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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
CÂMPUS JABOTICABAL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS
DESEMPENHO DE UMA SEMEADORA DE PRECISÃO EM
LATOSSOLO VERMELHO:
PRESSÃO DE INFLAÇÃO DO PNEU DE ACIONAMENTO X
MANEJO DE PLANTAS DE COBERTURA.
EDINAN AUGUSTO BORSATTO
Engenheiro Agrônomo
Jaboticabal – São Paulo – Brasil
2009
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ii
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
CÂMPUS JABOTICABAL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS
DESEMPENHO DE UMA SEMEADORA DE PRECISÃO EM
LATOSSOLO VERMELHO:
PRESSÃO DE INFLAÇÃO DO PNEU DE ACIONAMENTO X
MANEJO DE PLANTAS DE COBERTURA.
EDINAN AUGUSTO BORSATTO
Orientador: Prof. Dr. Carlos Eduardo Angeli Furlani
Tese apresentada, à Faculdade de Ciências
Agrárias e Veterinárias Unesp, Câmpus de
Jaboticabal, como parte das exigências para
obtenção do título de Doutor em Agronomia
(Ciência do Solo).
Jaboticabal – São Paulo – Brasil
2009
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iii
iv
Para
Márcia, minha esposa e
Mariana e Juliana, minhas filhas.
Dedico
A meus pais
José Borsatto (in memorian)
Aurora Baruffi Borsatto
v
AGRADECIMENTOS
À Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinária, UNESP, Campus de
Jaboticabal, em especial ao Departamento de Engenharia Rural;
Ao Professor Doutor Carlos Eduardo Angeli Furlani, pela orientação, ensino
e amizade;
Aos Professores Afonso Lopes e Rouverson Pereira da Silva pela amizade
e ensinamentos transmitidos;
A todos docentes da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinária de
Jaboticabal, que direta ou indiretamente, contribuíram para a realização deste
trabalho;
A todos os funcionários do Departamento de Engenharia Rural que
contribuíram para a realização deste trabalho, especialmente à Aparecido Alves
(Cido), Valdecir Aparício (Maranhão), Sebastião Francisco da Silva Filho
(Tiãozinho) pelo apoio durante a execução do projeto;
Aos grandes amigos do curso de Pós-Graduação, Adilson José da Rocha
Mello, Danilo César Checchio Grotta, Gustavo Naves dos Reis, Jorge Wilson
Cortez e aos amigos Gustavo Prates Vigna e Lucas Antônio de Souza graduandos
do curso de Agronomia.
Ao CNPq pelo apoio financeiro do projeto.
Agradecimento eterno a todos que contribuíram de forma direta ou indireta,
para realização do curso de doutorado.
vi
DADOS CURRICULARES
EDINAN AUGUSTO BORSATTO Filho de Jo Borsatto e Aurora Baruffi
Borsatto, nasceu em Araraquara, o Paulo, no dia 24 de novembro de 1965.
Formado Engenheiro Agrônomo em 1990, pela Faculdade de Agronomia e
Zootecnia “Manoel Carlos Gonçalves” em Espírito Santo do Pinhal, São Paulo.
Trabalhou na área de Mecanização Agrícola na Empresa Agropecuária Boa Vista
– Usina Santa Cruz em Américo Brasiliense – SP, no período de 1990 a 1995. Em
março de 2003, iniciou o curso de mestrado no Programa de s-Graduação em
Agronomia da FCAV/UNESP Jaboticabal SP, concluindo o curso em fevereiro
de 2005. Em março de 2005, iniciou o curso de doutorado no mesmo programa.
Trabalhou como Supervisor Agrícola na Empresa Central Energética Ribeirão
Preto no período de 2005 a 2006.
vii
SUMÁRIO
Página
LISTA DE TABELAS..............................................................................
...
x
LISTA DE FIGURAS................................................................................
xii
LISTAS DE EQUAÇÕES..........................................................................
xiii
1. RESUMO..............................................................................................
1
2. SUMMARY...........................................................................................
3
3. INTRODUÇÃO......................................................................................
5
4. REVISÃO BIBLIOGRAFICA................................................................
8
4.1. Cultura do sorgo........................................................................... 8
4.2. Cultura do milho (Zea Mays L.)....................................................
9
4.3. Resistência mecânica do solo à penetração................................ 11
4.4. Número médio de dias para emergência..................................... 15
4.5. Distribuição longitudinal das plantas............................................ 15
4.6. Manejo das culturas de cobertura do solo.................................. 17
4.7. Força de tração............................................................................
4.8. Velocidade de deslocamento do conjunto.................................
18
21
4.9. Capacidade de campo................................................................ 22
4.10. Consumo de combustível........................................................... 26
4.11. Patinagem do conjunto trator-semeadora-adubadora.............. 27
4.12. Pressão do pneu acionador da semeadora-adubadora............. 29
4.13. Colheita mecânica...................................................................... 30
5. MATERIAL E MÉTODOS.....................................................................
33
viii
5.1. Caracterização geral do experimento.......................................... 33
5.2. Análise estatística e delineamento experimental......................... 35
5.3. Descrição dos tratamentos...........................................................
36
5.4. Seqüência cronológica da condução do experimento..................
5.5. Insumos agrícolas........................................................................
5.6. Equipamentos agrícolas...............................................................
39
40
41
5.6.1 Manejo de cobertura do solo............................................... 41
5.6.2 Semeadura............................................................................
42
5.6.3 Colheita................................................................................. 44
5.7. Variáveis de caracterização da área experimental...................... 45
5.7.1 Porcentagem de cobertura vegetal inicial do solo.............. 45
5.7.2 Massa seca inicial e final dos resíduos das culturas........ 45
5.7.3 Umidade do solo................................................................... 46
5.7.4 Resistência mecânica do solo à penetração........................ 46
5.8. Variáveis de caracterização das plantas...................................... 47
5.8.1 Número médio de dias para emergência das plântulas...... 47
5.8.2 População inicial e final....................................................... 48
5.8.3 Distribuição longitudinal de sementes................................. 49
5.8.4 Altura de inserção da espiga viável..................................... 49
5.8.5 Produtividade de grãos........................................................ 49
5.9. Análise desempenho do conjunto trator-semeadora-
adubadora......................................................................................
50
5.9.1 Força de tração.................................................................... 50
ix
5.9.2 Força de tração de pico....................................................... 51
5.9.3 Velocidade de deslocamento do conjunto trator–
semeadora-adubadora..................................................................
51
5.9.4 Eficiência de deslocamento.................................................. 51
5.9.5 Potência na barra de tração................................................ 52
5.9.6 Capacidade de campo operacional..................................... 52
5.9.7 Tempo efetivo....................................................................... 53
5.9.8 Consumo de energia............................................................ 53
5.9.9 Consumo de energia de pico............................................... 54
5.9.10 Consumo horário de combustível...................................... 54
5.9.11 Consumo de combustível operacional.............................. 55
5.9.12 Consumo ponderal............................................................. 55
5.9.13 Consumo especifico........................................................... 56
5.9.14 Patinagem do trator e semeadora-adubadora.................. 56
5.10. Parâmetros de análise para perdas quantitativas totais.............
58
5.10.1 Fluxo do material colhido.................................................... 58
6. RESULTADO E DISCUSSÃO..............................................................
59
7. CONCLUSÕES.....................................................................................
79
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS....................................................
81
x
LISTA DE TABELAS
Tabela Página
1. Precipitação, temperatura média e umidade relativa (UR) no ano
de 2006/07.........................................................................................
34
2. Análise granulométrica simples do solo na camada de 0 a 20 cm.
3. Análise química do solo na camada de 0 a 20 cm.............................
4. Seqüência cronológica de atividades realizadas durante a
condução do experimento, no ano agrícola 2006/07.............................
35
35
39
5. Síntese análise variância para porcentagem de cobertura do solo
(PCS), massa seca inicial e estande inicial......................................
60
6. Síntese análise variância para força de tração (FT) e força de
tração de pico (FTP) da semeadora-adubadora...............................
62
7. Síntese análise variância, para potência e potência de pico.............
64
8. Síntese da análise de variância, para patinagem trator e patinagem
semeadora.............................................. ........................................
65
9. Síntese da análise de variância, para velocidade real de
deslocamento (VRD) e porcentagem de eficiência da velocidade
(%V)..................................................................................................
66
10. Síntese da análise de variância, para capacidade de campo
operacional (Cco) e tempo efetivo....................................................
67
11. Síntese da análise de variância, para consumo de energia médio
(CEM) e consumo de energia de pico (CEP)...................................
68
xi
12. Síntese da análise de variância, para consumo horário (Ch) e
consumo operacional (Co).............................................................
69
13. ntese da análise de variância, para consumo ponderal (Cp) e
consumo especifico (Ce)................................................................
70
14. Síntese da análise de variância, para porcentagem de
espaçamento normal (PEN), porcentagem de espaçamento
falho (PEF) e porcentagem de espaçamento duplo (PED)............
71
15. Síntese da análise de variância, para número médio de dias para
emergência (NMDE), estande final e massa seca final.................
72
16. Síntese da análise de variância, para altura de inserção da espiga
viável (AIEV), umidade do grão e produtividade de grãos.............
73
17. Síntese da alise de variância para fluxo de MOG e fluxo de
grãos e perdas na colheita............................................................
75
18. Desdobramento da perda de grãos (kg.ha
-1
) para o fator
manejo...........................................................................................
75
xii
LISTA DE FIGURAS
Figuras Página
1. Trator Ford 6600 e pulverizador de barras tratorizado utilizado em
operação de manejo (A); trator Valtra BM 100 tracionando ro-faca na
operação de manejo do sorgo (B) e trator Valtra BM 100 acoplado ao
triturador de palhas no momento de manejo do
sorgo.......................................................................................................
2. Distribuição das parcelas experimentais no campo................................
37
38
3. Sensor de rotação acoplado ao eixo da semeadora-
adubadora..............................................................................................
43
4. Colhedora de grãos SLC utilizada na colheita do milho.......................... 44
5. Penetrômetro eletrônico utilizado no experimento.................................. 47
6. Debulhadora estacionaria de milho......................................................... 50
7. Relação de engrenagens e sensores instalados na semeadora-
adubadora..............................................................................................
8. Resistência do solo à penetração nos diferentes sistemas de manejo...
9. Resistência do solo à penetração nas diferentes pressões do pneu de
acionamento da semeadora...................................................................
57
77
78
xiii
LISTAS DE EQUAÇÕES
Equações Página
1. Número médio de dias para emergência........................................ 48
2. Eficiência de deslocamento.............................................................
51
3. Potência na barra de tração............................................................ 52
4. Capacidade de campo operacional................................................. 53
5. Consumo de energia....................................................................... 53
6. Consumo de combustível operacional............................................ 55
7. Consumo de combustível ponderal................................................. 55
8. Consumo de combustível específico...............................................
56
9. Patinagem do trator e da semeadora-adubadora............................
57
10. Fluxo total, fluxo de MOG e fluxo de grãos................................... 58
1
1. RESUMO
O trabalho teve como objetivo a análise operacional de uma semeadora–
adubadora, avaliando-se a influência da pressão de inflação do pneu acionador da
semeadora na cultura do milho (Zea mays L.), em sistema de plantio direto, em
três tipos de manejo. O experimento foi implantado em área do Laboratório de
Máquinas e Mecanização Agrícola do Departamento de Engenharia Rural -
Unesp/Jaboticabal, em Latossolo Vermelho eutroférrico.
O experimento foi composto por ts sistemas de manejo da cultura do
sorgo; combinados com três pressões de inflação do pneu de acionamento dos
mecanismos dosadores da semeadora-adubadora em esquema fatorial 3 x 3 com
4 repetições. Os manejos utilizados foram: Controle Químico (dessecação);
2
Controle Químico mais Controle Mecânico (Triturador de Palhas) e Controle
Químico mais Controle Mecânico (Rolo Faca).
Foram avaliados para caracterização da área experimental os parâmetros:
porcentagem de cobertura vegetal no solo, massa seca da cobertura vegetal e
resistência mecânica do solo a penetração. Para caracterização das plantas foram
analisados: número de dias para emergência, população inicial e final, distribuição
longitudinal, altura de inserção da espiga viável e produtividade. Para
caracterização de desempenho do conjunto trator-semeadora-adubadora foram
avaliados: força de tração, velocidade de real deslocamento, eficiência de
deslocamento, potência, capacidade de campo operacional, tempo efetivo,
consumo de energia, consumo horário, consumo operacional, consumo ponderal,
consumo especifico, patinagem do trator e patinagem da semeadora.
Os resultados indicam que a pressão do pneu da semeadora afetou a força
de tração, potência, potência de pico, velocidade real de deslocamento, eficiência
de deslocamento, capacidade de campo operacional, tempo efetivo, consumo de
energia médio, consumo horário e o consumo ponderal.
PALAVRAS-CHAVE: Patinagem, plantio direto, distribuição longitudinal.
3
PERFORMANCE OF A PRECISION SEEDERS-FERTILIZER IN OXISOL:
INFLATION PRESSURE IN THE TIRE SHAREHOLDERS X MANAGEMENT
PLANS FOR COVERAGE.
