principal estratégia, a longo prazo, no combate à DVA em nível mundial (SARNI et al, 2002).
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) tem implementado medidas de
controle para combater a DVA, a curto prazo ela tem atuado em parceria com a OMS e órgãos
internacionais através de programas de suplementação de vitamina A para crianças de 6 a 59
meses de idade e mulheres no pós-parto imediato; a longo prazo a UNICEF adota outras
estratégias, como incentivar a diversificação e fortificação de alimentos (UNICEF, 2005). O
International Vitamin A Consultative Group (IVACG), também enfatiza a fortificação de
alimentos, como um método de combate a DVA, assim como a educação nutricional e o
incentivo a estudos relativos ao aumento da biodisponibilidade da vitamina A em alimentos
(IVACG, 2004).
Mulheres em idade fértil, crianças em idade pré-escolar e adolescentes estão entre os grupos
de risco para o desenvolvimento da DVA, devido ao seu estado de crescimento e
desenvolvimento, e conseqüentemente, aumento das necessidades da vitamina, principalmente
em menores de seis anos de idade, que estão expostos às parasitoses, que estão
frequentemente associadas com a diarréia, e às infecções respiratórias. Nas mulheres, a DVA
pode levar a complicações obstétricas e nos pré-escolares e adolescentes pode resultar no
comprometimento do crescimento, além de prejudicar o desempenho na escola e a maturação
sexual nos adolescentes (SILVA et al, 2005; RAMALHO et al, 2004; RAMALHO et al,
2002).
A carência de vitamina A está envolvida no comprometimento da visão e na morbi-
mortalidade por doenças infecciosas próprias da infância, como as infecções respiratórias, que
aumentam a necessidade para esta vitamina e são apontadas como as principais responsáveis
pelas altas taxas de sua carência em crianças mais jovens devido ao seu papel no sistema
imunológico (PAIVA et al, 2006; SARNI et al, 2002; RAMALHO et al, 2001). Velasquez-
Melendez et al (1996) ao avaliarem o estado nutricional de crianças entre 1 e 10 anos de idade
encontraram que a diarréia é um forte preditor dos níveis plasmáticos de vitamina A e de
proteína carreadora de retinol (RBP). As alterações oculares, principalmente a xeroftalmia,
constituem as manifestações tardias do quadro de hipovitaminose A (RAMALHO et al,
2002). Segundo a Iniciativa Micronutriente (MI) e a UNICEF, o sistema imune está
prejudicado na presença de DVA em aproximadamente 40% dos pré-escolares em países em
desenvolvimento (MI/UNICEF, 2005).
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