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2.2 Métodos de Controle de Erosão
Em seus estudos, Araujo et al. (2005) afirmam que 15% das terras do mundo se
encontram degradadas como resultados das atividades humanas (ISRIC/UNEP, 1991).
Segundo os autores, os principais tipos de degradação consistem em: perda da camada
superior do solo, proveniente da erosão hídrica (39% das áreas degradadas); perda de
nutrientes do solo (28%); e deformação do terreno pela erosão hídrica (12%).
Bandeira (2005), a erosão dos solos afeta as águas com o aporte de sedimentos,
carregados de nutrientes, provocando a eutrofização, o assoreamento de rios, barragens
e lagos, bem como contaminação por resíduos químicos.
Segundo Bandeira (2005) o controle da erosão marginal se apresenta de diversas
formas, a exemplo o uso de enrocamentos que, embora com boa eficiência, são bastante
onerosos, impossibilitando o seu uso de forma ampla, em toda a margem do rio. De
maneira empírica, os ribeirinhos se têm valido de várias soluções, como do uso de
pneus, palha de coco, sacos de areia e vários materiais sintéticos, como mantas de
polietileno que além de não produzirem o efeito desejado no controle da erosão, trazem
problemas para a recuperação da vegetação ciliar e degradam a paisagem, importante
atrativo turístico na região (HOLANDA et al., 2008).
Araújo et al. (2005) afirmam que, na maioria dos casos, o que se observa na
prática são obras de recuperação sem levar em conta a dinâmica do relevo, ou seja, sem
considerar como uma determinada forma de relevo evoluiu, bem como um determinado
impacto ambiental associado chegou a acontecer. Dessa forma, tais obras acabam,
muitas vezes, durando pouco tempo ou, então, seu custo pode ser superestimado ou até
mesmo subestimado.
A área atingida quase sempre tem alguma implicação geomorfológica e, nesse
sentido, a análise das formas de relevo, dos processos associados e dos materiais
constituintes, quando bem caracterizada, tem tudo para que a obra seja bem-sucedida,
evitando gastos futuros, bem como colocando em risco a segurança da população que
vivem em seu entorno (ARAÚJO et al., 2005). Os autores orientam que não se deve
considerar apenas os processos que ocorrem no leito dos rios, porque grande parte dos
sedimentos que eles transportam é oriunda de áreas situadas mais a montante, vindos
das encostas, que fazem parte da bacia hidrográfica. Portanto, qualquer dano que
aconteça numa bacia hidrográfica vai ter conseqüências diretas ou indiretas sobre os