Author: Edinan Augusto Borsatto
Adviser: Carlos Eduardo Angeli Furlani
2. SUMMARY
The work had for objective the operational analysis of a seeder-fertilizer,
evaluating the influence of the tire inflation pressure of the trigger seed in maize
(Zea mays L.) in no till system in three types of management . The experiment was
located in an area of the Laboratory of Agricultural Machinery and Mechanization
Department of Rural Engineering - Unesp / Jaboticabal in Oxisol.
The experiment was composed of three management systems of the culture
of sorghum, combined with three of the tire inflation pressures of drive mechanisms
doser of seeder-fertilizer in a factorial 3 x 3 with 4 replications. The managements
were: Chemical Control (desiccation); Mechanical Control Chemical Control more
(Grinder of straw) and more control Chemical Control Mechanical (Roll Knife).
Were evaluated for characterization of the Experimental parameters:
percentage of vegetation cover in soil, dry mass of vegetation cover and soil
mechanical resistance to penetration. For characterization of the plants were
analyzed: number of days to emergence, initial and final population, longitudinal
4
distribution, time of insertion of the spike viable and productivity. To characterize
the performance of all tractor-seeder-fertilizer were evaluated: the force of traction,
speed of displacement, the displacement efficiency, power, capacity of the
operational field, effective time, energy consumption, time consumption,
consumption operational, mass consumption, specific consumption, skating rink of
the tractor and seeder.
The results indicate that the tire pressure of the seed affect the force of
traction, power, peak power, real speed of displacement, the displacement
efficiency, field capacity operational, effective time, average power consumption,
time consumption and the consumption weight.
KEYWORDS: Skating, tillage, longitudinal distribution.
5
3. INTRODUÇÃO
O milho é uma das principais culturas, com grande importância econômica e
social no mundo. No Brasil a cultura vem batendo recordes de produtividade ano a
ano, passando de 1.874 kg.ha
-1
, em 1990, para 3.600 kg.ha
-1
, em 2004 e para
4.114 kg.ha
-1
em 2007 (CONAB 2007), sendo cultivado em diferentes sistemas de
manejo do solo.
Atualmente a busca pela redução de custos, torna-se necessária a procura
de novas alternativas de produção que possam, além de propiciar condições de
6
palhada para o sistema plantio direto, resulte também em resultado financeiro. A
cultura do sorgo vem se destacando neste sentido, pois embora da mesma
espécie que o milho (gramínea) tem-se observado bons resultados na sucessão
das culturas, pois o sorgo possui elevada produção de massa seca com elevada
relação carbono/nitrogênio e tolerância ao déficit hídrico.
A precisão da semeadura é um importante fator para o sucesso da cultura,
sendo o desempenho do conjunto trator-semeadora afetado pelas diferentes
formas de manejo da cultura de cobertura, tipos de solo e pressão de inflação do
pneu acionador da semeadora-adubadora.
Existem estudos sobre o comportamento dos pneus sobre condições
adversas de pressão e cobertura, referentes a tratores e ao conjunto trator
semeadora, más o estudos sobre o comportamento dos pneus acionadores
da semeadora-adubadora.
Devido a falta de informações tanto no meio científico como pelas empresas
fabricantes de equipamentos agrícolas, no que diz respeito às alterações que a
pressão de inflação do pneu acionador pode ocasionar em diferentes condições
de cobertura do solo, e pelo fato da operação de semeadura estar relacionado
com o sucesso ou fracasso da cultura, foi proposto a avaliar a distribuição
longitudinal e o desempenho do conjunto trator-semeadora, submetida a
interferência de três pressões de inflação do pneu acionador da semeadora,
combinado com três formas de manejo da vegetação em sistema plantio direto.
7
Pressupõe-se que diferentes formas de manejo da cultura de cobertura,
associado a diferentes pressões de inflação do pneu de acionamento da
semeadora, possam ocasionar em resultados significativos que afetem o
desempenho do conjunto trator-semeadora e a distribuição longitudinal.
8
4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
4.1. Cultura do Sorgo
O sorgo (Sorghum bicolor L. Moench) é uma gramínea anual que pode
atingir de 3 a 5 m de altura, com colmos eretos dispostos em forma de touceira e
9
suculentos, folhas lineares, entrecruzando-se, com 25 a 50 mm de largura e 50 a
100 cm de comprimento. É uma planta de clima tropical, cultivada em muitas
regiões do país. É pouco exigente quanto a fertilidade dos solos, crescendo bem
nos médios e arenosos, profundos e permeáveis, resistindo bem à seca e à
geada, segundo descrição de ALCÂNTARA & BUFARAH (1988). Os mesmos
autores citam que o sorgo é utilizado, principalmente, como forrageira para corte e
ensilagem, produzindo cerca de 30 a 40 t ha
-1
, podendo atingir de 60 a 70 t ha
-1
de
matéria fresca. Atualmente, vem sendo utilizado na produção de palhada para o
sistema plantio direto, tendo em vista o seu crescimento vegetativo elevado, com
boa produção de matéria fresca e matéria seca. No Brasil, na safra 05/06, o sorgo
ocupou 1,2% do total de grãos produzidos, tendo ocupado uma área aproximada
de 707 mil hectares. A produção nacional de sorgo, na safra 05/06, ficou em torno
de 1,4 milhões de toneladas de grãos (CONAB, 2006). No sudeste, na safra 05/06,
o sorgo ocupou 25,5% do total de grãos produzidos, tendo uma previsão de área
de plantio próxima de 170 mil hectares, sendo que, 80 mil hectares plantados em
Minas Gerais, e 90 mil hectares, em São Paulo.
4.2. Cultura do Milho (Zea Mays L.)
O milho (Zea mays L.) está entre as principais culturas cultivadas no Brasil,
destacando-se a sua utilização na alimentação humana, o que vulto ao seu
valor como fonte de renda do produtor brasileiro. Outro ponto a se considerar na
10
importância deste produto é o mérito do mesmo na cultura alimentar do brasileiro.
O milho é utilizado diretamente em diversos pratos típicos da culinária nacional ou
indiretamente, como componente de rações ou na fabricação de outros produtos.
A cultura do milho, atualmente, ocupa a terceira maior área cultivada no mundo,
superada apenas pelo trigo e pelo arroz.
No Brasil, na safra 2007/2008, a produção esta estimada em 39,59 milhões
de toneladas para a primeira safra superior ã safra anterior em 8,2%(2.996,4 mil
toneladas). Para a segunda safra a produção esta estimada em 18,28 milhões de
toneladas superior à safra anterior em 23,8% (3.511 mil toneladas). O referido
aumento foi em função das boas condições climáticas aliado à crescente utilizão
de tecnologias. A área cultivada com milho na primeira safra é de 9,62 milhões de
hectares superior a plantada na safra anterior em 1,4% (129,7 mil hectares). Para
a segunda safra houve um aumento de 9,2% passando de 4,56 para 4,98 milhões
de hectares, tendo aumento de 13,3% na produtividade que passou de 3.239 para
3.670 kg ha
-1
(CONAB 2008).
Rendimentos elevados de milho irrigado têm sido obtidos com a utilização
de 55.000 a 72.000 plantas por hectare, adotando-se espaçamentos variáveis
entre 55 a 88 cm entre fileiras, apresentando 4 a 5 plantas por metro devidamente
arranjadas de forma a minimizar as relações de competição por fatores de
produção. Para condições de sequeiro, populações de 45.000 a 55.000 plantas
por hectare têm se mostrado mais adequadas, principalmente em função da
probabilidade de veranico, da fertilidade do solo e do genótipo empregado.
Observa-se que neste caso, a melhor distribuição de plantas na área se revestirá
11
de suma importância para a superação de limitações climáticas, sobretudo
estresses hídricos (FANCELLI & DOURADO NETO, 2000).
A densidade de plantas é uma das práticas que mais afeta o rendimento do
grão de milho, que é a espécie da família das Poaceas mais sensível a sua
variação (ALMEIDA & SANGOI, 1996). Isso porque os híbridos modernos não
perfilham e, usualmente, produzem somente uma espiga por planta e, portanto,
não possuem a capacidade de compensar eventuais falhas na emergência como
as demais espécies da família. Sob altas densidades, aumenta a competição inter-
planta por luz, água e nutrientes (SANGOI, 2000) o que afeta o rendimento final
porque estimula a dominância apical, induz a esterilidade, decresce o número de
espigas produzidas por planta e o número de grãos por espiga (SANGOI &
SALVADOR, 1998). Portanto, o rendimento de grãos de milho aumenta com o
incremento na densidade de planta até atingir um nível ótimo, que é determinado
pelo genótipo e pelas condições do ambiente e diminui com posteriores aumentos
de densidade.
4.3. Resistência mecânica do solo à penetração
Na agricultura moderna, quando se estuda a relação solo/planta/máquina
percebe-se a necessidade de caracterizar o estado físico do terreno. Os
parâmetros do solo são numerosos e as leis que regem são complexas. A
resistência mecânica do solo à penetração tem sido usada, ao longo de muitos
anos, com várias aplicações em diversos campos da pesquisa agronômica
12
(VIEIRA & SIERRA, 1993). Atualmente várias aplicações estão consolidadas, tais
como: detecção de camadas compactadas, estudo da ação de ferramentas de
máquinas no solo, prevenção de impedimentos mecânico ao desenvolvimento do
sistema radicular das plantas, predição da força de tração necessária para
execução de trabalhos, conhecimento de processos de umedecimento e
ressecamento, dentre outras.
A compactação do solo constitui um tema de crescente importância face a
aumento da mecanização nas atividades agrícolas, que acarreta alteração no
arranjo das partículas do solo, tornando-o mais denso. Existem diversos fatores
que ocasionam um crescimento deficiente do sistema radicular de plantas
cultivadas, como danos causados por insetos e moléstias, deficiências nutricionais,
acidez do solo, drenagem insuficiente, baixa taxa de oxigênio, temperatura
imprópria do solo, compactação do solo e dilaceramento radicular. Dentre essas
limitações, a compactação do solo atinge, muitas vezes, dimensões sérias, pois,
ao causar restrições ao crescimento e desenvolvimento radiculares, acarreta uma
série de problemas que afetam a produção das plantas. Os problemas de ordem
agronômica devido à compactação do solo são aumento da resistência mecânica à
penetração radicular, redução da aeração, alteração do fluxo de água e calor, e da
disponibilidade de água e nutrientes.
Segundo DANIEL et al. (1995), não somente o sistema de utilização das
máquinas no campo, mas também as características físicas do solo, o teor de
água e a presença de resíduos culturais são fatores importantes ao entendimento
do processo de compactação. As propriedades físicas e mecânicas dos solos
13
tornam-no mais ou menos propensos à compactação, influenciando, desta forma,
a trafegabilidade e desenvolvimento radicular.
CUNHA et al. (2002) avaliando a resistência mecânica a penetração em
solo argiloso (47% de argila) e umidade do solo de 20%, obteve resultado de
índice do cone de 1188 kPa para uma densidade de 1,30 kg.dm
-3
, concluindo que
a resistência mecânica a penetração mostrou-se altamente relacionada com o teor
de água e densidade do solo, sendo que o incremento da densidade do solo e a
diminuição no teor de água provocaram aumento linear da resistência à
penetração.
As operações de preparo do solo estão entre as técnicas que
freqüentemente melhoram as produções das culturas, mas devem ser adaptadas
às condições específicas para um distinto sistema de produção. MORAES &
BENEZ (1996) observaram que um grande mero de máquinas e implementos
agrícolas, destinados à operação de preparo do solo, foi e continuam sendo
desenvolvidos, porém, a utilização inadequada desses equipamentos pode criar
condições físicas no solo adversas ao desenvolvimento das culturas, como é o
caso da compactação.
De acordo com LANÇAS (2000), a compactação do solo não é uma
propriedade do solo e sim um efeito da variação de algumas de suas
propriedades, devido à ação de cargas externas, tais como o tráfego de máquinas
e a ação de ferramentas agrícolas. DIAS JÚNIOR et.al. (1996), afirmaram que o
efeito da compactação do solo em suas propriedades físicas aumenta a densidade
do solo e sua resistência mecânica, diminuindo assim a porosidade total, tamanho
14
e continuidade dos poros, principalmente o volume de macroporos, enquanto que
os microporos permanecem teoricamente inalterados.
RALISCH et.al. (2001) ressaltaram a importância da verificação da
existência de camadas compactadas em solos com altos teores de argila, as
quais incluem a compactação causada pelas operações agrícolas de efeito
acumulativo em áreas exploradas pelo sistema de plantio direto. Para operação de
descompactação do solo, escarificadores e subsoladores, são os implementos
mais usados; devido sua maior capacidade de penetração e menor desagregação
do solo em relação aos arados e grades de disco (ARAÚJO, 1999).
Quando se utiliza o preparo periódico do solo, há o fracionamento de
agregados. Na semeadura direta, com ausência de preparo e adição de matéria
orgânica, os agregados de mantêm mais estáveis (CORRÊA, 2002), diminuindo a
suscetibilidade do solo à compactação, a qual pode ser referenciada pelo índice do
cone (IC) obtido por meio de penetrometria.
