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A primeira coisa é a gente tem um projeto institucional, que ele é trienal
geralmente, que dá todas as diretrizes, no qual é feito uma análise de
conjuntura, em cima dessa análise de conjuntura, agente tem a missão
institucional, que é pra intervir nessas questões que foram apontadas nessas
análises, e aí nessa missão ou proposta, hoje a gente utiliza até esse termo
proposta, até pra... hoje no campo das organizações vem modificando, por
conta da missão que tá muito relacionada pra algo religioso, então, a gente
trabalha hoje com proposta institucional, e aí essa proposta institucional é
que norteia as nossas linhas de ação, e em cima delas é que nós elaboramos
os projetos (GESTORA, ONG2).
A partir das demandas, [...]. de atender as demandas, especificamente do
consórcio, partindo de uma possibilidade de qualificação, pra inserção no
mercado de trabalho, como uma primeira oportunidade de trabalho desse
jovem. Aí também a questão das famílias, estamos desenvolvendo um
projeto em parceria com a SEMTAS, para atender as famílias do PETI, e
com o CRAS, especificamente com o Bolsa-Família. [...]. O curso de costura
foi idéia da SEMTAS, a gente pediu só, ... sentiu a necessidade pra trabalhar
com as famílias do PETI o curso de confecção de vassouras, com garrafas
PET.[...]. Teve o projeto do Leningrado que nós participamos de uma
seleção de projetos no COMDICA. [...] nós já tínhamos realizado no início
de 2007, um curso de confecção de vassouras, e basicamente quem
participou desse curso foram às mães, famílias do Leningrado. Nós
atendemos cerca de trinta famílias, e aí a gente já tinha mais ou menos o
conhecimento da realidade de lá, e surgiu a oportunidade de se trabalhar com
os adolescentes, então nós montamos a proposta e fomos aprovados. Claro
que nós montamos a proposta dentro do nosso referencial de trabalho, então
teve as oficinas de artes manuais, de pintura, de luminária, teve também a
oficina de vassoura de garrafa PET, de papel reciclado. Nós montamos um
projeto em cima disso, e levamos pra ser desenvolvido lá (PROFISSIONAL,
ONG3).
A equipe daqui tem a mente bem ampla desse negócio de cultura, né... então
quando eles tem uma idéia de fazer uma oficina que beneficia o projeto, as
pessoas daqui desse bairro, eles realmente fazem, quando eles vêem a
necessidade, eles fazem mesmo, por exemplo, terça–feira vai abrir uma nova
oficina que é de informática, então eles visaram que os jovens estão
precisando exercer mais a informática, então, a equipe está montando uma
oficina na área da informática (USUÁRIO, ONG4).
[...] sempre que podemos estamos entregando projetos, tenho necessidades
aqui, por exemplo, eu tenho uma necessidade tremenda aqui de um reforço
escolar, porque o índice de repetência aqui é altíssimo, [...]. Então, temos um
projeto que já elaboramos, junto com a pedagoga, um projeto de reforço
escolar, está em fase de acabamento, na verdade, e vamos aí ver o que nós
conseguimos. Se Deus quiser, nós vamos conseguir, nós estamos batalhando
pra isso (GESTORA, ONG5).
No entanto, se identificou que na ONG1, ONG2 e ONG4, as ações geralmente foram
construídas em conjunto com os usuários, a partir de discussões feitas com os usuários,
enquanto nas outras duas outras ONGs se percebeu que as ações são elaboradas pelas equipes