracha natural são formados por mercadorias individuais, não por
capítulos inteiros como nos casos anteriores. Mercadorias com valores inferiores a US$
5.000.000,00 foram excluídas.
56
3) Outros grupos, como fabricação de calçados, indústria têxtil e artigos para vestuário e
madeira e mobiliário somam capítulos completos e mercadorias individuais, para os quais
foram adotados os critérios acima simultaneamente.
a) Produtos agrícolas
A partir disso, em primeiro lugar, calculou-se, para o período de 2000 a 2004, a
participação relativa dos produtos agrícolas em relação a todos os produtos considerados. Em
seguida, calculou-se a média dessas participações relativas.
Além disso, foram divididos os valores totais pelas quantidades totais de produtos
agrícolas para cada trimestre considerado, encontrando-se assim seus respectivos valores
unitários. O terceiro trimestre do ano de 2000 foi considerado o período- base. Assim, cada valor
unitário foi ponderado por essa base, transformando-se em um índice de valor unitário relativo.
Após esses dois cálculos, o Índice de Preços Externos Agrícolas foi calculado
multiplicando-se a média das participações relativas pelo índice de valor unitário relativo.
b) Produtos de origem animal
Assim como no caso anterior, em primeiro lugar, calculou-se, para o período de 2000
a 2004, a participação relativa dos produtos de origem animal em relação a todos os produtos
considerados. Em seguida, calculou-se a média dessas participações relativas. Ao mesmo tempo,
foram divididos os valores totais pelas quantidades totais de produtos de origem animal para cada
trimestre considerado, encontrando-se assim seus respectivos valores unitários. O terceiro
trimestre do ano de 2000 foi considerado o período-base. Assim, cada valor unitário foi
ponderado por essa base, transformando-se em um índice de valor unitário relativo.
Após esses dois cálculos, o Índice de Preços Externos Animais foi calculado
multiplicando-se a média das participações relativas pelo índice de valor unitário relativo.
57
c) Indústria de alimentos
O mesmo procedimento descrito nos casos anteriores foi utilizado para a indústria de
alimentos.
3.5.3.2 Fertilizantes
Foram considerados 14 tipos de fertilizantes, selecionados, por juntos, representarem
84% do valor importado pelo setor.
A partir disso, em primeiro lugar, calculou-se, para o período 2001 a 2005, a
participação relativa de cada fertilizante em relação a todos os produtos considerados. Em
seguida, calculou-se a média dessas participações relativas.
Além disso, foram divididos os valores pelas quantidades para cada fertilizante em
cada trimestre considerado, encontrando-se assim seus respectivos valores unitários. O terceiro
trimestre do ano de 2000 foi considerado o período-base. Assim, cada valor unitário foi
ponderado por essa base, transformando-se em um índice de valor unitário relativo.
Após esses dois cálculos, o Índice de Preços Externos Fertilizantes foi calculado
multiplicando-se a média das participações relativas pelo índice de valor unitário relativo.
3.5.4 Taxa de câmbio
3.5.4.1 Produtos agrícolas, produtos de origem animal e indústria de alimentos
Foi utilizado o Índice da Taxa Efetiva de Câmbio do Agronegócio Brasileiro
calculado pelo CEPEA/ESALQ com base nos pesos de cada país importador de produtos desse
setor.
3.5.4.2 Fertilizantes
Neste caso, foi utilizada a Taxa de Câmbio Efetiva Real divulgada pelo IPEA, que se
refere à economia brasileira como um todo. Suas ponderações referem-se às correntes de
58
comércio entre o Brasil e seus parceiros comerciais. O índice da taxa efetiva para o agronegócio
usado para as mercadorias aplica-se, por construção, apenas para as exportações.
3.5.5 Atratividade
Os índices de atratividade foram calculados multiplicando-se os preços externos de
cada grupo de produtos com as respectivas taxas de câmbio. No caso das exportações, os preços
internos em dólares são multiplicados pela taxa efetiva do agronegócio. Já para as importações,
os preços externos são multiplicados pela taxa efetiva calculada pelo IPEA.
3.5.6 Renda interna
Foi utilizado o PIB trimestral divulgado pela Fundação Getúlio Vargas - FGV.
3.5.7 Preços internos
a) Produtos agrícolas
Considerou-se uma cesta formada pelos seguintes produtos: algodão, arroz, cacau,
café, cana, feijão, laranja, mandioca, milho, soja e trigo. Todos os preços, com periodicidade
trimestral, foram coletados na FGV, deflacionados pelo IGP-DI (base 2004) e uniformizados em
R$/toneladas.
Primeiro, foram calculadas as participações de cada mercadoria no valor total da
produção agrícola a preço constante
4
: (a) calculou-se a média desses preços reais de cada
mercadoria para o período de análise; (b) multiplicou-se, então, a média de preço real de cada
mercadoria pela sua produção anual, dada pela Food and Agriculture Organization – FAO, em
toneladas; (c) para obter o valor total da produção agrícola a preço constante somam-se esse
produtos; (d) a participação de cada mercadoria no valor da produção resulta da divisão do valor
de cada uma pelo valor total da produção a preço constante.
4
Notar a importante diferença entre valor da produção a preço constante e valor da produção a preços reais. No
primeiro caso, as produções individuais são ponderadas pelos preços reais médio do período total de análise (total de
trimestres considerados); no segundo, as produções individuais são ponderadas pelos preços reais de cada trimestre.
59
Posteriormente, os preços trimestrais de cada produto foram multiplicados por sua
participação relativa na produção a preços fixos chegando-se ao Preço Lavouras – Produção a
Preços Fixos.
b) Produtos de origem animal
Para os produtos de origem animal foi utilizado o Índice de Preços Recebidos pelos
Produtores – Produtos Animais (IPR - Produtos Animais) da FGV.
Todos os preços foram coletados trimestralmente e deflacionados pelo Índice Geral de
Preços – IGP.
c) Indústria de alimentos
Para a indústria de alimentos, utilizou-se o Índice de Preços por Atacado Oferta
Global (IPA-OG - Produtos Alimentares - Total) da FGV. Todos os preços foram coletados
trimestralmente e deflacionados pelo IGP.
d) Fertilizantes
Já para os fertilizantes, utilizou-se o Índice de Preços Pagos pelos Produtores - IPP-
Fertilizantes da FGV. Todos os preços foram coletados trimestralmente e deflacionados pelo IGP.
3.5.8 Produtividade
Utilizaram-se as mesmas séries de dados citadas acima, além de dados de área
encontrados na FAO.
Para cada ano, a produção física de cada mercadoria foi multiplicada pelo seu preço
real fixo para o período total de análise. Esses produtos foram, então, somados para obter o valor
total da produção a preço fixo. Esse valor é, a seguir, dividido pela soma das áreas de cada
produto. Encontrou-se, assim, a série anual de produtividade. Por serem as demais séries
60
trimestrais e por ser a série de produtividade necessariamente anual, adotou-se o procedimento de
repetir o valor da produtividade para os quatro trimestres do ano.
61
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Esta seção, que abrange os resultados e discussão, está dividida em quatro sub-seções,
relacionadas aos grupos selecionados para a pesquisa: produtos agrícolas, produtos de origem
animal, indústria de alimentos e fertilizantes. Para cada caso, primeiramente, serão apresentados
os testes de raiz unitária que foram realizados a fim de se verificar a ordem de integração das
séries, evitando a possibilidade das variáveis se relacionarem de forma espúria. A seguir serão
apresentados os testes de co-integração entre as variáveis de mesma ordem. E, finalmente, serão
apresentados e analisados os resultados dos modelos de Auto-Regressão Vetorial com Termos de
Correção de Erro para cada grupo de produtos.
4.1 Produtos agrícolas
4.1.1 Testes de raiz unitária e co-integração
Foram utilizados os critérios de Akaike - AIC e Schwarz - SC para determinar o
número de defasagens (ordem do processo auto-regressivo) a ser adotado no testes de raiz
unitária. A partir da sinalização obtida pelos testes de AIC e SC, a definição do número de
defasagens a ser incluído em cada modelo foi feita de forma seqüencial, iniciando-se com o
número indicado e eliminando-se os termos cujos coeficientes apresentaram-se não significativos.
Os resultados estão na tabela 1, indicando, por exemplo, que a série de exportação de produtos
agrícolas é descrita por um processo AR(4).
Após determinado o número de defasagens para cada variável, foi realizado o teste de
Dickey-Fuller Aumentado - ADF. O procedimento adotado foi baseado em Enders (1995),
incluindo os testes φ
3
e
φ
1
, sendo que o primeiro testa a presença de tendência e constante
simultaneamente e o segundo, a presença de constante, sem tendência.
O teste de ADF é utilizado de forma seqüencial, iniciando-se no modelo I e passando
para especificações mais restritas nos modelos subseqüentes à medida que os resultados das
estatísticas dos testes de hipóteses associados ao coeficiente da variável
1t
y forem não
significativas. Os resultados são analisados através da tabela 5.
62
Tabela 5 – Resultados dos testes de raiz unitária de Dickey-Fuller para as séries exportação de
produtos agrícolas, renda externa, atratividade, renda interna, preço interno e
produtividade – 1989 a 2005
Modelo 1* Modelo 2**
Variáveis
+
Valor
de p-1
τ
τ
τ
βτ
φ
3
τ
µ
τ
αµ
φ
1
τ τ
Exportação
4 -3.421 3.197
#
5.969 1.268 -1.207 1.218 0.904 -4.882
#
renda externa
5 -1.737 1.945 1.994 0.438 -0.341 2.572 2.260 -3.187
#
Atratividade
3 -2.775 -1.968 3.850 -1.909 1.883 1.858 -0.402 -11.516
#
renda interna
4 -3.269 3.358
#
5.647 0.106 -0.043 2.884 2.422 -4.032
#
preço interno
4 -3.113 -1.743 5.100 -2.629 2.617
#
3.578 -0.526 -3.810
#
Produtividade
0 -1.754 1.540 1.750 -1.050 1.104 2.336 1.855 -8.062
#
Fonte: Dados da pesquisa.
+ todas as variáveis são utilizadas em logaritmo.
# Significativo ao nível de 5% de significância [valores críticos em Fuller (1976) e Dickey e Fuller (1981)].
* Modelo 1 =
=
++++=
1
1
1
p
i
tititt
xxtx
ελγβα
, nas versões com constante e tendência, sem tendência e
sem tendência e constante.
** Modelo 2 =
=
+∆∆+=∆∆
2
1
1
p
i
tititt
xxx
ελγ
, definido após constatado a não existência de termos
deterministas.
Nota: Não houve presença de autocorrelação serial, conforme o teste de Q de Lung Box.
Pode-se observar pela Tabela 5 que não se pode rejeitar a existência de pelo menos
uma raiz unitária em cada uma das séries consideradas, indicando que elas não são estacionárias
em nível. Já a hipótese de duas raízes unitárias pode ser rejeitada em todos os casos, visto que os
coeficientes associados às variáveis defasadas dos diferentes modelos são significativos. Nota-se,
portanto, que as variáveis são integradas de ordem um – I(1) – e precisam ser consideradas nas
diferenças de primeira ordem quando for especificado o modelo VAR.
Verificando que todas as séries são integradas de ordem I(1), realizou-se o teste de
cointegração de Johansen (1988) para analisar as relações de longo-prazo entre as variáveis.
Através do critério de AIC e SC para uma versão multiequacional foi definida uma defasagem a
ser utilizada.
63
Tabela 6 – Modelo para a exportação dos produtos agrícolas – resultados dos testes de co-
integração de Johansen entre as séries exportação, renda externa, produtividade,
preço interno, renda interna e atratividade – 1989 a 2005
Hipótese Nula Hipótese Alternativa
max
λ
trace
λ
r 5
r = 6 3,14 3,14
r 4
r = 5 10,03 13,17
r 3
r = 4 20,96* 34,13*
r 2
r = 3 41,09* 75,21*
r 1
r = 2 52,87* 128,09*
r 0
r = 1 98,71* 226,80*
Fonte: Dados da pesquisa.
* Significativo a 10% - modelo com constante restrita, ajustado com uma defasagem.
Pode-se observar pela Tabela 6 que os testes
max
λ e
trace
λ apresentam valores
significativos a partir da hipótese nula de que há pelo menos três vetores de co-integração contra
a hipótese alternativa de que há quatro vetores de co-integração. Assim, são utilizados quatro
vetores para a especificação do modelo VAR com Termo de Correção de Erro, sendo, assim,
consideradas as relações de curto e longo prazos.
4.1.2 O modelo de auto-regressão vetorial com termo de correção de erro
4.1.2.1 A matriz de coeficientes de relações contemporâneas
Nesta sub-seção são apresentados e analisados os resultados do modelo VAR
especificado para as exportações de produtos agrícolas. Considerou-se que a atratividade, a renda
externa, a produtividade, o preço interno e a renda interna influenciam as exportações de forma
contemporânea. Além disso, a exportação influencia tanto a atratividade quanto a renda interna e
a atratividade, o preço interno.
A matriz estimada de coeficientes de relações contemporâneas apresentou os
resultados mostrados na Tabela 7.
64
Tabela 7 Estimativa da matriz de coeficientes de relações contemporâneas para os produtos
agrícolas
Influência
De Sobre
Coeficiente
Estimado
Nível de
significância
Atratividade exportação -1.7139 0.1449
Renda externa exportação -2.1008 0.3114
Produtividade exportação -20.0258 0.0947
Preço interno exportação -3.0167 0.0970
Renda interna exportação -0.5455 0.8796
Exportação atratividade 2.2958 0.0065
Atratividade preço interno -0.2951 0.0023
Exportação renda interna -0.0509 0.0002
Fonte: Dados da pesquisa.
Conforme esperado, os efeitos da atratividade, da renda externa, da produtividade e do
preço interno sobre as exportações são positivos (lembrar que os sinais devem ser considerados
no sentido contrário). Assim, um aumento de 1% na atratividade causa um aumento de 1,71% nas
exportações imediatamente. Um incremento da renda do resto do mundo em 1% aumenta as
exportações em 2,1%. Já o preço interno aumentando em 1% proporcionaria aproximadamente
3% de aumento nas exportações.
No caso da produtividade, pode-se observar que o coeficiente possivelmente
apresenta-se superestimado, talvez pela dificuldade em compatibilizar os dados trimestrais das
outras variáveis com os dados anuais da produtividade. No entanto, o sinal apresenta-se como
esperado e em todos os cenários simulados esta variável mostrou-se de grande relevância para
explicar a evolução das exportações.
A renda interna exerce um papel imediato nas exportações contrário do esperado,
porém não significativo. Já o efeito das exportações na renda interna correspondeu ao esperado,
ou seja, um incremento de 1% nas exportações proporciona uma melhora de 0,05% na renda
interna.
Nota-se também que um aumento de 1% na atratividade contribuiria para o aumento
das exportações e conseqüente diminuição da oferta interna, aumentando os preços internos em
0,29%. E, finalmente, um aumento de 1% nas exportações faria com que mais dólares entrassem
no país, valorizando o câmbio, e reduzindo a atratividade em 2,29%.
65
4.1.2.2 A decomposição da variância dos erros de previsão
Através da decomposição da variância dos erros de previsão, o modelo VAR permite
avaliar o poder explanatório de cada variável sobre as demais. Pela tabela 8, por exemplo, pode-
se observar que a maior parte da variação nas exportações é explicada pela atratividade, em
média 62,4%, sendo que no primeiro trimestre esse porcentual chega a 73,8%. Em seguida, a
própria variável, com 18,3%; o preço interno com 7,1%; a produtividade com 4,6%; a renda
interna com 4,6% e, por último, a renda externa com 4%.
Tabela 8 - Decomposição histórica da variância do erro de previsão devido aos choques (%)
para a exportação de produtos agrícolas
Trimestre Desvio padrão exportações atratividade renda externa produtividade Preço interno renda interna
1 0.200 14.849 73.880 0.356 5.963 4.946 0.006
2 0.234 19.555 63.657 0.481 4.594 7.533 4.179
3 0.240 18.981 62.626 1.780 4.638 7.516 4.460
4 0.242 18.682 61.881 3.112 4.561 7.381 4.384
5 0.243 18.587 61.287 3.926 4.524 7.318 4.360
6 0.244 18.547 60.955 4.309 4.518 7.295 4.376
7 0.244 18.526 60.809 4.457 4.522 7.289 4.397
8 0.244 18.516 60.757 4.504 4.526 7.288 4.410
9 0.244 18.512 60.742 4.517 4.527 7.288 4.414
10 0.244 18.510 60.738 4.519 4.528 7.288 4.416
11 0.244 18.510 60.737 4.520 4.528 7.288 4.416
12 0.244 18.510 60.737 4.520 4.528 7.288 4.416
Fonte: Dados da pesquisa.
No caso da atratividade, pode-se notar que ela é explicada 54,9%, em média, pelas
exportações, que exercem maior influência no segundo trimestre, com 58,7%; seguida pela
produtividade com 16,5%; pelo preço interno com 11,4%; pela renda externa com 6,2%; pela
renda interna com 6,1% e, por último, pela atratividade, com 5,2%. Ver tabela 9.
66
Tabela 9 - Decomposição histórica da variância do erro de previsão devido aos choques (%)
para a atratividade dos produtos agrícolas
Trimestre
Desvio
padrão exportações atratividade renda externa produtividade
Preço
interno renda interna
1 0.243 52.894 6.959 1.267 21.239 17.619 0.022
2 0.289 58.708 4.934 4.349 16.431 12.478 3.101
3 0.306 56.630 4.980 6.390 16.020 11.085 4.895
4 0.313 55.125 5.126 6.977 15.997 10.700 6.075
5 0.315 54.584 5.145 7.023 16.067 10.637 6.544
6 0.315 54.472 5.140 7.009 16.098 10.625 6.656
7 0.315 54.460 5.138 7.015 16.099 10.620 6.668
8 0.316 54.458 5.139 7.025 16.094 10.618 6.667
9 0.316 54.455 5.140 7.031 16.091 10.617 6.666
10 0.316 54.453 5.141 7.033 16.091 10.617 6.666
11 0.316 54.452 5.141 7.034 16.090 10.617 6.666
12 0.316 54.452 5.141 7.034 16.090 10.617 6.666
Fonte: Dados da pesquisa.
Já para a renda externa (tabela 10), pode-se notar que sua variância é explicada, em
média, 89,2% por ela mesma, tratando-se de uma variável praticamente exógena. Em seguida, os
preços internos e a renda interna explicam, respectivamente, 3,6% e 3,4% da variância da renda
externa.
Tabela 10 - Decomposição histórica da variância do erro de previsão devido aos choques (%)
para a renda externa
Trimestre
Desvio
padrão exportações atratividade renda externa Produtividade
Preço
interno renda interna
1 0.039 0 0 100.000 0 0 0
2 0.049 2.362 0.066 91.351 0.391 3.242 2.588
3 0.052 2.787 0.098 88.871 0.868 3.900 3.475
4 0.053 2.821 0.108 88.184 1.071 4.008 3.808
5 0.053 2.812 0.115 87.946 1.147 4.037 3.944
6 0.053 2.805 0.121 87.866 1.173 4.044 3.992
7 0.053 2.802 0.125 87.841 1.181 4.045 4.006
8 0.053 2.802 0.127 87.834 1.183 4.045 4.009
9 0.053 2.802 0.129 87.832 1.183 4.045 4.010
10 0.053 2.802 0.129 87.831 1.184 4.045 4.010
11 0.053 2.802 0.129 87.831 1.184 4.045 4.010
12 0.053 2.802 0.129 87.831 1.184 4.045 4.010
Fonte: Dados da pesquisa.
67
Similarmente à renda externa, a produtividade é explicada, em média, 86,6% por ela
mesma. Em seguida, nota-se o preço interno com 5,3%. Ver Tabela 11.
Tabela 11 - Decomposição histórica da variância do erro de previsão devido aos choques (%)
para a produtividade
Trimestre
Desvio
padrão exportações atratividade renda externa produtividade
Preço
interno renda interna
1 0.016 0 0 0 100.000 0 0
2 0.018 3.117 3.707 0.245 86.853 5.834 0.244
3 0.018 3.105 3.975 0.355 85.971 5.856 0.738
4 0.018 3.172 3.958 0.637 85.603 5.852 0.777
5 0.018 3.274 3.951 0.861 85.288 5.841 0.785
6 0.018 3.314 3.950 0.957 85.133 5.843 0.803
7 0.018 3.323 3.950 0.986 85.082 5.844 0.815
8 0.018 3.324 3.950 0.993 85.070 5.845 0.82
9 0.018 3.323 3.950 0.994 85.067 5.845 0.821
10 0.018 3.323 3.950 0.994 85.067 5.845 0.821
11 0.018 3.323 3.950 0.994 85.067 5.845 0.821
12 0.018 3.324 3.950 0.994 85.067 5.845 0.821
Fonte: Dados da pesquisa.
Para os preços internos (Tabela 12), 49%, em média, da variância é explicada por eles
mesmos, seguidos das exportações, com 26,9% e, com 7,7%, pela renda interna.
Tabela 12 - Decomposição histórica da variância do erro de previsão devido aos choques (%)
para os preços internos agrícolas
Trimestre
Desvio
padrão exportações atratividade renda externa produtividade
Preço
interno renda interna
1 0.097 28.758 3.783 0.689 11.547 55.211 0.012
2 0.101 26.761 3.497 1.286 11.279 50.491 6.686
3 0.103 26.403 3.789 1.269 11.473 49.100 7.966
4 0.104 26.726 4.072 1.463 11.373 48.469 7.896
5 0.104 26.855 4.209 1.579 11.300 48.203 7.854
6 0.104 26.874 4.263 1.612 11.280 48.117 7.853
7 0.104 26.873 4.279 1.616 11.278 48.097 7.858
8 0.104 26.871 4.283 1.616 11.278 48.093 7.859
9 0.104 26.871 4.283 1.617 11.277 48.093 7.860
10 0.104 26.871 4.283 1.617 11.277 48.092 7.860
11 0.104 26.871 4.283 1.618 11.277 48.092 7.860
12 0.104 26.871 4.283 1.618 11.277 48.092 7.860
Fonte: Dados da pesquisa.
68
Em média, 65,6% da variância da renda interna é explicada por ela mesma, chegando
a quase 80% no primeiro trimestre. Em seguida, 10,6% pela atratividade; 8,2% pela renda
externa; 5,9% pela produtividade e 5,8% pelas exportações. Ver Tabela 13.
Tabela 13 - Decomposição histórica da variância do erro de previsão devido aos choques (%)
para a renda interna
Trimestre
Desvio
padrão exportações atratividade renda externa produtividade
preço
interno renda interna
1 0.022 3.015 15.003 0.072 1.211 1.004 79.695
2 0.027 2.241 10.687 2.289 6.476 4.447 73.861
3 0.028 4.672 10.274 6.287 6.755 4.279 67.734
4 0.029 6.223 10.132 8.332 6.421 4.488 64.404
5 0.029 6.698 10.130 9.072 6.327 4.575 63.198
6 0.029 6.805 10.138 9.281 6.317 4.614 62.846
7 0.029 6.819 10.140 9.322 6.321 4.628 62.770
8 0.029 6.818 10.140 9.327 6.324 4.631 62.760
9 0.029 6.818 10.139 9.326 6.325 4.632 62.759
10 0.029 6.818 10.139 9.327 6.325 4.632 62.759
11 0.029 6.819 10.139 9.327 6.325 4.632 62.759
12 0.029 6.819 10.139 9.327 6.325 4.632 62.758
Fonte: Dados da pesquisa.
4.1.2.3 Função impulso resposta acumulada
Primeiramente, pela Figura 11, pode-se observar a função impulso resposta
acumulada de cada variável a impulso nela mesma. As exportações, por exemplo, após um
choque positivo inicial, caem em cerca de 90% no primeiro trimestre, depois se recuperam, mas
em um nível inferior ao início do período. Renda interna e externa têm um padrão semelhante a
esse. Já a produtividade, preço interno e, em menor grau, a atratividade, apresentam um padrão
de choque que se sustenta ao longo do tempo.
69
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
123456789101112
trimestres
elasticidade
EXP ATRAT REXT PRODT PINT DRINT
Figura 11 - Função de impulso resposta acumulada de cada variável a impulso nelas próprias
Fonte: Dados da pesquisa.
Pela Figura 12 pode-se verificar como a exportação responde aos choques de cada
variável. Pode-se notar, por exemplo, que a atratividade aumenta sensivelmente as exportações,
principalmente no primeiro trimestre. Como já foi observado, pela Tabela 4, a maior parte da
variação nas exportações é explicada pela atratividade, em média 62,4%, sendo que no primeiro
trimestre esse porcentual chega a 73,8%. Na Figura 12 percebe-se que esse efeito estabiliza-se em
torno de 2,0: ou seja, se atratividade aumentar 10%, as exportações aumentariam 20%. Recorda-
se que, por construção, tal aumento na atratividade pode decorrer de uma combinação de
variações na taxa de câmbio e no preço em dólares que sobe 10%.