MOLIN et al. 2006, constatou maiores valores de índice do cone nas
profundidades de 0,10 a 0,15 m. Esses valores foram maiores nas regiões com
menor teor de argila e matéria orgânica.
Para VEPRASKAS & MINER (1986), valores de resistência à penetração de
2,8 a 3,2 MPa retardam a elongação das raízes e com 4,0 MPa não há
crescimento de raízes. O valor de 2,0 MPa tem sido aceito como o limite critico de
resistência mecânica do solo à penetração (TAYLOR et al., 1966; NESMITH,
1987).
15
4.4. Numero médio de dias para emergência
Estudo realizado por SILVA et. al. (2004a), os autores concluem que o
número médio de dias para emergência foi afetado apenas pela profundidade de
semeadura, no qual as sementes colocadas a 3 cm de profundidade necessitaram
de menos dias para emergência, e apresentaram maior porcentagem de
emergência do que aquelas colocadas em profundidades de 5 e 7 cm. Do total de
sementes colocadas à profundidade de 3 cm, 49,5% emergiram aos quatro dias
após a semeadura, enquanto, na mesma data, somente 19% e 13% das sementes
colocadas às profundidades de 5 e 7 cm, respectivamente, atingiram a
emergência.
4.5. Distribuição longitudinal de sementes na semeadura
BUTIERRES & CARO (1983) e KURACHI et al. (1989) constataram que a
uniformidade de distribuição longitudinal das sementes é uma das características
que mais contribui para a obtenção de estande adequado de plantas e de uma
boa produtividade das culturas.
De acordo com SILVA et al. (2000), trabalhando com quatro velocidades de
deslocamento (3, 6, 9 e 11,2 km h
-1
) e duas profundidades de adubação em milho
(5 e 10 cm), verificaram que a densidade de semeadura não foi afetada pela
velocidade da semeadora-adubadora, ficando evidente que as velocidades de 9 e
16
11,2 km h
-1
, propiciaram distribuição inferior de sementes de milho em relação às
velocidades de 3 e 6 km h
-1
, ocasionando na velocidade mais elevadas uma
eficiência reduzida nos mecanismos dosadores devido a diminuição do tempo
para o preenchimento das células do disco com sementes, provocando falhas na
distribuição. O porcentual de espaçamentos entre sementes, por categoria de
espaçamentos, variou com a velocidade de operação e não diferiu
significativamente em função da profundidade de adubação, com exceção para o
percentual de duplos, verificando que na velocidade de 3 km h
-1
o maior
percentual de espaçamentos aceitáveis e, conseqüentemente, os menores de
espaçamentos duplos e de falhas. Os menores percentuais de espaçamentos
aceitáveis ocorreram nas velocidades superiores a 6 km h
-1
MANTOVANI et al. (1992) avaliaram nove semeadoras de milho e
concluíram que, de maneira geral, a distribuição longitudinal de sementes era
irregular e fora dos limites aceitáveis, tendendo a se tornar mais irregulares à
medida que a velocidade de avanço aumentava. Estudos realizados por
DELAFOSSE (1986) mostraram que a falta de regularidade de espaçamento entre
plantas pode resultar em perdas superiores a 15% na cultura do milho.
Conforme TORINO & KLINGENSTEINER (1983), é considerado como
ótimo desempenho a semeadora que distribuir de 90 a 100% das sementes na
faixa de espaçamentos aceitáveis, bom desempenho de 75 a 90%, regular de 50 a
75%, e insatisfatório abaixo de 50%.
17
4.6. Manejo das culturas de cobertura do solo
O manejo de culturas de cobertura pode ser feito de várias maneiras, dentre
as quais se podem citar: a) mecânico (com triturador de palhas tratorizado,
roçadora e rolo-faca), e b) químico, com herbicidas; cada um desses manejos
deixa a vegetação sobre a superfície do solo de diferentes formas, acarretando
decomposição diferenciada aos restos vegetais (BRANQUINHO et al. 2004).
O sistema de semeadura direta e a rotação de culturas promovem juntos
inúmeras vantagens, dentre as quais se podem destacar: menor necessidade de
água de chuvas para iniciar o plantio, economia de combustível, aumento da
atividade biológica do solo em função do aumento do teor de matéria orgânica e
menor perda por erosão.
O plantio direto (termo mais comum) na agricultura completamente
mecanizada é definido como um sistema de semeadura no qual a semente é
depositada diretamente em solo não preparado. Os resíduos vegetais da cultura
anterior permanecem na superfície do solo e as plantas daninhas são controladas
por meio de herbicidas (MUZILLI, 1985 e DERPSCH et al., 1991).
A expansão da semeadura direta no Brasil tornou-se possível somente
após a intensificão do uso de herbicidas apropriados que permitissem um
controle adequado das plantas daninhas antes e depois da semeadura. Para
DERPSCH et al. (1991), a semeadura direta intensificou-se após o início da
fabricação de semeadoras-adubadoras capazes de penetrar em solos
18
compactados, providos de discos para corte dos restos vegetais remanescentes
na superfície. O uso do solo, com maior número de cultivos por ano, tem sido
intensificado para aumentar a renda dos agricultores e a oferta de alimentos,
resultando em maior produtividade da área, principalmente quando se adotam
tecnologias apropriadas, como melhor manejo do solo e tratos culturais
adequados para cada tipo de solo e cultura (FERREIRA, 1997).
Do ponto de vista agrícola, os sistemas de manejo que utilizam o preparo do
solo para a produção vegetal resultam em perdas de matéria orgânica pela ruptura
dos agregados e sua exposição (BRUCE et al., 1999). A diminuição da matéria
orgânica causa o adensamento do solo, influenciando por isso no aumento da sua
resistência à penetração. Contudo o solo não será adensado quando, por outro
lado, houver o incremento de matéria orgânica decorrente de maiores adições do
que as perdas por oxidação de carbono, o que ocorre em áreas sob semeadura
direta (BRUCE et al., 1999).
4.7. Força de tração
NETO et al. (2004), trabalhando em área de plantio direto com três
velocidades de deslocamento ( 5,6, 8,3 e 10,8 km h
-1
) e três cobertura de solo,
verificou que a força de tração foi maior para a velocidade de 10,8 km h
-1
, o
consumo de combustível não diferiu em função do tipo de cobertura do solo,
somente em função da velocidade, sendo maior na velocidade de 10,8 km h
-1
e
19
menor em 5,6 km h
-1
. O deslizamento dos rodados não diferiram tanto para o tipo
de cobertura do solo quanto para as velocidades empregadas.
De acordo com FURLANI et al. (2004), os tratamentos com semeadura
direta e preparo convencional apresentaram menor força de tração, com
diferenças significativas em relação ao tratamento com escarificador, onde a força
de tração foi 22% superior aos demais tratamentos,obtendo-se valores para força
de tração média de 12,9 kN para plantio direto; 13 para o preparo convencional e
14,5 kN para a escarificação.
FURLANI et al. (2004) relataram a exigência de força de tração foi maior em
solo preparado com escarificador em relação ao plantio direto e preparo
convencional. Para a potência, em solo escarificado, a demanda foi maior em
relação ao convencional, e o plantio direto ficou em posição intermediária. No
preparo do solo com escarificador, o consumo de energia e o consumo horário de
combustível foram maiores em relação ao convencional e ao plantio direto; o
inverso ocorreu com a capacidade de campo efetiva. A patinagem e o consumo
por área foram aumentando do plantio direto para o convencional e, por último o
escarificador.
A força de tração para semeadoras de precisão varia em função do tipo de
solo, leito de semeadura e número de linhas. Para solos argilosos, os valores
variam de 1,1 a 2,0 kN por linha de semeadura da máquina (ASAE, 1996).
Segundo a ASAE (1999); a força de tração estimada para operar
semeadora-adubadora de fluxo continuo é de 400 N e de 700 N por linha de
20
semeadura, respectivamente para preparo convencional do solo e para plantio
direto, independente do tipo de solo.
Segundo ASAE (1999), a força de tração especifica necessária para operar
semeadora-adubadora de fluxo contínuo em solo preparado, é de 0,50 kN por
linha e para as de arrasto, pode variar entre 0,90 a 1,55 kN por linha de
semeadura . Para as semeadoras utilizadas em semeadura direta, os valores
variam entre 1,67 a 1,82 kN por linha de semeadura, dependendo do tipo de solo.
Em ambos os casos, os valores citados variam aproximadamente de 25%.
COLLINS & FOWLER (1996), em solo argiloso, obtiveram valores de força de
tração de 0,20 e de 0,42 a 1,12 kN por linha, quando as semeadoras estavam
equipadas com sulcadores tipo discos duplos e facão, respectivamente.
LEVIEN et al. (1999) encontraram valores de força de tração de 3,24 a 3,64
kN por linha de semeadura, não diferindo estatisticamente entre os tratamentos de
preparo do solo (convencional, escarificação e semeadura direta). Os mesmos
autores encontraram, ainda, que a necessidade de potência na barra a operação
de semeadura foi de 19,9 (26,5); 21,4 (28,5) e 23,7 (31,6) kW (cv) para o preparo
do solo convencional, escarificação e no sistema de plantio direto,
respectivamente. CHAPLIN et al. (1988) relataram que a semeadora (quatro linhas
para plantio direto, necessita de 3,3 kN de força de tração; 7,5 kW (10,0 cv) de
potência na barra; 6,6 L ha
-1
de consumo de óleo diesel; 2,5 ha h
-1
de capacidade
de campo teórica, e 3,0 kW h ha
-1
de consumo de energia, enquanto a
semeadora, operando em solo preparado, utilizou 1,9 kN; 5,1 kW (6,8 cv); 6,8 L h
-
1
; 2,9 ha h
-1
, e 1,7 kW h ha
-1
).
21
A demanda total de potência na barra de tração do trator, em operação de
semeadura, é influenciada pelo tipo de solo, leito de semeadura, velocidade de
deslocamento e número de linhas da semeadora-adubadora. Em função de novos
modelos de semeadoras, outros fatores também podem ter influência sobre
aquela variável, tais como seu peso total, configuração dos órgãos ativos em
contato com o solo (especialmente o tipo, formato e profundidade de atuação dos
sulcadores), condições de superfície e teor de água no solo (JASA et al. 1992).
4.8. Velocidade de deslocamento do conjunto
De acordo com SILVA et al. (2000) na semeadura realizada com
semeadoras adubadoras, diversos fatores interferem no estabelecimento do
estande de plantas e, com freqüência, na produtividade da cultura, destacando-se
entre eles a velocidade de operação da máquina no campo e a profundidade de
deposição do adubo no solo.
PORTELLA et al. (1998) estudaram o efeito de quatro velocidades de trabalho
de doze semeadoras sobre o desempenho dos mecanismos dosadores, na
semeadura de milho. Nessa pesquisa utilizaram-se de 12 semeadoras, concluindo
que o melhor desempenho foi observado para semeadoras equipadas com
mecanismo dosador alveolado horizontal e velocidade de deslocamento de 3,7
km h
-1
. De acordo com EMBRAPA (1997), um dos parâmetros de grande
influência na precisão de distribuição de sementes no solo é a velocidade de
22
deslocamento da máquina. De modo que se não existir uniformidade na
distribuição de sementes, ficarão comprometidas as operações de controle de
pragas e doenças, manutenção da fertilidade, entre outros.
A velocidade de semeadura afeta o desempenho da semeadora-adubadora;
de acordo com SILVEIRA (1989), as máquinas dotadas de mecanismo dosador de
disco horizontal devem ser operadas a uma velocidade máxima em torno de 5 km
h
-1
; em velocidade superior, o preenchimento das células ou furos é problemático,
podendo aumentar as lesões nas sementes. O ideal é operar à velocidade de 4
km h
-1
ou menos.
KURACHI et al. (1993) verificou que semeadoras-adubadoras são sensíveis
ao aumento da velocidade de operação, a ponto de diminuir as quantidades de
sementes distribuídas por unidade de área, independente da máquina ser
equipada com dosador de disco perfurado horizontal, inclinado ou pneumático.
4.9. Capacidade de campo
Segundo FURLANI et al. (2004), a capacidade de campo efetiva na
operação de semeadura foi influenciada pela patinagem das rodas motrizes do
trator (menor velocidade), em que o deslizamento foi maior, ou seja, na
semeadura direta, a capacidade de campo foi maior. No solo preparado pelo
método convencional e com escarificador, também foram encontradas diferenças
significativas; verificando-se que quanto maior o grau de desagregação do solo
23
obtido nos tratamentos de preparo, menor foi à capacidade de campo dos
conjuntos mecanizados.
O estudo das operações agrícolas, levando-se em conta a capacidade de
trabalho e a eficiência de campo, visa racionalizar o emprego das máquinas,
implementos e ferramentas, na execução dos trabalhos. Dá-se o nome de
desempenho operacional a um complexo conjunto de informações que definem,
em termos quali-quantitativos, os atributos da maquinaria agrícola quando
executam operações sob determinadas condições (FOLLE & FRANZ, 1990,
citados por SILVEIRA et al., 2006).
Segundo ASAE (1999), CAÑAVATE & HERNANZ (1989), MANTOVANI
(1987) e SILVEIRA et al. (2006), a capacidade de campo de uma máquina vem a
ser a quantidade de trabalho produzida na unidade de tempo. A capacidade de
campo pode ser efetiva e teórica.
