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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
PR
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
CAMPUS DE CURITIBA
DEPARTAMENTO DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA
E DE MATERIAIS - PPGEM
ADISON DE JESUS DOS SANTOS
DESENVOLVIMENTO DE UMA FERRAMENTA DE VERIFICAÇÃO E
ANÁLISE DE INFORMÕES NA ETAPA DE PRÉ-PROJETO DE
PRODUTOS SOB ENCOMENDA
CURITIBA
FEVEREIRO - 2010
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ADISON DE JESUS DOS SANTOS
DESENVOLVIMENTO DE UMA FERRAMENTA DE VERIFICAÇÃO E
ANÁLISE DE INFORMAÇÕES NA ETAPA DE PRÉ-PROJETO DE
PRODUTOS SOB ENCOMENDA
Dissertação apresentada como requisito
parcial à obtenção do título de Mestre em
Engenharia, do Programa de Pós-
Graduação em engenharia Mecânica e de
Materiais, Área de Concentração em
Engenharia de Manufatura, do
Departamento de Pesquisa e Pós
Graduação, do Campus de Curitiba, da
UTFPR.
Orientador: Prof. Carlos Cziulik, Ph. D.
Curitiba
Fevereiro - 2010
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TERMO DE APROVAÇÃO
ADISON DE JESUS DOS SANTOS
DESENVOLVIMENTO DE UMA FERRAMENTA DE VERIFICAÇÃO E
ANÁLISE DE INFORMAÇÕES NA ETAPA DE PRÉ-PROJETO DE
PRODUTOS SOB ENCOMENDA
Esta Dissertação foi julgada para a obtenção do título de Mestre em Engenharia,
área de concentração em engenharia de manufatura, e aprovada em sua forma final
pelo Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica e de Materiais.
_________________________________
Prof. Guieseppe Pintaúde, Ph.D.
Coordenador de Curso
Banca Examinadora
__________________________________
Prof. Carlos Cziulik, Ph.D.
ORIENTADOR (UTFPR)
_____________________________ _____________________________
Prof. Flávio J.A. Soares, Dr.Eng. Prof. Carla C. A. Estorílio, Dra.Eng.
(UEA) (UTFPR)
Curitiba, 26 de fevereiro de 2010
DEDICATÓRIA
Primeiramente a Deus razão da minha vida e a
minha mãe Marizete que é o meu maior amor, símbolo
de luta, persistência e paciência. Pois para o mundo sou
um homem e ao lado dela sou criança. Simplesmente um
anjo que Deus tornou mulher.
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar a Deus, razão do meu viver e das minhas vitórias.
Ao meu pai José Rumão, Alyson, Lissandro e Lisângelo (irmãos), Lissandro
Júnior, Sofia e Lucas meus sobrinhos do coração, cujos me deram todas as
condições favoráveis para que a minha mente estivesse sempre focada aos estudos
e pesquisas, pessoas que compõe meu paraíso.
A minha futura patroa e dona do meu coração Preta Gil cuja teve muita
paciência para aturar meus estresses e ausência, além da diva Claudinha e família.
Ao meu cio querido Cziulik que o tenho nem palavras para expressar
meu carinho e gratidão. Além de sócio tornaste a minha melhor referência como
pessoa e irmão.
A minha querida sócia Polyana que se tornou uma irmã e uma benção em
minha vida, aos amigos Allan, Fabrício, Hérika, Gleidson, André Claudino, Greice e
Maira.
Aos meus amigos de sempre Yuri e Adriano.
Aos amigos de infância Janete, Rodrigo, Edneuza e Bruno.
Aos professores e orientadores, desta instituição de ensino em especial aos
Professores Schiefler e Cássia.
Expresso uma homenagem ao grande responsável, incentivador e avaliador
para romper todas as barreiras seja enquanto trabalvamos juntos, quanto na
determinação dos rumos esperados para a condução e críticas a esse trabalho:
Sebastião Gonzaga.
Em especial aos irmãos que moram em meu coração: Caio Camargo, Ana,
Israel, Edisley, André Segundo, Roberto Cezar, Gustavo, Josmael, Mateus, Josias,
Lane, AndAlmeida, Erik, Ivoney, Alessandra, Joaldo, Jocircley, Davi, Aylin, Jarli ,
André Luiz Costa, José Lopes, Rozivaldo, Alcivani, Castelo Branco, Fernando,
Claudia, Kátia, Ilza, Mircela, Carlos, Armson e Yuri Allan.
Sem a ajuda, colaboração e incentivo de todos vocês me apoiando e
direcionando certamente não seria possível a realização deste sonho de vida.
AGRADECIMENTOS OFICIAIS
Este trabalho foi desenvolvido no programa de Mestrado Interinstitucional
MINTER entre a UTFPR e o IFAM, que recebeu financiamento da Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior CAPES através do projeto
ACAM 1379/2006 e da Superintendência da Zona Franca de Manaus SUFRAMA
através do convênio 084/2005.
O autor deste trabalho foi bolsista do PROGRAMA RH-INTERINSTITUCIONAL
da Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado ao Amazonas - FAPEAM no ano
de 2009.
Nossos sinceros agradecimentos pelo apoio recebido.
Santos, Adison de Jesus dos., Desenvolvimento de uma Ferramenta de Verificação e
Análise de Informações na etapa de Pré-Projeto de Produtos Sob Encomenda.
Dissertação (Mestrado em Engenharia) - Programa de Pós-Graduação em Engenharia
Mecânica e de Materiais, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Curitiba, 184p.
RESUMO
A competitividade global tem exigido a proposição de diferentes estratégias de
desenvolvimento de produtos por parte das empresas. Os produtos desenvolvidos sob
encomenda vêm ganhando espaço no mercado, fazendo parte do vínculo diário de
algumas empresas tais como: HP, Dell, Compact, entre outras. No entanto, as
metodologias tradicionais que endereçam o processo de desenvolvimento de produto
estão direcionadas para produtos industriais. De acordo com Rozenfeld et al. (2006), os
modelos de projetos estão divididos em: i) projetos radicais; ii) produção sob
encomenda; iii) fornecedor de commodities; iv) outro tipo de tecnologia. Através destas
características, pode-se inferir que os produtos do tipo por encomenda são
diferenciados dos produtos manufaturados em série. Entre as diferenças fundamentais
pode-se citar: i) o número de tiragem do produto; ii) necessidade individual do cliente;
iii) especificidade da aplicação do produto; iv) etapas de tratativas ao produto e
contrato. O objetivo deste trabalho é o desenvolvimento de uma ferramenta de
verificação e análise de informações na etapa de pré-projeto de produtos sob
encomenda. A abordagem empregada para se chegar a concepção da ferramenta
consistiu num levantamento bibliográfico e de campo. Os resultados dos experimentos
preliminares apresentaram consistência e inovação na forma de avaliar o memorial
descritivo do projeto, pois, sinalizou que a etapa de briefing e visita comercial são
primordiais para a determinação do potencial perfil de fabricação. Assim, a ferramenta
FVI-PDPSE baseada na experiência de projetos de produtos sob encomenda da
empresa P, foi desenvolvida através dos critérios que o indispensáveis para o
sucesso do PDPSE. A ferramenta foi testada em um experimento com quatro projetistas
representativos para composição de uma avaliação técnica. Os resultados preliminares
apontaram consistência nos critérios apontados nas etapas Briefing, Visita Comercial,
Potencial Perfil de Fabricação e Cláusulas Contratuais. Além da necessidade de
detalhamento consistente para o produto, o fator experiência dos projetistas é
determinante para a avaliação das informações de projeto de produto.
Palavras-chave: PDP sob encomenda, FVI-PDPSE, produtos sob encomenda.
Santos, Adison de Jesus dos, Development of a Tool for Verification and Analysis of
Information in the initial stages of Custom Products. Dissertação (Mestrado em
Engenharia) - Programa de Pós-graduação em Engenharia Mecânica e de Materiais,
Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Curitiba, 184p.
ABSTRACT
The global competitiveness has required a different set of strategies for product
development by companies. The custom engineered products are gaining market
share, part of the bond diary of some companies such as HP, Dell, Compact, among
others. However, traditional methodologies that address the process of product
development are directed for industrial products. According to Rozenfeld et
al. (2006), the project templates are divided into: i) radical projects; ii)
custom production, iii) supplier of commodities; and iv) other technology. Through
these features, it is possible to infer that products such as custom products are
manufactured differently from those in series. Among the key differences can be
cited: i) the number of units per batch, ii) the individual customer needs iii) specificity
of the application of the product iv) steps for negotiation of the product and
contract. This work aims at the development of a tool for verification and analysis of
information in the pre-design stages of products manufacturing to order. The
approach involved for developing the tool consisted of a survey bibliographic review
and field survey. The results of preliminary experiments showed consistency and
innovation in order to assess the formal description of the project. Therefore, the
survey signaled that the step of briefing and visit business are essential for
determining the manufacturing potential profile. Thus, the tool IVF- PDPSE based on
custom products designed by company P, was developed through criteria that are
essential to the success of PDPSE. The tool was tested in an experiment with four
representative groups to composition the technical evaluation. Preliminary results
showed consistency for the criteria set out for the steps Briefing, Commercial Activity,
Manufacturing Potential Profile and Clauses, and detailing the need for consistent
product. The experience of the designers are crucial for the evaluation of information
product design, custom manufactured.
Keywords: PDP custom, IVF-PDPSE, custom products.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1.1 - Fluxograma da abordagem metodológica da dissertação
1
................... 24
Figura 2.1 - Níveis do produto. .................................................................................. 27
Figura 2.2 - Processo de Desenvolvimento do Produto para Rozenfeld e Co-autores
........................................................................................................................... 34
Figura 2.3 - Representação gráfica do modelo do processo de desenvolvimento
integrado de produtos PRODIP.Processo de Desenvolvimento do Produto. .. 38
Figura 2.4 - Processo de Desenvolvimento do Produto para Pahl e Co-autores ...... 39
Figura 2.5 - Processo esquemático do produto sob encomenda. ............................. 40
Figura 2.6 - Fluxograma de PDPSE da empresa P .................................................. 43
Figura 2.7 - Ordem dos principais processos de negócios na MTS .......................... 46
Figura 2.8 - Tipologias de produção .......................................................................... 48
Figura 2.9 - Ordem dos principais processos de negócios na ATO .......................... 50
Figura 2.10 - Ordem dos principais processos de negócios na MTO ........................ 51
Figura 2.11 - Ordem dos principais processos de negócios na ETO ........................ 52
Figura 2.12 - Comparativo do fluxograma de PDPSE da empresa P e ETO ........... 53
Figura 2.13 - Visualização simplificada de PDPSE na prática................................... 54
Figura 2.14 - Fluxograma do método de gerenciamento de projetos proposto ......... 67
Figura 2.15 - Destaque da etapa de pré-projeto do PDP sob encomenda ................ 70
Figura 2.16 - Destaque para etapa informacional para o modelo de gerenciamento 71
Figura 3.1 - Modelo proposto para ferramenta FVI-PDPSE ...................................... 75
Figura 3.2 Estrutura dos componentes do modelo ................................................. 76
Figura 3.3 - Definição das características das etapas. .............................................. 77
Figura 3.4 - Fluxo de utilização da ferramenta .......................................................... 83
Figura 3.5 - Fluxograma da Avaliação da Qualidade da Informação ......................... 92
Figura 4.1 Projetistas participantes dos experimentos ......................................... 103
Figura G1 - Engenheiro Eletricista e Projetista 03 ................................................. 141
Figura G2 - Engenheiro Mecânico e Projetista 02 .................................................. 141
Figura G3 - Empresário , Engenheiro Mecânico e Projetista04 ............................. 141
Figura 1B Detalhes das conexões do Memorial Descritivo ................................. 181
Figura 2B Detalhes da junção macho/fêmea ...................................................... 182
Figura 3B Detalhes do conector 13 pinos ........................................................... 183
Figura 4B Detalhes da conexão da termo resistência ........................................ 184
LISTA DE TABELAS
Tabela 2.1- Importância do grau de novidade segundo o setor industrial. ................ 28
Tabela 2.2 - Diferença dos Produtos Industriais x Sob Encomenda ......................... 31
Tabela 2.3 - Diretrizes de modificação do modelo para produtos do Tipo ETO ........ 41
Tabela 2.4 - Comparação com Diretrizes de modificação do modelo para produtos do
tipo ETO e modelo real utilizado. ....................................................................... 45
Tabela 2.5 - Informações sobre os desvios ocorridos no projeto 01 ......................... 56
Tabela 2.6 Informações sobre os desvios ocorridos no projeto 02 ........................ 58
Tabela 2.7 - Informações sobre os desvios ocorridos no projeto 03 ......................... 59
Tabela 2.8 - Destaque para atividades para considerar produto ETO. ..................... 70
Tabela 3.1 - Destaque para atividades para considerar produto PSE. ...................... 74
Tabela 3.2 - Estrutura do modelo .............................................................................. 77
Tabela 3.3 - Exemplo simplificado do uso do modelo ............................................... 78
Tabela 3.4 - Escala de valores da análise de valor e guia VDI 2225. ....................... 81
Tabela 3.5 - Tema 01 Produto Etapa 01 Briefing ...................................................... 84
Tabela 3.6 - Tema 01 Produto Etapa 02 Visita Comercial ........................................ 85
Tabela 3.7 - Tema 01 Etapa 03 Potencial Perfil de Fabricação ................................ 86
Tabela 3.8 - Tema 02 Etapa 04 Cláusulas Contratuais ............................................. 87
Tabela 3.9 - Avaliação da qualidade das informações em Memorial Descritivo ...... 100
Tabela 4.1 - Composição dos projetistas considerando o experimento .................. 104
Tabela 4.2 Comparativo dos resultados dos projetistas ....................................... 110
Tabela C1 Formulário da etapa briefing preenchido pelo projetista 2 ................. 125
Tabela C2 Formulário da etapa visita comercial preenchido pelo projetista 2 .... 126
Tabela C3 Formulário da etapa potencial perfil de fabricação preenchido pelo
projetista 2 .............................................................................................................. 127
Tabela C4 Formulário da etapa cláusulas contratuais preenchido pelo projetista 2
................................................................................................................................. 128
Tabela D1 Formulário da etapa briefing preenchido pelo projetista 3 ................. 130
Tabela D2 Formulário da etapa visita comercial preenchido pelo projetista 3..... 131
Tabela D3 Formulário da etapa potencial perfil de fabricação preenchido pelo
projetista 3 .............................................................................................................. 132
Tabela D4 Formulário da etapa cláusulas contratuais preenchido pelo projetista 3
................................................................................................................................. 133
Tabela E1 Formulário da etapa briefing preenchido pelo projetista 4.................. 135
Tabela E2 Formulário da etapa visita comercial preenchido pelo projetista 4
................................................................................................................................. 136
Tabela E3 Formulário da etapa potencial perfil de fabricação preenchido pelo
projetista 4 .............................................................................................................. 137
Tabela E4 - Formulário da etapa cláusulas contratuais preenchido pelo projetista
4.............................................................................................................................. 138
Tabela F1 - Lista de participantes do experimento ................................................ 139
Tabela H1 - Tabela com detalhamento dos critérios e todo para avaliação do
Briefing .................................................................................................................. 142
Tabela I1 - Tabela com detalhamento dos critérios e todo para avaliação da Visita
Comercial............................................................................................................... 144
Tabela J1 - Tabela com detalhamento dos critérios e método para avaliação do
Potencial Perfil de Fabricação............................................................................... 146
Tabela K1 - Tabela com detalhamento dos critérios e método para avaliação das
Cláusulas Contratuais............................................................................................ 148
Tabela 1A - Demonstrativo de preço estimativo de projeto .................................... 149
Tabela 2A - Referências para documentos digitalizados ....................................... 156
Tabela 2B - Referências de atribuições e responsabilidades ................................ 157
LISTA DE ABREVIATURAS E REDUÇÕES
ACRÔNIMOS EM LÍNGUA PORTUGUESA
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica e de Materiais
Processo de Desenvolvimento de Produtos
Pesquisa e Desenvolvimento
Desdobramento da Função Qualidade
Processo de Desenvolvimento de Produtos Sob Encomenda
Sistemas, Subsistemas e Componentes
ACRÔNIMOS EM LÍNGUA INGLESA
Built to order ( Fabricação Sob Encomenda)
Engineering to Order (Engenharia Sob Encomenda)
Assemble to Order (Montagem Sob Encomenda)
Make to Order ( Produção Sob Encomenda)
Make to Stock ( Produção Para Estoque)
Quality Function Deployment (Desdobramento da Função Qualidade)
Supply Chain Systems (Sistemas, Subsistemas e Componentes)
Enterprise Resource Planning ( Empresa de Pesquisa e Planejamento)
Product Development and Management Association
(Associação de Gerenciamento e Desenvolvimento de Produto)
International Car Distribution Programme ( Programa Internacional de
Distribuição de Carros)
LISTA DE SÍMBOLOS
Somatório
Avaliação da Qualidade de Informação
Tema
Fase
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 18
1.1 Caracterização da Oportunidade de Investigação ................................................................ 20
1.2 Relevância da Oportunidade de Investigação ...................................................................... 21
1.3 Objetivos da Investigação ..................................................................................................... 22
1.3.1 Objetivo Geral .................................................................................................................... 22
1.3.2 Objetivos Específicos ........................................................................................................ 22
1.4 Justificativas para a Investigação .......................................................................................... 23
1.5 Metodologia Aplicada à Investigação .................................................................................... 23
1.6 Estrutura do Texto ................................................................................................................. 25
2 PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS-
CARACTERÍSTICAS E CONTEXTO ........................................................................ 27
2.1 Tipos de produtos .................................................................................................................. 28
2.1.1 Produtos Industriais ........................................................................................................... 29
2.1.2 Produtos Sob Encomenda ................................................................................................ 29
2.1.3 Diferenças de Produtos Industriais x Sob Encomenda ..................................................... 31
2.2 Processo de Desenvolvimento de Produtos ......................................................................... 32
2.2.1 PDP Industriais .................................................................................................................. 34
2.2.2 Processo de Desenvolvimento de Produtos Sob Encomenda PDPSE ......................... 40
2.3 Tipos de Sistemas de Produção ........................................................................................... 46
2.3.1 Produção para produtos industriais ................................................................................... 46
2.3.2 Tipos de produção para Produtos Sob Encomenda ......................................................... 47
2.4 Processo de Desenvolvimento de Produto Sob Encomenda na Prática .............................. 54
2.4.1 Na empresa P .................................................................................................................... 54
2.4.2 Análise geral dos Projetos da Empresa P ......................................................................... 59
2.4.3 Empresa de Usinagem ...................................................................................................... 66
2.4.4 Considerações sobre as informações para projetos de produtos sob encomenda .......... 68
2.5 Caracterização da Oportunidade .......................................................................................... 69
3 DESENVOLVIMENTO DE UMA FERRAMENTA DE VERIFICAÇÃO E
ANÁLISE DE INFORMAÇÕES NA ETAPA DE PRÉ-PROJETO DE PRODUTOS
SOB ENCOMENDA .................................................................................................. 73
3.1 Fundamentos para a elaboração do modelo da ferramenta FVI-PDPSE ............................. 73
3.2 Caracterização das variáveis envolvidas no modelo FVI-PDPSE ........................................ 75
3.3 Avaliação dos Critérios e seus desmembramentos .............................................................. 79
3.4 Pressuposto para a aplicação da ferramenta FVI-PDPSE ................................................... 81
3.5 Ferramenta FVI-PDPSE ........................................................................................................ 83
3.5.1 Definições dos termos e métodos de avaliação dos critérios para a etapa Briefing ........ 84
3.5.2 Definições dos termos e métodos de avaliação dos critérios para a etapa Visita
Comercial......... ..................................................................................................................................... 85
3.5.3 Definições dos termos e métodos de avaliação dos critérios para a etapa Potencial Perfil
de Fabricação. ....................................................................................................................................... 86
3.5.4 Definições dos termos e métodos de avaliação dos critérios para a etapa Contrato ....... 86
3.5.5 Procedimento para uso da ferramenta FVI-PDPSE .......................................................... 87
3.5.6 Condições para o preenchimento dos conceitos .............................................................. 90
3.6 Considerações para Avaliação da Qualidade das Informações AQI ................................. 91
3.6.1 Para 0,0 ≤ AQI < 0,4 ......................................................................................................... 92
3.6.2 Para 0,4 ≤ AQI < 0,7 .......................................................................................................... 95
3.6.3 Para: 0,7 ≤ AQI ≤ 1,0 ........................................................................................................ 97
3.7 Aplicação Descritiva da Ferramenta ..................................................................................... 98
3.7.1 Análise do Memorial Descritivo ......................................................................................... 99
3.7.2 Análise dos critérios do Tema Produto e Etapa Briefing para a aplicação descritiva ....... 99
3.8 Análise crítica, limitações e restrições da ferramenta FVI-PDPSE ..................................... 101
4 APLICAÇÃO PRÁTICA DA FERRAMENTA FVI-PDPSE ............................ 102
4.1 Preparação do Experimento ................................................................................................ 102
4.1.1 Cenário ............................................................................................................................ 102
4.1.2 Pressuposto ..................................................................................................................... 102
4.1.3 Métricas ........................................................................................................................... 103
4.1.4 Grupo de Trabalho .......................................................................................................... 103
4.1.5 Estrutura Física e de apoio ............................................................................................. 104
4.1.6 Caracterização da Atividade .......................................................................................... 104
4.1.7 Determinação dos prazos para execução da tarefa ....................................................... 105
4.2 Experimento ........................................................................................................................ 105
4.2.1 Memorial Descritivo ......................................................................................................... 105
4.3 Resultados do experimento ................................................................................................. 106
4.3.1 Projetista 01 - Controle ................................................................................................... 106
4.3.2 Projetista 02 ..................................................................................................................... 107
4.3.3 Projetista 03 ..................................................................................................................... 108
4.3.4 Projetista 04 ..................................................................................................................... 109
4.4 Resultados Gerais ............................................................................................................... 110
4.4.1 Avaliação da tarefa proposta ........................................................................................... 111
4.4.2 Avaliação da ferramenta.................................................................................................. 111
4.4.3 Avaliação dos conceitos do Projetista da equipe de controle ......................................... 112
4.5 Conclusões sobre o experimento ........................................................................................ 113
5 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES PARA TRABALHOS FUTUROS .. 115
5.1 RESULTADOS DA INVESTIGAÇÃO .................................................................................. 115
5.2 PROBLEMAS IDENTIFICADOS DURANTE A INVESTIGAÇÃO ....................................... 115
5.3 CONTRIBUIÇÕES............................................................................................................... 116
5.4 RECOMENDAÇÃO PARA TRABALHOS FUTUROS ......................................................... 117
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 120
APÊNDICE A QUESTIONÁRIO APLICADO AOS PROJETISTAS .................... 123
APÊNDICE B DEFINIÇÕES DAS ETAPAS DE VERIFICAÇÃO DE PROJETO DE
PRODUTO SOB ENCOMENDA DO PROJETISTA 01 .......................................... 124
APÊNDICE C - TABELA COM RESULTADOS DO EXPERIMENTO DO
PROJETISTA 02 .................................................................................................... 125
APÊNDICE D - TABELA COM RESULTADOS DO EXPERIMENTO DO
PROJETISTA 03 ..................................................................................................... 130
APÊNDICE E - TABELA COM RESULTADOS DO EXPERIMENTO DO
PROJETISTA 04 .................................................................................................... 135
APÊNDICE F LISTA DE PARTICIPANTES DO EXPERIMENTO ....................... 140
APÊNDICE G FOTOS DURANTE O EXPERIMENTO DA FERRAMENTA FVI-
PDPSE .................................................................................................................... 141
APÊNDICE H - TABELA COM DETALHAMENTO DOS CRITÉRIOS E MÉTODO
PARA AVALIAÇÃO DO BRIEFING ....................................................................... 142
APÊNDICE I - TABELA COM DETALHAMENTO DOS CRITÉRIOS E MÉTODO
PARA AVALIAÇÃO DA VISITA COMERCIAL ....................................................... 144
APÊNDICE J - TABELA COM DETALHAMENTO DOS CRITÉRIOS E MÉTODO
PARA AVALIAÇÃO DO POTENCIAL PERFIL DE FABRICAÇÃO ....................... 146
APÊNDICE K - TABELA COM DETALHAMENTO DOS CRITÉRIOS E MÉTODO
PARA AVALIAÇÃO DAS CLÁUSULAS CONTRATUAIS ..................................... 148
ANEXO A MEMORIAL DESCRITIVO DA APLICAÇÃO DESCRITIVA ............... 150
ANEXO B MEMORIAL DESCRITIVO DO EXPERIMENTO ................................ 156
Jamais considere seus estudos como uma obrigação,
mas como uma oportunidade invejável (...) para aprender
a conhecer a influência libertadora da beleza do reino do espírito,
para seu próprio prazer pessoal e para proveito da comunidade
à qual seu futuro trabalho pertencerá.
ALBERT EINSTEIN
Capítulo 1 Introdução 18
1 INTRODUÇÃO
Em sua essência produto deve ser a representação de um conjunto de idéias,
cujo objetivo é propor uma alternativa para solução de um determinado problema
Kotler (1989). Pode-se considerar que um dos elementos críticos, para o sucesso de
um projeto de produto são as decisões tomadas inicialmente, na etapa de Pré-
desenvolvimento que se estima que 85% do custo final de um produto e de sua
qualidade são determinadas nessa fase.
Os produtos sob encomenda apresentam características peculiares,
direcionadas aos anseios e necessidades individuais de uma organização, empresa
ou pessoas. Necessidades essas que precisam ser claras, concisas, direcionadas e
objetivas, apresentando detalhes suficientes para uma avaliação e entendimento
prévio do projeto, para que um possível desenvolvedor de produtos sob encomenda
possa dimensionar financeiramente a sua viabilidade.
Considerando que produtos sob encomenda apresentam especificidades que
os diferenciam de produtos industriais, as metodologias de Desenvolvimento de
Produtos, também apresentam alguns diferenciais para encaminhar os projetos.
Os produtos sob encomenda também apresentam subdivisões tais como (one-
off) e fabricação puxada pelo cliente final, fazendo com que a forma de projetar o
potencial perfil de fabricação tenha um destaque fundamental, pois, as formas de
fabricar sob encomenda são diferenciadas conforme o tipo de produto e demanda do
cliente.
As diferenças e especificidades de cada produto encomendado, forma e
método de desenvolvimento do projeto diferenciado, tem obrigado as empresas
desenvolvedoras de produto (Contratada), adotar o Processo de Desenvolvimento
de Produtos Sob Encomenda individualizados para cada cliente (Contratante).
Em conseqüência dessa particularidade e individualidade de método de
desenvolvimento, a apresentação da necessidade da contratante, tanto do produto,
quanto dos procedimentos internos adotados na elaboração do Memorial Descritivo
do Projeto, implicam diferenciais e enfoques que dificultam o entendimento geral do
que será entregue ao contratante. Isto tem obrigado as possíveis contratadas, a
estimar financeiramente um projeto com custos adicionais prevendo alterações
Capítulo 1 Introdução 19
significativas, acarretando assim um valor final de projeto acima do visualizado, ou
seja, redução da capacidade de investimento em novos projetos da contratada.
Na etapa de pré-desenvolvimento do Processo de Desenvolvimento de
Produtos Sob Encomenda (PDPSE), uma demanda elevada de informações para
serem descritas, identificadas e avaliadas a partir do Memorial Descritivo fornecido
pela contratante. No entanto, as informações apresentam inconsistências, pontos
divergentes, enfoque em pontos pouco relevantes, dificultando assim a avaliação e
tomada de decisão por parte do desenvolvedor de produtos para prosseguir e
determinar os potenciais perfis de fabricação, levantamento de campo e reais
necessidades do usuário final do produto.
Para Rozenfeld et al. (2006), a etapa de pré-desenvolvimento do PDPSE
apresenta uma maior vulnerabilidade, pois, determina o caminho a ser percorrido a
a finalização do projeto. Inúmeras condições técnicas, administrativas e financeiras
podem acarretar desvios não esperados. Com isso, a eventualidade de retrabalhos,
aditivos e repactuação do contrato, modificações no produto podem trazer em
algumas etapas posteriores mudanças significativas, e em casos extremos,
encerramento do contrato antes da finalização das etapas de projeto.
As atividades que compõem normalmente o que se chama de
Desenvolvimento de Produto estão relacionadas ao lançamento de novos produtos e
a melhoria da qualidade dos produtos existentes. Para isso, articulam-se
informações sobre o mercado e estratégias competitivas, competências
organizacionais e capacidade tecnológica, materializando-se em projetos de novos
produtos que contribuem para a consecução dos objetivos da empresa.
No Brasil, a representatividade dos produtos sob encomenda está
exemplificada pela empresa Volkswagen situada na cidade de Rezende onde sua
fabricação sob encomenda atingiu o percentual de 80%, além da empresa
Marcopolo que atingiu 100% de sua fabricação sob encomenda, demonstrando
assim, que interesse por parte das empresas não no Brasil, mas por todo o
mundo, nos mais variados ramos e segmentos de mercado.
Capítulo 1 Introdução 20
1.1 Caracterização da Oportunidade de Investigação
Comparando as características da produção artesanal do início do culo XX
ao conceito de produção sob encomenda (Built To Order - BTO), verifica-se que
produzir sob encomenda não é novidade, todos os veículos na época eram
produzidos desta forma. Na verdade, a produção artesanal era uma forma clássica
de Engenharia sob Encomenda (Engineering To Order - ETO), pois os veículos e
produtos em geral eram projetados e construídos conforme solicitação do cliente.
Embora houvesse um alto grau de customização no método de produção artesanal,
ele não se enquadra no conceito de customização em massa, pois construía
veículos a um preço bem elevado e com volumes de produção muito baixos.
Ressalta-se que os produtos industriais possuem inúmeras metodologias
para o Processo de Desenvolvimento de Produtos tais como Rozenfeld et al. (2006),
Pahl et al. (2005), Back et al. (2008) entre outros. Observa-se que o
desenvolvimento de produtos sob encomenda possui poucas metodologias
específicas. Rozenfeld et al. (2006), apresentam diretrizes de modificação do modelo
para produtos do tipo ETO (Engineering to Order Engenharia sob encomenda).
Portanto, o que se encontra disponibilizado na literatura são as práticas realizadas
dentro das empresas estudadas que fabricam produtos sob encomenda.
Considerando-se que a oportunidade de investigação focará no atendimento
em maior grau as demandas específicas dos clientes, as características da
investigação serão direcionadas a produto sob encomenda do tipo one-off, onde os
detalhes serão determinados pelos clientes através de Memorial Descritivo. Vale
ressaltar que a variável preço do produto não será focada nessa pesquisa, pois,
entende-se que quanto maior a complexidade e especificidade do produto,
proporcionalmente refletirá o preço.
Assim, nota-se a ausência de metodologias direcionadas de forma ampla para
o desenvolvimento de produtos sob encomenda, dificuldade na identificação de
necessidades, registro e avaliação das informações contidas no Memorial Descritivo,
mudanças significativas durante o andamento do projeto, elevação de valores
financeiros estimados são refletidas diretamente pelas decisões tomadas
inicialmente. Com isso, infere-se que a etapa mais crítica do PDPSE é a etapa de
pré-desenvolvimento.
Capítulo 1 Introdução 21
1.2 Relevância da Oportunidade de Investigação
Para Waller (2004), é notável a existência e o tamanho do mercado de
produtos sob encomenda. Entretanto, as metodologias para o Processo do
Desenvolvimento de Produto estão direcionadas para grandes tiragens (industriais).
Com isso, as equipes de desenvolvimento, no caso de produtos por encomenda, são
obrigadas a elaborar suas próprias diretrizes e metodologias baseadas na
experiência dos profissionais.
Dentro do Processo de Desenvolvimento de Produtos Sob Encomenda,
encontram-se diferenças entre as etapas previstas por Rozenfeld et al. (2006) e a
prática. Por o haver uma metodologia, erros ocorrem durante as etapas, que
refletem posteriormente na necessidade de reavaliação e mudanças no projeto,
reequilíbrio financeiro e mudanças nas etapas finais.
Observando que os produtos industriais e sob encomenda apresentam
diferenças significativas, onde, respectivamente focam produção em grande escala e
necessidades individuais dos clientes, as etapas iniciais apresentam diferenças que
repercutem de formas variadas. Com isso, devido a especificidades e complexidades
dos produtos sob encomenda, nota-se que uma dificuldade no entendimento das
informações iniciais para a contratada.
A oportunidade se torna relevante pelo fato de:
a) As empresas (contratante e contratada) em geral visualizam essa modalidade
como uma nova tendência do mercado, possibilitando redução de custos em
produtos sob encomenda;
b) Identificação de uma metodologia para o Processo de Desenvolvimento de
Produtos Sob Encomenda inexploradas pela literatura;
c) Possibilidades de ganhos estão disponíveis para quem se profissionalizar
primeiro;
d) A etapa mais vulnerável do PDPSE é justamente a etapa de pré-
desenvolvimento que reflete diretamente no andamento geral e sucesso do
projeto;
e) Não uma padronização ou modelo que aponte a forma de apresentar as
necessidades e informações técnicas e administrativas do projeto e do
produto.
Capítulo 1 Introdução 22
De forma geral, a investigação pretende atuar nos aspectos gerais das
metodologias para o Processo de Desenvolvimento de Produtos Sob Encomenda,
apresentar algumas evoluções e necessidades na etapa de pré-desenvolvimento,
para que, seja um apoio a verificação das informações expostas no Memorial
Descritivo e saber se são suficientemente apresentadas para a continuação das
etapas de projetos, executando uma varredura, verificação e valoração de todos os
critérios de acordo com os pesos e representatividade atribuídos as fases de projeto
de produtos sob encomenda.
1.3 Objetivos da Investigação
1.3.1 Objetivo Geral
Este trabalho tem como objetivo o desenvolvimento de uma ferramenta de
verificação e análise de informações na etapa de pré-projeto de produtos sob
encomenda, afim de que, a equipe de desenvolvimento possa avaliar se as
informações são suficientemente consistentes para o prosseguimento das etapas de
execução do projeto.
1.3.2 Objetivos Específicos
O objetivo geral esta desdobrado em sub-objetivos, que são:
a) Estudar o projeto de desenvolvimento de produtos industriais;
b) Estudar o projeto de desenvolvimento de produtos sob encomenda;
c) Comparar o projeto de desenvolvimento de produtos industriais e sob
encomenda;
d) Analisar as diferenças entre as diretrizes do PDP sob encomenda na
realidade e na literatura;
e) Desenvolver uma ferramenta que possibilite a identificação e avaliação
das informações contidas no Memorial Descritivo para produtos sob
encomenda.
Capítulo 1 Introdução 23
1.4 Justificativas para a Investigação
A etapa de pré-desenvolvimento do PDPSE mais crítica. Possui uma demanda
elevada de decisões, informações, detalhes e procedimentos a serem definidos. No
entanto, também é a que possui poucos dados e apresenta maior poder de decisão,
a experiência do projetista será um fator que será preponderante para o possível
sucesso do projeto.
Para que esse fator subjetivo (experiência do projetista) apresente um
diferencial e não seja totalmente determinante, o Desenvolvimento de uma
Ferramenta de Verificação e Análise de Informações agrupadas em Memorial
Descritivo para Produtos Sob Encomenda na Etapa de P-Projeto, a ferramenta
auxiliará na varredura de itens que podem apresentar inconsistência nas
informações, detalhes técnicos do produto e processo que não foram expostos,
possivelmente durante o andamento das etapas de projeto, retrabalhos, repactuação
de contrato, aditivos financeiros, paralisação por falta de material entre outros. Estes
implicarão em mudança dos cronogramas de atividades e conseqüentemente,
investimentos superiores aos planejados para finalizar o projeto.
Com a elaboração e aplicação da ferramenta algumas etapas terão critérios a
serem avaliados e verificados para que não ocorra falta de informações, com isso, a
possibilidade de paralisação do contrato será diminuída, as informações serão mais
completas e a visualização de pontos críticos pelo projetista dentro do Memorial
Descritivo será facilitada, trazendo assim maior dinamismo e preparação para as
etapas que o projeto percorrerá. De forma geral, ao alcançar os objetivos as
informações serão avaliadas nos memoriais descritivos de projetos de produtos sob
encomenda, menor custo com mudanças no detalhamento de projetos e do produto.
1.5 Metodologia Aplicada à Investigação
Nesta seção, será apresentada a abordagem empregada para o
desenvolvimento da investigação para produtos sob encomenda.
Na figura 1.1 observa-se um esquema da abordagem a ser empregada para
atingir os objetivos.
Capítulo 1 Introdução 24
ESTUDO DE PDP
INDUSTRIAIS
INÍCIO
ESTUDO DO PDP SOB
ENCOMENDA
COMPARAR PDP
INDUSTRIAIS X
ENCOMENDA
INVESTIGAR
LITERATURAS PARA
PDP SOB
ENCOMENDA
É POSSÍVEL
DESENVOLVER
FERRAMENTA?
MODELOS
ADEQUADOS?
ANÁLISE DO PDP SOB
ENCOMENDA NA
LITERATURA X
REALIDADE
ADAPTAR MODELOS
GENÉRICOS DE PDP
SOB ENCOMENDA
PROPOR
FERRAMENTA DE PDP
SOB ENCOMENDA
NUM CASO
ESPECÍFICO
DESENVOLVER
FERRAMENTA DE PDP
SOB ENCOMENDA
NUM CASO
ESPECÍFICO
EXPERIMENTAR
FERRAMENTA DE PDP
SOB ENCOMENDA
NUM CASO
ESPECÍFICO
ANALISAR
FERRAMENTA DE PDP
SOB ENCOMENDA
NUM CASO
ESPECÍFICO
REFORMULAR
DIRETRIZES DE PDP
SOB ENCOMENDA
NUM CASO
ESPECÍFICO
RESULTADOS
SATISFATÓRIOS?
VISUALIZE-SE
MELHORIAS? HÁ
TEMPO?
CONCLUIR
DISSERTAÇÃO
FIM
SIM
NÃO
SIM
NÃO
SIM
NÃO
NÃO
SIM
Figura 1.1 - Fluxograma da abordagem metodológica da dissertação
1
1 Todas as figuras e tabelas sem indicação explícita da fonte foram produzidas pelo autor da dissertação
Capítulo 1 Introdução 25
De forma geral, os passos a serem seguidos no esquema apresentado se
pelas seguintes etapas:
a) Pesquisa exploratória (levantamento do referencial teórico, de trabalhos
similares);
b) Estudo de caso numa dada empresa desenvolvedora de produtos sob
encomenda;
c) Entrevista com os desenvolvedores de produtos sob encomenda;
d) Desenvolver o modelo e a ferramenta;
e) Analisar e ajustar o modelo.
1.6 Estrutura do Texto
Na primeira etapa deste trabalho descreve-se uma breve introdução sobre o
tema PDP sob encomenda, com as devidas considerações e embasamentos, para
que propicie uma visão geral do trabalho, incluindo observações pertinentes ao
tema.
O capítulo 2 contém definições e diferenças entre produtos industriais e sob
encomenda. Também, há a discussão dos tipos de produção direcionados a estes
produtos, serão abordados todos os pontos consideráveis importantes para os
autores pesquisados. Na sequência tem-se alguns endereçamentos das
particularidades que as metodologias apontam nas pesquisas, além, do processo
real que acontece nas empresas privadas que desenvolvem produtos sob
encomenda.
No terceiro capítulo é proposta, por meio de um modelo teórico, a utilização
ferramenta para verificação de informações em memorial descritivo de produtos sob
encomenda na etapa de pré-projeto, para avaliar se estas são suficientemente boas
para a continuação das etapas de projeto.
O capítulo 4 apresenta um estudo de caso de aplicação da ferramenta FVI-
PDPSE e, assim, verificação do memorial descritivo. O estudo é dividido em três
etapas: i) aplicação do modelo em ambiente controlado, envolvendo a análise dos
resultados encontrados para as informações coletadas, com visualização da
Capítulo 1 Introdução 26
condicionante de tempo; ii) sob a análise das respostas de duas variáveis
independentes e sem limite de tempo de execução da tarefa; e iii) identificação das
dificuldades encontradas para a equipe de projetistas sem experiência.