Da mesma maneira, a renda externa (0,3% no primeiro trimestre, convergindo em
0,33%), a produtividade (2,88% a 3%) e os preços internos (0,61% a 1,07%) impulsionam as
exportações. Além disso, um crescimento de 1% no PIB doméstico tem impactos expressivos
(chegando a -1,7%) de contenção das exportações dos produtos agrícolas. Embora estes efeitos
não tenham apresentado poder relevante de explicação do erros de previsão, eles devem ser
tomados em conta pelo impacto potencial que podem ter: uma queda expressiva pode ocorrer no
ritmo exportador do agronegócio face a uma retomada do crescimento econômico brasileiro.
Nesse caso, por exemplo, cada ponto percentual de crescimento do PIB teria de ser compensado
por semelhante desvalorização cambial real para conter a demanda interna e manter as
70
exportações. Saliente-se, entretanto, que a expansão das exportações do agronegócio tem-se dado
sob incremento importante da produtividade, que pode ser o elemento capaz de compatibilizar o
crescimento das exportações e o atendimento do mercado interno sem pressões inflacionárias
relevantes.
-3
-2
-1
0
1
2
3
4
123456789101112
trimestres
elasticidade
EXP/ EXP ATRAT/EXP REXT/EXP PRODT/ EXP PINT/ EXP RINT/EXP
Figura 12 - Função de impulso resposta acumulada da exportação de agrícolas a impulso de cada
variável
Fonte: Dados da pesquisa.
Outros resultados que mostraram a necessidade de serem melhor analisados devido à
importância na decomposição da variância dos erros de previsão são os mostrados na Figura 13.
As próprias exportações tendem a derrubar a atratividade (-2,29% a -1,12%), provavelmente face
à valorização cambial. Assim, a atratividade aumenta as exportações em 3% no primeiro
trimestre, mas o aumento da atratividade contrai esse aumento nas exportações. Outro aspecto
bastante relevante é a queda que a produtividade exerce sobre os preços internos de produtos
agrícolas (-1,95% a -1,75%). Em função dessas interações, a atratividade aumenta os preços
internos (0,29% a 0,21%) e as exportações diminuem os preços internos (-0,67% a -0,61%).
71
Figura 13 - Função de impulso resposta acumulada da exportação sobre a atratividade e sobre o
preço interno; da atratividade sobre o preço interno e da produtividade sobre o preço
interno
Fonte: Dados da pesquisa.
4.2 Indústria de alimentos
4.2.1 Testes de raiz unitária e co-integração
Da mesma forma descrita para os produtos agrícolas, foram utilizados os critérios de
Akaike e Schwarz para determinar o número de defasagens (ordem do processo auto-regressivo)
a ser adotado no testes de raiz unitária. Os resultados estão na Tabela 13, indicando, por exemplo,
que a série de preços internos dos produtos da indústria de alimentos é descrita por um processo
AR(3).
Após determinado o número de defasagens para cada variável, foi realizado o teste de
Dickey-Fuller Aumentado - ADF. O procedimento adotado foi baseado em Enders (1995),
incluindo os testes φ
3
e
φ
1
, sendo que o primeiro testa a presença de tendência e constante
simultaneamente e o segundo, a presença de constante, sem tendência.
O teste de ADF é utilizado de forma seqüencial, iniciando-se no modelo I e passando
para especificações mais restritas nos modelos subseqüentes à medida que os resultados das
-2,5
-2
-1,5
-1
-0,5
0
0,5
12 345 6789101112
trim estres
elasticidades
EXP/A TRA T EXP/PINT ATRAT/PINT PRO DT/PINT
72
estatísticas dos testes de hipóteses associados ao coeficiente da variável
1t
y forem não
significativas. Os resultados são analisados através da tabela 14.
Tabela 14 – Resultados dos testes de raiz unitária de Dickey-Fuller para as séries exportação da
indústria de alimentos, atratividade, renda interna e preço interno – 1989 a 2005
Modelo 1* Modelo 2**
Variáveis
+
Valor de
p-1
τ
τ
τ
βτ
φ
3
τ
µ
τ
αµ
φ
1
τ τ
Exportação
10 -2.794 1.409 3.908 -2.388 2.425 4.184 1.499
-1.991
#
Atratividade
9 -1.446 0.673 1.310 -1.480 1.475 1.101 -0.159
-2.935
#
renda interna
4 -3.269
3.358
#
5.647 0.106 -0.043 2.884 2.422
-4.032
#
preço interno
3 -1.289 1.853 1.821 -1.399 1.390 1.163 -0.621
-5.115
#
Fonte: Dados da pesquisa.
+ todas as variáveis são utilizadas em logaritmo.
# Significativo ao nível de 5% de significância [valores críticos em Fuller (1976) e Dickey e Fuller (1981)].
* Modelo 1=
=
++++=
1
1
1
p
i
tititt
xxtx
ελγβα
, nas versões com constante e tendência, sem tendência e
sem tendência e constante.
** Modelo 2 =
=
+∆∆+=∆∆
2
1
1
p
i
tititt
xxx
ελγ
, definido após constatado a não existência de termos
deterministas.
Nota: Não houve presença de autocorrelação serial, conforme o teste de Q de Lung Box.
Pela Tabela 14, nota-se que não se pode rejeitar a existência de pelo menos uma raiz
unitária em cada uma das séries consideradas. Já a hipótese de duas raízes unitárias pode ser
rejeitada em todos os casos, visto que todos os coeficientes associados à variável defasada dos
diferentes modelos são significativos. Portanto, todas as variáveis são integradas de ordem um,
ou seja, precisam ser diferenciadas uma vez para tornarem-se estacionárias e serem utilizadas na
especificação do modelo VAR.
Verificando que todas as séries são integradas de ordem I(1), realizou-se o teste de
cointegração de Johansen (1988) para analisar as relações de longo-prazo entre as variáveis.
Através do critério de AIC e SC para uma versão multiequacional foi definida uma defasagem a
ser utilizada.
73
Tabela 15 Modelo para exportação da indústria de alimentos – resultados dos testes de co-
integração de Johansen entre as séries exportação, preço interno, renda interna e
atratividade – 1989 a 2005
Hipótese Nula Hipótese Alternativa
max
λ
trace
λ
r 3
r = 4 2.22 2.22
r 2
r = 3 8.96 11.18
r 1
r = 2 24.45* 35.63*
r 0
r = 1 31.23* 66.87*
Fonte: Dados da pesquisa.
* Significativo a 10% - modelo com constante restrita, ajustado com uma defasagem.
Pode-se observar pela tabela 14 que os testes
max
λ e
trace
λ apresentam valores
significativos a partir da hipótese nula de que há pelo menos um vetor de co-integração contra a
hipótese alternativa de que há dois vetores de co-integração. Assim, são utilizados dois vetores
para a especificação do modelo VAR com Termo de Correção de Erro.
4.2.2 O modelo de auto-regressão vetorial com termo de correção de erro
4.2.2.1 A matriz de coeficientes de relações contemporâneas
Nesta sub-seção são apresentados e analisados os resultados do modelo VAR
especificado para as exportações da indústria de alimentos. Considerou-se que a atratividade, o
preço interno e a renda interna influenciam as exportações de forma contemporânea. Além disso,
a exportação influencia tanto a atratividade quanto a renda interna e a atratividade, o preço
interno. A matriz estimada de coeficientes de relações contemporâneas apresentou os resultados
mostrados na Tabela 16.
74
Tabela 16 Estimativa da matriz de coeficientes de relações contemporâneas para a indústria de
alimentos
Influência
De Sobre
Coeficiente
Estimado
Nível de
Significância
Atratividade exportação -0.2702 0.6454
Renda interna exportação -3.5561 0.000
Preço interno exportação -3.8542 0.5930
Exportação atratividade 0.7410 0.5989
Exportação renda interna -0.2111 0.9551
Atratividade preço interno -0.2535 0.5646
Fonte: Dados da pesquisa.
Assim como para os produtos agrícolas, porém numa magnitude cerca de seis vezes
menor, um incremento na atratividade aumentaria de imediato as exportações da indústria de
alimentos. Para um aumento de 1% na atratividade, as exportações cresceriam 0,27%. Já o preço
interno exerce um impacto maior sobre as exportações que o grupo anteriormente apresentado.
3,8% seria o aumento nas exportações caso os preços internos subissem 1%.
Além disso, nota-se que os preços internos aumentariam 0,25% devido a um aumento
de 1% da atratividade.
No caso das exportações aumentarem 1%, a atratividade seria reduzida em 0,74%,
uma queda aproximadamente três vezes menor que para os produtos agrícolas.
O coeficiente da renda interna apresentou sinal contrário ao esperado: aumento na
renda deveria reduzir as exportações; entretanto, é muito baixa a significância do coeficiente.
4.2.2.2 A decomposição da variância dos erros de previsão
Pode-se observar pela Tabela 17 que a atratividade é responsável pela maior parte da
variância das exportações da indústria de alimentos, com aproximadamente 32,7%. Logo em
seguida, a própria variável, com 28,5%; o preço interno, com 20,8% e a renda interna, com
17,9%.
75
Tabela 17 - Decomposição histórica da variância do erro de previsão devido aos choques (%)
para as exportações da indústria de alimentos
Trimestre desvio padrão exportações atratividade renda interna preço interno
1 0.151 28.558 28.928 21.696 20.818
2 0.169 28.482 33.465 17.571 20.483
3 0.171 28.605 33.123 17.639 20.633
4 0.172 28.571 33.003 17.615 20.811
5 0.172 28.557 32.980 17.604 20.859
6 0.172 28.553 32.974 17.605 20.868
7 0.172 28.553 32.974 17.604 20.869
8 0.172 28.553 32.974 17.604 20.869
9 0.172 28.553 32.974 17.604 20.869
10 0.172 28.553 32.974 17.604 20.869
11 0.172 28.553 32.974 17.604 20.869
12 0.172 28.553 32.974 17.604 20.869
Fonte: Dados da pesquisa.
No caso da atratividade, a variância, em primeiro lugar, é explicada 26,8%, em média,
pela própria variável. O preço interno, em seguida, explica 25,9%; a renda interna, 24,3% e as
exportações 22,9%, sendo que no primeiro trimestre esse valor chega a 28,5%.
Tabela 18 - Decomposição histórica da variância do erro de previsão devido aos choques (%)
para a atratividade da indústria de alimentos
Trimestre desvio padrão exportações atratividade renda interna preço interno
1 0.112 28.557 28.930 21.695 20.818
2 0.129 21.940 26.148 25.408 26.504
3 0.131 22.404 26.655 24.592 26.349
4 0.132 22.460 26.718 24.467 26.355
5 0.132 22.466 26.701 24.456 26.377
6 0.132 22.465 26.697 24.452 26.386
7 0.132 22.464 26.696 24.451 26.388
8 0.132 22.464 26.696 24.451 26.388
9 0.132 22.464 26.696 24.451 26.388
10 0.132 22.464 26.696 24.451 26.388
11 0.132 22.464 26.696 24.451 26.388
12 0.132 22.464 26.696 24.451 26.388
Fonte: Dados da pesquisa.
A renda interna é uma variável praticamente exógena, visto que no primeiro trimestre
a variância pôde ser explicada 99,4% por ela mesma e durante o período, em média 87%. A
76
atratividade, em média, responde por cerca de 11,7% da variância da renda interna.
Tabela 19 - Decomposição histórica da variância do erro de previsão devido aos choques (%)
para a renda interna
Trimestre desvio padrão exportações atratividade renda interna preço interno
1 0.038 0.200 0.203 99.450 0.146
2 0.041 1.655 10.932 87.252 0.161
3 0.041 2.281 11.825 85.684 0.209
4 0.041 2.299 11.789 85.702 0.210
5 0.041 2.299 11.802 85.682 0.216
6 0.041 2.300 11.804 85.678 0.218
7 0.041 2.300 11.804 85.678 0.218
8 0.041 2.300 11.804 85.678 0.218
9 0.041 2.300 11.804 85.678 0.218
10 0.041 2.300 11.804 85.678 0.218
11 0.041 2.300 11.804 85.678 0.218
12 0.041 2.300 11.804 85.678 0.218
Fonte: Dados da pesquisa.
Em média, 35,4% da variância do preço interno é explicada pela própria variável. Em
seguida, a atratividade responde por 27,2% da variância do preço interno; as exportações, 20,3%
e a renda interna 17%.
Tabela 20 - Decomposição histórica da variância do erro de previsão devido aos choques (%)
para o preço interno da indústria de alimentos
Trimestre desvio padrão exportações atratividade renda interna preço interno
1 0.032 22.070 22.359 16.767 38.804
2 0.033 20.234 27.874 16.523 35.368
3 0.034 20.169 27.697 17.012 35.122
4 0.034 20.133 27.648 17.151 35.068
5 0.034 20.131 27.658 17.151 35.060
6 0.034 20.131 27.659 17.151 35.058
7 0.034 20.131 27.659 17.152 35.058
8 0.034 20.131 27.659 17.152 35.058
9 0.034 20.131 27.659 17.152 35.058
10 0.034 20.131 27.659 17.152 35.058
11 0.034 20.131 27.659 17.152 35.058
12 0.034 20.131 27.659 17.152 35.058
Fonte: Dados da pesquisa.
77
4.2.2.3 Função impulso resposta acumulada
Pela Figura 14, pode-se observar a função impulso resposta acumulada de cada
variável a impulso nela mesma. As exportações, por exemplo, após um choque positivo inicial
caem em cerca de 50% no primeiro trimestre, depois se recuperam, mas em um nível inferior ao
início do período. Já a atratividade sobe aproximadamente 50% no primeiro trimestre e depois
cai, mesmo assim se estabiliza em um nível superior ao início do choque.
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
1,4
1,6
123456789101112
trimestres
elasticidades
EXP ATRAT RINT PINT
Figura 14 - Função de impulso resposta acumulada de cada variável a impulso nelas próprias
Fonte: Dados da pesquisa.
Pela Figura 15 pode-se verificar como a exportação responde aos choques de cada
variável sobre ela. Pode-se notar, por exemplo, que a atratividade aumenta as exportações,
principalmente no primeiro trimestre. Como já foi observado, pela Tabela 16, a maior parte da
variação nas exportações é explicada pela atratividade, em média 32,7%. Os preços internos
também impulsionam as exportações, enfatizando o expressivo coeficiente encontrado na matriz
de coeficientes de relações contemporâneas (0,38). A resposta ao choque na renda interna, assim
como na matriz de coeficientes contemporâneos, é o inverso do que se esperava, e apesar de ser a
variável que menos explica a variância das exportações, esse valor chega a 17,9%.
78
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
123456789101112
trimestres
elasticidades
EXP/ EXP ATRAT/EXP RINT/EXP PINT/EXP
Figura 15 - Função de impulso resposta acumulada da exportação da indústria de alimentos a
impulso de cada variável
Fonte: Dados da pesquisa.
Outros resultados importantes foram observados pela decomposição da variância e
melhor explorados pela análise das elasticidades de impulso-resposta na Figura 16. Pode-se
observar que as exportações derrubam a atratividade (-0,74% a -0,76%) e os preços internos
(-0,18% a -0,22%). Já a atratividade aumenta os preços internos (0,25% a 0,37%).
Figura 16 - Função de impulso resposta acumulada da exportação sobre a atratividade e sobre o
preço interno e da atratividade sobre o preço interno
Fonte: Dados da pesquisa.
-1
-0,8
-0,6
-0,4
-0,2
0
0,2
0,4
0,6
123456789101112
trimestres
elasticidades
EXP/ A TRA T EXP/PINT ATRAT/PINT
79
4.3 Produtos de origem animal
4.3.1 Os testes de raiz unitária e co-integração
Foram adotados os mesmos procedimentos descritos nos casos anteriores para a
realização dos testes de raiz unitária.
Tabela 21 – Resultados dos testes de raiz unitária de Dickey-Fuller para as séries exportação de
produtos de origem animal, renda externa, atratividade, renda interna e preço
interno - 1989 a 2005
Modelo 1* Modelo 2**
Variáveis
+
Valor de
p-1
τ
τ
τ
βτ
φ
3
τ
µ
τ
αµ
φ
1
τ τ
Exportação
4 -2.607 2.402 3.464 -1.031 1.155 1.492 1.280 -3.362
#
renda externa
5 -1.737 1.945 1.994 0.438 -0.341 2.572 2.260 -3.187
#
Atratividade
0 -2.535 1.653 3.252 -0.111 0.522 1.873 0.181
-7.652
#
renda interna
4 -3.269 3.358
#
5.647 0.106 -0.043 2.884 2.422
-4.032
#
preço interno
2 -2.433 -2.238 2.980 -0.943 0.910 0.932 -1.019
-10.857
#
Fonte: Dados da pesquisa.
+ todas as variáveis são consideradas em logaritmo.
# Significativo ao nível de 5% de significância [valores críticos em Fuller (1976) e Dickey e Fuller (1981)].
* Modelo 1 =
=
++++=
1
1
1
p
i
tititt
xxtx
ελγβα
, nas versões com constante e tendência, sem tendência e
sem tendência e constante.
** Modelo 2 =
=
+∆∆+=∆∆
2
1
1
p
i
tititt
xxx
ελγ
, definido após constatado a não existência de termos
deterministas.
Nota: Não houve presença de autocorrelação serial, conforme o teste de Q de Lung Box.
Observa-se que não se pode rejeitar a existência de pelo menos uma raiz unitária em
cada uma das séries consideradas pelos resultados apresentados na Tabela 21. Já a hipótese de
duas raízes unitárias pode ser rejeitada em todos os casos por todos os coeficientes associados à
variável defasada dos diferentes modelos serem significativos. Portanto, todas as variáveis são
integradas de ordem um – I(1).
Verificando que todas as séries são integradas de mesma ordem, realizou-se o teste de
cointegração de Johansen (1988) para analisar as relações de longo-prazo entre as variáveis para
80
cada um dos três modelos a serem especificados. Através do critério de AIC e SC para uma
versão multiequacional foi definida uma defasagem a ser utilizada nos três casos.
Os testes
max
λ e
trace
λ , mostrados na Tabela 22, apresentam valores significativos a
partir da hipótese nula de que há pelo menos um vetor de co-integração contra a hipótese
alternativa de que dois vetores de co-integração. Portanto, são utilizados dois vetores para a
especificação do modelo VAR com Termo de Correção de Erro para o primeiro modelo.
Tabela 22 Modelo para a exportação dos produtos de origem animal – resultados dos testes de
co-integração de Johansen entre as séries exportação, renda externa, preço interno,
renda interna e atratividade – 1989 a 2005
Hipótese Nula Hipótese Alternativa
max
λ
trace
λ
r 4
r = 5 3.28 3.28
r 3
r = 4 7.53 10.81
r 2
r = 3 10.28 21.09
r 1
r = 2 27.60* 48.69*
r 0
r = 1 60.85* 109.54*
Fonte: Dados da pesquisa.
*Significativo a 10% - modelo com constante restrita, ajustado com uma defasagem.
4.3.2 O modelo de auto-regressão vetorial com termo de correção de erro
4.3.2.1 A matriz de coeficientes de relações contemporâneas
Em primeiro lugar, considerou-se que a atratividade, a renda interna, a renda externa e
os preços internos afetam as exportações de forma contemporânea; a atratividade e a renda
interna são afetadas pelas exportações e, por último, que a atratividade influencia o preço interno.
Os resultados, mostrados na Tabela 25, indicam que um aumento de 1% na
atratividade aumenta as exportações em 0,8%, impacto inferior do que nas exportações de
produtos agrícolas, mas superior do que nas de indústrias de alimentos. A renda externa tem um
impacto bastante expressivo, aumentando 1,4% as exportações, mas ainda inferior que para os
produtos agrícolas. Já o aumento de 1% dos preços internos, ao contrário do esperado e dos
resultados encontrados para os grupos anteriores, reduziria de imediato as exportações em 0,98%.
81
Este resultado, apesar de não esperado, poderia ser entendido ao se admitir que o preço interno,
por exemplo, pode se elevar dever-se a um aumento de demanda interna ou retração da oferta,
ambos tendentes a reduzir o volume exportado.
Assim como nos casos anteriores, a renda interna apresentou sinal contrário ao
esperado, porém o coeficiente não foi significativo. No entanto, o resultado do impacto de um
aumento de 1% da exportação sobre a renda interna age conforme o esperado, ou seja, a aumenta
em 0,05%, efeito similar ao das exportações de produtos agrícolas, mas inferior à indústria de
alimentos.
Ao contrário dos grupos anteriores, 1% de aumento na atratividade reduz os preços
internos de 0,19%; o efeito não é significativo, todavia.
E, finalmente, um aumento de 1% nas exportações reduz a atratividade em 0,07%: a
entrada de mais dólares valoriza o câmbio, e reduzindo a atratividade. O efeito é bem menor do
que no caso da indústria de alimentos e ainda menor do que no dos produtos agrícolas.
Tabela 23 – Estimativa da matriz de coeficientes de relações contemporâneas
Influência
De Sobre
Coeficiente
Estimado
Nível de
significância
Atratividade exportação -0.8498 0.2531
Renda externa exportação -1.4749 0.0032
Preço interno exportação 0.9833 0.0011
Renda interna exportação -0.1738 0.8752
Exportação atratividade 0.0755 0.7802
Atratividade preço interno 0.1968 0.2595
Exportação renda interna -0.0502 0.1282
Fonte: Dados da pesquisa.
4.3.2.2 A decomposição da variância dos erros de previsão
Pela Tabela 24, as exportações de produtos de origem animal são explicadas, 46,6%,
em média, por elas mesmas. Em seguida, pela atratividade com 24,5%; pelo preço interno com
11,3%; pela renda externa com 9,9% e pela renda interna, com 8,2%.
82
Tabela 24 - Decomposição histórica da variância do erro de previsão devido aos choques (%)
para a exportação de produtos de origem animal
Trimestres desvio padrão exportações atratividade renda externa preço interno renda interna
1 0.177 56.132 23.950 8.423 11.432 0.063
2 0.196 46.450 25.036 8.656 11.518 8.340
3 0.198 45.838 24.669 9.951 11.328 8.214
4 0.198 45.700 24.596 10.198 11.315 8.191
5 0.198 45.668 24.578 10.253 11.315 8.186
6 0.198 45.659 24.573 10.268 11.315 8.185
7 0.198 45.657 24.571 10.271 11.315 8.185
8 0.198 45.657 24.571 10.272 11.315 8.185
9 0.198 45.656 24.571 10.272 11.315 8.185
10 0.198 45.656 24.571 10.272 11.315 8.185
11 0.198 45.656 24.571 10.272 11.315 8.185
12 0.198 45.656 24.571 10.272 11.315 8.185
Fonte: Dados da pesquisa.
Já a atratividade, apresenta-se como uma variável praticamente exógena. No primeiro
trimestre, ela explica 98% de sua variância e, em média, 84,1%. Em seguida, as exportações com
6,1% e a renda interna, com 5,4%, em média.
Tabela 25 - Decomposição histórica da variância do erro de previsão devido aos choques (%)
para a atratividade dos produtos de origem animal
Trimestres desvio padrão exportações Atratividade renda externa preço interno renda interna
1 0.083 1.455 98.029 0.218 0.296 0.002
2 0.088 6.601 86.798 1.648 1.830 3.123
3 0.091 6.574 83.037 3.407 1.740 5.242
4 0.091 6.565 82.465 3.572 1.732 5.667
5 0.091 6.567 82.404 3.580 1.731 5.719
6 0.091 6.567 82.398 3.579 1.731 5.725
7 0.091 6.567 82.398 3.579 1.731 5.725
8 0.091 6.567 82.397 3.579 1.731 5.725
9 0.091 6.567 82.397 3.579 1.731 5.725
10 0.091 6.567 82.397 3.579 1.731 5.725
11 0.091 6.567 82.397 3.579 1.731 5.725
12 0.091 6.567 82.397 3.579 1.731 5.725
Fonte: Dados da pesquisa.
Pela Tabela 26, pode-se observar que a renda externa é uma variável praticamente
exógena. No primeiro trimestre, responde ela mesma 100% de sua variância e, em média, 94,9%.
83
Tabela 26 - Decomposição histórica da variância do erro de previsão devido aos choques (%)
para a renda externa
Trimestres desvio padrão exportações Atratividade renda externa preço interno renda interna
1 0.037 0.000 0.000 100.000 0.000 0.000
2 0.043 0.467 0.148 96.630 0.804 1.951
3 0.044 0.712 0.372 94.884 1.202 2.829
4 0.044 0.822 0.449 94.385 1.304 3.040
5 0.045 0.858 0.474 94.243 1.326 3.099
6 0.045 0.868 0.481 94.205 1.331 3.115
7 0.045 0.870 0.483 94.195 1.331 3.120
8 0.045 0.871 0.484 94.193 1.331 3.121
9 0.045 0.871 0.484 94.193 1.331 3.121
10 0.045 0.871 0.484 94.192 1.331 3.121
11 0.045 0.871 0.484 94.192 1.331 3.121
12 0.045 0.871 0.484 94.192 1.331 3.121
Fonte: Dados da pesquisa.