A capacidade de campo teórica é o valor de desempenho obtido se a
máquina trabalhar 100% do tempo, na velocidade ideal para operação, utilizando
100% de sua largura teórica de trabalho (ASAE, 1996).
Para HUNT (1974), a eficiência de campo é igual à eficiência de tempo,
definida como a razão entre o tempo efetivamente usado e o tempo total
disponível, quando o consideradas apenas as operações executadas dentro de
campo cultivado. A eficiência de campo também pode ser obtida como a razão
entre as capacidades de campo efetiva e teórica.
De acordo com SMITH (1965), alguns fatores influem na eficiência de
campo de uma máquina agrícola, como o método de operação ou padrão de
24
operação no campo; formato e tamanho do campo; capacidade teórica de
operação; condições de umidade e da cultura; produtividade do campo na época
da colheita e as limitações dos sistemas, razão por que, eficiências de campo não
são valores constantes para máquinas específicas, mas são muito variáveis.
FURLANI et al. (2005b), avaliando as exigências de uma semeadora-
adubadora de precisão, variando a velocidade e a condição da superfície do solo,
obtiveram, para a capacidade de campo efetiva valores de 1,58; 1,59 e 1,51 ha h
-1
para semeadura convencional, direto e solo escarificado, respectivamente.
FURLANI et al. (2005a), avaliando uma semeadora-adubadora de precisão,
trabalhando em três sistemas de preparo de solo, obtiveram, para a capacidade
de campo efetiva, valores de 2,7, 2,7 e 2,5 ha h-1 para semeadura convencional,
direto e reduzido, respectivamente. FURLANI et al. (2004), avaliando o
desempenho operacional de uma semeadora-adubadora de precisão, em função
do preparo do solo e do manejo da cobertura de inverno, obtiveram, para a
capacidade de campo efetiva, valores de 1,55; 1,40 e 1,51 ha h
-1
para semeadura
direta, solo escarificado e convencional, respectivamente. A capacidade de campo
efetiva na operação de semeadura foi influenciada pela patinagem das rodas
motrizes do trator que ocasionou menor velocidade de deslocamento. No solo
preparado pelo método convencional e com escarificador, também foi encontrada
diferença significativa. Verifica-se, portanto, que quanto maior o grau de
desagregação do solo obtido nos tratamentos de preparo, menor foi a capacidade
de campo dos conjuntos motomecanizados. O manejo da cobertura do solo no
inverno não influenciou na capacidade de campo efetiva da semeadora.
25
BRANQUINHO et al. (2004) observaram que a capacidade de campo efetiva da
operação semeadura foi influenciada pela velocidade de deslocamento do
conjunto, sendo maior na velocidade mais alta. Os diferentes manejos realizados
na cultura do milheto não influenciaram na capacidade operacional. Os valores
verificados foram 1,15 e 1,65 ha h
-1
a 5,2 e 7,3 km h
-1
, respectivamente.
MAHL et al. (2004) observaram, para a capacidade de campo efetiva,
valores de 1,68 e 1,67 ha h
-1
para semeadura direta e solo escarificado,
respectivamente, verificando que a capacidade de campo efetiva não foi
influenciada pela condição de solo. Quanto à variação de velocidade de
deslocamento do conjunto trator-semeadora, houve efeito da mesma sobre a
capacidade de campo efetiva. À medida que se aumentou a velocidade, houve
aumento significativo da capacidade de campo efetiva. Por meio do aumento da
velocidade de 4,4 km h
-1
, para 8,1 km h
-1
, conseguiu-se um incremento de 86% na
capacidade de campo do conjunto.
FURLANI et al. (2000), avaliando uma semeadora-adubadora de 6 linhas
para feijão, obtiveram, para a capacidade de campo efetiva valores de 1,57; 1,50
e 1,40 ha h
-1
para semeadura convencional, direto e solo escarificado,
respectivamente.
LEVIEN et al. (1999) obtiveram média de 2,1 ha h
-1
de capacidade de
campo, enquanto que MARQUES et al. (1999) encontraram 1,45 ha h
-1
. CHAPLIN
et al. (1988) relataram que uma semeadora de quatro linhas para semeadura
direta obteve 2,5 ha h
-1
de capacidade de campo teórica, enquanto a semeadora,
operando em solo preparado obteve 2,9 ha h
-1
de capacidade de campo teórica.
26
4.10. Consumo de combustível
CHAPLIN et al. (1988), encontraram valores de consumo de combustível de
6,8 L h
-1
para uma semeadora-adubadora de precisão de quatro linhas em preparo
convencional. Já CORDEIRO et al. (1988), utilizando tratores de 82,4 kW na
operação de semeadura e adubação, com semeadora de fluxo contínuo,
encontraram valores de consumo de combustível de 8,5 L h
-1
.
O consumo de combustível de diversos tratores na operação de semeadura
foi estudado durante quatro anos por CORDEIRO et al. (1988), encontrando-se
valores dios, para um trator de potência no motor de 82,4 kW (110 cv) foi de
8,5 L h
-1
. LEVIEN et al. (1999) obtiveram valores de 13,0; 12,9 e 12,3 L h
-1
de óleo
diesel para semeadura em solo classificado como Nitossolo Vermelho Distrófico
Latossólico, preparado pelo método convencional, reduzido (escarificação) e
plantio direto, respectivamente.
FURLANI et al. (2004), conclui que o consumo horário de combustível na
operação de semeadura foi maior no preparo do solo com escarificador (13,04 L h
-
1
), sendo quase 2 litros a mais em relação aos valores obtidos na semeadura
direta (11,07 L h
-1
) e o preparo convencional (11,40 L h
-1
), devendo-se ao fato da
maior rugosidade superficial e da maior profundidade da camada mobilizada, uma
vez que estando o solo mais solto, foi exigido mais dos rodados do trator.
4.11. Patinagem do conjunto trator-semeadora-adubadora
27
A avaliação de semeadoras-adubadoras é realizada geralmente por testes
de campo onde se busca analisar seu desempenho geral ou de setores
específicos em diferentes condições de trabalho. O acionamento dos sistemas
dosadores de sementes e, principalmente, de fertilizantes são realizados pelas
rodas motrizes das semeadoras-adubadoras. Toda vez que ocorre patinagem
dessas rodas, os sistemas deixam de serem acionados, com isso, sementes e
adubos não são depositados, causando falhas no plantio e no estande final. Por
este motivo o estudo da patinagem das rodas motrizes da semeadora-adubadora
é muito importante. OLIVEIRA et al. (2000), testando uma semeadora-adubadora
em três tipos de resíduos vegetais secos (milho, lab lab e vegetação espontânea),
duas velocidades (5 e 7 km h
-1
) em dois tipos de solo (Podzólico atualmente
classificado como Argiloso; e Latossolo), verificaram que não houve diferença
significativa na patinagem da roda motriz da semeadora-adubadora, ao se variar a
velocidade de trabalho e o tipo de cobertura no Podzólico. Entretanto, as maiores
patinagens foram obtidas na maior velocidade, exceto no tocante à cobertura de
milho. É possível que esse efeito contrário tenha sido decorrente do grande
volume de palha nesse tratamento. No Latossolo, foram encontradas diferenças
significativas apenas quanto à variação de velocidade, com valores mais altos de
patinagem na menor velocidade. A patinagem obtida no Latossolo foi maior que a
do Podzólico em todos os tratamentos. REIS et al. (2002), avaliando o
desempenho de duas semeadora-adubadoras de semeadura direta em diferentes
teores de água em um solo argiloso, observaram que não houve efeito do teor de
água do solo sobre a patinagem das semeadoras. Entretanto, houve aumento da
28
patinagem com a elevação do teor de água, para as duas máquinas. Ocorreram
diferenças estatísticas em relação às máquinas, sendo a maior patinagem
verificada na semeadora Rotacaster, o que ocorreu devido ao fato de esta estar
equipada com pneus lisos, o que ocasiona menor eficiência de tração.
CASÃO JÚNIOR et al. (2000), avaliando o desempenho da semeadora-
adubadora Magnum 2850 em semeadura direta no Basalto Paranaense,
verificaram que a patinagem das rodas motrizes da semeadora-adubadora foi de
9,2% a 4,5 km h
-1
e de 8,6% a 8,0 km h
-1
.
OLIVEIRA et al. (2000) não encontrou diferenças significativas na
patinagem do rodado do trator; todavia, obteve-se um índice médio de patinagem
maior, na velocidade de 7 km h
-1
em solo Podzólico e um índice médio menor em
latossolo, podendo esse comportamento contrário ter ocorrido devido à menor
densidade e resistência do solo à penetração, possibilitado o aprofundamento da
roda, aumentando a resistência ao seu deslocamento. Para a patinagem da
semeadora, a análise de variância não indicou diferenças significativas, entretanto
as maiores patinagens foram obtidas na maior velocidade.
Em operação de semeadura do milho, SILVA (2000) obteve aumento de
47% na patinagem das rodas motrizes do trator ao desligar a tração dianteira
auxiliar (TDA), passando os valores médios de patinagem de 4,83; 6,92; 5,59 e
5,17%, respectivamente, para 8,67; 8,30; 9,61 e 6,57%. Também constatou que
para um aumento de 32% no requerimento de força, houve um aumento de 41%
na patinagem do trator.
29
4.12. Pressão de pneu acionador da semeadora-adubadora
A maioria dos equipamentos dosadores de sementes e fertilizantes são
acionados pelo rodado, que também é responsável pelo deslocamento do
conjunto semeadora-adubadora. A eficiência desses mecanismos tem relação
direta com as condições de contato rodado-solo, principalmente quando se fala
em patinagem do rodado, podendo ser influenciado pela pressão dos pneus
afetando a distribuição de sementes e adubos durante a semeadura.
A influência da semeadora se pelo tipo de mecanismo de cobertura,
sulcador e mecanismo dosador de sementes, além do tipo de rodado das rodas
motrizes. É comum obterem-se índices de quebras de sementes de até 7% em
dosadores puramente mecânicos, que podem ser reduzidas em 3% a 4% com uso
de aliviadores de pressão, principalmente em sementes sensíveis, como o
amendoim. A patinagem da roda de acionamento depende do tipo da roda,
umidade e preparo do solo e da velocidade de operação, variando em valores
aproximados de 4% de patinagem para rodas de borracha ranhurada, 8% para
rodas de borracha lisa e 12% para rodas de ferro liso (BALASTREIRE, 1990).
4.13. Colheita Mecânica
A colheita mecanizada de cereais passa tem passado por um intenso
processo de modernização. As tecnologias que surgiram para o setor agrícola no
Brasil, a partir de meados da década de 90, como a agricultura de precio, os
30
Sistemas GPS e os conjuntos eletrônicos embarcados, bem como o tamanho e a
sofisticação das máquinas e dos equipamentos, tornam o investimento em bens
de capital não durável crescente, e elevam os riscos financeiros envolvidos.
Vários são os processos onde ocorrem as perdas quali-quantitativas dos
grãos, desde a colheita até o consumo do grão. Dados fornecidos pelo Ministério
da Agricultura e do Abastecimento apresentam valores médios de perdas, por
problemas mecânicos, nas culturas de soja igual a 10%; de milho, igual a 15% e,
de trigo, igual a 5% (BRASIL, 1993). De acordo com GIRO (2005), analisando a
interferência de dois tipos de cobertura do solo (Milheto e sorgo) com três
sistemas de manejo (Triturador, rolo faca e herbicida) na cultura da soja,
constatou que o fluxo de material não grão (MOG) e de plantas daninhas, não
foram influenciados em nenhum dos fatores avaliados, concluindo que as perdas
da colhedora aumentaram linearmente com o fluxo de MOG.
Segundo PORTELLA (2003), 66% das perdas realizadas durante a colheita
mecânica esta localizada na plataforma de corte. De acordo com SILVA et al.
(2004b) a velocidade de deslocamento influencia significativamente as perdas de
grãos de milho em faixas de velocidade de 4,0 a 6,0 km h
-1
apresentando perdas
superiores àquelas encontradas para máquinas com velocidades de deslocamento
superiores a 7 km h
-1
. O que pode ser explicado pelo fato das colhedoras axiais
trabalharem com velocidades de deslocamento mais altas (8,0 km h
-1
). Quanto ao
sistema de trilha, foram encontradas diferenças significativas para as médias de
grãos perdidos, com as colhedoras de fluxo axial apresentando menores perdas
(21,6 kg ha
-1
) quando comparadas com as máquinas de fluxo radial (77,4 kg ha
-1
).
31
MELLO et al. (2006) trabalhou com três populações de plantas (55,6; 60,6 e
67,9 mil plantas ha
-1
) na seqüência de um consórcio de crotalária com guandu,
manejados com herbicida, rolo faca e roçadora. As perdas na colheita mecanizada
do cultivar híbrido de milho DKB 350 (triplo), 26 kg ha
-1
(0,3 %), não diferiram em
função dos fatores estudados, provavelmente devido ao alto valor do coeficiente
de variação (52%). O valor médio das perdas totais (0,3%) ficou abaixo do limite
de tolerância (2%), segundo SLC (1988), citado por MOLIN et al. (1998).