No capítulo 5, são apresentados os resultados obtidos das aplicações do
modelo proposto. Também, discutem-se problemas detectados e suas possíveis
soluções.. O sexto capítulo apresenta a conclusão do trabalho, as contribuições
provenientes da investigação e são sugeridos trabalhos futuros.
Capítulo 2 Processo de Desenvolvimento de Produto características e contexto 27
2 PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS-CARACTERÍSTICAS
E CONTEXTO
Nesta seção, será apresentada uma definição geral do que é produto,
caracterizando produtos em relação a níveis, grau de novidade e tipos. A definição
de produto segundo Kotler e Keller (2006) é: “um produto é qualquer coisa que
possa ser oferecido à atenção do mercado para a sua aquisição, uso, ou consumo e
que além de mais, possa satisfazer um desejo ou uma necessidade. Abarca objetos
físicos, serviços, pessoas, lugares, organizações e idéias”. Define diferentes níveis
do produto, observados na figura 2.1.
Figura 2.1 - Níveis do produto.
Fonte: Kotler (1989).
Para Juran (1997), produto é o resultado final de qualquer processo qualquer
coisa que seja produzida, bens ou serviços. Bens como algo físico enquanto serviço
significa trabalho feito para outro.
Conforme Slack et al. (1996), um produto ou serviço é qualquer coisa que
possa ser oferecida aos consumidores para satisfazer suas necessidades e
expectativas.
Capítulo 2 Processo de Desenvolvimento de Produto características e contexto 28
2.1 Tipos de produtos
Conforme Barba (1993), os novos produtos, podem ser classificados segundo o
grau de novidade associado, em três tipos: i) reposicionados: produtos com
características similares mais com uma imagem diferente para o usuário; ii)
reformulados: são modificações introduzidas nos produtos existentes, com o objetivo
de baixar os custos, incrementar a confiabilidade, incrementar o campo de aplicação,
ou bem, imitar a concorrência; e iii) originais: produtos com inovações radicais, que
aportam novas características. Também, classifica os produtos como: i) produtos de
grande consumo; ii) produtos de consumo duradouros; e iii) produtos industriais.
Os dois primeiros, segundo Kotler e Keller (2006), são aqueles que os
consumidores finais adquirem para o consumo pessoal. O terceiro são aqueles que
os indivíduos e as organizações compram para processar ou para serem usados na
direção de um negócio. Segundo Croffray (1983), entre os produtos e o grau de
novidade, existem relações, como mostra a tabela 2.1.
Tabela 2.1- Importância do grau de novidade segundo o setor industrial.
Grau de inovação /
Categoria
Produto de grande
consumo
Produto de consumo
duradouro
Produtos Industriais
Reposicionado
Importante
Médio
Baixo
Reformulados
Médio
Importante
Médio
Originais
Baixo
Médio
Importante
Fonte: Crofray (1983).
Segundo Kotler e Keller (2006), os produtos são divididos em duas grandes
classes:
a) Produtos de consumo: são aqueles comprados pelo consumidor para seu
consumo pessoal, incluindo: produtos de conveniência: comprados com freqüência,
tendo preço baixo e alta disponibilidade, sendo subdivididos em:
a.1) produtos de primeira necessidade (e.g. creme dental);
a.2) produtos de impulso (e.g. balas);
a.3) produtos de emergência (e.g. medicamentos);
Capítulo 2 Processo de Desenvolvimento de Produto características e contexto 29
a.4) produtos de comparação (e.g. eletrodomésticos, roupas e móveis);
a.5) produtos de especialidade (e.g. marcas e modelos específicos de carros);
a.6) produtos não-procurados (e.g. seguro de vida e doação de sangue);
b) Produtos industriais: são os produtos comprados para serem processados
posteriormente ou usados na condução de um negócio.
Após as principais definições que iniciam o entendimento aos tipos de
produtos, nas seções que se seguem estão as principais definições do processo de
desenvolvimento de produto.
2.1.1 Produtos Industriais
Os produtos industriais possuem uma produção contínua propriamente dita,
como é o caso das indústrias de processo. Este tipo de produção tende a ter um alto
grau de automatização e a produzir produtos bastante padronizados; produção em
massa, como linhas de montagem em larga escala de poucos produtos com grau de
diferenciação relativamente pequeno;
Há três grupos de produtos industriais:
a) itens de capital (e.g. equipamentos acessórios, equipamentos de escritório,
equipamentos fixos e instalações);
b) materiais e peças (e.g. matéria prima, materiais manufaturados e peças);
c) suprimentos e serviços (e.g. carvão, consultoria jurídica, lápis, lubrificantes,
papel, prego, propaganda e tinta).
2.1.2 Produtos Sob Encomenda
Segundo Tubino (1999), em produtos por encomenda o cliente apresenta seu
próprio projeto do produto, devendo ser seguidas essas especificações na
fabricação. Os processos por projeto têm como finalidade o atendimento de uma
necessidade espefica de um cliente, com uma data específica para ser concluído e
deve ser concebido em estreita ligação com o cliente, de modo que suas
especificações exigem uma organização dedicada ao projeto.
Capítulo 2 Processo de Desenvolvimento de Produto características e contexto 30
Segundo Harrington (1993), todos os processos bem definidos e bem
gerenciados têm algumas características em comum:
a) alguém responsável pelo desempenho do processo (dono do processo);
b) fronteiras bem definidas (o escopo do processo);
c) interações internas e responsabilidades bem definidas;
d) procedimentos, tarefas e especificações de treinamento documentados;
e) sistemas de controle e feedback próximo ao ponto em que a atividade é
executada;
f) controles e metas orientados para as exigências do cliente;
g) prazos de execução conhecidos;
h) disposição de procedimentos para mudança formalizados;
i) certeza de quanto podem ser bons.
Segundo o ponto de vista da produção sob encomenda Slack et al. (1996)
reforça:
a) Qualidade em um processo de baixo volume e alta variedade, sob
encomenda, diz respeito aos atributos do produto acabado, mas também inclui a
ausência de erros de manufatura;
b) A rapidez é negociada com o cliente, dependendo da carga de trabalho e
das necessidades do cliente, mas como cada trabalho não é totalmente novidade,
estimar a data de entrega é razoavelmente fácil;
c) A confiabilidade se preocupará com o cumprimento dos prazos;
d) A flexibilidade do produto novamente é dominante. Significa a habilidade de
projetar diversos tipos diferentes de produtos;
e) O custo unitário por produto varia em função do volume de saída da
produção e em função da variedade de produto. Assim o funcionamento do processo
produtivo será dispendioso devido ao alto índice de variação de operações e ao
baixo volume de produtos.
Para sistemas de produção de grandes projetos sem repetição, produto único,
não rigorosamente um fluxo do produto. Existe uma seqüência pré-determinada
de atividades que deve ser seguida, com poucas ou nenhuma repetitividade.
Segundo Feigenbaum (1994), o tipo de operação, classifica-o em processos por
Capítulo 2 Processo de Desenvolvimento de Produto características e contexto 31
projeto (sob medida) e tem o prazo de entrega como um fator determinante no
atendimento ao cliente.
Através da avaliação das definições de produtos sob encomenda, pode-se
inferir que grupos de produtos sob encomenda. A mesma classificação para
produtos industriais será utilizada para fins comparativos:
a) itens de capital (e.g. equipamentos para pesquisas e inovação tecnológica,
acessórios individuais para atendimento de necessidades humanas ou animais,
instalações para desenvolvimento de pesquisas e uso específico, vacinas para
epidemias repentinas);
b) materiais e peças (e.g. esteiras com dimensões e especificações
determinadas pelo cliente, próteses individuais, materiais e peças de reposição
fabricados para equipamentos dedicados);
c) suprimentos e serviços (e.g. software para necessidades específicas para
uso empresarial ou individual, manutenção de equipamentos de uso dedicado).
2.1.3 Diferenças de Produtos Industriais x Sob Encomenda
Ao analisar as descrições na seção 2.1.1 e 2.1.2, foi montada a tabela 2.2, que
trata das diferenças e características entre produtos industriais e sob encomenda de
forma resumida e pontual.
Tabela 2.2 - Diferença dos Produtos Industriais x Sob Encomenda
Características
Produtos Industriais
Produtos sob encomenda
Produção / Fabricação
Massa ou lotes
Pequenos lotes ou tiragem única;
Qualidade
Medida no produto final
Medida durante a fabricação
Sistema de produção
Contínuo / flexível
Dedicado e exclusivo
Atendimento de
necessidades
Grandes grupos e nichos de mercado
Necessidades individuais, demandas
específicas
Metas consideradas
Produção (quantidade de produtos
produzidos)
Fabricação (atendimento das
atividades previstas em cronograma)
Grau de customização
Baixo ou nenhum
Elevado ou totalmente
Divisão das tarefas
Processos divididos com pequenas
tarefas
Atividades de processamento no
produto
Cronograma
Gargalos na produção
Atividades Críticas
Fatores determinantes
para aquisição
Preços
Prazos, matéria prima, necessidade
e oportunidade do mercado
Garantia
Regulamentada em Manual ou em Lei
Estipulada em contrato
Capítulo 2 Processo de Desenvolvimento de Produto características e contexto 32
Dentre as características para visualizar as diferenças entre os produtos estão
os tipos de produção e fabricação, forma com que a qualidade é medida, tipo de
sistema de produção, nível de atendimento de necessidades dos clientes ou grupos,
entre outros.
A utilização da tabela 2.2, facilita o enquadramento e a definição dos produtos
que estão disponíveis para atendimento de necessidades dos usuários. Assim, o
detalhamento da fabricação, forma de garantia que são oferecidas pelo fabricante
determinará se o produto é considerado como industrial ou sob encomenda.
2.2 Processo de Desenvolvimento de Produtos
Para o entendimento de PDP, segundo Rozenfeld et al. (2006), o lançamento
de um produto novo no mercado, para a maioria das empresas, não é uma atividade
rotineira e, sim, o resultado de um esforço que pode durar um tempo significativo e
envolver quase todos os setores funcionais da empresa, com implicações nas
vendas futuras e, conseqüentemente, na sobrevivência da empresa.
Cada projeto pode apresentar problemas, dificuldades e históricos muito
particulares. Tais fatores contribuem nas características do PDP, diferenciadoras de
outros processos (ibidem), apresentadas a seguir: i) elevado grau de incertezas e
riscos das atividades e resultados; ii) decisões importantes devem ser tomadas no
início do processo, quando as incertezas são ainda maiores; iii) dificuldade de mudar
as decisões iniciais; iv) as atividades básicas seguem um ciclo iterativo do tipo:
projetar, construir, testar, otimizar; v) manipulação e geração de alto volume de
informações; vi) as informações e atividades provêm de diversas fontes e áreas da
empresa e da cadeia de suprimentos; viii) multiplicidade de requisitos a serem
atendidos pelo processo, considerando todas as fases do ciclo de vida do produto e
seus clientes.
A capacidade de bem atender estas características depende substancialmente
do modelo de PDP adotado como referência ao planejamento dos projetos e
programas de desenvolvimento. De acordo com Rozenfeld et al. (2006), um modelo
de referência de um processo é uma representação simbólica que descreve as
atividades, os resultados esperados, os responsáveis, os recursos disponíveis, as
ferramentas de suporte e as informações necessárias geradas no processo.
Capítulo 2 Processo de Desenvolvimento de Produto características e contexto 33
Os autores comentam que o ideal é que cada empresa possua o seu próprio
modelo de referência. Segundo eles, os modelos específicos partem de modelos
genéricos e o planejamento do projeto parte desse modelo específico, adaptando-o
conforme a necessidade de cada projeto de desenvolvimento de produtos da
empresa.
Porém, mesmo dentro de uma única organização, os projetos de novos
produtos podem variar bastante em termos de complexidade. Existem desde
projetos mais simples, que envolvem pequenas modificações de produtos existentes,
até projetos que geram uma nova categoria ou tipo de produto - alguns deles
incluindo projetos de novas fábricas (ibidem). Devido a estas e outras
particularidades, dificilmente um modelo de referência de um processo de
desenvolvimento é completo o bastante.
Para Hustad (1996), em pesquisa realizada com empresas associadas à
Product Development and Management Association (PDMA) verifica-se que, na
prática, as organizações utilizam modelos variados para o desenvolvimento de
novos produtos. Contudo, algumas atividades são comumente incorporadas, como:
i) planejamento da linha de produtos; ii) desenvolvimento da estratégia de projeto; iii)
geração de idéias / concepções; iv) avaliação de idéias; v) análise do negócio; vi)
desenvolvimento; vii) teste e validação; viii) desenvolvimento do processo de
manufatura; ix) comercialização.
Somam-se aos modelos de PDP adotados pelas empresas, os constantes na
literatura, que também apresentam diferenças entre si. Geralmente, a formação do
interesse de seus autores os particularizam.
Alguns modelos podem se adaptar melhor do que outros ao tipo de
oportunidade a ser explorada e ao perfil do negócio. Assim, é normal a customização
destes modelos para a sua aplicação prática, o que pode envolver a incorporação de
novas ferramentas, tarefas e amesmo fases. A mescla de diferentes modelos é
possível.
Porém, apesar da existência de inúmeras referências para o PDP, as suas
atividades de pré-desenvolvimento ainda são pouco estruturadas. Elas contemplam
Capítulo 2 Processo de Desenvolvimento de Produto características e contexto 34
desde a identificação da oportunidade de mercado aa decisão de se desenvolver
o produto do item “a” ao item “e” na lista de atividades de Hustad (1996).
Nesse momento para o direcionamento dos estudos será feita uma descrição
geral sobre os tipos de produção que atualmente o utilizadas no mercado e pela
empresas, com enfoque no PDP industriais.
2.2.1 PDP Industriais
Nesta seção, será apresentada de forma abrangente as metodologias
atualmente utilizadas no Brasil desenvolvida por Back (2008), Rozenfeld et al.
(2006). Também, sendo brevemente examinada a metodologia de Pahl et al. (2005).
2.2.1.1 PDP Industriais para Rozenfeld et al. 2006
Para Rozenfeld et al. (2006), as três macrofases são: Pré-Desenvolvimento,
Desenvolvimento e Pós-Desenvolvimento, onde PDP se resume nas seguintes
fases: Planejamento do Projeto, Projeto Informacional, Projeto Conceitual, Projeto
Detalhado, Preparação para Produção e Lançamento do produto (conforme pode ser
visto na Figura 2.2).
Figura 2.2 - Processo de Desenvolvimento do Produto para Rozenfeld e Co-autores
Fonte: Rozenfeld et al. (2006).
Capítulo 2 Processo de Desenvolvimento de Produto características e contexto 35
O pré-desenvolvimento é dividido em duas grandes fases: Planejamento
Estratégico de Produtos e Planejamento do Projeto. A primeira fase é composta pelo
conjunto de atividades que transformam as informações contidas nas Estratégias
Coorporativas e da Unidade de Negócio no Plano Estratégico de Produtos. A
segunda fase, inicia quando chega a data próxima da realização de um dos projetos
do Plano Estratégico de Produtos.
O desenvolvimento traz informações tais como: escopo do projeto, escopo do
produto, atividades e sua duração, prazos, orçamento, entre outros. Ao final desta
macrofase são produzidas informações técnica detalhadas, de produção, comerciais
relacionadas com o produto.
O pós-desenvolvimento inicia-se no desenvolvimento trazendo a integração
entre o planejado e o executado, permitindo assim fazer avaliações gerais para
novos projetos, até o processo da descontinuidade do projeto.
2.2.1.2 PDP Industriais para Back et al. 2008
Conforme Back et al. (2008), modelo de desenvolvimento integrado de
produtos apresenta em linhas gerais a estrutura esquematizada em três macro-
fases, decompostas em oito fases, conforme a Figura 2.3.
a) Macro-fase 01 (Planejamento do projeto): envolve a elaboração do projeto
do produto principal, resultado da fase;
b) Macro-fase 02 (Elaboração do projeto do produto): decompõe em quatro
fases denominadas projeto informacional, projeto conceitual, projeto preliminar e
projeto detalhado;
c) Macro-fase 03 (Implementação do lote piloto): decompõe em três fases
denominadas de preparação da produção, lançamento e validação do produto.
Na fase 01 (Planejamento do Projeto): destina-se ao planejamento de um novo
projeto em face das estratégias de negócio da empresa e da organização do
trabalho a ser desenvolvido ao longo do processo.
Aqui todas as atividades deverão ser identificadas e informações como: i)
Escopo do projeto; ii) Escopo do produto; iii) Previsões das atividades, durações,
Capítulo 2 Processo de Desenvolvimento de Produto características e contexto 36
prazos e orçamentos; iv) Definição do pessoal responsável; v) Recursos
necessários; vi) Análise de riscos; vii) Indicadores de desempenho selecionados.
Tem o objetivo de orientar o desenvolvimento do produto. É iniciada quando
se sabe o que vai ser desenvolvido e o marketing aprovou o projeto. A partir do
escopo do produto, e principalmente do projeto, pode-se realizar as devidas
adaptações nesse modelo, de forma a que venha a ser utilizado para o projeto do
novo produto de qualquer empresa, inclusive a do estudo de caso.
Durante essa fase são feitas as análises de mercado, ambiental e da
concorrência. É gerado na fase um documento formal e aprovado, usado para
gerenciar e controlar a execução do desenvolvimento do produto.
Na fase 02 (Projeto Informacional): tem o foco na definição das especificações
de projeto do produto.
Na fase 03 (Projeto Conceitual): é iniciada com a orientação da equipe de
desenvolvimento a respeito das atualizações do plano do projeto, com o propósito
de estabelecer a estrutura funcional do produto.
Na fase 04 (Projeto Preliminar): esta destinada ao estabelecimento do leiaute
final do produto e a determinação da viabilidade técnica e econômica. Consiste,
basicamente, no dimensionamento dos principais componentes da máquina e sua
análise econômica. Destina-se ao estabelecimento do leiaute preliminar, os
desenhos e formas. É iniciada com a orientação da equipe de desenvolvimento a
respeito das atualizações do plano de projeto.
O resultado será um leiaute final da concepção do produto e da sua viabilidade
econômica. Para encerrar o projeto preliminar, a solução é avaliada na sua
viabilidade econômica de se desenvolver o produto. A saída dessa fase é esse
documento.
Na fase 05 (Projeto Detalhado): tem como propósitos: aprovação do protótipo;
finalização das especificações dos componentes; detalhamento do plano de
manufatura; e preparação da solicitação de investimento. Os processos de
fabricação, montagem e embalagem também são detalhados. Ao mesmo tempo, é
criado o plano de fim de vida do produto, que consolida todas as informações
relacionadas à descontinuidade do produto no mercado.
Capítulo 2 Processo de Desenvolvimento de Produto características e contexto 37
O documento gerado aqui é usado para descrever e solicitar os investimentos
necessários à implementação da produção do produto. Aqui termina o
desenvolvimento do produto.
Na fase 06 (Preparação da Produção): as atividades incluem tipicamente:
elaboração da documentação de montagem; liberação, teste, preparação das
máquinas operatrizes, dos dispositivos e ferramentas para a implementação da linha
de produção e montagem do lote piloto. Os fornecedores são analisados por meio
da qualidade dos seus produtos, pois a avaliação do processo produtivo do
fornecedor aconteceu previamente, quando esse processo foi certificado. A
certificação da qualidade do fornecedor por alguma norma, como a ISO 9000, pode
também ter servido para a sua aprovação anterior.
A homologação do processo é feita, e certificação do lote piloto pode ser feita
se os resultados esperados forem alcançados. Como saída tem-se agora um
documento usado para descrever e liberar o produto.
Na fase 07 (Lançamento do Produto): é realizado através da apresentação do
produto aos consumidores ou usuários, concessionários, vendedores, imprensa,
entre outros. Nesta fase ocorre o lançamento do produto no mercado, visando
garantir a aceitação dos clientes. São analisados o marketing necessário ao
lançamento, o processo de venda, distribuição, atendimento ao cliente e assistência
cnica.
Todas as atividades anteriores culminam com o evento de lançamento, se
observar a aceitação inicial do produto e a satisfação dos clientes, a fim de garantir
as premissas do plano de viabilidade econômico-financeira. O documento de saída é
usado para liberação do lote inicial para comercialização.
Na fase 08 (Validação do produto): é feita sobre os produtos de lote inicial
comercializado junto aos usuários, onde é feita uma avaliação final da validação cuja
resultam a definição das ações corretiva para os problema identificados, a definição
de prazos para a sua implementação.
Essa fase destina-se a validação do produto junto aos clientes e, à auditoria e
validação do projeto junto ao cliente direto. Também, é a última fase do processo.
Para validação do produto são definidos itens e critérios de avaliação. A avaliação é
feita no lote inicial.
Capítulo 2 Processo de Desenvolvimento de Produto características e contexto 38
Figura 2.3 - Representação gráfica do modelo do processo de desenvolvimento
integrado de produtos PRODIP.Processo de Desenvolvimento do Produto.
Fonte: Romano (2003).
2.2.1.3 PDP Industriais para Pahl et al. 2005
Para Pahl et al. (2005), resumidamente, pode-se observar que as fases são
compostas pelas definições, conforme a figura 2.4.
a) Planejamento e Classificação da tarefa: destina-se à coleta de informações
sobre os requisitos colocados ao produto, bem como as condicionantes
existentes e sua relevância;
b) Projeto Conceitual: fase responsável pelo esclarecimento da tarefa por meio
da abstração dos principais problemas, formação de estruturas de funções
para conceber a definição da solução preliminar;
c) Projeto Preliminar: transforma o conceito em um leiaute definitivo da solução
segundo critérios técnicos e econômicos;
Capítulo 2 Processo de Desenvolvimento de Produto características e contexto 39
d) Projeto Detalhado: detalha o leiaute da solução técnica por meio de
prescrições definitivas sobre a forma, dimensionamento e acabamento
superficial de todas as peças.
Figura 2.4 - Processo de Desenvolvimento do Produto para Pahl e Co-autores
Fonte: Pahl et al. (2005).
Capítulo 2 Processo de Desenvolvimento de Produto características e contexto 40
2.2.2 Processo de Desenvolvimento de Produtos Sob Encomenda PDPSE
A figura 2.5 demonstra o processo esquemático da concepção geral do
Projeto de Desenvolvimento de Produto sob Encomenda, considerando as
características individuais. Para tanto, detalhes de cada etapa deverão ser
determinados no planejamento do projeto, pois, ao iniciar o processo de
desenvolvimento com etapas bem definidas, as diretrizes de projetos terão maior
possibilidade de sucesso durante a execução.
Componentes
Linha de
montagem
Ponto de
processamento
do sistema
Saída do
sistema
Entrada do
sistema
Produto final Clientes
Figura 2.5 - Processo esquemático do produto sob encomenda.
Fonte: Lee (1988).
2.2.2.1 PDPSE para Rozenfeld et al. (2006)
Conforme Rozenfeld et al. (2006), para produtos que são desenvolvidos sob
encomenda, cuja estratégia de produção é Engineering To Order (ETO), acontecem
mudanças mais profundas nas fases iniciais do processo.
Como este produto não é para mercado e, normalmente, ele é um produto do
tipo (one of a kind) produto único, a fase de preparação da produção é bem
simplificada e a fase de lançamento, cancelada (a não ser que o evento de entrega
do produto para o cliente seja utilizado como atividade de marketing para aumentar
a visibilidade da empresa para conseguir novos negócios).
Nesses casos, não se desenvolve um produto para um mercado, mas para
atender clientes específicos. Na tabela 2.3 estão listadas as diretrizes de adaptação
do modelo para um produto como esta estratégia de produção.
Capítulo 2 Processo de Desenvolvimento de Produto características e contexto 41
Tabela 2.3 - Diretrizes de modificação do modelo para produtos do Tipo ETO
PDP Industriais
Diretrizes para considerar produtos ETO
Pré desenvolvimento
Planejamento estratégico
de produtos
Após a segmentação do mercado e definição de
estratégias mais globais. Deve se identificar
oportunidades mais específicas de vendas de
produtos.
Planejamento do Projeto
(inicial)
Contém somente as atividades iniciais do
planejamento ao acionar o time de
desenvolvimento (e/ou engenharia) para
preparar uma proposta.
Vender produtos (com
elaboração do orçamento
técnico)
São realizadas as atividades iniciais das fases
de projeto conceitual (quando o cliente não
fornece as especificações do produto) e
algumas do projeto detalhado, se necessário. É
determinado um preço, feito um orçamento e
uma proposta comercial.
Planejamento do Projeto
As demais atividades de planejamento são
realizadas após a aprovação do orçamento e
entrada do pedido.
Desenvolvimento
Projeto informacional
Só é realizado quando o cliente contratar este
serviço, se ele não fornecer as especificações
do produto e/ou não conhecer em detalhes o
mercado e as necessidades dos clientes.
Projeto Conceitual
As atividades complementam o que já foi
realizado na atividade de venda, quando o
fornecedor não dá a especificações do produto.
Projeto Detalhado
Ocorre como indicado no modelo.
Preparação da Produção
Ocorre como indicado no modelo, mas, se os
produtos ETO forem one of a kind (único), a
produção também é individual e não se deve
considerar as atividades relacionadas com
produção em lotes e/ou massa.
Lançamento do Produto
Só ocorre o lançamento do produto em um
evento com o cliente (quando desejado).
Pós Desenvolvimento
Acompanhamento do
Produto e processo
É um acompanhamento personalizado, pois no
caso de produtos únicos não existem os
processos de negócio mais amplos de
assistência técnica e atendimento ao cliente.
Descontinuar produto
São produtos de vida longa (20 a 100 anos) e,
normalmente, todas essas atividades são
assumidas pelo cliente.
Fonte: Rozenfeld et al. (2006).
Para Rozenfeld et al. (2006), durante a fase de pré-desenvolvimento, onde
ocorre o planejamento estratégico de produtos, são realizados estudos para se
identificar oportunidades específicas e assim definir onde a força de vendas deve
atuar. Durante a fase de planejamento do projeto é finalizada a proposta de
aprovação e ocorrem as demais fases do desenvolvimento, reutilizando informações
criadas durante a realização da proposta. A fase de detalhamento para produtos
ETO ocorre conforme descrito a seguir:
Capítulo 2 Processo de Desenvolvimento de Produto características e contexto 42
a) O pré-desenvolvimento terá que ser modificado. A fase planejamento
estratégico do produto é simplificada, pois a empresa tem menor poder de
decisão diante da demanda que deverá atender. Porém, a fase de
planejamento do projeto será muito mais sofisticada e deverá incluir parte das
atividades das fases do projeto informacional e de lançamento;
b) As atividades do projeto detalhado poderão ocorrer em mais de um ciclo,
dada a complexidade do projeto. A fase de preparação da produção deve ser
simplificada. Provavelmente a fase de lançamento será eliminada, e, em seu
lugar, haverá um maior esforço nas atividades de homologação de forma a
certificar que o produto atinge todas as metas previstas.
Vale ressaltar que durante as pesquisas, somente Rozenfeld et al. (2006),
apresentam definições iniciais para o Processo de Desenvolvimento de Produtos
Sob Encomenda. Observa-se assim, uma ausência de materiais para a composição
do referencial teórico no que tange PDPSE. Com isso, será feita uma abordagem do
PDPSE nas empresas examinadas para compor o estudo necessário para a
modelagem da ferramenta.
2.2.2.2 Processo de Desenvolvimento de Produto Sob Encomenda para
Empresa P
A empresa P (objeto de estudo deste trabalho) está instalada na cidade de
Manaus. Seu foco principal de clientes são empresas que solicitam produtos sob
encomenda de grande porte, com demandas específicas. Geralmente, o processo
de concorrência para construir projetos sob encomenda mais usual é tomada de
preço. A empresa que oferecer o menor preço cobrindo todas as exigências é a
declarada apta para fabricar o produto.
Normalmente, as empresas desenvolvedoras de produtos sob encomenda
utilizam fluxogramas específicos para áreas de atuação e emprego do produto. As
áreas de grande pedido de produtos sob encomenda são: indústrias de produtos
customizados; empresa de produção seriada; empresa de fabricação de projetos
radicais; prestadoras de serviços específicos; estatal de energia; estatal de petróleo;
concessionária prestadora de serviço e produtos essenciais de água, telefonia; entre
outros.
Capítulo 2 Processo de Desenvolvimento de Produto características e contexto 43
Para a empresa P cujo nicho de mercado é o desenvolvimento de produto sob
encomenda, foca diretamente em produtos de baixa e dia complexidade e está
direcionada a clientes que produzem de forma seriada. No entanto, necessitam
estes de produtos sob encomenda para implementar melhorias na segurança,
estratégias comerciais, diferenciais frente aos concorrentes. Na abordagem de
desenvolvimento encontram-se os passos para o desenvolvimento da empresa Pde
seus produtos, conforme fluxograma 2.6:
2. RECEBIMENTO DA
CARTA CONVITE
5. AVALIAÇÃO DO
PRÉ-PROJETO
POSITIVA?
7. APROVAÇÃO DO
ORÇAMENTO
3. VISITA COMERCIAL
4. RECEBIMENTO DO
PRÉ-PROJETO
6. ELABORAÇÃO DE
ORÇAMENTO
8. INÍCIO DE
CONTRATO DE PDP
SOB ENCOMENDA
11. PROJETO
ACEITO PELO
CLIENTE?
13. ADEQUAÇÕES
NO PROJETO?
9. PLANEJAMENTO DO
DESENVOLVIMENTO
DO PDP SOB
ENCOMENDA
10. CONFECÇÃO DO
PROJETO
12. FABRICAÇÃO DO
PRODUTO SOB
ENCOMENDA
16. APRESENTAÇÃO
DO PRODUTO E
LANÇAMENTO
14. MODIFICAÇÕES
NO PROJETO
15. REEQUILÍBRIO
FINANCEIRO
17. INSTRUÇÕES DE
USO E PERÍODO DE
GARANTIA
18. FIM DE CONTRATO
1. INÍCIO
NÃO
SIM
SIM
SIM
NÃO
SIM
NÃO
SIM
NÃO
Figura 2.6 - Fluxograma de PDPSE da empresa P
Fonte: Empresa P (2009).
Na seqüência, apresenta-se o detalhamento do fluxograma de atividades para
Desenvolvimento de Produto sob Encomenda na empresa P:
As etapas 01 a 04 do processo de desenvolvimento de produto sob encomenda
de uma empresa desenvolvedora o atividades comerciais, onde a visualização do
produto ainda está na fase de entendimento e maturação. Na visita comercial são
avaliados todos os itens relevantes para se determinar grau de complexidade e
organização do cliente. Além da avaliação do mercado de atuação do cliente,
examina-se também, importância e as diretrizes gerais de qualidade, meio
ambiente, segurança e outras exigências.
Na avaliação do pré-projeto verifica-se o grau de detalhamento dos projetos,
materiais a serem utilizados, tecnologias necessárias e o grau de experiência da
Capítulo 2 Processo de Desenvolvimento de Produto características e contexto 44
mão de obra para atuar neste projeto. A técnica de Brainstorming é utilizada para
prever possíveis restrições que não estão descritas no projeto.
Nas etapas 05 a 11 é onde o projeto ganha corpo. Os valores financeiros são
discutidos, os desenhos e detalhamentos estão em fase de definições, podendo
ocorrer ainda pequenas mudanças para adequação da necessidade real.
Elaboração de orçamento é conduzida de acordo com a experiência e sensibilidade
do Desenvolvedor de Produto que determina algumas diretrizes financeiras iniciais
para o PDP sob Encomenda. Com base no cálculo de estimativo de materiais, mão
de obra, tempo, recursos necessários o orçamento técnico financeiro é apresentado
ao cliente.
O início do desenvolvimento do produto e avaliação real das condições do
projeto se após a aprovação do orçamento financeiro, onde, a equipe de projeto
torna-se a responsável pelo atendimento das necessidades do cliente. Nesse
momento, os detalhes dos anseios e necessidades do cliente são conhecidas e
apuradas. Assim, o estudo da viabilidade e condições técnicas serão apresentados,
que, normalmente, o estudo prévio realizado pelo cliente não apresenta detalhes
suficientes e nem as restrições de projeto e fabricação.
A confecção do projeto a ser executado é a etapa em que os anseios e
necessidades do cliente são parametrizadas em linguagem projetual e enviadas
para a vistoria e aprovação. Nesse momento, discutem-se alguns itens que
dificilmente são viáveis financeira e tecnicamente para aplicação, mas pela da
exigência do cliente são incluídos no projeto.
Nas etapas 12 a 15 estão inclusas a fabricação e reequilíbrio financeiro onde
todas as necessidades e restrições que não haviam sido expostas são conhecidas
pelo contratante e contratada.
Nas etapas 16 a 18 compreende o momento de ajustes finais e detalhamento
da garantia do produto.
2.2.2.3 Comparação entre o PDPSE para Rozenfeld x Empresa P
Para fins comparativos a tabela 2.4 mostra as diferenças entre o que a
literatura sugere em relação à realidade, que acontece numa empresa
desenvolvedora de produtos sob encomenda. De forma geral, algumas etapas
Capítulo 2 Processo de Desenvolvimento de Produto características e contexto 45
encontram outro enfoque para atender as necessidades de informação para
atendimento das necessidades do cliente. As etapas administrativas formais são
encaminhadas durante a execução do projeto.
Tabela 2.4 - Comparação com Diretrizes de modificação do modelo para
produtos do tipo ETO e modelo real utilizado.
Etapas /
Comparações
Diretrizes para considerar produtos ETO
PDP sob encomenda na prática
da empresa P
Pré
desenvolvimento
Após a segmentação do mercado e definição de
estratégias mais globais. Devem se identificar
oportunidades mais específicas de vendas de
produtos.
Recebimento de carta convite
Contém somente as atividades iniciais do
planejamento ao acionar o time de
desenvolvimento (e/ou engenharia) para
preparar uma proposta.
Visita comercial
Recebimento do pré-projeto
São realizadas as atividades iniciais das fases
de projeto conceitual (quando o cliente não
fornece as especificações do produto) e
algumas do projeto detalhado, se necessário. É
determinado um preço, feito um orçamento e
uma proposta comercial.
Elaboração de orçamento e envio
ao cliente
As demais atividades de planejamento são
realizadas após a aprovação do orçamento e
entrada do pedido.
Aprovação do orçamento
Início do Contrato de PDP sob
encomenda
Liberação da Ordem de serviços
Desenvolvimento
é realizado quando o cliente contratar este
serviço, se ele não fornecer as especificações
do produto e/ou o conhecer em detalhes o
mercado e as necessidades dos clientes.
Início do desenvolvimento e
avaliação real das condições do
projeto a ser executado e do
produto a ser fornecido
As atividades complementam o que foi
realizado na atividade de venda, quando o
fornecedor não dá a especificações do produto.
Confecção do projeto a ser
executado
Ocorre como indicado no modelo.
Pré-aprovação do projeto
desenvolvido
Ocorre como indicado no modelo, mas, se os
produtos ETO forem one of a kind nico), a
produção também é individual e não se devem
considerar as atividades relacionadas com
produção em lotes e/ou massa.
Início da fabricação do produto
Fase de readequação e ajuste do
projeto
Avaliação da planilha de custos
Reequilíbrio Financeiro
ocorre o lançamento do produto em um
evento com o cliente (quando desejado).
Apresentação do produto final e
lançamento
Pós
Desenvolvimento
É um acompanhamento personalizado, pois no
caso de produtos únicos não existem os
processos de negócio mais amplos de
assistência técnica e atendimento ao cliente.
Entrega do projeto final As Built
São produtos de vida longa (20 a 100 anos) e,
normalmente, todas essas atividades são
assumidas pelo cliente.
Acompanhamento personalizado
ao cliente por período de garantia
determinado em contrato
Finalização do contrato.
Capítulo 2 Processo de Desenvolvimento de Produto características e contexto 46
2.3 Tipos de Sistemas de Produção
Nesta seção, serão discutidos alguns tipos de produção, focados para produtos
industriais e sob encomenda. A final será produzida uma comparação com os
processos de desenvolvimento de produtos sob encomenda da empresa P e o que a
literatura aponta.
2.3.1 Produção para produtos industriais
Feigenbaum (1994), classifica o Sistema de Produção em:
a) sistemas de produção em série, onde qualidade do produto pode ser
efetivamente controlada através dos tipos de itens, pois, todos os itens serão
fabricados de acordo com os mesmos desenhos e especificações. Assim, na
produção em série o controle da qualidade centraliza-se sobre o produto e o
processo;
b) Produção para Estoque (MTS): nesta estratégia as empresas produzem itens
padronizados (produtos de prateleira) para estoque com base em previsões de
vendas forecasting, conforme Krajewski e Ritzman (1996).
De acordo com Pires (2004), a ordem natural dos principais processos de
negócios, conforme ilustra a Figura 2.7, geralmente é prever vendas, planejar
produção, produzir, vender e entregar. Ainda, ressalta que nesse caso a
interferência dos clientes no ciclo produtivo é inexistente, salvo em momentos de
pesquisas de mercado. Segundo Krajewski e Ritzman (1996), o termo Produção em
Massa, é freqüentemente, utilizado para definir a estratégia de Produção para
Estoque.
Figura 2.7 - Ordem dos principais processos de negócios na MTS
Fonte: Adaptado de Pires (2004).
Capítulo 2 Processo de Desenvolvimento de Produto características e contexto 47
Tubino (1999), classifica os sistemas produtivos pelo grau de padronização
dos produtos, pelo tipo de operação e pela natureza do produto. Segundo o grau de
padronização o tipo de operação, classifica-o em dois grandes grupos: i) processos
repetitivos em massa, são aqueles empregados na produção em grande escala de
produtos altamente padronizados; ii) sistemas que produzem produtos padronizados,
apresentam alto grau de uniformidade e são produzidos em grande escala.
2.3.2 Tipos de produção para Produtos Sob Encomenda
Analisando os autores e as classificações de Feingenbaum (1994) e Turbino
(1999), observa-se que são gerais, envolvendo dois ou três aspectos que facilitam o
enquadramento do produto especial nas proposições existentes, enquanto a
classificação de Slack (1996) é mais detalhada.
O produto considerado especial não se encaixa plenamente numa única
alternativa de classificação para cada item considerado. De uma forma geral, pode-
se classificar o sistema de produção das empresas a que se destina o modelo a ser
proposto neste trabalho como manufatura de bens, intermitentes, por projeto, sob
encomenda, baixo volume, alta variedade de produtos sem padronização e não
sazonal, com alta variação na demanda.
Considera-se também, como produção sob encomenda de produtos por
projetos, ou seja, de produtos únicos, características estas bem específicas para os
produtos. Daí considerar-se produtos especiais.
A produção sob encomenda por projeto é menos passível de controle e
acompanhamento do que os sistemas de produção em massa ou em lotes, uma vez
que seus produtos são produzidos apenas uma vez e não existe um fluxo produtivo
uniforme. São desenvolvidos para um cliente específico e não são estocáveis, pois
os sistemas produtivos esperam a manifestação do cliente para produzir. Os
sistemas que trabalham sob encomenda possuem, normalmente, grande capacidade
ociosa e dificuldades em padronizar os métodos de trabalho e recursos produtivos.
Pretende-se atender empresas de produção sob encomenda de produtos
especiais, ou seja, empresas de produção por projeto de produtos únicos e que
fabricam uma classe de produtos que exigem projetos individuais. O cliente
encomenda o seu produto baseado nas necessidades do consumidor do produto, o
Capítulo 2 Processo de Desenvolvimento de Produto características e contexto 48
usuário final (cliente do cliente), orienta a produção deste produto através da
participação na elaboração do projeto deste produto, ou baseado no que ele
entendeu como necessidades do seu cliente. O produto será fabricado a partir deste
projeto.
Para Krajewski e Ritzman (1996), destacam três estratégias fundamentais de
produção: Montagem sob encomenda (ATO Assembly to order), Engenharia sob
encomenda (ETO - Engineering to Order) e Produção sob Encomenda (Make to
Order MTO).
Pires (2004), refere-se às estratégias de produção como uma classificação que
divide os sistemas produtivos de acordo com a forma que eles interagem com os
clientes na cadeia de suprimentos, ou seja, conforme o nível de interferência que o
comprador pode ter no produto final, conforme figura 2.8.