Pela Tabela 27, observa-se que, em grande parte, a variância do preço interno é
explicada pela própria variável, em 82,5%, em média. Em seguida, a renda interna com 10% e a
atratividade, com 6,5%.
Tabela 27 - Decomposição histórica da variância do erro de previsão devido aos choques (%)
para o preço interno dos produtos animais
Trimestres desvio padrão exportações atratividade renda externa preço interno renda interna
1 0.066 0.089 5.974 0.013 93.924 0.000
2 0.072 0.477 6.555 0.189 83.626 9.153
3 0.073 0.793 6.660 0.520 81.807 10.220
4 0.074 0.888 6.619 0.945 81.389 10.158
5 0.074 0.916 6.610 1.103 81.217 10.153
6 0.074 0.925 6.610 1.143 81.164 10.158
7 0.074 0.927 6.611 1.152 81.150 10.161
8 0.074 0.927 6.611 1.154 81.147 10.161
9 0.074 0.927 6.611 1.154 81.146 10.161
10 0.074 0.927 6.611 1.154 81.146 10.162
11 0.074 0.927 6.611 1.154 81.146 10.162
12 0.074 0.927 6.611 1.154 81.146 10.162
Fonte: Dados da pesquisa.
Por último, pode-se observar que a renda interna é explicada, em média, 74,9% por
ela mesma, sendo que no primeiro trimestre chega a explicar 90,5%. Em seguida, a renda
externa, explicando 14,7% e a atratividade, 5,5%.
84
Tabela 28 - Decomposição histórica da variância do erro de previsão devido aos choques (%)
para a renda interna
Trimestres desvio padrão exportações atratividade renda externa preço interno renda interna
1 0.028 5.301 2.262 0.795 1.080 90.563
2 0.033 4.838 6.147 9.568 1.170 78.277
3 0.034 4.641 5.824 14.274 1.321 73.939
4 0.034 4.639 5.793 15.148 1.414 73.006
5 0.034 4.653 5.793 15.312 1.439 72.803
6 0.034 4.659 5.795 15.344 1.444 72.758
7 0.034 4.661 5.796 15.350 1.445 72.749
8 0.034 4.661 5.796 15.351 1.445 72.747
9 0.034 4.661 5.796 15.351 1.445 72.746
10 0.034 4.661 5.796 15.351 1.445 72.746
11 0.034 4.661 5.796 15.351 1.445 72.746
12 0.034 4.661 5.796 15.351 1.445 72.746
Fonte: Dados da pesquisa.
4.3.2.3 Função impulso resposta acumulada
Primeiramente, pela Figura 17, pode-se observar a função impulso resposta
acumulada de cada variável a impulso nela mesma.
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
1,4
123456789101112
trimestres
elasticidade
EXP ATRAT REXT PINT RINT
Figura 17 - Função de impulso resposta acumulada de cada variável a impulso nelas próprias
Fonte: Dados da pesquisa.
85
Pela Figura 18, pode-se observar os efeitos positivos da atratividade (1,05% a 1,57%)
e da renda externa (1,38% a 1,12%) sobre as exportações e os efeitos negativos do preço interno
(-0,93% a -0,49%) e da renda interna (0,16% a -1,94%). Apenas para esse grupo de produtos o
aumento dos preços internos contribuiu para a queda das exportações, sugerindo que o preço
interno preço interno parece não se vincular fortemente ao preço externo e ao câmbio.
-2,50
-2,00
-1,50
-1,00
-0,50
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
123456789101112
trimestres
elasticidades
EXP/EXP ATRAT/EXP R E XT/ E XP PINT/EXP RINT/EXP
Figura 18 - Função de impulso resposta acumulada da exportação a impulso de cada variável.
Fonte: Dados da pesquisa.
4.4 Fertilizantes
4.4.1 Testes de raiz unitária e co-integração
A partir da sinalização obtida pelos testes de Akaike (AIC) e Schwarz (SC), a
definição do número de defasagens a ser incluído em cada modelo foi feita de forma seqüencial,
iniciando-se com o número indicado e eliminando-se os termos cujos coeficientes apresentaram-
se não significativos. Os resultados estão na tabela 1, indicando, por exemplo, que a série de
preços internos de fertilizantes é descrita por um processo AR(4).
Após determinado o número de defasagens para cada variável, foi realizado o teste de
Dickey-Fuller Aumentado (ADF). Assim como nos casos anteriores, o procedimento adotado foi
baseado em Enders (1995), incluindo os testes φ
3
e φ
1.
Os resultados são analisados através da
Tabela 41.
86
Tabela 29 – Resultados dos testes de raiz unitária de Dickey-Fuller para as séries importação de
fertilizantes, atratividade, preço interno e preço interno dos produtos agrícolas –
1989 a 2005
Modelo 1* Modelo 2**
Variáveis
+
Valor de
p-1
τ
τ
τ
βτ
φ
3
τ
µ
τ
αµ
φ
1
τ τ
Importação
11 -1.674 1.666 1.408 -0.194 0.517 4.675 3.039
-2.839
#
Atratividade
7 -2.615 -0.835 3.571 -2.546 2.559 3.379 0.433
-10.898
#
preço interno
4 -2.044 0.522 3.537 -2.629 2.603 3.867 -0.923
-2.109
#
preço interno
dos produtos
agrícolas
4 -3.113 -1.743 5.100 -2.629 2.617 3.578 -0.526
-3.810
#
Fonte: Dados da pesquisa.
+variáveis em logaritmo.
# Significativo ao nível de 5% de significância [valores críticos em Fuller (1976) e Dickey e Fuller (1981)].
* Modelo 1 =
=
++++=
1
1
1
p
i
tititt
xxtx
ελγβα
, nas versões com constante e tendência, sem tendência e
sem tendência e constante.
** Modelo 2 =
=
+∆∆+=∆∆
2
1
1
p
i
tititt
xxx
ελγ
, definido após constatado a não existência de termos
deterministas.
Nota: Não houve presença de autocorrelação serial, conforme o teste de Q de Lung Box.
Pela Tabela 29, a hipótese de duas raízes unitárias pode ser rejeitada em todos os
casos, visto que todos os coeficientes associados à variável defasada dos diferentes modelos são
significativos. No entanto, não se pode rejeitar a existência de pelo menos uma raiz unitária em
cada uma das séries consideradas, sendo todas as variáveis integradas de ordem I(1).
Como todas as variáveis são integradas de mesma ordem, realizou-se o teste de
cointegração de Johansen (1988). Através do critério de AIC e SC para uma versão
multiequacional foi definida uma defasagem a ser utilizada.
87
Tabela 30 Modelo para a importação de fertilizantes – resultados dos testes de co-integração
de Johansen entre as séries importação, preço interno, preço interno dos produtos
agrícolas e atratividade – 1989 a 2005
Hipótese Nula Hipótese Alternativa
max
λ
trace
λ
r 3
r = 4 6.44 6.44
r 2
r = 3 18.17* 24.61*
r 1
r = 2 21.51* 46.13*
r 0
r = 1 24.87* 70.99*
Fonte: Dados da pesquisa.
* Significativo a 10% - modelo com constante restrita, ajustado com uma defasagem.
Os testes
max
λ e
trace
λ , mostrados na Tabela 30, apresentam valores significativos a
partir da hipótese nula de que há pelo menos dois vetores de co-integração contra a hipótese
alternativa de que há três vetores de co-integração. Portanto, são utilizados três vetores para a
especificação do modelo VAR com Termo de Correção de Erro.
4.4.2 O modelo de auto-regressão vetorial com termo de correção de erro
4.4.2.1 A matriz de coeficientes de relações contemporâneas
Pode-se observar pela tabela 31 que 1% de aumento na atratividade (preço em real das
importações) impulsiona de imediato o valor das importações em 0,55%. Esse resultado é
compatível com a hipótese de que a demanda por importações de fertilizantes seja inelástica.
Parece, assim, que o Brasil depende de mercado externo para seu abastecimento de fertilizantes
(no conjunto dos formulados de nitrogênio, fósforo e potássio, as importações chegam a
representar 70% do consumo).
Conforme esperado, um aumento nos preços internos de 1% aumenta as importações
em 0,09%. Da mesma forma, se o preço dos produtos agrícolas aumenta em 1%, estimulando a
produção, mais fertilizantes são demandados, aumentando as importações em 1,37%.
Além disso, a importação reduz o preço interno, já que aumenta a oferta interna desses
produtos. Um aumento de 1% reduz de imediato os preços internos em 0,03%. Já a atratividade
aumentando em 1%, o custo é repassado ao mercado interno e aumenta os preços em 0,04%.
88
Por último, se o preço interno dos produtos agrícolas aumentar em 1%, o preço
interno de fertilizantes aumentará em 0,05% devido ao aumento de sua demanda ser estimulada
pela produção de agrícolas.
Tabela 31 – Estimativa da matriz de coeficientes de relações contemporâneas para os fertilizantes
Influência
De Sobre
Coeficiente
Estimado
Nível de
Significância
Atratividade importação -0.5526 0.0670
Preço interno importação -0.093 0.9249
preço interno dos
produtos agrícolas
importação -1.3780 0.0207
Importação preço interno 0.033 0.1817
Atratividade preço interno -0.041 0.3100
preço interno dos
produtos agrícolas
preço interno -0.050 0.5433
Fonte: Dados da pesquisa.
4.4.2.2 A decomposição da variância dos erros de previsão
Pode-se observar pela Tabela 32 que as importações de fertilizantes são explicadas
quase totalmente por elas mesmas. No primeiro período, chega a 87,7% e, na média, 78,8%. Em
seguida, a atratividade com 10% de poder explanatório e os preços internos dos produtos
agrícolas com 8,1%. Isso sugere que o País tem uma dependência de fertilizantes importados,
tendo de importá-lo – dentro de certos limites - quase que independentemente de considerações
econômicas.
89
Tabela 32 - Decomposição histórica da variância do erro de previsão devido aos choques (%)
para a importação de fertilizantes
trimestres desvio padrão importação atratividade preço interno
preço interno dos
agrícolas
1 0.437 87.735 4.810 0.013 7.441
2 0.486 79.348 9.393 2.841 8.418
3 0.492 78.304 10.384 3.087 8.225
4 0.493 77.963 10.588 3.263 8.186
5 0.493 77.914 10.604 3.299 8.182
6 0.493 77.907 10.604 3.307 8.182
7 0.493 77.907 10.604 3.308 8.182
8 0.493 77.907 10.604 3.308 8.182
9 0.493 77.907 10.604 3.308 8.182
10 0.493 77.907 10.604 3.308 8.182
11 0.493 77.907 10.604 3.308 8.182
12 0.493 77.907 10.604 3.308 8.182
Fonte: Dados da pesquisa.
A variável atratividade é praticamente exógena, sendo que no primeiro período ela
mesma explicou 100% de sua variância. Os preços internos dos produtos agrícolas explicam
7,1%, em média.
Tabela 33 - Decomposição histórica da variância do erro de previsão devido aos choques (%)
para a atratividade dos fertilizantes
Trimestres Desvio padrão importação atratividade preço interno
preço interno dos
agrícolas
1 0.172 0.000 100.000 0.000 0.000
2 0.191 0.919 92.038 0.365 6.678
3 0.195 2.244 89.451 1.232 7.074
4 0.196 2.679 88.766 1.341 7.215
5 0.196 2.774 88.651 1.360 7.215
6 0.196 2.784 88.642 1.360 7.214
7 0.196 2.784 88.642 1.360 7.213
8 0.196 2.784 88.642 1.361 7.213
9 0.196 2.785 88.642 1.361 7.213
10 0.196 2.785 88.642 1.361 7.213
11 0.196 2.785 88.642 1.361 7.213
12 0.196 2.785 88.642 1.361 7.213
Fonte: Dados da pesquisa.
Pela Tabela 34, nota-se que o preço interno dos fertilizantes explica a maior parte de
sua variância, em média 89,3%. Em seguida, as importações em 6,1%. Caracteriza-se, assim, uma
90
segmentação entre os mercados externo e interno: ambos operam com elevado grau de
independência.
Tabela 34 - Decomposição histórica da variância do erro de previsão devido aos choques (%)
para o preço interno dos fertilizantes
trimestres Desvio padrão importação atratividade preço interno
preço interno dos
agrícolas
1 0.055 5.890 0.529 93.573 0.007
2 0.058 6.179 3.330 90.478 0.013
3 0.058 6.084 4.569 89.145 0.203
4 0.058 6.091 4.830 88.804 0.275
5 0.058 6.114 4.849 88.740 0.297
6 0.058 6.124 4.848 88.728 0.300
7 0.058 6.126 4.848 88.726 0.300
8 0.058 6.126 4.849 88.725 0.300
9 0.058 6.126 4.849 88.725 0.300
10 0.058 6.126 4.849 88.725 0.300
11 0.058 6.126 4.849 88.725 0.300
12 0.058 6.126 4.849 88.725 0.300
Fonte: Dados da pesquisa.
Por último, verifica-se que os preços internos dos produtos agrícolas tendem a ser
exógenos e, em média, 67,9% de sua variância é explicada pela própria variável. Em seguida, os
preços internos de fertilizantes, com 30,3%, em média.
Tabela 35 - Decomposição histórica da variância do erro de previsão devido aos choques (%)
para o preço interno dos produtos agrícolas
Trimestres Desvio padrão importação atratividade preço interno
preço interno dos
agrícolas
1 0.086 0.000 0.000 0.000 100.000
2 0.107 3.034 0.163 30.749 66.055
3 0.108 3.110 1.476 30.339 65.074
4 0.109 3.100 1.738 30.264 64.898
5 0.109 3.108 1.797 30.248 64.847
6 0.109 3.114 1.800 30.245 64.841
7 0.109 3.116 1.800 30.245 64.839
8 0.109 3.116 1.800 30.245 64.838
9 0.109 3.116 1.800 30.245 64.838
10 0.109 3.116 1.800 30.245 64.838
11 0.109 3.116 1.800 30.245 64.838
12 0.109 3.116 1.800 30.245 64.838
Fonte: Dados da pesquisa.
91
4.4.2.3 Função impulso resposta acumulada
Pela Figura 24, observa-se que, após um choque positivo, as importações, a
atratividade e os preços internos caem no segundo trimestre e depois se recuperam, mas a um
nível inferior ao início do choque. Os preços internos dos produtos agrícolas atingem a
estabilidade em um nível superior ao início do choque.
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
1
1,1
1,2
1,3
123456789101112
trimestres
elasticidades
IMP ATRAT PINT PINTA GR
Figura 19 - Função de impulso resposta acumulada de cada variável a impulso nelas próprias
Fonte: Dados da pesquisa.
Já pela Figura 25, notam-se os papéis positivos desempenhados pela atratividade
(0,55% a 0,10%) e pelos preços internos dos produtos agrícolas (1,37% a 0,54%) sobre as
importações, principalmente no primeiro trimestre. Já os preços internos dos fertilizantes, ao
contrário do esperado e observado na matriz de coeficientes contemporâneos, derrubariam as
importações (0,09% a -1,19%). No entanto, como essa variável representa, em média, 3,2% da
variância das importações, o efeito pode ser considerado praticamente desprezível.
92
-2
-1,5
-1
-0,5
0
0,5
1
1,5
2
123456789101112
trimestres
elasticidades
IMP/IMP ATRAT/IMP PINT/IMP PINTAGR/IMP
Figura 20 - Função de impulso resposta acumulada da importação de fertilizantes a impulso de
cada variável
Fonte: Dados da pesquisa.
93
Quadro 1 - Resumo dos resultados obtidos
EFEITO DO CHOQUE
NAS VARIÁVEIS
PRODUTOS AGRÍCOLAS PRODUTOS DE ORIGEM
ANIMAL
INDÚSTRIA DE
ALIMENTOS
FERTILIZANTES
Atratividade
2,7% - 1,8% as
exportações
0,29% - 0,21% os preços
internos
1,05% - 1,57% as
exportações
1,3% a 0,6% as
exportações
0,25% a 0,37% os preços
internos
0,55% a 0,10% as
importações
Renda interna
0,7% - -1,7% as
exportações
0,16% - -1,94% as
exportações
1,8% a 1,7% as
exportações
Renda externa
0,3% - 0,33% as
exportações
1,38% a 1,12% as
exportações
dos fertilizantes: 0,09% a
-1,19% as importações
Preços internos
0,61% - 1,07% as
exportações
-0,93% a -0,49% as
exportações
3,4% a 2,3% as
exportações
dos agrícolas: 1,37% a
0,54% as importações
Produtividade
2,88% - 3% as
exportações
-1,95% - -1,75% os
preços internos
Exportações
-2,29% - -1,12% a
atratividade
-0,67% - -0,21% os
preços internos
-0,74% a -0,76% a
atratividade
-0,18% a -0,22% os
preços internos
94
5 CONCLUSÕES
Neste trabalho foi proposta uma nova classificação de balança comercial do
agronegócio brasileiro e feita uma análise dos fatores explicativos da formação de superávits
comerciais pelo setor considerando os componentes mais importantes do lado dos produtos
exportados e dos insumos importados - para o período de 1989 a 2005. Assim foram
selecionados: fertilizantes- representando o segmento de insumos importados, produtos agrícolas
não processados, produtos de origem animal não processados e alimentos industrializados. Para
tanto, foram elaborados modelos de importação e exportação buscando retratar o comportamento
dessas variáveis frente aos seus determinantes, tais como: renda interna, taxa de câmbio, além das
variações de preços internos (representando o comportamento do mercado interno), externos
(representando o comportamento do mercado externo), e da produtividade observadas no período.
A técnica econométrica empregada foi o método de Análise de Auto-Regressões Vetoriais, por
suas características de (a) permitir considerar, em princípio, todas as variáveis como endógenas;
(b) considerar os choques causais com evolução típica e não constantes como se dá nas análises
“coeteris paribus”; (c) explicitamente considerar os impactos de choques não-antecipados ; (d)
fornecer uma previsão dinâmica dos efeitos, indicando a os impactos acumulados ao longo do
tempo.
O principal fator explicando a exportação de produtos agrícolas é a sua atratividade –
resultado do produto do preço externo em dólares pela taxa de câmbio em reais por dólar. Como
acontece normalmente com tais funções, as elasticidades são relativamente altas: 3,0 no primeiro
trimestre (elasticidade igual a 3), convergindo para aproximadamente 1,9 após um ano. Da
mesma maneira, a renda externa (elasticidade de 0,3), a produtividade (2,88 a 3) e os preços
internos (0,61 a 1,07) agem positivamente sobre as exportações.
Pela análise da decomposição da variância, a maior parte da variação nas exportações
de produtos agrícolas é explicada pela atratividade. Em seguida, vieram o preço interno, a
produtividade , a renda interna e, por último, a renda externa.
Uma preocupação do trabalho era relacionada ao impacto que uma retomada do
crescimento econômico teria sobre as exportações. Constatou-se que esse impacto pode ser
potencialmente alto: um crescimento de 1% do PIB doméstico tem impactos expressivos ,
convergindo para -1,7% de contenção das exportações dos produtos agrícolas. Embora estes
95
efeitos não tenham apresentado poder relevante de explicação do erros de previsão, eles alertam
para possíveis quedas no ritmo exportador do agronegócio face a uma retomada do crescimento
econômico brasileiro. Entretanto, a expansão das exportações do agronegócio tem-se dado sob
incremento importante da produtividade, que pode ser o elemento capaz de compatibilizar o
crescimento das exportações e o atendimento do mercado interno sem pressões inflacionárias
relevantes. O resultados indicam um impacto expressivo dos incrementos de produtividade sobre
a queda de preços internos.
Outras conclusões importantes puderam ser obtidas. Aumentos de 1% exportações dos
produtos agrícolas reduzem a atratividade de 2,29% a 1,12%. Assim, um aumento na atratividade
aumenta as exportações que, por sua, vez atenuam a atratividade – via valorização cambial -
contraindo o aumento nas exportações. Isso reflete sobre a outra preocupação do trabalho que
relacionava-se ao impacto que a expansão da exportação de produtos agropecuários poderia ter
sobre o custo de vida. Verificou-se, a propósito, que a atratividade aumenta os preços internos de
forma moderada (elasticidades de 0,29 a 0,21).
No caso dos produtos da indústria de alimentos, pôde-se notar, por exemplo, que um
aumento de 1% atratividade aumenta as exportações entre 1,34% a 0,66%. Pela decomposição da
variância dos erros de previsão, observou-se que a maior parte da variação nas exportações é
explicada pela atratividade, o que ressalta essa importância. Os preços internos também
impulsionam as exportações (3,42 a 2,27). Pôde-se observar também que as exportações
derrubam a atratividade (-0,74 a -0,76). Já a atratividade aumenta os preços internos (0,25 a
0,37). Pela decomposição da variância dos erros de previsão, pôde-se observar que a atratividade
é responsável pela maior parte da variância das exportações da indústria de alimentos. Logo em
seguida, vêm a própria variável, o preço interno e a renda interna.
Para os produtos de origem animal não processados observaram-se os efeitos positivos
da atratividade (1,05 a 1,57) e da renda externa (1,38 a 1,12) sobre as exportações e os efeitos
negativos do preço interno (-0,93 a -0,49) e da renda interna (-0,16 a -1,94). O efeito negativo do
preço interno preço interno contraria o pressuposto deste trabalho de que a elevação desse preço
– de origem do lado da oferta - conteria o consumo e, assim, permitiria maior exportação. Parece
que, no caso desses produtos da pecuária, uma elevação de preço – provavelmente devida a um
aumento de demanda – puxaria o produto para o mercado interno, reduzindo a exportação. Outro
resultado importante foi o impacto da exportação negativo sobre a atratividade (-0,65 a -0,60).
96
Pela decomposição da variância dos erros de previsão, as exportações de produtos de
origem animal são explicadas em grande parte por elas mesmas. Em seguida, pela atratividade; o
preço interno ; a renda externa e a renda interna.
As importações de fertilizantes mostram-se altamente exógenas, indicando que vêm
seguindo uma tendência já há algum tempo, caracterizando uma dependência do país em relação
ao mercado externo. Num menor grau observa-se a influência da atratividade (0,55 a 0,10) e
pelos preços internos dos produtos agrícolas (1,37 a 0,54) sobre as importações. Conclui-se,
assim, que a demanda por importações de fertilizantes seria inelástica em relação a preços. Já os
preços internos dos fertilizantes, reduziriam as importações (-0,09 a -1,19). No entanto, esse
efeito deve ser considerado apenas como potencialmente observável. De qualquer forma, a
atratividade é responsável por apenas 10% de poder explanatório e os preços internos dos
produtos agrícolas por 8,1% da variância de previsão das importações de fertilizantes.
Os resultados da pesquisa indicam que o comportamento do agronegócio brasileiro no
front externo está bastante vinculado ao câmbio e aos preços externos, aqui sintetizados como
atratividade da transação. O estudo revelou ainda que a própria expansão das exportações tende a
reduzir sua atratividade, possivelmente através da valorização cambial. Esse tipo de efeito é
similar ao observado recentemente no Brasil, levantando dúvidas sobre a sustentabilidade e o
potencial de um sistema de agronegócio ancorado no mercado externo. O prosseguimento da
estratégia tende a ser contido ou interrompido pelo seu próprio sucesso.
Na verdade, com o crescimento da produtividade seria possível, em tese, a continuação
indefinida do processo. Todavia, alguns estudos têm demonstrado que a produtividade já não vem
crescendo ao mesmo ritmo da década passada, seja pela queda da rentabilidade da agropecuária
(que contém a adoção de tecnologia), seja pela redução dos investimentos em ciência e
desenvolvimento (que contém o fluxo de novas tecnologias).
Face a esses resultados, restaria voltar os olhos para o mercado interno como possível
suporte para o crescimento do agronegócio. A expansão do mercado doméstico é um fator
importante, que entretanto tem faltado ao agronegócio. De fato, o Brasil defronta-se há décadas,
com o sério problema de falta de crescimento, o que se ruim por limitar o bem estar da
população, por outro tem facilitado a obtenção de superávits comerciais. Uma eventual retomada
do crescimento - além do estímulo direto via demanda interna – poderia também, ao conter o
crescimento das exportações e estimular o das importações, levar o câmbio a um patamar mais
97
favorável do ponto de vista dos exportadores. Em suma, o maior crescimento econômico, ao
invés de simplesmente reduzir as exportações, pode torná-las sustentáveis, ao evitar a excessiva
valorização do câmbio.