MELLO et al. (2006) verificaram que os diferentes fluxos (de grãos, MOG e
total) não sofreram influência dos manejos (herbicida, rolo faca e roçadora) ou
populações de plantas na semeadura (55,6; 60,6 e 67,9 mil plantas ha
-1
), ainda
que os manejos e as populações iniciais tenham resultado em diferenças
significativas nos valores da variável altura de plantas e na variável população final
de plantas.
BORSATTO et al. (2006) verificaram que, embora tenham encontrado
diferenças estatísticas para altura de plantas e diâmetro do colmo em função de
tipos de coberturas do solo e seus respectivos manejos, esses fatores não
influenciaram as perdas na colheita e os fluxos de grãos, MOG e total, na colheita
mecanizada do DKB 350.
VALLERIO (2005) trabalhou com perdas na colheita do DKB 350, semeado
na seqüência de diferentes manejos das culturas de cobertura e não encontrou
influência dos fatores sobre as perdas na colheita, fluxo de grãos, de material não
grão (MOG) e total. Também encontraram altos valores de coeficiente de variação
(74%) para a variável perdas na colheita.
32
SGARBI (2006) avaliou as perdas na colheita mecanizada do cultivar
híbrido de milho DKB 350 com duas umidades (17,5 e 14,4%) e três rotações do
cilindro trilhador (500, 600 e 700 rpm). Encontraram perda total de grãos de 1,2 %
e 0,57 % para a maior e menor umidade e não encontraram diferenças para as
rotações dos cilindros.
33
5. MATERIAL E MÉTODOS
5.1.Caracterização geral do experimento
O experimento foi conduzido em área experimental do Laboratório de
Máquinas e Mecanização Agrícola do Departamento de Engenharia Rural -
Unesp/Jaboticabal, Estado de São Paulo, localizado nas coordenadas geodésicas
21º14’ latitude Sul e 48º17’ longitude Oeste. A área apresenta altitude média de 559
m, declividade média de 4% e clima Aw (subtropical), de acordo com a classificação
34
de Köeppen, com médias de temperatura e precipitação de 23,4 ºC e 48,2
mm,respectivamente.
O solo da área experimental foi classificado por ANDRIOLI e CENTURION
(1999) como LATOSSOLO VERMELHO Eutroférrico pico, relevo suave ondulado,
conforme o Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (EMBRAPA, 1999).
Os dados de precipitação pluviométrica, referentes ao período de janeiro de
2006 a julho de 2007, foram obtidos na Estação Agroclimatológica da Universidade
Estadual Paulista, Câmpus Jaboticabal e são apresentados nas Tabelas 1.
TABELA 1. Precipitação, temperatura dia e umidade relativa (UR) no ano de
2006/2007.
Meses Precipitação Temperatura UR
(mm) (
0
C) (%)
Janeiro 237,0 25,0 74,7
Fevereiro 416,4 24,2 82,9
Março 136,9 24,5 81,4
Abril 10,4 22,4 74,8
Maio 4,0 18,7 70,1
Junho 10,3 18,9 66,4
Julho 3,3 20,0 60,2
Agosto 19,1 22,0 52,5
Setembro 37,6 22,1 60,4
Outubro 184,5 23,7 72,0
Novembro
Dezembro
166,8
221,0
24,1
24,4
69,3
82,2
Janeiro 644,6 23,9 88,4
Fevereiro 154,7 24,4 78,6
Março 156,3 24,9 73,9
Abril 53,7 23,6 75,1
Maio 105,7 19,5 73,7
Junho 2,5 19,5 69,1
35
As análises granulométrica e química do solo foram amostradas na
profundidade de 0 a 20 cm, sendo a análise granulométrica apresentada na Tabela
2 e a análise química do solo na Tabela 3, realizadas antes da implantação do
experimento.
TABELA 2. Análise granulométrica simples do solo na camada de 0 a 20 cm.
Argila Limo Areia Classe
Fina Grossa
g kg
-1
550 250 100 100 Argiloso
TABELA 3. Análise química do solo na camada de 0 a 20 cm.
pH M.O. P.resina K Ca Mg H+Al SB T V
CaCl
2
g dm
-3
mg dm
-3
mmol
c
dm
-3
4,9 27 37 3,9 24 9 42 36,9 78,9 47
5.2. Análise estatística e delineamento experimental
Os dados obtidos foram tabulados e submetidos à análise de variância,
segundo PIMENTEL GOMES (1978), com auxílio do programa para
microcomputador ESTAT (Sistema para Análises Estatísticas, v. 2.0), desenvolvido
pelo Pólo Computacional do Departamento de Ciências Exatas da FCAV/UNESP,
Jaboticabal. Quando o valor do teste F foi significativo a 5% de probabilidade, foi
realizado o teste de Tukey para a comparação de médias.
O delineamento experimental foi de blocos casualizados com parcela
subdividida em esquema fatorial 3x3 (3 pressões de inflação do pneu acionador da
36
semeadora-adubadora e 3 manejos de cobertura do solo com 4 repetições),
totalizando 36 parcelas.
5.3. Descrição dos tratamentos
O experimento foi instalado em área ocupada com sistema plantio direto
instalada aproximadamente ha 6 anos, no qual nos últimos dois anos a cultura do
milho vem sendo cultivada sobre a resteva da crotálaria e por último sobre restos
da cultura do sorgo.
O experimento foi composto por três sistemas de manejo da cultura do sorgo,
combinados com três pressões de inflação do pneu de acionamento dos
mecanismos dosadores da semeadora-adubadora. Os manejos utilizados foram:
Controle Químico (Herbicida); Controle Químico mais controle mecânico (Rolo
Faca) e controle químico mais controle mecânico (Triturador de palhas), designados
de dessecação (Figura 1A), rolo faca (Figura 1B) e triturador de palhas (Figura 1C).
As pressões foram: Pressão 1 – 517,11 kPa; Pressão 2 – 448,16 kPa e Pressão 3
379,22 kPa.
37
FIGURA 1. Trator Ford 6600 e pulverizador de barras tratorizado utilizado em
operação de manejo (A)
;
Trator BM 100 tracionando rolo-faca na operação de
manejo do sorgo (B) e Trator BM 100 acoplado ao triturador de palhas no momento
do manejo do sorgo (C).
O experimento constou com 36 parcelas de 65 m de comprimento por 4 m de
largura, com intervalo entre parcelas de 15 m para realização de manobras e
estabilização dos equipamentos. Possui declividade de 4% conforme apresentado
na Figura 2
A B C
38
65 m
HEP1R1 TPP1R1 RFP1R1
HEP2R4 TPP2R4 RFP2R4
HEP3R1
15 m
TPP3R1
RFP3R1
RFP1R2 HEP1R2 TPP1R2
RFP2R3 HEP1R3 TPP2R3
RFP3R2
HEP3R2
TPP3R2
TPP3R3 RFP3R3 HEP3R3
TPP2R2 RFP2R2 HEP2R2
TPP1R3
4%
RFP1R3
HEP1R3
TPP1R4 HEP1R4 RFP1R4
TPP2R1 HEP2R1 RFP2R1
TPP3R4
HEP3R4
RFP3R4
FIGURA 2. Distribuição das parcelas experimentais no campo.
em que:
Tratamento com Herbicida HE;
Tratamento com Herbicida + Rolo Faca RF;
Tratamento com Herbicida + Triturador de Palhas TP;
Pressão de inflação de 517,11 kPa (75 psi) P1;
Pressão de inflação de 448,16 kPa (65 psi) P2;
Pressão de inflação de 379,22 kPa (55 psi) P3, e
Repetições R1, R2, R3, R4
39
5.4. Seqüência cronológica da condução do experimento
A seqüência cronológica de atividades realizadas durante a condução do
experimento encontra-se apresentadas na Tabela 4.
TABELA 4. Seqüência Cronológica de atividades realizadas durante a condução do
experimento, no ano agrícola 2006/07.
Atividade Data
Amostragem de solo e demarcação das parcelas 10/10/2006
Dessecação da cultura do sorgo 15/11/2006
Realização das operações de manejo da cobertura do solo 25/11/2006
Aplicação glyphosato antes plantio 03/12/2006
Semeadura e adubação do milho com coleta simultânea de
dados de desempenho do conjunto trator-semeadora. 04/12/2006
Contagem do número de plântulas emergidas 08/12/2006
Contagem do número de plântulas emergidas 09/12/2006
Contagem do número de plântulas emergidas 10/12/2006
Determinação da porcentagem de cobertura vegetal 10/12/2006
Contagem do número de plântulas emergidas 11/12/2006
Contagem do número de plântulas emergidas 12/12/2006
Determinação da massa seca inicial 12/12/2006
Aplicação de Herbicida Pós-Emergente 15/12/2006
Aplicação de Inseticida 22/12/2006
Adubação em cobertura 04/01/2007
Aplicação de Inseticida 15/01/2007
Avaliação da população final, altura de inserção da espiga e
coleta de dados para determinação da produtividade 16/04/2007
Colheita e coleta de dados da colhedora 20/04/2007
Determinação da produtividade 24/04/2007
40
Avaliação de perdas totais e coleta de material para
determinação da massa seca final. 02/05/2007
Determinação da resistência mecânica do solo a penetração
e umidade do solo 11/05/2007
5.5. Insumos agrícolas
Antes da realização dos manejos foi realizada uma aplicação de glyphosato na
dosagem de 5 L.ha
-1
na cultura de sorgo, semeado com intuito de formação de
palhada para a cultura do milho. Após a realização dos manejos e antes da
semeadura, foi realizada nova aplicação de glyphosato na dosagem de 5 L.ha
-1
para o controle de plantas daninhas reinfestantes de capim amargoso (Digitaria
insulares (L.)).
Para a instalação da cultura de milho (Zea mays L.), foi utilizado o híbrido
simples DKB 390, mantendo-se população aproximada de 60 mil plantas ha
-1
, com
a semeadora-adubadora trabalhando a velocidade de 6,5 km h
-1
e espaçamento de
0,90 m entre fileiras.
Para a adubação de semeadura foram utilizados 320 kg ha
-1
da fórmula N-P-K
(4-20-20), distribuídos no sulco e para a adubação em cobertura foram utilizados
200 kg ha
-1
de uréia (90 kg de N), em única aplicação mecanizada em superfície no
estádio de 5 folhas.
Foi utilizado mistura de herbicidas pré e pós-emergentes Sanson 40 SC
(atrazina + nicosulfuron) 0,75 L ha
-1
; Calisto (mesotrione) 0,20 L ha
-1
e Atrazina
41
(atrazine) 2,0 L ha
-1
em 15/12/2006 (após a semeadura) no controle de plantas
daninhas.
Para o controle da lagarta do cartucho (Spodoptera frugiperda) foram
realizadas duas aplicações de inseticida. A primeira realizada em 22/12/2006,
utilizando os produtos Match CE (Lufenuron) 0,3 L ha
-1
e Karate 50 EC (Lambda-
cialotrina (Piretróide)) 0,2 L ha
-1
e na segunda aplicação Match CE (0,3 L ha
-1
) e
Decis 25 EC (Deltametrina) 0,3 L ha
-1
.
5.6. Equipamentos agrícolas
5.6.1. Manejo de cobertura do solo
Na operação de manejos da cultura do sorgo foram utilizados três conjuntos
mecanizados: no manejo com herbicida foi utilizado um trator 4x2 marca Ford
modelo 6600, com 66,2 kW (90 cv) e para as operações de manejo com triturador
de palhas e rolo-faca utilizou-se o trator Valtra, Modelo BM 100, 4x2 TDA com 73,6
kW (100 cv).
Os equipamentos utilizados nas operações de manejo foram:
Herbicida Pulverizador de barras marca Jacto (Condor), Modelo M12/75
série 9300, montado, com capacidade do tanque de 600 litros, massa de 255 kg e
42
barra de 12 m, equipado com pontas tipo leque (XR Teejet – 110.02VS) para
aplicação de glyphosato (Figura 8A)..
Rolo Faca Construído pelo Laboratório de Máquinas e Mecanização
Agrícola (LAMMA), possuindo 13 facas dispostas na extremidade, largura de corte
de 2,10 m e massa total de 720 kg (Figura 8B)
Triturador de Palhas Marca Jumil, Modelo 2300, montado, com rotor
horizontal de 0,61 m, largura de corte 2,3 m com 32 pares de facas curvas
oscilantes e reversíveis e sistema de regulagem de altura de corte, possuindo
massa total de 735 kg (Figura 8C).
5.6.2. Semeadura
Foi utilizado na operação de semeadura-adubação o trator VALTRA, modelo
BM 100, 4x2 TDA com 73,6 kW (100 cv) de potência no motor; equipado com
sistema de aquisição de dados (micrologger CR23X) da marca CAMPBELL
SCIENTIFIC, com placa multiplexadora de 8 canais, modelo SDM-INT8 SN:2094;
programado para obter 1 leitura por segundo e uma semeadora–adubadora de
precisão marca Marchesan, modelo PH3 plus com 4 linhas espaçadas de 0,90 m e
largura útil de 3,60 m, capacidade de 40 kg por linha para sementes e 700 kg de
adubo, com peso aproximado de 2212 kg, com disco de corte oscilante de 18
polegadas e haste escarificadora para o adubo, linhas de sementes e adubo
desencontradas com disco duplo de 15 polegadas e pneus compactadores em “V”.