O produto sob encomenda pode ser visto como uma forma de personalização
de produtos manufaturados em massa, com o objetivo de fornecer clientes com
produtos individualizados, com eficiência próxima da produção em massa. Os
objetivos conflitantes de grande variedade e bom desempenho são duas
preocupações essenciais que devem ser bem abordada no projeto de conseguir
operar o sistema. Para caracterizar um produto sob encomenda, faz-se necessário
que o produto tenha:
a) Montagem sob encomenda (ATO Assembly to order);
b) Produção sob encomenda (MTO Make to order);
c) Engenharia sob encomenda (ETO - Engineering to Order);
Figura 2.8 - Tipologias de produção
Fonte: Pires (2004).
Capítulo 2 Processo de Desenvolvimento de Produto características e contexto 49
As quatro tipologias básicas de produção, conforme figura 2.8, definem ou
direcionam grande parte das atividades que compõem o processo de gestão da
produção. A escolha da tipologia ATO para o desenvolvimento do modelo de
referência baseou-se no fato de que esta tipologia guarda características tanto da
tipologia MTS como da tipologia MTO. Além disso, existe uma tendência das
empresas que produzem exclusivamente sob encomenda, e das que produzem para
estoque, de migração para a tipologia ATO.
Isso porque as empresas que produzem para estoque tendem a ganhar com
a possibilidade de fornecer um produto padronizado, que melhor atenda as
necessidades dos clientes, e as empresas que trabalham exclusivamente sob
encomenda têm a possibilidade de diminuir o prazo de fornecimento para seus
clientes e tendem a ganhar também com a padronização de componentes de seus
produtos finais.
2.3.2.1 Montagem Sob Encomenda (ATO)
De acordo com Lenza, Bremmer e Gil (1999), a Montagem sob Encomenda
(ATO Assembly to Order) caracteriza os sistemas em que os subconjuntos,
grandes componentes e materiais diversos são armazenados até o recebimento dos
pedidos dos clientes, contendo as especificações dos produtos finais.
A interação dos clientes com o projeto dos produtos é limitada. Nos sistemas
ATO, as entregas dos produtos tendem a ser de médio prazo e as incertezas da
demanda (quanto ao mix e volume dos produtos) são gerenciadas pelo excesso no
dimensionamento do estoque de subconjuntos e capacidade das áreas de
montagem. Nessa estratégia, alguns componentes (geralmente itens de uso comum
e de maior demanda) são produzidos para um estoque intermediário em que
permanecem até o fechamento de uma venda. Após o fechamento de um pedido
realiza-se a segunda etapa do ciclo produtivo em que esses componentes serão
utilizados na produção de produtos com especificações próprias, (PIRES, 2004).
Para Krajewski e Ritzman (1996), nessa estratégia a operação segura a
montagem e componentes em estoque até a chegada do pedido do cliente. Logo, o
produto específico que o cliente quer será montado com os apropriados
componentes. Ressaltam ainda que estocar produtos acabados poderá ser
Capítulo 2 Processo de Desenvolvimento de Produto características e contexto 50
economicamente inviável, porque as numerosas combinações (produtos finais)
fazem a previsão ser relativamente ineficaz.
Segundo Pires (2004), a ordem natural dos principais processos de negócios
nessa estratégia, conforme ilustra Figura 2.9, costuma ser: prever demanda de
componentes, planejar produção de componentes para estoque, produzir
componentes para estoque, vender, planejar produção final, realizar produção final e
entregar.
Figura 2.9 - Ordem dos principais processos de negócios na ATO
Fonte: Adaptado de Pires (2004).
2.3.2.2 Produção Sob Encomenda (MTO)
Produção sob Encomenda (MTO Make to Order) o projeto básico pode ser
desenvolvido a partir dos contatos iniciais com o cliente, mas a etapa de produção
só se inicia após o recebimento formal do pedido. A interação com o cliente costuma
ser extensiva e o produto está sujeito a algumas modificações, mesmo durante a
fase de produção.
Num sistema MTO, os produtos geralmente não são um de cada tipo porque,
usualmente, os produtos são projetados a partir de especificações básicas. Os
tempos de entrega tendem a ser de médio ou longo prazo e as listas de materiais
são usualmente únicas para cada produto. Nessa estratégia, geralmente a produção
é executada após a venda do produto, ou seja, produz-se mediante pedidos
Capítulo 2 Processo de Desenvolvimento de Produto características e contexto 51
firmados em carteira. Significa que o processo de negócio “vender” antecede o
processo “produzir”.
A ordem natural dos principais processos de negócios nessa estratégia,
conforme ilustra Figura 2.10, geralmente é vender, planejar, produzir e entregar
Pires (2004).
Para Krajewski e Ritzman (1996), nessa estratégia a fabricação produz
produtos conforme especificações dos clientes, ou seja, possui um alto grau de
customização. Logo, o processo de produção precisa ser flexível para acomodar as
variedades.
Para Pires (2004), o que vai ser produzido sob encomenda pode variar desde
um produto inédito, produzido de forma customizada para o cliente, ou um produto
escolhido entre um conjunto de opções. Para o caso da Indústria automotiva a
escolha entre um conjunto de opções é a mais realista para os dias de hoje.
Figura 2.10 - Ordem dos principais processos de negócios na MTO
Fonte: Adaptado de Pires (2004).
2.3.2.3 Engenharia Sob Encomenda (ETO)
Engenharia sob Encomenda (ETO Engineering to Order) é uma extensão
do MTO, com o projeto do produto sendo feito quase que totalmente baseado nas
especificações do cliente. Os produtos são altamente customizados e o nível de
interação com o cliente é muito grande.
A etapa de projeto do produto feita também sob encomenda, ou seja, com
base nas necessidades do cliente. Os produtos tendem a ser altamente
customizados (“individualizados”) e o nível de interação com os clientes costuma ser
muito grande.
Capítulo 2 Processo de Desenvolvimento de Produto características e contexto 52
A ordem dos principais processos de negócios nessa estratégia é bem
parecida com o caso da MTO. Apenas com a inclusão do processo “projetar produto”
logo após o processo “vender”, completando o ciclo. De acordo com a Figura 2.11,
tem-se: vender, projetar produto, planejar produção, produzir e entregar (PIRES,
2004).
Figura 2.11 - Ordem dos principais processos de negócios na ETO
Fonte: Adaptado de Pires (2004).
2.3.2.4 Comparativo ETO x PDPSE empresa P
A comparação identificada na figura 2.12, tem como finalidade facilitar para o
leitor o entendimento e clarificação das as semelhanças do PDPSE na teoria e na
prática. É importante observar que a empresa P trabalha com produtos sob
encomenda de pequeno e médio porte, com produtos de baixa e dia
complexidade. Os exemplos encontrados na literatura, normalmente, envolvem de
casos específicos em empresas que desenvolvem sua metodologia de trabalho.
Após a investigação da ordem dos principais processos de negócios na ETO
(Engenharia Sob Encomenda), apresentam etapas que diretamente fazem
referência ao modelo de PDPSE da empresa P. Na figura 2.12 estão destacadas as
etapas da ETO e o fluxograma da empresa P, para apresentar as similaridades das
etapas percorridas.
Capítulo 2 Processo de Desenvolvimento de Produto características e contexto 53
RECEBIMENTO DA
CARTA CONVITE
AVALIAÇÃO DO PRÉ-
PROJETO POSITIVA?
APROVAÇÃO DO
ORÇAMENTO
VISITA COMERCIAL
RECEBIMENTO DO
PRÉ-PROJETO
ELABORAÇÃO DE
ORÇAMENTO
INÍCIO DE CONTRATO
DE PDP SOB
ENCOMENDA
PROJETO ACEITO
PELO CLIENTE?
ADEQUAÇÕES NO
PROJETO?
PLANEJAMENTO DO
DESENVOLVIMENTO
DO PDP SOB
ENCOMENDA
CONFECÇÃO DO
PROJETO
FABRICAÇÃO DO
PRODUTO SOB
ENCOMENDA
APRESENTAÇÃO DO
PRODUTO E
LANÇAMENTO
MODIFICAÇÕES NO
PROJETO
REEQUILÍBRIO
FINANCEIRO
INSTRUÇÕES DE USO
E PERÍODO DE
GARANTIA
FIM DE CONTRATO
INÍCIO
NÃO
SIM
SIM
SIM
NÃO
SIM
NÃO
SIM
NÃO
Figura 2.12 - Comparativo do fluxograma de PDPSE da empresa P e ETO
De forma geral, pode-se constatar que na realidade o PDPSE possui etapas
administrativas e técnicas que andam conjuntamente. Com isso, o desdobramento
da equipe de projeto será necessário. No entanto, as fases vender e projetar
apresentam uma carga excessiva de responsabilidade para o projetista, pois, trata-
se do momento inicial de entendimento e apresentação do projeto.
Para tanto, no Processo de Desenvolvimento de Produto Sob Encomenda, faz-
se necessária a avaliação prévia do produto a ser fabricado, onde o Briefing e Visita
Comercial são partes integrantes do primeiro contato do desenvolvedor com o
Memorial Descritivo. Posteriormente, de posse das informações necessárias, será
feita uma definição do Potencial Perfil de Fabricação. Na sequencia, ocorre e após a
verificação e avaliação dos itens necessários, para então produzir um contrato com
obrigações da contratante e contratada para a execução do projeto.
VENDER
PLANEJAR
ENTREGAR
PROJETAR
PRODUZIR
Capítulo 2 Processo de Desenvolvimento de Produto características e contexto 54
2.4 Processo de Desenvolvimento de Produto Sob Encomenda na Prática
Com base nas práticas projetuais de campo e metodologias desenvolvidas pela
empresa P, com os projetos avaliados verificou-se que existem etapas de cunho
Administrativo e Técnico no Processo de Desenvolvimento de Produto Sob
Encomenda. Estão são avaliadas previamente ao receber convite a participar de
uma concorrência. Com intuito de explicitar como os vínculos que ocorrem entre:
contratante, contratada, produto e contrato, a visualização simplificada está
representada na figura 2.13.
CONTRATO
CONTRATANTE CONTRATADA
PRODUTO
Figura 2.13 - Visualização simplificada de PDPSE na prática
Nos produtos sob encomenda desenvolvidos pela empresa P, observa-se que
estes necessitam de instalações nas bases internas e possíveis bases externas de
apoio, montagem em campo de trabalho (dentro do perímetro da contratante), os
processos são acompanhados diariamente pela fiscalização. A fabricação do
produto é a etapa mais importante durante a vigência do contrato.
2.4.1 Na empresa P
Considerando as condições encontradas pela empresa P, onde normalmente
as empresas Contratantes confeccionam os desenhos e projetos com uma equipe
terceirizada ou o projeto é desenvolvido pela contratada (empresa P), que são
apresentados em anexo do Memorial Descritivo, observa-se que as falhas e
ausência de informação são mais comuns.
Capítulo 2 Processo de Desenvolvimento de Produto características e contexto 55
Vale ressaltar que a empresa P possui uma equipe de projeto com três
desenvolvedores, que possuem 20, dez e cinco anos de experiências no
desenvolvimento de projetos. Dos vários projetos executados pela empresa P, será
feita a descrição de três que merecem destaque, relacionando os inúmeros desvios
que estes sofreram, desde a etapa de visita técnica até a entrega do produto final.
Nos projetos a seguir relacionados, terão destaques as instruções gerais de
projeto e as principais disfunções que ocorreram durante a execução, trazendo
assim, prejuízos financeiros tanto para a contratante, tanto para a contratada.
Também houve várias indefinições de projetos para a continuidade do projeto,
ocasionando atrasos consideráveis ao cronograma e entrega do produto.
Um destaque que deve ser levado em consideração na análise é a atuação e
fiscalização por parte da equipe de projeto, pois, a mesma exerce um
direcionamento das necessidades do cliente final e alinhamento das práticas do
contratado, com as políticas da contratante.
O motivo da escolha destes projetos é a relevância e o grau de importância que
estes tiveram para a empresa P. No dimensionamento inicial da equipe de projeto,
os recursos previstos para a realização do projeto de acordo com a planilha de
serviços, ultrapassaram as estimativas de prazos, custos, o andamento encontrava-
se prejudicado por conta de mudanças e necessidades não previstas anteriormente.
Para melhor entendimento dos projetos executados pela empresa P, serão
descritos três projetos que merecem destaque por envolverem maiores desvios
financeiros, projetuais, laborais e objeto escopo do produto.
2.4.1.1 Projeto 01
O projeto sob encomenda produzido e desenvolvido pela empresa P, trata-se
da reforma um Centro de Atendimento Integral a Criança para o Governo do Estado
do Amazonas. Este complexo foi construído com a aplicação de lajes pré-moldadas
em todos os perímetros internos, ampliação e modernização dos acessos para
atendimento.
O prazo para a fabricação do produto estipulado em contrato foi em 90 dias. No
entanto, o produto foi entregue e concluído com 183 dias. A representatividade
financeira a partir do valor inicial, foi finalizado com 62,5% em aditivo e reequilíbrios
Capítulo 2 Processo de Desenvolvimento de Produto características e contexto 56
financeiros. Por se tratar de valores bem representativos, foram averiguados os
motivos para os desvios ocorridos no andamento da fabricação e a forma como se
obteve esse percentual para o fechamento do contrato.
De início, o projeto sofreu grandes percalços no cronograma, em decorrência
da desocupação parcial da área necessária para a construção do produto.
Posteriormente, as inúmeras modificações durante a execução do projeto,
indefinições técnicas, ausência de informações precisas nas pranchas de desenhos,
desconformidades normativas, entre outros, causaram desvios de projeto, atrasos no
cronograma, e mudanças significativas no produto final.
Na tabela 2.5, tem-se expostos todos os desvios que o projeto apresentou, com
devido enfoque e relevância ao produto diretamente e os aspectos administrativos,
que estão apresentadas as definições dos termos estão contidas na seção 2.4.2.
Tabela 2.5 - Informações sobre os desvios ocorridos no projeto 01
Projeto 1 - Reforma, ampliação e modernização de Centro de Atendimento
Integral a Criança
Desvios relacionados a administração
Acréscimo de serviços fora da planilha de serviços e custos
Liberação do espaço físico para fabricação do produto
Cronograma alterado em decorrência de mudanças
Ausência de insumos para fabricação do produto
Excesso de aditivos de projeto
Desvios relacionados ao Projeto e produto
Mudança de especificações no produto
Falta de critério de avaliação da qualidade do produto
Cálculos estruturais não condizentes com o produto fabricado
Mudança de projeto durante a fabricação
Dimensionamento incorreto de serviços
Fonte: Empresa P (2009)
2.4.1.2 Projeto 02
O projeto sob encomenda produzido e desenvolvido pela empresa P, na
Refinaria de Petróleo situada na cidade de Manaus, tem como escopo geral dos
serviços contratados, a construção, fabricação, fornecimento e montagem de 3.000m
de corrimãos, 600m de escadas e 1.500m de passarelas de acesso aos tanques,
manifolds (conexões) e parques de bombas. Também, envolve a substituição de
escadas verticais por escadas inclinadas em estrutura metálica, com corrimão em
estrutura metálica existentes nos manifolds e parques de bombas da contratante.
Capítulo 2 Processo de Desenvolvimento de Produto características e contexto 57
O prazo para a fabricação do produto estipulado em contrato foi de 90 dias. No
entanto, o produto foi entregue e concluído com 331 dias. A representatividade
financeira a partir do valor inicial, finalizou com 123% em aditivo e reequilíbrios
financeiros. Ou seja, o projeto inicialmente estimado em 930 mil reais, teve os custos
finais somados com aditivos ficaram em aproximadamente 2 milhões de reais. Por
se tratar de valores representativos, foram averiguados os motivos para os desvios
ocorridos no andamento da fabricação e a forma se chegou a esse percentual para o
fechamento do contrato.
As seguir, apresentam-se as instruções gerais de projeto:
a) Escadas inclinadas
i) Largura de 1 m; ii) Piso em chapa xadrez antiderrapante com espessura
mínima de ¼”; iii) Altura máxima de cada lance de escada deve ser de 6,0 m; iv)
Inclinação máxima de 45° com a horizontal e; v) Rodapés de barra chata de 4”x ¼”;
b) Passarelas
i) Largura mínima de 1 m; ii) Piso em chapa xadrez antiderrapante com
espessura mínima de ¼”; iii) Guarda-corpos (corrimãos) e; iv) Rodapés de barra
chata de 4”x ¼”;
c) Corrimãos
i) Rodapés de barra chata de 4”x ¼”; ii) As passarelas de concreto existentes
onde a largura for inferior a 1 m, executar o alargamento com chapas xadrez de ¼”
com a finalidade de atingir a largura de 1 m; iii) Os corrimãos das passarelas de
concreto fixará de maneira que a largura de 1 m das passarelas seja atendida; iv)
Todas as estruturas metálicas serão protegidas contra corrosão e; v) As chapas das
plataformas, quando necessário, deverão ser desmontáveis e presas ao vigamento
por parafusos para facilitar as intervenções da manutenção.
Para elencar o conteúdo da tabela 2.6, consultou-se os Relatórios Diários de
Obras (RDO) da empresa P, que relatam as atividades diárias do projeto. As
informações necessárias para o início da fabricação do produto, andamento e
conclusão do projeto foram classificadas em informações administrativas e
informações técnicas, que serão descritas na tabela 2.6.
Capítulo 2 Processo de Desenvolvimento de Produto características e contexto 58
Tabela 2.6 Informações sobre os desvios ocorridos no projeto 02
Projeto 2 - Fornecimento e montagem de 3000 m de corrimãos, 600 m de
escadas e 1500 m de passarelas de acesso aos tanques, manifolds e parques
de bombas; Substituição de escadas verticais por escadas inclinadas em
estrutura metálica com corrimão também em estrutura metálica nos manifolds e
parques de bombas.
Desvios relacionados a administração
Caso fortuito ou força maio
Mobilização de mão de obra
Política de segurança
Dimensionamento da quantidade mínima de pessoas no contrato
Novas políticas administrativas
Veículo oficial de informações no contrato
Medição de serviços e pagamento
Transporte de material e equipamentos
Insumos em geral (água, energia elétrica, comunicação)
Cronograma oficial de atividades
Mudança de equipe durante a execução do projeto
Desvios relacionados ao projeto e produto
Mudança de especificações no produto
Falta de critério de avaliação da qualidade do produto
Cálculos estruturais não condizentes com o produto fabricado
Mudança de projeto durante a fabricação
Dimensionamento incorreto de serviços
Elaboração de procedimentos para análise de sub-contratados
Equipe mínima de projeto
Regime de trabalho
Paralisação da fabricação por falta de material
Mudança de especificação de material
Especificação de insumos para o produto
Critério de avaliação e qualidade do produto e processo de fabricação
Dimensionamento de tecnologia e equipamentos para fabricação
Procedimentos para fabricação e normas abrangentes
Procedimentos para retrabalho
Propagadores de restrições para o produto e fabricação
Fonte: Empresa P, (2009)
2.4.1.3 Projeto 03
O projeto sob encomenda produzido e desenvolvido pela empresa P, trata-se
da ampliação e adaptação do Posto Fiscal da Receita Fazendária. O complexo foi
construído com a aplicação de lajes pré-moldadas, balanças de grande capacidade
para fiscalização das bases metálicas.
Capítulo 2 Processo de Desenvolvimento de Produto características e contexto 59
O prazo para a fabricação do produto estipulado em contrato foi em 180 dias.
No entanto, o produto foi entregue e concluído com 380 dias. A representatividade
financeira a partir do valor inicial, finalizou com 72,5% em aditivo e reequilíbrios
financeiros. Por se tratar de valores acima dos praticados, foram averiguados os
desvios ocorridos no andamento da fabricação e a forma com que se produziu
chegada esse percentual para o fechamento do contrato.
Ao iniciar o projeto, o cronograma de atividades sofreu impacto devido às
chuvas, além do atraso da desocupação da área necessária para a construção do
produto. Posteriormente, as inúmeras modificações durante a execução do projeto,
indefinições técnicas, desconformidades normativas no solo, entre outros. Na tabela
2.7, apresenta-se os principais desvios ocorridos no projeto apresentou, com
destaque ao produto diretamente e o enfoque administrativo.
Tabela 2.7 - Informações sobre os desvios ocorridos no projeto 03
Projeto 3 : Ampliação e adaptação do Posto Fiscal
Desvios relacionados a administração
Caso fortuito ou força maior
Mobilização de mão de obra e equipamentos
Dimensionamento da quantidade mínima de pessoas no contrato
Excesso de aditivos e reequilíbrios financeiros
Transporte de material e equipamentos
Cronograma oficial de atividades
Mudança de equipe durante a execução do projeto
Desvios relacionados ao projeto e produto
Mudança de especificações no produto
Falta de critério de avaliação da qualidade do produto
Mudança de projeto durante a fabricação
Dimensionamento incorreto de serviços
Elaboração de procedimentos para análise de sub-contratados
Equipe mínima de projeto
Regime de trabalho
Critério de avaliação e qualidade do produto e processo de fabricação
Dimensionamento de tecnologia e equipamentos para fabricação
Procedimentos para fabricação e normas abrangentes
Fonte: Empresa P (2009)
2.4.2 Análise geral dos Projetos da Empresa P
A seguir, tem-se o detalhamento dos termos aplicados nos contratos de
desenvolvimento de produto sob encomenda, relacionados aos desvios que são
tratados administrativamente no contrato, conforme experiência do autor em
Capítulo 2 Processo de Desenvolvimento de Produto características e contexto 60
conjunto com o restante da equipe de projeto na empresa P, nota-se que este
gerenciava e liderava a equipe de projeto e fabricação:
a) Caso fortuito ou força maior (chuva, inundações, vazamento de gás,
epidemias, terremotos): tratam-se de itens que, independente da vontade dos
envolvidos no projeto pode, inviabilizar a execução do projeto temporariamente ou
de forma definitiva;
b) Mobilização de mão de obra: é o custo necessário para formar e manter fixa
a equipe de trabalho que participa no projeto e fabricação do produto sob
encomenda, mesmo em períodos que não seja possível a execução dos trabalhos e
atividades normais, por motivo de força maior, independente da vontade do
contratante ou contratada;
c) Política de segurança: novos padrões estabelecidos durante a execução do
projeto, exigências de requisitos de segurança (Análise Preliminar de Riscos,
Permissões de Trabalho) não estabelecidas anteriormente em contrato, para a
perfeita execução das atividades de fabricação do produto e para atendimento das
novas normas do órgão regulador ou fiscalizador;
d) Dimensionamento da quantidade mínima de pessoas no contrato: trata-se do
estabelecimento de atividades-chave e críticas dentro da execução, controle e
andamento do projeto. Resumidamente, são funções específicas que tanto a
contratante quanto a contratada, entendem que para o projeto seja viabilizado
precisam de perfis específicos de colaboradores para compreensão e visão geral do
produto;
e) Exigências posteriores não estabelecidas em contrato: nesse item tem-se
novas solicitações e exigências, para atendimento de normas e regulamentações
recentemente estabelecidas pelo contratante. Ressalta-se que o contrato havia
sido afirmado anteriormente antes de surgir a necessidade seja (administrativa ou
técnica). Para tanto, devem ser discutidos os custos e viabilidade destas
implantações e manutenção das novas metodologias de trabalho para o contrato;
f) Entraves administrativos (chaves, senhas, sistemas): neste item, enquadram-
se tecnologias digitais e softwares para adequação e acesso aos programas internos
da contratante para solicitações, comunicações e outros serviços, que definidos em
contrato, devem ser feitos via sistema corporativo;
Capítulo 2 Processo de Desenvolvimento de Produto características e contexto 61
g) Mudança de equipe de projeto por parte da contratante: na ocasião da
terceirização da equipe de projeto ou mudança de equipe, deve-se estabelecer uma
forma (de comum acordo entre as partes), para prosseguimento do projeto sem
prejuízos;
h) Cronograma de execução e andamento geral: sob o ponto de vista
administrativo é a previsão de desembolso financeiro, espaço, material e recursos
humanos para o projeto. Todos esses itens devem ser planejados por todas as
áreas, envolvidas para o andamento e manutenção do projeto;
i) Normas internas de abrangência no contrato: a contratante deve se
responsabilizar em apresentar todas as normas internas ao contratado antes de
iniciar o projeto, para que normas administrativas e técnicas sejam respeitadas e
cumpridas na íntegra, sob risco de penalização;
j) Estabelecimento de veículo oficial de informações: uma necessidade de
um veículo oficial de informações, para que todos os envolvidos no contrato evite
divergências ou desatualização de informações relacionados a setores específicos
no contrato;
k) Prazo para solicitação de atividades específicas: os prazos estabelecidos
devem ser definidos em cronogramas de acordo com andamento da obra, para que
atividades críticas sejam monitoradas severamente, afim de não comprometer o
prazo final do projeto;
l) Forma de medição dos serviços e pagamento: trata-se de uma forma de
recompensa pelo serviço executado durante o período de contrato. Os meios de
pagamento devem ser estabelecidos através de comum acordo em contrato
previamente definido, (e.g. compra de insumos, fabricação, aquisição de
tecnologias) e a somatória dos custos de um período determinado devem ser levado
em consideração, para que seja feito um repasse adequado. Desta forma, o
contratado não perde a capacidade de investimento e manter do contrato,
observando também a onerosidade do mesmo e repasse antecipado de verba por
parte da contratante;
m) Transporte de materiais, equipamentos e mão de obra: faz-se necessário
definir previamente em contrato as responsabilidades, quanto às exigências a serem
seguidas e a forma de fiscalização que será exercida quanto ao item em questão;
Capítulo 2 Processo de Desenvolvimento de Produto características e contexto 62
n) Insumos gerais (energia, água, telefonia, internet): itens de necessidade de
primeira ordem para que o projeto seja viabilizado. Deve-se constar em contrato as
responsabilidades de fornecimento e seus custos;
o) Abordagem da fiscalização: metodologia da abordagem dos fiscais devem
ser definidas em contrato, para que não haja excessos ou ausências, seja uma
auditoria administrativa, cnica ou comportamental. Faz-se necessária uma prévia
preparação, afim de que o andamento do contrato de fabricação de produto sob
encomenda não seja prejudicado;
p) Aditivo de contrato e reequilíbrio financeiro: a reunião de todas as partes
(contratante e contratada) e setores afetados (Diretoria administrativa e Diretoria
Técnica) devem discutir objetivamente os itens pleiteados para entendimento e
consenso entre os envolvidos. As equações e parâmetros máximos devem ser
estabelecidos para que não haja onerosidade no contrato.
Na seção 2.4.1.3 foram tratados inúmeros itens relacionados aos desvios na
administração geral do contrato. Neste, deve haver uma clara e rigorosa definição
do que está sendo examinado, afim de evitar transtornos posteriores. Na seção
2.4.2.2 serão tratados todos os aspectos técnicos relacionados diretamente ao
produto fabricado e projeto técnico.
2.4.2.1 Pessoal
Nessa seção, serão abordados aspectos que tratam especificamente do
pessoal (equipe operacional e de projeto) envolvido no encaminhamento,
construção e decisões para a fabricação do produto. Assim, deve-se observar os
seguintes aspectos:
a) Elaborar procedimento para análise técnica das atividades dos
subcontratados: dentro desta etapa considera-se que para uma boa análise, faz-se
necessária uma pesquisa de mercado, verificando se a empresa é consolidada, além
dos produtos e serviços prestados, situação financeira em que a contratada se
encontra, quem são os clientes e o nível de satisfação com o subcontratado, quais
as parcerias que possui, como foco principal a análise da estrutura, se condições
reais de se atender as necessidade do contratante;
Capítulo 2 Processo de Desenvolvimento de Produto características e contexto 63
b) Equipe mínima de projeto: para definir a equipe mínima de projeto deve-se
analisar primeiramente o prazo e as características do projeto e o perfil deve-se
observar da contratante. Assim como: margem de segurança, tolerância mínima de
projeto, nível de complexidade do projeto. Posteriormente, utilizando a experiência
do projetista sefeita de forma prévia uma visualização do canteiro de fabricação,
estimando com a quantidade de pessoas necessárias para o perfeito andamento do
projeto detalhado por atividades críticas. Após a visualização, deve-se aplicar as
normas pertinentes ao projeto seja pela contratante, quanto pelas normas
regulamentadoras;
c) Regime de trabalho: dentro da equipe de projeto e fabricação faz-se
necessária a definição da quantidade de turnos e pessoas inclusas. Verificar se o
contrato obriga os regimes de contratação CLT, terceirizados e sub-contratação.
Também, se permite a entrada de bolsista e estagiários. Após essa definição prévia,
deve-se aplicar a norma que rege o segmento de trabalho em que a contratante está
envolvida. Portanto, deve-se verificar as características das atividades desenvolvidas
e os especialistas pontuais para atender demandas específicas.
2.4.2.2 Potencial Perfil de Fabricação
Nessa seção, serão abordados aspectos que tratam especificamente do tema
fabricação, considerando aspectos do produto sob encomenda.
A capacidade de fabricação, sob o ponto de vista técnico ou de engenharia e
a define o tamanho do processo e a máxima produção que pode ser obtida, com
determinado processo (ou equipamento) durante dado intervalo de tempo. Assim,
pode-se ter:
a) Capacidade nominal: é a capacidade teórica que seria obtida caso todos os
equipamentos funcionassem de modo eficiente. Porém, existem interrupções e/ou
perdas de eficiência devidas à mão-de-obra destreinada, paradas obrigatórias para
fazer reparos e manutenções dos equipamentos;
b) Capacidade efetiva: é o resultado do processo tendo em conta as
interrupções e perdas de eficiência. Em geral, a capacidade efetiva é menor que a
nominal;
Capítulo 2 Processo de Desenvolvimento de Produto características e contexto 64
c) Processos: o fator preponderante na determinação do perfil de fabricação
são os processos pelos quais o produto passará, para adquirir e atingir as
especificações contidas em projeto, tais como: fundição, soldagem, sinterização,
pintura, usinagem, tratamentos superficiais, tipo de acabamento, montagem, entre
outros.
Outro fator que influencia no processo de fabricação é emprego dos
equipamentos. Estes, muitas vezes, são subutilizados, seja em razão da
indivisibilidade do equipamento principal ou em razão da paralisação de
equipamentos secundários. Ainda, pode-se considerar a utilização do equipamento
em turnos, no caso de processo contínuo, ou de demanda que justifique os custos
incrementais.
Pode ser também que o processo tenha sido instalado para operar com
matérias-primas de oferta sazonal e/ou limitada a certos meses do ano. Nestes
casos, os técnicos ajustam o conceito de tamanho através da consideração do
tempo de operação. Assim, mesmo nestas condições, a medida de capacidade
técnica reflete a idéia de eficiência operacional nos equipamentos.
Neste caso, os custos de produção o compostos por elementos explícitos
(custo de mão-de-obra, depreciações, custo da energia, seguro) e elementos
implícitos (retorno normal sobre o investimento, custo do trabalho ou de outros
recursos de posse própria).
2.4.2.3 Qualidade
Nessa seção, serão abordados aspectos que tratam especificamente da
qualidade envolvida na fabricação, o nível de atendimento de necessidades, o
pessoal (equipe operacional e de projeto) envolvido para o encaminhamento e
construção das decisões, com vistas a definir para o potencial perfil de fabricação
do produto.
a) Necessidades de qualidade do usuário: podem ser especificadas como
requisitos de qualidade, por métricas de qualidade em uso, por métricas externas e
algumas vezes por métricas internas. Estes requisitos especificados por métricas
deveriam ser empregados como critério quando um produto é validado;
b) Requisitos de qualidade externa: especificam o nível requisitado de
qualidade da visão externa. Incluem requisitos derivados das necessidades de
Capítulo 2 Processo de Desenvolvimento de Produto características e contexto 65
qualidade do usuário, requisitos de qualidade em uso. Requisitos de qualidade
externa são utilizados como alvo para validação em vários estágios de
desenvolvimento. As características de qualidade definidas na ISO/IEC 9126
deveriam ser determinados na especificação de requisitos de qualidade utilizando
métricas externas. Após, transformá-los deveriam ser transformados em requisitos
de qualidade interna, e adotá-los como critério quando um produto é avaliado;
c) Requisitos de qualidade interna: especificam o nível solicitado de qualidade
sob ótica do produto. Requisitos de qualidade interna são usados para especificar
propriedades de produtos intermediários. Esses requisitos podem incluir modelos
estáticos e dinâmicos. Requisitos de qualidade interna podem ser usados como
alvos para validação em vários estágios de desenvolvimento. Eles também, são
empregados na para definição de estratégias de desenvolvimento e critérios para
validação e verificação. Isto pode incluir o uso de métricas adicionais (e.g, a
reusabilidade), que estão fora do escopo da ISO/IEC 9126. Requisitos de qualidade
interna estabelecidos devem ser especificados quantitativamente usando métricas
internas.
2.4.2.4 Objeto e Escopo
Nessa seção, serão abordados aspectos que tratam especificamente do objeto
e escopo do projeto buscando obter o entendimento geral, definições métricas e
diretrizes para o andamento do contrato. Assim tem-se:
a) O tamanho do projeto é definido pela fabricação demandada durante um
período de trabalho (definido por turnos), obedecendo a legislação trabalhista
vigente. Para estabelecer a decisão sobre o tamanho é necessário considerar as
restrições impostas por outros fatores, entre os quais: i) as alternativas de
localização; ii) tecnologia de produção disponíveis ou permitidas, devido aos
impactos ambientais; iii) a demanda total prevista; iv) a participação projetada no
mercado. Também, as formas de financiamento admitidas, determinam
conjuntamente as soluções viáveis para decisão sobre o tamanho do projeto;
b) Estudo de mercado, visando definir faixas de produtos, faixa de mercado e
condições de comercialização;
c) Estudo de localização, visando definir onde fabricar;
Capítulo 2 Processo de Desenvolvimento de Produto características e contexto 66
d) Procedimentos detalhados de execução e fabricação;
e) Estudo do tamanho, visando definir escala e nível econômico;
f) Estudo econômico-financeiro, para estabelecer investimento e recursos
financeiros;
g) Grau de detalhamento de projetos;
h) Avaliação de alinhamento das necessidades de projeto do cliente final com a
definida com o projetista;
i) Definir procedimentos administrativos e técnicos na ocorrência de retrabalho;
j) Avaliação de propagadores de restrição. Estudo de engenharia, visando definir
a tecnologia e caracterizar o processo de fabricação; e
k) Definição de cronograma geral de atividades, demonstrando atividades
críticas.
2.4.3 Empresa de Usinagem
Para fins de exemplificação do modelo de negócio de PDPSE na realidade,
será apresentada uma metodologia de gerenciamento de projetos para empresas
que trabalham sob encomenda. Esta, serve para análise das características de uso
do modelo desenvolvido internamente. Além das semelhanças que as metodologias
de trabalho apresentam entre as empresas consideradas para pesquisa, pode-se,
apontar onde as dificuldades de obtenção de informação se apresentam.
Conforme Iria (2004), o método foi elaborado para empresas que prestam
serviços sob encomenda de alta tecnologia na área de usinagem e ferramentaria,
considera o projeto como tendo características muito específicas e semelhantes
entre si. Podem ser citadas as mais relevantes para::
a) Muitos projetos ocorrendo em paralelo;
b) Projetos de relativa curta duração com alguma semelhança entre eles;
c) Projetos envolvem principalmente atividades de manufatura;
d) Custo de cada projeto não elevado;
e) Qualidade é controlada principalmente para o produto (tolerâncias);
f) Time de projeto formado geralmente por operadores de máquinas, técnicos e
engenheiros que controlam a produção dos produtos; e
g) Projetos concorrem por recursos limitados.
Capítulo 2 Processo de Desenvolvimento de Produto características e contexto 67
PROPOSTA DO
CLIENTE
APROVAÇÃO DO
ORÇAMENTO
PROPOSTA DO
CLIENTE
APROVAÇÃO DO
ORÇAMENTO
PROPOSTA DO
CLIENTE
7.2 Arquivamento
do Projeto
7.1 Lições
Aprendidas
6.2 Qualidade
6.1 Controle do
Cronograma
5.2 Produção
5.1 Aquisição
4.1 Verificação da
Proposta
OK?
4.2 Refazer
4.4 Detalhamento
de atividades
4.3 Documentar
Mudanças
4.5 Atribuição dos
Recursos
4.6
Desenvolvimento
do Cronograma do
Projeto
4.9 Plano de
Projeto
4.8 Plano de
Aquisições
4.7 Cronograma
dos Recursos
3. Proposta
4. Planejamento
7. Encerramento 6. Controle
5. Execução
SIM
NÃO
NÃO
SIM
NÃO
SIM
Figura 2.14 - Fluxograma do método de gerenciamento de projetos proposto
Fonte: Iria (2004)
Em empresas que trabalham sob encomenda é usual o recebimento de um
termo com a descrição do produto requerido, assim como suas especificações
técnicas. Tal termo é chamado de proposta comercial. Assim que a proposta
comercial do cliente é recebida, é necessário que se faça um estudo de viabilidade
para verificar se esta pode ser atendida dentro dos parâmetros de prazo, custo e
desempenho requeridos.
As seguintes ações devem ser cumpridas:
a) Analisar viabilidade do projeto: esta análise deve ser feita tanto do ponto de
vista econômico quanto do ponto de vista técnico. A análise econômica sua
viabilidade considera aos custos para fabricação do produto em comparação ao
retorno esperado (retorno sobre investimento). Caso o retorno esteja abaixo do
patamar colocado pela empresa, deve-se declinar do projeto e investir recursos em
outro projeto. Na análise técnica, os principais itens a serem analisados são:
averiguar tecnologias necessárias, à fabricação do produto que não estiverem
disponíveis na fábrica. Observar a viabilidade de suas aquisições. Verificar se as
Capítulo 2 Processo de Desenvolvimento de Produto características e contexto 68
tolerâncias de fabricação são possíveis. Em caso negativo, deve-se declinar da
proposta;
b) Verificar similaridade com projetos anteriores: novos projetos podem ser
similares a outros executados, beneficiando-se assim da experiência e dados
similares anteriormente registrados;
c) Analisar capacidade de produção: é somente através desta análise que se
pode prever se o produto requisitado poderá ser manufaturado na data estipulada
pelo cliente;
d) Analisar riscos: o risco é inerente ao processo. Por isso, deve-se fazer uma
análise dos riscos envolvidos quando se aceita a proposta do cliente, (e.g. a não
entrega do pedido no prazo, qualidade abaixo do que o cliente esperava, entre
outros).
As pessoas envolvidas neste processo são o gerente de engenharia e gerente
comercial. A entrega deste processo é a declinação ou aceitação da proposta. Na
seção 2.4.4 serão abordadas as informações necessárias para compor o memorial
descritivo do projeto para o produto sob encomenda.
2.4.4 Considerações sobre as informações para projetos de produtos sob
encomenda
Na análise dos projetos da empresa P, notou-se uma lacuna de informações
nos memoriais descritivos do projeto, além da necessidade de determinar um
número de etapas, fases, subfases e critérios para avaliar os dados técnicos do
produto.
Assim, no contexto deste trabalho, projeto de produto sob encomenda, por não
haver literaturas que padronizam ou sugiram metodologias para seu
desenvolvimento, observa-se que os exemplos da empresa P, Metodologia de
Rozenfeld et al. (2006) e modelo de gerenciamento por Iria (2004), apresentam
etapas peculiares. Planejamento e a elaboração de orçamentos podem ter uma
consistência nos dados. Com a apresentação de informações mais abrangentes e
mais detalhadas na etapa de pré-projeto.
Os memoriais descritivos dos projetos de produtos sob encomenda, também
chamados de editais, não apresentam um núcleo base de informações cnicas
Capítulo 2 Processo de Desenvolvimento de Produto características e contexto 69
necessárias para analisar a viabilidade do projeto de produto sob encomenda, com
isso as propostas ou orçamentos possuem variações extremas, caracterizando
assim:
a) Possível falta de experiência da equipe de projeto desenvolvedora;
b) Ausência de informações detalhadas para a composição de custos e
atividades;
c) As margens de segurança financeira são elevadas conforme a quantidade
números de informações diminui.