98
REFERÊNCIAS
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Transmissão de preços entre produtos do setor sucroalcooleiro do estado de
São Paulo. 2003. 123 p. Dissertação (Mestrado em Economia Aplicada) – Escola Superior de
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ALVES, L.R.A.
A reestruturação da cotonicultura no Brasil: fatores econômicos,
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99
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101
ANEXOS
102
ANEXO A Mercadorias consideradas para a elaboração da balança comercial do agronegócio
(códigos segundo a Nomenclatura Comum do Mercosul)
1. Fatores de produção
1.1 fertilizantes
25102010 - fosfatos de cálcio, naturais, moídos.
31010000 - adubos ou fertilizantes de origem animal/vegetal etc.
31025011 - nitrato de sódio, natural, com teor de nitrogenio<=16.3 %.
31025019 - outros nitratos de sódio, naturais
31041000 - carnalita e outros sais de potássio, naturais, em bruto
31039011 - hidrogeno-ortofosfato de calcio,teor de P
2
O
5
<=46%
31039019 - outros hidrogenos-ortofosfatos de cálcio
31039090 - outros adubos ou fertilizantes minerais/químicos, fosfatados
31042010 - cloreto de potássio,teor de óxido de potássio(K
2
O)<=60%
31042090 - outros cloretos de potássio
31043010 - sulfato de potássio,teor de oxido de potassio(K
2
O)<=52%
31043090 - outros sulfatos de potássio
31049010 - sulfato duplo de potássio e de magnésio, teor de K
2
O >30%
31049090 - outros adubos ou fertilizantes minerais /químicos, potássicos
28271000 - cloreto de amônio
28351011 - fosfinato (hipofosfito) de sódio
28352400 - fosfato de potássio
28352500 - fosfato hidrogeno-ortofosfato de cálcio (dicalcico)
31021010 - uréia com teor de nitrogênio >45% em peso
31021090 - outras uréias,mesmo em solução aquosa
31022100 - sulfato de amônio
31022910 - sulfonitrato de amônio
31022990 - outrossais duplos/ misturas,de sulfato/nitrato de amônio
31023000 - nitrato de amônio,mesmo em solução aquosa
31024000 - misturas de nitrato de amônio com carbonato de cálcio etc
31025090 - outros nitratos de sódio
103
31026000 - sais duplos e misturas de nitratos de cálcio e amônio
31027000 - cianamida cálcica
31028000 - misturas de uréia com nitrato de amônio, em solução aquosa etc
31029000 – outros adubos ou fertilizantes minerais/químicos, nitrogenados
31031010 – superfosfato, teor de pentóxido de fósforo (P
2
O
5
)<=22%
31031020 - superfosfato, teor de pentóxido de fósforo, 22%< P
2
O
5
<=45%
31031030 - superfosfato, teor de pentóxido de fósforo (P
2
O
5
)>45%
31051000 - adubos ou fertilizantes em tabletes/embalagens p<=10kg
31052000 - adubos ou fertilizantes c/ nitrogênio,fósforo e potássio
31053010 - hidrogeno-ortofosfato de diamônio, teor arsênio>= 6mg/kg
31053090 - outros hidrogenos-ortofosfatos de diamônio
31054000 - diidrogeno-ortofosfato de amônio, incluindo mist. hidrogen. etc
31055100 - adubos ou fertilizantes com nitrato e fosfato
31055900 – outros adubos/fertilizantes minerais químicos com nitrogênio e fósforo
31056000 - adubos ou fertilizantes com fósforo e potássio
31059011 - nitrato de sodio potássico,teor de N<=15% e K
2
O <=15%
31059019 - outros nitratos de sódio potássico
31059090 – outros adubos/fertilizantes minerais químicos com nitrogênio e potássio
1.2 defensivos
28274110. oxicloretos de cobre
28332520. sulfato cúprico
29035110. lindano (1,2,3,4,5-hexaclorociclohexano)
29035190. outros derivados do (1,2,3,4,5,6-hexaclorociclohexano)
29035910. aldrin (deriv.halogen.dos hidrocarbon.ciclanicos etc.)
29036210. hexaclorobenzeno
29062920. dicofocol
29093021. oxifluorfeno
29162014. permetrina
29162015. bifentrin
29181910. bromopopilato
104
29201010. fenotrotion
29209016. fosetil al
29209021. endossulfan
29209022. propargite
29214322. trifularina
29214922. pendimentalina
29242120. diuron
29242931. carbaril
29242942. atenolol e alaclor
29242943. metolaclor
29242961. propanil
29242992. diflubenzuron
29242993. metalaxil
29242994. triflumuron
29252030. amitraz
29269022. ciflutrin
29269023. cipermetrina
29269024. deltametrina
29269095. clorotalonil
29302012. cartap
29302021. ziram e dimetilditiocarbamato de sódio
20303021. thiram
29309035. metomil
29309054. dimetoato
29309055. vamidotion (fosforoditiodato de 0,0-dimetila s-(etc)
29309056. profenofos
29309091. captan
29310031. etefon, difenilfosfanato (4,4´bis[(dimetoxifosfinil...
29310032. glifosfato e seu sal de monoisopropilamina
29310034. triclorfon
29329914. carbofurano
105
29329922. abamectina
29332110. iprodiona
29333914. haloxifop (acido (rs)-2-[4-(3-cloro-5-trifluormetil-etc
29333921. picloram
29333935. imazetapir (ac.(rs) – etil-2-(4-isopropil-4-metil-5-etc
29335932. diazinon
29336913. atrazina
29336914. simazina
29336915.cianazina
29336991. ametrina
29339034. molinate (hexaidroazepin-1-carbotiotato de s-etila)
29339051. benomil
29339061. triadimenol
29339096. hidrazida maleica e seus sais
29349026. oxadiazona
29413020. oxitetraciclina
30023010. vacina veterinária, contra a raiva
30023020. vacina veterinária, contra a coccidiose
30023040. vacina veterinária, contra a cinomose
30023050. vacina veterinária, contra a leptospirose
30023060. vacina veterinária, contra a febre aftosa
30023070. vacina veterinária, contra enferm. newcastle, gumboro etc.
30023080. vacina veterinária, comb. contra enferm. newcastle, gumboro etc.
30023090. outras vacinas para medicina veterinária
30029091. outras toxinas, culturas de microrganismos, p/ saúde animal
38081010. inseticidas para uso domissanitário direto
38081021. inseticida a base de acefato/ “bacilus thuringienses”
38081022. inseticida a base de cipermetrinas ou de permetrina
38081023. inseticida a base de monocrotofos ou de dicrotofos
38081024. inseticida a base de dissulfoton ou de endussulfan
38081025. inseticida a base de fosfeto de alumínio
106
38081026. inseticida a base de triclorfon ou de diclorvos
38081027. inseticida a base de óleo mineral
38081029. outros inseticidas apresentados de outro modo
38082010. fungicidas para uso domissanitário direto
38082021. fungicida a base de hidroxido de cobre etc.
38082022. fungicida a base de ziram ou de enxofre
38082023. fungicida a base de mancozeb ou de maneb
38082025. fungicida a base de compostos de cromo/cobre ou arsênio
38082029. outros fungicidas apresentados de outro modo
38083010. herbicidas para uso domissanitário direto
38083021. herbicida a base de 2,4-d/de 2,4-db/seus derivs/de mcpa
38083022. herbicida a base de atrazina, alaclor, diuron ou ametrina
38083023. herbicida a base de glifosfato, seus sais, de imazaquim etc
38083024. herbicida a base de dicloreto de paraquat, propanil etc
38083025. herbicida a base de pentaclorofenol/ seus sais etc
38083029. outros herbicidas apresentados de outro modo
38083031. inibidores de germinação para uso domissánitario direto
38083032. outros inibidores de germinação apresentados de outro modo
38083040. reguladores de crescimento plantas para uso domissanitario direto
38083051. reguladores de crescimento plantas/ base hidrazida maleica
38083059. outros reguladores de crescimento plantas, apresentados de outro modo
38084021. desinfetante a base de thiram
38089021. acaricidas a base amitraz, clorfenvinfos, metamidofos etc
38089022. acaricidas a base ciexatin, óxido de fembutatin etc
38089023. outros acaricidas apresentados de outro modo
38089025. outros nematicidas apresentados de outro modo
38249086. maneb, mancozeb e cloreto de benzalconio
1.3 máquinas e implementos, incluindo tratores
84193100. secadores para produtos agrícolas
84193200. secadores para madeiras,pastas de papel,papéis ou cartões
107
84194020. aparelhos de destilação ou retificação,de alcoois etc.
84198920. estufas
84198930. torrefadores
84198940. evaporadores
84222000. máquinas e apars.p/limpar/secar garrafas/outs.recipient
84223010. máquinas e apars.p/encher/fechar/arrolhar etc.garrafas
84223021. maquinas e aparelhos p/encher caixas/sacos com po/graos
84223022. maquinas e apars.p/encher/fechar embalagem "tetra pack"
84223029. maqs.e apars.p/encher/fechar latas,capsular vasos etc.
84223030. maquinas e aparelhos p/gaseificar bebidas
84224010. maqs.e apars.horizont.p/empacotar massa alim.longa etc.
84224020. maqs.e apars.automat.p/embalar tubo/barra de metal etc.
84224090. outs.maquinas e apars.p/empacotar/embalar mercadorias
84248111. apars.manuais p/projetar etc.prods.p/combate a pragas
84248119. outs.aparelhos p/pulverizar fungicidas/inseticidas etc.
84248121. irrigadores e sistemas de irrigacao,por aspersao
84248129. outros aparelhos irrigadores e sistemas de irrigacao
84248190. outros aparelhos p/agrigultura ou horticultura
84248900. outros aparelhos mecanicos,p/projetar etc.liquidos/pos
84249010. partes de extintores/aparelhos p/pulverizar etc.manuais
84321000. arados e charruas
84322100. grades de discos,uso agricola etc.p/prepar.do solo
84322900. outras grades,escarificadores,cultivadores,enxadas etc.
84323010. semeadores-adubadores
84323090. outros semeadores,plantadores e transplantadores
84324000. espalhadores de estrume/distribuid.de adubos/fertiliz.
84328000. outs.maquinas e apars.agricolas etc.p/prepar.do solo
84329000. partes de maqs.e apars.agricolas etc.p/prepar.do solo
84332010. ceifeiras c/disp.acond.em fileiras,rotor de dedos/pente
84332090. outs.ceifeiras,incl.barras de corte p/montag.em trator
84333000. outras maquinas e aparelhos p/colher e dispor o feno
108
84334000. enfardadeiras de palha/forragem,incl.com apanhadeiras
84335100. ceifeiras-debulhadoras
84335200. outras maquinas e aparelhos p/debulha
84335300. maquinas p/colheita de raizes ou tuberculos
84335910. desfibradoras de algodao
84335911. colheitadeiras de algodao, cap.2sulcos,pot.no vol.80hp
84335919. outras colheitadeiras de algodao
84335990. outras maquinas e aparelhos p/colheita
84336010. selecionadores de frutas
84336090. maqs.p/limpar/selecionar ovos e outs.prods.agricolas
84339090. partes de outs.maquinas e apars.p/colheita,debulha etc.
84341000. maquinas de ordenhar
84342010. maquinas e aparelhos p/tratamento do leite
84342090. outras maquinas e aparelhos p/a ind.de laticinios
84349000. partes de maqs.e apars.de ordenhar/ind.de laticinios
84351000. maquinas e apars.p/fabr.vinho,sidra,suco de frutas etc.
84359000. partes de maquinas e apars.p/fabr.de vinho,sidra etc.
84361000. maquinas e apars.p/prepar.de alimentos/racoes p/animais
84362100. chocadeiras e criadeiras
84362900. outras maquinas e aparelhos p/avicultura
84368000. outras maquinas e aparelhos p/agricultura,horticult.etc
84369100. partes de maquinas e aparelhos p/avicultura
84369900. partes de maqs.e apars.p/agricultura,horticultura etc.
84371000. maqs.p/limpeza,selecao etc.de graos,prods.hortic.secos
84378010. maquinas e aparelhos p/trituracao ou moagem de graos
84378090. outs.maqs.e apars.p/ind.de moagem,tratam.de cereais etc
84379000. partes de maqs.e apars.p/limpeza,selecao etc.de graos
84381000. maquinas e apars.p/ind.de panificacao,pastelaria etc.
84382010. maquinas e aparelhos p/ind.de confeitaria
84382090. maquinas e aparelhos p/ind.de cacau ou de chocolate
84383000. maquinas e aparelhos p/ind.de acucar
109
84384000. maquinas e aparelhos p/ind.cervejeira
84385000. maquinas e aparelhos p/prepar.de carnes
84386000. maquinas e apars.p/prepar.de frutas/prods.horticolas
84388010. maquinas p/extracao de oleo essencial de citricos
84388020. maqs.e apars.automat.p/descabecar etc pescado, c>350unid
84388090. outs.maqs.e apars.p/prepar/fabr.indal.de alimentos etc.
84389000. partes de maqs.e apars.p/prepar.fabr.de alimentos etc.
84391010. maqs.e apars.p/trat.materia-prima,p/fabr.pasta celulose
84391020. classificadoras e depuradoras da pasta de celulose
84391030. refinadoras p/fabr.pasta de materia celulosica
84391090. outs.maquinas e apars.p/fabr.pasta de mater.celulosica
84392000. maquinas e aparelhos p/fabr.de papel ou cartao
84393010. bobinadoras-esticadoras p/acabamento de papel ou cartao
84393020. maquinas e aparelhos p/impregnar papel ou cartao
84393030. maquinas e aparelhos p/ ondular papel ou cartao
84393090. outs.maquinas e aparelhos p/acabamento de papel/cartao
84399100. partes de maqs.e apars.p/fabr.pasta de mater.celulosica
84399900. partes de maqs.e apars.p/fabr/acabam.de papel ou cartao
84401011. maquinas e apars.de costurar cadernos, c/aliment. automat.
84401019. outras maquinas e aparelhos de costurar cadernos
84401090. outras maquinas e aparelhos p/brochura ou encadernacao
84409000. partes de maquinas e aparelhos p/brochura/encadernacao
84411010. cortadeiras bobinadoras p/papel,cartao etc.v>2000m/min
84411090. outras cortadeiras p/pasta de papel,papel ou cartao
84412000. maquinas p/fabr.de sacos ou envelopes de papel etc.
84413010. maquinas de dobrar e colar,p/fabr.de caixas de papel
84413090. outs.maqs.p/fabr.de caixas,tubos,tambores,de papel etc.
84414000. maqs.de moldar artigos de pasta de papel/papel/cartao
84418000. outs.maqs.e apars.p/trab.da pasta de papel/papel/cartao
84419000. partes de maqs.e apars.p/trab.pasta de papel,papel etc.
84421000. maqs.de compor caracteres tipograf.por proc.fotografico
110
84422000. outs.maqs.apares.e material p/compor caracteres tipograf
84423000. outs.maqs.apars.e material p/prepar/fabr.de cliches etc
84424010. partes de maqs.de compor caract.tipograf.proc.fotograf.
84424030. partes de outs.maqs.apars.etc.p/prepar/fabr.cliches etc
84425000. caracteres tipograficos e outros elementos de impressao
84431100. maquinas e aparelhos impressao ofsete,multicol.de mat.plast.etc
84431190. outs.maqs.e apars.p/impressao ofsete,alim.por bobinas
84431910. maqs.e apars.impressao ofsete,multicol.de mat.plast.etc
84431990. outras maquinas e aparelhos de impressao por ofsete
84432100. maquinas e apars.impressao,tipograf.alim.por bobinas
84433000. maquinas e aparelhos de impressao,flexograficos
84435910. maquinas de impressao p/serigrafia
84435990. outras maquinas de impressao
84436010. maquinas auxiliares de impressao,dobradoras
84436020. maquinas auxiliares de mpressao,numeradores automaticos
84436090. outras maquinas auxiliares de impressao
84439010. partes de maqs.apars.impressao ofset,alim.fls<=22x36cm
84439090. partes de outs.maqs.apars.de impressao,incl.auxiliares
84451120.cardas p/ prep.de fibras texteis vegetais
84451190. cardas p/ prep.de outs. materias texteis
84451200. penteadoras de materias texteis
84451310. bancas de estiramento p/la
84451390. bancas de estiramento p/outs materias texteis
84451910. maquinas p/prepar.da seda
84451921. maqs.p/ recuper. cordas etc.transform. fibras p/cardagem
84451922. descarocadeiras e deslintadeiras de algodao
84451923. maqs.p/desengordurar,lavar etc.fibras texteis em massa
84451924. abridoras de fibras de la
84451925.abridoras de outs fibras texteis vegetais
84451926. maquinas de carbonizar la
84451927.maquinas p/ estirar a la
111
84451929. outras maquinas p/prepar.de materia textil
84452010. filatorios intermitentes p/fiacao de materia textil
84452020. maquinas tipo "tow-to-yarn" p/fiacao de materia textil
84452030. maquinas a jato de ar p/fiacao de materia textil
84452040. fiadeira-bobinadora automat.p/fiacao de materia textil
84452070. outras maquinas p/ fiacao de la
84452080. outras maquinas p/fiacao de fibra textil vegetal
84452090. outras maquinas p/fiacao de materia textil
84453010. retorcedeiras de materia textil
84453090. outras maquinas p/dobragem ou torcao de materia textil
84454011. bobinadeiras de trama de materia textil, automaticas
84454012. bobinadeiras p/fios elastanos,automaticas
84454018. outras bobinadeiras de materia textil,c/atador automat.
84454019. outras bobinadeiras de materia textil,automatica
84454021. bobinadeiras de materia textil,n/automat.v>=4000m/min
84454029. outras bobinadeiras de materia textil,n/automat.
84454031. meadeiras de materia textil, c/controle/atador automat.
84454039. outras meadeiras de materia textil
84454040. noveleiras de materia textil, automaticas
84454090. outras maquinas de bobinar ou de dobar,materia textil
84459010. urdideiras de materia textil
84459020. passadeiras p/lico e pente,de materia textil
84459030. maquinas p/amarrar urdideiras de materia textil
84459090. outs.maquinas e aparelhos p/fabr/prepar.de fios texteis
84461010. teares p/tecido de larg<=30cm,c/mecanismo "jacquard"
84461090. outros teares p/tecido de larg<=30cm
84462100. teares p/ tecido de l>30cm, de lancadeira, a motor
84462900. outros teares p/tecido de l>30cm,de lancadeira
84463010. teares p/tecido de l>30cm, s/lancadeira, a jato de ar
84463020. teares p/tecido de l>30cm, s/lancadeira, a jato de agua
84463030. teares p/tecido de l>30cm,s/lancadeira,de projetil
112
84463041. teares p/ tecido atoalhado, l>30cm, s/lancadeira, de pincas
84463042. teares p/ tapetes,l>30cm, s/lancadeira, de pincas
84471100. teares circulares,p/malhas,c/cilindro,diametro<=165mm
84471200. teares circulares,p/malhas,c/cilindro,diametro>165mm
84472010. teares retilineos,p/malhas,manuais
84472021. teares retilineos,motorizados,p/fabr.malha de urdidura
84472029. outros teares retilineos,motorizados,p/malhas
84472030. maquinas de costura por entrelacamento
84479010. maquinas p/fabr.de redes,tules ou filos
84479020. maquinas p/bordar,automaticas
84479090. outs.maqs.p/fabr.guipuras,rendas etc.e inserir tufos
84481110. ratieiras p/ teares
84481120. mecanismos "jacquard" p/teares
84481190. redutores,perfuradores e copiadores de cartoes etc.
84481900. outs.maqs.e apars.auxiliares p/trab.etc.materia textil
84482020. outs.partes e acess.de maqs.p/extrusao de mater.textil
84482030. partes e acess.de maqs.p/corte/ruptura de fibra textil
84482090. outs.partes e acess.de maqs.p/estirar etc.mater.textil
84483100. guarnicoes de cardas
84483211. chapeus ("flats") de cardas
84483219. outras partes e acessorios de cardas
84483220. partes e acess.de penteadoras de materia textil
84483230. bancas de estiramento de materia textil
84483240. partes e acess.de maquinas p/prepar.da seda
84483290. outs.partes e acess.de maqs. p/prepar. de materia textil
84483310. cursores de fusos p/ maquinas prepar.materia textil
84483390. fusos,suas aletas e aneis,p/maqs.prepar.materia textil
84483911. partes e acess. de filatorios intermitentes
84483912. partes e acess. de maqs."tow-to-yarn" p/fiacao mater.textil
84483917. partes e acess. de outs.filatorios p/fiacao mater.textil
84483919. partes e acess.de maqs.p/dobragem,torcao de mat.textil
113
84483921. partes e acess. de bobinadeiras de trama
84483922. partes e acess.de bobinadeiras automat.p/fios elastanos
84483923. partes e acessorios de outs. bobinadeiras automaticas
84483991. partes e acess.de urdideiras
84483992. partes e acess. de passadeiras p/lico e pente
84483999. partes e acess.de outs.maqs.e apars.p/trab.mater.textil
84484100. lancadeiras de teares p/tecidos
84484200. pentes,licos e quadros de licos,de teares p/tecidos
84484910. partes e acess.de maquinas e apars.auxiliares de teares
84484920. partes e acess.de teares p/tecido l>30cm,jato agua etc.
84484990. outras partes e acess.de teares p/tecidos
84485100. platinas,agulhas etc.util.na formacao de malhas
84485910. partes e acess.de teares circulares p/fabr.de malhas
84485921. partes e acess.de teares retilin.manuais,p/fabr.malhas
84485922. partes e acess.de teares retilin.p/fabr.malhas urdidura
84485929. outras partes e acess.de outras teares retilineos
84485930. partes e acess. de maqs.p/ fabr. de redes, tules, filos etc.
84485940. partes e acess. de maquinas p/ fabr. guipuras, rendas etc.
84485990. outs.partes e acess.de outs.teares,maqs.costura entrel.
84490010. maquinas e aparelhos p/fabricacao/acabamento de feltros
84490080. outs. maqs. e apars.p/fabr/acab/.de chapeus de feltros
84490099. partes de maquinas e apars.p/fabr/acabam.de feltros etc
84514010. maquinas p/lavar fios/tecidos/obras de materias texteis
84514021. maqs.p/tingir tecidos em rolos,por pressao estatica etc
84514029. outras maquinas p/tingir ou branquear fios ou tecidos
84514090. maquinas branquear ou tingir outras materias texteis
84515010. maquinas p/inspecionar tecidos
84515020. maquinas p/enfestar ou cortar tecidos,automaticas
84515090. outs.maqs.p/enrolar,desenrolar,dobrar,dentear tecidos
84518000. outs.maquinas e aparelhos p/trabalhar materias texteis
84519010. partes de maquinas de secar,capacid<=10kg de roupa seca
114
84519090. partes de outs.maquinas e aparelhos p/trab.mater.textil
84522110. maquinas p/costurar couros ou peles,automaticas
84522120. maquinas p/costurar tecidos,automaticas
84522190. maquinas p/costurar outras materias,automaticas
84522910. maquinas p/costurar couros ou peles,nao automaticas
84522921. remalhadeiras p/costurar tecidos, nao automaticas
84522922. maquinas p/casear tecidos,nao automaticas
84522923. maqs.p/inserir elastico em tecido,zigue-zague, n/automat
84522929. outras maquinas p/costurar tecidos,nao automaticas
84522990. outras maquinas de costura,nao automaticas
84531010. maquinas p/dividir couros c/l<=3m,lamina s/fim,eletron.
84531090. outs.maquinas e apars.p/prepar/curtir/trab.couros/peles
84532000. maquinas e aparelhos p/fabr/conserto calcados
84538000. maqs.e apars.p/fabr/conserto outs.obras de couros/peles
84539000. partes de maqs.e apars.p/prepar/curtir etc.couros/peles
84651000. maqs.ferram.p/trab.madeira etc.c/difer.operac.s/trocar
84659110. maqs.ferram.de serrar madeira,cortica etc.de fita s/fim
84659120. maqs.ferram.de serrar madeira,cortica etc.circulares
84659190. outs.maquinas ferram.de serrar madeira,cortica,osso etc
84659211. fresadoras de madeira,cortica,osso etc.c/cmdo.numer.
84659219. maqs.ferram.p/desbastar etc.madeira etc.c/cmdo.numer.
84659290. outs.maqs.ferram.p/desbastar etc.madeira,cortica etc.
84659310. lixadeiras p/madeira,cortica,osso,borracha endurec.etc.
84659390. outs.maqs.ferram.p/esmerilar/polir madeira,cortica etc.
84659400. maqs.ferram.p/arquear/reunir madeira,cortica,osso etc.
84659511. maqs.ferram.p/furar madeira,cortica etc.c/cmdo.numer.