43
Os mecanismos dosadores de semente e adubo foram acionados por pneus
marca Firestone tamanho 650-16 LT e pressão recomendada de 65psi. Junto a
semeadora foram acoplados dois sensores, modelo GIDP-60-12 volts (Figura 3)
para avaliar a interferência dos manejos de cobertura da cultura do sorgo e
diferentes pressões do pneu acionador no desempenho da semeadora-adubadora.
A relação de transmissão do pneu acionador aos eixos de engrenagens onde foram
instalados os sensores foi de 20/19 (movida/motora), sendo utilizada para o cálculo
da patinagem dos rodados acionadores da semeadora-adubadora.
FIGURA 3. Sensor de rotação acoplado ao eixo das engrenagens da semeadora-
adubadora.
44
5.6.3. Colheita
Foi utilizada uma colhedora de cereais marca SLC (Figura 12), modelo 1165,
ano 1996/97, com potência de 103 kW (140 cv), plataforma de 3,8 m (4 linhas de
0,90 m), operando em velocidade média de 3,7 km h
-1
.
A colhedora foi regulada para trabalhar com rotação do cilindro em 550 rpm e
folga entre cilindro e côncavo de 30 x 35 mm.
FIGURA 4. Colhedora de grãos SLC utilizada na colheita do milho.
45
5.7. Variáveis de caracterização da área experimental
5.7.1. Porcentagem de cobertura inicial do solo
A porcentagem de cobertura inicial do solo por resíduos vegetais foi
determinada pelo método descrito por LAFLEN et al. (1981). Foram realizadas duas
medidas nas diagonais de cada parcela, sendo a média das mesmas que definiu a
cobertura do solo por resíduos (%).
5.7.2. Massa seca inicial e final dos resíduos das culturas
A determinação da massa seca de resíduos culturais foi realizada após a
semeadura da cultura do milho, coletando-se os restos vegetais remanescentes,
com uma armação de 0,25 m
2
, sendo coletado todo material vegetal encontrado.
Este material foi seco em estufa a 70 ºC por 48 horas, para obtenção da massa
seca inicial. Após a colheita do milho, foram coletados os restos vegetais
remanescentes da colheita e o que por ventura ainda estava presente na superfície
do solo. O material colhido foi seco em estufa por 48 horas, obtendo-se a massa
seca final.
Para a coleta das amostras e determinação da massa seca, foram utilizados:
quadrado de ferro com 0,25 m
2
, sacos de papel, estufa elétrica com circulação
forçada de ar e balança de precisão de 0,01 g.
46
5.7.3. Umidade do solo
Para determinação da umidade do solo foram coletadas amostras nas
profundidades de 0 a 50 cm, sendo retiradas a cada 10 cm, seguindo metodologia
descrita por EMBRAPA (1979), foram retiradas uma amostra por profundidade por
parcela.
5.7.4. Resistência mecânica do solo à penetração
A resistência mecânica do solo a penetração (RMSP), foi determinada com
auxílio de um penetrômetro motorizado da Marca DLG modelo PNT-2000/motor
(Figura 5), com sistema de acionamento elétrico da haste penetradora, possuindo
controle eletrônico de aquisição de dados adquirindo a resistência do solo a cada
10 mm. A RMSP foi fornecida diretamente por meio de célula de carga do aparelho.
47
FIGURA 5. Penetrômetro eletrônico utilizado no experimento.
5.8. Variáveis de caracterização das plantas
5.8.1. Número de dias para emergência das plântulas
O número médio de dias para a emergência das plântulas de milho, foi
determinado com contagens diárias, desde a primeira plântula emergida até a
estabilização das mesmas. Utilizou-se uma trena de 2 m de comprimento. As
contagens foram realizadas em cada parcela nas duas linhas centrais com 2 m de
comprimento.
Destas contagens, expressou-se este parâmetro de acordo com a equação
(1) proposta por EDMOND & DRAPALA (1958):
48
(
)
(
)
(
)
[
]
( )
n
nn
GGG
GNGNGN
M
+++
+
+
+
=
...
...
21
2211
(1)
em que:
M = Número médio de dias para emergência das plântulas de milho;
N
1
= Número de dias decorridos entre a semeadura e a primeira contagem de
plântulas;
G
1
= Número de plantas emergidas na primeira contagem;
N
2
= Número de dias decorridos entre a primeira e a segunda contagem;
G
2
= Número de plântulas emergidas entre a primeira e a segunda contagem;
N
n
= Número de dias decorridos entre a semeadura e a ultima contagem de
plântulas, e
G
n
= Número de plântulas emergidas entre a sétima e última contagem.
5.8.2. População inicial e final
A determinação da população inicial de plantas de milho foi realizada nas
mesmas linhas utilizadas para o número médio de dias para emergência. Estes
valores foram posteriormente transformados em plantas por hectare, a população
final foi determinada no mesmo local no dia da colheita.
49
5.8.3. Distribuição longitudinal de sementes
A porcentagem de espaçamentos aceitáveis foi calculada considerando todos
os espaçamentos entre plantas e/ou, sementes não germinadas de 0,5 e 1,5 vezes
o espaçamento médio esperado (EM). Os valores obtidos fora desse limite foram
considerados como falha de semeadura (acima de 1,5 vezes EM) ou duplos (abaixo
de 0,5 vezes EM), conforme ABNT (1989).
5.8.4. Altura de inserção da espiga viável
Avaliou-se a altura de inserção da espiga viável com uso de trena graduada
em milímetros, medindo-se do nível do solo até o ponto de inserção da espiga. Este
parâmetro foi determinado para avaliação da qualidade da operação de colheita.
5.8.5. Produtividade de grãos
A produtividade de grãos foi obtida pela coleta manual em duas linhas
centrais de 2 m por parcela. As espigas foram despalhadas manualmente e
debulhadas em máquina estacionária (Figura 6), obtendo separadamente a massa
da palha, sabugo e grãos. Os valores obtidos foral transformados em kg.ha
-1
.
50
FIGURA 6. Debulhadora estacionária de milho.
5.9. Análise de Desempenho do conjunto trator-semeadora-adubadora
5.9.1. Força de tração
Para determinação de força de tração na barra, foi utilizada célula de carga
de 100 kN, marca M.SHIMIZU, Modelo TF400 colocada entre a barra de tração do
trator e o cabeçalho da semeadora-adubadora.
A célula de carga foi conectada a um sistema de aquisição de dados, o qual
armazenava a força em kgf, que posteriormente foi transformada para kN. A força
de tração média foi determinada pela média de todas as leituras na parcela.
51
5.9.2. Força de tração de pico
A força de tração de pico (kN) foi obtida levando-se em conta o maior valor
coletado (célula de carga/sistema de aquisição de dados) durante o percurso na
parcela experimental.
5.9.3. Velocidade de deslocamento do conjunto trator-semeadora-adubadora
Para a medição da velocidade real de deslocamento foi utilizada a unidade
de radar (modelo RVS II) localizada na lateral esquerda do trator, fornecendo a
velocidade instantânea em km h
-1
. Utilizou-se para os cálculos a média da
velocidade durante o percurso na parcela.
5.9.4. Eficiência de deslocamento
Obtida pela relação entre a velocidade real média obtida em cada parcela e a
velocidade teórica de acordo com a equação (2). A velocidade teórica é a que
consta do manual do trator, para a marcha selecionada.
100*
Vt
Vo
ED =
(2)
em que:
ED = Eficiência de deslocamento (%),
52
Vo = Velocidade média obtida (km h
-1
),
Vt = Velocidade teórica (km h
-1
).
5.9.5. Potência na barra de tração
O cálculo da potência na barra de tração foi determinada de forma indireta,
utilizando-se a equação (3):
=
6,3
.
v
FTPB (3)
em que,
PB = potência na barra de tração (kW);
FT = força de tração na barra (kN);
v = velocidade de deslocamento (km h
-1
), e
3,6 = fator de conversão.
5.9.6. Capacidade de campo operacional
A capacidade de campo operacional foi determinada com base na largura útil
de trabalho da semeadora-adubadora e da velocidade real de deslocamento do
conjunto. A largura de trabalho da semeadora-adubadora é de 3,60 m para o
espaçamento de 0,90 m entre fileiras.
Para o cálculo da capacidade de campo operacional foi utilizada a equação
(4):
53
65,0.
10
.vL
CCO =
(4)
em que,
CCO = capacidade de campo operacional (ha h
-1
);
v = velocidade de deslocamento (km h
-1
);
L = largura de trabalho da semeadora (m);
10 = fator de conversão para ha h
-1
, e
0,65 = eficiência da operação da semeadora-adubadora (MIALHE, 1996)
5.9.7. Tempo efetivo
O tempo efetivo foi considerado como o inverso da capacidade de campo
operacional (Cco), sendo dado em h ha
-1
.
5.9.8. Consumo de energia
O consumo de energia foi obtido de forma indireta pela equação (5):
TEPCe .
=
(5)
em que:
Ce = Consumo energia (kWh ha
-1
);
54
P = Potência (kW), e
TE = Tempo efetivo (h.ha
-1
).
5.9.9. Consumo de energia de pico
O consumo de energia de pico foi obtido da mesma forma que o consumo de
energia, porém utilizando-se dos maiores valores obtidos durante a coleta de
dados.
5.9.10. Consumo horário de combustível
O consumo de combustível foi determinado em todas as parcelas
experimentais em unidade de volume (mL), por meio da diferença entre os volumes
de combustível medidos antes da bomba injetora e no retorno, obtendo-se o volume
realmente utilizado pelo trator durante o percurso.
Para medir o consumo de combustível foi utilizado um protótipo desenvolvido
por LOPES et al. (2003); tal protótipo possui 2 medidores de fluxo instalados em
série para monitorar o débito e o retorno da bomba injetora. Para não comprometer
o sistema de alimentação original do trator, o protótipo mencionado conta ainda
com filtragem independente.
55
5.9.11. Consumo de combustível operacional
O consumo de combustível operacional foi obtido pela equação (6):
Cco
CHr
CO = (6)
em que:
CO = Consumo Operacional (L ha
-1
);
CHr = Consumo Horário de Combustível (L h
-1
), e
Cco = Capacidade de campo operacional (ha h
-1
)
5.9.12. Consumo ponderal
O consumo ponderal foi calculado de acordo com a equação (7):
1000
)).().(( DSCRDECE
CP
=
(7)
em que:
CP = Consumo ponderal (kg h
-1
);
CE = Consumo na linha de alimentação;
DE = Densidade na linha de alimentação;
CR = Consumo na linha de retorno;
56
DS = Densidade na linha de retorno, e
1000 = fator de conversão.
5.9.13. Consumo especifico
O consumo especifico foi calculado indiretamente pela equação (8):
1000*
P
CP
CEsp =
(8)
em que:
CEsp = Consumo especifico (g kWh
-1
);
CP = Consumo ponderal (kg h
-1
);
P = Potencia (kW), e
1000 = Fator de conversão.
5.9.14. Patinagem do trator e da semeadora-adubadora
Para determinar a patinagem dos rodados do trator, utilizou-se de sensores
modelo GIDP-60-12 v em cada um dos pneus e obteve-se a média dos giros para
o trator, sem e com carga.
57
Para o cálculo da patinagem da semeadora-adubadora foram utilizados os
mesmos sensores instalados no eixo das engrenagens movidas dos pneus
acionadores da direita e esquerda. Os sensores instalados no eixo de engrenagens
(Figura 7) emitem os dados na forma de sinal ou pulsos, estando conectados ao a
um sistema de aquisição de dados. Para os cálculos de patinagem do
trator/semeadora foi utilizada a equação (9):
100*)1(
NPC
NPS
P =
(9)
em que:
P = Patinagem (%);
NPC = Número de pulsos do pneu, operando com carga na barra de tração,
e
NPS = Número de pulsos do pneu, operando sem carga na barra de tração.
Figura 7. Relação de engrenagens e sensores instalados na semeadora-
adubadora.
58
5.10. Parâmetros de análise para perdas quantitativas totais de grãos
As perdas quantitativas totais foram determinadas após a colheita
mecanizada do milho de acordo com metodologia descrita por MESQUITA e
GAUDÊNCIO (1997), utilizando-se armação de 2 m
2
.
5.10.1. Fluxo do material colhido
O fluxo total, fluxo de material não grão (MOG) e fluxo de grãos na colhedora
foram determinados utilizando-se a equação (10).
φ =
10000
.. MsVL
(10)
em que,
φ = Fluxo (kg s
-1
);
L = Largura da plataforma (m);
V = Velocidade de deslocamento da colhedora (m s
-1
); e
Ms = Quantidade de matéria seca total, MOG ou grãos (kg ha
-1
).
59
6. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados obtidos serão apresentados na forma de Tabelas e Figuras. Nas
Tabelas, as médias seguidas de mesma letra minúscula nas colunas, não diferem
entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Na existência de interação
significativa, realizou-se o desdobramento dos graus de liberdade. As designações
ns e * indicam, não significativo e significativo, a nível de 5% de probabilidade para
o teste F, respectivamente.