2.5 Caracterização da Oportunidade
Esta seção tem por finalidade enquadrar as informações por tema e etapa,(a
partir de um instrumento de coleta de dados), relacionadas às considerações que a
equipe de projeto faz ao identificá-las na etapa do pré-projeto de Produtos sob
encomenda. Estas informações serão analisadas juntamente com os conceitos a ser
atribuídos pela equipe de projeto conforme examinado nos itens 2.4.1.1, 2.4.1.2 e
2.4.1.3. Assim, pode-se a estabelecer as premissas e os critérios pertinentes para a
necessidade de valorar as informações passadas pelo desenvolvedor.
Considerando que a fase do pré-projeto nos produtos sob encomenda tem
relevante importância dentro do PDPSE, pois a ocorrência de falha no andamento
do projeto, modificação do objeto e escopo e modificações na fabricação, impactam
nas etapas.
Conforme a figura 2.8, para Rozenfeld et al. (2006), as diretrizes para
considerar produtos ETO, na etapa do pré-desenvolvimento conforme destacado na
figura apresenta semelhança com as etapas desenvolvidas pela empresa P.
Nessa etapa, nota-se a necessidade de se ter informações mais detalhadas
seja de projeto (i.e. tratando de funções dos produtos, riscos, material, acabamento,
tolerância, aquisição de tecnologias para atingir a capacidade de fabricação,
similaridades com outros projetos). O que observa-se que não quaisquer
descrições para a verificação e análise de informação para projeto de produto sob
encomenda.
Capítulo 2 Processo de Desenvolvimento de Produto características e contexto 70
Tabela 2.8 - Destaque para atividades para considerar produto ETO.
Fonte: (Rozenfeld et al. 2006)
Na descrição do modelo de implantação de projeto de produto sob encomenda
na empresa P, figura 2.15, elaboração de orçamento é conduzida após a avaliação
do pré-projeto. Deve-se considerar a experiência e sensibilidade do desenvolvedor
de produto, que determina algumas diretrizes financeiras iniciais para o PDP sob
encomenda. Este cálculo de estimativo de materiais, mão de obra, tempo, recursos
necessários enfim, o orçamento técnico-financeiro, é apresentado ao cliente.
RECEBIMENTO DA
CARTA CONVITE
AVALIAÇÃO DO PRÉ-
PROJETO POSITIVA?
APROVAÇÃO DO
ORÇAMENTO
VISITA COMERCIAL
RECEBIMENTO DO
PRÉ-PROJETO
ELABORAÇÃO DE
ORÇAMENTO
INÍCIO DE CONTRATO
DE PDP SOB
ENCOMENDA
PROJETO ACEITO
PELO CLIENTE?
ADEQUAÇÕES NO
PROJETO?
PLANEJAMENTO DO
DESENVOLVIMENTO
DO PDP SOB
ENCOMENDA
CONFECÇÃO DO
PROJETO
FABRICAÇÃO DO
PRODUTO SOB
ENCOMENDA
APRESENTAÇÃO DO
PRODUTO E
LANÇAMENTO
MODIFICAÇÕES NO
PROJETO
REEQUILÍBRIO
FINANCEIRO
INSTRUÇÕES DE USO
E PERÍODO DE
GARANTIA
FIM DE CONTRATO
INÍCIO
NÃO
SIM
SIM
NÃO
SIM
NÃO
SIM
NÃO
Figura 2.15 - Destaque da etapa de pré-projeto do PDP sob encomenda
Fonte: Empresa P. (2009)
Capítulo 2 Processo de Desenvolvimento de Produto características e contexto 71
No modelo de gerenciamento proposto para empresas de usinagem por (IRIA
2009), os itens a serem considerados são: as falhas na falta de informação para uma
verificação e análise adequada para confeccionar uma proposta. Com isto, pode-se
produzir uma análise do memorial descritivo e um orçamento prévio, com os
detalhes necessários para a execução do projeto.
Em decorrência desta condição, o time de desenvolvedores inclui custos e
desvios, como margem de segurança para futuros riscos que não foram
apresentados no pré-projeto. Na figura 2.16 constata-se que o documento contendo
a proposta é uma etapa crítica para os Projetos de Produto Sob Encomenda.
Observa-se nas análises apresentadas, que a etapa de pré-projeto de produto
sob encomenda, (conforme Rozenfeld, (2006)), presente nos três projetos de
produto sob encomenda da empresa P, no modelo de gerenciamento de empresa de
produto de usinagem sob encomenda é de extrema importância para a familiaridade
da equipe de projeto (seja da contratante, ou da empresa contratada).
PROPOSTA DO
CLIENTE
APROVAÇÃO DO
ORÇAMENTO
PROPOSTA DO
CLIENTE
APROVAÇÃO DO
ORÇAMENTO
PROPOSTA DO
CLIENTE
7.2 Arquivamento
do Projeto
7.1 Lições
Aprendidas
6.2 Qualidade
6.1 Controle do
Cronograma
5.2 Produção
5.1 Aquisição
4.1 Verificação da
Proposta
OK?
4.2 Refazer
4.4 Detalhamento
de atividades
4.3 Documentar
Mudanças
4.5 Atribuição dos
Recursos
4.6
Desenvolvimento
do Cronograma do
Projeto
4.9 Plano de
Projeto
4.8 Plano de
Aquisições
4.7 Cronograma
dos Recursos
3. Proposta
4. Planejamento
7. Encerramento 6. Controle
5. Execução
SIM
NÃO
NÃO
SIM
NÃO
SIM
Figura 2.16 - Destaque para etapa informacional para o modelo de gerenciamento
Fonte: Iria, (2004)
Capítulo 2 Processo de Desenvolvimento de Produto características e contexto 72
A elaboração de um orçamento estimativo sem um conhecimento apurado das
necessidades dos clientes; noção de todo o processo de fabricação; níveis de
precisão, tecnologias a serem adquiridas para viabilizar o projeto sob encomenda;
nível, padrão e procedimentos para avaliação da qualidade; riscos ambientais, de
segurança e propagadores de restrições; quantidade de recursos humanos
especializados, podem inviabilizar o desenvolvimento do produto.
Como forma de evitar esses entraves durante a execução do projeto sob
encomenda, seproposta uma ferramenta de verificação e análise de informações
na etapa de pré-projeto de produtos sob encomenda, conforme segue no capítulo 3.
Capítulo 3 Desenvolvimento de uma Ferramenta de Verificação e Análise de Informações na etapa de Pré-
Projeto de Produtos Sob Encomenda 73
3 DESENVOLVIMENTO DE UMA FERRAMENTA DE VERIFICAÇÃO
E ANÁLISE DE INFORMAÇÕES NA ETAPA DE PRÉ-PROJETO DE
PRODUTOS SOB ENCOMENDA
A Ferramenta para Verificação de Informação em Memorial Descritivo no
Processo de Desenvolvimento de Produto Sob Encomenda, (FVI-PDPSE) é a
junção de temas que compreendem o projeto de produto sob encomenda que são:
Produto e Contrato. Conforme análises, em ordem de prioridade o Tema Produto
será discutido, debatido e esclarecido em todas suas questões inerentes.
Posteriormente, serão examinadas todas as formas de entrelaçamento, para que
haja uma segurança jurídica, para que o produto seja fabricado dentro de normas e
padrões. Os quais serão informados e verificados dentro do Tema Contrato.
As seções 3.1, 3.2 e 3.3 trazem as necessidades apresentadas no capítulo 2,
apontando diretamente as lacunas de informações necessárias para a composição
das etapas descritas, das fases, subfases e dos critérios a serem inclusos dentro de
cada atividade. Isto é necessário para atribuir um conceito ao grau de detalhamento,
contribuindo para a análise das informações no memorial descritivo e viabilidade do
projeto.
3.1 Fundamentos para a elaboração do modelo da ferramenta FVI-PDPSE
O fundamento inicial adotado para a concepção e desenvolvimento da
ferramenta FVI-PDPSE, está na etapa de pré-desenvolvimento, conforme o modelo
de Rozenfeld et al. (2006). Neste caso, as instruções iniciais, os critérios utilizados e
as ponderações foram estabelecidas conforme tabela 3.1.
Em destaque, estão as áreas limites de onde a ferramenta vai atuar como
instrumento de verificação e análise de informação, executando para executar uma
busca e identificação nas informações contidas no memorial descritivo do projeto,
caracterizando os pontos principais para embasar as propostas de orçamento, para
desenvolver os produtos sob encomenda.
Capítulo 3 Desenvolvimento de uma Ferramenta de Verificação e Análise de Informações na etapa de Pré-
Projeto de Produtos Sob Encomenda 74
Tabela 3.1 - Destaque para atividades para considerar produto PSE.
Etapas /
Comparações
Diretrizes para considerar produtos ETO
PDP sob encomenda na prática
da empresa P
Pré
desenvolvimento
Após a segmentação do mercado e definição de
estratégias mais globais. Devem se identificar
oportunidades mais específicas de vendas de
produtos
Recebimento de carta convite
Contém somente as atividades iniciais do
planejamento ao acionar o time de
desenvolvimento (e/ou engenharia) para
preparar uma proposta
Visita comercial
Recebimento do pré-projeto
São realizadas as atividades iniciais das fases
de projeto conceitual (quando o cliente não
fornece as especificações do produto) e
algumas do projeto detalhado, se necessário. É
determinado um preço, feito um orçamento e
uma proposta comercial
Elaboração de orçamento e envio
ao cliente
As demais atividades de planejamento são
realizadas após a aprovação do orçamento e
entrada do pedido
Aprovação do orçamento
Início do Contrato de PDP sob
encomenda
Liberação da Ordem de serviços
Desenvolvimento
é realizado quando o cliente contratar este
serviço, se ele não fornecer as especificações
do produto e/ou o conhecer em detalhes o
mercado e as necessidades dos clientes
Início do desenvolvimento e
avaliação real das condições do
projeto a ser executado e do
produto a ser fornecido
As atividades complementam o que foi
realizado na atividade de venda, quando o
fornecedor não dá a especificações do produto
Confecção do projeto a ser
executado
Ocorre como indicado no modelo
Pré-aprovação do projeto
desenvolvido
Ocorre como indicado no modelo, mas, se os
produtos ETO forem one of a kind nico), a
produção também é individual e não se devem
considerar as atividades relacionadas com
produção em lotes e/ou massa
Início da fabricação do produto
Fase de readequação e ajuste do
projeto
Avaliação da planilha de custos
Reequilíbrio Financeiro
ocorre o lançamento do produto em um
evento com o cliente (quando desejado)
Apresentação do produto final e
lançamento
Pós
Desenvolvimento
É um acompanhamento personalizado, pois no
caso de produtos únicos não existem os
processos de negócio mais amplos de
assistência técnica e atendimento ao cliente
Entrega do projeto final As Built
São produtos de vida longa (20 a 100 anos) e,
normalmente, todas essas atividades são
assumidas pelo cliente
Acompanhamento personalizado
ao cliente por período de garantia
determinado em contrato
Finalização do contrato
A montagem da ferramenta fundamenta-se na necessidade de verificação de
informações de projeto de produtos sob encomenda nos memoriais descritivos, além
da dificuldade na análise de viabilidade do projeto, ocasionada pela ausência ou
inconsistência de informações e não padronização de dados ao projetista. A
estrutura do modelo sua aplicação observa o julgamento das informações contidas
nas documentações, a partir do estabelecimento de pesos e conceitos para as fases
e sub-fases.
Capítulo 3 Desenvolvimento de uma Ferramenta de Verificação e Análise de Informações na etapa de Pré-
Projeto de Produtos Sob Encomenda 75
Considerando as seções 2.4.1.1 a 2.4.1.3, a ferramenta FVI-PDPSE é dividida
em duas etapas nomeadas: Etapa Administrativa do Projeto e Etapa cnica do
Projeto. O tema Contrato é subdividido em 20 critérios para melhor detalhamento da
visão geral do projeto, com os itens de controle e prioridades. O tema Produto foca
nas informações especificas do produto sob encomenda a ser desenvolvido, onde
ocorre uma entrada de informações, processamento pela ferramenta FVI-PDPSE e
na saída as avaliações obtidas através da ferramenta, conforme ilustrada na figura
3.1.
NECESSIDADE DOS
CLIENTES
PRODUTO
NORMAS/
PROCEDIMENTOS
QUALIDADE
BRIEFING
CRONOGRAMA
MATÉRIA-PRIMA
EQUIPE DE PROJETO
FERRAMENTA
FVI-PDPSE
AVALIAÇÃO DE
INFORMAÇÕES DO
PRODUTO
AVALIAÇÃO DE
INFORMAÇÕES DO
BRIEFING
AVALIAÇÃO DE
INFORMAÇÕES DE
PROJETO
ENTRADA PROCESSAMENTO SAÍDA
Figura 3.1 - Modelo proposto para ferramenta FVI-PDPSE
3.2 Caracterização das variáveis envolvidas no modelo FVI-PDPSE
Na figura 3.2, observa-se de forma simplificada os tópicos e fases importantes
que foram inclusas para o desenvolvimento do modelo.
Capítulo 3 Desenvolvimento de uma Ferramenta de Verificação e Análise de Informações na etapa de Pré-
Projeto de Produtos Sob Encomenda 76
BRIEFING
VISITA
COMERCIAL
POTENCIAL
PERFIL DE
FABRICAÇÃO
PRODUTO
CLÁUSULAS
CONTRATUAIS
CONTRATO
FVI - PDPSE
Figura 3.2 Estrutura dos componentes do modelo
Após a verificação dos desvios da área administrativa, convencionou-se
chamar esse tema de Contrato. Com o levantamento e análise dos desvios
relacionados a área técnica do projeto, adotou-se tratar esse tema como Produto.
Dentro do tema Produto as fases previstas para a composição da ferramenta
que são:
a) Briefing: fase que tem como foco as informações gerais do projeto do produto
tais como: status do projeto, definição do controle, normas e regulamentação,
pontos críticos do projeto, entre outros;
b) Visita comercial: trata-se especificação da fase de coleta de todas
informações que possibilitem a melhor visualização do produto, índices de
satisfação de qualidade, equipe de projeto e operacional;
c) Potencial Perfil de Fabricação: é o item de maior relevância nessa etapa, onde
os critérios de importância fundamentam o desembolso financeiro por
atividades realizadas.
Na figura 3.3 são apresentadas as características que cada etapa possui em
relação aos momentos em que são classificados: i) Momento Externo (Definido com
a contratante); ii) Momento Interno (Definido com a Contratada); e iii) Momento
Externo e Interno (Contratante e Contratada).
Capítulo 3 Desenvolvimento de uma Ferramenta de Verificação e Análise de Informações na etapa de Pré-
Projeto de Produtos Sob Encomenda 77
BRIEFING
VISITA
COMERCIAL
POTENCIAL
PERFIL DE
FABRICAÇÃO
CLÁUSULAS
CONTRATUAIS
MOMENTO
EXTERNO
MOMENTO EXTERNO/
INTERNO
MOMENTO
INTERNO
Figura 3.3 - Definição das características das etapas.
A estrutura do modelo foi concebida através de um sistema matricial variando
entre seis a oito colunas e n linhas, considerando o número de sub-fases e critérios
envolvidos na fase em que o desenvolvedor se encontra, conforme tabela 3.2.
Tabela 3.2 - Estrutura do modelo
Campo 1: é o nome da etapa em que a fase está inserida, conforme
exemplificada na figura 3.2;
Campo 2: corresponde ao número da fase para a qual o desenvolvedor se
encontra;
Campo 3: corresponde ao nome da fase em que o desenvolvedor atribuirá
conceitos;
Campo 4, 5 e 6: são as subfases em que a fase foi distribuída, em
informações específicas, por assuntos com afinidades;
Campo 7, 8 e 9: são os critérios que compõe as subfases, distribuídos por
assuntos com afinidades;
Campo 10: são os pesos avaliados previamente de acordo com os projetos
desenvolvidos na empresa P. Os pesos de cada critério. São definidos de acordo
com a experiência de desenvolvimento de projetos nas empresas contratantes de
Capítulo 3 Desenvolvimento de uma Ferramenta de Verificação e Análise de Informações na etapa de Pré-
Projeto de Produtos Sob Encomenda 78
renome nacional, conforme seção 2.4.1.1, 2.4.1.2 e 2.4.1.3. Para tanto, considerou-
se o cronograma financeiro de desembolso do projeto em situações normais,
comparando com os índices informados para o desembolso financeiro na situação
de aditivo.
Os pesos e critérios devem ser definidos de acordo com as características do
contratante, enfoque e representatividade de cada item de acordo com a experiência
dos projetistas, políticas e procedimentos internos adotados, além da experiência da
empresa P no ramo de desenvolvimento de produtos sob encomenda;
Campo 11: o conceito será atribuído de acordo com a qualidade da
informação que está contida no memorial. Analisando a qualidade da informação o
projetista seguirá passos e condições estabelecidas para determinar conceitos;
Campo 12: o subtotal trata-se do produto do peso e o conceito atribuído pelo
desenvolvedor do produto;
Campo 13: o total corresponde ao somatório dos subtotais, que previamente
foram obtidos pela atribuição dos conceitos pelo desenvolvedor. A tabela 3.3
apresenta um exemplo da utilização da ferramenta;
Campo 14: a justificativa do conceito contém argumentos (pontos positivos e
negativos) que o projetista encontrou para avaliar, dentro da sua concepção de
projeto, as informações contidas no memorial descritivo do projeto.
Tabela 3.3 - Exemplo simplificado do uso do modelo
P es o C onc eito s ub-total J us tific ativa do c onc eito atribuído
0,2 1 0,2
O nome do projeto reflete diretamente a atividade a ser desenvolvida
0,3 0,7 0,21
A descrição do projeto é boa e clara, necessita de maiores detalhes
para entendimento geral.
0,5 0,5 0,25
O valor estimativo apresenta materiais com preços abaixo de mercado,
trazendo assim, uma defasagem no preço final.
0,4 0,6 0,24
O responsável técnico possui experiência em coordenação em outros
produtos, mas, agrega bons conhecimentos na área.
0,8 0,5 0,4
A empresa contratante tem pouca experiência na coordenação de
produtos sob encomenda, não possue equipe fixa e rotatividade de
gerentescnicos elevada.
1,3
Total =
1.0 B riefing
T ema: P roduto
F as e 01
Atividades
1.1 Avaliação preliminar do
projeto
1.1.1 Nome do Projeto
1.1.2 Descrição do Projeto
1.1.3 Valor estimativo do projeto
1.1.4 Experiência do responsável Técnico do Projeto
1.1.5 Avaliação prévia da Contratante / Contratada
Capítulo 3 Desenvolvimento de uma Ferramenta de Verificação e Análise de Informações na etapa de Pré-
Projeto de Produtos Sob Encomenda 79
Equação 01
Equação 03
Equação 02
3.3 Avaliação dos Critérios e seus desmembramentos
Passo 1: definição dos coeficientes de ponderação para os critérios
Este coeficiente é um número real e positivo, que fornece a importância
relativa de um determinado sub-critério ao critério global.
Como exemplo, toma-se um critério sub-dividido em dois sub-critérios de
segundo nível de complexidade e cinco sub-critérios de terceiro nível. Os
coeficientes de ponderação (pesos) do critério e dos sub-critérios estabelecidos
estão indicados abaixo dos seus respectivos códigos de identificação.
Para a ferramenta FVI-PDPSE, ficaram estabelecidos as seguintes
ponderações, pesos e rmula geral para a Avaliação da Qualidade das Informações
(AQI); conforme os relatórios diários de obras dos projetos desenvolvidos pela
(Empresa P, (2009)).
Tema 01 = T
1
(Produto)
11
1
T F i
[peso
i
x conceito
i
] (Briefing)
12
1
T F j
[peso
j
x conceito
j
] (Visita Comercial)
3
1
1T F k
[peso
k
x conceito
k
] (Potencial Perfil da Fabricação);
1 1 1 1 2 1 30,2 0,3 0,5T T F T F T F
Tema 02 = T
2
(Contrato)
24
1
T F l
[peso
l
x conceito
l
] (Cláusulas Contratuais);
2 2 4T T F
Após a somatória dos temas 01 (produto) e 02 (contrato)
23,017,0 TTAQI
Capítulo 3 Desenvolvimento de uma Ferramenta de Verificação e Análise de Informações na etapa de Pré-
Projeto de Produtos Sob Encomenda 80
Passo 2 : atribuição de pesos para cada critério
A atribuição de pesos para os critérios é fundamentada no grau de
representatividade do mesmo dentro do desenvolvimento de produtos sob
encomenda.
No Tema 1 (Produto) Etapa 1 (Briefing), os pesos foram determinados a partir
das condições de desembolso financeiro determinadas pela equipe de projeto, na
existência de aditivos financeiros ou onerosidade excessiva do contrato, para
reequilíbrio financeiro do contrato quando custos não previstos inicialmente foram
assumidos pelo desenvolvedor do produto, conforme seção 2.4.2.
No Tema 1 (Produto) Etapa 2 (Visita Comercial), os pesos definidos
considerando as condições de projeto e visualização inicial das condições
estabelecidas em memorial descritivo.
No Tema 1 (produto) Etapa 3 (Potencial Perfil de Fabricação) todos os pesos
e critérios foram embasados inicialmente na seção 2.4.2.2, e validados nas planilhas
de medição de serviços mensais, com projetos desenvolvidos pela empresa P,
conforme seção 2.4.1.2.
No Tema 2 (Contrato) Etapa 4 (Cláusulas Contratuais) os pesos e critérios
são fundamentados nos desvios administrativos, seção 2.4.2 e 2.4.2.4, que
caracterizam o instrumento oficial de união de informações, intenções, anseios,
necessidades, critérios, determinações e legitimidade para a geração do produto sob
encomenda.
Passo 3: atribuição de conceitos para cada critério
Inicia-se pela etapa de análise e avaliação do memorial descritivo. Todos os
referenciais necessários à verificação e análise da informação devem estar. Esta
tarefa prevista refere-se à atribuição de valores para estimativa de performance dos
critérios estabelecidos pela equipe de projeto, dentro de cada fase.
Recomenda-se que a equipe de avaliação estabeleça uma análise por meio
de desempenhos de referência, tais como analogias com outros sistemas,
desempenhos esperados ou desejados, produtos concorrentes, desempenho de um
sistema ideal, limites estabelecidos por normas ou regulamentos, entre outros e que
favoreça a atribuição de valores comparativos.
Capítulo 3 Desenvolvimento de uma Ferramenta de Verificação e Análise de Informações na etapa de Pré-
Projeto de Produtos Sob Encomenda 81
A tarefa de atribuir valores comparativos aos desempenhos dos critérios
preliminarmente estabelecidos pode ser cumprida pelo consenso da equipe ou
individualmente.
Contudo, caso se identifiquem grandes desvios de avaliação, é recomendável
verificar a existência de ambigüidade, inocuidade ou falta de clareza do critério. Pahl
et al. (2005), sugerem estabelecer uma escala de valores para a avaliação dos
critérios, conforme indica a tabela 3.4, que apresenta os valores da análise de valor
e os sugeridos pelo guia VDI 2225, os quais podem ser aplicados a cada parâmetro.
O modelo aqui proposto determina a aplicação absoluta dos valores de
avaliação. Portanto, nesta etapa do modelo, os desempenhos de determinado
parâmetro de avaliação das alternativas não são comparados entre si, i.e. os valores
estabelecidos pela equipe, para cada desempenho estimado, são atribuídos por
colunas conforme ilustra a tabela 3.3.
Tabela 3.4 - Escala de valores da análise de valor e guia VDI 2225.
ESCALA DE VALORES
Análise de valor útil
Pontos
Pontos
Guia VDI 2225
Pontos (conceito a ser atribuído)
Inservível
0
0
Insatisfatório
0,0
Muito fraco
1
0,1
Fraco
2
1
Regular
0,2
Tolerável
3
0,3
Adequado
4
2
Adequado
0,4
Satisfatório
5
0,5
Bom com poucas falhas
6
3
Bom
0,6
Bom
7
0,7
Muito Bom
8
4
Muito Bom
(ideal)
0,8
Excelente
9
0,9
Ideal
10
1,0
Fonte: adaptado de Pahl et al, (2005)
3.4 Pressuposto para a aplicação da ferramenta FVI-PDPSE
Para a aplicação da ferramenta faz-se necessário seguir alguns passos
obrigatórios para entendimento mínimo das características, abrangência e grau de
Capítulo 3 Desenvolvimento de uma Ferramenta de Verificação e Análise de Informações na etapa de Pré-
Projeto de Produtos Sob Encomenda 82
importância do produto para a empresa contratante. Os passos para utilização da
ferramenta estão contidos na figura 3.4.
Pressuposto 1: o projeto do produto a ser desenvolvido obrigatoriamente deve
ser sob encomenda, enquadrando-se no item 2.1.2 (características de produtos sob
encomenda).
Pressuposto 2: para aplicação completa do modelo, obrigatoriamente tabelas
com os critérios a serem julgados, devem ser completamente preenchidos com
informações objetivas e claras, onde estão descritas as necessidades, grau de
importância do produto, setores e pessoas envolvidas, controle geral dos prazos e
cronograma;
Pressuposto 3: a forma final do produto sob encomenda necessita estar
completamente definida, para o dimensionamento adequado da fabricação e
avaliação financeira do orçamento, além de possuir entendimento adequado pela
equipe de projeto;
Pressuposto 4: as necessidades e dificuldades devem ser clarificadas para a
alternativa gerada. As funções devem estar definidas para que possam ser
avaliadas;
Pressuposto 5: a tecnologia de produção deve estar estruturada de modo a
identificar as restrições e limitações impostas pelo processo de fabricação e na
montagem;
Pressuposto 6: como requisito mínimo para entendimento do projeto faz-se
necessária a descrição dos: insumos, política de segurança e ambiental, normas e
procedimentos internos, cronograma e sazonalidade, especificidades jurídicas e
contábeis, produto final, metodologia de trabalho, matéria-prima, requisitos de
qualidade, equipe mínima, regime de trabalho e levantamento geral de campo;
Pressuposto 7: aplicar essa ferramenta com Desenvolvedores de Produtos Sob
Encomenda integrantes de equipe de projeto, com experiência mínima na
participação direta do desenvolvimento de dois projetos;
Pressuposto 8: aplicar essa ferramenta em empresas desenvolvedoras de
Produtos Sob Encomenda que trabalhem no ramo metal-mecânica ou de construção
civil de baixa, envolvendo produtos de baixa ou média complexidade.
Capítulo 3 Desenvolvimento de uma Ferramenta de Verificação e Análise de Informações na etapa de Pré-
Projeto de Produtos Sob Encomenda 83
3.5 Ferramenta FVI-PDPSE
A ferramenta em questão tem por objetivo auxiliar a equipe de projeto no
processo de verificação e análise quanto a qualidade das informações do projeto de
produto sob encomenda, que apresente maior potencial de se converter em um
projeto contendo informações confiáveis. Justamente por isso, a ferramenta deverá
ser de fácil compreensão uso. Também, deve se comportar com neutralidade
durante a aplicação de modo a não induzir a equipe de projeto a priorizar
determinados critérios em função da sua pontuação. Com isso, ficou definido que,
durante o uso da ferramenta, a pontuação (seja ela parcial (referente a cada
conceito) ou total) não estará disponível à equipe, durante o experimento.
Na figura 3.4 é tem-se o fluxo que deverá ser seguido na utilização da ferramenta,
onde só haverá progresso à próximas fases, com a conclusão da etapa anterior.
FVI-PDPSE
VISITA
COMERCIAL
CLÁUSULAS
CONTRATUAIS
BRIEFING
POTENCIAL
PERFIL DE
FABRICAÇÃO
Produto
Contrato
Figura 3.4 - Fluxo de utilização da ferramenta
Somente após as considerações a respeito das informações contidas no
memorial descritivo, bem como a avaliação das mesmas é que será disponibilizada a
pontuação. Esta será disponibilizada em uma outra planilha vinculada à planilha que
contém a ferramenta FVI-PDPSE. Após a avaliação das alternativas, a equipe de
projeto poderá verificar a pontuação que cada Tema e Etapa.
Quanto ao uso da ferramenta, a equipe de projeto deverá proceder da
seguinte maneira: a partir do contexto do projeto, bem como da apresentação da
alternativa em questão, a equipe deverá observar se aquela alternativa contempla o
sub critério descrito na ferramenta. Caso positivo deverá ser dado um conceito de
0,0 a 1,0 no critério correspondente. Vale ressaltar que o conceito 0,0 (zero) é
informação ausente e 1,0 (um) a informação no memorial descritivo é
suficientemente esclarecedora para o projeto.
Capítulo 3 Desenvolvimento de uma Ferramenta de Verificação e Análise de Informações na etapa de Pré-
Projeto de Produtos Sob Encomenda 84
3.5.1 Definições dos termos e métodos de avaliação dos critérios para a etapa
Briefing
Na Etapa Briefing, após a pesquisa de campo obteve-se com a apuração inicial
de critérios, 23 itens que a compõem assuntos referentes a etapa, para
caracterização e entendimento geral do projeto.
Na seção 3.5.1.1 estão todas as definições de cada critério e a indicação do
modo para atribuir os conceitos individualmente relacionados a Etapa Briefing.
Na tabela 3.5 apresenta-se o tema produto e a etapa briefing. O detalhamento
dos critérios e método para avaliação estão contidos no apêndice H.
Tabela 3.5 - Tema 01 Produto Etapa 01 Briefing
P es o C onc eito s ub-total J us tific ativa do c onc eito atribuído
0,2
0,3
0,5
0,4
0,8
0,3
0,2
0,4
0,2
0,5
0,3
0,6
0,1
0,1
0,2
0,3
0,5
0,7
0,8
0,7
0,3
0,6
1
Σ T1F1 =
T ema: P roduto
F as e 01
Atividades
1.0 B riefing
1.1 Avaliação preliminar
do projeto
1.1.1 Nome do Projeto
1.1.2 Descrição do Projeto
1.1.3 Valor estimativo do projeto
1.1.4 Experiência do responsável Técnico do Projeto
1.1.5 Avaliação prévia da Contratante / Contratada
1.2 Status do
Projeto
1.2.1 (P) - Paralizado
1.2.2 (A) - Andamento
1.2.3 (N) - In Natura
1.3 Tipo de Projeto
1.3.1 Público / Não Confidencial
1.3.2 Público / Confidencial
1.3.3 Privado / Não Confidencial
1.3.4 Privado / Confidencial
1.4 Oportunidade Identificada
1.5 Usuários
1.6 Objetivos
1.7 Equipe de Projeto
1.12 Controle do projeto
1.13 Normas e Regulamentações para o produto
1.14 Alinhamento do projeto com o ramo da empresa
1.8 Pontos críticos
1.9 Plantas gerais do produto
1.10 Detalhamento do produto
1.11 Instalação / uso do produto
Capítulo 3 Desenvolvimento de uma Ferramenta de Verificação e Análise de Informações na etapa de Pré-
Projeto de Produtos Sob Encomenda 85
3.5.2 Definições dos termos e métodos de avaliação dos critérios para a etapa
Visita Comercial
Na tabela 3.6 apresenta-se o Tema Produto e a Etapa Visita Comercial,
subdividida em Visita Administrativa e Visita Técnica com seus critérios direcionados
ao desenvolvimento do produto. Para tanto, alguns aspectos precisam ser checados
e os conceitos de atribuídos pelo projetista deve ser acima de “Bom” ou 0,6 (seis
décimos). O detalhamento dos critérios e método para avaliação são apresentados
no apêndice I.
Tabela 3.6 - Tema 01 Produto Etapa 02 Visita Comercial
P es o C onc eito S ub-total J us tific ativa do c onc eito atribuído
2.1.1 Disponibilidade de Insumos Gerais 0,8
2.1.2 Similaridade com projeto anteriores 0,5
2.1.3 Mão-de-Obra 0,4
2.1.4 Aparato Tecnológico/Administrativo 0,1
2.1.5 Normas e Procedimentos Internos 0,2
2.1.6 Cronograma / sazonalidade 0,8
2.2.1.1 Produto Final 0,6
2.2.1.2 Local 0,4
2.2.1.3 Metodologia de trabalho 0,5
2.2.2.1 Matéria Prima 0,8
2.2.2.2 Tecnologias disponíveis 0,5
2.2.2.3 Aquisição de Tecnologia 0,8
2.2.2.4 Capacidade Efetiva de fabricação 0,1
2.2.3.1.1 Efetividade 0,1
2.2.3.1.2 Produtividade 0,2
2.2.3.1.3 Segurança 0,2
2.2.3.1.4 Satisfação 0,4
2.2.3.2.1 Funcionalidade 0,1
2.2.3.2.2 Confiabilidade 0,1
2.2.3.2.3 Usabilidade 0,1
2.2.3.2.4 Eficiência 0,1
2.2.3.2.5 Manutenibilidade 0,2
0,1
2.2.4.1 Equipe Mínima de Projeto 0,8
2.2.4.2 Regime de Trabalho 0,5
2.2.4.3 Procedimento para Terceirização 0,6
2.2.3 Qualidade
2.2.3.1 Requisitos
de Qualidade em
Uso
2.2.3.2 R equisitos de
Qualidade Interna e
E xterna
Σ T1F2 =
2.2.3.3 Procedimentos para Retrabalhos
F as e 02
T ema: P roduto
2.2.4
Operac ional
Atividades
2.0 Vis ita C omerc ial (C oleta de Informaç ão)
2.1 Vis ita Adminis trativa
2.2 Vis ita Téc nic a
2.2.1 Objeto
/ E s copo
2.2.2 F abric aç ão
Na Etapa 02 tem-se 23 itens que compõem assuntos referentes a Coleta de
Informação do produto, para entendimento das exigências, composição da equipe e
objeto-escopo geral do projeto.
Capítulo 3 Desenvolvimento de uma Ferramenta de Verificação e Análise de Informações na etapa de Pré-
Projeto de Produtos Sob Encomenda 86
3.5.3 Definições dos termos e métodos de avaliação dos critérios para a etapa
Potencial Perfil de Fabricação
Na tabela 3.7 apresenta-se o Tema produto e a Etapa Potencial Perfil de
Fabricação do Produto que está subdividida em Mobilização, Projeto Executivo,
Execução da Fabricação e Desmobilização.
Tabela 3.7 - Tema 01 Etapa 03 Potencial Perfil de Fabricação
P es o C onc eito S ub-total J us tific ativa do c onc eito atribuído
3.1.1 Mobilização de mão de obra 1,2
3.1.2 Mobilização de tecnologias 1
3.1.3 Mobilização de espaço físico 0,2
3.2.1 Levantamento de campo 0,1
3.2.2 Elaboração e aquisição de materiais/consumíveis 0,2
3.2.3 Elaboração de plantas 0,2
0,2
0,2
2
0,3
0,4
0,3
0,2
0,2
0,1
0,1
3
0,1
Σ T1F2 =
T ema: P roduto
F as e 03
Atividades
3.0 P lanejamento de F abric aç ão do P roduto
3.1 Mobilizaç ão
3.2 P rojeto
E xec utivo
3.3 E x ec uç ão da F abric aç ão
3.3.1 Preparação
3.3.2 Testes iniciais
3.3.3 Fabricação
3.3.4 Teste de Qualidade
3.3.5 Montagem
3.3.6 Acabamentos finais
3.3.7 Aprovação do Cliente
3.4 Des mobilizaç ão
3.4.1 Entrega do Projeto As Built
3.4.2 Entrega dos documentos finais
3.4.3 Desmobilização de espaço físico
3.4.4 Desmobilização de mão de obra
3.4.5 Desmobilização de tecnologias
Na Etapa 03, 18 critérios compõem assuntos referentes ao Potencial Perfil de
Fabricação. No entanto, mais itens adicionais devem compor essa fase por ocasião
da maior complexidade do produto. O detalhamento dos critérios e método para
avaliação está no apêndice J.
3.5.4 Definições dos termos e métodos de avaliação dos critérios para a etapa
Contrato
Na tabela 3.8 apresenta-se o Tema Contrato e a Etapa de Cláusulas
Contratuais, que abrangem a inclusão de todas as especificidades técnicas e
administrativas.
Capítulo 3 Desenvolvimento de uma Ferramenta de Verificação e Análise de Informações na etapa de Pré-
Projeto de Produtos Sob Encomenda 87
Tabela 3.8 - Tema 02 Etapa 04 Cláusulas Contratuais
P es o C onc eito S ub-total J us tific ativa do c onc eito atribuído
4.1 Objeto do Contrato 0,3
4.2 Obrigações da Contratante 0,7
4.3 Obrigações da Contratada 1,2
4.4 Prazo 0,5
4.5 Preço e valor 0,5
4.6 Forma de Pagamentos 1,1
4.7 Reajuste de Preço 0,2
4.8 Multa 0,2
4.9 Fiscalização 0,3
4.10 Aceitação do produto 0,6
4.11 Rescisão 0,2
4.12 Cessão 0,1
4.13 Especificidades Jurídicas 0,3
4.14 Especificidades Contábeis 0,3
4.15 Responsabilidade das partes 0,1
4.16 Onerosidade excessiva e desequilíbrio econômico-
financeira do contrato
1,5
4.17 Subcontratação e Terceirização 1
4.18 Política de Segurança 0,3
4.19 Política Ambiental 0,3
4.20 Garantia 0,3
Atividades
T ema: C ontrato
4.0 Cláusulas Contratuais
Σ T2F4 =
Na Etapa 04, 20 critérios referentes ao contrato sugerem itens gerais que
devem conter as garantias mínimas de padrões, qualidade, procedimentos e
normas, para a caracterização e regulamentação das necessidades do projeto.
Detalhamento dos critérios e método para avaliação pode ser visto no apêndice K.
3.5.5 Procedimento para uso da ferramenta FVI-PDPSE
O fluxograma apresentado na Figura 3.5 contém as diretrizes e indicações a
serem consideradas durante o uso da ferramenta.
3.5.5.1 Primeiro Procedimento Preenchimento da Ferramenta no Tema 01
Etapa 01
No primeiro procedimento para uso da ferramenta, faz-se necessária a leitura
do Memorial Descritivo do Projeto e destacar os itens referentes ao Tema Produto
Etapa Briefing. Devem ser destacados os itens de maior relevância para a fase,
Capítulo 3 Desenvolvimento de uma Ferramenta de Verificação e Análise de Informações na etapa de Pré-
Projeto de Produtos Sob Encomenda 88
estabelecendo-se condições para prosseguir sem revisões ou alertas a próxima
etapa observar os seguintes critérios:
a) Do valor estimativo: recomenda-se o conceito acima de 0,6 (bom), para
que, não apresente problemas maiores com aditivos financeiros;
b) Avaliação prévia da contratante: conceito acima de 0,7 para se considerar
uma avaliação das atividades a serem desenvolvidas;
c) Plantas gerais do produto: são atividades de localização e identificação das
posições em que o produto será utilizado ou montado. Para o entendimento geral
faz-se necessário o conceito acima de 0,7;
d) Detalhamento do produto: recomenda-se o conceito acima de 0,7 pois
trata-se de um critério fundamental para a determinação do potencial perfil de
fabricação;
e) Alinhamento do projeto com o ramo da empresa: a análise do alinhamento
é a necessário ter conceito acima de 0,6, pois, a experiência da empresa facilita a
resolução de obstáculos dentro do contrato.
Os conceitos que apresentarem critérios abaixo dos recomendados, deverão
ter atenção especial do projetista. No entanto, a verificação da informação e análise
deve ocorrer após o preenchimento de todas as etapas.
3.5.5.2 Segundo Procedimento Preenchimento da Ferramenta no Tema 01
Etapa 02
Para o segundo procedimento a etapa de Coleta de informações terá grande
importância, pois, na visita administrativa/técnica, critérios poderão ser avaliados
fisicamente e as informações audiovisuais expressadas pela contratante
relacionadas ao produto serão absorvidas pelo profissional. Como recomendações
para prosseguir sem alertas para a próxima etapa, tem-se:
a) Disponibilidade de insumos gerais: deve possuir uma descrição clara das
disponibilidades e obrigações dos insumos. Com isso, o conceito no mínimo acima
de 0,5 garante dados suficientes para entendimento geral;
Capítulo 3 Desenvolvimento de uma Ferramenta de Verificação e Análise de Informações na etapa de Pré-
Projeto de Produtos Sob Encomenda 89
b) Cronograma e sazonalidade: o cronograma deve ter um estudo detalhado
das atividades para que o cumprimento do mesmo seja exeqüível. Portanto, o
conceito deve está acima de 0,6;
c) Matéria-prima: o projetista deve ter conhecimento suficiente da matéria
prima. Com isso recomenda-se conceito acima de 0,5;
d) Aquisição de tecnologia: item de grande demanda financeira. Recomenda-
se um conceito acima de 0,6;
e) Equipe mínima de projeto: a equipe deve ser suficientemente consistente.