84659512. maqs.ferram. p/escatelar madeira,cortica,osso etc
84659591. outs.maquinas ferram.p/furar madeira,cortica,osso etc.
84659592. outs.maqs.ferram.p/escatelar madeira,cortica,osso etc.
84659600. maqs.ferram.p/fender/seccionar/desenrolar madeira etc.
84659900. outras maquinas ferram.p/trab.madeira,cortica,osso etc.
115
84669200. partes e acess.de maqs.ferram.p/trab.madeira,osso etc.
84781090. outras maquinas e aparelhos p/preparar/transformar fumo
84789000. partes de maquinas e apars.p/preparar/transformar fumo
84792000. maqs.e apars.p/extracao etc.de oleo/gordura animal/veg.
84798940. silos metalicos p/cereais,fixos,incl.as baterias etc.
87011000. tratores motocultores
87019000. outros tratores
87082911. para-lamas para "dumpers" e tratores exc.os rodoviarios
87082912. grades de radiadores para "dumpers"/tratores exc.rodov.
87084019. outs.caixas de marchas para tratores ou "dumpers"
87085010. eixos de transmissao c/diferencial p/"dumpers"/tratores
87086010. outs.eixos e suas partes,p/"dumpers"/tratores exc.rodov
87087010. rodas de eixos propulsor.s/partes,p/"dumpers"/tratores
87089411. volante de direcao para "dumpers" e tratores exc.rodov.
87089412. barra de direcao p/"dumpers" e tratores exc.rodoviarios
87089413. caixa de direcao p/"dumpers" e tratores exc.rodoviarios
87162000. reboques/semi-reboques autocarregaveis etc.uso agricola
89020010. barcos de pesca, navios-fabricas etc.comprimento>=35m
89020090. outros barcos de pesca,navios-fabricas etc.
90248011. maquinas e aparelhos p/ensaio de fios texteis, automaticos
90248019. outras maquinas e aparelhos p/ensaios de texteis
90248020. maquinas e apars.p/ensaios de papeis,cartao,linoleo etc
94060010. estufas pré-fabricadas
2. Agropecuária
2.1 produtos agrícolas
capítulo 06. plantas vivas e produtos de floricultura
capítulo 07. produtos hortículas, plantas, raízes e tubérculos, comestíveis
capítulo 08. frutas, cascas de cítricos e de melões
capítulo 09. café, chá, mate e especiarias
capítulo 10. cereais
116
capítulo 11. produtos da indústria de moagem; malte; amidos e féculas; inulina; glúten de trigo
capítulo 12. sementes e frutos oleaginosos, grãos, sementes e frutos diversos; plantas industriais
ou medicinais; palha e forragem
capítulo 13. gomas, resinas e outros sucos e extratos vegetais
capítulo 14. matérias para entrançar e outros produtos de origem vegetal, não especificados nem
compreendidos em outros capítulos
2.2 produtos de origem animal
capítulo 01. animais vivos
capítulo 02
. carnes e miudezas, comestíveis
capítulo 03. peixes e crustáceos, moluscos e outros invertebrados aquáticos
capítulo 04. leite e laticínios, ovos de aves; mel natural; produtos comestíveis de origem animal,
não especificados nem compreendidos em outros capítulos
capítulo 05. outros produtos de origem animal, não especificados nem compreendidos em outros
capítulos
3. Agroindustriais
3.1 Agroindústria 1
indústria de alimentos
capítulo 16. preparações de carne, de peixes ou de crustáceos, demoluscos ou de outros
invertebrados aquáticos
capítulo 17. açúcares e produtos de confeitaria
capítulo 18. cacau e suas preparações
capítulo 19. preparações à base de cereais, farinhas, amidos, féculas ou de leite; produtos de
pastelaria
capítulo 20. preparações de produtos hortículas, de frutas ou de partes de plantas
capítulo 21. preparações alimentícias diversas
capítulo 23. resíduos e desperdícios das indústrias alimentares;alimentos preparados para animais
117
bebidas
capítulo 22. bebidas, líquidos alcoólicos e vinagres
fumo
capítulo 24. fumo (tabaco) e seus sucedâneos manufaturados
gorduras, óleos e ceras animais e vegetais
capítulo 15. gorduras e óleos animais ou vegetais;produtos da sua dissociação;gorduras
alimentares elaboradas;ceras de origem animal ou vegetal
produtos químicos
29054300. manitol
29054400. d-glucitol (sorbitol) (polialcool)
32011000. extrato tanante,de quebracho
32012000. extrato tanante,de mimosa
32019011. extrato tanate, de gambir
32019019. outros extratos tanantes,de origem vegetal
32019020. taninos
32030019. outras materias corantes,de origem vegetal
32030021. carmim de cochonilha (materia corante)
32030029. outras materias corantes, de origem vegetal
32030030. prepars.a base de materias corantes,orig.vegetal/animal
32041911. carotenoides
32041912. preparacoes cont.beta-caroteno etc.p/colorir alimentos
32041913. outras preparacoes p/colorir alimentos
32041919. outras preparacoes a base de caratenoides
33011100. oleo essencial,de bergamota
33011210. oleo essencial,de "petit grain" de laranja
33011290. outros oleos essenciais,de laranja
33011300. oleo essencial,de limao
33011400. oleo essencial,de lima
33011900. oleo essencial,de outros citricos
118
33012100. oleo essencial de gerânio
33012300. oleo essencial,de alfazema ou lavanda
33012400. oleo essencial,de hortela-pimenta (mentha piperita)
33012510. oleo essencial,de menta japonesa (mentha arvensis)
33012520. oleo essencial, de “mentha spearmint”(mentha viridis l.)
33012590. oleo essencial,de outras mentas
33012600. oleo essencial,de vetiver
33012911. oleo essencial,de citronela
33012912. oleo essencial, de cedro
33012913. oleo essencial, de pau santo (bulnesia sarmientoi)
33012914. oleo essencial,de "lemongrass"
33012915. oleo essencial,de pau-rosa
33012916. oleo essencial,de palma rosa
33012917. oleo essencial, de coriandro
33012918. oleo essencial, de cabreuva
33012919. oleo essencial,de eucalipto
33012990. outros oleos essenciais
33013000. resinoides
33019010. solucoes concentr.de oleos essenciais do tratam.flores
33019020. subprods.terpenicos resids.da desterp.oleos essenciais
33019030. agua destilada aromat.e sol.aquosa de oleos essenciais
33019040. oleorresinas de extracao
35011000. caseinas
35019011. caseinato de sodio
35019019. outros caseinatos e derivados das caseinas
35019020. colas de caseina
35021100. ovalbumina seca
35021900. outras ovalbuminas
35022000. lactalbumina, incluidos os concentrados de 2 ou mais proteinas de soro de leite
35029010. soroalbumina
35029090. outras albuminas,albuminatos e outs.deriv.das albuminas
119
35030011. gelatinas de osseina,seus derivs.c/grau pureza>=99.98%
35030012. gelatinas de osseina,seus derivs.c/grau pureza<99.98%
35030019. outras gelatinas e seus derivados
35030090. ictiocola,outs.colas de orig.animal,exc.cola de caseina
35030011. peptonas e peptonatos
35040019. outros derivados das peptonas
35040020. proteinas de soja em po,teor proteina em base seca>=90%
35040090. outras materias proteicas,seus derivados e po de peles
35051000. dextrina e outros amidos e feculas modificados
35052000. colas a base de amidos ou de feculas,de dextrina etc.
35071000. coalho e seus concentrados
35079011. alfa-amilase (aspergillus oryzae)
35079019. outras amilases e seus concentrados
35079021. fibrinucleases
35079022. bromelina
35079023. estreptoquinase
35079026. papaina
35079029. outras proteases e seus concentrados
35079031. lisozima e seu cloridrato
35079039. outras enzimas e seus concentrados
35079041. enzimas preparadas a base de celulases
35079049. outras enzimas preparadas
38051000. essencias de terebintina,de pinheiro ou etc.
38052000. oleo de pinho
38059000. outs.essencias terpenicas da destil/tratam.madeiras etc
38061000. colofonias e acidos resinicos
38062000. sais de colofonias,acidos resinicos ou de seus derivs.
38063000. gomas estéres (gomas fundidas)
38070000. alcatroes de madeira,oleos de alcatrao de madeira etc.
38091010. preparacoes a base de materias amilaceas p/ind.textil
38091090. outras preparacoes a base de materias amilaceas
120
38246000. sorbitol,exceto o polialcool d-glucitol
3.2 Agroindústria 2
fabricação de calçados
capítulo 41. peles,exceto a peleteira (peles com pêlo), e couros
capítulo 42. obras de couro;artigos de correeiro ou seleiro;bolsas e artefatos semelhantes; obras
de tripa
64031200. calçados para esqui e surfe de neve, de couro natural
64031900. calcados p/outros esportes,de couro natural
64032000. calcados de couro natural,c/parte super.em tiras etc.
64033000. calcados de couro natural,c/sola madeira,s/palmilha etc
64034000. outs.calcados de couro natural,c/biqueira prot.de metal
64035100. calcados de couro natural,sola couro,cobrindo tornozelo
64035900. outs.calcados de couro natural e sola exterior de couro
64039100. outros calcados de couro natural,cobrindo o tornozelo
64039900. outros calcados de couro natural
64051010. calcados de couro reconst.sola exter.de borracha/plast.
64051020. calcados de couro reconst.sola exter.de couro
indústria têxtil e artigos para vestuário
capítulo 50. seda
capítulo 51. lã e pêlos finos ou grosseiros; fios e tecidos de crina.
capítulo 52. algodão
capítulo 53. outras fibras têxteis vegetais, fios de papel ou tecidos de fios de papel.
56012110. pastas ("ouates") de algodao
56012190. outros artigos de pastas ("ouates") de algodao
56022100. feltros de la/pelos finos,n/impregnados,n/revests.etc.
56071011. cordeis,cordas e cabos,de juta,inferior ao numero metrico 0,75 por fio simples
56071019. outros cordeis,cordas e cabos,dejuta da posicao 5303
56071090. cordeis,cordas e cabos,de outs.fibras texteis liberian.
56072100. cordeis de sisal/outs.fibras "agave",p/atadeiras/enfard
121
56072900. outs.cordeis/cordas/cabos,de sisal/outs.fibras "agave"
56073000. cordeis,cordas e cabos,de abaca ou outras fibras duras
56079010. cordeis,cordas e cabos,de algodao
56090010. artigos de fios,laminas etc.de algodao
57011011. tapete de la,de ponto nodado/enrolado,feito a mao
57011012. tapete de la,de ponto nodado/enrolado,feito a maquina
57011020. tapete de pelos finos,de ponto nodado ou enrolado
57019000. tapete de outra materia textil,de ponto nodado/enrolado
57022000. revestimentos para pavimentos,de cairo (fibras de coco)
57023100. tapete etc.de la ou pelos finos,aveludado,n/confeccion.
57023900. tapete etc.de outs.mater.texteis,aveludado,n/confeccion
57024100. tapete etc.de la ou pelos finos,aveludado,confeccionado
57024900. tapete etc.de outs.mater.texteis,aveludado,confeccion.
57025100. tapetes e outs revestimentos p/pavimentos n/aveludados,n/confecc.la ou de pelos
finos|
57025900. tapete etc.de outs.mater.texteis,n/aveludado,n/confecc.
57029100. tapete etc.de la ou pelos finos,n/aveludado,confeccion.
57029900. tapete etc.de outs.mater.texteis,n/aveludado,confeccion
57031000. tapete/revest.p/pavim.de mater.texteis,tufados,mesmo confecc.la ou pelos finos
57039000. tapete/revest.p/pavim.de outras materias texteis
57041000. ladrilhos de feltro,p/revestim.de pavim.superf<=0.3m2
57049000. outros tapetes/revestimentos p/pavim.de feltro
58011000. veludo/pelucia,tecido,de la ou pelos finos
58012100. veludo/pelucia obtido por trama,n/contados
58012200. veludo/pelucia,tecido,da trama algodao,cortado,canelado
58012300. outros veludos e pelucias,tecidos,da trama de algodao
58012400. veludo/pelucia obtidos obtidos por urdidura,n/contados ("épingles)
58012500. veludo/pelucia,tecido,da urdidura de algodao,cortado
58012600. tecido de froco ("chenille"),de algodao
58019000. veludo/pelucia,tecido,de outras materias texteis
58021900. outros tecidos atoalhados,de algodao
122
58022000. tecido atoalhado,de outras materias texteis
58023000. tecidos tufados
58031000. tecido de algodao,em ponto de gaze
58041010. tules,filo e tecidos de malhas com nos,de algodao
58042910. renda de algodao,de fabricacao mecanica
58043010. rendas de fabricacao manual,de algodao
58050010. tapecarias de algodao,tecidas a mao ou feitas a agulha
58063100. fitas de algodao
58109100. outs. bordados de algodao,em pecas, em tiras ou em motivos
60011010. tecido de malha de algodao,denominado "felpa longa"
60012100. tecido atoalhado,de malha de algodao
60019100. veludo e pelucia,de malha de algodao
60021010. tecido de malha de algodao,l<=30cm,cont.elastomeros etc
60022010. outros tecidos de malha de algodao,l<=30cm
60023010. tecido de malha de algodao,l>30cm,cont.elastomeros etc.
60024100. outs.tecidos de malha-urdidura,incluidos os fabricados p/teares p/galoes,de la ou pelos
finos
60024200. tecido de malha-urdidura de algodao
60029100. outs.tecidos de malha,de la ou de pelos finos
60029200. outros tecidos de malha de algodao
61011000. sobretudos etc.de malha de la/pelos finos,uso masculino
61012000. sobretudos etc.de malha de algodao,de uso masculino
61031100. ternos (fatos) de uso masculino,de malha,de la ou pelos finos
61032100. conjuntos de uso masculino,de malha,de la ou pelos finos
61032200. conjuntos de malha de algodao,de uso masculino
61033100. paletós (casacos),de malha de la ou de pelos finos
61033200. paletos (casacos) de malha de algodao
61034100. calcas etc.de malha de la ou pelos finos,uso masculino
61034200. calcas etc.de malha de algodao,de uso masculino
61041100. tailleurs (fatos de saia-casac0),de malha de la ou de pelos finos
61041200. tailleurs de malha de algodao
123
61042100. conjuntos de malha de la ou pelos finos,de uso feminino
61042200. conjuntos de malha de algodao,de uso feminino
61043100. blazers de malha de la ou de pelos finos,uso feminino
61043200. blazers de malha de algodao,de uso feminino
61044100. vestidos de malha de la ou pelos finos,de uso feminino
61044200. vestidos de malha de algodao
61045100. saias e saias-calcas,de malha de la ou pelos finos
61045200. saias e saias-calcas,de malha de algodao
61046100. calcas etc.de malha de la ou pelos finos,uso feminino
61046200. calcas etc.de malha de algodao,de uso feminino
61051000. camisas de malha de algodao,de uso masculino
61061000. camisas etc.de malha de algodao,de uso feminino
61071100. cuecas e ceroulas,de malha de algodao
61072100. camisoloes etc.de malha de algodao,de uso masculino
61079100. roupoes etc.de malha de algodao,de uso masculino
61082100. calcinhas de malha de algodao
61083100. camisolas etc.de malha de algodao,de uso feminino
61089100. roupoes etc.de malha de algodao,de uso feminino
61091000. camisetas "t-shirts" etc.de malha de algodao
61101000. sueteres,puloveres etc.de malha de la ou pelos finos
61102000. sueteres,puloveres etc.de malha de algodao
61111000. vestuario p/bebes e acess.de malha de la ou pelos finos
61112000. vestuario p/bebes e acess.de malha de algodao
61121100. abrigos para esportes,de malha de algodao
61141000. outros vestuarios de malha de la ou de pelos finos
61142000. outros vestuarios de malha de algodao
61151910. maias-calcas de malha de la ou pelos finos
61151920. meias-calcas de malha de algodao
61152020. meias de senhora,de malha de algodao,titulo<67decitex
61159100. outras meias de malha de la ou de pelos finos
61159200. outras meias de malha de algodao
124
61169100. luvas etc.de malha de la ou de pelos finos
61169200. luvas etc.de malha de algodao
62011100. sobretudos,impermeav.etc.de la/pelos finos,masculino
62011200. sobretudos,impermeav.etc.de algodao,de uso masculino
62019100. outros sobretudos etc.de la/pelos finos,uso masculino
62019200. outros sobretudos etc.de algodao,de uso masculino
62021100. mantos,impermeavs.etc.de la ou pelos finos,uso feminino
62021200. mantos,impermeavs.etc.de algodao,de uso feminino
62029100. outros mantos etc.de la ou pelos finos,de uso feminino
62029200. outros mantos etc.de algodao,de uso feminino
62031100. ternos (fatos) de la ou de pelos finos
62032100. conjuntis de la ou pelos finos,masculino
62032200. conjuntos de algodao,de uso masculino
62033100. paletos (casacos) de la ou de pelos finos
62033200. paletos (casacos) de algodao
62034100. calcas,jardineiras etc.de la/pelos finos,uso masculino
62034200. calcas,jardineiras etc.de algodao,uso masculino
62041100. tailleurs (fatos de saia-casaco)de la ou de pelos finos,uso masculino
62041200. tailleurs (fatos de saia-casaco) de algodao
62042100. conjuntos de la ou pelos finos,de uso feminino
62042200. conjuntos de algodao,de uso feminino
62043100. blazers de la ou de pelos finos,de uso feminino
62043200. blazers de algodao,de uso feminino
62044100. vestidos de la ou de pelos finos
62044200. vestidos de algodao
62045100. saias e saias-calcas,de la ou de pelos finos
62045200. saias e saias-calcas,de algodao
62046100. calcas,jardineiras etc.de la/pelos finos,uso feminino
62046200. calcas,jardineiras etc.de algodao,de uso feminino
62051000. camisas de la ou de pelos finos,de uso masculino
62052000. camisas de algodao,de uso masculino
125
62061000. camisas,blusas etc.de seda/desperds.de uso feminino
62062000. camisas,blusas etc.de la ou pelos finos,de uso feminino
62063000. camisas,blusas etc.de algodao,de uso feminino
62071100. cuecas e ceroulas,de algodao
62072100. camisoloes e pijamas,de algodao,de uso masculino
62079100. camisetas interiores etc.de algodao,de uso masculino
62082100. camisolas e pijamas,de algodao,de uso feminino
62089100. corpetes,calcinhas,penhoares etc.de algodao
62091000. vestuario p/bebes e acessorios,de la ou de pelos finos
62092000. vestuario p/bebes e acessorios,de algodao
62113100. outs. vestuarios de la ou pelos finos, de uso masculino
62113200. outros vestuarios de algodao,de uso masculino
62114100. outros vestuarios de la ou pelos finos,de uso feminino
62114200. outros vestuarios de algodao,de uso feminino
62131000. lencos de assoar e de bolso,de seda/desperds.de seda
62132000. lencos de assoar e de bolso,de algodao
62149010. xales,echarpes,cachecois etc.de algodao
62151000. gravatas,plastrons etc.de seda ou desperdicios de seda
63012000. cobertores e mantas,de la ou pelos finos,nao eletricos
63013000. cobertores e mantas,de algodao,nao eletricos
63022100. roupas de cama,de algodao,estampadas
63023100. outras roupas de cama,de algodao
63025100. roupas de mesa,de algodao,exc.de malha
63025200. roupas de mesa,de linho,exc.de malha
63026000. roupas de toucador/cozinha,de tecidos atoalh.de algodao
63029100. outras roupas de toucador ou de cozinha,de algodao
63029200. roupas de toucador/cozinha,de linho
63031100. cortinas,sanefas etc.de malha de algodao
63039100. cortinas,sanefas etc.de algodao,exc.de malha
63041910. colchas de algodao,exc.de malha
63049200. outros artefs.guarn.interior,de algodao,exc.de malha
126
63051000. sacos p/embalagem,de juta/outra fibra textil liberiana
63052000. sacos p/embalagem,de algodao
63061100. encerados e toldos,de algodao
63062100. tendas de algodao
63064100. colchoes pneumaticos,de algodao
63069100. artigos para acampamento,de algodao
borracha natural
40011000. latex de borracha natural,mesmo pre-vulcanizado
40012200. borracha natural tecnicam.especif.(tsnr),em outs.formas
40012910. borracha natural crepada
40012920. borracha natural granulada ou prensada
40012990. borracha natural em outras formas
40013000. balata,guta-percha,chicle e gomas naturais analogas
madeira e mobiliário
capítulo 44. madeira,carvão vegetal e obras de madeira
94033000. moveis de madeira p/escritorios
94034000. moveis de madeira p/cozinhas
94035000. moveis de madeira p/quartos de dormir
94036000. outros moveis de madeira
94037000. moveis de plasticos
94038000. moveis de outras materias,incl.rotim,vime,bambu etc.