60
Na Tabela 5 são apresentados a porcentagem de cobertura do solo, massa
seca inicial e estande inicial.
TABELA 5. Síntese da análise de variância, para porcentagem de cobertura do
solo (PCS), massa seca inicial e estande inicial.
Fatores PCS Massa seca
inicial
Estande Inicial
(%) (kg ha
-1
) (plantas ha
-1
)
Manejo (M)
Herbicida 76 5572 70833b
Rolo Faca 77 4980 74537a
Triturador de Palhas 74 4752 73611ab
Pressão (P)
517,11 kPa 76 5136 74074
448,16 kPa 75 5084 72685
379,22 kPa 75 5084 72222
Teste F
M 1,4662ns 1,9787ns 3,6494*
P 0,1592ns 0,0100ns 0,9122ns
MxP 0,1002ns 0,0176ns 0,2807ns
C.V.(%) 7,10112 0,4326 4,7885
A porcentagem de cobertura do solo apresentou uniformidade e percentuais de
cobertura desejadas para a realização do experimento, que de acordo com a
ASAE (1992), um sistema é considerado conservacionista quando mantém 30 % ou
mais de resíduos sobre a superfície após operação de semeadura. Os valores
observados indicam que não diferenças significativas entre os tratamentos
analisados. No entanto, o manejo com triturador de palhas apresentou
numericamente menor porcentagem de cobertura do solo, possivelmente devido ao
fato do menor tamanho das partículas proporcionado pelo equipamento, visto que a
palhada se decompõe com maior velocidade (FURLANI, 2000).
61
A massa seca inicial (coletada após a semeadura do milho) não apresentou
diferença tanto para os manejos como para as pressões analisadas, demonstrando
a uniformidade da área por ocasião da semeadura quanto a cobertura do solo nos
tratamentos. A massa seca inicial apresentou o mesmo comportamento da
porcentagem de cobertura do solo. Salienta-se que a massa seca inicial possui,
além de restos culturais da cultura anterior (sorgo), alta infestação de plantas
daninhas.
Embora o ocorra interação significativa para o estande inicial observa-se
que o fator manejo influenciou a população de plantas, encontrando-se diferença
de 5,2% entre o manejo químico em relação ao rolo faca, sendo que as diferentes
pressões de inflação utilizadas no pneu acionador da semeadora não afetaram
estatisticamente este fator.
Na Tabela 6 são apresentados os valores de demanda de força de tração
na barra, na operação de semeadura do milho.
62
TABELA 6. Síntese da análise de variância, para força de tração (FT) e força de
tração de pico (FTP) da semeadora-adubadora.
Fatores FT FTP
(kN) (kN)
Manejo (M)
Herbicida 18,8 21,0
Rolo Faca 18,7 21,4
Triturador de Palhas 18,4 20,9
Pressão (P)
517,11 kPa 19,1ª 21,5
448,16 kPa 18,6b 20,9
379,22 kPa 18,2b 20,9
Teste F
M 2,2093ns 1,4874ns
P 9,9347* 1,8223ns
MxP 1,5509ns 2,2114ns
C.V.(%) 2,6658 3,9199
Os valores encontrados são superiores aos observados por FURLANI et. al
(2004) que trabalhando com uma semeadora de 6 linhas obteve valores para força
de tração, que variaram de 12,87 a 14, 52 kN, estando estes próximos aos
indicados por ASAE (1996) onde variam em solos argilosos de 1,1 a 2,2 kN por
linha de semeadura, em função do tipo de solo, leito de semeadura e número de
linhas. Ainda tais valores aqui obtidos contrariam os verificados por CHAPLIN et.
al (1998) que relataram necessidade de 3,3 kN por linha de semeadura, podendo
esta diferença ter ocorrido por uma maior resistência do solo. O fator pressão
ocasionou diferenças estatísticas significativas entre as diferentes pressões
estudadas encontrando-se a maior demanda de força de tração para a pressão de
517,11 kPa, ocasionando uma variação de 4,9% em relação a pressão de 379,22
63
kPa. O fator manejo para força de tração e os fatores manejo e pressão para força
de tração de pico não apresentaram diferenças estatísticas.
De acordo com os valores descritos na tabela 7, a potência foi afetada
estatisticamente pelos dois fatores em estudo, embora não ocorra interação
significativa entre eles. Considerando-se o fator manejo, nota-se que a maior
demanda de potência foi obtida com manejo químico, comparado o uso do
triturador de palhas. Já para o fator pressão dos pneus, o uso de 448,16 kPa que
é a pressão recomendada, e de 379,22 kPa proporcionaram maior demanda de
potência. Estudando-se a potência de pico, nota-se que somente o fator pressão
promoveu variação significativa, com maior valor para a pressão de 379,22 kPa
quando comparado a maior pressão (517,11 kPa). Observa-se que, em relação a
força de tração e potência na barra, o fator pressão provocou diferenças
significativas que pode estar relacionado a resistência ao rolamento apresentado
pelos pneus da semeadora. Pom, não se pode afirmar, visto que essa variável
não foi medida.
Na Tabela 7 são apresentados os valores de demanda de potência na barra
de tração.
64
TABELA 7. Síntese da análise de variância, para potência e potência de pico.
Fatores Potência Potência de Pico
(kW) (kW)
Manejo (M)
Herbicida 30,4ª 34,0
Rolo Faca 29,7ab 33,9
Triturador de Palhas 28,9b 32,8
Pressão (P)
517,11 kPa 28,9b 32,5b
448,16 kPa 30,2ª 33,9ab
379,22 kPa 29,9ª 34,3a
Teste F
M 8,9329* 2,3103ns
P 7,3717* 4,8203*
MxP 1,6221ns 1,1732ns
C.V.(%) 2,7822 4,5889
Na Tabela 8 encontram-se os valores de patinagem do trator e patinagem
da semeadora.
Os valores de patinagem do trator estão dentro da faixa recomendada pela
ASAE para solos não mobilizados, A ASAE (1989) recomenda, para a obtenção
de máxima eficiência de tração, patinagem de 8 a 10% em solos não mobilizados
e de 11 a 13% em solos mobilizados. Como os pneus da semeadora não são
motrizes, seus valores são negativos (pneus tracionadas), sendo semelhantes ao
de FURLANI et.al. (2004) que encontrou valores na patinagem do trator de 9,75%
utilizando rolo faca, 10,47% com triturador de palhas e 10,03% no manejo com
herbicida.
65
TABELA 8. Síntese da análise de variância para patinagem do trator e patinagem
da semeadora-adubadora.
Fatores Patinagem Trator Patinagem
Semeadora
(%) (%)
Manejo (M)
Herbicida 10,8ª -1,7
Rolo Faca 9,5b -2,2
Triturador de Palhas 9,5b -3,1
Pressão (P)
517,11 kPa 10,0 -1,9
448,16 kPa 10,2 -2,6
379,22 kPa 10,6 -2,6
Teste F
M 4,4680* 2,6451ns
P 0,6300ns 0,8979ns
P 1,6586ns 0,9443ns
C.V.(%) 12,9719 63,9338
A patinagem dos rodados do trator foi maior no manejo com herbicida
comparado com rolo-faca e triturador de palhas. Esse fato pode ser explicado pelo
fato que neste manejo as plantas apenas dessecadas, permitem maior facilidade
no deslizamento dos pneus.
A patinagem dos rodados da semeadora, não foi influenciada pelos
manejos e pressão. Entretanto nota-se, que apesar da não diferença significativa,
a patinagem sobre manejo com triturador de palhas quando comparado ao manejo
com herbicida foi de 82%. O que se pode observar é que ocorreu efeito contrário
da patinagem com rodado motriz e com rodado arrastado.
Na tabela 9 estão expressos os valores de velocidade real de deslocamento
e porcentagem de eficiência de deslocamento.
66
TABELA 9. Síntese da análise de variância, para velocidade real de deslocamento
(VRD) e eficiência da deslocamento (%ED).
Fatores VRD %ED
(km h
-1
) (%)
Manejo (M)
Herbicida 5,5b 89,6a
Rolo Faca 5,7ª 87,8b
Triturador de Palhas 5,7ª 87,3b
Pressão (P)
517,11 kPa 5,5b 83,8b
448,16 kPa 5,9ª 89,9a
379,22 kPa 5,9ª 90,9a
Teste F
M 7,7193* 7,6073*
P 76,4657* 766298*
MxP 0,7606ns 0,7758ns
C.V.(%) 1,7320 1,7283
Nota-se que no fator manejo com herbicida obteve-se a menor valor para
velocidade real de deslocamento resultando em 3,5% de redução em relação a
maior velocidade. O fator pressão também foi afetado estatisticamente alcançando
os maiores valores para 448,16 e 379,22 kPa. Em ambos os fatores tenham
ocorreram diferenças estatísticas significativas, não houve interação significativa
entre os fatores. As velocidades encontradas estão semelhantes as encontradas
por FURLANI (2005), que trabalhou no mesmo tipo de solo e com o mesmo
número de linhas de semeadura.
A porcentagem de eficiência de deslocamento segue a mesma tendência
da velocidade de deslocamento, sendo possível que a resistência ao rolamento
tenha contribuído para variação destes resultados. Observa-se que a eficiência de
deslocamento apresenta valores próximos à patinagem do trator, salientando uma
67
tendência para a eficiência de deslocamento ser um pressuposto para análise da
patinagem da semeadora ou qualquer outro equipamento.
A velocidade na operação de semeadura tem influência direta sobre a
cobertura das sementes, independentemente do tipo e marca da semeadora. A
maioria das pesquisas aponta velocidades de 5 a 7 km h
-1
como ideais.
Considerando as condições da área e da semeadora em uso, a maior velocidade
poderá abrir sulcos maiores, revolvendo uma faixa mais larga e, em conseqüência,
a roda compactadora não pressionará suficientemente o solo sobre a semente
(NAGAOKA & NOMURA, 2003).
A capacidade operacional de campo e o tempo efetivo estão expressos na
Tabela 10.
TABELA 10 Síntese da análise de variância, para capacidade de campo
operacional (Cco) e tempo efetivo.
Fatores Cco Tempo Efetivo
(ha h
-1
) (h ha
-1
)
Manejo (M)
Herbicida 1,36a 0,477b
Rolo Faca 1,34b 0,486ab
Triturador de Palhas 1,33b 0,490a
Pressão (P)
517,11 kPa 1,28b 0,51a
448,16 kPa 1,37a 0,47b
379,22 kPa 1,38a 0,47b
Teste F
M 6,8926* 5,9670*
P 73,5809* 68,8681*
MxP 0,7710ns 1,2198ns
C.V.(%) 1,7797 1,8937
68
Observa-se maior capacidade de campo operacional para o manejo com
herbicida, em virtude da menor velocidade de deslocamento desenvolvida neste
manejo. Estes resultados acompanham a tendência dos resultados encontrados
anteriormente na Tabela 9, pois a velocidade de deslocamento interfere
diretamente na capacidade de campo operacional ao contrário do tempo efetivo,
que quanto maior seu tempo menor a capacidade de campo operacional. Tanto a
capacidade de campo operacional como o tempo efetivo foram afetados
significativamente pelos fatores embora não tenham ocorrido interações entre eles
que possam explicar ou determinar qual dos itens analisados está ocasionando
maior desconformidade nos resultados.
Na Tabela 11 são apresentados os dados de consumo médio de energia e
de pico.
TABELA 11. Síntese da análise de variância, para consumo de energia médio
(CEM) e consumo de energia de pico (CEP).
Fatores CEM CEP
(kWh) (kWh)
Manejo (M)
Herbicida 14,5 16,2
Rolo Faca 14,5 16,5
Triturador de Palhas 14,2 16,1
Pressão (P)
517,11 kPa 14,76a 16,6
448,16 kPa 14,32b 16,1
379,22 kPa 14,07b 16,1
Teste F
M 1,935ns 1,4255ns
P 9,9711* 1,7368ns
MxP 1,5323ns 2,1566ns
C.V.(%) 2,6543 3,9279
69
O consumo de energia médio (Tabela 11) não apresentou diferenças
estatísticas significativas para o fator manejo. O aumento da pressão dos pneus
de 379,22 para 517,11 kPa, promoveu acréscimo de 4,9% no consumo médio de
energia. A interação existente entre a potência e o tempo efetivo, demonstrando
assim que embora não tenha interação significativa entre os fatores estudados o
parâmetro pressão ocasiona variações ainda não mensuradas. Para o consumo
de energia de pico não ocorreu diferenças significativas.
Na Tabela 12 encontram-se os resultados da análise de variância para o
consumo horário e consumo operacional de combustível.
TABELA 12. Síntese da análise de variância, para consumo horário (Ch) e
consumo operacional (Co).
Fatores Ch Co
(L h
-1
) (L ha
-1
)
Manejo (M)
Herbicida 12,3 9,1
Rolo Faca 12,4 9,3
Triturador de Palhas 12,3 9,3
Pressão (P)
517,11 kPa 11,8b 9,3
448,16 kPa 12,6a 9,2
379,22 kPa 12,6a 9,1
Teste F
M 0,1959ns 1,6231ns
P 25,9494* 0,5483ns
MxP 0,3759ns 0,3330ns
C.V.(%) 2,5557 3,8905
Nota-se que o consumo horário de combustível não foi afetado pelos
manejos. Porém a pressão de 517,11kPa promoveu o consumo horário
70
significativamente menor, se comparado com as menores pressões. Já o consumo
horário é menor no tratamento com pressão de 517,11 kPa. O consumo
operacional de combustível não foi afetado significativamente pelos fatores
analisados.