Para tanto recomenda-se conceito acima de 0,5.
3.5.5.3 Terceiro Procedimento Preenchimento da Ferramenta no Tema 01
Etapa 03
Para o terceiro procedimento a Etapa de Planejamento de Fabricação te
grande importância e peso no tema, pois, o detalhamento correto e adequado do
produto, produzirá informações suficientes para o dimensionamento do processo de
fabricação, qualidade, acabamento e aceitação do produto. As recomendações de
conceitos para prosseguir à próxima etapa são:
a) Mobilização de mão de obra: o projetista deve ter conhecimento suficiente
da equipe necessária e dificuldades encontradas para a mobilização de mão de
obra. O conceito deve acima de 0,5;
b) Mobilização de tecnologia: o projetista deve ter conhecimento suficiente das
tecnologias a serem adquiridas e dificuldades encontradas para a mobilização.
Conceito acima de 0,5;
c) Fabricação: o projetista deve ter conhecimento dos processos envolvidos
para a fabricação do produto. Obrigatoriamente, o conceito deve está acima de 0,6;
d) Montagem: o projetista deve ter visão geral do processo de montagem do
produto. Com isso, recomenda-se o conceito acima de 0,5;
e) Aprovação do cliente: os padrões para aprovação do produto precisam ser
compreendidos e claros pelos projetistas, 0052ecomenda-se conceito acima de 0,5.
Capítulo 3 Desenvolvimento de uma Ferramenta de Verificação e Análise de Informações na etapa de Pré-
Projeto de Produtos Sob Encomenda 90
3.5.5.4 Quarto Procedimento Preenchimento da Ferramenta no Tema 02
Etapa 04
Para o quarto procedimento o Tema Contrato, Etapa Cláusulas Contratuais tem-
se expressas todas as necessidades, anseios, obrigações, normas e procedimentos.
Assim, ambas as partes concordam em cumprir integramente o que está escrito.
Neste caso, as recomendações são:
a) Obrigações da contratante: faz-se necessária uma descrição clara e objetiva
destas. Com isso, o conceito deve estar acima de 0,5;
b) Obrigações da contratada: faz-se necessária uma descrição clara e objetiva
destas. Com isso, o conceito deve estar acima de 0,6;
c) Forma de pagamento: os prazos e formas de pagamento devem ter
informações suficientes para o planejamento dos investimentos. Neste caso, com
isso o conceito deve estar acima de 0,6;
d) Onerosidade excessiva e desequilíbrio econômico-financeiro do contrato:
determinar claramente as hipóteses em que os desvios administrativos se encaixam
nas condições. Para tanto, o conceito deve estar acima de 0,7;
e) Multa: determinar condições e percentuais para a aplicação de multas. O
conceito deve estar acima de 0,5;
f) Política de Segurança: o projetista deve ter conhecimento necessário para
atender a estes requisitos. O conceito obrigatoriamente deve estar acima de 0,5 ;
g) Política Ambiental: o projetista deve ter conhecimento necessário para
verificar atendimento deste item. O conceito obrigatoriamente deve estar acima de
0,5 ;
h) Subcontratação e terceirização: o projetista deve ter conhecimento
necessário para atender a procedimentos e todos para avaliar os terceirizados.
Obrigatoriamente o conceito deve estar acima de 0,6.
3.5.6 Condições para o preenchimento dos conceitos
Essa etapa prevê as condições correntes de atribuição aos valores dos critérios
em que estão inseridos na avaliação dos temas e etapas propostos.
Capítulo 3 Desenvolvimento de uma Ferramenta de Verificação e Análise de Informações na etapa de Pré-
Projeto de Produtos Sob Encomenda 91
3.5.6.1 Todos os critérios são preenchidos com conceitos
Neste caso, a ferramenta contribuiu para consolidar que todos os critérios
analisados que estão direcionados ao Processo de Desenvolvimento de Produto
Sob Encomenda. Sendo assim, o próximo passo será aplicar nas equações 01 a 03,
na seção 3.3.
Após a aplicação e obtenção do índice AQI, será feita uma análise dos critérios
pontualmente conforme seção 3.6, para se verificar em qual faixa se encontra a
Avaliação da Qualidade da Informação e os sintomas que o projeto possivelmente
apresentará.
3.5.6.2 Parte dos critérios não é preenchido com conceitos
Neste caso, pode-se considerar dois aspectos:
a) O critério não apresenta relevância significativa dentro do contexto do
projeto em questão. Portanto, o não preenchimento das suas células não acarretará
em prejuízo para a avaliação; e
b) Se o critério não preenchido estiver claramente presente nas
especificações de projeto (Memorial Descritivo), a equipe deverá rever as
informações contidas, de modo a endereçar aspectos deste critério no processo de
avaliação da qualidade de informação. Ou seja, o projetista desconsiderou um
aspecto importante das especificações do projeto.
3.5.6.3 Nenhum dos critérios são preenchidos com conceitos
A equipe deverá verificar, nas especificações de produto e contrato, a
inexistência de menções aos demais critérios abordados na ferramenta. Caso
positivo, -se seqüência ao processo de verificação, readaptando a ferramenta e
adicionando critérios que são relevantes. Caso negativo, a equipe deverá
interromper o processo e rever o memorial descritivo.
3.6 Considerações para Avaliação da Qualidade das Informações AQI
A ferramenta permite a avaliação total, a partir da soma dos pesos dos
subcritérios, bem como uma avaliação parcial, na qual é possível identificar a
pontuação total de cada critério, separadamente. Entretanto, em algumas
circunstâncias podem ocorrer situações nas quais seja necessário recorrer ao uso
de outras ferramentas para obter um resultado final, conforme detalhado na figura
Capítulo 3 Desenvolvimento de uma Ferramenta de Verificação e Análise de Informações na etapa de Pré-
Projeto de Produtos Sob Encomenda 92
3.5. Vale salientar que a ferramenta proposta não é excludente. Ou seja, o seu uso
não inviabiliza o emprego de outras ferramentas de projeto que possam vir a
complementar os resultados obtidos a partir da ferramenta proposta.
MEMORIAL DESCRITIVO
FERRAMENTA FVI-PDPSE
Memorial Descritivo sem avaliação
das informações de Produto e
Contrato.
PARA 0 ≤ AQI < 4
PARA 4 ≤ AQI < 7
PARA 7≤ AQI ≤ 10
Informação considerada Regular no
Memorial Descritivo. Prossiga com o projeto
Informação considerada Boa no Memorial
Descritivo. Prosseguir com o projeto.
Observar em alertas em critérios de maior
peso e menor conceito.
Informação considerada Muito boa no
Memorial Descritivo. Prosseguir com o
projeto. Observar em alertas nas fases de
maior peso.
Figura 3.5 - Fluxograma da Avaliação da Qualidade da Informação
A partir das diretrizes fixadas no fluxograma, é possível identificar alguns
critérios considerados especiais, que não podem obter conceitos abaixo do
parâmetro referencial estabelecido. A seção seguinte abordará estes casos bem
como direcionará as medidas a serem tomadas na ocorrência dos mesmos.
3.6.1 Para 0,0 ≤ AQI < 0,4
De forma geral, se o Memorial Descritivo do Projeto aprovado e contratado por
ambas as partes, com AQI nesta faixa, certamente apresentará no orçamento inicial
grandes variações. Todas as etapas apresentarão coeficientes de segurança
financeiro e técnicos acima dos aplicados para a composição de custos em
decorrência das informações insuficientes e desconexas contidas no Memorial.
3.6.1.1 Tema produto a etapa briefing
Aqui devem ser observados os seguintes aspectos:
a) O produto apresenta falhas ou ausência parcial de detalhamentos;
Capítulo 3 Desenvolvimento de uma Ferramenta de Verificação e Análise de Informações na etapa de Pré-
Projeto de Produtos Sob Encomenda 93
b) Proposta do produto final do projetista responsável precisa ser melhor
amadurecida e apresentada;
c) A equipe de projeto apresenta indícios de inexperiência em processo de
desenvolvimento de produtos sob encomenda;
d) Os pontos críticos do briefing precisam ser melhor explicitados, pois o
levantamento de campo não apresenta informações consistentes para definições
precisas no produto;
e) A oportunidade e objetivo o estão bem definidos. Durante a execução do
projeto algumas mudanças serão executadas para adequar às necessidades
apresentadas;
f) As normas e regulamentação precisam ser mais estudadas e aplicadas ao
produto proposto para fabricação;
g) Certamente, os valores estimativos iniciais de projeto serão ultrapassados.
Aditivos e repactuação de contrato serão necessários para a conclusão do projeto;
h) Os usuários do produto precisam ter papel mais ativo no projeto, para que a
voz do consumidor seja transformada em requisitos projetuais.
3.6.1.2 Tema Produto Etapa Visita Comercial
Neste caso, os seguintes pontos são observação críticos:
a) O produto ou projeto é inédito para o desenvolvedor que apresenta lacunas
na descrição e entendimento geral;
b) Produto não está clarificado no memorial descritivo. Ou, as exigências são
elevadas, demandando tecnologia de ponta, requerendo aquisição de maquinários e
mão de obra especializado e dedicado;
c) Matéria-prima especificada tem relativa dificuldade para ser encontrada no
mercado, elevando os custos do produto, em decorrência da necessidade de
transporte de materiais;
d) Cronograma precisa ser mais bem estruturado em decorrência da grande
exigência dos requisitos de qualidade e capacidade efetiva de produção, entre
outros itens;
Capítulo 3 Desenvolvimento de uma Ferramenta de Verificação e Análise de Informações na etapa de Pré-
Projeto de Produtos Sob Encomenda 94
e) Os procedimentos para retrabalhos e reaproveitamento de peças ocorrerá
de forma constante, ocasionando possíveis paralisações para a revisão no
detalhamento do produto;
f) No critério equipe operacional o regime de trabalho será alterado,
(possivelmente em turno), com isto, a elevação na quantidade de membros para
funções não previstas no orçamento.
3.6.1.3 No Tema produto Etapa Potencial Perfil de Fabricação do Produto
Aqui, deve-se dedicar atenção a:
a) A mobilização de mão de obra apresenta deficiência no dimensionamento
por conta da não observância e inconsistência do detalhamento do produto;
b) A fabricação poderá ter modificações representativas, ocasionando
aumentos ou diminuições de demandas setoriais, de acordo com o avanço da
fabricação e as necessidades que forem surgindo;
c) A desmobilização de mão-de-obra, por ser o desfecho do projeto e do
planejamento, pode apresentar índices o esperados, apontando custos acima dos
estimados. Conseqüentemente, podem ocorrer prejuízos nas especificidades
contábeis, resultando nas medidas legais (especificidades jurídicas) para
repactuação ou onerosidade excessiva do contrato.
3.6.1.4 No Tema Contrato Etapa Cláusulas Contratuais
Neste contexto, devem ser examinados:
a) As obrigações da Contratante e o memorial descritivo do projeto são
objetos de grandes divergências, por conta da não especificação pontual das
necessidades;
b) Multas por não cumprimento de prazos, possíveis discussões na ocasião
de rescisão contratual, certamente farão parte do cotidiano do contrato;
c) As especificidades jurídicas e contábeis terão grande importância no
fechamento do contrato, pois, a onerosidade excessiva, mudança de objeto e
escopo serão foco de negociações para que o contrato não seja levado a instâncias
jurídicas.
Capítulo 3 Desenvolvimento de uma Ferramenta de Verificação e Análise de Informações na etapa de Pré-
Projeto de Produtos Sob Encomenda 95
Nesta condição, sugere-se que a equipe de projeto interrompa o processo e
revise todas as etapas de forma conjunta e detalhada, pois, os problemas
posteriores poderão ser evitados.
3.6.2 Para 0,4 AQI < 0,7
De forma geral se o Memorial Descritivo do Projeto aprovado por ambas as
partes, tiver seu AQI nesta classe, certamente haverá variações no orçamento
inicial, todas as etapas apresentarão coeficientes de segurança financeiro e técnicos
elevados para a composição de custos em decorrência das informações contidas no
Memorial.
3.6.2.1 No tema produto a etapa briefing
Aqui, deve-ser observados os seguintes aspectos:
a) O produto apresenta parcialmente os detalhamentos do produto;
b) A equipe de projeto apresenta indícios de pouca experiência em processo de
desenvolvimento de produtos sob encomenda;
c) Os pontos críticos do briefing devem ser melhor descritos, pois o
levantamento de campo apresenta informações imprecisas no produto;
d) A oportunidade e objetivo estão definidos. Durante a execução do projeto
algumas mudanças serão executadas, para adequar as necessidades apresentadas;
e) As normas e regulamentação são aplicadas parcialmente ao produto
proposto para fabricação, decorrente do pouco tempo para desenvolvimento ou
detalhamento do produto;
f) Certamente, os valor estimativos iniciais de projeto ainda serão
ultrapassados. Aditivos e repactuação de contrato serão necessários para a
conclusão do projeto.
3.6.2.2 No Tema Produto etapa Visita Comercial
Neste caso, os seguintes pontos são críticos:
a) O produto ou projeto é complexo para o desenvolvedor. Apresenta lacunas
na descrição e entendimento geral;
Capítulo 3 Desenvolvimento de uma Ferramenta de Verificação e Análise de Informações na etapa de Pré-
Projeto de Produtos Sob Encomenda 96
b) Produto está parcialmente clarificado no memorial descritivo. As exigências
são elevadas demandando tecnologia de ponta, requerendo aquisição de
maquinários e mão de obra especializada e dedicada;
c) Matéria-prima especificada tem relativa facilidade para ser encontrada no
mercado, podendo ser sugeridas mudanças para a adequação e melhor
desempenho na fabricação;
d) Cronograma poderá apresentar pequenas mudanças e adaptações,
necessitando possivelmente de aditivos de tempo para a fabricação do produto em
decorrência das alterações;
e) Os procedimentos para retrabalhos e reaproveitamento de peças serão
necessários, mas não de forma constante, ocasionando pequenas revisões no
detalhamento do produto;
f) No critério equipe operacional, o regime de trabalho poderá ser alterado,
possivelmente com adicional de horas extras.
3.6.2.3 No Tema Produto Etapa Potencial Perfil de Fabricação do Produto
Aqui deve-se dedicar atenção a:
a) A mobilização de mão-de-obra ainda apresenta deficiência no seu
dimensionamento por conta de inconsistência do detalhamento do produto;
b) A fabricação apresentará algumas modificações, necessitando de ajustes
nas demandas setoriais, de acordo com a avanço da fabricação e as necessidades
que forem surgindo;
c) A desmobilização de mão de obra, por ser o desfecho do projeto e do
planejamento, apresentará desvios, apontando custos acima dos estimados.
Possíveis prejuízos nas especificidades contábeis, podem ocorrer resultando na
repactuação do contrato.
3.6.2.4 No Tema Contrato Etapa Cláusulas Contratuais
Neste contato podem ser examinados:
a) As obrigações da Contratante e o memorial descritivo do projeto serão
pontos divergentes;
b) Possíveis multas por não cumprimento de prazos;
Capítulo 3 Desenvolvimento de uma Ferramenta de Verificação e Análise de Informações na etapa de Pré-
Projeto de Produtos Sob Encomenda 97
c) As especificidades jurídicas e contábeis terão grande importância no
fechamento do contrato e acordos;
Nesta condição, sugere-se que a equipe de projeto acompanhe deve
acompanhar com atenção os critérios de menor conceito e maior peso e fases em
que a qualidade da informação apresente grande representatividade para o produto
fabricado. Recomenda-se uma revisão dos temas para que os problemas posteriores
sejam minimizados.
3.6.3 Para: 0,7 ≤ AQI ≤ 1,0
De forma geral, neste caso o Memorial Descritivo do Projeto aprovado e
contratado por ambas as partes, certamente apresentará no orçamento inicial o
produto realizado com variações mínimas. Todas as etapas apresentarão
coeficientes de segurança financeiro e cnicos dentro das faixas aplicadas para a
composição de custos em decorrência dos pequenos ajustes das informações no
Memorial.
3.6.3.1 No Tema Produto a Etapa Briefing
Aqui, devem ser observados os seguintes aspectos:
a) O produto apresenta poucos e mínimos ajustes de detalhamentos;
b) Proposta do produto final do projetista responsável está amadurecida;
c) A equipe de projeto posssui certa experiência em processo de
desenvolvimento de produtos sob encomenda;
d) A oportunidade e objetivo estão bem definidos. Durante a execução do
projeto pequenas mudanças serão implementadas para adequar as necessidades
apresentadas;
e) Os valores estimativos iniciais de projeto poderão ser ultrapassados em
algumas fases. Possivelmente, para alguns critérios o projetista não estimou
conceitos;
f) Os usuários do produto e o projetista estão alinhados no projeto. A voz do
consumidor foi transformada em requisitos projetuais.
Capítulo 3 Desenvolvimento de uma Ferramenta de Verificação e Análise de Informações na etapa de Pré-
Projeto de Produtos Sob Encomenda 98
3.6.3.2 No Tema Produto Etapa Visita Comercial
Neste caso, os seguintes pontos são críticos:
a) O produto ou projeto é complexo para o desenvolvedor, apresentando
pequenas lacunas na descrição;
b) Produto está clarificado (detalhado) no memorial descritivo;
c) Matéria prima especificada tem relativa facilidade de ser encontrada no
mercado. Podem ser sugeridas mudanças para a adequação e melhor desempenho
na fabricação;
d) Cronograma terá pequena adaptação;
e) No critério equipe operacional o regime de trabalho será pouco alterado,
possivelmente com adicional de horas extras.
3.6.3.3 No Tema Produto Etapa Potencial Perfil de Fabricação do Produto
Aqui, deve-se dedicar atenção a:
a) A mobilização de mão de obra representa o dimensionamento necessário
para a fabricação do produto;
b) A fabricação terá poucas modificações representativas.
3.6.3.4 No Tema Contrato Etapa Cláusulas Contratuais
Neste contexto, devem ser examinadas:
a) As obrigações da contratante e o memorial descritivo do projeto contém
poucos pontos divergentes;
b) Multas por não cumprimento de prazos ocorrerão em baixa freqüência.
Possíveis discussões na ocasião de encerramento do contrato. Certamente, serão
necessários acordos nos pontos divergentes entre a contratante e a contratada.
Nesta condição, a equipe de projeto terá bons referenciais para todas as
etapas, com poucas revisões e problemas reduzidos.
3.7 Aplicação Descritiva da Ferramenta
Esta seção, contém um exemplo de uma aplicação descritiva preliminar da
ferramenta FVI-PDPSE, apresentando um exemplo de memorial descritivo típicos.
Com isso, a etapa de briefing será preenchida integralmente de acordo com
memorial descritivo elaborado.
Capítulo 3 Desenvolvimento de uma Ferramenta de Verificação e Análise de Informações na etapa de Pré-
Projeto de Produtos Sob Encomenda 99
3.7.1 Análise do Memorial Descritivo
De forma resumida, o memorial descritivo, para aplicação descritiva da
ferramenta, o nome do projeto é Montagem, soldagem e acabamento de lanchas
em alumínio naval. A descrição do projeto é Termo de Referência que tem como
objeto a prestação de serviços de apoio à Base Naval de Val-de-Cães (BNVC) para
montagem, soldagem e acabamento de lanchas em alumínio naval. Serviços de
apoio consistirão na montagem, soldagem e acabamento de 300 (trezentas) lanchas
em alumínio naval de 24 (vinte e quatro) pés, sob a supervisão técnica da
contratante, em conformidade com o protótipo existente. No anexo A tem-se a
descrição completa do memorial descritivo da aplicação descritiva.
3.7.2 Análise dos critérios do Tema Produto e Etapa Briefing para a aplicação
descritiva
O memorial descritivo produzido pela empresa apresenta consistência nos
critérios: nome do projeto, descrição do projeto, valor estimativo do projeto. A
ferramenta obriga o projetista justificar o conceito atribuído, facilitando assim, o nível
de percepção das informações.
O status do projeto, tipo de projeto induz que o projetista faça uma análise
geral da empresa e as características de metodologia de trabalho, que são
empregadas pela equipe de projeto. O critério controle de projeto apresenta lacunas
para interpretações, pois, não estão definidas as condições quando ocorrer em
divergências entre a fiscalização e o representante da contratada.
O detalhamento do produto, por ser item de maior relevância para determinar o
potencial perfil de fabricação adotado pelo projetista, apresenta consistência. No
entanto, pequenos detalhes podem ser ajustados com a fiscalização. As plantas
gerais do produto, instalação e uso do produto são esclarecedores, trazendo maior
qualidade na avaliação das informações contidas no briefing.
De forma geral pode-se considerar o memorial descritivo com elevado nível de
informações, contendo explicações específicas para a etapa briefing da ferramenta.
Na tabela 3.10 tem-se a avaliação geral do briefing do projeto, a partir da
descritiva da ferramenta FVI-PDPSE.
Capítulo 3 Desenvolvimento de uma Ferramenta de Verificação e Análise de Informações na etapa de Pré-
Projeto de Produtos Sob Encomenda 100
Tabela 3.9 - Avaliação da qualidade das informações em Memorial Descritivo
Tema: Produto
FASE: BRIEFING
Atividades
Peso
Conceito
sub-
total
Justificativa do conceito atribuído
1.0 Briefing
1.1 Avaliação preliminar do projeto
1.1.1 Nome do Projeto
0,2
0,7
0,14
O nome do projeto está clara no entanto
apresenta itens a ser checado nas fases
posteriores.
1.1.2 Descrição do Projeto
0,3
0,9
0,27
A descrição do projeto está de acordo com as
atividades a serem desenvolvidas, mas
precisa de maiores detalhes
1.1.3 Valor estimativo do projeto
0,5
0,9
0,45
O nível de detalhamento da forma de
composição do valor estimativo do projeto
está elevado.
1.1.4 Experiência do responsável
Técnico do Projeto
0,4
0,8
0,32
Faz-se referência ao fiscal de contrato, mas,
não apresenta nenhuma descrição sobre sua
experiência, no entanto, o mesmo está
responsável em fazer testes práticos com a
mão de obra contratada.
1.1.5 Avaliação prévia da
Contratante / Contratada
0,8
1
0,80
Por se tratar de recursos federais, a
credibilidade da contratante é elevada.
1.2 Estatus do
Projeto
1.2.1 (P) Paralisado
0,3
1
0,30
O projeto não está paralisado.
1.2.2 (A) Andamento
0,2
1
0,20
O projeto não está em andamento
1.2.3 (N) - In Natura
0,4
0,7
0,28
Apresenta indícios que o projeto está In
natura
1.3 Tipo de Projeto
1.3.1 Público / Não Confidencial
0,2
0,7
0,14
Apresenta detalhes suficientes para a
interpretação da caracterização de empresa
pública.
1.3.2 Público / Confidencial
0,5
1
0,50
O projeto não é confidencial
1.3.3 Privado / Não Confidencial
0,3
1
0,30
A empresa não é de capital privado
1.3.4 Privado / Confidencial
0,6
1
0,60
A empresa não é de capital privado
1.4 Oportunidade Identificada
0,1
0,7
0,07
A oportunidade está caracterizada, no
entanto, apresenta lacunas de informações.
1.5 Usuários
0,1
1
0,10
Os usuários estão caracterizados.
1.6 Objetivos
0,2
0,7
0,14
O objetivo é mais abrangente e apresenta
maior complexidade que a descrita.
1.7 Equipe de Projeto
0,3
1
0,30
A equipe de projeto foi contratada para fazer
o levantamento de campo.
1.8 Pontos críticos
0,5
0,8
0,40
São descritos pontos de forma superficial.
1.9 Plantas gerais do produto
0,7
0,8
0,56
É citado que as plantas gerais do produto
será entregue de acordo com o avanço do
cronograma do projeto.
1.10 Detalhamento do produto
0,8
1
0,80
Apresenta detalhes suficientes para a
interpretação da caracterização do serviço e
do produto trabalhado.
1.11 Instalação / uso do produto
0,7
1
0,70
Apresenta detalhes suficientes para a
caracterização do uso e instalação do
produto.
1.12 Controle do projeto
0,3
0,6
0,18
A fiscalização será responsável pelo controle
do projeto.
1.13 Normas e Regulamentações para o
produto
0,6
0,9
0,54
As regulamentações serão cedidas pela
contratante para atendimento das mesmas.
1.14 Alinhamento do projeto com o ramo
da empresa
1
0,8
0,80
Por se tratar de serviços ainda não
executados pela empresa, mas, não são de
grandes complexidades, pequenas
mudanças serão necessárias.
Σ T1F1 =
8,89
Capítulo 3 Desenvolvimento de uma Ferramenta de Verificação e Análise de Informações na etapa de Pré-
Projeto de Produtos Sob Encomenda 101
3.8 Análise crítica, limitações e restrições da ferramenta FVI-PDPSE
Após os resultados apurados para a Avaliação da Qualidade da Informação
(AQI), no Memorial Descritivo do projeto, em conjunto do contrato e anexos, a
ferramenta FVI-PDPSE apresentou algumas características e limitações:
a) A ferramenta só pode ser utilizada quando do exame do projeto em produtos
sob encomenda conforme seção 2.1.2;
b) A ferramenta limita-se a utilização da realidade e estilo de projetar de
produtos sob encomenda em Manaus;
c) Reflete as características das empresas que foram consultadas. Estes
fabricam, montam, no canteiro avançado dentro do perímetro da contratante
executados pela empresa P;
d) A ferramenta limita-se a valorar as informações das empresas e órgãos
públicos que elaboram memorial descritivo de projeto de produto sob encomenda;
e) A ferramenta permite apoio a decisão tanto pela valoração das informações,
quanto, por elaborar índice de informações não constantes no memorial descritivo,
direcionando o projetista a procurar os dados faltantes;
f) As atribuições dos pesos tanto dos critérios, quanto das fases podem ser
alterados conforme as características dos produtos a serem desenvolvidos,
características da contratante, consolidação de políticas, procedimentos,
metodologias de trabalho, grau de complexidade do produto, entre outros.
A análise executada pelo projetista envolverá a percepção e entendimento dos
critérios definidos. No entanto, o campo para a justificativa do conceito atribuído
obriga com que seja fundamentado e registrado o modo com que a informação
contida no memorial descritivo foi absorvida e julgada.
Capítulo 4 Aplicação Prática da Ferramenta FVI-PDPSE 102
4 APLICAÇÃO PRÁTICA DA FERRAMENTA FVI-PDPSE
Neste capítulo, será apresentada a aplicação da ferramenta FVI-PDPSE dentro
de um cenário específico, através de um experimento conduzido com projetistas
desenvolvedores de produto sob encomenda. O objetivo principal é fazer a
verificação do comportamento da ferramenta para avaliar as informações contidas
no Memorial Descritivo, diante de uma situação de projeto. A Avaliação da
Qualidade das Informações é o resultado que a ferramenta busca produzir. Além de
sistematizar o processo de desenvolvimento de produtos sob encomenda auxilia na
busca de dados na avaliação dos mesmos.
4.1 Preparação do Experimento
A preparação do experimento se dará na estruturação de etapas e na
determinação de condições a serem seguidas.
4.1.1 Cenário
Será utilizado para o experimento um Memorial Descritivo com as
características necessárias para a verificação de todos os critérios presentes na
ferramenta. Desta forma, espera-se reproduzir uma situação do projeto, na
modalidade sob encomenda.
4.1.2 Pressuposto
Os pressupostos assumidos para este experimento são:
a) O Memorial Descritivo reflete diretamente a realidade do produto a ser
desenvolvido por encomenda;
b) A construção do Memorial Descritivo baseia-se nas necessidades
identificadas para a condução normal do processo de desenvolvimento de produtos
sob encomenda;
c) A percepção dos projetistas referente ao uso da ferramenta possibilita
empregá-la na verificação e análise de informações.
Capítulo 4 Aplicação Prática da Ferramenta FVI-PDPSE 103
4.1.3 Métricas
As métricas para análise neste experimento são:
a) Tempo necessário para utilização da ferramenta (em minutos);
b) Comentários dos resultados encontrados por cada projetista (número);
c) Perguntas sobre a utilização da ferramenta (número).
4.1.4 Grupo de Trabalho
Para a realização do experimento, foram contatados quatro projetistas,
conforme figura 4.1. A atividade individualizada foi previamente estabelecida para o
experimento, pois normalmente empresas desenvolvedoras de produtos sob
encomenda, não possuem equipes de projetistas experientes e sim mescladas.
Usualmente, com a decisão final cabe o projetista com mais tempo de experiência.
Cada projetista recebeu um documento o qual continha o Memorial Descritivo.
Neste, havia a descrição de um cenário para o projeto.
Projetista 01 - Controle
PPSE Júnior
Projetista 02
PPSE Pleno
Projetista 03
PPI Novato
Projetista 04
PPSE Sênior
GRUPO DE TRABALHO
Figura 4.1 Projetistas participantes dos experimentos
Os projetistas receberam uma denominação composta pela letra “P” seguida
de um número, de modo a identificar-los. Sendo assim, a Tabela 4.1 apresenta a
distribuição dos projetistas bem como a formação acadêmica de cada participante.
Considerando que os grupos seriam montados por três componentes, o não
comparecimento de vários projetistas para o experimento, reduziu a quantidade
expressivamente de componentes dentro de cada grupo.
Capítulo 4 Aplicação Prática da Ferramenta FVI-PDPSE 104
Tabela 4.1 - Composição dos projetistas considerando o experimento
Projetistas
Composição
Formação Acadêmica
Projetista 01
01 - Projetista de Produto Sob Encomenda
com até um ano de experiência
Engenheiro Mecânico
Projetista 02
01 - Projetista de Produtos Sob Encomenda
com até três anos de experiência
Engenheiro e Projetista
Mecânico
Projetista 03
01 - Projetista de Produtos Industriais com
até um ano de experiência
Engenheiro Eletricista
Projetista 04
01 - Projetista de Produtos Sob Encomenda
com mais de vinte anos de experiência
Engenheiro Mecânico e
Segurança do Trabalho Sênior
Juntamente com o Memorial Descritivo, contendo o cenário de projeto, foi
entregue uma cópia impressa das quatro fases do modelo, de modo que ao final do
experimento, houvesse um registro físico de utilização da ferramenta.
4.1.5 Estrutura Física e de apoio
A estrutura física necessária para a aplicação do experimento foi o Laboratório
IX de Informática, localizado no Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia
do Amazonas IFAM. Todos os projetistas participantes do experimento tiveram as
mesmas condições físicas e de apoio, para que minimizar a influência nos
resultados.
A estrutura de apoio necessária e recursos, para a aplicação do experimento
constituiu de: i) computadores, com o programa instalado Microsoft Excel
®
instalado;
ii) Mesas de trabalho; iii) Material de expediente (caneta, papel).
4.1.6 Caracterização da Atividade
Todos os projetistas tiveram acesso ao Memorial Descritivo, que contém os
parâmetros do projeto, os detalhamentos do produto, necessidades, normas,
obrigações e procedimentos.
O Memorial Descritivo envolve a fabricação de 50 unidades de Termo-
resistência, tipo pt-100; 1/5 din; 3 + 2 fios damping de dois segundos para
compensação com o transmissor; faixa de medição de 0ºc a 200ºc; Certificado de
calibração R.B.C.
Ressalta-se que o Projetista 01 (Controle), não teve acesso a ferramenta FVI-
PDPSE para avaliar as informações contidas no Memorial Descritivo. Com isso, será
avaliado o método que o mesmo executará para atingir a tarefa proposta. Os
Capítulo 4 Aplicação Prática da Ferramenta FVI-PDPSE 105
projetistas 02, 03 e 04 terão acesso total a ferramenta e formas de avaliação dos
critérios.
4.1.7 Determinação dos prazos para execução da tarefa
Os prazos para a execução da tarefa ficaram condicionados aos fatores que
necessariamente restringem a perfeita utilização da ferramenta, que são: i)
Compreensão e utilização da ferramenta com o tempo de treinamento de 45 minutos
para os projetistas 02, 03 e 04. Para o projetista 01 foram repassadas informações
gerais sobre o tipo de produto e memorial, totalizando o tempo 40minutos; e ii)
disponibilidade de tempo para a aplicação completa e análise completa da
ferramenta.
4.2 Experimento
Para a aplicação da ferramenta FVI-PDPSE forneceu-se a cada um dos
projetistas: i) tabela com as quatro etapas; ii) memorial descritivo do projeto; e iii)
definições dos termos e métodos de avaliação dos critérios.
Durante a aplicação da ferramenta não foi disponibilizada para os projetistas
a pontuação que cada informação estava recebendo. Deste modo, evita-se que
alguns Temas e apresentassem vieses.
Do mesmo modo, deixou-se bem claro que a disposição dos critérios não
obedece a uma ordem alfabética e que o desmembramento de mais ou menos sub
critérios estava relacionado ao peso do critério. Ou seja, critérios mais
desmembrados não teriam necessariamente maior peso.
Após a avaliação de todas as informações contidas no memorial descritivo,
foram exibidas nas planilhas as células que continham a pontuação total e parcial
das etapas, de modo a indicar sobre quais informações são consistentes e as
justificativas devidamente escritas por cada projetista. As fotos do experimento
encontram-se no apêndice G.
4.2.1 Memorial Descritivo
De forma geral, tem-se fabricação 50 unidades de Termo-resistência, tipo pt-
100; 1/5 din; 3 + 2 fios damping de dois segundos para compensação com o
transmissor; faixa de medição de 0ºc a 200ºc; Certificado de calibração R.B.C.
Capítulo 4 Aplicação Prática da Ferramenta FVI-PDPSE 106
Termo-resistência, tipo pt-100; 1/5 din; segundo normas IEC: alfa = 0,00385; 3
+ 2 fios damping de dois segundos para compensação com o transmissor; conector
macho / fêmea em aço inoxidável (AISI 316), isolador poliamida termoplástico de
proteção contra fogo v-0, contatos em liga de cobre, o-rings de viton (fpm), tipo de
conexão em solda, entrada de cabo para conector de três a 14 mm; faixa de
medição de 0ºc a 200ºc; bainha de isolação mineral inox 304; bicc; diâmetro de 3 x
1200mm; ponteira diâmetro de seis x 47mm; com duas conexões ao processo;
montagem interna cabo tf e ponteira em teflon fundido.
O valor máximo para o produto está orçado em R$ 537.198,00 (Quinhentos e
trinta e sete mil, cento e noventa e oito reais), conforme estimado na tabela de
custos para a fabricação do produto. Os detalhes do memorial descritivo está no
Anexo B.
4.3 Resultados do experimento
O experimento foi realizado nos dias 11 e 12 de janeiro de 2010, no Laboratório
de Informática IX do IFAM, entre os horários das 13h às 19h. Ao término das
atividades experimentais, foi entregue o questionário (apêndice A), coletando
informações sobre a experiência individual com PDP, avaliação da ferramenta e dos
critérios inclusos.
Nas seções 4.3.1 a 4.3.4 o apresentados os resultados gerais obtidos com a
realização do experimento.
4.3.1 Projetista 01 - Controle
Para o projetista 01 foram apresentadas as descrições gerais conforme as
seções 3.5.1 a 3.5.4, envolvendo as etapas de Briefing, Visita Comercial, Potencial
Perfil de Fabricação e Cláusulas Contratuais. No entanto, apenas para as definições
gerais dos termos houve necessidade de se apresentar um conceito entre 0,0(zero)
a 10,0(dez), para as informações contidas no Memorial Descritivo do Projeto.
Na etapa de briefing o projetista apresentou critérios que foram adquiridos na
academia quando estudando a concepção de produtos, tais como: Nome do projeto,
Descrição do projeto, objetivo geral, objetivos específicos, justificativas,
metodologias, análise de custo x benefício, etapas projetuais tratando da concepção
a matriz morfológica, requisitos do cliente.
Capítulo 4 Aplicação Prática da Ferramenta FVI-PDPSE 107
Na etapa de Visita comercial, o projetista 01 solicitou mais detalhes do termo
Visita Comercial. Com isso, os momentos da etapa foram detalhados até os
subcritérios que tratam da visita Administrativa e Visita Técnica, onde um
colaborador da empresa executará vistorias relacionados a administração e
condições de andamento projeto, vistorias técnicas que tratam do objeto e escopo
do projeto, qualidade do produto, detalhes operacionais quanto a mão de obra e a
administração da produção, no caráter de aquisição de tecnologias e equipamentos
para a fabricação do produto.
Na etapa de Potencial Perfil de Fabricação, o projetista do grupo de controle
apresentou grandes dificuldades, por se tratar de uma etapa direcionada para
projetista com experiência. Com isso, por apresentar detalhamento nos desenhos, a
atribuição do conceito ficou embaseado na determinação da matéria-prima, local,
grau de acabamento.
a) Etapa Briefing: 8,0;
b) Etapa Visita Comercial: 7,5;
c) Etapa Potencial Perfil de Fabricação: 7,0;
d) Etapa Cláusulas Contratuais: 8,0; e
e) Avaliação da qualidade da Informação (AQI): 7,5.
Os resultados encontrados são detalhados no apêndice B, detalhando os itens
que são julgados e avaliados para a composição das condições cnicas e
financeiras, para a aceitação da proposta de desenvolver um produto sob
encomenda.
Constatou-se que o projetista, devido a falta de experiência, apresentou
dificuldades nas etapas Potencial Perfil de Fabricação e Cláusulas Contratuais, pois,
estas demandam conhecimento e vivência prática no desenvolvimento de produtos
sob encomenda. Para a execução do experimento foi necessário 3,5h.
4.3.2 Projetista 02
O tempo necessário para a realização do experimento com a ferramenta FVI-
PDPSE foi quatro horas. O número de perguntas para o entendimento e utilização
da ferramenta foi de 23.
Capítulo 4 Aplicação Prática da Ferramenta FVI-PDPSE 108
Os resultados gerais da Avaliação da Qualidade de Informações do
experimento relacionados ao Projetista 02 são:
a) Etapa Briefing: 8,0;
b) Etapa Visita Comercial: 9,4;
c) Etapa Potencial Perfil de Fabricação: 9,0;
d) Etapa Cláusulas Contratuais: 8,3; e
e) Avaliação da qualidade da Informação (AQI): 8,7.
Com o questionário respondido, ficou claro que a estruturação do experimento
foi suficiente para o desenvolvimento. A redução de tempo é notável, visto que,
normalmente essa etapa ocorre em 12horas. O direcionamento de detalhes de
projeto e o Potencial Perfil de Fabricação são de fundamental importância para o
sucesso do projeto do produto. As tabelas com os resultados integrais e
justificativas estão no Apêndice C.
4.3.3 Projetista 03
O tempo necessário para a realização do experimento da ferramenta FVI-
PDPSE foi 4,5h. O número de perguntas para o entendimento e utilização da
ferramenta foi de 32.
Os resultados gerais da Avaliação da Qualidade de Informações do
experimento relacionados ao Projetista 03 são:
a) Etapa Briefing: 7,9;
b) Etapa Visita Comercial: 7,7;
c) Etapa Potencial Perfil de Fabricação: 7,7;
d) Etapa Cláusulas Contratuais: 9,0; e
e) Avaliação da qualidade da Informação (AQI): 8,1.
Com o questionário respondido, ficou claro que a estruturação do experimento
foi parcialmente suficiente para o desenvolvimento. As novas etapas ainda não
exploradas nos produtos industriais são consideradas por pesos (Contrato). A
inversão nas análises de etapas são visíveis, pois as etapas de projeto conceitual e
informacional se apresentam condensadas. O direcionamento das necessidades
individuais são focadas fortemente. O fator tempo no PDPSE pode ser fundamental
para o sucesso.
Capítulo 4 Aplicação Prática da Ferramenta FVI-PDPSE 109
O projetista recomenda que a avaliação da qualidade de informações nos
memoriais descritivos deve ser feita em estágios por profissionais tais como:
contadores, advogados, especialista na área de fabricação, especialista do ramo da
empresa contratante e do produto. As tabelas com os resultados integrais e
justificativas estão contidas no apêndice D.