94039010. partes p/moveis,de madeira
94060091. outras construcoes pre-fabricadas,de madeira
celulose, papel e gráfica
capítulo 47. pastas de madeira ou de outras matérias fibrosas celulósicas; papel ou cartão de
reciclar (desperdícios e aparas)
capítulo 48. papel e cartão;obras de pastas de celulose, de papel ou de cartão
capítulo 49.livros,jornais,gravuras e outros produtos das indústrias gráficas;textos manuscritos ou
datilografados,planos e plantas
127
ANEXO B - Os fluxos comerciais do agronegócio brasileiro
1989 (por trimestres)
EXP IPT SALDO EXP IPT SALDO EXP IPT SALDO EXP IPT SALDO
FATORES DE PRODUÇÃO
fertilizantes 12.815.556 68.774.939 -55.959.383 18.592.063 114.962.499 -96.370.436 8.889.759 177.884.606 -168.994.848 6.103.022 75.065.741 -68.962.719
defensivos 78.351.799 60.641.212 17.710.587 32.765.727 110.136.249 -77.370.523 27.393.685 71.437.701 -44.044.016 75.175.873 95.485.349 -20.309.476
máquinas (incluindo tratores)e implementos 216.849.153 136.812.358 80.036.795 210.345.288 143.106.614 67.238.673 265.646.315 196.811.603 68.834.712 259.283.343 226.184.464 33.098.879
Subtotal 1 308.016.508 266.228.508 41.787.999 261.703.077 368.205.362 -106.502.285 301.929.759 446.133.910 -144.204.152 340.562.238 396.735.554 -56.173.316
AGROPECUÁRIA
produtos agrícolas 956.672.251 215.479.194 741.193.057 1.259.814.170 340.616.848 919.197.322 1.518.937.865 399.316.956 1.119.620.908 930.504.150 301.534.624 628.969.526
produtos de origem animal 247.050.950 108.070.297 138.980.654 230.983.962 340.960.302 -109.976.340 283.428.788 596.251.160 -312.822.373 212.160.581 277.667.792 -65.507.210
Subtotal 2 1.203.723.201 323.549.491 880.173.710 1.490.798.132 681.577.150 809.220.982 1.802.366.652 995.568.117 806.798.536 1.142.664.731 579.202.415 563.462.316
AGROINDUSTRIAIS
Agroindústria 1
indústria de alimentos 1.419.872.003 9.137.242 1.410.734.760 1.585.865.083 14.677.539 1.571.187.544 2.147.132.758 19.311.258 2.127.821.500 1.968.792.037 25.275.757 1.943.516.279
bebidas 14.096.157 14.053.928 42.228 13.781.143 14.609.381 -828.238 17.815.760 13.697.964 4.117.796 20.364.373 32.841.761 -12.477.388
fumo 86.359.358 1.339.397 85.019.961 294.498.533 1.623.744 292.874.790 332.581.190 4.277.350 328.303.840 160.575.681 430.586 160.145.094
gorduras e óleos e ceras animais e vegetais 89.652.073 57.323.494 32.328.579 202.869.885 35.792.005 167.077.880 237.520.937 63.425.858 174.095.079 294.285.218 52.515.635 241.769.583
produtos químicos 31.070.804 18.850.446 12.220.358 28.271.430 13.124.098 15.147.332 30.022.912 23.601.449 6.421.463 37.372.274 35.368.640 2.003.633
Subtotal 3 1.641.050.394 100.704.507 1.540.345.887 2.125.286.074 79.826.766 2.045.459.308 2.765.073.558 124.313.879 2.640.759.679 2.481.389.581 146.432.380 2.334.957.202
Agroindústria 2
fabricação de calçados 621.694.801 78.727.112 542.967.689 581.022.233 115.153.734 465.868.499 562.988.224 203.709.966 359.278.258 490.372.272 123.038.747 367.333.525
indústria têxtil e artigos de vestuário 392.609.491 54.808.573 337.800.918 424.827.143 85.026.199 339.800.944 439.419.790 174.419.599 265.000.191 403.318.714 161.435.033 241.883.681
borracha natural 172.414 41.046.941 -40.874.526 41.208 39.146.568 -39.105.360 41 20.499.337 -20.499.296 2.509 37.511.523 -37.509.014
madeira e mobiliário 189.440.755 4.343.381 185.097.374 167.126.728 14.067.626 153.059.102 153.493.642 11.887.441 141.606.202 150.858.520 17.721.324 133.137.196
celulose, papel e gráfica 450.952.955 112.646.173 338.306.782 561.749.551 112.057.467 449.692.084 561.732.973 207.671.002 354.061.972 438.139.417 182.742.304 255.397.113
Subtotal 4 1.654.870.416 291.572.179 1.363.298.237 1.734.766.863 365.451.594 1.369.315.269 1.717.634.671 618.187.344 1.099.447.327 1.482.691.433 522.448.932 960.242.501
TOTAL 4.807.660.519 982.054.685 3.825.605.834 5.612.554.147 1.495.060.872 4.117.493.275 6.587.004.640 2.184.203.251 4.402.801.390 5.447.307.983 1.644.819.280 3.802.488.703
Quadro 2 – Os fluxos comerciais do agronegócio brasileiro em 1989
128
1990 (por trimestres)
EXP IPT SALDO EXP IPT SALDO EXP IPT SALDO EXP IPT SALDO
FATORES DE PRODUÇÃO
fertilizantes 19.768.848 60.147.863 -40.379.015 16.436.435 63.091.493 -46.655.059 62.169.361 211.193.430 -149.024.070 7.807.442 130.034.011 -122.226.570
defensivos 34.225.844 72.986.141 -38.760.297 43.280.417 83.765.532 -40.485.116 216.181.255 116.195.208 99.986.047 31.963.614 79.448.317 -47.484.703
máquinas (incluindo tratores)e implementos 145.924.967 282.943.437 -137.018.471 155.295.516 317.556.112 -162.260.596 942.716.856 337.376.102 605.340.754 140.490.085 349.653.185 -209.163.100
Subtotal 1 199.919.658 416.077.441 -216.157.782 215.012.368 464.413.138 -249.400.770 1.221.067.471 664.764.740 556.302.731 180.261.141 559.135.514 -378.874.372
AGROPECUÁRIA
produtos agrícolas 460.105.106 248.682.030 211.423.076 890.869.339 367.084.953 523.784.386 1.039.430.151 459.136.551 580.293.600 1.004.827.047 454.426.554 550.400.494
produtos de origem animal 200.761.527 173.238.492 27.523.034 281.587.720 199.142.840 82.444.880 260.717.035 392.099.957 -131.382.923 206.825.476 432.235.666 -225.410.190
Subtotal 2 660.866.632 421.920.522 238.946.111 1.172.457.058 566.227.793 606.229.266 1.300.147.185 851.236.508 448.910.677 1.211.652.524 886.662.220 324.990.304
AGROINDUSTRIAIS
Agroindústria 1
indústria de alimentos 1.806.272.510 20.644.490 1.785.628.020 1.648.149.889 35.754.066 1.612.395.823 1.700.171.660 38.192.709 1.661.978.951 1.573.967.843 40.827.137 1.533.140.706
bebidas 22.566.735 50.600.420 -28.033.685 25.136.669 153.479.001 -128.342.332 15.613.874 26.915.922 -11.302.048 21.717.821 116.507.288 -94.789.467
fumo 56.632.261 163.305 56.468.956 224.128.876 148.977 223.979.899 399.560.069 556.799 399.003.270 225.399.854 1.831.026 223.568.828
gorduras e óleos e ceras animais e vegetais 90.998.051 29.427.208 61.570.843 196.332.915 23.623.419 172.709.496 247.149.584 40.586.579 206.563.005 189.501.842 25.204.204 164.297.637
produtos químicos 30.547.095 20.410.221 10.136.874 32.736.807 15.668.150 17.068.657 159.938.795 23.062.931 136.875.864 32.801.545 23.407.813 9.393.732
Subtotal 3 2.007.016.651 121.245.643 1.885.771.008 2.126.485.156 228.673.612 1.897.811.543 2.522.433.981 129.314.939 2.393.119.042 2.043.388.904 207.777.468 1.835.611.437
Agroindústria 2
fabricação de calçados 483.213.658 91.062.214 392.151.444 472.306.087 60.381.666 411.924.421 2.116.530.532 82.396.761 2.034.133.772 496.254.180 75.040.357 421.213.823
indústria têxtil e artigos de vestuário 383.408.214 91.958.828 291.449.386 384.401.011 60.527.735 323.873.276 999.970.764 116.558.055 883.412.709 326.691.383 145.652.434 181.038.949
borracha natural 0 25.000.945 -25.000.945 47 33.675.015 -33.674.968 2.566 26.640.855 -26.638.289 344 26.600.764 -26.600.420
madeira e mobiliário 161.745.631 18.358.849 143.386.781 163.198.046 14.863.267 148.334.779 192.126.353 16.390.214 175.736.139 164.219.291 12.397.713 151.821.578
celulose, papel e gráfica 418.161.167 145.887.770 272.273.398 530.309.287 98.739.183 431.570.104 476.797.014 136.913.685 339.883.329 376.211.822 191.511.133 184.700.689
Subtotal 4 1.446.528.671 372.268.607 1.074.260.064 1.550.214.478 268.186.866 1.282.027.611 3.785.427.230 378.899.570 3.406.527.660 1.363.377.020 451.202.402 912.174.618
TOTAL 4.314.331.613 1.331.512.213 2.982.819.400 5.064.169.059 1.527.501.409 3.536.667.650 8.829.075.867 2.024.215.758 6.804.860.110 4.798.679.589 2.104.777.603 2.693.901.986
Quadro 3 – Os fluxos comerciais do agronegócio brasileiro em 1990
129
1991 (por trimestres)
EXP IPT SALDO EXP IPT SALDO EXP IPT SALDO EXP IPT SALDO
FATORES DE PRODUÇÃO
fertilizantes 22.262.975 44.447.158 -22.184.183 29.102.882 109.038.708 -79.935.826 6.571.345 209.693.050 -203.121.705 10.665.139 164.639.119 -153.973.980
defensivos 32.490.784 55.948.296 -23.457.512 36.106.170 81.472.545 -45.366.374 28.607.586 111.208.255 -82.600.669 42.029.148 96.767.667 -54.738.519
máquinas (incluindo tratores)e implementos 138.771.912 344.983.191 -206.211.279 157.361.747 272.699.835 -115.338.088 163.972.709 284.055.596 -120.082.887 156.208.097 294.663.559 -138.455.462
Subtotal 1 193.525.671 445.378.645 -251.852.974 222.570.799 463.211.088 -240.640.289 199.151.640 604.956.901 -405.805.261 208.902.384 556.070.345 -347.167.961
AGROPECUÁRIA
produtos agrícolas 705.741.944 415.497.538 290.244.406 897.016.035 428.668.735 468.347.300 727.163.938 624.875.548 102.288.390 742.445.312 667.304.533 75.140.779
produtos de origem animal 213.596.398 167.410.339 46.186.059 369.866.908 155.645.421 214.221.487 290.022.271 271.481.158 18.541.112 293.293.527 203.219.586 90.073.940
Subtotal 2 919.338.342 582.907.877 336.430.465 1.266.882.943 584.314.156 682.568.787 1.017.186.209 896.356.707 120.829.503 1.035.738.839 870.524.119 165.214.719
AGROINDUSTRIAIS
Agroindústria 1
indústria de alimentos 1.308.147.520 24.854.684 1.283.292.836 1.230.836.961 42.482.305 1.188.354.656 1.203.884.637 29.590.730 1.174.293.907 1.438.501.108 28.924.976 1.409.576.132
bebidas 29.205.899 48.060.351 -18.854.452 19.803.354 146.386.218 -126.582.864 14.389.891 43.122.210 -28.732.319 31.385.977 113.122.881 -81.736.904
fumo 129.443.278 6.713.523 122.729.755 407.111.775 10.293.106 396.818.669 453.583.626 9.931.711 443.651.914 155.747.101 7.738.018 148.009.083
gorduras e óleos e ceras animais e vegetais 192.105.976 33.182.162 158.923.815 107.853.579 34.243.757 73.609.823 121.139.757 37.720.154 83.419.603 62.225.525 74.111.823 -11.886.298
produtos químicos 33.239.362 17.948.729 15.290.633 36.083.004 16.861.799 19.221.204 29.347.681 19.139.323 10.208.358 36.440.148 19.607.519 16.832.629
Subtotal 3 1.692.142.036 130.759.449 1.561.382.587 1.801.688.673 250.267.185 1.551.421.488 1.822.345.591 139.504.128 1.682.841.464 1.724.299.860 243.505.218 1.480.794.642
Agroindústria 2
fabricação de calçados 555.611.710 65.586.821 490.024.888 521.674.628 71.134.128 450.540.501 578.420.117 77.699.758 500.720.359 424.264.466 73.796.649 350.467.817
indústria têxtil e artigos de vestuário 402.267.907 71.958.008 330.309.899 425.798.796 107.597.425 318.201.372 347.326.852 117.749.398 229.577.454 290.510.013 153.987.051 136.522.962
borracha natural 3.274 20.454.212 -20.450.937 31.172 28.432.338 -28.401.167 15.247 29.698.397 -29.683.150 14.771 28.524.460 -28.509.689
madeira e mobiliário 165.402.928 6.805.988 158.596.940 162.377.377 9.768.848 152.608.529 138.801.838 11.751.826 127.050.013 203.471.229 8.827.913 194.643.316
celulose, papel e gráfica 465.422.888 132.856.945 332.565.943 520.850.839 139.350.070 381.500.769 341.507.416 185.865.622 155.641.794 439.513.246 164.586.224 274.927.021
Subtotal 4 1.588.708.707 297.661.974 1.291.046.733 1.630.732.813 356.282.809 1.274.450.004 1.406.071.471 422.765.000 983.306.470 1.357.773.724 429.722.297 928.051.427
TOTAL 4.393.714.756 1.456.707.946 2.937.006.810 4.921.875.228 1.654.075.238 3.267.799.990 4.444.754.911 2.063.582.736 2.381.172.175 4.326.714.806 2.099.821.979 2.226.892.827
Quadro 4 – Os fluxos comerciais do agronegócio brasileiro em 1991
130
1992 (por trimestres)
EXP IPT SALDO EXP IPT SALDO EXP IPT SALDO EXP IPT SALDO
FATORES DE PRODUÇÃO
fertilizantes 4.933.639 77.793.455 -72.859.815 13.152.463 171.899.308 -158.746.844 15.727.914 184.046.146 -168.318.232 19.819.043 167.739.569 -147.920.525
defensivos 38.351.399 61.915.844 -23.564.445 28.511.644 96.979.242 -68.467.598 30.699.701 118.363.579 -87.663.878 48.314.163 94.189.776 -45.875.613
máquinas (incluindo tratores)e implementos 165.438.062 311.717.482 -146.279.420 193.877.909 245.608.425 -51.730.516 210.305.846 256.938.833 -46.632.988 227.432.174 258.023.984 -30.591.810
Subtotal 1 208.723.100 451.426.780 -242.703.680 235.542.016 514.486.974 -278.944.959 256.733.461 559.348.558 -302.615.098 295.565.380 519.953.329 -224.387.949
AGROPECUÁRIA
produtos agrícolas 635.989.965 391.392.270 244.597.695 973.623.866 344.229.291 629.394.575 814.090.187 427.622.768 386.467.419 560.118.007 616.722.618 -56.604.611
produtos de origem animal 273.775.036 140.208.154 133.566.883 393.466.633 106.169.101 287.297.532 402.790.966 146.818.343 255.972.622 560.118.007 96.663.894 463.454.114
Subtotal 2 909.765.001 531.600.423 378.164.578 1.367.090.500 450.398.393 916.692.107 1.216.881.152 574.441.111 642.440.041 1.120.236.015 713.386.512 406.849.503
AGROINDUSTRIAIS
Agroindústria 1
indústria de alimentos 1.418.262.096 36.508.525 1.381.753.570 1.354.098.138 42.944.889 1.311.153.249 1.636.427.356 39.911.404 1.596.515.952 1.647.006.497 44.751.961 1.602.254.536
bebidas 32.821.967 52.396.224 -19.574.257 27.474.450 118.461.826 -90.987.376 34.891.182 129.553.273 -94.662.091 68.292.959 63.603.928 4.689.031
fumo 81.696.040 13.068.258 68.627.782 275.493.450 8.138.962 267.354.488 383.250.288 17.045.010 366.205.278 587.615.204 14.024.247 573.590.957
gorduras e óleos e ceras animais e vegetais 74.451.311 42.524.926 31.926.384 160.714.997 37.994.556 122.720.441 166.953.283 39.059.472 127.893.811 165.021.411 57.142.309 107.879.102
produtos químicos 48.378.117 19.247.131 29.130.986 47.754.661 16.350.914 31.403.747 42.626.228 15.481.424 27.144.805 60.202.221 16.156.821 44.045.400
Subtotal 3 1.655.609.531 163.745.065 1.491.864.465 1.865.535.696 223.891.147 1.641.644.549 2.264.148.338 241.050.583 2.023.097.755 2.528.138.291 195.679.266 2.332.459.025
Agroindústria 2
fabricação de calçados 512.304.534 53.558.967 458.745.567 465.761.600 61.106.197 404.655.403 625.537.736 56.443.159 569.094.577 836.591.609 64.380.039 772.211.570
indústria têxtil e artigos de vestuário 346.039.839 113.618.492 232.421.347 379.282.372 77.665.622 301.616.750 364.538.052 87.584.245 276.953.807 357.604.299 153.812.884 203.791.415
borracha natural 0 19.768.773 -19.768.773 1.258 26.975.355 -26.974.097 0 27.991.066 -27.991.066 4.546 20.461.031 -20.456.486
madeira e mobiliário 187.444.378 15.987.551 171.456.827 196.647.108 7.538.481 189.108.627 229.174.699 8.749.559 220.425.140 274.147.937 9.377.891 264.770.046
celulose, papel e gráfica 442.278.306 124.371.466 317.906.840 448.808.774 113.071.294 335.737.480 560.754.968 113.084.942 447.670.025 555.739.557 110.189.184 445.550.373
Subtotal 4 1.488.067.056 327.305.249 1.160.761.807 1.490.501.112 286.356.948 1.204.144.164 1.780.005.455 293.852.971 1.486.152.483 2.024.087.948 358.221.029 1.665.866.919
TOTAL 4.262.164.688 1.474.077.517 2.788.087.171 4.958.669.323 1.475.133.462 3.483.535.861 5.517.768.406 1.668.693.224 3.849.075.182 5.968.027.634 1.787.240.136 4.180.787.498
Quadro 5 – Os fluxos comerciais do agronegócio brasileiro em 1992
131
1993 (por trimestres)
EXP IPT SALDO EXP IPT SALDO EXP IPT SALDO EXP IPT SALDO
FATORES DE PRODUÇÃO
fertilizantes 18.252.963 123.944.285 -105.691.322 10.320.483 154.034.414 -143.713.931 19.591.126 239.020.455 -219.429.329 14.068.324 160.297.895 -146.229.570
defensivos 38.827.041 82.477.327 -43.650.285 40.742.229 109.711.215 -68.968.986 46.040.402 117.108.792 -71.068.390 51.242.785 105.779.802 -54.537.017
máquinas (incluindo tratores)e implementos 237.211.188 252.191.129 -14.979.941 182.810.924 261.479.790 -78.668.865 232.574.856 306.878.671 -74.303.815 255.899.923 296.580.974 -40.681.052
Subtotal 1 294.291.192 458.612.740 -164.321.548 233.873.636 525.225.418 -291.351.782 298.206.384 663.007.918 -364.801.535 321.211.032 562.658.671 -241.447.639
AGROPECUÁRIA
produtos agrícolas 509.735.105 570.390.594 -60.655.489 1.052.946.004 479.176.338 573.769.666 1.028.275.541 575.793.447 452.482.094 635.648.694 489.349.627 146.299.067
produtos de origem animal 490.978.887 135.101.558 355.877.328 411.529.555 150.651.672 260.877.884 388.028.079 154.860.787 233.167.292 391.867.980 142.295.072 249.572.907
Subtotal 2 1.000.713.991 705.492.152 295.221.839 1.464.475.560 629.828.010 834.647.550 1.416.303.620 730.654.234 685.649.386 1.027.516.674 631.644.699 395.871.974
AGROINDUSTRIAIS
Agroindústria 1
indústria de alimentos 1.208.668.146 37.540.313 1.171.127.832 1.442.637.273 54.350.653 1.388.286.620 1.794.537.622 47.818.827 1.746.718.795 1.824.488.756 59.910.899 1.764.577.857
bebidas 62.086.228 23.002.842 39.083.386 42.883.246 36.353.138 6.530.108 48.869.869 25.382.946 23.486.924 57.236.247 39.170.378 18.065.868
fumo 245.031.853 16.350.264 228.681.589 388.021.404 5.459.060 382.562.344 323.939.354 1.771.976 322.167.378 232.544.869 16.903.186 215.641.683
gorduras e óleos e ceras animais e vegetais 62.612.877 68.318.847 -5.705.969 212.477.115 52.796.535 159.680.580 154.608.162 74.211.240 80.396.922 111.344.138 67.808.883 43.535.254
produtos químicos 62.846.139 17.591.499 45.254.641 49.991.264 26.594.708 23.396.556 52.715.622 40.791.711 11.923.911 61.376.286 18.672.210 42.704.076
Subtotal 3 1.641.245.243 162.803.764 1.478.441.479 2.136.010.302 175.554.095 1.960.456.208 2.374.670.629 189.976.700 2.184.693.929 2.286.990.295 202.465.556 2.084.524.739
Agroindústria 2
fabricação de calçados 793.945.167 56.982.025 736.963.142 684.279.813 81.737.608 602.542.204 774.015.148 86.575.309 687.439.839 681.362.567 74.563.531 606.799.036
indústria têxtil e artigos de vestuário 377.581.918 223.907.562 153.674.356 312.045.047 293.905.805 18.139.241 324.037.879 313.704.598 10.333.281 315.234.479 233.864.371 81.370.108
borracha natural 660 25.259.145 -25.258.485 17.845 24.619.072 -24.601.227 19.820 27.156.137 -27.136.318 998 18.803.965 -18.802.967
madeira e mobiliário 296.777.920 10.034.828 286.743.092 275.691.302 11.625.513 264.065.789 359.730.710 17.905.972 341.824.737 426.627.005 10.477.380 416.149.625
celulose, papel e gráfica 588.588.500 118.388.210 470.200.290 472.047.298 131.531.918 340.515.380 525.408.296 155.254.046 370.154.249 476.649.501 151.065.676 325.583.825
Subtotal 4 2.056.894.165 434.571.771 1.622.322.394 1.744.081.304 543.419.917 1.200.661.387 1.983.211.852 600.596.063 1.382.615.789 1.899.874.550 488.774.923 1.411.099.627
TOTAL 4.993.144.591 1.761.480.427 3.231.664.164 5.578.440.801 1.874.027.439 3.704.413.362 6.072.392.484 2.184.234.915 3.888.157.570 5.535.592.551 1.885.543.850 3.650.048.701
Quadro 6 – Os fluxos comerciais do agronegócio brasileiro em 1993
132
1994 (por trimestres)
EXP IPT SALDO EXP IPT SALDO EXP IPT SALDO
EXP
deflacionado
IPT SALDO
FATORES DE PRODUÇÃO
fertilizantes 6.356.522 99.448.229 -93.091.707 12.582.275 185.681.606 -173.099.331 11.589.714 280.111.731 -268.522.017 17.886.416 254.118.892 -236.232.476
defensivos 57.519.771 104.932.835 -47.413.064 46.987.610 150.798.369 -103.810.759 60.304.480 152.381.077 -92.076.598 69.693.037 195.421.455 -125.728.418
máquinas (incluindo tratores)e implementos 214.439.783 360.975.143 -146.535.360 249.656.117 328.318.785 -78.662.669 257.312.578 408.363.006 -151.050.428 254.693.257 801.445.886 -546.752.629
Subtotal 1 278.316.076 565.356.207 -287.040.131 309.226.002 664.798.761 -355.572.759 329.206.771 840.855.815 -511.649.044 342.272.710 1.250.986.234 -908.713.524
AGROPECUÁRIA
produtos agrícolas 652.228.053 440.416.006 211.812.048 1.480.040.934 556.972.272 923.068.662 1.593.556.621 640.351.250 953.205.370 1.377.598.179 1.099.615.152 277.983.027
produtos de origem animal 354.418.425 154.546.884 199.871.541 456.899.313 112.952.570 343.946.743 439.761.296 167.336.493 272.424.803 363.335.134 556.828.039 -193.492.905
Subtotal 2 1.006.646.478 594.962.890 411.683.588 1.936.940.246 669.924.842 1.267.015.405 2.033.317.916 807.687.743 1.225.630.174 1.740.933.313 1.656.443.191 84.490.122
AGROINDUSTRIAIS
Agroindústria 1
indústria de alimentos 1.222.393.527 55.299.560 1.167.093.968 1.755.156.050 83.886.649 1.671.269.401 2.192.187.400 73.082.060 2.119.105.341 1.782.204.905 115.768.624 1.666.436.281
bebidas 54.392.750 26.556.555 27.836.195 42.391.655 39.702.743 2.688.912 71.973.336 78.285.855 -6.312.519 64.995.628 77.919.629 -12.924.001
fumo 194.545.180 10.776.397 183.768.783 330.440.133 12.786.155 317.653.977 455.235.948 10.816.822 444.419.126 343.956.195 8.997.573 334.958.622
gorduras e óleos e ceras animais e vegetais 141.524.261 53.651.965 87.872.296 395.451.990 52.089.933 343.362.057 362.390.729 129.614.153 232.776.576 346.435.187 188.170.901 158.264.287
produtos químicos 56.361.570 19.187.373 37.174.196 52.434.625 20.236.329 32.198.296 65.667.674 21.839.300 43.828.374 67.269.893 29.547.090 37.722.803