Na Tabela 13 são apresentados os dados de consumo ponderal e
específico de combustível.
TABELA 13. Síntese da análise de variância, para consumo ponderal (CP),
consumo especifico (Ce)
Fatores Consumo Ponderal Consumo Especifico
(kg h
-1
) (g kW h
-1
)
Manejo (M)
Herbicida 10,4 341,0b
Rolo Faca 10,4 350,2ab
Triturador de Palhas 10,3 356,9ª
Pressão (P)
517,11 kPa 9,9b 342,9
448,16 kPa 10,6a 351,7
379,22 kPa 10,6 a 353,4
Teste F 3,3000
M 0,1893ns 5,7235*
P 26,9112* 2,8927ns
MxP 0,3705ns 0,5001ns
C.V.(%) 2,4773 3,30
O consumo ponderal (Tabela 13), não foi afetado estatisticamente pelo
manejo, enquanto no consumo especifico houve diferença de 15,9 g kWh
-1
ou seja
4,7% em relação aos manejos com herbicida e triturador de palhas. Para o fator
pressão não houve diferenças significativas para o consumo especifico,
entretanto, o consumo ponderal apresentou menor valor na pressão de 517,11
kPa.
71
Na Tabela 14 são apresentados os espaçamentos normais, duplos e falhos
na operação de semeadura do milho (Distribuição longitudinal de sementes).
TABELA 14. Síntese da análise de variância para porcentagem de espaçamento
normal (PEN), porcentagem de espaçamento falho (PEF) e
porcentagem de espaçamento duplo (PED).
Fatores PEN PEF PED
(%) (%) (%)
Manejo (M)
Herbicida 88,7 10,0 1,3
Rolo Faca 88,2 8,0 4,0
Triturador de Palhas 87,3 10,8 2,0
Pressão(P)
517,11 kPa 89,3 8,3 2,6
448,16 kPa 89,6 8,3 2,3
379,22 kPa 85,4 12,2 2,4
Teste F
M 0,1111ns 0,688ns 1,0064ns
P 1,1754ns 1,5694ns 0,0058ns
MxP 0,6722ns 1,6975ns 1,2821ns
C.V.(%) 8,3989 63,2730 196,0450
Pode-se observar na Tabela 14 a distribuição longitudinal não foi
influenciada pelos manejos e pelas pressões de inflação dos pneus da
semeadora-adubadora, não havendo diferenças estatísticas nas variáveis
analisadas. Observa-se ainda que embora não ocorram interações estatísticas
significativas, os valores de PEN encontrados nos tratamentos com manejo de
palhada estão muito próximos uns dos outros, ao contrário nos tratamentos com
as pressões em que há uma diferença de 4,5% em relação às pressões de 517,11
e 379,22 kPa, podendo ser uma tendência de maior patinagem para a menor
pressão, dessa forma, pressões abaixo do recomendado tenderiam ao aumento
72
da porcentagem de espaçamentos falhos. Segundo ANDERSON (2001), valores
ótimos de coeficientes de variação na semeadura estão abaixo de 10%, para
espaçamentos normais. Os elevados valores de coeficiente de variação para a
porcentagem de espaçamentos falhos e duplos, aqui encontrados, indicam que
estes fatos ocorrem em pontos distantes, sendo comuns no processo de
semeadura, estando associado ao erro da máquina.
Na Tabela 15 o apresentados os valores do número médio de dias para
emergência, estande final de plantas e massa seca final.
TABELA 15. Síntese da análise de variância para número médio de dias para
emergência (NMDE), estande final e massa seca final.
Fatores NMDE Estande Final Massa Seca
Final
(Dias) (plantas ha
-1
) (kg há
-1
)
Manejo (M)
Herbicida 4,28b 70139 3233
Rolo Faca 4,44a 68518 3383
Triturador de Palhas 4,37ab 71528 3058
Pressão (P)
517,11 kPa 4,38 72917a 2808
448,16 kPa 4,35 69676ab 3667
379,22 kPa 4,35 67593b 3200
Teste F
M 3,8829* 1,5137ns 0,3945ns
P 0,1139ns 4,8022* 2,7533ns
MxP 0,1152ns 1,4241ns 1,7080ns
C.V.(%) 3,2852 6,0532 27,8171
De acordo com a Tabela 15 o número médio de dias para a emergência
mostrou-se significativo para o fator manejo, encontrando-se o maior número de
dias para emergência no manejo com rolo faca, não apresentado nenhuma
interação para a pressão de inflação do pneu acionador e interação entre os
73
fatores analisados. Possivelmente, a diferença entre os valores é muito pequenas
e não tem influência no desenvolvimento do milho.
O estande final de plantas também não foi influenciado pelos manejos,
porém observa-se (tabela 15) que a pressão de 517,11 kPa apresentou diferença
significativa sendo maior que a pressão de (379,22 kPa) que por sua vez não
diferiu da pressão de 448,16 kPa. A massa seca final não apresentou diferença
estatística para os fatores estudados e também para a interação.
Na Tabela 16 estão apresentados os valores de altura de inserção da
espiga viável, umidade dos grãos e produtividade.
TABELA 16. Síntese da análise de variância para altura de inserção da espiga
viável (AIEV), umidade do grão e produtividade de grãos.
Fatores AIEV Umidade Produtividade
(cm) (%) (kg ha
-1
)
Manejo (M)
Herbicida 122,8 14,9 9865
Rolo Faca 121,7 14,2 9611
Triturador de Palhas 121,4 13,9 10031
Pressão (P)
517,11 kPa 120,8 14,4 10137
448,16 kPa 122,8 13,8 9993
379,22 kPa 122,3 14,9 9377
Teste F
M 0,3260ns 2,7752ns 0,4528ns
P 0,5795ns 3,1138ns 1,6478ns
MxP 0,9577ns 1,6967ns 0,1091ns
C.V.(%) 3,7610 7,3449 11,0673
Observa-se que a altura de inserção da espiga não apresentou diferença
estatística significativa, demonstrando assim a uniformidade da cultura, visto que o
material DKB 390 superou qualquer diferença. A umidade dos grãos no momento
74
da colheita também não apresentou diferenças significativas e estavam próximas
do ponto ideal para colheita, o que contribuirá desta forma para uma colheita
mecanizada adequada.
De acordo com a Tabela 16 a produtividade, embora não tenha ocorrido
diferenças significativas, observa-se no fator pressão, que a pressão de 517,11
kPa proporcionou um aumento de produtividade na ordem de 8,09 % em relação a
pressão de 379,22 kPa o que corresponde ao equivalente de 820 kg.ha
-1
de milho,
sendo que estes valores vem sendo observados desde o estande inicial, embora
sem diferenças estatísticas significativas, ou seja a pressão de 517,11 kPa possui
maior população de plantas seguidas das pressões de 448,16 kPa e 379,22 kPa.
Na Tabela 17 são apresentados os valores de fluxo de MOG, fluxo de grãos
e perdas de grãos, durante a operação de colheita mecanizada do milho.
75
TABELA 17. ntese da alise de variância para fluxo de MOG, fluxo de grãos e
perdas de grãos na colheita.
Fatores Fluxo de MOG Fluxo de grãos
Perda de
Grãos
(m s
-1
) (m s
-1
) (kg ha
-1
)
Manejo (M)
Herbicida 0,30 4,5 8,4a
Rolo Faca 0,29 4,3 7,8b
Triturador de Palhas 0,30 4,5 8,9a
Pressão (P)
517,11 kPa 0,30 4,6 8,6
448,16 kPa 0,29 4,5 8,5
379,22 kPa 0,30 4,3 8,1
Teste F
M 0,1753ns 0,4379ns 12,4841*
P 0,7437ns 1,3226ns 3,1940ns
MxP 0,5253ns 0,1821ns 11,9225*
C.V.(%) 11,1037 11,1086 6,9927
Observa-se que os fluxos de MOG e grãos, não apresentaram diferença
estatística para os fatores estudados, no entanto a perda de grãos apresentou
diferença para os manejos, sendo que no manejo com rolo-faca a perda foi menor.
Observando-se a interação (Tabela 18) o manejo com herbicida e 517,11 kPa,
manejo com rolo-faca e 448,16 kPa e manejo com rolo-faca e 379,22 kPa,
apresentaram as menores perdas.
TABELA 18. Desdobramento da perda de grãos (kg.ha
-1
) para o fator manejo.
As médias seguidas da mesma letras maiúsculas nas linhas e mesmas letras minúsculas nas
colunas, não diferem entre si pelo teste de Tukey de 5% de probabilidade.
Pressão
Manejo 517,11 kPa 448,16 kPa 379,22 kPa
Herbicida
Rolo Faca
7,7Bb
8,Aa
9,Aa
7,7ABb
8,15Bb
6,81Bc
Triturador de Palha 9,5Aa 8,2Bb 9,22Aa
76
Segundo FREDDI et al. (2007), o aumento da resistência mecânica do solo
à penetração acima de 1,65 MPa restringe o crescimento da parte aérea e a
produtividade das plantas de milho em Latossolo Vermelho.
Observa-se que não diferenças estatísticas significativas entre os
tratamentos de manejo utilizados em nenhuma das profundidades analisadas,
verificando-se aumento da mesma até aproximadamente a profundidade entre 16
a 20 cm, sendo que a partir deste ponto a resistência permanece praticamente
estável. Resultados semelhantes foram encontrados por NAGAOKA et al. (2003),
onde a menor resistência do solo à penetração ocorreu na profundidade de 0 a 10
cm e os maiores valores de resistência à penetração foram encontrados nos
sistemas de plantio direto com e sem herbicida na profundidade de 10 a 20 cm.
Para FURLANI et al. (2003), estudando à resistência mecânica do solo a
penetração, em função de diferentes sistemas de manejo da cobertura do solo,
evidenciaram que o manejo da cobertura de inverno com triturador de palhas, o
solo apresentou maior resistência a penetração em relação ao herbicida.
Na Figura 8 pode-se observar com maior clareza o comportamento da
resistência mecânica do solo a penetração para o fator manejo.
Na Figura 8 é apresentada o gráfico da resistência mecânica do solo à
penetração em função dos manejos estudados.
77
Resistência a Penetração (Manejo)
60
50
40
30
20
10
0
0 500 1000 1500 2000 2500
Indice do Cone (Pa)
Profundidade (cm)
Herbicida rolo-faca triturador de palhas
FIGURA 8
.
Resistência do solo a penetração nos diferentes sistemas de manejo
do solo.
Na Figura 9 é apresentado o gráfico da resistência mecânica do solo à
penetração em função da pressão de inflação dos rodados da semeadora-
adubadora.
78
Resistência a Penetração (Pressão de inflação)
60
50
40
30
20
10
0
0 500 1000 1500 2000 2500
Indice do Cone (Pa)
Profundidade (cm)
75psi 65psi 55psi
FIGURA 9. Resistência do solo a penetração nos diferentes pressões do pneu de
acionamento da semeadora.
A Figura 9 é semelhante a Figura 8, pois a pressão de inflação tem pouca
influência na resistência mecânica do solo à penetração em profundidades
maiores.
79
7. CONCLUSÕES
As variáveis de caracterização da área experimental não foram
influenciados de forma significativa em nenhum dos fatores analisados,
confirmando a uniformidade da área.
Para as variáveis de caracterização da cultura o estande inicial é diferente
entre os manejos, uniformizando-se até o final do cultivo, já que o estande finalé
semelhante.
80
A pressão de inflação promove comportamento contrário, com estande
inicial semelhante e estande final maior quando se trabalha com 517,11 kPa de
pressão
O fator manejo das culturas de cobertura afetou isoladamente a patinagem
do trator e o consumo especifico.
A pressão de inflação do pneu acionador da semeadora-adubadora afetou
isoladamente a força de tração, potência de pico, consumo de energia médio,
consumo horário e consumo ponderal.
Os fatores manejo e pressão afetaram a potência, velocidade real de
deslocamento, eficiência de deslocamento, capacidade de campo operacional e o
tempo efetivo.
Não foram afetados pelo manejo e pressão os fatores força de tração de
pico, patinagem da semeadora, consumo de energia de pico e consumo
operacional.
Em virtude destes aspectos analisados, a pressão de inflação do pneu da
semeadora afetou o desempenho do conjunto trator-semeadora-adubadora, mas
não interferiu significativamente a ponto de prejudicar a operação de semeadura e
o desenvolvimento da cultura do milho.
81
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALCÂNTARA, P. B.; BUFARAH, G.
Plantas forrageiras
: gramíneas e leguminosas.
5.ed. São Paulo: Nobel, p.162, 1988.
ALMEIDA, M. L. DE; SANGOI, L. Aumento da densidade de plantas de milho para
regiões de curta estação estival de crescimento.
Pesquisa Agropecuária Gaúcha
,
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