4.3.4 Projetista 04
O tempo necessário para a realização do experimento da ferramenta FVI-
PDPSE foi 2,5h. O número de perguntas para o entendimento e utilização da
ferramenta foi de 18.
Os resultados gerais da avaliação da qualidade de informações do experimento
relacionados ao Projetista 04 são:
a) Etapa Briefing: 8,9;
b) Etapa Visita Comercial: 8,9;
c) Etapa Potencial Perfil de Fabricação: 9,1;
d) Etapa Cláusulas Contratuais: 7,6; e
e) Avaliação da qualidade da Informação (AQI): 8,6.
Com o questionário respondido e inúmeras considerações observadas, fica
claro que a estruturação do experimento foi suficiente para o desenvolvimento.
Inúmeras etapas foram exploradas, mas, poderiam ter sido examinadas com mais
detalhes.
O participante sinalizou alguns pontos quanto aos pesos, que poderiam ser
alterada de acordo com a complexidade do produto, mas, estão equilibradoss para o
tipo de produto sob encomenda proposto. Comumente, não se tem memoriais
descritivos com nível de detalhes suficientes para o perfeito direcionamento Perfil de
Fabricação.
O conjunto de informações e a experiência final do projetista foi determinante
para a continuação do projeto, desde que o ciclo administrativo citado e descrito pelo
mesmo seja respeitado integralmente. As tabelas com os resultados integrais e
justificativas estão presentes no apêndice E.
Capítulo 4 Aplicação Prática da Ferramenta FVI-PDPSE 110
4.4 Resultados Gerais
Os principais valores atribuídos pelo P1 (Projetista da Equipe de Controle)
estão relacionados à funcionalidade, exeqüibilidade, contrato, valor financeiro, nível
de detalhamento. Vale ressaltar que, de forma intuitiva algumas etapas
apresentaram conceitos aproximados com o projetista P03, conforme tabela 4.24.
Foi possível perceber que, intuitivamente existe uma tendência a se
determinar critérios mais bem detalhados, com maior número de condições para
maior qualidade na informação.
Tabela 4.2 Comparativo dos resultados dos projetistas
Fase/Projetista
P 01
P 02
P 03
P 04
T
1
E
1
=
8,0
8,0
7,9
8,9
T
1
E
2
=
7,5
9,4
7,7
8,9
T
1
E
3
=
7,0
9,0
7,7
9,1
T
2
E
4
=
8,0
9,3
9,0
7,6
AQI =
7,5
8,7
8,1
8,6
Para a etapa de Briefing os projetistas P02, P03 e P04 apresentam uma
considerável diferença na pontuação (estimada em 10%). Assim, caracteriza-se que
a etapa foi essencial para o entendimento das tarefas.
Para a etapa de Visita Comercial observou-se grandes diferenças (em torno
de 20% entre os resultados). O elemento critérios que mais contribuiu para essa
disparidade foi qualidade. A sistemática de avaliação não foi bem definida, e cada
projetista adotou um valor e aplicou nesse critério.
Na Etapa de Potencial Perfil de Fabricação, a ferramenta aponta claramente
um alinhamento com o processo efetivo de fabricação do produto. Os projetistas P02
e P04 apresentam maior resultado e o projetista P03, por não ter grande vivência em
processos de fabricação ligados a área de engenharia mecânica, apresenta menor
valor. Isto mostra a coerência com a realidade.
Capítulo 4 Aplicação Prática da Ferramenta FVI-PDPSE 111
Na Etapa de Cusulas Contratuais, o projetista sênior não atribuiu tanto valor a
essa etapa. A abertura para a aceitação por parte da fiscalização torna o contrato
menos complexo para atendimento de critérios estabelecidos previamente.
4.4.1 Avaliação da tarefa proposta
Para o projetista P01 a etapa de Potencial Perfil de Fabricação do produto
apresentou maior dificuldade por tratar de aspectos que necessitam de maior
experiência do profissional. Pelo fato do mesmo não possuir domínio dos detalhes
do projeto, resultou na baixa pontuação e ausência de justificativa para os valores
atribuídos para: fabricação, testes iniciais, preparação, entre outros.
Para o projetista P02 a tarefa foi considerada simples e critérios de maior peso
e menor valor atribuído foram bastante discutidos, solicitando maiores
esclarecimento. Este apresentou alguns pedidos de esclarecimento para a Etapa de
Cusulas Contratuais, pois, sinalizou maior insegurança alegando não ter
conhecimento suficiente para atribuir conceitos para valores de não dominava
fortemente.
O projetista P03 considerou a tarefa razoavelmente simples. No entanto, muito
abrangente, para os critérios da Condição de Mercado. A experiência do projetista é
de fundamental importância para a avaliação adequada. Por tratar de estilos de
projetar diferenciado, inicialmente a tarefa aparenta ser complexa.
Para o projetista P04 a tarefa é de simples execução, sem grandes problemas
para compreensão. Vários critérios são utilizados em seu cotidiano, sendo que em
alguns momentos, bastou a leitura do memorial descritivo para o julgamento e
avaliação da ferramenta.
4.4.2 Avaliação da ferramenta
A partir do questionário procurou-se abordar o modo como a ferramenta foi
recebida pelos projetistas assim como apresentar considerações sobre o uso da
mesma. A primeira questão desta seção está relacionada à estruturação da
ferramenta. Todos os projetistas foram unânimes em afirmar que foi suficientemente
clara para o uso da mesma.
Capítulo 4 Aplicação Prática da Ferramenta FVI-PDPSE 112
Sinalizaram que a ferramenta auxilia a reduzir tempo de avaliação e verificação
de informações contidas no memorial descritivo. No entanto, um novo enfoque dado
pelo projetista P03 foi a comparação com a avaliação prévia e posterior ao período
de vigência contratual. Assim, se terá lições aprendidas e documentadas para
próximas oportunidades de parcerias, na empresa contratante.
Quanto ao questionamento do tempo de experiência, apenas o projetista P01
não possui experiência considerável no gerenciamento na equipe de projeto e ou
participou ativamente nas decisões.
A quarta e quinta questões tratam diretamente das etapas que o projetista teve
mais e menos dificuldade para aplicação de valores. O P 01 apresentou como mais
dificultosa a fase: Potencial Perfil de Fabricação e mais tranqüila a fase de Briefing.
Os projetista P02 e P03 apresentaram como fases de maior dificuldade as fases
Potencial Perfil de Fabricação e Cláusulas Contratuais.
O projetista 04 apresentou como resposta a fase de maior dificuldade a fase de
Cláusulas Contratuais.
Nas questões restantes os projetistas foram enfáticos em afirmar que a
ferramenta auxilia no exame dos itens necessários para verificação, que contribui
para a avaliação das informações contidas no memorial descritivo. Também,
sinalizam que a ferramenta é bastante simples para seu grau de aplicação da
mesma.
O comentário feito pelos projetistas P01 e P03 são pertinentes quanto à
utilização da ferramenta para os iniciantes no PDPSE. Ao se tratar de uma área
abrangente e vasta de informações, onde detalhes podem ser determinantes no
sucesso do produto, a sinalização de pesos e critérios auxiliam o processo.
4.4.3 Avaliação dos conceitos do Projetista da equipe de controle
Para o Projetista 1, após a apresentação das definições das etapas, foram
apresentadas as condições diferenciadas dos demais projetistas para atribuição de
valores para cada etapa. Havia também a necessidade de se atribuir um conceito
final.
Capítulo 4 Aplicação Prática da Ferramenta FVI-PDPSE 113
Os métodos para a chegada ao conceito final da Avaliação da Qualidade da
Informação foram, de certa forma, iniciados com a definição das etapas, mas, o
detalhamento e critérios adotados foi feito em conformidade com o perfil do projeto.
Quanto a etapa de Cláusulas Contratuais foi avaliada pela experiência em
participação em licitações e noções de direito.
A metodologia identificada para avaliar o grau de qualidade de informações
contidas no memorial descritivo são:
a) Faz citação e define o critério;
b) Faz descrição breve, define o critério; e
c) Faz uma descrição detalhada no contrato.
4.5 Conclusões sobre o experimento
Para o Projetista 1 o preenchimento do questionário, constatou-se que as
etapas são definições representativas para endereçar produtos sob encomenda. A
análise inicial de preços dos materiais, consumíveis, mero de pessoas envolvidas
para execução do projeto e a descrição das Cláusulas Contratuais são itens de
grande relevância no desenvolvimento de produtos sob encomenda.
Ao final apresentou-se ao Projetista 1, as diferenças nas tarefas em relação a
dos demais. .
No momento da entrega do questionário deixou-se bem claro para os
projetistas que não havia uma avaliação correta, pois, de acordo com o grau de
experiência de cada projetista, as atribuições dos valores poderiam ser
diferenciadas.
A utilização da ferramenta, a responsabilidade de lembrar e avaliar todos os
critérios poderia ser auxiliada com a criação de um check-list de informações.
A ferramenta demanda para a etapa de Potencial Perfil de Fabricação a
necessidade da participação de um projetista experiente, com a capacidade de
interpretar os detalhes de acabamento dos desenhos do produto sob encomenda,
conhecimento de processos de fabricação, grau de qualidade e precisão dos
equipamentos.
Capítulo 4 Aplicação Prática da Ferramenta FVI-PDPSE 114
A ferramenta FVI-PDPSE permitiu aos projetistas identificar, comparar, analisar
e avaliar as informações contidas no memorial descritivo, com seus devidos pesos e
fases.
Deste modo, desenvolveu-se uma ferramenta cuja aplicação foi de simples
entendimento e cujas vantagens ficaram esclarecidas aos projetistas. O contexto de
avaliação pode ser alterado de acordo com a complexidade do produto, levando a
inferir que, o sucesso do projeto de produto sob encomenda está diretamente
proporcional ao nível de detalhamento na etapa de pré-projeto.
De forma geral, os projetistas fizeram 73 perguntas pontuais, que consideraram
relevantes para a atribuição de um conceito aos critérios expostos em cada etapa. O
tempo médio para avaliar o memorial foi de 3,5 h. Os comentários dos projetistas 03
e 04 foram pertinentes quando se trata do estabelecimento de padrão para a compor
um memorial descritivo de projeto para produtos sob encomenda.
5 Conclusões e Recomendação para Trabalhos Futuros 115
5 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES PARA TRABALHOS
FUTUROS
5.1 RESULTADOS DA INVESTIGAÇÃO
Considerando as particularidades dos mais variados tipos produtos sob
encomenda, além das particularidades individualidade de PDPSE, a investigação
sinaliza uma abrangência dos critérios examinados.
A utilização da ferramenta pode ser feita para valorar informações contidas,
quanto para check-list de critérios necessários para composição do memorial
descritivo. Também, contribui para captura de informações.
A ferramenta cumpre o objetivo de Verificação e Análise de Informações
agrupadas em Memorial Descritivo para Produtos Sob encomenda na Etapa de P
Projeto. Assim, de posse da Avaliação da Qualidade de Informação a equipe de
desenvolvimento avalia se as informações são suficientemente boas para o
prosseguimento das etapas, e quais pontos demandam atenção para assegurar o
sucesso do projeto.
Sob o enfoque dos resultados apresentados pelo processo de avaliação das
informações, a ferramenta possui características aplicáveis á realidade. Ainda, tem
potencial para agregar conhecimento e experiências (lições) de cada projeto
executado pela empresa desenvolvedora de produtos sob encomenda.
Os resultados apresentados dos projetistas indica, unanimemente, que os
inúmeros critérios devem ser avaliados por uma equipe multidisciplinar, afim de, a
reunião de vários pontos de vista, sinalizarem maior segurança e confiabilidade nas
informações.
5.2 PROBLEMAS IDENTIFICADOS DURANTE A INVESTIGAÇÃO
Um dos problemas identificados na ferramenta FVI-PDPSE, é a exigência de um
grau de detalhamento das informações do produto na etapa inicial. Isto implica
trazendo assim, uma mudança considerável no modo proposto por Rozenfeld et al.
(2006) e Back et al . (2008).
5 Conclusões e Recomendação para Trabalhos Futuros 116
A ferramenta limita-se a valorar as informações das empresas e órgãos públicos
que elaboram memorial descritivo de projeto de produto sob encomenda. Com essa
constatação, empresas desenvolvedoras de produtos sob encomenda que não
elaboram memorial descritivo poderão utilizar a ferramenta FVI-PDPSE como
modelo de check-list para montagem dos mesmos.
Em ocasiões excepcionais a qualidade poderá ser suprimida com a
apresentação de cálculos de confiabilidade, tempo médio de falha e estabilidade do
processo de fabricação. Com isso, a ferramenta deverá comportar modificações nos
pesos e critérios.
O sigilo de informações do produto traz grandes dificuldades ao projetista para
definir de forma consistente um potencial perfil de fabricação.
Na condição de empresas não certificadas a política de segurança e ambiental
pode impor limitações nas informações, trazendo prejuízos na pontuação da
Avaliação da Qualidade de Informação.
A ferramenta vincula-se a complexidade do produto. Com isso, quanto maior a
complexidade do produto mais fases para avaliar as informações e detalhes de
projeto, serão necessárias.
5.3 CONTRIBUIÇÕES
As contribuições desta pesquisa são fundamentadas nos resultados obtidos
durante o desenvolvimento e nas aplicações experimentais da ferramenta proposta
para análise de memorial descritivo de projetos de produtos sob encomenda.
Assim, de forma geral destacam-se seis possíveis contribuições:
a) a revisão da literatura promoveu a identificação de convergencia entre o
PDP industriais e PDP sob encomenda;
b) identificação das diferenças entre produtos industriais e produtos sob
encomenda;
c) que a ausência de informações precisas no memorial descritivo implicará
diretamente na elevação da planilha financeira do produto sob encomenda;
d) a etapa de maior relevância no PDP sob encomenda é o Potencial Perfil de
Fabricação;
5 Conclusões e Recomendação para Trabalhos Futuros 117
e) o detalhamento técnico do projeto será fundamental para a visualização do
Potencial Perfil de Fabricação para o projetista;
f) as etapas previstas para a ferramenta FVI-PDPSE são consistentes e
contribuem um encaminhamento para a criação de metodologia para PDP sob
encomenda.
Os pesos determinados para os critérios identificam informações mais
relevantes no encaminhamento da criação do memorial descritivo. Na etapa de
briefing, a voz do consumidor (usuário final) é capturada para o endereçamento
correto das necessidades.
Os resultados preliminares das aplicações experimentais ilustram a
capacidade da ferramenta, em identificar e focar as informações de maior relevância
para o projetista.
Para finalizar, julga-se que o objetivo principal da presente pesquisa,
como exposto na Seção 1.3 foi justificado e atingido, considerando que o
experimento aponta consistência na verificação e análise das informações contidas
em memoriais descritivos para produtos sob encomenda.
5.4 RECOMENDAÇÃO PARA TRABALHOS FUTUROS
As recomendações apresentadas a seguir dizem respeito à ferramenta
proposta bem como as pesquisas futuras relacionadas ao tema deste trabalho. O
aprimoramento dos pesos e inclusão de mais critérios na ferramenta de verificação
deveser levada em consideração, visto que, as especificidades de cada produto
sob encomenda determinará a necessidade da inclusão ou retirada de critérios.
Detalhamento do critério qualidade deve ser melhor estudado e especificado,
pois, influencia diretamente no critério manutenção e função.
Aprimorar conhecimentos em PDPSE para identificação de mais critérios e
melhorar o entendimento de produtos na modalidade sob encomenda.
Desenvolvimento de software para calcular os valores numéricos da etapas
do PDPSE para avaliar as informações, além de exibir um possível roteiro dos
caminhos a ser percorrido pelos projetistas na ocorrência de AQI abaixo de 7,0.
5 Conclusões e Recomendação para Trabalhos Futuros 118
Na condição de produtos confidenciais mais complexos desenvolvidos por
empresas privadas, faz-se necessária uma avaliação prévia da empresa contratada,
ou adotar sistemática para desenvolvimento de empresas prestadoras de serviços
confiáveis.
Acredita-se que, embora o memorial descritivo aplicado estudado tenha servido
para uma validação parcial da ferramenta, esta necessitaria ser examinada numa
situação em que são lançados editais de concorrência nas mais variadas
modalidades (licitação, carta convite entre outros), direcionando ao memorial
descritivo de projeto e cláusulas contratuais.
Estudar a possibilidade de:
a) Agregação de bancos de dados à ferramenta computacional, tanto da
capacidade de aplicação da ferramenta FVI-PDPSE, quanto dos critérios de
avaliação;
b) Análise de repetibilidade para o modelo proposto;
c) Analisar de forma reversa a engenharia de produção na fabricação de
produtos sob encomenda na ótica administrativa e técnica;
d) Analisar os princípios aplicáveis da engenharia simultânea no PDPSE.
5 Conclusões e Recomendação para Trabalhos Futuros 119
Referências 120
REFERÊNCIAS
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2004. 85f, Dissertação (Mestrado em Engenharia Mecânica) Universidade
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ISO/IEC 9126-1: 2000. Software engineering Software product quality- Part 1:
Quality model.
ISO/IEC 9126-4: 2000. Software engineering Software product quality- Part 4:
Quality in use metrics.
Referências 121
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Universidade Federal do Rio de Janeiro, Nov. 4-8, 1999.
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Engenharia: Fundamentos do Desenvolvimento Eficaz de Produtos, Métodos e
Aplicações. 6 ed.. São Paulo: Edgard Blücher, 2005.
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Referências 122
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Apêndice A Questionário aplicado aos grupos 123
APÊNDICE A QUESTIONÁRIO APLICADO AOS PROJETISTAS
Neste apêndice encontra-se o questionário aplicado para os projetistas de
produto.
Nome: ______________________________________________________________
1) A estruturação do experimento foi suficientemente clara para o desenvolvimento dele?
a) Sim
b) Sim, parcialmente
c) Não
2) Em sua opinião a ferramenta auxilia a reduzir tempo na avaliação e verificação de informação em
memorial descritivo de produtos sob encomenda?
a) Sim
b) Sim, parcialmente
c) Não
3) Qual o tempo de experiência que você possui na área de Desenvolvimento de Produtos ?
4) Qual etapa da ferramenta FVI-PDPSE representa maior dificuldade para o julgamento e aplicação
de conceito?
5) Qual etapa da ferramenta FVI-PDPSE representa maior facilidade para o julgamento e aplicação
de conceito?
6) Em sua opinião a ferramenta proposta auxilia na verificação de informações do Processo de
Desenvolvimento de Produtos sob Encomenda?
a) Sim
b) Sim, parcialmente
c) Não
7) Em sua opinião as etapas propostas em conjunto com os critérios contribuíram para a verificação e
avaliação da qualidade das informações contidas no memorial descritivo?
a) Sim
b) Sim, parcialmente
c) Não
8) Como você qualifica a ferramenta proposta:
a) fácil manuseio
b) difícil manuseio
Apêndice B - Definições das etapas de verificação de projeto de produto sob encomenda do grupo 01 124
APÊNDICE B DEFINIÇÕES DAS ETAPAS DE VERIFICAÇÃO DE PROJETO
DE PRODUTO SOB ENCOMENDA DO PROJETISTA 01
Neste apêndice encontram-se as conceitos relacionados às etapas que a
ferramenta aborda para a aplicação dos conceitos nos critérios utilizados para
avaliação da qualidade de informação, aplicado para ao projetista de produtos sob
encomenda pertencente ao projetista 01 (controle).
Briefing essa etapa é o momento da descrição geral do projeto e do produto
para conhecimento do desenvolvedor de produtos sob encomenda;
Visita Comercial (coleta de informação) etapa principal para coleta de
informações visuais, físicas e execução de análises gerais posteriores;
Visita Administrativa momento que trata especificamente dos itens
relacionados a administração do projeto para fabricação do produto;
Visita Técnica - fase que trata especificamente dos itens relacionados que
detalham e clarificam o produto do projeto;
Fabricação fase de grande representatividade onde o cronograma de
atividades, processos, desembolso financeiro e custos que o produto apresenta;
Qualidade características e especificações atribuídas ao produto;
Operacional item que trata diretamente da mão de obra operacional
necessária para andamento do projeto e fabricação do produto;
Potencial Perfil de Fabricação do Produto é a etapa que trata diretamente da
realização do produto, ou seja, a construção do que está planejado nas plantas e
torná-lo realidade;
Cláusulas Contratuais é o momento em que as regras, necessidades e
definições devem estar reunidas, para o cumprimento integral dos procedimentos e
atendimento das necessidades.
Apêndice C - Tabela com resultados do experimento do projetista 02 125
APÊNDICE C - TABELA COM RESULTADOS DO EXPERIMENTO DO
PROJETISTA 02
Neste apêndice encontram-se as quatro tabelas integrais com as justificativas
dos conceitos aplicados nos critérios utilizados para avaliação da qualidade de
informação, aplicado para ao projetista de produtos sob encomenda pertencente ao
Projetista 02 .
Apêndice C - Tabela com resultados do experimento do projetista 02 126
Tabela C1 Formulário da etapa Briefing preenchido pelo Projetista 02
Tema: Produto
ETAPA BRIEFING
Atividades
Peso
Conceito
sub-
total
Justificativa do conceito
atribuído
1.0 Briefing
1.1 Avaliação preliminar do
projeto
1.1.1 Nome do Projeto
0,2
0,7
0,14
Melhorar o nome do projeto
1.1.2 Descrição do Projeto
0,3
1
0,30
Apresenta a descrição
completa
1.1.3 Valor estimativo do projeto
0,5
0,7
0,35
Valor estimativo não
apresenta critérios contábeis
1.1.4 Experiência do responsável
Técnico do Projeto
0,4
1
0,40
Experiência considerável
1.1.5 Avaliação prévia da Contratante /
Contratada
0,8
0,4
0,32
Não apresenta itens para
avaliar
1.2 Status do
Projeto
1.2.1 (P) - Paralisado
0,3
0,6
0,18
Paralisado por causas
ambientais, nova
regulamentação
1.2.2 (A) - Andamento
0,2
1
0,20
-
1.2.3 (N) - In Natura
0,4
1
0,40
-
1.3 Tipo de Projeto
1.3.1 Público / Não Confidencial
0,2
0,7
0,14
Projeto de baixa
complexidade
1.3.2 Público / Confidencial
0,5
1
0,50
-
1.3.3 Privado / Não Confidencial
0,3
1
0,30
-
1.3.4 Privado / Confidencial
0,6
1
0,60
-
1.4 Oportunidade Identificada
0,1
0,7
0,07
Apresentada a oportunidade
1.5 Usuários
0,1
0,7
0,07
Os usuários são
apresentados
1.6 Objetivos
0,2
1
0,20
Objetivo claro
1.7 Equipe de Projeto
0,3
1
0,30
Equipe de projeto descrita
1.8 Pontos críticos
0,5
0,7
0,35
Avaliar mais detalhes de
pontos críticos
1.9 Plantas gerais do produto
0,7
0,7
0,49
Ausência de detalhes
técnicos
1.10 Detalhamento do produto
0,8
0,7
0,56
Ausência de detalhes
técnicos para o acabamento
das superfícies
1.11 Instalação / uso do produto
0,7
0,7
0,49
-
1.12 Controle do projeto
0,3
1
0,30
O projeto apresenta controle
definido
1.13 Normas e Regulamentações para o produto
0,6
1
0,60
As normas são apresentadas
1.14 Alinhamento do projeto com o ramo da
empresa
1
0,7
0,70
Σ T1F1 =
8,0
Apêndice C - Tabela com resultados do experimento do projetista 02 127
Tabela C2 Formulário da etapa Visita Comercial preenchido pelo Projetista 02
Tema: Produto
ETAPA VISITA COMERCIAL
Atividades
Peso
Conceito
Sub-
total
Justificativa do conceito
atribuído
2.0 Visita Comercial (Coleta de Informação)
2.1 Visita Administrativa
2.1.1 Disponibilidade de
Insumos Gerais
0,8
1
0,80
Apresenta descrição
2.1.2 Similaridade com projeto
anteriores
0,5
1
0,50
Apresenta descrição
2.1.3 Mão-de-Obra
0,4
1
0,40
Apresenta descrição
2.1.4 Aparato
Tecnológico/Administrativo
0,1
1
0,10
Apresenta descrição
2.1.5 Normas e Procedimentos
Internos
0,2
1
0,20
Apresenta descrição
2.1.6 Cronograma /
sazonalidade
0,8
1
0,80
Apresenta descrição
2.2 Visita Técnica
2.2.1 Objeto /
Escopo
2.2.1.1 Produto Final
0,6
1
0,60
Apresenta descrição
2.2.1.2 Local
0,4
1
0,40
Apresenta descrição
2.2.1.3 Metodologia de trabalho
0,5
1
0,50
Apresenta descrição
2.2.2 Fabricação
2.2.2.1 Matéria Prima
0,8
1
0,80
Apresenta descrição
2.2.2.2 Tecnologias disponíveis
0,5
1
0,50
Apresenta descrição
2.2.2.3 Aquisição de
Tecnologia
0,8
1
0,80
Apresenta descrição
2.2.2.4 Capacidade Efetiva de
fabricação
0,1
1
0,10
Apresenta descrição
2.2.3 Qualidade
2.2.3.1 Requisitos de
Qualidade em Uso
2.2.3.1.1 Efetividade
0,1
0,7
0,07
Item precisa de melhor
descrição
2.2.3.1.2 Produtividade
0,2
1
0,20
Apresenta descrição
2.2.3.1.3 Segurança
0,2
0,7
0,14
Item precisa de melhor
descrição
2.2.3.1.4 Satisfação
0,4
0,7
0,28
Item precisa de melhor
descrição
2.2.3.2 Requisitos de Qualidade
Interna e Externa
2.2.3.2.1 Funcionalidade
0,1
1
0,10
Apresenta descrição
2.2.3.2.2 Confiabilidade
0,1
0,7
0,07
Item precisa de melhor
descrição
2.2.3.2.3 Usabilidade
0,1
1
0,10
Apresenta descrição
2.2.3.2.4 Eficiência
0,1
0,7
0,07
Item precisa de melhor
descrição
2.2.3.2.5 Manutenibilidade
0,2
0,7
0,14
Item precisa de melhor
descrição
2.2.3.3 Procedimentos para
Retrabalhos
0,1
0,7
0,07
Item precisa de melhor
descrição
2.2.4
Operacional
2.2.4.1 Equipe Mínima de
Projeto
0,8
1
0,80
Apresenta descrição
2.2.4.2 Regime de Trabalho
0,5
0,7
0,35
Item precisa de melhor
descrição
2.2.4.3 Procedimento para
Terceirização
0,6
0,8
0,48
Apresenta descrição mas
sem detalhamento
Σ T1F2 =
9,37
Apêndice C - Tabela com resultados do experimento do projetista 02 128
Tabela C3 Formulário da etapa Potencial Perfil de Fabricação preenchido pelo
Projetista 02
Tema: Produto
ETAPA: POTENCIAL PERFIL DE FABRICAÇÃO
Atividades
Peso
Conceito
Sub-
total
Justificativa do conceito atribuído
3.0 Potencial Perfil de Fabricação do Produto
3.1 Mobilização
3.1.1 Mobilização de mão de obra
1,2
1
1,20
Apresenta descrição detalhada no MD
3.1.2 Mobilização de tecnologias
1
1
1,00
Apresenta descrição detalhada no MD
3.1.3 Mobilização de espaço físico
0,2
1
0,20
Apresenta descrição detalhada no MD
3.2 Projeto
Executivo
3.2.1 Levantamento de campo
0,1
0,7
0,07
Definir com a fiscalização
3.2.2 Elaboração e aquisição de
materiais/consumíveis
0,2
0,7
0,14
Definir com a fiscalização
3.2.3 Elaboração de plantas
0,2
1
0,20
Apresenta descrição detalhada no MD
3.3 Execução da Fabricação
3.3.1 Preparação
0,2
0,7
0,14
Definir com a fiscalização
3.3.2 Testes iniciais
0,2
1
0,20
Apresenta descrição detalhada no MD
3.3.3 Fabricação
2
0,7
1,40
O detalhe do projeto permite
ambiguidade na determinação do
Potencial Perfil de Fabricação
3.3.4 Teste de Qualidade
0,3
0,7
0,21
Definir com a fiscalização
3.3.5 Montagem
0,4
0,7
0,28
Definir com a fiscalização
3.3.6 Acabamentos finais
0,3
1
0,30
Apresenta descrição detalhada no MD
3.3.7 Aprovação do Cliente
0,2
1
0,20
Apresenta descrição detalhada no MD
3.4 Desmobilização
3.4.1 Entrega do Projeto As Built
0,2
0,7
0,14
Definir com a fiscalização
3.4.2 Entrega dos documentos
finais
0,1
0,7
0,07
Definir com a fiscalização
3.4.3 Desmobilização de espaço
físico
0,1
1
0,10
Apresenta descrição detalhada no MD
3.4.4 Desmobilização de mão de
obra
3
1
3,00
Apresenta descrição detalhada no MD
3.4.5 Desmobilização de
tecnologias
0,1
1
0,10
Apresenta descrição detalhada no MD
Σ T1F2 =
8,95
Apêndice C - Tabela com resultados do experimento do projetista 02 129
Tabela C4 Formulário da etapa Cláusulas Contratuais preenchido pelo projetista
02
Tema: Contrato
Atividades
Peso
Conceito
Sub-
total
Justificativa do conceito atribuído
4.0 Cláusulas Contratuais
4.1 Objeto do Contrato
0,3
1
0,30
Definição clara e completa no
contrato
4.2 Obrigações da Contratante
0,7
0,7
0,49
Melhorar descrições que está
presente no contrato
4.3 Obrigações da Contratada
1,2
0,7
0,84
Melhorar descrições que está
presente no contrato
4.4 Prazo
0,5
0,7
0,35
O prazo é insuficiente para atender
o cronograma
4.5 Preço e valor
0,5
0,7
0,35
Apresentar mais detalhes dos
percentuais utilizados para impostos
4.6 Forma de Pagamentos
1,1
1
1,10
Definição clara e completa no
contrato
4.7 Reajuste de Preço
0,2
1
0,20
Definição clara e completa no
contrato
4.8 Multa
0,2
1
0,20
Definição clara e completa no
contrato
4.9 Fiscalização
0,3
1
0,30
Definição clara e completa no
contrato
4.10 Aceitação do produto
0,6
0,7
0,42
Definir com a fiscalização
4.11 Rescisão
0,2
0,7
0,14
Definir com a fiscalização
4.12 Cessão
0,1
1
0,10
Definição clara e completa no
contrato
4.13 Especificidades Jurídicas
0,3
1
0,30
Definição clara e completa no
contrato
4.14 Especificidades Contábeis
0,3
1
0,30
Definição clara e completa no
contrato
4.15 Responsabilidade das partes
0,1
1
0,10
Definição clara e completa no
contrato
4.16 Onerosidade excessiva e
desequilíbrio econômico-financeira do
contrato
1,5
1
1,50
Definição clara e completa no
contrato
4.17 Subcontratação e Terceirização
1
0,7
0,70
Definir com a fiscalização
4.18 Política de Segurança
0,3
0,7
0,21
Item precisa de melhor descrição
4.19 Política Ambiental
0,3
0,7
0,21
Item precisa de melhor descrição
4.20 Garantia
0,3
0,7
0,21
Item precisa de melhor descrição
Σ T2F4 =
8,32
Apêndice D - Tabela com resultados do experimento do projetista 03 130
APÊNDICE D - TABELA COM RESULTADOS DO EXPERIMENTO DO
PROJETISTA 03
Neste apêndice encontram-se as quatro tabelas integrais com as justificativas
dos conceitos aplicados nos critérios utilizados para avaliação da qualidade de
informação, aplicado para ao projetista de produtos sob encomenda pertencente ao
projetista 03.
Apêndice D - Tabela com resultados do experimento do projetista 03 131
Tabela D1 Formulário da etapa Briefing preenchido pelo Projetista 03
Tema: Produto
ETAPA: BRIEFING
Atividades
Peso
Conceito
sub-total
Justificativa do conceito atribuído
1.0 Briefing
1.1 Avaliação preliminar do
projeto
1.1.1 Nome do Projeto
0,2
0,9
0,18
O nome do projeto está clara no entanto
apresenta itens a ser checado nas fases
posteriores.
1.1.2 Descrição do Projeto
0,3
0,9
0,27
A descrição do projeto está de acordo
com as atividades a
1.1.3 Valor estimativo do projeto
0,5
0,9
0,45
O valor estimativo está claro em contrato
1.1.4 Experiência do responsável Técnico
do Projeto
0,4
0,9
0,36
A equipe de projeto apresenta-se de
forma confiável
1.1.5 Avaliação prévia da Contratante /
Contratada
0,8
0,4
0,32
Não há uma descrição prévia da
contratante
1.2 Status do Projeto
1.2.1 (P) - Paralizado
0,3
0,4
0,12
A questão ambiental é item de pouco
conhecimento e item de grandes
embates pelos congressos e empresas
1.2.2 (A) - Andamento
0,2
1
0,20
O projeto não apresenta status em
andamento
1.2.3 (N) - In Natura
0,4
1
0,40
O projeto não apresenta status in natura
1.3 Tipo de Projeto
1.3.1 Público / Não Confidencial
0,2
0,4
0,08
1.3.2 Público / Confidencial
0,5
1
0,50
O projeto não é confidencial
1.3.3 Privado / Não Confidencial
0,3
1
0,30
O projeto não é de empresa privada
1.3.4 Privado / Confidencial
0,6
1
0,60
O projeto não é de empresa privada
1.4 Oportunidade Identificada
0,1
0,7
0,07
Apresenta descrição
1.5 Usuários
0,1
0,4
0,04
Os usuários são citadas de forma
generalizada
1.6 Objetivos
0,2
0,4
0,08
Os objetivos não estão claros quanto a
utilização
1.7 Equipe de Projeto
0,3
1
0,30
A equipe de projeto apresenta-se de
forma confiável
1.8 Pontos críticos
0,5
0,8
0,40
Apresenta descrição
1.9 Plantas gerais do produto
0,7
0,9
0,63
Falta mais detalhes das plantas gerais
1.10 Detalhamento do produto
0,8
0,8
0,64
Melhorar o detalhamento e padronizar
1.11 Instalação / uso do produto
0,7
0,5
0,35
Falta desenhos para ilustrar onde
ocorrerá a instalação do produto
1.12 Controle do projeto
0,3
0,8
0,24
O controle é apresentado, mas precisa
de detalhes importantes
1.13 Normas e Regulamentações para o produto
0,6
0,9
0,54
Falta normas direcionadas ao produto
1.14 Alinhamento do projeto com o ramo da
empresa
1
0,8
0,80
Apresenta descrição
Σ T1F1 =
7,87
Apêndice D - Tabela com resultados do experimento do projetista 03 132
Tabela D2 Formulário da etapa Visita Comercial preenchido pelo projetista 03
Tema: Produto
ETAPA: VISITA COMERCIAL
Atividades
Peso
Conceito
Sub-
total
Justificativa do conceito atribuído
2.0 Visita Comercial (Coleta de Informação)
2.1 Visita Administrativa
2.1.1 Disponibilidade de Insumos Gerais
0,8
0,9
0,72
Faz descrição
2.1.2 Similaridade com projeto anteriores
0,5
0,7
0,35
Apresenta certa similaridade
2.1.3 Mão-de-Obra
0,4
0,8
0,32
Definida em contrato
2.1.4 Aparato Tecnológico/Administrativo
0,1
0,4
0,04
Apresentar mais detalhes
2.1.5 Normas e Procedimentos Internos
0,2
1
0,20
Apresenta procedimentos consolidados
2.1.6 Cronograma / sazonalidade
0,8
1
0,80
Apresenta cronograma definido
2.2 Visita Técnica
2.2.1 Objeto /
Escopo
2.2.1.1 Produto Final
0,6
0,4
0,24
A visualização ficou bastante
comprometida
2.2.1.2 Local
0,4
0,9
0,36
Faz descrição
2.2.1.3 Metodologia de trabalho
0,5
0,5
0,25
Apresenta falha e ausência de
informações
2.2.2 Fabricação
2.2.2.1 Matéria Prima
0,8
0,9
0,72
Faz descrição
2.2.2.2 Tecnologias disponíveis
0,5
0,8
0,40
Faz descrição
2.2.2.3 Aquisição de Tecnologia
0,8
0,7
0,56
Avaliação interna da equipe de projeto
2.2.2.4 Capacidade Efetiva de fabricação
0,1
0,4
0,04
O cronograma faz com que a capacidade
efetiva seja superada,
2.2.3 Qualidade
2.2.3.1 Requisitos de
Qualidade em Uso
2.2.3.1.1 Efetividade
0,1
0,4
0,04
Precisa de mais detalhamento por parte
do cliente
2.2.3.1.2 Produtividade
0,2
0,4
0,08
Precisa de mais detalhamento por parte
do cliente
2.2.3.1.3 Segurança
0,2
0,4
0,08
Precisa de mais detalhamento por parte
do cliente
2.2.3.1.4 Satisfação
0,4
0,4
0,16
Precisa de mais detalhamento por parte
do cliente
2.2.3.2 Requisitos de
Qualidade Interna e Externa
2.2.3.2.1 Funcionalidade
0,1
0,6
0,06
Precisa de mais detalhamento por parte
do cliente
2.2.3.2.2 Confiabilidade
0,1
0,6
0,06
Precisa de mais detalhamento por parte
do cliente
2.2.3.2.3 Usabilidade
0,1
0,5
0,05
Precisa de mais detalhamento por parte
do cliente
2.2.3.2.4 Eficiência
0,1
0,4
0,04
Precisa de mais detalhamento por parte
do cliente
2.2.3.2.5 Manutenibilidade
0,2
0,8
0,16
Precisa de mais detalhamento por parte
do cliente
2.2.3.3 Procedimentos para Retrabalhos
0,1
0,4
0,04
-
2.2.4 Operacional
2.2.4.1 Equipe Mínima de Projeto
0,8
1
0,80
Está adequado para o projeto
2.2.4.2 Regime de Trabalho
0,5
1
0,50
Está adequado para o projeto
2.2.4.3 Procedimento para Terceirização
0,6
1
0,60
Está adequado para o projeto
Σ T1F2 =
7,67
Apêndice D - Tabela com resultados do experimento do projetista 03 133
Tabela D3 Formulário da etapa Potencial Perfil de Fabricação preenchido pelo
projetista 03
Tema: Produto
ETAPA: POTENCIAL PERFIL DE FABRICAÇÃO
Atividades
Peso
Conceito
Sub-
total
Justificativa do conceito
atribuído
3.0 Potencial Perfil de Fabricação do Produto
3.1 Mobilização
3.1.1 Mobilização de mão de obra
1,2
1
1,20
Apresenta boa descrição
3.1.2 Mobilização de tecnologias
1
0,4
0,40
Item de verificação interna
da equipe de projeto
3.1.3 Mobilização de espaço físico
0,2
0,6
0,12
Apresenta localização
adequada
3.2 Projeto
Executivo
3.2.1 Levantamento de campo
0,1
0,7
0,07
Definir com a fiscalização
3.2.2 Elaboração e aquisição de
materiais/consumíveis
0,2
0,7
0,14
Definir com a fiscalização
3.2.3 Elaboração de plantas
0,2
0,9
0,18
Definir com a fiscalização
3.3 Execução da Fabricação
3.3.1 Preparação
0,2
0,5
0,10
Definir com a fiscalização
3.3.2 Testes iniciais
0,2
0,5
0,10
Definir com a fiscalização
3.3.3 Fabricação
2
0,5
1,00
Não apresenta dados
suficientes para a
determinação do perfil
3.3.4 Teste de Qualidade
0,3
0,7
0,21
Definir com a fiscalização
3.3.5 Montagem
0,4
0,8
0,32
Definir com a fiscalização
3.3.6 Acabamentos finais
0,3
0,9
0,27
Definir com a fiscalização
3.3.7 Aprovação do Cliente
0,2
1
0,20
Definir com a fiscalização
3.4 Desmobilização
3.4.1 Entrega do Projeto As Built
0,2
1
0,20
Apresenta definições
claras
3.4.2 Entrega dos documentos finais
0,1
0,6
0,06
Determinada em contrato
de forma subjetiva
3.4.3 Desmobilização de espaço
físico
0,1
0,4
0,04
Não apresenta dados
suficientes para a
determinação
3.4.4 Desmobilização de mão de obra
3
1
3,00
Apresenta definições
claras
3.4.5 Desmobilização de tecnologias
0,1
0,4
0,04
Não apresenta dados
suficientes para a
determinação
Σ T1F3 =
7,65
Apêndice D - Tabela com resultados do experimento do projetista 03 134
Tabela D4 Formulário da etapa Cusulas Contratuais preenchido pelo projetista
03
Tema: Contrato
Atividades
Peso
Conceito
Sub-total
Justificativa do conceito atribuído
4.0 Cláusulas Contratuais
4.1 Objeto do Contrato
0,3
1
0,30
O contrato apresenta claramente
4.2 Obrigações da Contratante
0,7
1
0,70
O contrato apresenta claramente
4.3 Obrigações da Contratada
1,2
1
1,20
O contrato apresenta claramente
4.4 Prazo
0,5
1
0,50
O contrato apresenta claramente
4.5 Preço e valor
0,5
1
0,50
O contrato apresenta claramente
4.6 Forma de Pagamentos
1,1
0,4
0,44
Faz-se necessário definir períodos de
pagamento
4.7 Reajuste de Preço
0,2
1
0,20
O contrato apresenta claramente
4.8 Multa
0,2
1
0,20
O contrato apresenta claramente
4.9 Fiscalização
0,3
1
0,30
O contrato apresenta claramente
4.10 Aceitação do produto
0,6
1
0,60
O contrato apresenta claramente
4.11 Rescisão
0,2
1
0,20
O contrato apresenta claramente
4.12 Cessão
0,1
1
0,10
O contrato apresenta claramente
4.13 Especificidades Jurídicas
0,3
1
0,30
O contrato apresenta claramente
4.14 Especificidades Contábeis
0,3
0,9
0,27
Definir índice e percentuais contábeis
4.15 Responsabilidade das partes
0,1
1
0,10
O contrato apresenta claramente
4.16 Onerosidade excessiva e
desequilíbrio econômico-
financeira do contrato
1,5
0,8
1,20
Definir índice e percentuais contábeis
4.17 Subcontratação e
Terceirização
1
1
1,00
O contrato apresenta claramente
4.18 Política de Segurança
0,3
1
0,30
O contrato apresenta claramente
4.19 Política Ambiental
0,3
1
0,30
O contrato apresenta claramente
4.20 Garantia
0,3
1
0,30
O contrato apresenta claramente
Σ T2F4 =
9,01
Apêndice E - Tabela com resultados do experimento do grupo 04 135
APÊNDICE E - TABELA COM RESULTADOS DO EXPERIMENTO DO
PROJETISTA 04
Neste apêndice encontram-se as quatro tabelas integrais com as justificativas
dos conceitos aplicados nos critérios utilizados para avaliação da qualidade de
informação, aplicado para ao projetista de produtos sob encomenda pertencente ao
projetista 04 (Empresário e Engenheiro Mecânico Sênior).