Subtotal 3 1.669.217.288 165.471.850 1.503.745.438 2.575.874.454 208.701.810 2.367.172.644 3.147.455.087 313.638.190 2.833.816.897 2.604.861.808 420.403.817 2.184.457.992
Agroindústria 2
fabricação de calçados 704.486.840 63.466.561 641.020.280 651.947.135 73.332.298 578.614.837 672.690.327 75.342.576 597.347.751 497.633.608 98.110.459 399.523.150
indústria têxtil e artigos de vestuário 310.400.730 183.081.660 127.319.070 336.437.738 284.421.010 52.016.728 366.731.531 210.725.041 156.006.490 286.162.321 330.216.511 -44.054.190
borracha natural 3.539 20.083.013 -20.079.474 14.729 25.374.472 -25.359.742 19.595 29.380.833 -29.361.238 30.351 45.142.056 -45.111.705
madeira e mobiliário 359.972.897 9.254.139 350.718.758 407.276.285 9.576.595 397.699.690 430.272.726 16.662.530 413.610.196 440.311.904 17.360.385 422.951.519
celulose, papel e gráfica 480.193.215 135.032.876 345.160.339 523.338.086 174.302.981 349.035.106 652.377.219 172.781.408 479.595.811 690.800.336 244.022.451 446.777.885
Subtotal 4 1.855.057.221 410.918.248 1.444.138.973 1.919.013.973 567.007.356 1.352.006.618 2.122.091.398 504.892.387 1.617.199.010 1.914.938.521 734.851.862 1.180.086.660
TOTAL 4.809.237.064 1.736.709.195 3.072.527.868 6.741.054.675 2.110.432.768 4.630.621.908 7.632.071.173 2.467.074.135 5.164.997.038 6.603.006.352 4.062.685.103 2.540.321.249
Quadro 7 – Os fluxos comerciais do agronegócio brasileiro em 1994
133
1995 (por trimestres)
EXP IPT SALDO EXP IPT SALDO EXP IPT SALDO EXP IPT SALDO
FATORES DE PRODUÇÃO
fertilizantes 5.186.666 200.110.687 -194.924.021 19.643.353 229.812.336 -210.168.983 35.389.191 144.725.181 -109.335.990 20.314.571 258.089.233 -237.774.662
defensivos 41.336.420 177.277.080 -135.940.659 72.081.515 224.382.561 -152.301.046 73.213.219 218.919.586 -145.706.367 79.140.318 194.658.565 -115.518.247
máquinas (incluindo tratores)e implementos 249.500.855 436.878.806 -187.377.951 254.132.050 652.367.603 -398.235.553 254.210.205 759.664.648 -505.454.443 247.518.201 1.139.000.764 -891.482.563
Subtotal 1 296.023.940 814.266.572 -518.242.632 345.856.917 1.106.562.499 -760.705.582 362.812.615 1.123.309.415 -760.496.800 346.973.090 1.591.748.562 -1.244.775.472
AGROPECUÁRIA
produtos agrícolas 780.353.846 958.472.541 -178.118.695 1.478.637.873 856.591.853 622.046.020 1.136.926.743 776.642.706 360.284.038 656.489.241 743.665.695 -87.176.454
produtos de origem animal 295.650.625 531.435.567 -235.784.942 402.379.569 436.201.140 -33.821.571 417.608.317 416.622.539 985.778 386.403.380 360.568.374 25.835.006
Subtotal 2 1.076.004.471 1.489.908.108 -413.903.638 1.881.017.441 1.292.792.993 588.224.449 1.554.535.060 1.193.265.244 361.269.816 1.042.892.621 1.104.234.069 -61.341.448
AGROINDUSTRIAIS
Agroindústria 1
indústria de alimentos 1.512.421.795 173.851.686 1.338.570.108 1.884.241.139 210.718.977 1.673.522.162 2.342.262.796 200.128.272 2.142.134.524 2.331.755.723 199.230.439 2.132.525.284
bebidas 39.295.012 84.185.993 -44.890.981 47.402.043 228.657.772 -181.255.729 82.067.415 252.243.942 -170.176.526 87.199.801 216.117.918 -128.918.117
fumo 214.375.652 8.386.855 205.988.797 356.452.895 14.067.822 342.385.073 525.677.037 23.904.229 501.772.807 372.084.463 26.779.396 345.305.067
gorduras e óleos e ceras animais e vegetais 155.441.639 152.094.856 3.346.783 504.566.151 98.406.392 406.159.759 459.024.951 98.272.001 360.752.950 436.436.724 126.160.114 310.276.609
produtos químicos 64.257.131 37.944.857 26.312.274 54.136.941 38.118.978 16.017.963 64.345.324 34.758.357 29.586.967 83.857.003 34.129.030 49.727.973
Subtotal 3 1.985.791.229 456.464.247 1.529.326.982 2.846.799.168 589.969.941 2.256.829.228 3.473.377.524 609.306.802 2.864.070.722 3.311.333.715 602.416.897 2.708.916.818
Agroindústria 2
fabricação de calçados 614.558.573 89.661.221 524.897.353 590.792.122 98.433.830 492.358.291 627.680.969 93.820.725 533.860.243 594.233.647 93.011.773 501.221.873
indústria têxtil e artigos de vestuário 279.590.457 374.643.537 -95.053.080 314.455.411 405.579.225 -91.123.814 393.776.003 241.287.188 152.488.816 310.818.215 262.857.954 47.960.261
borracha natural 1.593 50.242.899 -50.241.306 57.191 66.925.252 -66.868.061 730 45.687.464 -45.686.735 0 44.508.946 -44.508.946
madeira e mobiliário 380.058.970 19.651.094 360.407.876 439.198.860 23.370.698 415.828.162 462.161.022 25.990.369 436.170.653 465.011.539 26.983.367 438.028.172
celulose, papel e gráfica 724.521.769 331.363.701 393.158.068 862.301.878 461.640.069 400.661.808 892.433.597 452.844.395 439.589.201 937.558.296 468.947.373 468.610.924
Subtotal 4 1.998.731.363 865.562.451 1.133.168.911 2.206.805.461 1.055.949.074 1.150.856.387 2.376.052.321 859.630.142 1.516.422.178 2.307.621.697 896.309.413 1.411.312.284
TOTAL 5.356.551.002 3.626.201.379 1.730.349.623 7.280.478.988 4.045.274.507 3.235.204.481 7.766.777.520 3.785.511.604 3.981.265.916 7.008.821.123 4.194.708.941 2.814.112.182
Quadro 8 – Os fluxos comerciais do agronegócio brasileiro em 1995
134
1996 (por trimestres)
EXP IPT SALDO EXP IPT SALDO EXP IPT SALDO EXP IPT SALDO
FATORES DE PRODUÇÃO
fertilizantes 7.313.489 114.183.268 -106.869.779 18.569.379 232.686.818 -214.117.439 30.138.386 325.406.414 -295.268.028 13.960.661 265.339.577 -251.378.916
defensivos 57.238.925 194.579.633 -137.340.708 69.120.388 220.493.977 -151.373.589 71.985.634 310.283.802 -238.298.167 67.034.146 187.944.689 -120.910.543
máquinas (incluindo tratores)e implementos 220.938.125 531.862.625 -310.924.500 271.505.216 545.933.118 -274.427.901 295.262.874 701.870.112 -406.607.238 223.064.967 715.034.083 -491.969.116
Subtotal 1 285.490.539 840.625.526 -555.134.987 359.194.984 999.113.913 -639.918.929 397.386.895 1.337.560.327 -940.173.432 304.059.774 1.168.318.350 -864.258.576
AGROPECUÁRIA
produtos agrícolas 547.339.331 972.226.068 -424.886.737 1.275.408.455 937.222.010 338.186.445 1.197.191.311 950.742.490 246.448.822 693.863.619 686.837.130 7.026.489
produtos de origem animal 354.607.755 403.906.164 -49.298.408 469.480.330 321.226.150 148.254.180 489.989.292 405.115.862 84.873.430 319.172.600 283.843.720 35.328.880
Subtotal 2 901.947.086 1.376.132.232 -474.185.145 1.744.888.785 1.258.448.160 486.440.625 1.687.180.604 1.355.858.351 331.322.252 1.013.036.219 970.680.850 42.355.369
AGROINDUSTRIAIS
Agroindústria 1
indústria de alimentos 1.479.212.070 183.775.804 1.295.436.265 2.296.224.073 209.591.115 2.086.632.958 2.759.356.539 199.637.948 2.559.718.590 1.462.451.135 198.095.896 1.264.355.238
bebidas 73.924.845 151.592.424 -77.667.579 55.699.197 142.455.603 -86.756.405 62.344.423 149.261.564 -86.917.140 49.367.499 129.078.948 -79.711.449
fumo 306.234.610 20.655.933 285.578.677 596.608.973 17.795.673 578.813.300 545.462.371 8.209.324 537.253.047 271.621.736 23.078.645 248.543.091
gorduras e óleos e ceras animais e vegetais 126.207.056 117.649.560 8.557.496 403.506.768 108.162.682 295.344.086 349.517.104 112.497.965 237.019.140 137.992.283 91.867.320 46.124.964
produtos químicos 74.191.728 35.542.689 38.649.039 71.741.389 40.733.655 31.007.734 72.873.930 42.154.763 30.719.166 49.241.247 29.327.069 19.914.178
Subtotal 3 2.059.770.309 509.216.411 1.550.553.898 3.423.780.400 518.738.728 2.905.041.672 3.789.554.367 511.761.564 3.277.792.803 1.970.673.900 471.447.877 1.499.226.022
Agroindústria 2
fabricação de calçados 622.903.269 64.519.353 558.383.917 641.211.597 81.882.635 559.328.962 708.961.255 80.283.801 628.677.454 466.386.738 61.626.144 404.760.594
indústria têxtil e artigos de vestuário 274.666.624 306.402.523 -31.735.899 264.868.093 259.948.500 4.919.594 274.670.278 400.298.993 -125.628.715 176.745.902 343.059.756 -166.313.854
borracha natural 0 42.811.920 -42.811.920 0 37.726.634 -37.726.634 6.240 30.518.912 -30.512.672 5.923 25.987.649 -25.981.725
madeira e mobiliário 406.708.200 19.377.376 387.330.824 380.540.084 26.243.276 354.296.808 432.181.724 38.764.960 393.416.764 315.496.758 35.566.454 279.930.304
celulose, papel e gráfica 671.706.892 438.014.134 233.692.758 580.249.193 381.822.047 198.427.146 590.153.770 399.786.894 190.366.876 372.321.271 312.149.643 60.171.627
Subtotal 4 1.975.984.985 871.125.305 1.104.859.680 1.866.868.968 787.623.091 1.079.245.876 2.005.973.267 949.653.560 1.056.319.706 1.330.956.592 778.389.646 552.566.945
TOTAL 5.223.192.918 3.597.099.473 1.626.093.446 7.394.733.136 3.563.923.892 3.830.809.245 7.880.095.132 4.154.833.803 3.725.261.329 4.618.726.484 3.388.836.724 1.229.889.761
Quadro 9 – Os fluxos comerciais do agronegócio brasileiro em 1996
135
1997 (por trimestres)
EXP IPT SALDO EXP IPT SALDO EXP IPT SALDO EXP IPT SALDO
FATORES DE PRODUÇÃO
fertilizantes 1.811.043 67.769.492 -65.958.449 21.512.451 230.426.462 -208.914.011 34.399.518 434.599.639 -400.200.121 16.312.513 401.101.049 -384.788.536
defensivos 36.344.389 90.140.773 -53.796.384 26.998.315 117.948.491 -90.950.176 71.933.214 245.481.953 -173.548.739 77.781.386 163.583.367 -85.801.981
máquinas (incluindo tratores)e implementos 211.956.298 449.542.083 -237.585.785 216.781.591 489.889.725 -273.108.134 248.065.981 592.030.042 -343.964.060 252.744.547 824.899.068 -572.154.521
Subtotal 1 250.111.731 607.452.348 -357.340.617 265.292.357 838.264.678 -572.972.321 354.398.714 1.272.111.634 -917.712.920 346.838.446 1.389.583.484
-
1.042.745.038
AGROPECUÁRIA
produtos agrícolas 1.113.874.761 550.374.311 563.500.450 2.675.381.947 818.841.908 1.856.540.038 2.060.395.803 889.774.333 1.170.621.469 993.868.777 797.020.891 196.847.886
produtos de origem animal 399.509.358 403.614.561 -4.105.203 468.607.455 363.709.141 104.898.314 474.639.512 350.994.786 123.644.726 438.215.811 338.099.381 100.116.430
Subtotal 2 1.513.384.119 953.988.872 559.395.247 3.143.989.402 1.182.551.049 1.961.438.353 2.535.035.314 1.240.769.119 1.294.266.195 1.432.084.588 1.135.120.271 296.964.316
AGROINDUSTRIAIS
Agroindústria 1
indústria de alimentos 1.293.524.132 222.166.509 1.071.357.623 2.128.980.105 252.775.043 1.876.205.062 2.629.429.336 265.806.086 2.363.623.250 1.998.988.873 258.086.169 1.740.902.705
bebidas 36.392.096 122.251.354 -85.859.258 32.464.737 131.199.704 -98.734.967 54.274.280 120.261.352 -65.987.072 49.282.677 75.849.849 -26.567.172
fumo 321.545.788 24.414.809 297.130.979 653.475.029 29.829.565 623.645.464 563.675.120 24.972.067 538.703.053 438.991.885 30.177.149 408.814.736
gorduras e óleos e ceras animais e vegetais 134.803.803 74.945.832 59.857.971 360.758.164 101.724.661 259.033.503 297.073.818 91.032.746 206.041.072 100.023.987 103.380.113 -3.356.126
produtos químicos 72.845.780 42.242.606 30.603.174 65.451.648 47.007.182 18.444.466 62.659.642 38.142.626 24.517.016 73.614.954 35.843.487 37.771.467
Subtotal 3 1.859.111.598 486.021.110 1.373.090.488 3.241.129.684 562.536.155 2.678.593.529 3.607.112.197 540.214.878 3.066.897.319 2.660.902.377 503.336.767 2.157.565.610
Agroindústria 2
fabricação de calçados 665.538.811 69.471.041 596.067.769 676.092.158 90.663.408 585.428.750 640.896.931 91.789.182 549.107.749 585.469.435 76.961.883 508.507.552
indústria têxtil e artigos de vestuário 221.121.785 224.571.420 -3.449.635 221.150.472 328.848.916 -107.698.444 234.539.116 431.945.434 -197.406.318 218.125.393 315.848.134 -97.722.741
borracha natural 3.556 35.951.208 -35.947.652 370 35.355.920 -35.355.550 0 39.668.020 -39.668.020 0 30.646.294 -30.646.294
madeira e mobiliário 394.123.356 31.396.244 362.727.112 442.245.351 33.902.028 408.343.322 477.190.791 47.216.881 429.973.910 479.614.819 41.733.221 437.881.598
celulose, papel e gráfica 120.198.963 363.551.361 -243.352.397 123.403.578 432.512.538 -309.108.960 122.918.756 443.858.852 -320.940.096 108.839.887 466.695.044 -357.855.158
Subtotal 4 1.400.986.471 724.941.273 676.045.197 1.462.891.929 921.282.810 541.609.119 1.475.545.595 1.054.478.369 421.067.225 1.392.049.534 931.884.576 460.164.958
TOTAL 5.023.593.919 2.772.403.604 2.251.190.315 8.113.303.372 3.504.634.693 4.608.668.679 7.972.091.819 4.107.574.000 3.864.517.819 5.831.874.945 3.959.925.099 1.871.949.846
Quadro 10 – Os fluxos comerciais do agronegócio brasileiro em 1997
136
1998 (por trimestres)
EXP IPT SALDO EXP IPT SALDO EXP IPT SALDO EXP IPT SALDO
FATORES DE PRODUÇÃO
fertilizantes 9.569.652 172.817.029 -163.247.376 13.585.266 231.887.476 -218.302.210 22.064.935 386.070.062 -364.005.128 18.428.928 329.112.564 -310.683.636
defensivos 49.026.703 170.881.800 -121.855.097 35.530.409 172.292.896 -136.762.487 79.622.081 214.881.022 -135.258.941 80.446.299 170.573.624 -90.127.325
máquinas (incluindo tratores)e implementos 215.170.025 489.100.425 -273.930.400 206.387.963 464.269.065 -257.881.102 178.253.653 457.363.192 -279.109.539 238.269.315 532.242.864 -293.973.550
Subtotal 1 273.766.380 832.799.254 -559.032.874 255.503.638 868.449.437 -612.945.799 279.940.668 1.058.314.276 -778.373.608 337.144.542 1.031.929.053 -694.784.511
AGROPECUÁRIA
produtos agrícolas 894.013.861 876.855.320 17.158.541 2.187.719.689 776.479.928 1.411.239.760 1.766.298.879 915.655.849 850.643.030 1.070.846.540 883.952.722 186.893.818
produtos de origem animal 372.121.040 386.849.087 -14.728.047 436.764.641 341.587.170 95.177.471 462.450.810 359.701.897 102.748.913 430.507.878 361.558.587 68.949.291
Subtotal 2 1.266.134.901 1.263.704.408 2.430.494 2.624.484.330 1.118.067.098 1.506.417.231 2.228.749.689 1.275.357.746 953.391.943 1.501.354.418 1.245.511.310 255.843.108
AGROINDUSTRIAIS
Agroindústria 1
indústria de alimentos 1.515.167.383 219.940.634 1.295.226.749 1.838.018.813 224.540.209 1.613.478.603 2.092.592.923 239.183.869 1.853.409.054 1.784.784.809 256.223.722 1.528.561.087
bebidas 27.884.706 35.686.953 -7.802.247 26.959.657 37.901.355 -10.941.697 25.690.607 50.847.447 -25.156.840 38.423.494 62.883.839 -24.460.345
fumo 390.079.511 27.137.741 362.941.770 609.548.478 20.440.876 589.107.602 537.641.096 32.717.784 504.923.313 287.457.799 11.100.542 276.357.257
gorduras e óleos e ceras animais e vegetais 99.526.282 135.165.600 -35.639.318 403.033.954 108.106.736 294.927.219 413.706.002 126.603.458 287.102.543 218.613.345 103.972.632 114.640.713
produtos químicos 57.121.688 38.583.817 18.537.871 59.802.459 43.784.370 16.018.089 56.042.191 40.135.119 15.907.072 56.108.623 43.671.098 12.437.525
Subtotal 3 2.089.779.570 456.514.745 1.633.264.825 2.937.363.362 434.773.546 2.502.589.816 3.125.672.819 489.487.677 2.636.185.142 2.385.388.070 477.851.833 1.907.536.236
Agroindústria 2
fabricação de calçados 590.342.777 54.254.459 536.088.318 549.850.494 70.743.865 479.106.630 574.231.705 77.148.034 497.083.671 511.028.221 72.377.542 438.650.679
indústria têxtil e artigos de vestuário 202.777.362 241.299.385 -38.522.024 196.224.662 886.043.036 -689.818.374 211.216.483 226.625.317 -15.408.835 172.873.489 188.304.198 -15.430.709
borracha natural 2.209 30.669.381 -30.667.172 13.894 29.800.422 -29.786.527 33.189 23.890.173 -23.856.984 4.302 22.522.156 -22.517.854
madeira e mobiliário 416.891.565 33.782.598 383.108.966 380.814.857 36.646.927 344.167.930 399.882.389 36.436.366 363.446.023 429.832.994 37.737.859 392.095.135
celulose, papel e gráfica 107.237.259 411.828.530 -304.591.271 110.335.035 396.049.337 -285.714.302 104.682.881 413.156.640 -308.473.759 85.650.359 450.657.679 -365.007.320
Subtotal 4 1.317.251.172 771.834.354 545.416.818 1.237.238.942 1.419.283.586 -182.044.644 1.290.046.647 777.256.531 512.790.116 1.199.389.365 771.599.434 427.789.931
TOTAL 4.946.932.022 3.324.852.760 1.622.079.262 7.054.590.272 3.840.573.667 3.214.016.604 6.924.409.823 3.600.416.230 3.323.993.592 5.423.276.394 3.526.891.629 1.896.384.765
Quadro 11 – Os fluxos comerciais do agronegócio brasileiro em 1998
137
1999 (por trimestres)
EXP IPT SALDO EXP IPT SALDO EXP IPT SALDO EXP IPT SALDO
FATORES DE PRODUÇÃO
fertilizantes 6.088.758 181.194.895 -175.106.137 6.867.580 154.512.275 -147.644.695 14.627.043 236.275.808 -221.648.765 18.341.824 419.645.123 -401.303.299
defensivos 33.302.984 108.342.357 -75.039.373 35.844.429 120.106.522 -84.262.093 44.407.433 208.984.002 -164.576.569 57.172.095 184.028.533 -126.856.438
máquinas (incluindo tratores)e implementos 149.930.502 371.653.770 -221.723.268 118.290.675 361.134.828 -242.844.153 107.889.907 326.172.136 -218.282.229 165.213.665 409.908.760 -244.695.095
Subtotal 1 189.322.244 661.191.022 -471.868.778 161.002.684 635.753.625 -474.750.941 166.924.383 771.431.946 -604.507.563 240.727.585 1.013.582.416 -772.854.832
AGROPECUÁRIA
produtos agrícolas 1.017.381.640 610.938.333 406.443.307 1.742.871.341 577.879.597 1.164.991.744 1.332.336.963 606.690.850 725.646.113 971.461.228 541.193.459 430.267.769
produtos de origem animal 410.142.651 294.506.501 115.636.150 534.603.456 215.772.467 318.830.990 547.227.400 219.090.385 328.137.016 513.429.040 280.147.800 233.281.240
Subtotal 2 1.427.524.292 905.444.834 522.079.458 2.277.474.797 793.652.063 1.483.822.734 1.879.564.364 825.781.235 1.053.783.129 1.484.890.269 821.341.260 663.549.009
AGROINDUSTRIAIS
Agroindústria 1
indústria de alimentos 1.322.114.717 199.637.692 1.122.477.025 1.664.917.859 150.916.400 1.514.001.459 1.814.384.799 156.012.906 1.658.371.893 2.006.049.617 168.154.257 1.837.895.360
bebidas 32.769.796 29.915.681 2.854.114 32.608.200 29.077.424 3.530.776 35.138.309 40.472.971 -5.334.662 39.914.535 70.810.599 -30.896.064
fumo 124.338.511 5.220.537 119.117.974 271.140.025 3.012.974 268.127.051 422.475.421 2.403.245 420.072.176 280.262.844 4.564.965 275.697.879
gorduras e óleos e ceras animais e vegetais 187.864.292 78.339.820 109.524.472 353.985.276 63.080.632 290.904.643 169.984.761 70.070.015 99.914.746 193.505.054 65.719.561 127.785.493
produtos químicos 47.679.723 34.729.476 12.950.247 54.366.236 38.142.510 16.223.726 47.990.036 44.991.701 2.998.334 52.323.974 40.030.682 12.293.292
Subtotal 3 1.714.767.038 347.843.206 1.366.923.832 2.377.017.596 284.229.941 2.092.787.655 2.489.973.325 313.950.838 2.176.022.487 2.572.056.024 349.280.064 2.222.775.960
Agroindústria 2
fabricação de calçados 517.200.103 49.305.717 467.894.387 498.509.676 52.716.605 445.793.071 528.453.281 59.999.128 468.454.153 505.935.468 60.671.817 445.263.651
indústria têxtil e artigos de vestuário 159.818.333 164.879.255 -5.060.922 158.957.236 156.138.818 2.818.417 183.700.675 139.050.117 44.650.558 194.403.350 119.133.812 75.269.537
borracha natural 2.345 13.919.437 -13.917.092 178.385 16.313.937 -16.135.552 2.901 19.816.319 -19.813.417 22.712 23.544.532 -23.521.820
madeira e mobiliário 414.477.936 20.212.595 394.265.342 453.712.898 15.003.587 438.709.312 514.036.310 19.243.018 494.793.292 575.008.584 21.618.448 553.390.136
celulose, papel e gráfica 77.194.357 289.771.662 -212.577.305 84.926.541 281.535.859 -196.609.318 90.465.534 317.959.437 -227.493.903 85.788.486 314.833.844 -229.045.358
Subtotal 4 1.168.693.075 538.088.666 630.604.409 1.196.284.737 521.708.806 674.575.931 1.316.658.700 556.068.018 760.590.682 1.361.158.599 539.802.453 821.356.146
TOTAL 4.500.306.648 2.452.567.727 2.047.738.921 6.011.779.814 1.043.417.612 4.968.362.202 5.853.120.772 2.467.232.037 3.385.888.735 5.658.832.476 2.724.006.193 2.934.826.284
Quadro 12 – Os fluxos comerciais do agronegócio brasileiro em 1999
138
2000 (por trimestres)
EXP IPT SALDO EXP IPT SALDO EXP IPT SALDO EXP IPT SALDO
FATORES DE PRODUÇÃO
fertilizantes 7.101.972 229.022.035 -221.920.063 12.746.119 176.300.055 -163.553.936 25.568.989 419.542.015 -393.973.026 15.032.472 588.381.324 -573.348.852
defensivos 27.345.912 82.789.532 -55.443.621 24.113.241 108.316.653 -84.203.411 32.008.900 227.955.874 -195.946.973 53.717.767 154.372.302 -100.654.535
máquinas (incluindo tratores)e implementos 125.013.335 322.203.267 -197.189.932 133.674.897 314.471.875 -180.796.978 132.193.525 356.934.360 -224.740.834 131.363.391 338.523.086 -207.159.694
Subtotal 1 159.461.218 634.014.834 -474.553.615 170.534.257 599.088.582 -428.554.325 189.771.415 1.004.432.249 -814.660.834 200.113.630 1.081.276.711 -881.163.081
AGROPECUÁRIA
produtos agrícolas 759.717.947 556.289.981 203.427.966 1.682.155.341 525.562.709 1.156.592.631 1.556.033.014 611.974.912 944.058.102 824.047.631 594.565.862 229.481.769
produtos de origem animal 446.878.331 286.602.151 160.276.180 550.820.585 202.348.684 348.471.901 604.919.336 229.256.847 375.662.489 544.405.881 235.769.092 308.636.790