Apêndice E - Tabela com resultados do experimento do grupo 04 136
Tabela E1 Formulário da etapa Briefing preenchido pelo projetista 04
Tema: Produto
ETAPA: BRIEFING
Atividades
Peso
Conceito
sub-
total
Justificativa do conceito atribuído
1.0 Briefing
1.1 Avaliação preliminar do
projeto
1.1.1 Nome do Projeto
0,2
0,7
0,14
O nome do projeto está extenso
1.1.2 Descrição do Projeto
0,3
1
0,30
A descrição do projeto está de
acordo com as atividades
desenvolvidas
1.1.3 Valor estimativo do projeto
0,5
1
0,50
Apresenta índices atuais
1.1.4 Experiência do responsável
Técnico do Projeto
0,4
1
0,40
A experiência da fiscalização é
considerável
1.1.5 Avaliação prévia da
Contratante / Contratada
0,8
1
0,80
A contratante é consolidada
1.2 Status do
Projeto
1.2.1 (P) - Paralisado
0,3
0,2
0,06
O motivo da paralisação é
grave e requer inúmeras
manobras para destravar
1.2.2 (A) - Andamento
0,2
1
0,20
O projeto não está em
andamento
1.2.3 (N) - In Natura
0,4
1
0,40
O projeto não está in natura
1.3 Tipo de Projeto
1.3.1 Público / Não Confidencial
0,2
0,4
0,08
O projeto não é confidencial,
mas parte de empresa pública
1.3.2 Público / Confidencial
0,5
1
0,50
-
1.3.3 Privado / Não Confidencial
0,3
1
0,30
-
1.3.4 Privado / Confidencial
0,6
1
0,60
-
1.4 Oportunidade Identificada
0,1
1
0,10
A necessidade do produto está
justificada
1.5 Usuários
0,1
1
0,10
Os usuários estão
caracterizados
1.6 Objetivos
0,2
1
0,20
O objetivo de uso do produto
apresenta detalhes suficientes
para entendimento
1.7 Equipe de Projeto
0,3
1
0,30
Apresenta uma equipe
considerável
1.8 Pontos críticos
0,5
1
0,50
Itens verificados
1.9 Plantas gerais do produto
0,7
0,7
0,49
Precisa de maiores detalhes na
instalação
1.10 Detalhamento do produto
0,8
0,7
0,56
Necessita de mais detalhes
para o perfeito entendimento
1.11 Instalação / uso do produto
0,7
1
0,70
Precisa de maiores detalhes na
instalação
1.12 Controle do projeto
0,3
0,7
0,21
Apresenta metodologia e com
quem resolver problemas
1.13 Normas e Regulamentações para o
produto
0,6
0,7
0,42
Apresenta normas de
regulamentação
1.14 Alinhamento do projeto com o ramo da
empresa
1
1
1,00
A empresa está alinhada com o
tipo de projeto
Σ T1F1 =
8,86
Apêndice E - Tabela com resultados do experimento do grupo 04 137
Tabela E2 Formulário da etapa Visita Comercial preenchido pelo projetista 04
Tema: Produto
ETAPA: VISITA COMERCIAL
Atividades
Peso
Conceito
Sub-
total
Justificativa do conceito
atribuído
2.0 Visita Comercial (Coleta de Informação)
2.1 Visita Administrativa
2.1.1 Disponibilidade de Insumos
Gerais
0,8
1
0,80
Descrição clara
2.1.2 Similaridade com projeto
anteriores
0,5
1
0,50
Projeto sem grandes
inovações para equipe
2.1.3 Mão-de-Obra
0,4
0,7
0,28
Definida mas precisa de mais
detalhes
2.1.4 Aparato
Tecnológico/Administrativo
0,1
1
0,10
Sem grandes exigências
2.1.5 Normas e Procedimentos
Internos
0,2
1
0,20
Procedimentos normais de
empresas contratantes
2.1.6 Cronograma / sazonalidade
0,8
1
0,80
Cronograma de atividades
bem distribuido
2.2 Visita Técnica
2.2.1 Objeto /
Escopo
2.2.1.1 Produto Final
0,6
1
0,60
Produto de fácil entendimento
2.2.1.2 Local
0,4
1
0,40
Local de facil acessibilidade
2.2.1.3 Metodologia de trabalho
0,5
1
0,50
Metodologia clara
2.2.2 Fabricação
2.2.2.1 Matéria Prima
0,8
1
0,80
Matéria prima de fácil acesso
no mercado
2.2.2.2 Tecnologias disponíveis
0,5
0,6
0,30
Parte da tecnologia será
terceirizada
2.2.2.3 Aquisição de Tecnologia
0,8
1
0,80
Não há necessidade de
grandes aquisições
2.2.2.4 Capacidade Efetiva de
fabricação
0,1
0,6
0,06
A empresa possui
parcialmente a capacidade
2.2.3 Qualidade
2.2.3.1 Requisitos de
Qualidade em Uso
2.2.3.1.1 Efetividade
0,1
0,5
0,05
Parâmetros definidos pelo
cliente
2.2.3.1.2 Produtividade
0,2
0,5
0,10
Parâmetros definidos pelo
cliente
2.2.3.1.3 Segurança
0,2
0,5
0,10
Parâmetros definidos pelo
cliente
2.2.3.1.4 Satisfação
0,4
0,5
0,20
Parâmetros definidos pelo
cliente
2.2.3.2 Requisitos de
Qualidade Interna e Externa
2.2.3.2.1 Funcionalidade
0,1
0,5
0,05
Parâmetros definidos pelo
cliente
2.2.3.2.2 Confiabilidade
0,1
0,5
0,05
Parâmetros definidos pelo
cliente
2.2.3.2.3 Usabilidade
0,1
0,5
0,05
Parâmetros definidos pelo
cliente
2.2.3.2.4 Eficiência
0,1
0,4
0,04
Parâmetros definidos pelo
cliente
2.2.3.2.5 Manutenibilidade
0,2
0,5
0,10
Parâmetros definidos pelo
cliente
2.2.3.3 Procedimentos para
Retrabalhos
0,1
1
0,10
Fiscalização ficará
responsável
2.2.4
Operacional
2.2.4.1 Equipe Mínima de Projeto
0,8
1
0,80
Descrição clara
2.2.4.2 Regime de Trabalho
0,5
1
0,50
Descrição clara
2.2.4.3 Procedimento para
Terceirização
0,6
1
0,60
Descrição clara
Σ T1F2 =
8,88
Apêndice E - Tabela com resultados do experimento do grupo 04 138
Tabela E3 Formulário da etapa Potencial Perfil de Fabricação preenchido pelo
projetista 04
Tema: Produto
ETAPA: POTENCIAL PERFIL DE FABRICAÇÃO
Atividades
Peso
Conceito
Sub-total
Justificativa do conceito
atribuído
3.0 Potencial Perfil de Fabricação do Produto
3.1 Mobilização
3.1.1 Mobilização de mão de obra
1,2
1
1,20
Apresenta descrição
3.1.2 Mobilização de tecnologias
1
1
1,00
Apresenta descrição da forma
de mobilização
3.1.3 Mobilização de espaço físico
0,2
1
0,20
Apresenta normas para
mobilização
3.2 Projeto Executivo
3.2.1 Levantamento de campo
0,1
0,7
0,07
O levantamento de campo
deve ser previamente feito
3.2.2 Elaboração e aquisição de
materiais/consumíveis
0,2
0,7
0,14
Parcialmente a lista de
materiais e consumíveis é
executável
3.2.3 Elaboração de plantas
0,2
0,7
0,14
A elaboração de plantas é
remunerada de acordo com o
andamento do projeto
3.3 Execução da Fabricação
3.3.1 Preparação
0,2
1
0,20
A fiscalização fica
encarregada por aprovar
3.3.2 Testes iniciais
0,2
1
0,20
A fiscalização fica
encarregada por aprovar
3.3.3 Fabricação
2
0,6
1,20
Não apresenta detalhes
suficientes para a fabricação
integral do produto
3.3.4 Teste de Qualidade
0,3
1
0,30
A fiscalização fica
encarregada por aprovar
3.3.5 Montagem
0,4
1
0,40
O procedimento de
montagem é clara
3.3.6 Acabamentos finais
0,3
1
0,30
Os acabamentos não são tão
rigorosos
3.3.7 Aprovação do Cliente
0,2
1
0,20
O método de aprovação está
claro
3.4 Desmobilização
3.4.1 Entrega do Projeto As Built
0,2
1
0,20
Procedimento claro
3.4.2 Entrega dos documentos finais
0,1
1
0,10
Procedimento claro
3.4.3 Desmobilização de espaço físico
0,1
1
0,10
Procedimento claro
3.4.4 Desmobilização de mão de obra
3
1
3,00
Procedimento claro
3.4.5 Desmobilização de tecnologias
0,1
1
0,10
Procedimento claro
Σ T1F3 =
9,05
Apêndice E - Tabela com resultados do experimento do grupo 04 139
Tabela E4 Formulário da etapa Cusulas Contratuais preenchido pelo projetista
04
Tema: Contrato
Atividades
Peso
Conceito
Sub-
total
Justificativa do conceito atribuído
4.0 Cláusulas Contratuais
4.1 Objeto do Contrato
0,3
1
0,30
O contrato apresenta claramente
4.2 Obrigações da Contratante
0,7
1
0,70
O contrato apresenta claramente
4.3 Obrigações da Contratada
1,2
1
1,20
O contrato apresenta claramente
4.4 Prazo
0,5
0,6
0,30
O prazo pode sofrer alterações
conforme especificidade do produto
e clima
4.5 Preço e valor
0,5
0,6
0,30
O preço sofrerá alterações pela falta
de detalhamento
4.6 Forma de Pagamentos
1,1
0,5
0,55
A forma de pagamento deve ser
estipulada por períodos
4.7 Reajuste de Preço
0,2
1
0,20
O contrato apresenta claramente
4.8 Multa
0,2
1
0,20
O contrato apresenta claramente
4.9 Fiscalização
0,3
1
0,30
O contrato apresenta claramente
4.10 Aceitação do produto
0,6
1
0,60
O contrato apresenta claramente
4.11 Rescisão
0,2
1
0,20
O contrato apresenta claramente
4.12 Cessão
0,1
1
0,10
O contrato apresenta claramente
4.13 Especificidades Jurídicas
0,3
0,5
0,15
Cabe mais detalhamentos
4.14 Especificidades Contábeis
0,3
0,5
0,15
Cabe mais detalhamentos
4.15 Responsabilidade das partes
0,1
1
0,10
O contrato apresenta claramente
4.16 Onerosidade excessiva e desequilíbrio
econômico-financeira do contrato
1,5
0,5
0,75
Cabe mais detalhamentos
4.17 Subcontratação e Terceirização
1
1
1,00
O contrato apresenta claramente
4.18 Política de Segurança
0,3
0,6
0,18
Cabe mais detalhamentos
4.19 Política Ambiental
0,3
0,6
0,18
Cabe mais detalhamentos
4.20 Garantia
0,3
0,6
0,18
Cabe mais detalhamentos
Σ T2F4 =
7,64
Apêndice F Lista de participantes do experimento 140
APÊNDICE F LISTA DE PARTICIPANTES DO EXPERIMENTO
Neste apêndice está descrita a lista de participantes efetivos no experimento da
ferramenta FVI-PDPSE.
Tabela F1 - Lista de participantes do experimento
Item
Nome
Formação
Experiência
Empresa
01
André Luiz Segundo
Engenheiro Mecânico
01 ano
Moto Honda
02
Lisângelo Santos
Engenharia Mecânica, Pós
graduando em Engenharia e
Segurança do trabalho
04 anos
Socorro
Carvalho
Construtora
03
Alyson de Jesus
Mestrando em Engenharia
Elétrica e Engenheiro
Eletricista com ênfase em
Computação.
06 anos como
Projetista de
Desenvolvimento
de Produtos,
Professor .
IFAM / UFAM
04
Sebastião Gonzaga
de Souza
Engenharia Mecânica, Pós
Graduado em Engenharia e
Segurança do Trabalho,
Empresário há 28
anos, Professor
aposentado de
Desenho e Projetos
no IFAM.
Metaforte
Engenharia
Ltda.
Apêndice G Fotos durante o experimento da ferramenta FVI-PDPSE 141
ANDICE G FOTOS DURANTE O EXPERIMENTO DA FERRAMENTA FVI-PDPSE
Figura G1 - Engenheiro Eletricista e Projetista do projetista G03
Figura G2 - Engenheiro Mecânico e Projetista do projetista G02
Figura G3 - Empresário e Engenheiro Mecânico do projetista G04
Apêndice H Tabela com detalhamento dos critérios e método para avaliação do Briefing 142
APÊNDICE H - TABELA COM DETALHAMENTO DOS CRITÉRIOS E MÉTODO
PARA AVALIAÇÃO DO BRIEFING
Neste apêndice encontra-se a tabela H1 com o detalhamento do critérios
inclusos no Memorial Descritivo, com as justificativas dos conceitos aplicados nos
critérios utilizados para avaliação da qualidade de informação na etapa Briefing.
Apêndice H Tabela com detalhamento dos critérios e método para avaliação do Briefing 143
Apêndice I Tabela com detalhamento dos critérios e método para avaliação da Visita Comercial 144
APÊNDICE I - TABELA COM DETALHAMENTO DOS CRITÉRIOS E MÉTODO
PARA AVALIAÇÃO DA VISITA COMERCIAL
Neste apêndice encontra-se a tabela I1 com o detalhamento dos critérios
inclusos no Memorial Descritivo, e as justificativas dos conceitos aplicados nos
critérios utilizados para avaliação da qualidade de informação na etapa Visita
Comercial.
Apêndice I Tabela com detalhamento dos critérios e método para avaliação da Visita Comercial 145
Apêndice J Tabela com detalhamento dos critérios e método para avaliação do Potencial Perfil de Fabricação 146
APÊNDICE J - TABELA COM DETALHAMENTO DOS CRITÉRIOS E MÉTODO
PARA AVALIAÇÃO DO POTENCIAL PERFIL DE FABRICAÇÃO
Neste apêndice encontra-se a tabela J1, com o detalhamento dos critérios
inclusos no Memorial Descritivo, e as justificativas dos conceitos aplicados nos
critérios utilizados para avaliação da qualidade de informação na etapa Potencial
Perfil de Fabricação.
Apêndice J Tabela com detalhamento dos critérios e método para avaliação do Potencial Perfil de Fabricação 147
Apêndice K Tabela com detalhamento dos critérios e método para avaliação das Cláusulas Contratuais 148
APÊNDICE K - TABELA COM DETALHAMENTO DOS CRITÉRIOS E MÉTODO
PARA AVALIAÇÃO DAS CLÁUSULAS CONTRATUAIS
Neste apêndice encontra-se a tabela K1 com o detalhamento do critérios
inclusos no Memorial Descritivo, com as justificativas dos conceitos aplicados nos
critérios utilizados para avaliação da qualidade de informação na etapa Cláusulas
Contratuais.
Apêndice K Tabela com detalhamento dos critérios e método para avaliação das Cláusulas Contratuais 149
Anexo A Memorial Descritivo da aplicação Descritiva 150
ANEXO A MEMORIAL DESCRITIVO DA APLICAÇÃO DESCRITIVA
Nome do Projeto:
Montagem, soldagem e acabamento de lanchas em alumínio naval.
Descrição do Projeto:
O presente Termo de Referência tem como objeto a prestação de serviços de
apoio à Base Naval de Val-de-Cães (BNVC) para montagem, soldagem e
acabamento de lanchas em alumínio naval.
Serviços de apoio consistirão na montagem, soldagem e acabamento de 300
(trezentas) lanchas em alumínio naval de 24 (vinte e quatro) pés, sob a supervisão
técnica da BNVC, em conformidade com o protótipo existente.
Valor estimativo do projeto:
O valor máximo para o produto está orçado em xx.xxx.xxx,xx de acordo com a
tabela demonstrativo de preço estimativo de projeto.
Tabela 1A - Demonstrativo de preço estimativo de projeto
(A)
(B)
(C)
(D)
(E) = B x C
(F) = B x D
Serviço
Estimativa
da
quantidade
de lanchas
a serem
construídas
Valor estimado pela
BNVC para a
fabricação de uma
lancha (em (R$)
obtidos da planilha
do anexo F
Valor proposto
pela LICITANTE
para a fabricação
de uma lancha
(em R$)
Valor estimado
pela BNVC
(em R$)
Valor
proposto pela
LICITANTE
(em R$)
Montagem,
soldagem e
acabamento
de lanchas em
alumínio naval
de 24 pés.
300
V1 = xx.xxx,xx
VI =
xx.xxx.xxx,xx
Experiência do responsável Técnico do Projeto:
O Fiscal do Contrato é a única pessoa credenciada pela BNVC para certificar
Notas Fiscais relativas à conclusão de eventos e/ou serviços. A fiscalização será
executada pelo Chefe do Departamento Industrial (BNVC-20), ou seu preposto;
Anexo A Memorial Descritivo da aplicação Descritiva 151
O fiscal de contrato aplicará testes práticos à mão de obra apresentada pela
contratada, para comprovar sua qualificação e capacitação para realizar o serviço
dentro de padrões de qualidade adequados;
Status do Projeto:
O projeto está in natura.
Oportunidade Identificada:
O produto final tem como função transportar materiais, equipamentos e
pessoas ligadas a educação a distância de forma segura, atendendo as normas de
navegação marítima.
Usuários:
Professores, alunos e funcionários ligados a educação à distância.
Objetivos:
O produto final tem como função transportar pessoas, equipamentos e cargas,
atendendo as normas vigentes na navegação marítima.
Equipe de Projeto:
A equipe de projeto foi contratada para desenvolvimento dos detalhes das
embarcações.
Pontos críticos:
Realizar a limpeza e remoção de detritos e resíduos provenientes do serviço,
observando-se que toda a sucata será de propriedade da BNVC;
É vetado o uso a qualquer tipo de andaime senão o tipo tubular. Será mostrado
durante a visita técnica o modelo de andaime padrão a ser seguido pela vencedora
da licitação. Os profissionais que executarão a montagem dos andaimes,
eventualmente necessários, deverão ter experiência comprovada neste tipo de
atividade.
Plantas gerais do produto:
A entrega das plantas sefeita por etapas, a contratada deverá revisar os
documentos envolvidos no empreendimento, tais como lista de documentos, lista de
linhas e documentos anotando no campo.
Detalhamento do produto / instalação e uso
Arranjo estrutural:
Fundo:
Anexo A Memorial Descritivo da aplicação Descritiva 152
Longitudinal: Formado por 10 (dez) perfis “seção reta trapezoidal”, enrijecidos,
(UDC), com espessura 3,17mm;
Transversal: formado por perfis “U”, simples, com espessura 3,17mm,
sobrepostos aos perfis longitudinais, onde receberão as laterais de bancos;
Costado:
Longitudinal: 01 (um) perfil “U” enrijecido (UDC), com espessura 3,17mm na
parte externa do costado, na altura de 0,30m da altura total do costado. O tricanís
deve ser confeccionado com chapa de 3,0mm em uma estrutural em ”L”;
Popa
Reforçada com mão de força confeccionada com chapa de 3,0mm, travando a
popa com estrutura do fundo
Pintura:
a) Preparação do chapeamento para pintura com aplicação de solução
desengraxante não fosfatizante.
b) Pintura geral com uma demão de primer de alta aderência e uma demão de
alquídica semibrilhante acabamento na cor amarela com faixa na cor preta e texto
“ESCOLAR” na cor amarela.
Motorização e acessórios Instalação e teste dos seguintes materiais:
a) Motor de popa de 90HP, 4T, e de todos os seus acessórios de comando,
controle e hélice; e
b)Motor horizontal, de emergência, 4 T, a gasolina, 6,5 cv a 3.600 rpm, tipo
rabeta.
Acessórios de hidráulica:
a) 02 bombas de porão com capacidade para 1.000 gl/h ;
b) 02 automáticos de bomba;
c) 02 mangueiras para saída d'água, com trama em nylon e saída d'água; e
d) interligação dos acessórios com os sistemas elétrico e hidráulico.
Sistema elétrico:
a) 01 painel de comando elétrico com 06 botões e fusíveis (luz de navegação,
bombas de esgoto, luz de mastro).
b) 01 Bateria tipo Náutica chumbo-ácido 90 Ah / 12 V Blindada ( sem
manutenção) fab MOURA, ou similar, que atenda às normas ISO 9001, ISO
14001 e CONAMA 401/2008
Anexo A Memorial Descritivo da aplicação Descritiva 153
c) 02 terminais para cabos de bateria bitola 35 mm
2.
d) cabo flexível para bateria, bitola 35 mm
2.
e) cabos para interligação dos equipamentos ao painel de comando,
estanhados, com isolamento em PVC 600 V / 1,5 mm
2
, nas cores preto
(negativo) e vermelho (positivo).
f) chave para bateria 2 posições (ON, OFF) 250 A para corrente contínua e
360 A para corrente alternada.
g) kit de tomada e plug de 12 V, modelo 12VPK (ref. AF00046 Regatta 2005)
h) terminais pré-isolados para utilização nas interligações dos cabos aos
equipamentos e ao painel de comando elétrico.
i) luzes de iluminação interna da cabine
Sistema de governo:
a) Caixa de direção “Big T”, Teleflex com engate rápido.
b) Bezel.
c) Cabo de direção Teleflex para caixa com engate rápido;
d) Volante em inox;
Rede de combustível:
a) Um tanque de combustível de 100 litros;
b) Um filtro de combustível tipo RACOL;
c)Uma rede de combustível confeccionada com mangueira apropriada para
gasolina, interligando os 2 (dois) tanques com registro em bronze ou latão e bulbo
de alimentação do motor;
Motor de emergência:
a) Motor horizontal 4 tempos a gasolina;
b) Potência de 6,5 cv a 3.600 rpm;
c) Diâmetro x curso 68mm x 54mm;
d) Cilindrada: 196 cm
3
;
e) Taxa de compressão: 8,5 : 1;
f) Torque máximo: 1,35 Kgfm a 2.500 rpm;
g) Ignição: Eletrônica;
h) Hélice: 5 ½” x 5” (3 pás);
i) Capacidade do tanque: 3,6 litros;
j) Peso: 27,5 kgf;
Anexo A Memorial Descritivo da aplicação Descritiva 154
k) Comprimento da rabeta: 2,50 m;
l) Consumo: 1,7 litros/hora;
m) Referência: Marca Branco modelo 90301911;
Acessórios náuticos instalação e teste dos seguintes materiais:
Luzes de navegação:
a) 01 mastro para luz de alcançado em inox retrátil, com lâmpada de 12V, 10
W, com 24 a 30cm de comprimento;
b) 01 Luz de bombordo e boreste (verde e encarnada) em inox, com alcance
de 2 milhas de visibilidade;
c) 02 Faróis para embarcação, modelo 135SL, referência REGATTA, 50 W,12
V, 3,6 A;
Atracação e ancoragem instalação e teste dos seguintes materiais:
a) Cabo de amarração em nylon, trançado, Ø 12 mm., 30 m;
b) Defensa vertical tipo fender PVC G-3 de 14 x 50,8 cm (Ref REGATTA PO
0000154);
c) Ancorote tipo Danforth, ou similar, referência , REGATTA, 15 kg, para lancha
até 27', uma unidade;
d) Croque de madeira com ponteira de metal, não corrosivo, com 3m de
comprimento, uma unidade;
Salvatagem e segurança instalação dos seguintes materiais:
a) Colete salva-vidas em nylon, cor laranja e interior em polietileno, Classe III,
aprovado pela Diretoria de Portos e Costas da Marinha do Brasil; e
b) Extintor de incêndio tipo CO
2
, 4 kg, uma unidade, com suporte, aprovado
pelo INMETRO.
c) Bóia circular, classe II com cabo de nylon 30m x ½''
Comunicação Instalação e teste dos seguintes materiais:
a) Rádio transceptor modelo de mercado VHF MARINE TRANSCEIVER IC-
M302, ou similar;
b) Antena mono-polo, vertical, móvel, de 5/8 de onda, 148 a 174 MHz, ganho 3
dB, padrão ohmni, direcional, 100 W, 50 Ω, ou similar.
Anexo A Memorial Descritivo da aplicação Descritiva 155
Controle do projeto:
O Fiscal do Contrato é a única pessoa credenciada pela BNVC para certificar
Notas Fiscais relativas à conclusão de eventos e/ou serviços. A fiscalização será
executada pelo Chefe do Departamento Industrial (BNVC-20), ou seu preposto;
Todo e qualquer assunto de caráter técnico ou administrativo deverá ser tratado
diretamente com o Fiscal do Contrato.
Normas e Regulamentações para o produto:
Os serviços a serem executados e objetos do escopo deste documento,
deverão ser realizados em conformidade com as normas vigentes e recomendações
contidas neste, para que o empreendimento seja entregue a contratante, dentro das
características técnicas exigidas.
Caberá a contratada, consultar no mínimo as seguintes normas:
NR-01 Disposições Gerais;
NR-02 Inspeção Prévia;
NR-04 SESMT Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em
Medicina do Trabalho;
NR-05 CIPA Comissão Interna de Prevenção de Acidentes;
NR-06 EPI Equipamento de Proteção Individual;
NR-07 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional;
NR-09 PPRA Programa de Prevenção de Riscos Ambientais;
NR-10 Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade;
NR-11 Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais;
NR-15 Atividades e Operações Insalubres;
NR-16 Atividades e Operações Perigosas;
NR-17 Ergonomia;
NR-18 Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção;
NR-20 Líquidos, Combustíveis e Inflamáveis;
NR-21 Trabalho a Céu Aberto;
NR-23 Proteção Contra Incêndios;
NR-24 Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho;
NR-25 Resíduos Industriais;
NR-26 Sinalização de Segurança.
Anexo B Memorial Descritivo do Experimento 156
ANEXO B MEMORIAL DESCRITIVO DO EXPERIMENTO
Nome do Projeto:
Fabricação 50 unidades de Termo-resistência, tipo pt-100; 1/5 din; 3 + 2 fios
damping de 2 segundos para compensação com o transmissor; faixa de medição de
0ºc a 200ºc; Certificado de calibração R.B.C.
Descrição do Projeto:
Termo-resistência, tipo pt-100; 1/5 din; segundo normas iec: alfa = 0,00385; 3 +
2 fios damping de 2 segundos para compensação com o transmissor; conector
macho / fêmea em aço inoxidável (aisi 316), isolador poliamida termoplástico de
proteção contra fogo v-0, contatos em liga de cobre, o-rings de viton (fpm), tipo de
conexão em solda, entrada de cabo para conector de 3 a 14 mm; faixa de medição
de 0ºc a 200ºc; bainha de isolação mineral inox 304; bicc; diametro de 3 x 1200mm;
ponteira diâmetro de 6 x 47mm; com duas conexões ao processo; montagem interna
cabo tf e ponteira em teflon fundido.
Valor estimativo do projeto:
O valor máximo para o produto está orçado em R$ 537.198,00 (Quinhentos e
trinta e sete mil, cento e noventa e oito reais), conforme estimado na tabela de
custos para a fabricação do produto.
Experiência do responsável Técnico do Projeto:
A equipe de fiscalização possui em médio 9 anos de experiência no
desenvolvimento e controle de projetos.
Status do Projeto:
O projeto está paralisado por conta da Regulamentação da Nova Legislação
Ambiental para Hidrelétricas;
Oportunidade Identificada:
O produto final tem como função implementar nova metodologia de controle de
temperatura e segurança nas turbinas de geração de energia;
Usuários:
Operadores e inspetores de turbinas geradoras de energia elétrica da
Concessionária;
Objetivos:
Anexo B Memorial Descritivo do Experimento 157
O produto final tem como função evitar a paralisação da geração repentina de
energia elétrica, incluindo implementar nova metodologia de controle de temperatura
e segurança nas turbinas de geração de energia;
Equipe de Projeto:
A equipe de projeto foi contratada para desenvolvimento das plantas e do
levantamento das condições de campo;
Pontos críticos:
Os cabos, estropos, manilhas etc empregados na operação de içamento, serão
objetos de inspeção por parte da fiscalização, e somente poderão ser utilizados após
a emissão de documento emitido por este comprovando sua inspeção / liberação,
este documento se entregue e fará parte da documentação da obra ,os
profissionais envolvidos nesta atividade, devem possuir qualificação especifica para
a função.
É vetado o uso a qualquer tipo de andaime senão o tipo tubular. Será mostrado
durante a visita técnica o modelo de andaime padrão a ser seguido pela vencedora
da licitação. Os profissionais que executarão a montagem dos andaimes,
eventualmente necessários, deverão ter experiência comprovada neste tipo de
atividade.
Plantas gerais do produto:
A entrega das plantas sefeita por etapas, a contratada deverá revisar os
documentos envolvidos no empreendimento, tais como lista de documentos, lista de
linhas e documentos anotando no campo Revisão “CONFORME CONSTRUÍDO”. Os
documentos gerados pela contratada deverão ser entregues em meio eletrônico,
inclusive os desenhos certificados de fornecedores / fabricantes, se for o caso. Tais
documentos deverão estar nos formatos indicados pela fiscalização da contratante e
obedecer as seguintes versões, conforme tabela de referências para documentos.
Tabela 2A - Referências para documentos digitalizados
Tipo de Documento
Software / Versão
Textos
Word 2000 ou Superior
Planilhas de Cálculos
Excel 2000 ou Superior
Desenhos
AutoCad 2004 ou Superior
Desenhos Rasterizados
Padrão TIF
Textos Rasterizados
Padrão TIF ou PDF
Anexo B Memorial Descritivo do Experimento 158
A contratada deverá digitalizar os documentos entregues por fornecedores que
não emitirem tais documentos nos softwares acima.
Detalhamento do produto:
No anexo 1 está os detalhes e plantas gerais do produto;
Instalação / uso do produto:
A instalação do produto será feita na tubulação de passagem de água entre as
turbinas;
Controle do projeto:
O controle geral do projeto fica a cargo do Gerente de Contrato, conforme as
atribuições designadas na tabela de responsabilidades
Tabela 2B - Referências de atribuições e responsabilidades
ATRIBUIÇÕES
RESPONSABILIDADES
Solicitar emissão de crachás
Contratada
Emitir crachá
Contratante
Solicitar liberação de entrada de vculos
Contratada
Liberar a entrada de vculos leves
Contratante
Liberar a entrada de vculos pesados
Contratante
Comunicar atividades fora do horário administrativo
Contratada
Responsável pela correta utilização dos crachás de
seus empregados
Contratada
Normas e Regulamentações para o produto:
Os serviços a serem executados e objetos do escopo deste documento,
deverão ser realizados em conformidade com as normas vigentes e recomendações
contidas neste, para que o empreendimento seja entregue a contratante, dentro das
características técnicas exigidas.
Caberá a contratada, consultar no mínimo as seguintes normas:
NBR 6120 Cargas para o cálculo de estruturas de edificações;
NBR 6123 Força devido ao vento em edificações;
NBR 8800 Projeto e execução de estruturas de aço de edifícios;
NBR 9050 Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos
urbanos;
Anexo B Memorial Descritivo do Experimento 159
NR-01 Disposições Gerais;
NR-02 Inspeção Prévia;
NR-04 SESMT Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em
Medicina do Trabalho;
NR-05 CIPA Comissão Interna de Prevenção de Acidentes;
NR-06 EPI Equipamento de Proteção Individual;
NR-07 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional;
NR-09 PPRA Programa de Prevenção de Riscos Ambientais;
NR-10 Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade;
NR-11 Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais;
NR-15 Atividades e Operações Insalubres;
NR-16 Atividades e Operações Perigosas;
NR-17 Ergonomia;
NR-18 Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção;
NR-20 Líquidos, Combustíveis e Inflamáveis;
NR-21 Trabalho a Céu Aberto;
NR-23 Proteção Contra Incêndios;
NR-24 Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho;
NR-25 Resíduos Industriais;
NR-26 Sinalização de Segurança.
Casos omissos ou divergentes entre as disposições deste Memorial Descritivo
nos documentos relacionados, códigos, normas e padrões aplicáveis aos serviços,
devem ser comunicados pela contratada e resolvidos de comum acordo com a
fiscalização.
Disponibilidade de Insumos Gerais:
A contratante disponibilizará energia elétrica próxima aos locais de instalação
do Canteiro de Obras, na tensão de 480 V, potência de no máximo 300 kVA, 220 /
127 volts, distante a 500 metros do local da obra, cabendo à contratada rebaixar a
tensão e executar as instalações de distribuição de acordo com as suas
necessidades. Essa distância será confirmada durante a visita técnica.
A contratante disponibilizará à contratada um ramal telefônico no canteiro
administrativo, apenas para ligações internas. Para ligações externas com acesso
à rede DDD/DDI, a contratada deverá providenciar as linhas telefônicas junto à
Anexo B Memorial Descritivo do Experimento 160
empresa local de telefonia. As interligações a partir das caixas de ligação e
distribuição do sistema da contratante aos locais do ramal e telefones externos,
serão de responsabilidade da contratada.
A água potável para consumo humano deverá ser provida pela contratada,
adquirida junto às empresas de fornecimento de água mineral, e disposta nos
canteiros em bebedouros elétricos. Junto aos bebedouros deverão ser dispostos
portas-copo descartáveis e lixeira para o descarte dos copos usados.
Similaridade com projetos anteriores:
O projeto é piloto na planta interna da contratante, com isso, faz-se necessário
melhor acompanhamento de todas as etapas.
Mão-de-Obra:
A contratante poderá a qualquer momento solicitar a comprovação através de
“Currículo Vitae” da formação e experiência do pessoal da contratada e das
subcontratadas, se for o caso, envolvidas na execução do empreendimento.
A contratada não deverá utilizar empregados na função de ajudante / auxiliar
para os serviços de caldeiraria, eletricidade, mecânica e instrumentação. Para a
execução destes serviços a contratada deverá designar apenas caldeireiros,
eletricistas, mecânicos e instrumentistas, respectivamente.
Para a execução de outros serviços que não sejam aqueles citados no
parágrafo anterior, a contratada poderá utilizar a função de ajudante / auxiliar. No
entanto, a escolaridade mínima para estas funções deverá ser a 4
a
Série do Ensino
Fundamental.
Serviço envolvendo eletricidade, somente poderão ser executados por
profissionais qualificados e instruídos, quanto às precauções relativas a seu
trabalho e apresentarem estado de saúde compatível com as atividades a serem
desempenhadas.
Todos os profissionais deverão ter a qualificação em Segurança, Meio
Ambiente e Saúde através de curso ministrado por Instituições de Ensino.
Aparato Tecnológico/Administrativo:
É por conta e responsabilidade todos os equipamentos para acesso a rede
interna de telefonia, de dados e acesso a internet.
Normas e Procedimentos Internos:
Para a implementação das Normas, a contratante adota as seguintes diretrizes:
Anexo B Memorial Descritivo do Experimento 161
a) Promover ações de prevenção de não conformidades e de melhorias
aplicáveis aos processos e produtos, associadas à Qualidade, Segurança, Meio
Ambiente e Saúde;
b) Racionalizar a utilização de energia;
c) Alinhar o Sistema de Gestão Integrada de Qualidade, Segurança, Meio
Ambiente e Saúde ao Planejamento Estratégico, prevendo os recursos essenciais
para essa implementação;
d) Atuar de forma integrada à comunidade e às demais partes interessadas, em
questões de Qualidade, Segurança, Meio Ambiente e Saúde, estabelecendo efetivos
canais de comunicação;
e) Considerar a Qualidade, Segurança, Meio Ambiente e Saúde como
atribuição e responsabilidade de todos;
Da identificação de seus empregados
a) Os empregados de Contratadas serão identificados obrigatoriamente através
do "crachá", devendo portá-los à altura do peito, com anverso voltado para o
observador, durante todo o tempo em que permanecerem em áreas ou instalações
da contratante;
b) A fiscalização do ingresso e saída de empregados de Contratadas nas
dependências, é de competência da Segurança Interna que exigirá no portão de
acesso, o uso do "crachá";
c) A contratante fornecerá o Cartão de Identificação Funcional, na cor amarelo-
claro às Contratadas. Estes cartões de identificação poderão conter Tarja Magnética
e os empregados da Contratada portadores deste tipo de crachá deverão entrar nas
dependências obrigatoriamente através das catracas eletrônicas localizadas nas
portarias;
Da movimentação de pessoal
A movimentação do pessoal da Contratada deve obedecer às normas
existentes, quanto ao Ingresso de Empregados da Contratada na área interna da
contratante, antes do início dos serviços, a Contratada deverá:
a) Encaminhar à contratante, a Ficha de Identificação de Empregado de
subcontratadas e terceirizadas , devidamente preenchida, pelo menos sete dias
úteis antes do início dos serviços. A ficha é individual para cada empregado devendo
Anexo B Memorial Descritivo do Experimento 162
acompanhar xerox da identidade e do CPF se este não estiver contido na própria
RG.
Se o empregado for motorista ou tiver autorização da Contratada para dirigir
veículo, encaminhar junto xerox da CNH e solicitar a emissão da liberação;
b) Encaminhar à contratante relação de empregados, solicitando a emissão
dos crachás;
c) Encaminhar relação à contratante, solicitando a palestra de Segurança,
neste caso emitir em duas vias;
Da a entrada e Saída
a) O pessoal da Contratada deverá sempre entrar e sair pelo portão principal
(Portaria), portando em cada passagem o "Distintivo de Identificação" na altura do
peito. A Contratada é responsável pelo cumprimento deste item devendo afastar de
imediato das dependências o empregado que se negar a cumpri-lo.
b) Nos casos de afastamento como: transferência, dispensa, falecimento ou
aposentadoria de empregado, a Contratada deverá recolher o Cartão de
Identificação Funcional, no prazo de 24 horas;
Da movimentação de equipamentos, ferramentas e materiais
Os procedimentos seguintes aplicam-se às Contratadas e também individualmente a
cada um de seus empregados. Quanto a entrada de materiais
a) apresentar uma cópia da Nota Fiscal ou relação do material, ao fiscal da
contratante ou apresentar o material à segurança na Portaria, onde esta dará ao
empregado um documento denominado “Registro de Entrada de Materiais”. Este
documento só é válido para o dia de sua emissão.
Quanto a saída de material
a) Preencher o formulário Permissão para Movimentação de Materiais PMM
em três vias e solicitar ao Gerente ou Fiscal da contratante que autorize a saída dos
respectivos materiais em campo próprio do formulário;
b) Deixar a 3a via com o Fiscal e apresentar à Segurança Interna, a 1
a
e 2
a
via
do formulário na Portaria quando da saída do material. A segurança após
verificação do material ficará com a 1
a
via entregando a segunda ao empregado;
c) a PMM não poderá conter rasuras. Deverá estar com todos os campos
preenchidos e será fornecido pelo fiscal da contratante mediante solicitação;
Anexo B Memorial Descritivo do Experimento 163
d) A saída de materiais na Refinaria está condicionada a apresentação ao
Vigilante.
Da movimentação de veículos
Ingresso temporário (entrega de materiais, etc) na Área Administrativa e/ou
Área Industrial, o motorista do veículo deve apresentar ao Vigilante, o "Certificado de
Registro do Veículo" e a Carteira Nacional de Habilitação, bem como informar o
destino. O vigilante fará vistoria do veículo.
a) Para os casos em que o local de destino do material seja a Área Industrial, a
contratada deverá designar um empregado para acompanhar o veículo até o local
de destino;
b) Quando se tratar de veículos como caminhões, carreta, etc, a vistoria será
feita pela fiscalização. A Contratada deverá fazer contato prévio a fim de evitar
atrasos.
Outros
a) Não é permitida a realização de pagamentos de empregados da Contratada
dependências da contratante;
b) Não é permitido a Contratada ou a seus empregados o porte, transporte ou a
guarda de armas de fogo ou arma branca nas dependências da contratante;
c) Não é permitido à Contratada ou a seus empregados o uso, o transporte ou
a guarda de bebidas alcoólicas nas dependências da contratante;
d) Os crachás recebidos pela Contratada e não devolvidos no término do
contrato serão descontados na ultima fatura de acordo com as normas vigentes
neste contrato;
Cronograma / sazonalidade:
Os serviços deverão ser realizados nos prazos estabelecidos no cronograma
físico considerando a duração do contrato, a ser entregue pela contratada e
aprovado pela fiscalização da contratante;
Localização da instalação e fabricação do produto:
Será verificada e atestada durante a visita cnica do representante da
contratada;
Metodologia de trabalho:
a) Deverão ser submetidos à análise e aprovação da fiscalização, 02 (dois)
jogos completos e seus respectivos memoriais descritivos;
Anexo B Memorial Descritivo do Experimento 164
b) Normas e recomendações cnicas da ABNT. Os projetos deverão atender
todas as exigências das concessionárias locais e a normas da contratante;
c) ART dos projetos, a contratada por ocasião da entrega dos projetos para
aprovação, deverá encaminhar o documento de anotação de responsabilidade
técnica ART’s, fornecida pelos projetistas responsáveis;
d) Projetos AS BUILT todos os desenhos, memoriais e especificações, por
ocasião do final da obra, deverão ser revisados, acertados e corrigidos em
conformidades com a situação de encerramento e entrega da obra, a fim de serem
encaminhados a contratante e ocuparem lugar nos arquivos técnicos da Petrobras.
Os desenhos deverão ser executados em Autocad 2004 ou superior, aprovados,
deverão ser encaminhados 03 (três) conjuntos de cópias e uma cópia digital, o
encaminhamento deverá ser feito acompanhado de carta de entrega.
Matéria Prima:
A contratada é responsável por todas as matérias primas necessárias para a
fabricação do produto, inclusive pelo padrão de qualidade e certificação as mesmas;
Capacidade Efetiva de fabricação:
É por conta da contratada a capacidade de execução e fabricação do produto
especificado, respeitando o cronograma estabelecido e as normas constantes
relacionadas a multas e rescisão contratual;
Qualidade:
Os padrões de qualidade do produto estão destacados nos
detalhamentos do produto;
Procedimentos para Retrabalhos:
Na ocasião de retrabalhos ou correções no produto, deve ser definido com a
fiscalização da contratante os métodos e a avaliação final;
Equipe Mínima de Projeto:
Com relação à qualificação da Mão-de-Obra indireta, algumas funções /
cargos deverão garantir as seguintes exigências mínimas para a atuação no
empreendimento.
Chefe de obra - Formação em engenharia Mecânica; Experiência mínima de
05 (cinco) anos em coordenação ou gerência de empreendimentos
Industriais;conhecimento técnico nas diversas disciplinas envolvidas.
Anexo B Memorial Descritivo do Experimento 165
Coordenador de planejamento - Formação em engenharia ou 2
o
grau técnico;
Experiência mínima de 3(três) anos na elaboração, acompanhamento da execução
e controle do planejamento de empreendimentos similares ao do objeto contratado.
Conhecimentos avançados na utilização do software MS-Project.
Inspetor de solda nível 1 - Formação 2
o
Grau Experiência de no mínimo 3
(três) anos em trabalhos de inspeção de soldas em refinarias ou petroquímicas;
qualificação pela FBTS.
Regime de Trabalho:
A contratada poderá adotar regime de trabalho vigente na contratante ou
aquele especificado no acordo coletivo vigente da categoria a que pertence.
Procedimento para Terceirização:
A contratada poderá solicitar por escrito a contratante para avaliação da
subcontratada, adotar regime de trabalho vigente na contratante ou aquele
especificado no acordo coletivo vigente da categoria a que pertence.
Mobilização de mão de obra:
Na fase de mobilização de mão de obra , a contratada deverá fornecer o PPR:
Programa de Proteção Respiratória e PCMSO: Programa de Controle Médico e
Saúde Ocupacional.
Mobilização de tecnologias:
Na fase de mobilização de equipamentos, a contratada deverá fornecer o PCA:
Programa de Conservação Auditiva; sendo de sua total responsabilidade todas as
aquisições e controles para a utilização.
Mobilização de espaço físico:
Na fase de mobilização de espaço físico, a contratada deverá fornecer,
conforme os anexos contratuais, os seguintes documentos:
a) PPRA: Programa de Prevenção de Riscos Ambientais;
b) PCMAT: Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da
Construção.
Levantamento de campo:
A fiscalização passará os detalhes necessários para o entendimento geral e
levantamento de campo de trabalho da contratada;
Preparação e Testes iniciais:
Anexo B Memorial Descritivo do Experimento 166
A fiscalização deverá ser acionada os detalhes necessários para o
entendimento geral e levantamento de campo de trabalho da contratada;
Montagem:
A montagem e fixação do produto será feita durante as manutenções
programadas para as turbinas;
Aprovação do Cliente:
A contratante terá 10 (dez) dias úteis para a aprovação dos projetos.
Entrega do Projeto As Built e documentos finais:
Ficará retido 10% (dez por cento) do valor total dos serviços, sendo liberado
somente após a aprovação do projeto AS BUILT”. A empresa contratada terá 05
(cinco) dias úteis para reapresentar o projeto corrigido.
Desmobilização de espaço físico e tecnologias:
A desmobilização deverá ser acompanhada pela fiscalização da contratante,
deverá atender os requisitos de segurança e as regras de descarte de materiais,
conforme política de segurança e ambiental.
Cláusulas Contratuais
Objeto do Contrato:
O presente Contrato tem por objeto a prestação, pela contratada, de serviços
de Fabricação 50 unidades de Termo-resistência, tipo pt-100; 1/5 din; 3 + 2 fios
damping de 2 segundos para compensação com o transmissor;; faixa de medição de
0ºc a 200ºc; Certificado de calibração R.B.C.
Obrigações da Contratante:
a) Efetuar os pagamentos devidos à contratada pelos serviços efetivamente
prestados, medidos e faturados;
b) Fornecer as especificações, instruções e localizações que se fizerem
necessárias para a execução completa dos serviços;
c) Informar à contratada sobre quaisquer alterações de horários e rotinas de
serviço;
d) Proceder as medições dos serviços executados, emitindo os respectivos
Relatórios de Medição (RM);
d) Notificar, por escrito, à contratada, defeitos e irregularidades encontradas na
execução dos serviços, fixando prazos para sua correção;
Anexo B Memorial Descritivo do Experimento 167
e) Notificar, por escrito, à contratada, da aplicação de eventuais multas, de
notas de débitos e da suspensão da prestação de serviços;
f) Delimitar, quando necessário, uma área para instalação do canteiro de obras
da contratada;
g) Fornecer e transportar, quando for o caso, os materiais, os equipamentos e
as ferramentas; e
h) Emitir as Autorizações de Serviço com todas as informações necessárias
para sua execução.
Obrigações da Contratada:
a) Manter durante toda a execução do Contrato, em compatibilidade com as
obrigações por ela assumidas, todas as condições de habilitação e qualificação
assumidas;
b) Respeitar e cumprir as Normas Administrativas em vigor na contratante;
Quanto à execução dos serviços e responsabilidade técnica
a) Executar os serviços ora contratados, nos prazos e condições aqui
estabelecidos;
b) Facilitar a ação da Fiscalização, fornecendo informações ou provendo
acesso à documentação e aos serviços em execução e atendendo prontamente às
observações e exigências por ela apresentadas.
c) Refazer ou reparar, às suas expensas e nos prazos estipulados pela
Fiscalização, todo e qualquer serviço considerado inaceitável, mesmo aquele
registrado em Relatório de Medição.
d) Manter à frente dos serviços representante espefico para este Contrato,
credenciado por escrito, capaz de responsabilizar-se pela direção dos serviços
contratados e representá-la perante a fiscalização;
e) O representante credenciado como profissional técnico responsável deverá
ser aquele indicado para fins de comprovação da capacidade técnico-profissional na
fase da habilitação da licitação, que precedeu o presente Contrato, ficando sua
substituição pendente de aprovação pela fiscalização;
f) Acompanhar as medições dos serviços procedidas pela contratante,
assinando os Relatórios de Medição ou oferecendo, de imediato, as impugnações que
julgar necessárias;
Anexo B Memorial Descritivo do Experimento 168
g) Garantir os serviços realizados pelo período mínimo estabelecido na
legislação brasileira, independentemente do encerramento contratual;
h) Fazendo-se necessário qualquer retrabalho, dentro do período de garantia,
a contratada assumirá o ônus relativo aos recursos e materiais empregados, e em
caso de não realizá-los, legitima a contratante a contratá-los com terceiro,
reconhecendo desde já sua responsabilidade pelo seu pagamento;
i) Obedecer às determinações legais ou emanadas das autoridades
constituídas, sendo a única responsável pelas providências necessárias e pelos
efeitos decorrentes de eventuais inobservâncias delas;
j) Elaborar e manter, no local de serviço, um Relatório de Ocorrências (RO), em
formulário próprio da contratada, com registros das ordens de serviço, anotações de
irregularidades encontradas e de todas as ocorrências relativas à execução do
Contrato, o qual será feito na periodicidade definida pela Fiscalização, em 02 (duas)
vias, sendo a primeira para o uso da contratante e a segunda para a contratada,
devendo ser assinado conjuntamente pelo representante da contratada e pela
Fiscalização da contratante;
k) Responder por qualquer dano ou prejuízo causado à contratante ou a
terceiros, em decorrência da execução dos serviços previstos neste instrumento
contratual;
l) Obter as Licenças junto às repartições competentes, necessárias à execução
dos serviços;
m) Responder pela supervisão, direção técnica e administrativa e mão-de-obra
necessárias à execução dos serviços contratados, como única e exclusiva
responsável;
n) A contratada se compromete a não utilizar mão-de-obra em condição de
trabalho degradante, em todas as atividades relacionadas com a execução deste
instrumento, sob pena de suspensão contratual e aplicação de penalidade moratória e
rescisória prevista no presente instrumento;
o) A Contratada utilizar-se-á, exclusivamente, de seus empregados e o mesmo
para sua Subcontratada;
p) Abster-se de utilizar, em todas as atividades relacionadas com a execução
deste instrumento, mão-de-obra infantil, nos termos do inciso XXXIII do art. da
Constituição da República, bem como exigir que a referida medida seja adotada nos
Anexo B Memorial Descritivo do Experimento 169
contratos firmados com os fornecedores de seus insumos e/ou prestadores de
serviços, sob pena de rescisão do contrato;
q) Apresentar à Fiscalização uma relação nominal de todos os empregados
que executarão os serviços, bem como comunicar, por escrito, qualquer alteração
ocorrida nesta relação;
r) Fornecer alimentação diária (almoço ou jantar e/ou lanche quando em
extensão ao período de trabalho);
s) A contratada deverá apresentar, sempre que solicitada, a documentação
relativa à comprovação do adimplemento de suas obrigações trabalhistas, inclusive
contribuições previdenciárias e depósitos do FGTS, para com seus empregados;
t) Cópia autenticada da GFIP Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia
por Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social completa e quitada, e seu
respectivo comprovante de entrega, nos termos da legislação vigente;
u) Promover a "Anotação de Responsabilidade Técnica" (ART) no Conselho
Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA), relativa a este Contrato,
encaminhando cópia à contratante antes do início dos serviços, bem como comprovar
junto à Fiscalização os aditamentos contratuais e demais casos previstos nas
Resoluções do Conselho Federal de Engenharia Arquitetura e Agronomia (CONFEA);
Prazo:
a) O prazo de vigência do presente Contrato é de 90 (noventa) dias corridos,
contados a partir da data de início fixada na Autorização de Serviço;
b) O prazo previsto poderá ser prorrogado, através de termo aditivo;
c) Serão acrescidos ao referido prazo os dias de paralisação dos serviços por
causas que independam da vontade ou do controle da contratada, verificados e
aceitos pela Fiscalização;
d) O rmino contratual não importará na ineficácia das cláusulas de foro
arbitragem, propriedade de resultados, e sigilo, que restarão vigentes pelos prazos
nelas estabelecidos ou pelos prazos prescricionais legalmente previstos.
Preço e valor:
a) O presente Contrato tem por valor total a quantia de R$ 537.198,00
(Quinhentos e trinta e sete mil, cento e noventa e oito reais), conforme estimado na
tabela de custos para a fabricação do produto. Nos preços contratuais estão
compreendidas todas as tarifas especificadas, supervisão, administração, impostos,
Anexo B Memorial Descritivo do Experimento 170
emolumentos fiscais e todas as despesas que incidam direta ou indiretamente na
prestação dos serviços, inclusive lucro, necessários à sua perfeita execução, até o
término do Contrato, não cabendo, pois, quaisquer reivindicações de revisão de
preços;
b) O não cumprimento integral da Proposta de Metas da contratada
apresentada, implicará na redução dos valores de medição ou de faturamento;
c) A contratada declara que os preços propostos para a execução dos serviços
contratados levaram em conta todos os custos, insumos, despesas e demais
obrigações legais para o cumprimento integral das disposições contratuais até o
termo final do presente Contrato, não cabendo, pois, quaisquer reivindicações a título
de revisão de preço, compensação ou reembolso;
d) Os custos referentes à mão-de-obra refletem os preços atualizados no mês
da proposta, não cabendo, portanto, nenhuma reivindicação salarial por conta de
acordos, convenções ou dissídios ocorridos no curso da contratação.
Forma de Pagamentos:
Para efeito de comprovação da evolução da obra e medição dos serviços, a
contratada deverá apresentar mensalmente um relatório de medição, descrevendo
os serviços que foram executados, apresentando as quantidades executadas e o
percentual de evolução do item, em relação à quantidade planejada, naquele
período. A fiscalização, de posse do relatório de medição, fará a análise das
informações, fazendo a verificação física na obra, a fim de definir o valor da verba a
ser medido no período da apuração, conforme planilha de preços.
Reajuste de Preço:
Os preços contratuais são fixos e irreajustáveis.
Multas:
Em notificação escrita e sem prejuízo da faculdade de rescindir este Contrato,
a contratante poderá aplicar à contratada as seguintes multas moratórias:
a) Pelo atraso no cumprimento de exigência contratual ou solicitação da
Fiscalização: 0,05% (cinco centésimos por cento), por dia;
b) Pelo atraso no cumprimento do prazo parciais acordados com a fiscalização:
0,10% (dez centésimos por cento), por dia;
c) Pelo atraso no início e conclusão dos serviços: 1,0 (um por cento), por dia;
d) No caso de reincidência, 1,00% (um por cento) por dia;
Anexo B Memorial Descritivo do Experimento 171
e) O montante correspondente à soma dos valores básicos das multas
moratórias, será limitado a 20% (vinte por cento) do equivalente ao valor total
estimado deste Contrato;
f) Pelo descumprimento total do objeto contratual será aplicada, mediante
notificação escrita à contratada, a multa compensatória no valor correspondente a
100% (cem por cento) do valor total reajustado;
g) Pelo descumprimento de evento contratual de obrigação da contratada,
mediante notificação por escrito 5,0% (cinco por cento), por dia;
h) As penalidades estabelecidas nesta Cláusula não excluem quaisquer outras
previstas em lei ou neste Contrato, nem a responsabilidade da contratada por perdas
e danos que causar à contratante, em conseqüência do inadimplemento de qualquer
condição ou Cláusula deste Contrato;
i) Quando a contratada for notificada da ocorrência de situação permissiva de
aplicação de multa, lhe será garantido o prazo de (cinco) dias para defesa; e
j) Em caso de aplicação de multa compensatória, de seu montante deverão ser
deduzidos os valores recebidos em razão da aplicação de multas moratórias pelo
mesmo evento.
Fiscalização:
A fiscalização será exercida por preposto da contratante, encarregado de
verificar o cumprimento das obrigações da contratada, visando assegurar que os
serviços sejam executados atendendo ao estipulado pelo presente Contrato,
podendo, inclusive:
a) Recusar ou sustar qualquer serviço executado em desacordo com este
Contrato ou que atente contra a segurança do pessoal ou bens da contratante ou de
terceiros;
b) Cabe à fiscalização registrar no Relatório de Ocorrências (RO) as
irregularidades ou falhas que encontrar na execução dos serviços, nele anotando as
observações ou notificações cabíveis, assinando-o em conjunto com o representante
da contratada;
c) A ação ou omissão, total ou parcial, da fiscalização o exime a contratada
da total responsabilidade pela execução dos serviços contratados;
d) Na vigência do prazo contratual, a fiscalização realizará avaliação de
desempenho da contratada, abrangendo os grupos, equipamentos e materiais,
Anexo B Memorial Descritivo do Experimento 172
recursos humanos, instalações, qualidade e eficácia. Os resultados das avaliações de
desempenho serão comunicados ao longo da execução contratual e consolidados
através de atestado de execução de serviço ao final do Contrato, quando solicitados;
e
e) Quando atendidos os termos deste Contrato, o exercício da fiscalização, não
importará em abuso de direito.
Aceitação do produto:
a) A aceitação definitiva dos serviços dar-se-á na sua conclusão e após a
assinatura, pelas partes contratantes, do Termo de Recebimento Definitivo (TRD);
b) Antes da assinatura do Termo de Recebimento Definitivo, a contratada deve
atender a todas as exigências da Fiscalização relativas a pendências, sem ônus para
a contratante;
c) A critério exclusivo da contratante, poderão ser lavrados e assinados pelas
partes contratantes Termos de Recebimento Provisório, quando o todo ou uma parte
bem definida dos serviços estiver concluída, e já realizada a respectiva medição;
d) Os serviços registrados no documento de medição serão considerados como
provisoriamente aceitos apenas para efeito de pagamento parcial; e
e) A assinatura do Termo de Recebimento Definitivo (TRD), cuja data fixa o
início dos prazos previstos no Art. 618 do Código Civil Brasileiro, não exime a
contratada das responsabilidades que lhe são cometidas pela legislação em vigor e
por este Contrato, nem exclui as garantias legais e contratuais, as quais podem ser
argüidas pela contratante a qualquer tempo.
Rescisão:
A contratante poderá rescindir o presente Contrato, sem que assista à
contratada qualquer direito de indenização ou de retenção, nos seguintes casos:
a) Descumprimento ou cumprimento irregular de cláusulas contratuais,
especificações, projetos ou prazos;
b) Lentidão no seu cumprimento, levando a contratante a presumir a
impossibilidade de conclusão dos serviços nos prazos estipulados;
c) Atraso injustificado no início dos serviços;
d) Paralisação dos serviços sem justa causa e prévia comunicação à
contratante;
Anexo B Memorial Descritivo do Experimento 173
e) Cessão ou a subcontratação total ou parcial do seu objeto sem a prévia e
expressa anuência da contratante, bem como a associação, fusão, cisão ou
incorporação da contratada sem a prévia comunicação à contratante;
f) O desatendimento das determinações regulares do preposto da contratante
designado para acompanhar e fiscalizar a sua execução, assim como as de seus
superiores;
g) A decretação da falência da empresa ou a instauração de insolvência civil da
pessoa física, a dissolução da empresa, a alteração social ou a modificação da
finalidade ou da estrutura da empresa, que a juízo da contratante, prejudique a
execução da obra ou serviço;
h) Homologado plano de recuperação judicial ou deferida a recuperação
judicial, se a contratada não prestar caução suficiente para garantir o cumprimento
das obrigações contratuais, a critério da contratante;
i) Suspensão dos serviços por determinação de autoridades competentes,
motivada pela contratada, a qual responderá por eventual aumento de custos daí
decorrentes e por perdas e danos que a contratante, como conseqüência, venha a
sofrer;
j) Deixar a contratada de apresentar a comprovação de adimplemento das
obrigações trabalhistas, inclusive contribuições previdenciárias e depósitos do
FGTS, para com seus empregados, quando solicitada pela Fiscalização, sem perda
do direito à respectiva multa;
k) Havendo hipótese para rescisão do Contrato, a contratante imitir-se-á na
posse imediata e exclusiva dos serviços executados entregando-os a quem ela bem
entender, independentemente de autorização judicial e sem qualquer consulta ou
interferência da contratada, que responderá na forma legal e contratual pela infração
ou execução inadequada que tenha dado causa à rescisão;
l) Neste caso, fica a contratada obrigada a reembolsar a contratante pelo que
esta tiver de despender além do valor contratual e a ressarcir perdas e danos que
ela venha a sofrer em conseqüência da rescisão em tela;
m) Sem prejuízo das penalidades previstas no presente contrato, poderá a
contratante, a seu exclusivo critério, suspender a sua execução - até que a
contratada cumpra integralmente a condição contratual infringida - executar ou
mandar executar a obrigação por terceiro, à custa da contratada;
Anexo B Memorial Descritivo do Experimento 174
n) A rescisão acarretará a imediata retenção dos créditos decorrentes do
Contrato, até o limite dos prejuízos causados à contratante; e
o) Quando a contratada for notificada da ocorrência de situação permissiva de
aplicação de rescisão contratual, ser-lhegarantido o prazo de 5 (cinco) dias para
defesa.
A contratada poderá rescindir o Contrato nos casos de:
a) Suspensão de sua execução, por ordem escrita da contratante por prazo
superior a cento e vinte dias, salvo em caso de calamidade pública, grave
perturbação da ordem interna ou guerra.
b) Atraso superior a 90 (noventa) dias dos pagamentos devidos pela
contratante, salvo em caso de calamidade pública, grave perturbação da ordem
interna ou guerra ressalvado;
c) Não liberação por parte da contratante de área, local ou equipamento para
execução de dos serviços, nos termos e prazos contratuais.
Cessão:
a) A contratada não pode ceder, no todo ou em parte, o presente Contrato,
salvo com autorização prévia e por escrito da contratante;
b) A contratada não pode ceder ou dar em garantia, a qualquer título, no todo
ou em parte, os créditos de qualquer natureza, decorrentes ou oriundos deste
Contrato, salvo com autorização prévia e por escrito da contratante. Deve constar,
obrigatoriamente, da autorização prévia, que a contratante opõe ao cessionário dos
créditos as exceções que lhe competirem, mencionando-se expressamente que os
pagamentos ao cessionário estão condicionados ao preenchimento pelo cedente de
todas as suas obrigações contratuais.
c) A contratante poderá ceder o presente Contrato, total ou parcialmente,
mediante anuência da contratada, dispensada esta nos casos em que a cessionária
seja empresa sob controle ou com participação acionária da contratante.
Especificidades Jurídicas:
A contratada obriga-se, pelo prazo de 20 (vinte) anos, a manter sob sigilo todas
as informações que lhe forem transmitidas pela contratante, visando a execução do
objeto contratual:
a) A contratada, para fins de sigilo, obriga-se por seus administradores,
empregados, prepostos, a qualquer título, e comitentes;
Anexo B Memorial Descritivo do Experimento 175
b) Quaisquer informações obtidas pela contratada durante a execução
contratual, nas dependências da contratante ou dela originárias, ainda que não
diretamente envolvidas com a mencionada execução contratual;
c) A contratada reconhece que as especificações técnicas, para fins de
execução deste Contrato, não são passíveis de apropriação, estando titularizadas
pela contratante.
O descumprimento da obrigação de sigilo e confidencialidade importará:
a) na rescisão contratual, se vigente o Contrato;
b) em qualquer hipótese, na responsabilidade por perdas e danos;
c) adoção das medidas judiciais e sanções cabíveis por força do Decreto
1.355/94, seus anexos e demais normas pertinentes;
d) aplicação de multa compensatória no montante de 10% (dez por cento) do
valor contratual, independentemente da indenização que trata a alínea “b”, deste item
contratual, se vigente o Contrato;
e) Qualquer divulgação sobre qualquer aspecto ou informação sobre o
presente instrumento contratual está adstrita à prévia autorização da contratante,
ressalvada a mera informação sobre sua existência;
f) As partes não responderão pelo descumprimento das obrigações ou
prejuízos resultantes de caso fortuito ou força maior, na forma do Artigo 393 do
Código Civil Brasileiro, caso em que, qualquer das partes pode pleitear a rescisão
contratual;
g) O período de interrupção dos serviços, decorrentes de eventos
caracterizados como caso fortuito ou força maior, será acrescido ao prazo contratual;
h) Ocorrendo circunstâncias que justifiquem a invocação da existência de caso
fortuito ou de força maior, a parte impossibilitada de cumprir a sua obrigação deverá
dar conhecimento à outra, por escrito e imediatamente, da ocorrência e suas
conseqüências.
Especificidades Contábeis:
Os tributos (impostos, taxas, emolumentos, contribuições fiscais e parafiscais),
que sejam devidos em decorrência direta ou indireta deste instrumento contratual ou
de sua execução, são de exclusiva responsabilidade do contribuinte assim definido na
norma tributária, sem direito a reembolso. A contratante, quando fonte retentora, deve
Anexo B Memorial Descritivo do Experimento 176
descontar e recolher, nos prazos da Lei, dos pagamentos que efetuar, os tributos a
que esteja obrigada pela legislação vigente.
a) A contratada declara haver levado em conta, na apresentação de sua
proposta, os tributos incidentes sobre a execução dos serviços, não cabendo qualquer
reivindicação devida a erro nessa avaliação, para efeito de solicitar revisão de preço
ou reembolso por recolhimentos determinados pela autoridade competente;
b) Uma vez apurado, no curso da contratação, que a contratada acresceu
indevidamente a seus preços valores correspondentes a tributos, contribuições fiscais
e/ou parafiscais e emolumentos de qualquer natureza, incidentes ou não incidentes
sobre a realização da obra, fornecimento ou a execução dos serviços contratados ou
deixou de fazer deduções tributárias autorizadas por lei, tais valores serão
imediatamente excluídos, com a conseqüente redução dos preços praticados e o
reembolso a contratante dos valores porventura pagos à contratada;
c) Se durante o prazo de vigência do Contrato ocorrer a criação de novos
tributos, alteração de alíquotas e/ou alteração de base de lculo que venham a
majorar, comprovadamente, o ônus da Contratada, o preço originariamente acordado
será aumentado proporcionalmente à majoração ocorrida;
d) No mesmo sentido, se durante o prazo de vigência do Contrato ocorrer a
extinção de tributos existentes, a alteração de alíquotas ou de base de cálculo, a
instituição de incentivos fiscais de qualquer natureza e/ou isenção ou redução de
tributos federais, estaduais e/ou municipais, que venham a diminuir o ônus da
Contratada, o preço originariamente acordado será diminuído, compensando-se, na
primeira oportunidade, a diferença decorrente das respectivas alterações.
A Contratada ressarcirá à contratante os valores pagos a título de tributos,
atualizados monetariamente desde a data dos efetivos pagamentos a a data da
efetiva devolução, nas seguintes hipóteses:
a) Reconhecimento de ilegalidade ou inconstiucionalidade, total ou parcial, da
cobrança de tributo, em processo administrativo ou judicial em que a Contratada seja
parte;
b) Declaração judicial de ilegalidade ou inconstitucionalidade do tributo, total ou
parcial, proferida em decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal ou do Superior
Tribunal de Justiça, em matérias que sejam objeto de ato declaratório do Procurador
Anexo B Memorial Descritivo do Experimento 177
Geral de Fazenda Nacional, aprovada pelo Ministro de Estado de Fazenda,
autorizando a não interpor recurso ou a desistir de recurso que tenha sido interposto;
c) Declaração judicial de inconstitucionalidade do tributo, total ou parcial,
proferida em decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal, pela via da Ação Direta
de Inconstitucionalidade (ADIN) ou Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC).
Responsabilidade das partes:
a) A responsabilidade da contratante e da contratada por perdas e danos será
limitada aos danos diretos de acordo com o Código Civil Brasileiro e legislação
aplicável, excluídos os lucros cessantes e os danos indiretos, ficando os danos
diretos limitados a 100% (cem por cento) do valor total contratual reajustado.
b) Segarantido à contratante o direito de regresso em face da contratada no
caso da contratante vir a ser obrigada a reparar, nos termos do Parágrafo Único, do
art. 927, do Código Civil, eventual dano causado pela contratada a terceiros, não se
aplicando, nesta hipótese, o limite previsto no item acima.
c) Será objeto de regresso o que efetivamente o terceiro vier a obter em juízo
ou fora dele, acrescido de todos os dispêndios envolvidos, tais como, custas judiciais,
honorários advocatícios, custos extrajudiciais, dentre outros.
d) Quando a contratante estiver na condição de destinatária final, e/ou de
consumidora equiparada dos serviços, aplicar-se-ão a este Contrato as normas do
Código de Defesa do Consumidor e legislação correlata.
Onerosidade excessiva e desequilíbrio econômico-financeira do contrato:
a) Em ocorrendo situação superveniente e imprevisível que gere onerosidade
excessiva para qualquer uma das partes, a parte prejudicada poderá pedir a
resolução deste Contrato. As partes, contudo, poderão manter vigente este Contrato
caso cheguem, mediante negociação, a um consenso, quanto à revisão das
obrigações contratuais ou das prestações para seus adimplementos;
b) Em ocorrendo fato superveniente, extraordinário, irresistível e imprevisto que
altere o equilíbrio da equação econômico-financeira original deste Contrato, as partes
renegociarão as suas condições para que se retorne à equação comutativa originária,
utilizando-se, para tanto, as provas apresentadas pela contratada e o Demonstrativo
de Formação de Preços apresentado para fins de contratação;
c) Se, depois de celebrado o Contrato, sobrevier a uma das partes contratantes
diminuição em seu patrimônio capaz de comprometer ou tornar duvidosa a prestação
Anexo B Memorial Descritivo do Experimento 178
pela qual se obrigou, pode a outra recusar-se à prestação que lhe incumbe, até que
aquela satisfaça a que lhe compete ou dê garantia bastante de satisfazê-la.
Subcontratação e Terceirização:
a) A contratada poderá, subcontratar parcialmente os serviços integrantes
do objeto contratual, desde que a subcontratada atenda as exigências da
contratante e esta, previamente autorize, por escrito, a subcontratação;
b) O vínculo jurídico entre contratada e subcontratada não se estende à
contratante, permanecendo a primeira integralmente obrigada pelo fiel e perfeito
cumprimento dos serviços contratados, na forma do presente Contrato.
Política de Segurança:
A contratada deverá ministrar a todos empregados o treinamento prático e
teórico, durante a vigência do contrato, com ou sem acompanhamento da
fiscalização, assegurando a abordagem dos seguintes itens:
a) Habilitação dos supervisores e executantes na utilização dos procedimentos
escritos para execução dos serviços objeto do contrato;
b) Perigos e riscos aos quais os empregados da contratada poderão estar
expostos (atividade e do ambiente);
c) Padrões de segurança, meio ambiente e saúde para execução dos serviços;
d) Uniformes e EPI (inclui a proteção respiratória prevista no PPR) necessários
para cada tipo de serviços e/ou local;
e) Prevenção de acidentes, de incidentes e de situações de emergência;
f) Prevenção da exposição ocupacional ao benzeno, quando aplicável;
g) Prevenção de incêndio, abandono de áreas e uso de extintores;
h) Primeiros socorros;
i) CIPA; e
A constituição da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA deverá
obedecer ao disposto pelas NR-5, NR-15 e NR-18, onde aplicável:
a) Para fins de dimensionamento da CIPA a contratada deve utilizar a
Classificação Nacional de Atividade Econômica CNAE;
b) Caso a contratada possua simultaneamente mais de um instrumento
contratual de prestação de serviços na área da contratante, será considerado o
número total de empregados da mesma, inclusive subcontratados, para efeito do
dimensionamento do pessoal credenciado em segurança e medicina do trabalho;
Anexo B Memorial Descritivo do Experimento 179
c) Os prazos legais serão considerados a partir da emissão das identificações
dos empregados da contratada;
d) Apresentar à fiscalização e manter disponível no canteiro cópia da
documentação de implantação e atuação da CIPA;
e) Efetuar análise de eventuais acidentes, investigando suas causas, propondo
medidas preventivas e corretivas;
f) Emitir os relatórios de acidentes de trabalho, manter cadastro e análise das
estatísticas dos acidentes ocorridos.
Política Ambiental:
A contratada deve, antes de iniciar os trabalhos na contratante, identificar os
perigos e aspectos ambientais e avaliar os riscos e impactos ambientais inerentes e
potenciais de suas atividades, produtos, serviços, locais, equipamentos, veículos,
etc. a fim de subsidiar a elaboração e implementação do Plano de Gestão.
Aspecto ambiental: elemento das atividades, produtos ou serviços de uma
organização que pode interagir com o meio ambiente incluindo ar, água, solo,
recursos naturais, flora, fauna, seres humanos e suas inter-relações;
Impacto ambiental: qualquer modificação do meio ambiente, adversa ou
benéfica, que resulte no todo ou em parte das atividades, produtos ou serviços de
uma organização.
PPRA - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais;
PEMPS - Programa de Emergência Médica e Primeiros Socorros;
PPR Programa de Proteção Respiratória;
PCA Programa de Conservação Auditiva;
PGR - Plano de Gerenciamento de Resíduos;
PCMSO - Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional.
Relação de procedimentos e orientações aplicáveis;
a) Sistemática para gerenciamento de resíduos contemplando rotinas e
procedimentos para a classificação, manuseio, monitoramento, controle de
inventário e destinação, armazenamento temporário e transporte de resíduos
industriais e comerciais interna e externamente;
Anexo B Memorial Descritivo do Experimento 180
b) Descrição de métodos e materiais que serão utilizadas para coleta, remoção,
destinação e/ou tratamento, conforme o caso, dos resíduos, efluentes e emissões
gerados em conseqüência dos serviços contratados;
c) Treinamento e reciclagem em meio ambiente (programa/duração/assunto);
d) Rotinas de inspeção e controle dos serviços objetivando evitar ocorrências
ambientais;
e) A contratada deve dar destinação final externamente às instalações da
contratante, de embalagens e sobras de produtos e materiais não aplicados, bem
como de ferramentas e utensílios não utilizados, todos de seu fornecimento;
f) As embalagens e sobras de materiais, produtos, ferramentas e utensílios
inutilizados devem ser segregados e transportados para locais adequados, de
preferência para reciclagem, devendo a contratada apresentar à fiscalização
documentos que comprovem a sua destinação em conformidade com a Legislação
Ambiental vigente.
Garantia:
Os produtos fabricados deverá ter 12 meses de garantia total, a partir da
instalação do produto.
Anexo do Memorial Descritivo
Todas as termoresistências Pt100 deverão ter as seguintes características
comuns: 3 fios + 2 fios. Os fios deverão ser de níquel. Os dois fios adicionais
deverão partir do mesmos pontos de conexão dos 3 fios. A função dos dois fios
adicionais deverá ser para uso como dispositivo de autocompensação da resistência
de linha na conexão com transmissores de temperatura digitais da Usina Hidrelétrica
de Balbina. Deverão ser adotados α=0,00385, damping de 2 segundos, segundo
norma IEC 751. Faixa de 0°C a 200°C. O bulbo deve ser montado diretamente no
cabo de isolação mineral. O conector deverá ser macho / fêmea em aço inoxidável
(AISI 316), isolador poliamida termoplástico de proteção contra fogo v-0, contatos
em liga de cobre, o-rings de viton (fpm), tipo de conexão em solda, entrada de cabo
para conector de 3 a 14 mm. Montado em ponteira com isolação mineral e cabo de
extensão também com isolação mineral. A bainha deverá ser flexível e em aço INOX
304, para permitir a instalação da termoresistência em locais de difícil acesso, com
exposição de umidade, óleo, graxa, etc.. Montagem interna com cabo isolação TF
(PTFE/Fibra de Vidro) e ponteira em Teflon fundido;
Anexo B Memorial Descritivo do Experimento 181
Todas as termoresistências deverão ser submetidas, obrigatoriamente, a
testes de fábrica, conforme a norma IEC, quanto às características e materiais
discriminados nos itens 1 e subitem 2.1 acima .
O fornecedor deverá apresentar, quando da entrega dos materiais, relatório
dos testes efetuados, garantindo a confiabilidade dos materiais entregues a
Amazonas Distribuidora de Energia S/A, independente da garantia estipulada
contratualmente, que será de 12 (doze) meses contados a partir da data da efetiva
entrega à Amazonas Distribuidora de Energia, na Usina de Balbina.
A taxa de erro, ou imprecisão, aceitáveis para os Pt100 pela Amazonas
Distribuidora de Energia deverão seguir a norma IEC 751 de no máximo 0,55% na
faixa de utilização de 0 a 200º C. A tolerância de cada sensor Pt100 deve ser
considerado como o desvio máximo permitido expresso em graus Celsius a partir da
relação de temperatura e resistência nominal.
A empresa contratada deverá ser o fabricante, ou representante comercial,
com responsabilidade de garantia de fábrica, escrita do fabricante, via documento
contratual.
Figura 1B Detalhes das conexões do Memorial Descritivo
Anexo B Memorial Descritivo do Experimento 182
Figura 2B Detalhes das junção macho/fêmea
Macho/Fêmea
c/ Junção p/ cabo
3x1,5 c/ ext. Ø10
3x2,5 c/ ext. Ø 14
Anexo B Memorial Descritivo do Experimento 183
Figura 3B Detalhes do conector 13 pinos
Anexo B Memorial Descritivo do Experimento 184
Bucin aço inox 304
Sextavada
Anilha aço inox 304
Porca Sextavada
aço inox 304
Conector
Macho/Fêmea com
junção para cabo
3x1,5 com ext. Ø10
3x2,5 com ext. Ø14
ANEXO VII
Detalhes das Conexões
Cabo Mineral Ø3
Bainha Inox 304
Ponte Ø19x23
Aço Inox 304
Figura 4B Detalhes da conexão da termo resistência
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