Subtotal 2 1.206.596.278 842.892.132 363.704.146 2.232.975.926 727.911.394 1.505.064.532 2.160.952.350 841.231.759 1.319.720.591 1.368.453.512 830.334.954 538.118.558
AGROINDUSTRIAIS
Agroindústria 1
indústria de alimentos 1.255.326.438 133.662.442 1.121.663.996 1.298.028.844 148.337.353 1.149.691.491 1.611.966.572 143.512.252 1.468.454.320 1.662.222.250 132.537.407 1.529.684.843
bebidas 41.104.076 22.920.168 18.183.908 23.882.626 33.470.439 -9.587.813 24.688.205 49.093.604 -24.405.400 26.954.596 59.499.443 -32.544.847
fumo 112.456.286 3.790.439 108.665.847 274.572.022 4.733.647 269.838.375 317.303.708 5.055.283 312.248.425 225.868.753 6.634.064 219.234.689
gorduras e óleos e ceras animais e vegetais 66.797.904 69.217.179 -2.419.275 146.362.372 52.190.225 94.172.147 169.524.684 55.552.982 113.971.701 135.181.398 55.273.754 79.907.644
produtos químicos 53.828.648 30.917.214 22.911.434 55.388.143 32.775.060 22.613.082 51.726.064 39.635.935 12.090.129 53.891.970 37.514.023 16.377.948
Subtotal 3 1.529.513.352 260.507.443 1.269.005.910 1.798.234.006 271.506.724 1.526.727.282 2.175.209.233 292.850.057 1.882.359.176 2.104.118.968 291.458.691 1.812.660.277
Agroindústria 2
fabricação de calçados 568.804.476 56.207.339 512.597.137 564.924.906 65.354.443 499.570.463 641.370.557 69.863.219 571.507.338 619.155.277 70.883.430 548.271.847
indústria têxtil e artigos de vestuário 212.508.009 151.666.552 60.841.457 201.492.363 158.258.346 43.234.017 219.074.656 122.157.934 96.916.723 230.262.108 76.453.342 153.808.767
borracha natural 2.657 29.684.536 -29.681.879 106.767 25.459.867 -25.353.100 5.605 30.291.059 -30.285.453 236.898 24.779.341 -24.542.443
madeira e mobiliário 506.949.985 18.701.748 488.248.237 503.909.390 20.639.104 483.270.285 520.466.259 22.809.343 497.656.916 545.044.117 23.491.933 521.552.184
celulose, papel e gráfica 96.203.836 319.106.677 -222.902.841 89.446.530 324.278.770 -234.832.240 98.441.712 335.266.926 -236.825.214 112.259.754 339.016.351 -226.756.597
Subtotal 4 1.384.468.963 575.366.852 809.102.110 1.359.879.955 593.990.530 765.889.425 1.479.358.790 580.388.480 898.970.310 1.506.958.154 534.624.396 972.333.758
TOTAL 4.280.039.811 2.312.781.260 1.967.258.551 5.561.624.145 2.192.497.230 3.369.126.915 6.005.291.787 2.718.902.544 3.286.389.243 5.179.644.264 2.737.694.752 2.441.949.512
Quadro 13 – Os fluxos comerciais do agronegócio brasileiro em 2000
139
2001 (por trimestres)
EXP IPT SALDO EXP IPT SALDO EXP IPT SALDO EXP IPT SALDO
FATORES DE PRODUÇÃO
fertilizantes 7.193.151 203.222.895 -196.029.744 13.457.984 193.000.097 -179.542.113 30.060.440 496.754.934 -466.694.494 13.803.938 427.692.269 -413.888.331
defensivos 31.510.076 113.789.051 -82.278.976 26.525.335 128.741.585 -102.216.250 51.716.034 248.008.093 -196.292.059 38.816.627 148.140.565 -109.323.939
máquinas (incluindo tratores)e implementos 132.765.878 361.303.096 -228.537.218 166.957.583 358.071.676 -191.114.092 132.470.119 334.207.704 -201.737.585 116.338.216 319.296.987 -202.958.771
Subtotal 1 171.469.105 678.315.043 -506.845.938 206.940.902 679.813.358 -472.872.456 214.246.592 1.078.970.731 -864.724.139 168.958.781 895.129.821 -726.171.040
AGROPECUÁRIA
produtos agrícolas 758.869.235 573.325.048 185.544.187 1.900.533.751 506.454.743 1.394.079.008 1.790.631.862 533.403.579 1.257.228.284 969.180.213 510.188.325 458.991.888
produtos de origem animal 633.252.408 235.967.996 397.284.412 832.255.332 134.183.807 698.071.525 869.772.988 107.182.475 762.590.513 844.970.036 126.156.479 718.813.557
Subtotal 2 1.392.121.643 809.293.044 582.828.599 2.732.789.082 640.638.550 2.092.150.533 2.660.404.850 640.586.054 2.019.818.796 1.814.150.248 636.344.804 1.177.805.445
AGROINDUSTRIAIS
Agroindústria 1
indústria de alimentos 1.563.264.576 133.081.718 1.430.182.858 1.509.280.614 122.252.099 1.387.028.515 2.029.247.249 115.442.633 1.913.804.615 1.956.770.912 109.559.473 1.847.211.440
bebidas 23.153.747 38.994.886 -15.841.139 25.752.744 51.611.026 -25.858.282 60.359.056 62.843.095 -2.484.038 51.647.120 49.187.455 2.459.664
fumo 140.740.267 8.347.262 132.393.006 324.947.704 6.611.813 318.335.891 385.812.639 5.399.473 380.413.166 164.222.324 6.634.958 157.587.366
gorduras e óleos e ceras animais e vegetais 115.139.306 44.839.235 70.300.071 166.243.059 31.626.107 134.616.952 196.668.055 34.621.865 162.046.190 185.109.453 43.785.106 141.324.346
produtos químicos 52.862.714 34.684.788 18.177.926 58.063.201 35.406.530 22.656.671 51.476.500 38.815.462 12.661.038 58.940.250 30.221.843 28.718.407
Subtotal 3 1.895.160.611 259.947.888 1.635.212.722 2.084.287.322 247.507.576 1.836.779.747 2.723.563.499 257.122.528 2.466.440.971 2.416.690.058 239.388.835 2.177.301.223
Agroindústria 2
fabricação de calçados 642.411.768 65.608.354 576.803.413 624.306.465 71.352.733 552.953.732 653.479.576 71.983.647 581.495.929 593.722.886 56.939.881 536.783.005
indústria têxtil e artigos de vestuário 230.078.228 77.109.233 152.968.995 223.684.928 70.900.686 152.784.242 288.200.269 38.571.503 249.628.766 259.644.465 35.874.110 223.770.355
borracha natural 47.059 22.629.861 -22.582.802 22.189 24.683.956 -24.661.768 5.024 23.269.822 -23.264.799 11.891 17.971.263 -17.959.372
madeira e mobiliário 471.778.018 19.886.818 451.891.200 511.548.060 16.263.220 495.284.840 521.470.303 15.297.236 506.173.067 518.179.296 13.571.820 504.607.476
celulose, papel e gráfica 102.822.694 308.140.413 -205.317.719 113.153.950 279.628.543 -166.474.593 166.901.519 236.622.758 -69.721.238 147.598.238 217.516.249 -69.918.010
Subtotal 4 1.447.137.767 493.374.680 953.763.087 1.472.715.592 462.829.138 1.009.886.453 1.630.056.691 385.744.965 1.244.311.725 1.519.156.776 341.873.322 1.177.283.454
TOTAL 4.905.889.126 2.240.930.655 2.664.958.470 6.496.732.898 2.030.788.621 4.465.944.277 7.228.271.632 2.362.424.279 4.865.847.353 5.918.955.863 2.112.736.782 3.806.219.082
Quadro 14 – Os fluxos comerciais do agronegócio brasileiro em 2001
140
2002 (por trimestres)
EXP IPT SALDO EXP IPT SALDO EXP IPT SALDO EXP IPT SALDO
FATORES DE PRODUÇÃO
fertilizantes 6.279.263 168.796.940 -162.517.677 12.972.594 250.221.452 -237.248.857 34.725.421 470.031.351 -435.305.930 25.998.745 422.229.316 -396.230.571
defensivos 51.903.059 113.026.320 -61.123.261 37.900.159 70.619.357 -32.719.198 38.401.040 177.471.422 -139.070.382 47.375.085 99.438.602 -52.063.517
máquinas (incluindo tratores)e implementos 117.614.849 249.400.016 -131.785.167 130.562.233 237.994.425 -107.432.191 126.895.777 262.188.357 -135.292.580 159.770.111 190.885.092 -31.114.980
Subtotal 1 175.797.171 531.223.275 -355.426.104 181.434.987 558.835.234 -377.400.247 200.022.239 909.691.131 -709.668.892 233.143.941 712.553.010 -479.409.069
AGROPECUÁRIA
produtos agrícolas 749.488.962 506.593.966 242.894.996 1.876.220.429 455.853.826 1.420.366.603 1.762.545.997 497.160.310 1.265.385.687 948.314.746 484.346.179 463.968.567
produtos de origem animal 625.424.866 201.360.046 424.064.820 821.608.380 169.074.172 652.534.208 856.130.693 142.562.892 713.567.802 826.778.688 132.890.975 693.887.713
Subtotal 2 1.374.913.828 707.954.012 666.959.816 2.697.828.809 624.927.998 2.072.900.811 2.618.676.690 639.723.201 1.978.953.489 1.775.093.434 617.237.153 1.157.856.280
AGROINDUSTRIAIS
Agroindústria 1
indústria de alimentos 1.543.941.288 136.179.012 1.407.762.276 1.489.972.552 109.618.168 1.380.354.384 1.997.418.727 169.668.105 1.827.750.622 1.914.643.619 141.552.454 1.773.091.166
bebidas 56.347.957 23.577.618 32.770.338 36.281.652 27.024.057 9.257.595 57.440.411 38.770.115 18.670.296 64.445.241 43.799.405 20.645.836
fumo 108.937.069 7.261.964 101.675.105 412.703.902 11.065.508 401.638.394 309.046.915 5.806.190 303.240.725 236.689.234 2.566.687 234.122.547
gorduras e óleos e ceras animais e vegetais 102.600.908 46.540.346 56.060.562 126.654.382 44.055.034 82.599.348 395.854.542 42.074.650 353.779.893 305.473.840 54.178.715 251.295.125
produtos químicos 55.275.596 30.755.294 24.520.301 58.301.480 25.949.856 32.351.625 70.156.717 29.270.180 40.886.536 80.576.233 27.240.704 53.335.529
Subtotal 3 1.867.102.818 244.314.234 1.622.788.583 2.123.913.968 217.712.623 1.906.201.345 2.829.917.312 285.589.241 2.544.328.071 2.601.828.167 269.337.964 2.332.490.202
Agroindústria 2
fabricação de calçados 572.657.165 45.039.305 527.617.860 603.586.993 50.472.105 553.114.888 654.250.597 61.139.301 593.111.296 645.143.518 47.062.469 598.081.049
indústria têxtil e artigos de vestuário 249.494.877 31.633.914 217.860.963 189.677.526 39.079.895 150.597.631 224.607.600 36.602.732 188.004.868 230.132.437 38.136.877 191.995.560
borracha natural 16.168 17.447.233 -17.431.065 612 25.003.948 -25.003.336 37.849 36.911.839 -36.873.990 227.773 32.088.542 -31.860.769
madeira e mobiliário 489.897.070 10.995.162 478.901.908 563.675.559 11.952.221 551.723.337 644.948.484 14.871.578 630.076.907 646.895.171 13.779.284 633.115.887
celulose, papel e gráfica 103.427.336 197.990.543 -94.563.206 82.392.961 880.485.117 -798.092.156 113.516.675 198.589.431 -85.072.756 130.820.110 173.083.058 -42.262.948
Subtotal 4 1.415.492.616 303.106.157 1.112.386.459 1.439.333.651 1.006.993.286 432.340.365 1.637.361.205 348.114.880 1.289.246.325 1.653.219.009 304.150.230 1.349.068.779
TOTAL 4.833.306.433 1.786.597.679 3.046.708.754 6.442.511.415 2.408.469.140 4.034.042.274 7.285.977.446 2.183.118.453 5.102.858.993 6.263.284.551 1.903.278.358 4.360.006.193
Quadro 15 – Os fluxos comerciais do agronegócio brasileiro em 2002
141
2003 (por trimestres)
EXP IPT SALDO EXP IPT SALDO EXP IPT SALDO EXP IPT SALDO
FATORES DE PRODUÇÃO
Fertilizantes 12.505.279 257.437.130 -244.931.850 26.065.789 300.593.790 -274.528.002 43.703.801 544.467.417 -500.763.616 35.090.647 678.419.102 -643.328.454
Defensivos 43.829.327 96.622.139 -52.792.812 37.509.114 110.974.588 -73.465.474 37.010.367 158.833.244 -121.822.877 39.693.134 172.813.702 -133.120.569
máquinas (incluindo tratores)e implementos 155.644.847 185.536.427 -29.891.580 209.797.902 171.529.345 38.268.557 274.036.068 179.700.665 94.335.403 324.473.932 197.671.603 126.802.329
Subtotal 1 211.979.453 539.595.696 -327.616.242 273.372.804 583.097.723 -309.724.919 354.750.235 883.001.326 -528.251.090 399.257.713 1.048.904.407 -649.646.694
AGROPECUÁRIA
produtos agrícolas 917.441.097 534.482.019 382.959.078 2.430.510.458 593.102.841 1.837.407.617 2.118.311.501 595.227.742 1.523.083.759 1.562.653.286 588.887.588 973.765.698
produtos de origem animal 607.993.102 137.476.587 470.516.515 804.461.207 100.315.174 704.146.033 837.727.182 90.193.196 747.533.986 811.400.131 122.790.765 688.609.366
Subtotal 2 1.525.434.199 671.958.606 853.475.593 3.234.971.665 693.418.016 2.541.553.650 2.956.038.683 685.420.938 2.270.617.745 2.374.053.416 711.678.353 1.662.375.064
AGROINDUSTRIAIS
Agroindústria 1
indústria de alimentos 1.445.711.814 171.314.360 1.274.397.453 1.688.680.006 116.485.525 1.572.194.480 2.380.599.310 132.019.288 2.248.580.022 2.303.645.996 131.409.878 2.172.236.119
Bebidas 51.977.859 17.203.773 34.774.086 28.673.253 25.620.847 3.052.406 57.951.059 37.068.687 20.882.371 73.623.574 51.080.181 22.543.393
Fumo 108.141.133 5.681.375 102.459.757 463.641.796 11.143.984 452.497.812 366.650.947 5.056.777 361.594.170 191.397.817 3.805.230 187.592.587
gorduras e óleos e ceras animais e vegetais 268.436.828 41.666.907 226.769.921 314.767.465 43.234.415 271.533.049 406.077.003 33.160.921 372.916.081 398.144.374 42.343.990 355.800.384
produtos químicos 81.672.568 32.057.793 49.614.775 76.182.992 22.083.950 54.099.041 69.675.477 24.918.985 44.756.492 80.530.634 26.242.197 54.288.436
Subtotal 3 1.955.940.201 267.924.208 1.688.015.993 2.571.945.511 218.568.722 2.353.376.789 3.280.953.795 232.224.659 3.048.729.137 3.047.342.396 254.881.477 2.792.460.919
Agroindústria 2
fabricação de calçados 619.708.839 39.215.203 580.493.636 604.148.885 51.438.235 552.710.651 656.902.173 55.279.557 601.622.616 667.738.776 49.220.369 618.518.407
indústria têxtil e artigos de vestuário 233.526.054 50.438.183 183.087.870 247.952.395 76.101.618 171.850.777 302.046.039 49.423.781 252.622.258 357.377.419 38.789.424 318.587.996
borracha natural 63.188 36.236.079 -36.172.891 198.610 34.191.460 -33.992.850 27.785 43.252.583 -43.224.797 55.358 48.751.774 -48.696.416
madeira e mobiliário 573.880.664 13.108.621 560.772.043 618.784.725 14.492.969 604.291.756 696.151.970 19.259.117 676.892.853 826.838.283 16.817.349 810.020.934
celulose, papel e gráfica 111.615.769 153.814.976 -42.199.206 134.369.388 152.069.376 -17.699.988 175.212.206 171.124.125 4.088.081 224.779.653 196.188.083 28.591.570
Subtotal 4 1.538.794.514 292.813.061 1.245.981.452 1.605.454.003 328.293.657 1.277.160.346 1.830.340.173 338.339.163 1.492.001.011 2.076.789.490 349.766.999 1.727.022.491
TOTAL 5.232.148.367 1.772.291.571 3.459.856.796 7.685.743.983 1.823.378.118 5.862.365.866 8.422.082.887 2.138.986.085 6.283.096.802 7.897.443.015 2.365.231.235 5.532.211.780
Quadro 16 – Os fluxos comerciais do agronegócio brasileiro em 2003
142
2004 (por trimestres)
EXP IPT SALDO EXP IPT SALDO EXP IPT SALDO EXP IPT SALDO
FATORES DE PRODUÇÃO
Fertilizantes 28.910.680 540.251.441 -511.340.761 27.398.822 469.146.291 -441.747.469 69.438.185 891.879.844 -822.441.659 39.318.668 721.483.575 -682.164.907
Defensivos 43.573.494 146.856.307 -103.282.813 38.280.414 151.085.648 -112.805.234 49.602.161 228.997.521 -179.395.360 40.752.120 197.244.932 -156.492.812
máquinas (incluindo tratores)e implementos 314.090.830 180.047.645 134.043.185 322.451.238 176.685.481 145.765.758 280.683.095 222.936.331 57.746.764 264.820.982 245.466.833 19.354.149
Subtotal 1 386.575.004 867.155.392 -480.580.388 388.130.475 796.917.420 -408.786.945 399.723.442 1.343.813.697 -944.090.255 344.891.770 1.164.195.340 -819.303.570
AGROPECUÁRIA
produtos agrícolas 1.714.751.581 525.108.609 1.189.642.971 3.164.024.260 576.572.053 2.587.452.206 2.745.809.143 579.426.001 2.166.383.142 1.348.075.323 569.949.697 778.125.626
produtos de origem animal 1.295.933.374 135.065.609 1.160.867.765 1.589.477.627 97.519.219 1.491.958.408 1.768.543.043 87.798.803 1.680.744.240 1.693.887.772 118.841.967 1.575.045.805
Subtotal 2 3.010.684.955 660.174.218 2.350.510.736 4.753.501.886 674.091.272 4.079.410.614 4.514.352.185 667.224.804 3.847.127.382 3.041.963.095 688.791.664 2.353.171.431
AGROINDUSTRIAIS
Agroindústria 1
indústria de alimentos 1.824.837.394 168.309.957 1.656.527.438 2.343.015.456 113.238.875 2.229.776.581 2.582.776.738 128.514.521 2.454.262.217 2.292.127.133 127.183.900 2.164.943.233
Bebidas 101.363.012 23.970.029 77.392.983 134.530.604 32.799.316 101.731.288 186.171.768 44.668.043 141.503.726 131.596.242 54.373.724 77.222.518
Fumo 119.014.232 8.665.035 110.349.197 403.838.288 4.860.808 398.977.479 520.402.749 3.363.307 517.039.442 392.199.663 3.204.527 388.995.136
gorduras e óleos e ceras animais e vegetais 338.564.984 50.382.000 288.182.984 446.206.371 52.989.334 393.217.036 513.041.178 38.916.803 474.124.375 284.224.597 51.439.901 232.784.696
produtos químicos 75.449.093 26.695.990 48.753.103 70.841.248 28.751.087 42.090.161 69.985.336 30.412.442 39.572.894 89.351.903 32.380.634 56.971.269
Subtotal 3 2.459.228.715 278.023.011 2.181.205.705 3.398.431.967 232.639.422 3.165.792.546 3.872.377.769 245.875.115 3.626.502.654 3.189.499.538 268.582.686 2.920.916.852
Agroindústria 2
fabricação de calçados 695.106.235 44.707.697 650.398.538 689.449.139 54.076.467 635.372.672 785.512.358 60.141.660 725.370.698 741.787.955 67.763.729 674.024.226
indústria têxtil e artigos de vestuário 278.459.867 82.622.155 195.837.712 260.588.521 101.313.853 159.274.668 398.981.150 42.260.291 356.720.859 433.752.347 39.896.693 393.855.654
borracha natural 37.006 52.818.490 -52.781.484 64.408 53.527.324 -53.462.916 372.443 61.962.360 -61.589.918 390 72.442.585 -72.442.195
madeira e mobiliário 770.900.487 16.043.173 754.857.314 958.203.206 19.112.251 939.090.955 1.075.950.633 23.146.040 1.052.804.594 1.009.739.636 22.103.392 987.636.244
celulose, papel e gráfica 142.556.729 191.108.639 -48.551.910 137.275.103 207.924.939 -70.649.836 274.269.512 225.543.583 48.725.929 301.656.822 223.831.564 77.825.258
Subtotal 4 1.887.060.324 387.300.155 1.499.760.170 2.045.580.378 435.954.834 1.609.625.543 2.535.086.096 413.053.934 2.122.032.162 2.486.937.150 426.037.963 2.060.899.187
TOTAL 7.743.548.999 2.192.652.776 5.550.896.223 10.585.644.706 2.139.602.948 8.446.041.758 11.321.539.492 2.669.967.549 8.651.571.943 9.063.291.553 2.547.607.653 6.515.683.900
Quadro 17 – Os fluxos comerciais do agronegócio brasileiro em 2004
143
2005 (por trimestres)
EXP IPT SALDO EXP IPT SALDO EXP IPT SALDO EXP IPT SALDO
FATORES DE PRODUÇÃO
Fertilizantes 26.039.692 380.954.711 -354.915.019 42.274.189 447.088.059 -404.813.870 67.266.496 789.869.205 -722.602.710 38.739.607 601.442.343 -562.702.736
Defensivos 45.007.701 143.692.025 -98.684.324 42.745.967 110.710.452 -67.964.485 49.489.090 195.466.074 -145.976.984 52.861.125 147.890.938 -95.029.813
máquinas (incluindo tratores)e implementos 228.386.022 218.744.220 9.641.802 235.381.859 247.512.926 -12.131.067 234.304.913 238.264.943 -3.960.029 231.521.150 222.925.302 8.595.848
Subtotal 1 299.433.415 743.390.956 -443.957.541 320.402.015 805.311.436 -484.909.421 351.060.499 1.223.600.222 -872.539.723 323.121.882 972.258.583 -649.136.701
AGROPECUÁRIA
produtos agrícolas 1.502.416.716 399.975.074 1.102.441.642 2.691.772.696 435.598.706 2.256.173.990 2.693.507.569 412.372.935 2.281.134.635 1.973.201.271 437.479.612 1.535.721.658
produtos de origem animal 1.558.497.520 179.256.074 1.379.241.447 2.051.278.688 119.365.458 1.931.913.230 2.257.520.500 115.201.529 2.142.318.971 1.904.046.023 166.918.530 1.737.127.493
Subtotal 2 3.060.914.236 579.231.147 2.481.683.088 4.743.051.384 554.964.164 4.188.087.220 4.951.028.069 527.574.463 4.423.453.606 3.877.247.294 604.398.142 3.272.849.151
AGROINDUSTRIAIS
Agroindústria 1
indústria de alimentos 2.137.901.756 149.884.895 1.988.016.861 2.543.371.662 145.552.871 2.397.818.791 2.847.700.003 153.872.402 2.693.827.601 2.609.581.163 162.951.609 2.446.629.555
Bebidas 141.805.913 25.311.965 116.493.948 205.818.670 37.671.637 168.147.033 225.136.838 49.112.617 176.024.221 239.882.463 63.275.331 176.607.132
Fumo 188.373.557 5.230.295 183.143.262 465.999.080 10.791.130 455.207.950 551.712.352 3.795.794 547.916.557 455.285.883 1.968.496 453.317.387
gorduras e óleos e ceras animais e vegetais 351.002.262 50.138.390 300.863.871 348.600.814 49.775.443 298.825.372 369.881.637 47.628.830 322.252.807 381.205.783 58.964.185 322.241.598
produtos químicos 76.380.262 25.768.617 50.611.644 75.675.867 27.812.636 47.863.230 84.717.125 32.470.989 52.246.136 94.198.621 33.702.618 60.496.002
Subtotal 3 2.895.463.750 256.334.163 2.639.129.586 3.639.466.093 271.603.716 3.367.862.377 4.079.147.954 286.880.632 3.792.267.322 3.780.153.913 320.862.239 3.459.291.675
Agroindústria 2
fabricação de calçados 742.693.531 48.917.025 693.776.506 718.589.482 57.357.731 661.231.751 788.707.494 56.752.735 731.954.759 734.044.101 68.506.085 665.538.016
indústria têxtil e artigos de vestuário 300.919.678 40.796.656 260.123.022 259.352.303 55.121.210 204.231.093 394.023.839 51.860.917 342.162.922 459.366.266 48.518.679 410.847.587
borracha natural 193.484 60.954.096 -60.760.612 63.967 60.093.873 -60.029.906 363 76.919.377 -76.919.014 62.694 64.788.387 -64.725.693
madeira e mobiliário 911.195.456 20.556.349 890.639.107 975.394.124 21.027.582 954.366.542 910.308.905 19.531.306 890.777.599 907.622.973 20.635.189 886.987.784
celulose, papel e gráfica 162.982.683 222.278.740 -59.296.057 129.137.597 229.376.473 -100.238.876 244.482.910 240.270.190 4.212.719 321.820.600 261.480.972 60.339.627
Subtotal 4 2.117.984.833 393.502.867 1.724.481.966 2.082.537.473 422.976.870 1.659.560.603 2.337.523.511 445.334.525 1.892.188.985 2.422.916.633 463.929.313 1.958.987.321
TOTAL 8.373.796.233 1.972.459.133 6.401.337.101 10.785.456.965 2.054.856.186 8.730.600.779 11.718.760.033 2.483.389.842 9.235.370.190 10.403.439.722 2.361.448.276 8.041.991.446
Quadro 18 – Os fluxos comerciais do agronegócio brasileiro em 2005
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